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SISTEMA DIGESTÓRIO

Prof. Ribeiro Filho


DIGESTÃO

• Digestão é a transformação dos alimentos em


substâncias assimiláveis, realizada no aparelho
digestório ou digestivo, por meio de dois tipos de
processos: mecânico e químico.
• O objetivo da digestão é quebrar, reduzir o tamanho
de moléculas para que o corpo possa usar enzimas
para absorver todo os nutrientes presentes na
molécula.
DIGESTÃO

Principais tipos de nutrientes

Sofrem digestão
Proteínas -> aminoácidos -> células -> energia
Carboidratos -> oses -> célula -> energia
Lipídeos -> ácidos graxos(carbono) + glicerol -> célula -> energia
Ácidos nucléicos -> nucleotídeos -> células -> energia
Não sofrem digestão
Água
Vitaminas
Sais minerais
ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

FENÔMENOS MECÂNICOS DA DIGESTÃO

1. Mastigação
2. Deglutição -> É o ato de engolir
3. Peristaltismo -> Onda muscular involuntária que conduz o
alimento ao longo do trato digestório.

FENÔMENOS QUÍMICOS DA DIGESTÃO


4. Insalivação
5. Quimificação
6. Quilificação
FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGSTÓRIO

O processamento do alimento pelo sistema digestório envolve


seis atividades básicas:
1. A ingestão – Colocar o alimento dentro do TGI por via oral.
2. A propulsão – Movimenta o alimento pelo TGI por meio da
deglutição, que é iniciada voluntariamente, e a peristalse (peri =
ao redor de; stalsis = constriçao), um processo involuntário.
3. A digestão mecânica – prepara fisicamente o alimento para a
digestão enzimática (digestão química).
Compreende: mastigação, mistura do alimento com a saliva pela
língua, agitação do alimento no estômago e a segmentação ou
constrições rítmicas do intestino.
FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

4. A digestão química – Processos fisiológicos nos quais as


moléculas complexas são degradadas até seus componentes
químicos básicos, por enzimas secretadas no lúmen do TGI.
5. A absorção – É a passagem dos produtos finais digeridos do
lúmen do TGI, através das células da mucosa, para dentro do
sangue ou da linfa.
6. A defecação – elimina do corpo as substâncias não digeridas,
pelo ânus, na forma de fezes.
ANATOMIA DA BOCA
ANATOMIA DA BOCA
ANATOMIA DO DENTE
GLÂNDULAS SALIVARES
GLÂNDULAS SALIVARES

As glândulas salivares são glândulas exócrinas, consideradas como anexos


do sistema digestório, que lançam o seu produto na cavidade bucal. Essas
glândulas secretam a saliva, um complexo de carboidratos e proteínas que
umedece, amolece os alimentos e, entre outras funções, também protege
as mucosas.
A saliva é produzida por um ato reflexo que pode ser estimulado pelo
aroma, características visuais e pelo sabor. Ela é constituída por diversas
substâncias, como a mucina – uma proteína que apresenta as funções de
lubrificar e proteger as mucosas – e a enzima amilase salivar, ou ptialina,
que atua na quebra das grandes moléculas de amido (polissacarídeo) em
moléculas menores, como a maltose (dissacarídeo).
Uma pessoa produz cerca de 1 L de saliva por dia pelas três principais
pares de glândulas salivares: as parótidas, as submaxilares (ou
submandibulares) e as sublinguais.
GLÂNDULAS SALIVARES

I. Glândulas parótidas (para = ao lado; otós = ouvido): situam-


se na lateral da face e anteriormente ao pavilhão do ouvido.
Lançam sua secreção na altura do segundo molar superior;
II. Glândulas submandibulares (sub = abaixo de): situam-se
próximas à parótida, sendo protegidas pela mandíbula.
Lançam sua secreção na cavidade bucal por meio de canais
que desembocam no assoalho da boca;
III. Glândulas sublinguais: situam-se na parte inferior lateral à
língua. Lançam sua secreção na porção anterior da língua, por
meio de canais que desembocam no assoalho da boca;
FARINGE
FARINGE
ESÔFAGO
ESTÔMAGO

No estômago os movimentos peristálticos misturam o bolo alimentar ao suco


gástrico, produzido pelas glândulas da mucosa gástrica. Esse suco contém
o ácido clorídrico, que mantém a acidez estomacal, dando condição favorável
ao trabalho das enzimas na digestão.
A pepsina, a principal enzima do estômago, atua na transformação das
proteínas, intensificando a digestão química. O hormônio gastrina (produzido
no estômago quando o alimento entra em contato com suas paredes) regula a
ação da pepsina, que transforma moléculas grandes (polipeptídeos) em
moléculas menores (dipeptídeos).
O suco alimentar, resultado da digestão química é chamado de quimo. A passagem do
quimo para o intestino é controlada através da válvula denominada piloro.
ESTÔMAGO

Quando o bolo alimentar chega ao estômago, ele sofrerá a ação do suco gástrico, uma
substância rica em ácido clorídrico. Esse ácido é importante, pois mantém o pH em torno
de 2, sendo ideal para converter o pepsinogênio em pepsina, uma enzima encontrada no
suco gástrico que atua quebrando as moléculas de proteína em peptídeos, além de
também destruir micro-organismos patogênicos. No suco gástrico também é encontrada
uma pequena quantidade de lipase, bem como renina em indivíduos jovens. Após a ação
de todas essas substâncias, o bolo alimentar transforma-se em uma massa semilíquida,
branca e ácida passando a receber a denominação de QUIMO.
ESTÔMAGO
INTESTINO DELGADO
INTESTINO DELGADO

O intestino delgado é um órgão tubular com cerca de seis metros de comprimento, presente
no sistema digestório. Nesse órgão, o alimento sofre a ação das substâncias produzidas
pelo pâncreas e pelo fígado, e há a absorção de grande parte dos nutrientes e da água.
O intestino delgado é dividido em três regiões:
•Duodeno: com cerca de 25 cm de comprimento, é a região onde são lançadas as substâncias
produzidas pelo pâncreas – como o suco pancreático, cujas enzimas atuam, por exemplo, na
digestão de proteínas – e pelo fígado – a bile atua na emulsificação das gorduras que
posteriormente serão digeridas com a ação de enzimas específicas;
•Jejuno: apresenta cerca de 2,5 m e, por não apresentar um limite muito definido, muitas
vezes é descrito juntamente com o íleo;
•Ileo: apresenta cerca de 3,5 m e, juntamente com o jejuno, formam a maior parte do intestino
delgado.
Essa região, jejuno-íleo, apresenta diversas alças que se prendem na parede do abdome por
meio de um órgão denominado mesentério.
INTESTINO DELGADO

O quimo vai chegar ao intestino delgado, onde a digestão irá continuar. Grande parte
desse processo ocorre na porção inicial do intestino, o duodeno. O quimo é
misturado ao suco entérico, um líquido que contém enteroquinases (transforma o
tripsinogênio em tripsina), peptidases (finalizam a digestão de proteínas) e
carboidrases (digestão de dissacarídeos). Além disso, o quimo sofre ação de
substâncias produzidas por duas glândulas anexas: o suco pancreático e a bile. O
suco pancreático, produzido pelo pâncreas, é uma substância de pH alcalino que
possui enzimas como a tripsina (digere proteínas), lipase (quebra os lipídios) e
amilase (quebra amido). Já a bile, que é produzida pelo fígado e armazenada na
vesícula biliar, atua na quebra de gordura. Após todas as transformações sofridas no
intestino, o quimo passa a se chamar quilo, uma substância branca.
INTESTINO DELGADO
FÍGADO E PÂNCREAS
INTESTINO GROSSO

O intestino grosso é a porção final do sistema digestório e é o


local onde as fezes são formadas. É nesse órgão que grande parte
da água e sais minerais é absorvida, alguns produtos são
fermentados e muco é formado. O muco tem por função
compactar a massa fecal e contribuir para o seu deslizamento.
Anatomicamente, o intestino grosso apresenta-se mais calibroso
e também é mais curto que o intestino delgado. Geralmente, o
intestino grosso possui 1,5 m de comprimento e 6,5 cm de
diâmetro
O intestino grosso apresenta algumas partes principais: ceco,
cólon, reto e ânus. O cólon é dividido em cólon ascendente,
cólon transverso, cólon descendente e cólon sigmoide.
INTESTINO GROSSO
INTESTINO GROSSO

Ceco: é a parte inicial do intestino grosso. Essa região conecta-se


ao apêndice, uma estrutura que possui um lúmen pequeno e
estreito. Quando alguma inflamação afeta o apêndice, dizemos
que o paciente apresenta apendicite.
Cólon ascendente: como o nome sugere, estende-se para cima e
termina na superfície inferior do fígado, estando localizado do lado
direito da parede abdominal.
Cólon transverso: como o nome indica, atravessa a cavidade
abdominal. Ele segue logo abaixo do estômago, na direção da
direita para a esquerda.
Cólon descendente: inicia-se perto do baço, está presente no lado
esquerdo do abdômen e segue para baixo.
INTESTINO GROSSO

Quando o alimento chega ao cólon descendente, o bolo fecal


permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções
da curva sigmoide e o reto.
As fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema
digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma
porcentagem significativa da massa fecal.
Glândulas da mucosa do intestino grosso, secretam muco, que
lubrifica o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.
INTESTINO GROSSO

Cólon sigmoide: essa porção do cólon apresenta a forma de S.


Reto: é um canal localizado na região anterior do sacro e termina no
ânus.
Ânus: local onde o sistema digestório conecta-se com o meio
externo e as fezes são liberadas.
A camada mucosa do intestino grosso não apresenta vilosidades
como as que estão presentes no intestino delgado. É possível
perceber no intestino grosso uma grande quantidade de células
caliciformes, células enteroendócrinas e também células absortivas,
as quais apresentam microvilosidades curtas e irregulares.
INTESTINO GROSSO

Após passar pelo intestino delgado, o material alimentar restante é lançado ao


intestino grosso. Todo esse material está no estado líquido, e é empurrado pelo lado
direito e transversal do cólon enquanto a água está sendo absorvida.
Nessa etapa, existe também a ação da flora bacteriana intestinal decompondo
compostos alimentares que ainda não foram digeridos.
Ao chegar no lado esquerdo, o bolo fecal fica armazenado já numa consistência
mais sólida e menos líquida. Conforme o acúmulo aumenta, ocorre dilatação do
cólon. Este é um dos estímulos para que o intestino se contraia e comece o
processo de expulsão do bolo fecal.
Mais a frente, na região do reto e do canal anal, os esfíncteres cuidam da extensão
anal, para que a expulsão se conclua.
INTESTINO GROSSO

Quais nutrientes são normalmente absorvidos no


intestino grosso?

O intestino grosso é responsável pela formação da fezes


e é onde se encontram as bactérias da flora intestinal, que
ajudam na produção das vitaminas K, B12 (cianocobalamina),
B1 (tiamina) e B2 (riboflavina). Os nutrientes
absorvidos nessa parte são principalmente água, biotina,
sódio e gorduras feitas com ácidos graxos de cadeia curta.

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