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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias -

Língua Portuguesa
Ensino Médio, 3ª Série
Texto argumentativo: dissertativo.
LÍNGUA PORTUGUESA, 3 ª Série Professora Jely Ferreira
Graduada em Letras - Universidade Unirg
Texto argumentativo: dissertativo Pós graduada em Linguística , leitura e produção textual - FACIMAB

Objetivo da dissertação
Sabendo-se que nesse gênero a maior finalidade é
persuadir, convencer seu interlocutor de sua opinião, ou
mesmo fazer com que a sua hipótese seja aceita como
válida, é necessário entender como isso pode ser feito
com mais eficácia.

Para isso partiremos de dois pontos (elementos)


básicos:
1- TESE: sua hipótese, sua opinião acerca do tema.
2- ARGUMENTOS: aquilo que você vai utilizar para
convencer alguém a aceitar sua tese.
Professora Jely Ferreira
LÍNGUA PORTUGUEAS, 3ª Série Graduada em Letras - Universidade Unirg
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Commons Attribution 2.0


Commons Attribution 2.0
Imagem: Prefeitura de

Prefeitura de Olinda
Olinda / Creative

/ Creative

Generic.
Generic.
Imagine a seguinte situação:
Sua escola irá organizar uma excursão
pedagógica ao Sítio Histórico de Olinda, mas seus
responsáveis não permitem que você vá.
O que você poderia dizer para convencê-los do
contrário?
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a- Todos os meus amigos vão;


b- haverá um trabalho para a nota;
c- vai ser divertido;
d- vai ser a maior festa no ônibus; Imagem: Chen / public domain

e- vamos conhecer um pouco da história do nosso Estado;


f- vamos estar acompanhados por 10 professores;
g- no Alto da Sé vende-se um acarajé delicioso;
h- vamos ver ao vivo coisas que só vemos nos livros, como a
arte e a arquitetura barroca.
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Pois é, considerando que seus responsáveis se


preocupam com sua educação, o natural seria que os
seguintes argumentos funcionassem melhor:

b- haverá um trabalho para a nota;


e- vamos conhecer um pouco da história do nosso estado;
f- vamos estar acompanhados por 10 professores;
h- vamos ver ao vivo coisas que só vemos nos livros, como a arte e a
arquitetura barroca.
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Porém, se você tivesse tentando convencer um amigo a


ir com você, talvez, estes funcionassem melhor:

a- todos os meus amigos vão;


c- vai ser divertido;
d- vai ser a maior festa no ônibus;
g- no Alto da Sé, vende-se um acarajé delicioso;
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Tese: Tese:
- quero ir a Olinda - vamos a Olinda comigo!
Interlocutor: Interlocutor:
- responsáveis Imagem: Drodriguez505 - amigos
/ GNU Free
Argumentos: Documentation License.
Argumentos:
b- haverá um trabalho para a a- todos os meus amigos vão;
nota; c- vai ser divertido;
e- vamos conhecer um pouco da d- vai ser a maior festa no ônibus;
história do nosso estado;
g- no Alto da Sé, vende-se um
f- vamos estar acompanhados
acarajé delicioso;

Imagem: Pictofigo / Creative


por 10 professores;

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h- vamos ver ao vivo coisas que

Alike 3.0 Unported.


só vemos nos livros,
como a arte e a
arquitetura barroca.
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Dependendo do seu interlocutor (responsáveis ou


amigos), ficaria simples escolher quais argumentos
funcionariam melhor. Na Dissertação Escolar, porém, seu
interlocutor pode ser qualquer um – o que chamamos de
leitor universal.
Sendo assim, seus argumentos devem ser também
universais, ou seja, ser reconhecidos
como verdadeiros ou possíveis por
qualquer um.
Aqui vão algumas
estratégias que podem ajudá-lo
Imagem: Steelman / Creative nessa importante escolha:
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Generic.
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Tipos de argumentos
I – Argumentação por citação (ou de autoridade):
neste tipo de argumento, utiliza-se a voz de outras pessoas que
corroboram (confirmam) a opinião do autor. Normalmente essa pessoa
(ou instituição) citada é um especialista na área ou alguém reconhecido
pela sociedade como confiável.

TESE: A leitura é extremamente importante.


EX: A leitura permite ao homem se comunicar, aprender e até mesmo
desenvolver, trabalhar suas dificuldades. Em reportagem recente, uma
grande revista de circulação nacional atribuiu à leitura, a importância
de agente fundamental para a transformação social do nosso país.
Através do conhecimento da língua, todos tem acesso à
informação e são capazes de emitir uma opinião sobre os
acontecimentos. Ter opinião é cidadania e essa parte
pode ser a grande transformação social do Brasil (1).
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Tipos de argumentos
II – Argumentação por dados concretos:
estes argumentos se baseiam em demonstrar a
opinião através de estatísticas, dados que revelem o
que o autor quer provar.

Tese: O brasileiro não tem o hábito de ler.


Em uma pesquisa recente sobre hábitos de leitura, os
brasileiros ficaram em 27º em um ranking de 30 países,
gastando 5,2 horas por semana com um livro. Os argentinos,
vizinhos, ficaram em 18º (2).
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Tipos de argumentos
aqui se faz a
III – Argumentação por exemplificação:
defesa da tese, através da apresentação de um
exemplo, um fato, um acontecimento que
demonstrem o que o autor quer provar.
Obs.: é preferível que o fato escolhido seja
amplamente conhecido, porém não precisa ser verídico,
mas reconhecidamente verossímil, ou seja, mesmo que não tenha
acontecido, deve estar o mais perto possível da realidade. Imagem: José Ferraz de Almeida
Júnior (1850–1899) / public
domain.
Tese: O Brasil começa a dar mais importância à leitura.
Um jovem senta no metrô, abre sua
mochila, retira um livro e começa a ler. Essa é uma imagem
cada vez mais frequente e que reflete uma lenta mudança de
hábitos no Brasil.
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Tipos de argumentos
IV – Argumentação por causa e consequência: a argumentação aqui
passa por uma questão de lógica. O autor, ao usar este tipo de
argumentação, estabelece uma relação entre o motivo (causa) e a
consequência (efeito) de determinado fato. Assim o autor pretende, de
maneira lógica, provar sua tese.
TESE: O hábito da leitura traz benefícios incríveis.
Ex.: Os benefícios da leitura são cientificamente
comprovados. Pesquisas indicam que crianças que têm o hábito da
leitura incentivado durante toda a vida escolar desenvolvem
seu senso crítico e mantêm seu rendimento escolar em um
nível alto. O analfabetismo, um dos grandes obstáculos da
educação no Brasil, está sendo combatido com a educação
de jovens e adultos, mas a tecnologia está afastando
nossas crianças dos livros (3).
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Introdução
Introduzir uma dissertação escolar é mais do
que meramente iniciá-la, é, na verdade, dar início à
persuasão.
Assim, o modo como se introduz o texto pode
ou não contar pontos para atingir o objetivo: provar
a tese. Vejamos algumas formas eficazes de se fazer
isso.
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I- ROTEIRO: como em toda ( ) Na década de 90, tivemos um exemplo da


introdução, o tema deve estar violência e do descaso com as crianças do país. A
presente. Além disso, neste tipo é tragédia conhecida como Chacina da Candelária
apresentado ao leitor o roteiro de expôs o flagelo da realidade de grande parte de
discussão que será seguido nossas crianças.
durante o desenvolvimento.
II- HIPÓTESE: este tipo de ( ) A situação das crianças brasileiras não é das
introdução traz o ponto de vista a melhores. Não há creches suficientes para atender
ser defendido, ou seja, a tese que as menores, as escolas que atendem as maiores não
se pretende discutir. oferecem um bom serviço e, como se não bastasse,
III- PERGUNTAS: esta são frequentes os casos de abusos e violências.
introdução constitui-se de uma ( ) É preciso mudar drasticamente o tratamento
série de perguntas sobre o tema.
dado à criança brasileira. Não se pode mais negar a
Tais perguntas devem ser
comprovadas durante o elas direitos essenciais do ser humano como
desenvolvimento. educação, saúde, moradia etc. como vem
IV- HISTÓRICA: esta acontecendo ao longo do tempo
introdução traça um rápido ( ) Quais as reais oportunidades dadas à criança
panorama histórico da questão, brasileira hoje? Quantas terminarão a faculdade?
servindo muitas vezes de Quantas concluirão um curso técnico ou mesmo o
contraponto ao presente (4).
Ensino Fundamental?
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V- COMPARAÇÃO: por ( ) A criança brasileira não é tratada com dignidade. Qual a


semelhança ou oposição, procura- qualidade da escola oferecida à maioria de nossas crianças e
se, neste tipo de introdução, adolescentes? Quais oportunidades reais, além do futebol, são
mostrar como o tema, ou aspectos oferecidas a ela?
dele, se assemelham - ou se ( ) Embora a mortalidade infantil tenha diminuído mais de
opõem - a outros. 50% nos últimos 20 anos, o descaso com as crianças continua
VI- DEFINIÇÃO: parte da evidente quando encaramos o fato de que essas mortes
poderiam ser reduzidas em pelo menos 70% se às mães fosse
definição do significado do tema,
dado o tratamento adequado.
ou de uma parte dele.
( ) Ainda ecoa na lembrança do país o caso da adolescente
VII- CONTESTAÇÃO: contesta resgatada pela polícia em Goiânia. A adolescente estava
uma ideia ou uma citação amarrada e apresentava marcas de espancamento, como se
conhecida. não bastasse, era responsável por todo o serviço da casa.
VIII-NARRAÇÃO: narra-se um ( ) O Brasil é o país do futuro diz o ditado, porém quando
pequeno fato de relevância como vemos a situação das crianças que são o futuro do país – má
ponto de partida para a análise do educação, falta de saúde, de segurança e de oportunidades –
tema. somos levados a crer que o futuro será triste, a menos que algo
IX- ESTATÍSTICA: consiste em se seja feito para mudar esse quadro.
apresentar dados estatísticos ( ) Direito seria o inegável, o justo, o legítimo. Baseado nisso,
relativos à questão a ser tratada. parece lógico dizer que as crianças deste país não têm de fato
X- MISTA: procura fundir várias direitos, já que necessidades básicas lhes são negadas e não
formas de introdução. são tratadas com legitimidade ou justiça.
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Conclusão
O verbo concluir tem dois significados
básicos:
1- finalizar, terminar, pôr fim;
2- inferir, tirar conclusões a partir de fatos.
Na dissertação escolar, temos de
assumir os dois significados:
I- o gênero tem a função de convencer o leitor da validade de sua tese;
II- os argumentos usados no desenvolvimento tentam provar a tese;
III- finaliza-se o texto inferindo algo a partir dos argumentos
apresentados.
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Levando em consideração os pontos I, II e III, é


necessário admitir a conclusão como um retorno à
tese, observe:
A- apresenta-se a tese;
B- apresentam-se argumentos para defender a tese;
C- chega-se a uma conclusão a partir dos argumentos
apresentados, que provam a tese.
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A conclusão, além da finalização do texto, é


obviamente um retorno à tese, pois seus argumentos
orientarão o pensamento do leitor até ela.

Porém, ela não é um simples retorno à introdução,


mas um reforço à tese desde que seja garantida a
progressão textual, ou seja, a continuidade das ideias do
texto.
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Vejamos na prática o que tudo isso significa:


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Chegando ao terceiro milênio, o homem da Comunidade dos Estados Independentes, sem


ainda não conseguiu resolver os graves problemas falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão
que preocupam a todos, pois existem populações nos causou.
imersas em completa miséria, a paz é Outra preocupação constante é o
interrompida frequentemente por conflitos desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição
internacionais e, além do mais, o meio ambiente desmedida de alguns, que promovem
encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio desmatamentos desordenados e poluem as
ecológico. águas dos rios. Tais atitudes contribuem para
Embora o planeta disponha de riquezas que o meio ambiente, em virtude de tantas
incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer agressões, acabe por se transformar em local
entre Estados, quer entre indivíduos – inabitável.
encontramos legiões de famintos em pontos Em virtude dos fatos mencionados,
específicos da Terra. Nos países do Terceiro somos levados a acreditar que o homem está
Mundo, sobretudo em certas regiões da África, muito longe de solucionar os graves problemas
vemos com tristeza, a falência da solidariedade que afligem diretamente uma grande parcela da
humana e da colaboração entre as nações. humanidade e indiretamente a qualquer pessoa
Além disso, nesta últimas décadas, temos consciente e solidária. É desejo de todos nós que
assistido, com certa preocupação, aos conflitos algo seja feito no sentido de conter essas forças
internacionais que se sucedem. Muitos trazem na ameaçadoras, para podermos suportar as
memória a triste lembrança das guerras do Vietnã adversidades e construir um mundo que, por ser
e da Coréia, as quais provocaram grande justo e pacífico, será mais facilmente habitado
extermínio. Em nossos dias, testemunhamos pelas gerações vindouras (5).
conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns membros
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Análise da Estrutura Argumentativa


INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos Introdução
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) (tipo roteiro)
Aqui o autor nos apresenta
PRIMEIRO ARGUMENTO claramente sua tese – “o homem ainda não
Argumentação por exemplificação
Fome e miséria
conseguiu resolver os graves problemas
que preocupam a todos”– e nos apresenta
SEGUNDO ARGUMENTO logo de início quais argumentos utilizará no
Argumentação por exemplificação desenvolvimento:
Conflitos violentos
Argumento 1 = “existem populações imersas
TERCEIRO ARGUMENTO em completa miséria”;
Argumentação por causa e consequência Argumento 2 = “a paz é interrompida
Desequilíbrio ecológico frequentemente por conflitos internacionais”;

CONCLUSÃO Argumento 3 = o meio ambiente encontra-se


Reforço da tese ameaçado por sério desequilíbrio ecológico.
Proposta de solução
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Análise da Estrutura Argumentativa


INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos Introdução
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) (tipo roteiro)

PRIMEIRO ARGUMENTO A partir da introdução, (tipo


Argumentação por exemplificação
Fome e miséria
roteiro) já conseguimos identificar a linha
de argumentação do autor. O autor pretende
SEGUNDO ARGUMENTO provar que os maiores problemas da
Argumentação por exemplificação humanidade ainda não foram resolvidos,
Conflitos violentos para persuadir seu interlocutor dessa
posição, ele citará exemplos de imensos
TERCEIRO ARGUMENTO problemas de diversas naturezas.
Argumentação por causa e consequência
Desequilíbrio ecológico

CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Professora Jely Ferreira
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Análise da Estrutura Argumentativa


INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os Desenvolvimento:
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) nesse texto o autor
desenvolve seus argumentos
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação seguindo a mesma ordem já
Fome e miséria apresentada na introdução –
SEGUNDO ARGUMENTO
primeiro parágrafo:
Argumentação por exemplificação
Conflitos violentos Argumento 1 = “existem populações imersas
em completa miséria”;
TERCEIRO ARGUMENTO Argumento 2 = “a paz é interrompida
Argumentação por causa e consequência frequentemente por conflitos internacionais”;
Desequilíbrio ecológico
Argumento 3 = “o meio ambiente encontra-se
CONCLUSÃO ameaçado por sério desequilíbrio ecológico”.
Reforço da tese
Proposta de solução
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INTRODUÇÃO Análise da Estrutura Argumentativa


Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) 1º argumento:
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação Ao iniciar a argumentação
Fome e miséria
propriamente dita, o autor prova a ideia já
apresentada da existência da fome e da
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação
miséria quando nos exemplifica tais fatos
Conflitos violentos citando países do Terceiro Mundo,
sobretudo certas regiões da África, onde
TERCEIRO ARGUMENTO reconhecidamente as
Argumentação por causa e consequência pessoas enfrentam
Desequilíbrio ecológico
dificuldades
alimentares extremas.
CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Imagem: Pablo Romero Ibáñez
/ public domain.
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Análise da Estrutura Argumentativa


INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) 2º argumento:
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação No 2º argumento – 3º parágrafo
Fome e miséria – o autor demonstra, através dos
exemplos de algumas guerras, o que
SEGUNDO ARGUMENTO havia afirmado na introdução:
Argumentação por exemplificação
Conflitos violentos “a paz é interrompida
frequentemente por
TERCEIRO ARGUMENTO conflitos
Argumentação por causa e consequência internacionais”
Desequilíbrio ecológico

CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução Imagem: Eduarda7 / Creative
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2.5 Portugal.
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Análise da Estrutura Argumentativa


INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) 3º argumento:
O quarto parágrafo muda um
PRIMEIRO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação pouco a estratégia argumentativa.
Fome e miséria Para provar o desequilíbrio
ecológico, o autor estabelece uma
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação relação de causa e consequência,
Conflitos violentos entre a “ambição desmedida”e o
TERCEIRO ARGUMENTO
“desequilíbrio
Argumentação por causa e consequência ecológico”.
Desequilíbrio ecológico

CONCLUSÃO
Reforço da tese Imagem:
http://areaprojecto8a.wiki
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3º ARGUMENTO

Imagem: Marya / Creative Imagem: alexandro auler from Recife,


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2.0 Generic.

AMBIÇÃO DESEQUILÍBRIO
(causa) (consequência)
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Análise da Estrutura Argumentativa


INTRODUÇÃO
Apresenta a tese e antecipa os
argumentos
(1º fome, 2º miséria, 3º desequilíbrio ecológico) Conclusão
PRIMEIRO ARGUMENTO
Na conclusão, como de
Argumentação por exemplificação praxe, o autor retoma sua tese
Fome e miséria
inicial:
SEGUNDO ARGUMENTO
Argumentação por exemplificação “o homem ainda não
Conflitos violentos conseguiu resolver os graves
TERCEIRO ARGUMENTO problemas que preocupam a
Argumentação por causa e consequência
Desequilíbrio ecológico
todos” (trecho da introdução)
(6)
CONCLUSÃO
Reforço da tese
Proposta de solução
Professora Jely Ferreira
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Conclusão
Note, porém, que, apesar de ser um retorno à tese,
o autor garante a progressão textual, ao afirmar
quem são “ TODOS” citados na exposição inicial
da tese:
“o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que
afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e
indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária.” (7)
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Muitos exames, como o ENEM,


pedem que o candidato apresente propostas para
solucionar ou amenizar o problema exposto.
Vemos aqui que o autor caminha neste
sentido, porém não traz uma proposta concreta. Releia a
conclusão:
Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a
acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves
problemas que afligem diretamente uma grande parcela da
humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária.
É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas
forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e
construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais
facilmente habitado pelas gerações vindouras (8).
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É desejo de todos nós que algo seja feito no


sentido de conter essas forças ameaçadoras

A frase acima nos leva a duas questões básicas


para se chegar a uma solução.

1- O que, de fato, poderia ser feito para contê-las?

2- Quem são as forças ameaçadoras


citadas na conclusão?
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O que seriam as 2º PARÁGRAFO


“forças ameaçadoras” Embora o planeta disponha de riquezas
incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer
de que o autor fala? entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos
legiões de famintos em pontos específicos da Terra.
Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas
a- Quais as causas da regiões da África, vemos, com tristeza, a falência da
solidariedade humana e da colaboração entre as
miséria? nações.

b- Qual a causa da 4º PARÁGRAFO


Outra preocupação constante é o desequilíbrio
degradação ecológico, provocado pela ambição desmedida de
ambiental? alguns, que promovem desmatamentos
desordenados e poluem as águas dos rios. Tais
atitudes contribuem para que o meio ambiente, em
virtude de tantas agressões, acabe por se
transformar em local inabitável (9).
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Avaliando as causas apresentadas (falta de


solidariedade, ambição) e estendendo-as, através
da experiência de vida, às guerras, chegamos a
uma proposta mais concreta:

Ex: Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a


acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves
problemas que afligem diretamente uma grande parcela da
humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária.
É preciso apostar pesadamente numa educação transformadora e
cidadã, que tenha suas bases no respeito e solidariedade, só assim
poderemos construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será
mais facilmente habitado pelas gerações vindouras (10).

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