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Universidade de Cruz Alta-Unicruz

Betina Rossato de Abreu Medeiros

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA


VETERINÁRIA NA ÁREA DE ZOOTECNIA E PRODUÇÃO ANIMAL SUBÁREA
BOVINOCULTURA DE LEITE

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado

Cruz Alta –RS, Junho, 2023


Betina Rossato de Abreu Medeiros

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA


VETERINÁRIA NA ÁREA DE ZOOTECNIA E PRODUÇÃO ANIMAL SUBÁREA
BOVINOCULTURA DE LEITE

Trabalho apresentado ao curso de Medicina


Veterinária da Universidade de Cruz Alta, sendo
um requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Medicina Veterinária

Orientadora: Prof. Drª Simone Stefanello

Cruz Alta – RS 19 de junho de 2023


Universidade de Cruz Alta – UNICRUZ
Centro de Ciências da Saúde e Agrárias
Curso de Medicina Veterinária

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA


VETERINÁRIA NA ÁREA DE ZOOTECNIA E PRODUÇÃO ANIMAL SUBÁREA
BOVINOCULTURA DE LEITE

Elaborado por:
Betina Rossato de Abreu Medeiros

Trabalho considerado requisito parcial obrigatório para a


obtenção do título de Bacharel em Medicina Veterinária

Banca Examinadora
_________________________________
Prof. Dr. Simone Stefanello
Universidade de Cruz Alta
______________________________
Prof. Me. Cátia Letícia Corrêa Schneider
Universidade de Cruz Alta
______________________________
Prof. Me. Paulo Artur Konrad
Universidade de Cruz Alta

Cruz alta, 19 de junho de 2023


AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus pela saúde e oportunidade de realizar meu


grande sonho e projeto de vida em se tornar médica veterinária
Agradecer aos meus pais Ana Paula e Alberto por terem me dado as condições
necessárias para que fosse possível a realização desta graduação. Pela criação que me
proporcionaram e os valores a mim passados desde sempre.
Aos meus pais obrigada por terem me feito acreditar que era possível e por sempre terem
me dado apoio e oportunidades.
Dedico este relatório a minha família a qual nunca me deixou desistir mesmo diante dos
obstáculos e dificuldades.
A meu querido Pai Alberto de Abreu Medeiros agradeço pelos valores de honestidade e
bondade que me passou desde criança, e por me proporcionar uma infância vivida em meio ao
campo a qual peguei gosto e afeição. E agradeço por sempre ter me levado nos arreios para o
campo junto contigo e pela égua baia que me deu depois que já sabia andar a cavalo sozinha
tenho certeza que tudo isso definiu muito do que sou hoje.
Te agradeço por toda referência e todo amor ao campo que me passou, pela linda criação
de Shorthorn a qual me possibilitou ter e por me fazer conhecer essa raça de gado que tanto
amo.
Para minha amada mãe Ana Paula Rossato obrigada por nunca ter me deixado desistir
da Veterinária mesmo quando nem eu mesma acreditava em mim, pela força durante esses 5
anos, por cada curso que me incentivou a fazer e por sempre ter me empoderado como mulher
dentro do meio do agronegócio.
Tudo que sou devo e agradeço a vocês, tenho orgulho de vir de uma família com tanta
ética e valores morais os quais nos dias de hoje se tornam raros de ver.
Minha tia Lusiane Rossato te agradeço por sempre me fazer enxergar o lado bom das
coisas e por ter me tornado uma pessoa mais positiva e sábia. Obrigada por estar do meu lado
em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins. O que me fez conseguir aprender a tomar
decisões e resolver problemas de uma forma melhor e mais assertiva.
Um agradecimento especial ao meu namorado e companheiro de vida Matheus por
sempre me estimular a seguir meus sonhos e objetivos. Obrigada pelas oportunidades de
praticar minha futura profissão ao teu lado, e sempre me estimular a crescer como profissional
e pessoa. Me apoiando e sempre me ajudando a solucionar os problemas que apareciam em
meu caminho. Tua forma de ver a vida me encoraja e estimula a sempre buscar mais.
A nova família que ganhei ao longo da vida que é do meu namorado, mas sinto como se
fosse minha e que sempre me abraçaram com muito carinho, zelo e compreensão.
A todos as amigas que fiz antes e durante essa caminhada, algumas que me
acompanharam desde os inícios e a outras que se juntaram em minha caminhada ao longo do
tempo.
Em especial a Fernanda Kerner que esteve comigo desde o primeiro dia de aula, e a
Rafaela Mascarenhas que agradeço pela linda amizade que construímos a qual sei que já é para
a vida.
Aos meus queridos cachorros Butiá e Jack que amo de todo meu coração.
As minhas gatas Rubi e Cloé
As minhas éguas Leocadia, Nega e Oveira
Meu muito obrigada a todos os envolvidos!
“A lição número um
Eu aprendi com meu pai
Quem não sabe pra onde vai
Não vai a lugar nenhum”
- Luiz Marenco
RESUMO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUBERVISIONADO EM MEDICINA


VETERINÁRIA NA ÁREA DE ZOOTECNIA E PRODUÇÃO ANIMAL SUBÁREA
BOVINOCULTURA DE LEITE

Autor: Betina Rossato de Abreu Medeiros


Orientadora: Profª. Dra. Simone Stefanello

O presente relatório tem como objetivo apresentar as atividades desenvolvida durante o Estágio
Curricular Supervisionado Obrigatório em Medicina Veterinária, realizado na Cooperativa de
Ibirubá – COTRIBÁ no período contemplado entre 27 de fevereiro a 02 de junho de 2023, sob
a orientação do médico veterinário Vinicius Auller totalizando 456 horas. Destaca-se que a
COTRIBÁ, é uma cooperativa que presta diversos serviços, dentre eles, o de clínica veterinária,
atendendo diversos associados na região juntamente aos setores de: consultoria veterinária,
medicina preventiva e individual de rebanhos leiteiros, clínica e cirurgia, manejo reprodutivo e
nutricional dos rebanhos. Por meio de visitas técnicas foram realizadas as atividades de
acompanhamento do desenvolvimento do Redumast, anamnese, controle sanitário,
diagnósticos de gestação, formulação de dietas, manejo de leiteiras, vacinações, controle
nutricional do rebanho e vermifugações. Em seguida, foi realizado um aprofundamento teórico
para compreender a enfermidade Tristeza Parasitária, assim como descrever o processo de
criação e testes comprobatórios de produtos farmacêuticos, especificamente no âmbito do
controle de mastite em bovinos de leite por meio de suplementação. Como estudante de
veterinária, considero o estágio obrigatório uma etapa crucial em minha formação. Durante esse
período, tive a oportunidade de aplicar meus conhecimentos teóricos em um ambiente prático
e real, o que me proporcionou uma experiência valiosa e enriquecedora. Além disso, o estágio
me ofereceu a oportunidade de vivenciar a rotina do veterinário atuante, desde o atendimento
clínico até a cirurgia e a assistência emergencial, permitindo-me adquirir habilidades práticas e
desenvolver minha capacidade de tomada de decisões. Tive também a chance de conhecer
diferentes áreas de atuação dentro da veterinária, o que me permitiu ter uma visão mais ampla
do mercado de trabalho e, consequentemente, tomar uma decisão importante sobre minha área
de atuação.

Palavras-Chave: Bovinocultura de leite; Clínica Veterinária; Tristeza Parasitária.


ABSTRACT

REPORT ON THE CURRICULAR INTERNSHIP UNDERVISED IN VETERINARY


MEDICINE IN THE AREA OF ZOOTECHNIQUES AND ANIMAL PRODUCTION
SUB AREA MILK CULTURE

Author: Betina Rossato de Abreu Medeiros


Advisor: Profª Dra Simone Stefanello

This report aims to present the activities developed during the Mandatory Supervised Curricular
Internship in Veterinary Medicine, held at Cooperativa de Ibirubá - COTRIBÁ in the period
between February 27th and June 2nd, 2023, under the guidance of veterinarian Vinicius Auller,
totaling 456 hours. It should be noted that COTRIBÁ is a cooperative that provides several
services, among them, the veterinary clinic, serving several members in the region together with
the sectors of: veterinary consulting, preventive and individual medicine for dairy herds, clinic
and surgery, reproductive management and nutritional herds. Through technical visits, activities
were carried out to monitor the development of Redumast, anamnesis, sanitary control,
pregnancy diagnoses, formulating diets, managing dairy cows, vaccinations, nutritional control
of the herd and deworming. Then, a theoretical deepening was carried out to understand the
disease Tristeza Parasitária, as well as to describe the creation process and corroborative tests
of pharmaceutical products, specifically in the context of mastitis control in dairy cattle through
supplementation. As a veterinary student, I consider the mandatory internship a crucial step in
my training. During this period, I had the opportunity to apply my theoretical knowledge in a
practical and real environment, which provided me with a valuable and enriching experience.
In addition, the internship offered me the opportunity to experience the routine of a working
veterinarian, from clinical care to surgery and emergency care, allowing me to acquire practical
skills and develop my decision-making capacity. I also had the chance to get to know different
areas of expertise within the veterinary field, which allowed me to have a broader view of the
job market and, consequently, make an important decision about my area of expertise.

Key words: Dairy cattle; Veterinary clinic; Parasitic sadness.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Cooperativa Cotribá.......................................................................... 13

Figura 2 – Novilha holandesa tratada para tristeza parasitária.......................... 19

Figura 3 – Medicamentos administrados para o tratamento do complexo


Tristeza Parasitária Bovina................................................................................
19

Figura 4 – Terneiro com patas imobilizadas..................................................... 20

Figura 5 – Ultrassom em bovinos a fim de diagnosticar prenhez..................... 23

Figura 6 – Cadeia de transmissão da brucelose................................................ 26

Figura 7 – Mecanismos de transmissão............................................................. 26

Figura 8 – Células Somáticas............................................................................ 34

Foto 9 – Vacas ingerindo o produto na dieta..................................................... 38

Figura 10 – Realização do teste CMT............................................................... 39

Figura 11 – Vacas se alimentando com o suplemento...................................... 39

Figura 12 – Ciclo Tristeza Parasitária............................................................... 42

Figura 13 – Ciclo de contaminação Babesiose Bovina..................................... 44

Figura 14 – Contaminação Anasplasmose Bovina........................................... 46


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Procedimentos cirúrgicos realizados durante o Estágio Curricular


Supervisionado em Medicina Veterinária na Cooperativa Agrícola Mista General
Osório Ltda no período 27 de fevereiro a 02 de junho de 2023.................................. 15

Gráfico 2 – Casuística de clínica médica de bovinos acompanhada durante o


Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Cooperativa
Agrícola Mista General Osório Ltda no período 27 de fevereiro a 02 de junho de
2023.............................................................................................................................. 15
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Atividades realizadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em


Medicina Veterinária na Cooperativa Agrícola Mista General Osório Ltda no período
27 de fevereiro a 02 de junho de
2023.................................................................................................................................. 14

Tabela 2 - Atividades realizadas no setor de reprodução no período de 27 de


fevereiro a 02 de junho de 2023 na reprodução veterinária juntamente à veterinários
no Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Cooperativa
Cotribá situada em Ibirubá-
RS................................................................................................................................... 22
Tabela 3: Atividades realizadas no período de 27 de fevereiro a 02 de junho de 2023
junto ao setor sanitário juntamente à veterinários no Estágio Curricular
Supervisionado em Medicina Veterinária na Cooperativa Cotribá situada em Ibirubá-
RS................................................................................................................................... 24
Tabela 4: Atividades realizadas no período de 27 de fevereiro a 02 de junho de 2023
no setor de nutrição no Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária
na Cooperativa Cotribá situada em Ibirubá-
RS.................................................................................................................................. 28
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

COTRIBÁ Cooperativa de Ibirubá

CMT California Mastitis Test

WMT Wisconsin Mastitis Test

CCS Contagem de Células Somáticas

AGCC Ácidos Graxos De Cadeia Curta

TPB Tristeza Parasitária Bovina

RS Rio Grande do Sul

PVC Policloreto de Vinil

IATF Inseminação Artificial a Tempo Fixo

S Suscessível

FI Fonte de Infecção

VE Via de Eliminação

VT Via de Transmissão

IBR Rinotraqueíte Infecciosa Bovina

PI3 Parainfluenza Tipo 3

BRSV Vírus Respiratório Sincicial Bovino

BVD Diarreia Viral Bovina

PE Porta de Entrada

ECSMV Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária

Prof Professor

Ma Mestre
Dr. Doutor
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
1.1 Local de estágio ................................................................................................................. 12
1.2 Atividades Desenvolvidas ................................................................................................. 13
1.2.2. Clinica............................................................................................................................. 14
1.2.3 Reprodução ...................................................................................................................... 22
1.2.4 Sanidade .......................................................................................................................... 23
1.2.5 Nutrição ........................................................................................................................... 27
2 DESENVOLVIMENTO: Redumast e tristeza parasitária como enfoques temáticos
do estágio ................................................................................................................................. 29
2.1 A importância do desenvolvimento de farmacos veterinários............................................ 29
2.2.1 A mastite enquanto enfermidade animal ......................................................................... 30
2.1.1.1 Agentes de infecção ...................................................................................................... 30
2.1.1.2 Diagnóstico de mastite.................................................................................................. 31
2.1.1.3 Tratamento de mastite .................................................................................................. 35
2.1.1.4 Prevenção da mastite .................................................................................................... 35
2.2 SUPLEMENTO: finalidade do produtos e atividades envolvidas durante o estágio ......... 36
2.2.1 Zinco ................................................................................................................................ 40
2.2.2 Selênio ............................................................................................................................. 40
2.2.3 Aminoácidos .................................................................................................................... 41
2.3 Complexo de Tristeza parasitária ....................................................................................... 42
2.3.1 Babesiose Bovina ............................................................................................................ 43
2.3.2 Anaplasmose Bovina ....................................................................................................... 45
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 50
ANEXO A ................................................................................................................................ 11
ANEXO B ................................................................................................................................ 11
ANEXO C ................................................................................................................................ 13
11

1 INTRODUÇÃO

O leite é essencial para a alimentação humana e é produzido em todo o mundo. Sua


importância pode ser observada no cenário produtivo e econômico mundial, principalmente em
países onde se considera o desenvolvimento e sistemas de agricultura familiar. O continente
asiático cresceu exponencialmente desde a década de 1970 e é considerado o “motor” da
produção leiteira. O Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo, atrás da Índia, Estados
Unidos, China e Paquistão (SANDOVAL; RIBEIRO, 2021).
No Brasil, o leite é um dos seis produtos mais importantes da agricultura e pecuária
brasileira, essencial para o abastecimento de alimentos e para a geração de emprego e renda
(MORAES, et al., 2020) para a população. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2017), a produção brasileira de leite atingiu 35,17 bilhões de
litros em 2014, e a região Sul é a maior produtora do país, respondendo por 34,7% do total
nacional. No mesmo período, o estado de Minas Gerais manteve-se como o maior produtor do
Brasil, seguido pelos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Além disso, o país possui o
segundo maior rebanho bovino do mundo, atrás apenas da Índia.
Segundo Nardy et al (2007), a alta diversidade socioeconômica, cultural e climática que
caracteriza os sistemas de produção cria uma necessidade de pesquisas regionais sobre a
produção leiteira, aliada ao fato de que mais de 80% da pecuária desta se evidencia nas cidades.
Portanto, mais pesquisas sobre esse setor são necessárias para obter as características da
produção de leite no Brasil e suas especificidades.
O controle da qualidade do leite limita-se à prevenção da falsificação do produto natural,
com base na determinação da densidade, acidez, percentual de gordura, índice crioscópico e
extrato seco isento de gordura. Se o leite for de boa qualidade, deve apresentar as seguintes
características sensoriais, nutricionais, físico-químicas e microbiológicas: sabor agradável,
valor nutritivo, ausência de patógenos e contaminantes. O leite in natura é afetado por uma série
de variáveis relacionadas à sua qualidade, como fatores relacionados ao processamento do leite,
alimentação, aquisição e armazenamento, além do potencial genético do rebanho (SALES,
2020).
A prevenção de doenças em bovinos, como a mastite e a tristeza parasitária, desempenha
um papel crucial na garantia da qualidade do leite produzido. A mastite é uma das principais
doenças que afetam a produção de leite, causada principalmente por bactérias que invadem a
glândula mamária, ocorrendo em inflamação e redução na qualidade e quantidade do leite
produzido. Medidas de prevenção, como a higiene adequada durante a ordem, o uso de
12

equipamentos sanitizados, a identificação e tratamento precoce de casos suspeitos e a vacinação


contra os agentes causadores da mastite, são fundamentais para reduzir a ocorrência e a
gravidade dessa doença (OLIVEIRA, et. al., 2020)
A tristeza parasitária, por sua vez, é uma doença causada por parasitas sanguíneos, como
carrapatos e moscas hematófagas, que geraram a saúde e o bem-estar dos bovinos, podendo
comprometer a qualidade do leite produzido. A prevenção da tristeza parasitária envolve a
implementação de estratégias de controle de parasitas, como o uso de produtos antiparasitários
de qualidade, a manutenção de boas práticas de manejo ambiental para reduzir a exposição de
animais a esses parasitas e acompanhamento veterinário regular para detecção e tratamento
precoce de infestações (VIEIRA, 2021).
A adoção de medidas preventivas eficazes contra a mastite e a tristeza parasitária é
essencial para garantir a qualidade do leite produzido. Além de evitar prejuízos biológicos
decorrentes dessas doenças, a prevenção contribui para a segurança alimentar, garantindo que
o leite seja seguro e livre de contaminantes que possam comprometer a saúde do consumidor.
A implementação de boas práticas de manejo, aliada a uma abordagem integrada de prevenção,
incluindo medidas de higiene, controle de parasitas e adoção de vacinas quando disponíveis,
são estratégias fundamentais para a produção sustentável de leite de qualidade (OLIVEIRA, et.
al., 2020; VIEIRA, 2021)
Dessa forma este trabalho tem como objetivo descrever e relatar as atividades realizadas
no Estágio Supervisionado em Medicina Veterinária, sendo este realizado entre os dias 27 de
fevereiro a 02 de junho de 2023, tendo ao todo 456 horas, relatando assim as atividades
desempenhadas no período supracitado.

1.1 Local de estágio

O Estagio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na


Cooperativa Agrícola Mista General Osório Ltda, localizada em Ibirubá no Rio Grande do Sul.
13

Figura 1 - Cooperativa Cotribá

Fonte: Jornal do Comércio (s/d))

A Cooperativa de Ibirubá - RS (Cotribá) possui uma sede administrativa em Ibirubá,


mas se estende em 29 municípios por meio de 67 pontos de negócio localizados no Rio Grande
do Sul. Chegando ainda nos estados de Santa Catarina e Paraná por meio da área de produção
agrícola em mais de 400 municípios da região Sul do Brasil. A cooperativa conta com dezenas
de unidades de armazenagem de grãos, duas fábricas de rações, vinte lojas com farmácias
veterinárias, cinco postos de combustíveis, quatro supermercados, duas lojas de departamentos,
um centro comercial em Ibirubá além de promovera entrega direta de combustível para os
associados (COTRIBÁ, 2022).
A Cooperativa conta com mais de 1400 colaboradores diretos, atendendo às
necessidades de os quase 10.000 associados e mais de 30.000 consumidores. Sendo então a
cooperativa mais antiga do Brasil, com fundação em 21 de janeiro de 1911 graças a um grupo
de pessoas reuniu-se em torno do objetivo de fundar uma entidade cooperativa sob o modelo
alemão, para representar os interesses do homem da terra e defender os seus direitos, criando a,
então, Genossenschaft General Osório. (COTRIBÁ, 2022).

1.2 Atividades Desenvolvidas

As atividades foram realizadas na Cooperativa de Ibirubá –COTRIBÁ, sob a supervisão


de quatro veterinários na área de clínica veterinária, estando sempre junto ao supervisor de
estágio em reuniões, e estando com os outros veterinários disponíveis para contemplar as
14

subáreas de reprodução, sanidade e nutrição de bovinos de leite, compreendendo o período de


27 de fevereiro a 02 de junho de 2023, tendo no total 456 horas

Tabela 1 – Atividades realizadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na


Cooperativa Agrícola Mista General Osório Ltda no período 27 de fevereiro a 02 de junho de 2023.

Número absoluto de
Atividade desenvolvida Número relativo
atividades
Acompanhamento do desenvolvimento
12 4,46%
do Redumast
Anamnese 14 2,6%
Controle sanitário da ordenha 15 2,79%
Diagnóstico de gestação 86 6,89%
Formulação de dietas 10 7,82%
Manejo das terneiras leiteiras/de
30 5,58%
tambo
Vacinações 48 8,93%
Verificação nutricional 13 2,42%
Vermifugações 65 12,10%
Visita técnica veterinária 20 3,72%
TOTAL 552 100%

Fonte: Medeiros (2023)


1.2.2. Clinica

As atividades de clínica médica de bovinos durante o estágio curricular supervsionado


foram compreendidas entre os dias 27 de fevereiro a 02 de junho de 2023. Sendo realizado, em
sua maioria, no setor de reprodução da cooperativa, tendo como foco principal o atendimento
às vacas leiteiras e prenhes. Os animais analisados pertenciam a diversas fazendas parceiras à
Cotribá, e seu atendimento se deu durante visitas técnicas agendadas para a avaliação
veterinária dos animais e a realização de procedimentos e manejos necessários.
15

Gráfico 1 – Procedimentos cirúrgicos realizados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina


Veterinária na Cooperativa Agrícola Mista General Osório Ltda no período 27 de fevereiro a 02 de junho de
2023.

25%

Orquiectomia
Amochamentos
75%

Fonte: Medeiros (2023)

Gráfico 2 – Casuística de clínica médica de bovinos acompanhada durante o Estágio Curricular Supervisionado
em Medicina Veterinária na Cooperativa Agrícola Mista General Osório Ltda no período 27 de fevereiro a 02 de
junho de 2023.

8%

Complexo de Tristeza
Parasitária Bovina
Problemas no Pós
Parto

92%

Fonte: Medeiros (2023)

Durante as visitas técnicas, foi realizado inicialmente o exame clínico, com o objetivo
de compreender as necessidades individuais de cada animal e se algum medicamento já havia
sido administrado. quando necessário, medicamentos adicionais eram prescritos ou outras
prescrições sugeridas para auxiliar A recuperação dos animais.
A anamnese veterinária faz parte do exame clínico e geralmente é realizada por um
médico veterinário com o objetivo de coletar informações sobre o histórico de saúde e o
comportamento do animal. Essa etapa é essencial para o processo de diagnóstico e tratamento
16

de doenças e problemas de saúde em animais. Durante a anamnese, fazíamos perguntas sobre


a alimentação, hábitos de higiene, vacinação, medicamentos já administrados, sinais clínicos
apresentados pelo animal, além de outros aspectos relevantes para a saúde do animal. É
importante que o proprietário ou responsável pelo animal seja o mais preciso e completo
possível nas respostas, a fim de auxiliar o médico veterinário na elaboração do diagnóstico e
escolha do tratamento mais adequado (ASSIS, 2017; RIBEIRO, et al, 2019).
Além da tentativa de buscar o máximo de informações dos animais na anamnese,
realizava-se o exame clínico que inclui o exame físico e laboratoriais, como coleta de sangue e
urina, avaliação da temperatura, frequência cardíaca e respiratória, palpação de órgãos, entre
outros procedimentos que auxiliam no diagnóstico da doença. A realização do exame clínico é
uma ferramenta fundamental para a prática clínica veterinária, pois permite uma avaliação
completa da saúde do animal, permitindo ao médico veterinário adotar medidas preventivas e
tratamentos de forma efetiva e individualizada para cada paciente (RIBEIRO, et al, 2019;
OLIVEIRA, 2015).
Entre as atividades realizadas, podemos citar a orquiectomia, também conhecida como
castração. Sendo uma prática comum na pecuária, realizada com o objetivo de remover os
testículos do animal. Essa remoção resulta na esterilização do bovino, o que impede sua
capacidade de reprodução. A orquiectomia é geralmente realizada em bovinos jovens, antes da
maturidade sexual, para evitar problemas relacionados ao comportamento reprodutivo e para
melhorar o manejo dos rebanhos. Além disso, a castração também pode proporcionar
benefíciosprodutivos, como o aumento da eficiência alimentar e o controle do desenvolvimento
de características adquiridas, como a agressividade e o odor característico de animais não
castrados. (SILVA, et al., 2017)
Durante a execução da castração fazíamos o procedimento que envolve a remoção dos
testículos por meio de incisões cirúrgicas no escroto. O bovino é anestesiado para minimizar o
desconforto e prevenir possíveis complicações, além de ser contido com a técnica conhecida
como amochamento.
Foi realizada, sob supervisão, a técnica de amochamento de animais, principalmente em
terneiras de variadas idades desde 10 dias até a idade adulta, sendo a novilha mais velha com
dois anos. O amochamento consiste em uma prática comumente utilizada na pecuária, em que
se imobiliza o animal amarrando suas pernas e mandíbulas, geralmente com o objetivo de
restringir seus movimentos. Essa técnica é empregada em diversas situações, como durante a
realização de procedimentos veterinários, como exames, tratamentos e inseminação artificial, e
17

também para evitar que a vaca se movimente ocorra em situações que possam colocar em risco
sua saúde ou a segurança de outras pessoas ou animais (LEIRA et. al, 2018).
A amarração é realizada com o uso de cordas ou dispositivos específicos, como amarras
de nylon ou cintas. As pernas dianteiras são amarradas em posição paralela, geralmente acima
do nível dos joelhos, para limitar a movimentação da vaca. No entanto, é importante ressaltar
que o amochamento deve ser realizado com cuidado e atenção para evitar transtorno excessivo,
lesões ou estresse necessário para o animal. É fundamental que as técnicas utilizadas estejam
de acordo com as diretrizes de bem-estar animal e sejam aplicadas por profissionais
qualificados (CANOZZI, 2015).
Após a orquiectomia, é importante garantir uma adequada recuperação do animal,
proporcionando cuidados pós- operatórios, como administração de antibióticos e analgésicos,
além de evitar o estresse e a exposição a ambientes que possam comprometer a cicatrização
pós-incisões (PEREIRA, et. al., 2018).
Todos os casos que trabalhamos dentro do período, foram registrados quatro casos de
tristeza parasitária, onde houve completa recupera~]ao dos animais. O complexo tristeza
parasitária bovina é uma doença que acomete principalmente bovinos, mas também pode afetar
outras espécies animais, causada por protozoários do gênero protozoários Babesia bovis e
Babesia bigemin e Anaplasma platys, sendo parasitas e bactérias intraeritrocitários que
provocam a lise dos eritrócitos do hospedeiro (DIERINGS, et al.,2021). Estes organismos são
transmitidos por carrapatos, que atuam como vetores da doença. A tristeza parasitária causa
anemia, febre, perda de apetite, letargia, além de outros sintomas, podendo levar à morte em
casos graves (GONÇALVES, 2020; ALMEIDA, et al.,2016).
O diagnóstico da tristeza parasitária é feito através de análises clínicas e laboratoriais,
incluindo exame de sangue e identificação de parasitas. O tratamento da doença consiste em
administração de medicação, geralmente à base coloca o tratamento de cada parasita.
Imidocarb, 2mg/kg1 é mais preventivo, usa-se Pirosan 3,5mg/kg2 como tratamento, para
eliminar os parasitas e restabelecer a saúde do animal. Além disso, medidas preventivas podem
ser adotadas, como controle do vetor carrapato e cuidados com higiene e manejo adequado do
rebanho (JESUS et al., 2022).
Compreendendo a premissa do que é a tristeza parasitária, foi possível prestar
assistência acompanhando o médico veterinário Vinicius Auller no dia 17 de Abril em uma

1
Imidocarb®. Erarsom. São Paulo.
2
Pirosan®. Calbos. São Paulo.
18

propriedade no interior de Ibirubá RS a qual estava sendo feito atendimento reprodutivo neste
dia porém o produtor relatou que estava com uma novilha muito apática.
Diante disto foi trazido a novilha da raça holandesa para o local onde o médico
veterinário já estava atuando, porém com foco em reprodução. A novilha foi trazida para
atendimento veterinário devido à sua condição apática, recusando se alimentar a cerca de 3 dias
e interrupção da produção de leite. Iniciou-se com uma anamnese no animal o qual era parida
de 20 dias e era sua primeira cria, o animal era nascido e criado na propriedade e apresentava
um escore corporal de 2,75 e pesava em torno de 550 kg. Com febre de 40 Cº graus bastante
desconforto, pelo arrepiado, presença de carrapatos, mucosas pálidas com desidratação grau 3
e sem movimentação ruminal. Após a avaliação inicial e a conversa com o produtor foi
diagnosticado que se tratava de tristeza parasitária, uma doença causada por parasitas do gênero
Babesia e Anaplasma. Iniciou-se o tratamento com administração de 2 litros de sangue IV para
tratar a anemia decorrente da TPB. Além disso, foram administrados Izoot ®b12 2mg/kg 320
ml para estimular o apetite, Mercepton® 50ml por dia durante três dias para auxiliar na
recuperação e oxitetraciclina 20mg/kg4 a fim de exterminar os parasitas da anaplasma.
(SCHEFFER et al., 2013).
Apesar do tratamento inicial, a novilha não apresentou melhora significativa. Após 2
dias da primeira intervenção medicamentosa sem melhora expressiva foi realizada novamente
o tratamento suporte com mais 2 litros de sangue IV, levando em consideração a transfusão já
realizada anteriormente. Além disso, foi indicada a administração de 500 ml de glicose a 50%
IV para fornecer energia e suporte nutricional, associada a Mercepton® 5 (LIMA et al., 2021)
Considerando a persistência da febre, foram administrados Finador 20mg/kg6, e
Kinetomax®, 7,5 mg/kg7 IM um antibiótico a base de enrofloxacino Além disso, foi utilizado
Ganaseg® 7% a 3,5mg/kg8 ara auxiliar na recuperação geral do animal, juntamente com
Catosal® 2mg/kg 9subcutâneo (COSTA et al., 2021).
Após a adoção das medidas terapêuticas adicionais, a novilha começou a apresentar uma
melhora gradual dos sintomas, incluindo o retorno ao consumo de alimentos e a retomada da
produção de leite. A transfusão de sangue adicional, aliada às terapias de suporte, parece ter
sido crucial para a recuperação do animal.

3
Isoot® b12. União Quimica farmacêutica. São Paulo
4
Oxitetraciclina® LA. Syntec. São Paulo.
5
Mercepton® . Laboratório Bravet LTDA. Rio de Janeiro
6
Finador. ® Ouro Fino Saúde Animal. São Paulo.
7
Kinetomax®. Bayer S.A. São Paulo.
8
Ganaseg® Elanco. São Paulo.
9
Catosal® . Elanco. São Paulo.
19

A tristeza parasitária é uma doença grave que afeta a produção de leite e o bem-estar
dos bovinos. Nesse caso específico, o tratamento combinado de transfusão de sangue,
medicamentos específicos e suporte nutricional foi eficaz no combate à doença e na recuperação
da novilha de raça holandesa (Figura 2).

Figura 2 – Novilha holandesa tratada para tristeza parasitária

Fonte: Medeiros (2023)

Figura 3 – Medicamentos administrados para o tratamento do complexo Tristeza Parasitária Bovina.

Fonte: Adroline (2023)

Foi realizada ainda uma correção por meio do uso de talas em um terneiro cujas patas
dianteiras foram lesionadas durante o parto. Um terneiro macho, de aproximadamente 42 kg,
foi apresentadotrazido a nóscom histórico de dificuldades no parto. Durante o processo de parto
distócico, foi observado que os membros anteriores do terneiro foram lesionadas por uma
pressão excessiva por uso de cordas na tentativa de retirada do mesmo, ocasionando um parto
traumático.
20

Ao exame físico, o paciente demonstrou clara dificuldade em permanecer em pé e de se


locomover. Os membros anteriores estavam inchados, doloridos e mostravam sinais de
deformidade. Foi observada uma incapacidade para suportar peso sob os membros, o que
possivelmente indicava fratura do carpo.
O tratamento inicial constitui-se na administração de analgésicos e anti-inflamatórios
com objetivo de atenuar a dor e a inflamação dos membros. Para estabilizar os membros
dianteiros, foram aplicadas talas personalizadas constituídas com canos de PVC que tinha na
fazenda e cortados ao meio e foram minuciosamente posicionadas e fixadas para fornecer
suporte e imobilização adequada aos membros que envolviam as articulações do carpo até a
extremidade distal dos cascos. Este material era mesmo tempo flexível, para permitir alguma
mobilidade controlada e evitar o comprometimento da circulação sanguínea.
. O terneiro foi mantido em um ambiente confortável, dentro de sua baixa, e monitorado
de 4 m 4 horas, fazendo uso de anti-inflamatório Benamine ®10 (1,1mg/kg), sendo realizado o
ajuste das talas sempre que necessário fim de garantir a correção angular dos membros afetados
e evitar possíveis complicações como assaduras por posicionamento incorreto da bandagem,
porém o animal veio a óbito no dia seguinte devido a um parto muito traumático. É fundamental
que a lesão seja tratada por um medico veterinário para garantir a recuperação e
desenvolvimento saudável do paciente.

Figura 4 – Terneiro com patas imobilizadas

Fonte: Medeiros (2023)

10
Banamine®. MSD Saúde Animal. São Paulo.
21

A observação de lesões em membros durante o parto distócico em bovinos pode variar


amplamente, dependendo de vários fatores, como a gravidade do distócio, uma intervenção
humana realizada durante o parto e o trabalho de manejo do veterinário. As lesões podem
ocorrer tanto no feto, em seus membros quanto na vaca parturiente na região do períneo. Em
casos de partos distócicos complicados, a porcentagem de lesões em membros pode ser maior.
Lesões como fraturas de membros ou deslocamentos articulares podem ocorrer devido à
aplicação excessiva de força durante o processo de herança do feto. No entanto, é importante
observar que essas lesões são geralmente consideradas raras em comparação com o número
total de partes em bovinos (FERREIRA, 2021).
Em casos que ocorrem lesões no aparato locomotor dos neonatos, o recém-nascido pode
ter dificuldade em se levantar e ingerir o colostro, consequentemente, desenvolver problemas
associados ao a falha na transferência da imunidade passiva. visto que, neonatos precisam
ingerir o colostro dentro de até 12 horas após o nascimento (BOLZAN, 2010).
Além disso, lesões em membros estão associadas não somente ao déficit imunitário, mas
também ao aumento da taxa de mortalidade e a ocorrência de artrite séptica, patologia qual se
reflete durante a vida toda do animal. A artrite séptica em terneiros é uma condição infecciosa
caracterizada pela presença de infecção bacteriana nas articulações, desencadeada em
inflamação e danos aos tecidos articulares. As consequências dessa condição podem variar
conforme a sua manifestação (BOLZAN, 2010). Os terneiros com dificuldades de locomoção
podem apresentar danos articulares permanentes, deformidades, limitações de mobilidade e
comprometimento da função articular. Além disso, a dor intensa, a claudicação e o desconforto
são comuns. A artrite séptica também pode afetar o crescimento e o desenvolvimento dos
terneiros, devido à diminuição do apetite e à restrição da nutrição adequada. Em casos graves,
uma infecção pode se disseminar pelo corpo, levando à sepse e complicações sistêmicas
potencialmente fatais. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado com antibióticos são
fundamentais para minimizar as consequências. Medidas preventivas, como a higiene durante
o parto e a implementação de boas práticas de manejo, são essenciais para reduzir o risco de
ocorrência dessa condição (RIBEIRO, 2015)
É fundamental que a lesão seja diagnosticada o mais cedo possível e dessa forma a
implantação do tratamento mais adequado. Todavia, a prevenção, o acompanhamento e auxilio
adequado durante os partos é imprescindível para prevenir a ocorrência de patologias induzidas
por partos distócicos ou assistência inadequada. O tratamento inclui o uso de talas individuais
nos membros afetado além da administração de medicação para controle da dor e inflamação,
22

como analgésicos, e antinflamatórios. Além da prescrição de antibióticos quando necessários.


Em casos graves, a intervenção cirúrgica é indicada (RIBEIRO, 2015).

1.2.3 Reprodução

As atividades de clínica do ECSMV foram realizadas entre os dias 27 de fevereiro a 02


de junho de 2023. A área de maior atuação durante o estágio ocorreu no setor de reprodução. A
maior parte dos trabalhos foi realizado com vacas leiteiras gestantes. Outro setor de destaque,
foi o acompanhamento do desenvolvimento do Redumast, que será descrito posteriormente. A
tabela a seguir apresenta as atividades realizadas no processo, bem como o numero de
atendimentos realizados.

Tabela 2 - Atividades realizadas no setor de reprodução no período de 27 de fevereiro 02 de junho de 2023na


reprodução veterinária juntamente à veterinários no Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária
na Cooperativa Cotribá situada em Ibirubá-RS.
Atividade desenvolvida Número absoluto Número
relativo
Diagnóstico de Gestação 85 53,4%
Problemas pós-parto 44 27,6%
Manejo e cuidados 30 18,8%
Total 159 100%
Fonte: Autor, 2023

Dentre os acompanhamentos, foi realizado o diagnóstico de gestação com e sem


ultrassom de acordo com o período gestacional, protocolos hormonais como a Inseminação
Artificial a Tempo Fixo - IATF e identificação de vacas com problemas no pós-parto.
(PUGLIESI et al., 2017).
Foram realizados amochamentos em terneiras, manejo sanitário como vacinações
(brucelose, carbúnculo, reprodutivas) e vermifugações. Todas essas atividades foram
executadas em condições a campo nas propriedades dos produtores.
Em termos de manejo e cuidado, a pecuária está em constante desenvolvimento,
caminhando para atividades cada vez mais profissionais, que obedeçam às diretrizes de bem-
estar animal e sejam seguras do ponto de vista sanitário (ROMUALDO, et al., 2017)
As características reprodutivas dos bovinos exigem do Médico Veterinário um
conhecimento sobre a espécie, bem como a compreensão dos aspectos anatômicos, visto que
23

são a base para a realização de uma palpação retal diagnóstica adequada. Conforme Roese
(2021), a palpação retal é o método de diagnóstico mais utilizado para detectar a prenhes em
bovinos, embora as alterações extragenitais demorem a aparecer, o diagnóstico de gestação pela
palpação é possível após cerca de 60 dias. Já com a tecnologia do ultrassom, esse diagnóstico
pode ser realizado de forma mais precoce, por volta do 25º dia de gestação quando o saco
embrionário já pode ser visualizado, isto é, entre o 17º e o 19º dia após a fecundação (ROSA et
al.2018).
Figura 5 – Ultrassom em bovinos a fim de diagnosticar prenhes.

Fonte: Autor, 2023


1.2.4 Sanidade

Entre as atividades ligadas à prevenção de doenças, foi realizada a vacinação contra a


brucelose, prevenção da mastite, manejo sanitário contra carrapatos e vermifugação nas
propriedades atendidas. Além de garantir maior higienização e por consequência, maior
conforto dos animais.
24

Tabela 3 - Atividades realizadas no período de 27 de fevereiro a 02 de junho de 2023 junto ao setor sanitário
juntamente à veterinários no Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Cooperativa Cotribá
situada em Ibirubá-RS.

Atividade desenvolvida Número absoluto Número


relativo
Controle de higiene 15 11,71%
Vacinas 48 50,78%
Vermifugações 65 35,5%
Total 128 100%
Fonte: Autor, 2023

A vacinação é uma medida preventiva essencial na pecuária para controlar e erradicar


doenças, reduzir a disseminação de agentes patogênicos e minimizar as perdas causadas por
doenças. A vacinação em bovinos é uma prática essencial na pecuária para prevenir doenças
como a rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), parainfluenza tipo 3 (PI3), vírus respiratório
sincicial bovino (BRSV), diarreia viral bovina (BVD) e leptospirose dos bovinos (Cattlemaster
®11, Poliguard ®12, Lepto – Bac - 6®13, Bovigen®14). As vacinas são projetadas para induzir
uma resposta imune específica contra os patógenos-alvo, geradas na produção de anticorpos e
células de defesa que são capazes de neutralizar ou destruir os agentes infecciosos
(GRUNITZKY, et. al., 2020; PEREIRA, ALMEIDA, 2021).
A rinotraqueíte infecciosa bovina e a parainfluenza tipo 3 são causadas por vírus
altamente contagiosos que seguiram o sistema controlado dos bovinos. A vacinação adequada
contra essas doenças reduz a incidência de infecções respiratórias, minimizando o risco de
surtos em rebanhos e melhorando a saúde respiratória dos animais, especialmente em sistemas
intensivos de produção. O vírus protegido sincicial bovino é outra causa importante de doenças
respiratórias, principalmente em bezerros jovens. A vacinação contra o BRSV é necessária para
proteger os animais contra a infecção, reduzir a disseminação do vírus não infectado e
minimizar as complicações respiratórias causadas por essa doença (PEREIRA, ALMEIDA,
2021; TELLES, et. al., 2020).
A diarreia viral bovina, causada por um vírus altamente contagioso, provoca diarreia
grave e pode levar a complicações como aborto e malformações congênitas. A vacinação contra

11
Cattlemaster®. Zoetis. São Paulo.
12
Poliguard®. MDS Saúde Animal Brasil. São Paulo.
13
Lepto-Bar-6® Zoetis. São Paulo.
14
Bovigen®. Virbac. São Paulo.
25

a BVD é uma estratégia eficaz para prevenir a infecção e limitar a disseminação do vírus no
rebanho. Além disso, a imunização das vacas prenhes é fundamental para proteger os fetos
contra os efeitos devastadores do vírus, evitando perdas reprodutivas e gestantes.A leptospirose
dos bovinos, uma doença bacteriana zoonótica transmitida principalmente pela urina de animais
infectados, também pode ser prevenida por meio da vacinação. Essa medida é essencial para
reduzir os casos de aborto, infertilidade, doença renal e distúrbios reprodutivos associados à
leptospirose (TELLES, et. al., 2020).
As vacas quais apresentaram patologias no puerpério foram avaliadas e foi instituído o
uso de cefapirina benzatínica (Metricure ®15), um antibiótico bactericida que age inibindo a
síntese da parede celular bacteriana. (PUGLIESI et al., 2017).
A brucelose bovina é uma doença infecciosa causada pela Brucella abortus que afeta
principalmente vacas e búfalos, mas também pode se espalhar para outras espécies animais,
incluindo humanos. A infecção ocorre através do contato com material infectado, como leite,
sêmen, placenta ou feto de um animal infectado (OGATA et al, 2009). A brucelose pode afetar
significativamente a produção animal, causando aborto, retenção de placenta, infertilidade e
diminuição da produção de leite (OGATA et al, 2009; POESTER et al, 2009).
O primeiro sinal de brucelose bovina pode variar, mas geralmente o principal indicativo
da doença é a ocorrência de aborto em vacas prenhes. A brucelose bovina é conhecida por
causar aborto espontâneo em vacas gestantes. O aborto ocorre geralmente durante o último
terço da gestação, embora possa ocorrer em alcance mais precoce também.É importante
ressaltar que nem todos os casos de brucelose bovina resultam em aborto, e a doença pode
apresentar outros sinais clínicos. Outros sintomas comuns incluem retenção de placenta (não
expulsão da placenta após o parto), infertilidade, diminuição da produção de leite, inflamação
nos testículos de touros (orquite) e aumento dos gânglios linfáticos (CARVALHO, et. al.,
2016).
O corpo do boi morto por brucelose deve ser removido de forma segura e adequada. Isso
geralmente envolve o uso de equipamentos apropriados, como guindates ou tratores, para evitar
a disseminação de fluidos ou tecidos presos. Recomenda-se entrar em contato com as
autoridades sanitárias locais ou veterinárias para obter orientações específicas sobre o manejo
do cadáver. O descarte adequado do corpo do boi é crucial para evitar a contaminação ambiental
e a proteção da doença (ALMEIDA, et. al., 2016). Em muitos casos, é necessário seguir os
regulamentos específicos de eliminação de resíduos biológicos ou contratar serviços

15
Metricure®. MDS Saúde Animal Brasil. São Paulo.
26

especializados para a remoção e descarte seguro do animal. Após a remoção do corpo, é


importante realizar uma comunicação minuciosa do local onde o boi estava alojado, bem como
de qualquer equipamento ou instalação que possa ter sido exposto a secreções ou tecidos
infectados (OLIVEIRA, et. al., 2016).
A prevenção da brucelose em bovinos envolve medidas de controle de higiene, como
por exemplo as inspeções regulares para detectar a presença de doenças e medidas de
biossegurança para evitar a contaminação cruzada, vacinação obrigatória contra a brucelose
bovina pela vacina B19. O diagnóstico precoce e a implementação de medidas de controle são
fundamentais para minimizar o impacto da doença na produção animal e na saúde pública
(TENÓRIO et al, 2022).

Figura 6 – Cadeia de transmissão da brucelose

Fonte: Grasso (2000)

Figura 7 – Mecanismos de transmissão

Fonte: Grasso (2000)


27

1.2.5 Nutrição

Durante as visitas fazíamos a verificação das dietas ofertadas aos animais, no sentido de
avaliar se estavam adequadas para proporcionar com uma maior produção de leite. Houve
também a formulação de dietas que eram ofertadas pelas propriedades, visto que cada robô tem
sua ração formulada individualmente para cada propriedade.
A nutrição em bovinos exerce um papel fundamental na saúde, desempenho produtivo
e bem-estar desses animais. Uma alimentação adequada e balanceada é essencial para suprir as
necessidades nutricionais dos bovinos, garantindo o desenvolvimento adequado, a produção de
leite e carne de qualidade, além da reprodução eficiente (SIMÕES, 2021).
A dieta dos bovinos deve ser formulada levando em consideração diversos fatores, como
a fase de vida do animal, o sistema de produção, o nível de produção desejado e os recursos
disponíveis. Os nutrientes essenciais para bovinos incluem carboidratos, proteínas, lipídios,
vitaminas, minerais e água. A ingestão adequada de energia e proteína é fundamental para o
crescimento, produção de leite e ganho de peso dos bovinos. Os carboidratos, apresentados
principalmente em fontes de forragem, são importantes para fornecer energia, enquanto as
proteínas, encontradas em alimentos como farelo de soja e alfafa, são necessários para o
desenvolvimento muscular e a produção de leite (GIACOMEL, et. al., 2022).

Tabela 4 - Atividades realizadas no período de 27 de fevereiro a 02 de junho de 2023 no setor de nutrição no


Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Cooperativa Cotribá situada em Ibirubá-RS.

Atividade desenvolvida Número absoluto Número


relativo
Acompanhamento de 10 43,47%
formulação de dietas
Verificação de dietas 13 56,52%
Total 23 100%
Fonte: Autor, 2023
A nutrição adequada é um fator chave para maximizar a produção de leite em vacas
leiteiras. Quando uma vaca recebe uma dieta balanceada, isto é, que atenda as necessidades
nutricionais específicas daquele individuo e com isso, o aumento da produção leiteira ao passo
da manutenção da saúde (LUZ et al,. 2019). Existem vários nutrientes essenciais para uma vaca
leiteira, incluindo carboidratos, proteínas, proteínas, vitaminas e minerais. Os carboidratos são
importantes porque fornecem energia para a vaca, enquanto as proteínas são necessárias para a
28

produção de leite. As vitaminas também são importantes para a produção de leite, uma vez que
o leite é composto por proteínas, proteínas e carboidratos (LUZ et al,. 2019; PONCHEKI;
CARNEIRO; ALMEIDA, 2015).
As vitaminas e minerais são necessários, mas ainda são cruciais para a saúde da vaca e
para a produção de leite. Por exemplo, a vitamina A é importante para a saúde da pele e
oftálmica da vaca, enquanto o cálcio é importante para a saúde óssea e para a produção de leite
(MAZZUCO, BONAMINGO, SILVA, 2019).. A quantidade e qualidade dos nutrientes na dieta
da vaca também afetam a composição do leite. Uma dieta rica em proteínas, por exemplo, pode
aumentar o teor de proteína no leite, enquanto uma dieta rica em vitaminas pode aumentar o
teor de gordura no leite.Além disso, a quantidade de energia na dieta destes animais também
reflete na quantidade de leite produzida (PONCHEKI; CARNEIRO; ALMEIDA, 2015).
29

2 DESENVOLVIMENTO: Redumast e tristeza parasitária como enfoques temáticos


do estágio

2.1 A importância do desenvolvimento de farmacos veterinários

A pesquisa de desenvolvimento de fármacos veterinários é de extrema importância, uma


vez que os animais são seres vivos que também podem sofrer com diversos problemas de saúde.
Esses medicamentos podem ser utilizados para tratar doenças, prevenir infecções e melhorar a
qualidade de vida dos animais (DINIZ, et al, 2019)
De antemão, salienta-se sobre o quanto a pesquisa e o desenvolvimento de
medicamentos veterinários contribuem para o bem-estar dos animais, pois permite o tratamento
de diversas doenças que esses seres vivam. Os medicamentos podem aliviar dores, e salvar
vidas de animais doentes (POPOLIM, 2019).
Além disso, a pesquisa de desenvolvimento de medicamentos veterinários é importante
para a saúde pública, já que muitas doenças dos animais podem ser transmitidas para os seres
humanos (POPOLIM, 2019). Ao prevenir e tratar as doenças dos animais, é possível evitar o
risco de epidemias e garantir a segurança alimentar da população (GIACOMEL, et. al., 2022).
Entre os fármacos desenvolvidos, se encontram os suplementos. Os suplementos
veterinários são produtos utilizados na medicina veterinária com o objetivo de fornecer
nutrientes essenciais, vitaminas, minerais e outras substâncias que complementam a dieta e
promovem a saúde e o bem-estar dos animais. Embora não sejam classificados como
medicamentos convencionais, os suplementos veterinários podem desempenhar um papel
importante na prevenção e no tratamento de deficiências nutricionais específicas, auxiliando no
suporte imunológico, na saúde óssea, no desenvolvimento muscular, na função reprodutiva e
em outras condições específicas (GIACOMEL, et. al., 2022).
Os suplementos veterinários são administrados oralmente, adicionados à alimentação
ou fornecidos diretamente ao animal. Eles são formulados com base nas necessidades
nutricionais e fisiológicas dos diferentes animais, levando em consideração fatores como a
espécie, a idade, o peso e a condição de saúde do animal. Os suplementos veterinários são
produzidos de acordo com padrões de qualidade e segurança alcançados, e seu uso deve ser
orientado por um médico veterinário, que avaliará conforme as necessidades individuais de
cada animal e prescreverá o suplemento adequado (SILVA, 2021).
Por fim, a pesquisa de desenvolvimento de medicamentos veterinários é essencial para
a economia, uma vez que muitos países dependem da produção de animais para exportação de
alimentos e outros produtos. Com o tratamento adequado dos animais, é possível garantir a
30

qualidade desses produtos e, consequentemente, a sua venda no mercado internacional (DINIZ,


et al, 2019).
Em resumo, a pesquisa de desenvolvimento de farmacos veterinários é importante para
o bem-estar dos animais, a saúde pública e a economia. É fundamental que sejam realizadas
pesquisas constantes para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos para os
animais, a fim de melhorar a qualidade de vida desses seres vivos e garantir a segurança
alimentar da população. Em vista desta premissa, o desenvolvimento de um fármaco que se
destine ao cuidado da mastite bovina é de grande valia, considerando a relevância da indústria
do leite no Brasil e no mundo.

2.2.1 A mastite enquanto enfermidade animal

A mastite é uma inflamação que acomete o tecido da glândula mamária devido a reações
imunológicas. Existem várias classificações da mastite, incluindo classificações motivadas no
agente etiológico que causa a infecção (OLIVEIRA, et. al., 2020). Clinicamente, o tratamento
tende a ser mais rápido e eficaz porque é rapidamente percebido pelos produtores e outros
animais da propriedade.
Conforme Santos Pinto et al. (2017), a mastite é considerada a doença mais importante
da pecuária leiteira tanto no Brasil quanto no mundo, causando perdas econômicas, reduzindo
a qualidade do leite e causando prejuízos ao produtor rural. Vários testes diagnósticos são
usados para detectar mastite clínica e subclínica, como CMT (California mastitis test),
Wisconsin mastitis test (WMT), Screened Mug ou Black Bottom Mug Test, CCS (contagem de
células somáticas), cultura microbiológica e termografia infravermelha. (ALVES, MOREIRA,
2021)

2.1.1.1 Agentes de infecção

Algumas das classificações de mastite de acordo com o agente etiológico são:


 Mastite causada por bactérias Gram-positivas: Essa é a forma mais comum de mastite,
e é geralmente causada por bactérias como Staphylococcus aureus, Streptococcus
agalactiae e Streptococcus uberis (MASSOTE et al, 2019).
 Mastite causada por bactérias Gram-negativas: Essa forma de mastite é menos comum
e é causada por bactérias como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas
aeruginosa (MASSOTE et al, 2019).
31

 Mastite fúngica: Essa forma de mastite é causada por fungos, como Candida albicans,
que podem infectar as glândulas mamárias (MASSOTE et al, 2019).
 Mastite causada por micoplasmas: Os micoplasmas são organismos unicelulares sem
parede celular que podem causar mastite em vacas (MASSOTE et al, 2019).
 Mastite causado por vírus: Embora raro, um mastite também pode ser causado por vírus,
como o vírus da febre aftosa (MASSOTE et al, 2019).
A velocidade de evolução da mastite pode variar de acordo com o agente etiológico que
causa a infecção, a gravidade da infecção e o tempo em que a infecção é identificada e tratada.
Em geral, a mastite causada por bactérias Gram-positivas, como Staphylococcus aureus, pode
evoluir rapidamente e se tornar grave em poucas horas ou dias. Já a mastite causada por
bactérias Gram-negativas, como Escherichia coli, pode ter uma evolução mais rápida, podendo
levar a uma infecção sistêmica, se não tratada (BRASSOLATTI et al., 2021).
A mastite fúngica, por sua vez, geralmente tem uma evolução mais lenta e crônica,
podendo levar meses para se desenvolver completamente. Os micoplasmas também podem
causar mastite crônica de evolução lenta (BRASSOLATTI, 2021). A velocidade de evolução
da mastite pode ser influenciada por fatores como a resposta imunológica do animal infectado,
a presença de fatores predisponentes, como estresse, lesões na glândula mamária e baixa
qualidade de ordem, bem como a eficácia do tratamento adotado (FONSECA et al., 2020). Em
todos os casos, é importante identificar precocemente a presença de mastite e iniciar o
tratamento adequado para prevenir a evolução da infecção e reduzir as perdas associadas à
doença (RAMOS et al., 2017; LOPES et al., 2020).

2.1.1.2 Diagnóstico de mastite

O diagnóstico clínico da mastite envolve uma avaliação dos sintomas apresentados pela
vaca. Os sinais clínicos da mastite incluem aumento da temperatura na glândula mamária,
vermelhidão, inchaço e dor e perda da função do local. A palpação da mama também é
importante para detectar possíveis alterações na consistência do tecido. Além disso, a
observação do histórico de produção de leiteira e o manejo do animal são importantes para
identificar fatores predisponentes à mastite (MASSATE et al., 2019; FONSECA et al.,2020).
Os sinais clínicos são evidentes. É caracterizada por inchaço, temperatura,
endurecimento e dor da glândula mamária. Os animais podem apresentar sintomas sistêmicos
como febre, depressão e perda de apetite. O leite pode ser aguado com alguns caroços finos,
fibrina, soro, sangue e pus. A mastite ambiental é causada por microrganismos (MO) que vivem
32

no ambiente de ordenha ou no estábulo (KUROSAWA et al., 2020). A transmissão pode ocorrer


durante ou entre as ordenhas, especialmente se as vacas estiverem em um ambiente
contaminado. O contato é direto, glândulas mamárias e bactérias (FONSECA et al.,2020).
A presença de mastite subclínica é preocupante, uma vez que pode comprometer a saúde
e a produtividade do rebanho leiteiro. A glândula silenciosa na glândula mamária pode levar a
uma redução na qualidade do leite, com aumento na contagem de células somáticas e na
presença de bactérias causadoras de mastite. Além disso, a subclínica de mastite aumenta o
risco de disseminação de infecção entre as férias, o que pode resultar em surtos de mastite
clínica, com sintomas visíveis, em períodos futuros. Portanto, a detecção e o monitoramento
adequado da mastite subclínica são essenciais para adotar medidas preventivas e de controle,
visando manter a saúde do rebanho e a qualidade do leite produzido (CUNHA, et, al., 2022).
A mastite contagiosa é causada por bactérias que incluem o Staphylococcus coagulase
negativo, Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae e Corynebacteurim bovis. A
contaminação acontece durante a retirada do leite, pelas mãos do ordenhador e de teteiras na
ordenha mecânica. A disseminação ocorre principalmente durante o processo de ordem, quando
as bactérias presentes no leite contaminam o ambiente ou equipamentos (ALVES, MOREIRA,
2021).
A contaminação ocorre através do contato direto entre as férias ou pelo
compartilhamento de equipamentos de ordem não higienizados padrão. A mastite contagiosa é
considerada uma das principais causas de mastite crônica nas fazendas leiteiras e requer
medidas de controle rigorosas, incluindo a segregação e tratamento adequado das vacas
infectadas, a implementação de boas práticas de higiene na ordem e adoção de estratégias de
prevenção (ALVES, MOREIRA, 2021).
Por outro lado, a mastite ambiental, também conhecida como m mastite ambiental-
estafilocócica, ocorre devido à exposição das vacas a bactérias ambientais presentes no
ambiente de criação, como o solo, água, cama, entre outros. Diferentes espécies de estafilococos
e coliformes são os principais agentes causadores da mastite ambiental (PRIMIERI, SILVA,
2020; FERNANDES, 2020). Essas bactérias podem entrar na glândula mamária através de
pequenas lesões na pele do teto, causadas por condições causadas de higiene, alta umidade,
contato com materiais contaminados ou lesões. A mastite ambiental é frequentemente associada
a aguda, originada em inflamação intensa e rápida causada pela qualidade do leite. As medidas
de prevenção incluem a manutenção de um ambiente limpo e seco para as férias, a higiene
adequada durante a ordenha (FERNANDES, 2020)
33

A mastite aguda e a mastite crônica são duas formas distintas de secreção da glândula
mamária em bovinos, que resultaram na saúde e na produção de leite.
A mastite aguda é caracterizada por uma inflamação intensa e rápida da glândula
mamária. Geralmente é causada por bactérias patogênicas, como Staphylococcus aureus,
Streptococcus agalactiae e Escherichia coli. Essas bactérias penetram na glândula mamária
através do teto e se multiplicam rapidamente, ocorreram em sintomas clínicos evidentes, como
aumento, vermelhidão, dor, calor e alterações no leite (NEVES, NETO, 2021). A mastite aguda
pode ocorrer de forma espontânea ou como resultado de um evento específico, como um trauma
no teto ou uma infecção pós-parto. É uma condição grave que requer atenção imediata e
tratamento adequado para evitar complicações graves, como a formação de abscessos e danos
permanentes à glândula mamária (NEVES, NETO, 2021; FLUENTES, et. al., 2021).
Por outro lado, a mastite crônica é uma forma persistente e de longa duração de
inflamação na glândula mamária. É frequentemente associado a infecções causadas por
bactérias contagiosas, como Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae e Mycoplasma
spp. A mastite crônica é caracterizada por episódios recorrentes de inflamação e remissão, em
que os sintomas podem ser menos evidentes ou até mesmo ausentes (VERÍSSIMO, et. al.,
2021). A presença de bactérias patogênicas no interior da glândula mamária pode levar à
destruição progressiva do tecido mamário e à diminuição da produção de leite. O tratamento da
mastite crônica é desafiador, e medidas de controle, como o descarte de vacas cronicamente
infectadas, a melhoria da higiene na ordem e a adoção de práticas de manejo controladas, são
fundamentais para reduzir a disseminação da doença e preservar a saúde do rebanho (JUNIOR,
et. al., 2022).
Ambas as formas de mastite são significativas para a saúde e a produção de leite dos
bovinos, e medidas preventivas, como a higiene adequada na ordem, a identificação precoce de
casos e o tratamento adequado, são essenciais para minimizar os efeitos negativos dessas
contaminações (VERÍSSIMO, et. al., 2021; NEVES, NETO, 2021; FLUENTES, et. al., 2021)
A cultura microbiológica é uma técnica laboratorial que pode ser utilizada para
identificar o agente causador da infecção mamária (LIMA et al., 2022). A cultura é realizada a
partir da coleta de amostra de leite infectado, que são observados em laboratório para identificar
o tipo de bactéria ou fungo presente (MASSOTE et al., 2019). A cultura microbiológica
também pode ser usada para avaliar a sensibilidade dos agentes aos antibióticos, permitindo
que o tratamento mais eficaz seja escolhido (LIMA et al., 2022).
A contagem de células somáticas (CCS) é uma das principais ferramentas utilizadas
para diagnosticar a mastite em vacas leiteiras. A CCS é uma medida quantitativa do número de
34

células presentes no leite, incluindo células imunes, epiteliais e inflamatórias. Em geral, um


CCS elevado indica inflamação na glândula mamária e pode ser um sinal de mastite (LIMA et
al., 2022).

Figura 8 – Células Somáticas em casos de mastite

Fonte: SENAR, 2017


As contagens de células somáticas podem ser realizadas usando métodos manuais ou
automatizados. No método manual, uma amostra de leite é coletada e diluída em soro
fisiológico (MONI et al., 2021). A solução é então contada em uma câmara de Neubauer, que
permite a visualização e contagem das células presentes. No método controlado, as amostras de
leite são processadas por equipamentos específicos que utilizam técnicas de citometria de fluxo
para contagem das células presentes (KUROSAWA et al., 2020).
Para obter uma amostra de leite representativa, é importante seguir algumas precauções.
O leite deve ser coletado após estímulos para a sua retirada, de preferência usando um método
de coleta asséptico para evitar contaminação. Recomenda-se coletar amostras de cada teto
individual e descartar o primeiro fluxo de leite (chamado de fluxo inicial) para reduzir a
contaminação por células epiteliais e bactérias da pele (KUROSAWA et al, 2020).
Por fim, cabe ressaltar que a interpretação do CCS deve ser realizada por profissionais
qualificados e experientes. Embora um CCS elevado possa indicar a presença de uma infecção
de mastite, outros fatores podem influenciar os resultados, como estágio de lactação e história
de tratamento anterior. Portanto, a avaliação da CCS juntamente com outros sinais clínicos,
como a presença de pus e glândulas mamárias no leite, é fundamental para um diagnóstico
preciso de mastite em vacas leiteiras (LIMA et al., 2022).
Em resumo, o diagnóstico da mastite envolve uma combinação de várias técnicas,
incluindo uma avaliação clínica, uma análise do leite e uma cultura microbiológica. O
diagnóstico precoce e preciso da mastite é fundamental para garantir o tratamento adequado e
minimizar as perdas associadas à doença. A adoção de boas práticas de manejo e prevenção da
35

mastite são fundamentais para reduzir a ocorrência da doença e aumentar a produtividade e a


rentabilidade na produção de leite.

2.1.1.3 Tratamento de mastite

O tratamento da mastite em bovinos envolve a identificação do agente etiológico


causador da infecção e o uso de antimicrobianos específicos (QUINTANA, DOMINGUES,
RIBEIRO, 2019). Isso permite a escolha do antimicrobiano mais eficaz e a experiência do
tempo necessário de tratamento (SOUZA et al., 2016). Além disso, é importante avaliar a
gravidade da mastite para determinar se o tratamento será feito com antimicrobianos ou se
outras terapias, como anti-inflamatórios, também serão necessárias (ALVES; MOREIRA,
2021).
O tratamento da mastite em bovinos é feito por meio da administração de
antimicrobianos por via intramamária ou sistêmica. Os antimicrobianos intramamários são
administrados diretamente na glândula mamária e são uma opção eficaz para tratar a mastite
aguda (LANGONI et al., 2017). Já os antimicrobianos sistêmicos são administrados por via
oral ou injetável e são usados para tratar casos mais graves de mastite ou para controlar uma
infecção em casos de mastite crônica (QUITANA; DOMINGUES, RIBEIRO, 2019 ).
Além do uso de antimicrobianos, outros tratamentos podem ser necessários para aliviar
os sintomas da mastite, como o uso de anti-inflamatórios. A massagem da glândula mamária
também pode ser útil para ajudar a drenar o leite infectado e reduzir o inchaço e a dor. Após o
tratamento, é importante avaliar a eficácia do tratamento por meio da cultura microbiológica do
leite e do monitoramento dos sintomas da mastite. Em casos graves, pode ser necessário repetir
o tratamento ou realizar tratamentos adicionais para garantir a eliminação completa da infecção
(LANGONI et al., 2017).
Assim, o tratamento da mastite em bovinos envolve a identificação do agente causador
da infecção, o uso de antimicrobianos específicos e outros tratamentos para aliviar os sintomas
da mastite. A adoção de boas práticas de manejo, como a higiene adequada da glândula mamária
e a prevenção de lesões, é fundamental para prevenir a ocorrência de mastite e reduzir as perdas
na indústria leiteira (JUSUS, et al.,2017).
2.1.1.4 Prevenção da mastite

O controle deve ser baseado nos seguintes aspectos fundamentais: fonte de infecção, seu
diagnóstico, tratamento ou erradicação; alimentação de animais suscetíveis, seleção de animais
36

mais resistentes e higiene da ordenha; em relação às vias de transmissão: higiene da ordenha e


meio ambiente; aumentar a conscientização dos produtores sobre o problema da perda
financeira e educação em saúde dos cuidadores (MASSOTE et al., 2019).
Uma das medidas mais importantes para o controle da mastite é a higiene adequada da
glândula mamária durante a ordenha. As vacas devem ser preparadas para a ordenha por meio
da limpeza dos tetos com água e sabão, seguida pela secagem com toalhas descartáveis. Além
disso, é importante que a ordem seja feita por pessoas treinadas e com higiene pessoal adequada,
como a lavagem das mãos (MESQUITA, et. al., 2020).
Outra medida importante é a realização do teste de CMT (California Mastitis Test) antes
da ordem. Esse teste permite a detecção de casos de mastite subclínica, que não apresentam
sintomas visíveis, mas podem reduzir a qualidade do leite produzido. Caso o resultado do teste
seja positivo, é importante que a vaca seja separada para tratamento e ordenada por último, a
fim de evitar a contaminação de demais animais. Além disso, é importante realizar o controle
da mastite por meio do uso de produtos e técnicas preventivas, como a vacinação contra os
principais agentes causadores da doença e o uso de produtos antissépticos durante a ordem. A
aplicação de antibióticos deve ser restrita apenas aos casos em que há confirmação da presença
da infecção (MASSOTE, et al, 2019).
O monitoramento da ocorrência de mastite também é importante para o controle da
doença. Os registros de produção e o acompanhamento do número de casos de mastite devem
ser realizados regularmente, permitindo uma indicação de tendências e avaliação da eficácia
das medidas de controle adotadas. Por fim, é importante lembrar que a prevenção da mastite é
a medida mais eficaz para o controle da doença. Como boas práticas de manejo, o uso de
produtos preventivos e a realização regular de testes e monitoramento são essenciais para
garantir a saúde do rebanho e a qualidade do leite produzido (DEL VESCO, et al, 2017).

2.2 SUPLEMENTO: finalidade do produtos e atividades envolvidas durante o estágio

O Redumast foi uma solução implantada em fazendas parceiras da Cotribá a fim de


melhorar o sistema imunológico de vacas por meio da suplementação. A criação do produto foi
realizada junto a um produtor cliente da Cotribá que tinha um histórico reprodutivo extenso das
vacas. Permitindo assim que fosse possível mensurar os resultados advindos da aplicação do
produto.
Conforme verificado durante o estagio, as vacas vivem em um ambiente com poucas
condições adequadas de higiene, apesar dos esforços que fazíamos,o que pode ajudar na
37

proliferação de doenças. Além disso, foi notado que a limpeza de todos os tetos é realizada com
um único pano, sendo assim uma fonte de proliferação de enfermidades. Compreende-se, assim
como afirmado por Silva, et al., (2020), que a prática sanitária tem como enfoque prevenir o
impacto de custo e de produção, bem como de garantir menores custos relacionados à doenças
como a brucelose, que foi identificada em animais das propriedades visitadas.
No dia 02 de fevereiro houve a oportunidade de acompanhar uma reunião para o
desenvolvimento de um produto marca própria COTRIBÁ com sua formula desenvolvida pelo
Drº Carlos Cordoves, um médico veterinário renomado em todo Brasil conhecido por
desenvolver formulas de produtos como o COLOSSO FC 30 um carrapaticida da marca ouro
fino utilizado em todo Brasil.
Nesta reunião foi resolvido que haveria um projeto antes da produção para
comercialização do produto, um projeto teste dentro do município de IBIRUBÁ com clientes e
responsáveis pelo projeto sendo da COTRIBÁ. Sendo nesse primeiro momento, definido
critérios para a escolha de uma propriedade onde seria feito esse acompanhamento do projeto
durante 57 dias no local escolhido.
Esta propriedade precisava ser em IBIRUBÁ, ter no máximo 50 animais e no mínimo
25, ser um local de desafio, isto é, um local ontem tem muitos problemas exclusivamente um
CCS alto e casos de mastite bem como entregar leite para a CCGL a qual tem o histórico do
leite de todos os produtores todos os meses (produtor deveria já entregar leite a 1 ano para
CCGL). Os produtores precisam estar dispostos a tocar o projeto e com receptividade para
melhorias.

 Crendo nessa premissa, a equipe de trabalho foi montada por meio dos seguintes
responsáveis: Vinicius Auler - Médico Veterinário da Cotribá- Coordenador do projeto
e responsável pelas coletas e envios das amostras
 Maicon Roesler- Funcionário da Cotribá responsável pela assistência técnica na
propriedade, e encarregado de ajudar nas coletas
 Carlos Cordoves- Responsável pelas informações dos resultados do CMT reagente
 Ricardo – Médico veterinário da Cotribá responsável pela parte reprodutiva da
propriedade
 Betina Medeiros- estagiária Cotribá, auxiliar e acompanhamento das coletas,
responsável pelas anotações e planilhas.
38

Durante o processo foram criadas planilhas (ANEXO A) com o objetivo de monitorar a


atuação do produto juntamente ao rebanho, sendo assim, possível quantificar os dados
necessários para a avaliação da efetividade do suplemento. Outro ponto estabelecido durante o
processo foi que as atividades de rotina seriam realizadas sempre pelas mesmas pessoas, de
forma que possíveis trocas não pudessem influenciar os resultados obtidos. Dessa forma foram
definidas as seguintes datas para as coletas:
 1ºColeta 14/fevereiro -sem o produto
 2ºColeta 28/fevereiro -sem o produto
 3º Coleta 14/março -coleta sem o produto e iniciação do uso neste dia
 4ºColeta 28/ abril – com utilização do produto
 5ºColeta 12/maio- com utilização do produto
Conforme os resultados colhidos, foi possível notar um aumento na produção de leite
das vacas, bem como melhora em sua disposição. Durante o processo, foram selecionadas vacas
destoantes do rebanho por apresentarem problemas reprodutivos como abortos frequentes ou
dificuldade de engravidar, ou vacas com score corporal diferente do lote, sendo magras ou
gordas demais. Conforme a planilha (ANEXO B), as vacas tiveram melhora na produção de
plaquetas.

Figura 9 – Vacas ingerindo o produto na dieta

Fonte: Autor, 2023


39

Figura 10 – Realização do teste CMT

Fonte: Autor, 2023

Para compreender os resultados encontrados, é importante compreender mais a fundo o


que é o Redumast ® e qual a sua atuação juntamente ao sistema imunológico das vacas.
Entretanto cabe compreender que a fórmula foi cedida pela Cotribá a este trabalho apenas de
forma parcial como forma de garantir a sua exclusividade.

Figura 11 – Vacas se alimentando com o suplemento

Fonte: Autor, 2023


40

Dessa forma, sabe-se que o Redumast ® é um suplemento vitamínico que conta com
vitaminas e minerais que atuam junto a microbiota animal como forma de estimular a sua
imunidade. Entre os compostos que tive acesso e liberação da empresa para escrever estão:

2.2.1 Zinco

O zinco é um mineral essencial para o funcionamento adequado do organismo e tem


sido estudado por sua atuação sobre a microbiota intestinal. Estudos mostram que o zinco pode
afetar a composição da microbiota, aumentando a diversidade e a abundância de algumas
bactérias benéficas, como as bifidobactérias e lactobacilos, e reduzindo a abundância de
bactérias patogênicas, como as enterobactérias e clostrídios. Além disso, o zinco pode aumentar
a produção de ácidos graxos de cadeia curta, que são importantes para a saúde intestinal e
podem ter efeitos anti-inflamatórios. O zinco desempenha um papel importante na resposta
imune do organismo, sendo essencial para o desenvolvimento e funcionamento adequado de
células do sistema imunológico, como os linfócitos T e as células NK (MARQUES, 2016;
SILVA, 2015).
O zinco pode afetar a resposta imune de várias maneiras, incluindo a regulação de
citocinas, moléculas que desempenham um papel central na comunicação entre as células do
sistema imunológico. Estudos sugerem que o zinco pode ter efeitos benéficos na prevenção e
tratamento de infecções respiratórias, como a gripe e o resfriado comum. Isso pode ser
atribuído, em parte, à sua ação sobre a microbiota intestinal, que pode ajudar a fortalecer a
barreira intestinal e reduzir a translocação de bactérias patogênicas para o sangue. Além disso,
o zinco pode ajudar a reduzir a inflamação associada a infecções respiratórias (MARQUES;
2016).
O zinco também tem sido estudado por sua atuação em outras condições relacionadas
ao sistema imunológico, como doenças autoimunes, câncer e envelhecimento. Estudos sugerem
que o zinco pode ter efeitos benéficos nessas condições, embora mais pesquisas sejam
necessárias para confirmar esses achados (MARQUES; 2016).

2.2.2 Selênio

O selênio é um mineral essencial para a saúde humana, sendo necessário para o correto
funcionamento do sistema imunológico e a proteção contra o estresse oxidativo. Estudos têm
sugerido que o selênio pode influenciar a composição da microbiota intestinal, promovendo a
abundância de bactérias benéficas, como as bifidobactérias e lactobacilos, e diminuindo a
41

abundância de bactérias patogênicas, como as enterobactérias e clostrídios (AVANTE, et al,


2018).
A atuação do selênio sobre a microbiota intestinal pode ser explicada em parte por sua
ação como um antioxidante, reduzindo o estresse oxidativo e protegendo as células intestinais.
O selênio também pode modular a atividade de enzimas envolvidas no metabolismo de
carboidratos e proteínas, que são fontes importantes de nutrientes para as bactérias intestinais.
Além disso, o selênio pode afetar a permeabilidade da barreira intestinal, reduzindo a
translocação de bactérias patogênicas do lúmen intestinal para o sangue. Isso pode ajudar a
prevenir a ocorrência de infecções sistêmicas (ASSIS, et al., 2021).

2.2.3 Aminoácidos

Os aminoácidos desempenham várias funções importantes no trato gastrointestinal,


incluindo a regulação da motilidade intestinal, a produção de muco intestinal e a modulação da
microbiota intestinal. Estudos têm sugerido que os aminoácidos podem influenciar a
composição da microbiota intestinal, promovendo a abundância de bactérias benéficas, como
as bifidobactérias e lactobacilos, e diminuindo a abundância de bactérias patogênicas, como as
enterobactérias e clostrídios (PINTO, et. al., 2019)
A atuação dos aminoácidos sobre a microbiota intestinal pode ser explicada em parte
por sua ação como precursores de compostos bioativos, como os ácidos graxos de cadeia curta
(AGCC), que são produzidos pelas bactérias intestinais a partir da fermentação de fibras
alimentares. Os AGCC desempenham várias funções importantes no trato gastrointestinal,
incluindo a regulação da motilidade intestinal, a produção de muco intestinal e a modulação da
resposta imune.Além disso, os aminoácidos podem afetar a atividade de enzimas envolvidas no
metabolismo de carboidratos e proteínas, que são fontes importantes de nutrientes para as
bactérias intestinais. Isso pode influenciar a composição da microbiota intestinal e promover a
abundância de bactérias benéficas (SIQUEIRA; HELENA-GISLER, SILVA, 2017).
Os aminoácidos têm sido estudados por sua relação com o sistema imunológico, sendo
importantes para a regulação da resposta imune e a proteção contra agentes patogênicos.
Estudos têm sugerido que os aminoácidos podem modular a resposta imune de várias maneiras,
incluindo a regulação da produção de citocinas, a modulação da atividade de células
imunológicas, como os linfócitos T e as células NK, e a regulação da expressão de receptores
de reconhecimento de padrões (PINTO, et. al., 2019).
42

Além disso, os aminoácidos podem afetar a permeabilidade da barreira intestinal,


reduzindo a translocação de bactérias patogênicas do lúmen intestinal para o sangue. Isso pode
ajudar a prevenir a ocorrência de infecções sistêmicas e reduzir a inflamação associada a
doenças autoimunes. Os aminoácidos também são importantes para a produção de proteínas e
enzimas envolvidas na resposta imune, incluindo anticorpos e enzimas antioxidantes. A
deficiência de aminoácidos pode levar a uma redução na produção dessas proteínas e enzimas,
comprometendo a resposta imune (SIQUEIRA; HELENA-GISLER, SILVA, 2017).

2.3 Complexo de Tristeza parasitária

A tristeza parasitária bovina (TPB) causa uma série de sintomas em bovinos, incluindo
febre alta, anemia, fraqueza, falta de apetite, aumento da frequência cardíaca e respiratória,
icterícia, entre outros. Os sintomas podem variar de leve a grave e podem levar à morte do
animal se não forem tratados adequadamente. Os bovinos afetados pela TPB apresentam um
estado de tristeza, apatia e desânimo. Eles perdem o interesse por atividades que antes eram
prazerosas, como pastar e interagir com outros animais do rebanho. Eles se tornam mais quietos
e isolados, passando a maior parte do tempo deitados e sem energia (SILVA, et. al., 2021).

Figura 12 – Ciclo Tristeza Parasitária

Fonte: Menezes (2018)

A TPB afeta a saúde mental dos bovinos, causando estresse e ansiedade. Os animais
afetados pela doença ficam mais sensíveis a estímulos externos, como ruídos e movimentos
bruscos, o que pode piorar ainda mais seu estado de tristeza e apatia (BECK, et. al., 2014).
Além dos sintomas físicos e mentais, a TPB também pode afetar a produção de carne e leite
43

dos bovinos. A doença causa uma diminuição na produção de leite, além de prejudicar o ganho
de peso dos animais, reduzindo assim a rentabilidade da atividade pecuária.
A TPB em que os métodos de diagnóstico incluem a observação dos sintomas clínicos
e a realização de exames laboratoriais, como o teste de esfregaço sanguíneo. O tratamento
envolve o uso de medicamentos anti-protozoários e a administração de transfusões sanguíneas
em casos graves (GUERIOS; OSÓRIO, 2021). A prevenção da TPB é a melhor forma de evitar
a doença em bovinos. As medidas preventivas incluem o uso de carrapaticidas para controlar a
população de carrapatos, o isolamento de animais doentes, a realização de exames regulares
para detectar a doença precocemente e a vacinação dos animais contra a Babesia bovis
(GUERIOS; OSÓRIO, 2021).
A TPB é uma doença que causa grande sofrimento aos bovinos e prejuízos econômicos
aos produtores. A prevenção e o tratamento adequado são fundamentais para garantir a saúde e
o bem-estar dos animais, além de garantir a sustentabilidade da atividade pecuária. Os
produtores que enfrentam surtos de TPB em seus rebanhos sofrem com a queda na
produtividade e com os altos custos de tratamento dos animais doentes. A doença também pode
ter impacto negativo na reputação do produtor, afetando sua imagem junto aos consumidores e
prejudicando sua comercialização de carne e leite (GUERIOS; OSÓRIO, 2021).
A TPB é uma doença que pode ser prevenida por meios de controle adequados e
eficazes. A adoção de práticas de manejo integrado de carrapatos é uma das estratégias mais
eficazes para prevenir a TPB. Isso inclui a utilização de carrapaticidas, o controle da população
de carrapatos no ambiente e o isolamento dos animais doentes.

2.3.1 Babesiose Bovina

A babesiose bovina é uma hemoparasitose que tem sua transmissão feita pelo carrapato-
do-boi causando diversos impactos para os bovinos que são os seus hospedeiros definitivos,
desta forma o parasita se manifesta por meio do protozoário Babesia bovis, que é transmitido
aos animais através da picada do carrapato Rhipicephalus microplus (GUERIOS; OSÓRIO,
2021). A doença é endêmica em muitas regiões tropicais e subtropicais do mundo, e é
responsável por grandes perdas econômicas na indústria pecuária (ASSIS; RECH;
LAZAROTTO, 2022).
44

Figura 13 – Ciclo de contaminação Babesiose Bovina

Fonte: Feitosa (2017)

Os sintomas da babesiose bovina incluem febre, anemia, fraqueza, perda de apetite,


dificuldade para respirar e produção reduzida de leite (GUERIOS; OSÓRIO, 2021). Em casos
mais graves, a doença pode levar à morte dos animais infectados. Os bovinos jovens e aqueles
com sistema imunológico enfraquecido são mais susceptíveis à infecção (SILVA et al., 2020).
O diagnóstico da babesiose bovina é feito através de exames de sangue, que identificam
a presença do protozoário no organismo dos animais. O tratamento da doença inclui o uso de
medicamentos antiprotozoários, como a imidocarb, associados a suporte nutricional e
transfusões de sangue, se necessário. A prevenção da doença é realizada através de medidas de
controle de carrapatos e vacinação (SILVA et al., 2020).
45

A infecção pode ser evitada controlando os carrapatos e banhando o animal e o ambiente


com um acaricida. A transferência acidental de sangue de um animal para outro deve ser
evitada. A imunização que consiste na inoculação com microorganismos vivos em bezerros
suscetíveis e quimioterapia não estéril em animais mais velhos pode ser usada. Algumas vacinas
inativadas adjuvantes são bem-sucedidas, e os tratamentos para animais grandes e pequenos
são: dipropionato de imidocarb 1-3mg/kg base, acetato de diimidamina 3-5mg/kg base,
fenamidina 8-13mg/kg base quilogramas e semicarbazida diisetionato (QUEVEDO, et al.,
2020)
A prevenção da babesiose bovina é fundamental para garantir a saúde e a produtividade
do rebanho. O controle do carrapato é a principal medida preventiva, e inclui o uso de
carrapaticidas e medidas de manejo para reduzir a população de carrapatos no ambiente. A
vacinação também é uma estratégia importante, e existem várias vacinas disponíveis
comercialmente que ajudam a proteger os animais contra a doença. Alguns exemplos de vacinas
comumente usadas incluem vacina viva atenuada de B. bovis, vacina inativada de B. bovis e
vacina recombinante de B. bovis. Essas vacinas são projetadas para estimular uma resposta
imune protetora contra o parasita. Quanto à frequência de aplicação, ela pode variar de acordo
com a vacina específica e a recomendação do fabricante. Sempre, as vacinas contra a bebiose
bovina são administradas em um esquema de doses múltiplas, com reforços periódicos para
manter a imunidade. Em muitos casos, os bezerros são vacinados ainda jovens, seguindo um
calendário de vacinação recomendado pelo veterinário ou pelas autoridades sanitárias locais.
Além disso, em áreas onde a doença é endêmica, a vacinação de bovinos adultos pode ser
necessária para manter a proteção. (SILVA, et al, 2020).
A babesiose bovina é uma doença que afeta a indústria pecuária em todo o mundo. Ela
causa perdas econômicas significativas e afeta a saúde e o bem-estar dos animais. A prevenção
e o tratamento adequado são fundamentais para minimizar os impactos da doença e garantir a
sustentabilidade da atividade pecuária.

2.3.2 Anaplasmose Bovina

A anaplasmose bovina é uma doença infecciosa causada pela bactéria Anaplasma


marginale, que afeta os bovinos. A transmissão da doença ocorre principalmente através da
picada de carrapatos infectados, mas também pode ocorrer através de agulhas contaminadas ou
pela transfusão de sangue infectado. A doença é endêmica em muitas regiões tropicais e
46

subtropicais do mundo, e é responsável por grandes perdas econômicas na indústria pecuária


(PAIVA et al., 2020).

Figura 14 – Contaminação Anasplasmose Bovina

Fonte: Dalto (2018)

Os sintomas da anaplasmose bovina incluem febre, anemia, perda de apetite, apatia,


fraqueza, redução da produção de leite, icterícia e urina escura. A cor escura da urina, conhecida
como hemoglobinúria, ocorre devido à destruição dos glóbulos vermelhos infectados pelo
Anaplasma marginale. Isso resulta na liberação de hemoglobina, uma proteína presente nos
glóbulos vermelhos, que é filtrada pelos enxágues e pode conferir à urina uma cor escura,
avermelhada ou marrom. A doença pode levar à morte dos animais infectados, especialmente
aqueles com sistema imunológico enfraquecido. Os bovinos jovens e os animais com doenças
pré-existentes são mais susceptíveis à infecção (ARAÚJO, 2016).
O diagnóstico da anaplasmose bovina é feito através de exames de sangue, que
identificam a presença da bactéria no organismo dos animais. O tratamento da doença inclui o
uso de antibióticos, como a tetraciclina, associado a suporte nutricional e transfusões de sangue,
se necessário. A prevenção da doença é realizada através de medidas de controle de carrapatos
e práticas de manejo adequadas (SANTOS, et. al., 2017).
A terapia específica para babesiose é baseada em derivados de diamidina e para
anaplasmose em tetraciclinas. Frequentemente, o tratamento específico restaura a condição
clínica antes que sintomas graves, como anemia grave e distúrbios neurológicos, se
desenvolvam (TEIXEIRA, et al., 2022). Caso contrário, recomendam-se transfusões de
47

fluidoterapia, cuidados de suporte, incluindo soroterapia, hepatoprotetores e cuidados para


manter os animais os mais calmos possível e fornecer-lhes água e comida (SANTOS, et. al.,
2017).
A prevenção da anaplasmose bovina é fundamental para garantir a saúde e a
produtividade do rebanho. O controle do carrapato é a principal medida preventiva, e inclui o
uso de carrapaticidas e medidas de manejo para reduzir a população de carrapatos no ambiente.
A vacinação também é uma estratégia importante, e existem várias vacinas disponíveis
comercialmente que ajudam a proteger os animais contra a doença (TEIXEIRA, et al., 2022).
Além disso, a anaplasmose bovina também pode ser transmitida através do uso de
agulhas contaminadas ou pela transfusão de sangue infectado. Portanto, é fundamental garantir
a esterilização adequada de agulhas e outros instrumentos médicos utilizados nos animais, bem
como exames na vaca doadora em casos de tranfusão. A anaplasmose bovina é uma doença que
afeta a indústria pecuária em todo o mundo. Ela causa perdas econômicas significativas e afeta
a saúde e o bem-estar dos animais. A prevenção e o tratamento adequado são fundamentais para
minimizar os impactos da doença e garantir a sustentabilidade da atividade pecuária (DALTO,
et al, 2018).
48

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo descrever as atividades realizadas no estágio


obrigatório em veterinária na Cooperativa Cotribá. As atividades se dividiram em Clinica,
Reprodução, Nutrição Animal e sanidade. Foram realizadas um total de 456 horas de estágio,
supervisionado pelos veterinários da empresa Cotribá.
Como enfoques de aprendizados houve o contato com o tratamento de tristeza
parasitária em bovinos, bem como no desenvolvimento de um suplemento nomeado pela
cooperativa como Redumast ®.
Ao que tange o Redumast®, as atividades tiveram enfoque principal em compreender a
atuação do suplemento em vacas com necessidades específicas de saúde, conforme o
demonstrado, o resultado do consumo do produto aumentou a resposta imunológica nas vacas
tratadas, bem como contribuiu em sua produção leiteira.
Durante o estágio, foi possível acompanhar diversos casos de tristeza parasitária em
bovinos e compreender sobre a importância da prevenção da doença, a qual é realizada por
meio da aplicação regular de carrapaticidas e a implementação de medidas de manejo para
reduzir a infestação de carrapatos nas pastagens e áreas de criação de gado. A conscientização
dos produtores rurais sobre os riscos da tristeza parasitária e a adoção de medidas preventivas
são fundamentais para garantir a saúde do rebanho e a qualidade do leite produzido. Foi uma
experiência valiosa e enriquecedora que me permitiu entender a importância da medicina
veterinária na saúde e bem-estar dos animais de produção.
Como estudante de veterinária, considero o estágio obrigatório uma etapa crucial em
minha formação. Durante esse período, tive a oportunidade de aplicar meus conhecimentos
teóricos em um ambiente prático e real, o que me proporcionou uma experiência valiosa e
enriquecedora. Além disso, o estágio me ofereceu a oportunidade de vivenciar a rotina do
veterinário atuante, desde o atendimento clínico até a cirurgia e a assistência emergencial,
permitindo-me adquirir habilidades práticas e desenvolver minha capacidade de tomada de
decisões.
Outro benefício importante do estágio obrigatório em medicina veterinária é a
possibilidade da ampliação minha rede de contatos e realização de conexões com profissionais
da área. Tive também a chance de conhecer diferentes áreas de atuação dentro da veterinária, o
que me permitiu ter uma visão mais ampla do mercado de trabalho e, consequentemente, tomar
uma decisão importante sobre minha área de atuação.
49

Através da prática, que atendeu as minhas expectativas, me senti impelida a seguir por
este caminho profissional. Portanto, considero fundamental ressaltar a importância do estágio
obrigatório em medicina veterinária para a minha e para o sucesso no decorrer da minha
carreira.
50

REFERÊNCIAS

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11

ANEXO A

Brinco 98
Coleta 1ª Coleta 2ª Coleta 3ª Coleta 4ª Coleta 5ª Coleta
Data 14/fev 28/fev 14/mar 28/mar 12/abr

VALOR DE
Eritrograma REFERÊNCIA* VALOR VALOR VALOR VALOR VALOR
Eritrócitos (milhões/uL) 5 - 10 4,53 4,9 4,99 6,58
Hemoglobina (g/dL) 8 - 15 7,3 7,5 7,3 11,3
Hematócrito (%) 24 - 46 20,8 23,3 23,1 33,9
VCM (fL) 40 - 60 46 48 46 51
HCM (pg) 14,4 - 18,6 16 15 15 17
CHCM (g/dL) 30 - 36 35 32 32 33
11

ANEXO B
12
13

ANEXO C

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