Filo Arthropoda; Classe Insecta; Ordem

-Tendem a se concentrar ao longo do curso das águas

-Larvas permanecem enterradas no inverno – em alguns
Diptera; Subordens Brachycera (mutucas); climas: apenas 1 geração/ano
-Picadas são dolorosa
Cyclorrhapha (moscas)
MORFOLOGIA
◦ tórax mais estreito que a cabeça e o abdômen
Características dos DÍPTEROS ◦ asas podem apresentar manchas
Todos são holometábolos ◦ 7 metâmeros abdominais
Apresentam um único par de asas com veias ◦ Medem de 0,6 a 3 cm
Hábito alimentar: Aparelho bucal picador-sugador e lambedor
◦ Pungitivo: hematófago (picador-sugador) OU
◦ Não-pungitivo: sugador – néctar, exsudatos, etc OU BIOLOGIA
◦ Aparelho bucal atrofiado ◦ Ectoparasitas obrigatórios (fêmeas hematófagas) ◦
Vivem até 60 dias
Características gerais ◦ Repasto sanguíneo de 10 a 15 minutos
Na maioria:
◦ machos são holópticos (olhos se tocam) CICLO EVOLUTIVO
◦ fêmeas são dicópticos (olhos separados) ◦ fêmeas fazem postura em plantas aquáticas ou qualquer
→ Possuem um par de antenas substrato na margem das águas
◦ Período de incubação = 10 dias a 8 meses
◦ larvas eclodem e enterram-se no lodo (são predadoras)

HABITAT
◦ bosques, campos, matas, zonas alagadiças

HOSPEDEIROS
◦ preferem os equinos mas podem parasitar outros
animais de sangue quente

SIGNIFICADO PATOGÊNICO
→ picada dolorosa; irritação
→ veiculam ovos de Dermatobia hominis
→ transmitem mecanicamente:
- filarioses
→ Asas membranosas com nervuras denominadas veias - vírus da anemia infecciosa eqüina
formando regiões denominadas células - Trypanosoma equinum
→ Três pares de pernas
◦ 5 segmentos: coxa, trocanter, fêmur, tíbia e CONTROLE
tarso → São diurnos – poucos adentram nas instalações →
◦ Tarso termina em garra Manter animais confinados nas horas de maior ataque
→ Inseticidas repelentes: líquidos ou como brincos –
CLASSE INSECTA amenizam
ORDEM DIPTERA
SUBORDEM BRACHYCERA Classe Insecta
FAMÍLIA TABANIDAE Ordem Diptera
“mutucas” ou “moscas de cavalo” Subordem CYCLORRHAPHA
Moscas de interesse em Medicina Veterinária
Características gerais
-Apresentam corpo robusto Características gerais
-As fêmeas são hematófagas → Antenas com três artículos
→ Adulto emerge do pupário através de uma fenda
circular
→ Larva acéfala, ápoda, vermiforme
Larvas de Cyclorrhapha
- Necrófagas: alimentam-se de matéria orgânica
em decomposição
- Necrobiontófagas: alimentam-se de tecido
necrosado (parasitas facultativas)
- Biontófagas: alimentam-se de tecido vivo
(parasitas obrigatórias)
MIÍASE: infestação por larvas de muscídeos

Família Muscidae – Musca domestica

- distribuição geográfica: cosmopolita, no
peridomicílio (sinantrópica)

Características morfológicas SIGNIFICADO PATOGÊNICO

Os adultos têm cerca de 5 mm de comprimento e
possuem cor cinza
Adultos: alimentam-se de substâncias orgânicas líquidas
e sólidas, inclusive secreções de animais, e têm atração
especial por feridas
Podem voar até 10 km/dia
Larvas: ingerem matéria orgânica em decomposição
- ◦ Postura em locais com matéria orgânica (fezes,
aterros, fossas, lixo, etc.)
→ Machos e fêmeas parasitos obrigatórios
→ Alimenta-se 2 vezes ao dia
→ Picada dolorida: ação irritativa
→ Animal se auto-inflinge
→ Estimativa de perda de até 20% na produção de leite
e carne
→ Repasto sanguíneo de cerca de 3 minutos: boa chance
de transmissão de organismos patogênicos
→ Cães: picadas em pontas de orelhas ou locais com
menos pelos

Família Muscidae – Haematobia irritans

Mosca do Chifre
→ Quando pousam permanecem com a cabeça voltada
para baixo
– Hospedeiros: principalmente bovinos e bubalinos
→ Larvas: coprófagas (fezes frescas)
→ Adultos: hematófagos
→ Mosca pequena
→ Palpos longos
→ Probóscida rígida
→ Quase exclusiva em bovinos

SIGNIFICADO PATOGENICO
→ Não é parasito obrigatório, mas produz ação irritativa
→ HI de Habronema, Thelazia, Raillietina spp.
→ Vetor mecânico de diversos patógenos

Família Muscidae - Stomoxys calcitrans

Mosca dos estábulos
→ Mosca simbovina
→ Distribuição geográfica: cosmopolita
→ Hospedeiros: vários animais e o homem
→ Larvas ingerem matéria orgânica em decomposição
→ Adultos: HEMATÓFAGOS
→ Bovinos até 20.000 moscas/animal
→ Nuvens de moscas se agrupam no dorso
→ Zebuínos são menos infestados do que taurinos.
→ Maior preferência por machos (especialmente touros)
relacionada com a atividade das glândulas sebáceas e
partes escuras da pelagem
SIGNIFICADO PATOGÊNICO
→ Moscas adultas, machos e fêmeas se alimentam de
sangue:
◦ repasto cerca de 20-40 vezes ao dia (0,5 a 0,17 mg de
sangue) = anemia?
◦ picada dolorosa: ação irritativa
→ Animal se auto-inflige
→ Transmissão de vários agentes etiológicos
→ HI do Habronema
Moscas Causadoras de Miíases
→ Afecção da pele e mucosa, normais ou ulceradas e
dos orifícios naturais do corpo humano ou de animais,
causadas por larvas de moscas
- Biontófagas → tecido vivo
- Necrobiontófagas → tecido necrosado em
animal vivo
PATOGENIA
• A patogenia varia de acordo com:
- Espécie envolvida
- Local da infestação
- Grau da infestação
• Fortes infestações → irritação, desconforto, prurido,
queda no consumo de alimento, redução da fertilidade,
queda na produtividade do rebanho
• Casos extremos → hemorragia, infecção bacteriana,
desidratação, anafilaxia e toxemia
Família Oestridae
Oestrus ovis
◦ “bernes nasais” de ovinos e caprinos
MORFOLOGIA
◦ Moscas adultas: cor acinzentada a marrom (1 cm)
◦ Cobertas com pêlos curtos
◦ Apresentam vários tubérculos e manchas escuras ◦
Peças bucais vestigiais
◦ Larvas:
◦ Amareladas, com cerca de 3 cm
◦ Faixas dorsais escuras
◦ Moscas adultas não se alimentam - vivem até 2 sem.
◦ Fêmeas são larvíparas, e infectam o ovino pela emissão
de jatos NAS NARINAS de um líquido contendo até 25
larvas/vez –
SIGNIFICADO PATOGÊNICO
◦ Normalmente as infestações são leves: corrimento
nasal, espirros e prurido
◦ Eventualmente: incoordenação; andar em círculos
◦ Se a larva morrer nos seios nasais, pode haver infecção
bacteriana secundária
◦ Maior problema: irritação causada pela mosca adulta
◦ Pode infestar o homem acidentalmente, ocasionando
estomatites e conjuntivites
Gasterophilus sp
Espécies:
◦ Gasterophilus nasalis: larvas no piloro e duodeno de
equinos
◦ Gasterophilus intestinalis: larvas no cárdia do
estômago
O adulto tem aparência e tamanho de uma abelha,
semelhança está acentuada pelo zumbido que produz
durante o vôo.
MORFOLOGIA
Adultos
◦ Adultos com 1 a 2 cm de comprimento
◦ Moscas pilosas; a quantidade de pêlos e a
coloração varia conforme a espécie
◦ Fêmea com ovopositor sempre distendido
Larvas
◦ Cilíndricas, amareladas ou avermelhadas
◦ Diferenciação baseada na morfologia e
distribuição dos espinhos
Miíases – Gasterophilus
Oviposição:
• G. nasalis → oviposição nos pêlos na região
do lábio inferior do equino, região da ganacha
• G. intestinalis → pêlos dos membros
anteriores
• L1 → penetra na mucosa oral onde fica migrando de 2
a 6 semanas (depende da espécie).
• Mudam para L2, são deglutidas, vão para o estômago
e/ou duodeno → L3
• Eliminadas pelas fezes.
• No solo→ pupa → adulto.
SIGNIFICADO PATOGÊNICO
◦ Moscas adultas irritam os equinos
◦ Larvas estágio 1: Estomatite e ulceração da língua
◦ Larvas estágio 2 e 3: Úlceras gástricas - cólicas
◦ Normalmente as lesões são bem toleradas
Danos indiretos: • Propicia o desenvolvimento de miíases secundária
Mosca:
• Irritados pela presença das moscas – perda de peso. Miíases Cavitárias
Tentam se proteger da mosca. Família Calliphoridae
Larvas: Causadas principalmente pela Cochliomyia hominivorax
• Perfuração do lábio (L1): coceira e irritação. Para se deposita seus ovos (10 a 300) nas aberturas naturais do
livrarem da irritação mergulham a boca na água ou corpo ou em feridas recentes
esfregam lábios e narinas contra o solo, cercas, pedras
provocando sérios ferimentos ou dilacerações. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICAS: América Central e
do Sul
Diagnóstico: BIOLOGIA
• Verificação de ovos ou larvas recém-eclodidas ◦ Moscas adultas se alimentam de néctar de flores, suco
• L3 nas fezes (intermitente) de frutas e secreções de feridas
• Necropsia ◦ Larvas são biontófagas
• Presença da mosca ◦ Parasitas obrigatórias de animais de sangue quente:
“BICHEIRAS”
Miíases Furunculóides • Coloração metálica azul ou azul-esverdeada
Família Cuterebridae • Olhos vermelhoamarelados
Dermatobia hominis • Cabeça amarelada
– nome comum BERNE
• Mosca grande: até 1,5 cm
• Peças bucais atrofiadas
• Tórax revestido de cerdas escuras, abdome
azul-metálico
• Acometem várias espécies animais – inclusive homem
• Mais comum em bovinos
• Não necessitam de presença de lesão inicial na pele
para se desenvolverem
• Causam muitos prejuízos na produção animal – perda
de produção e danos na pele (couro)

CICLO BIOLÓGICO
• Necessita de vetores foréticos para veicular seus ovos,
especialmente moscas ou mosquitos
• Postura: fêmea captura o vetor durante o vôo. Pode
depositar de 800 e 1000 ovos, em várias posturas.
• Eclosão dos ovos em 1 sem, mas larvas podem
sobreviver por 20-28 dias – dentro do ovo no forético
• As larvas são depositados quando o forético pousa no
hospedeiro
• No corpo do hospedeiro - larva migra pela pele até
penetrar
• Fase larval (PARASITÁRIA): 35 a 70 dias – no
hospedeiro.
• Ciclo completo em 4 meses
• Adulto vive 8 a 12 dias nos bosques e locais aonde
estão foréticos
SIGNIFICADO PATOGÊNICO
• Presença de nódulo contendo a larva - orifício (miíase
furunculosa primária)
• Pode ocorrer a formação de abscessos profundos e
muito dolorosos.
CICLO BIOLÓGICO
→ Adultos podem viver de 60 a 70 dias
→ Fase parasitária (LARVAL) dura 7 a 9 dias
→ Ciclo é sazonal: maior incidência em períodos de
maior temperatura e umidade
SIGNIFICADO PATOGÊNICO
→ Larvas penetram ativamente em feridas, soluções de
continuidade da pele
→ Após 24 horas do início da lesão, a exsudação e o
odor da decomposição dos tecidos = atração de
outras moscas
→ Complicações por infecção bacteriana e miíases
secundárias
→ Irritação e desconforto causam a debilidade do
animal
→ Se não tratada, pode ser fatal
→ Em menos de 1 semana as larvas podem causar
grandes lesõe