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SISTEMA DIGESTÓRIO

PROF.: CÉLIO CARLOS


A água, os sais minerais, as vitaminas e a glicose são substâncias
simples, isto é, possuem moléculas pequenas. Elas não sofrem
transformações no nosso organismo, sendo absorvidas diretamente,
passando para o sangue.

Outros alimentos, no entanto, sofrem transformações, até se


tornarem substâncias simples. O amido, as proteínas e as gorduras,
por exemplo, têm moléculas grandes. Por isso, durante a digestão,
transformam-se em moléculas menores, podendo ser absorvidas
mais facilmente pelo intestino. O amido torna-se glicose, as
proteínas transformam-se em aminoácidos e as gorduras, em
glicerina e ácidos gordurosos.
Como os alimentos se transformam
Os lipídios, as proteínas e os glicídios – contidos nos alimentos
que ingerimos – entram em contato com diversos sucos
digestivos nos órgãos de nosso corpo e se decompõem em
substâncias menores, facilmente absorvidas pelo organismo.
Esses sucos contém substâncias que auxiliam o trabalho de
decomposição: são as enzimas.

Cada enzima é encarregada de transformar determinados


alimentos. Por exemplo: a enzima que age sobre o amido não
tem nenhuma influência sobre as proteínas ; a que decompõe
as gorduras não decompõe o amido.
Para onde vão os alimentos
Uma porção dos alimentos irá nutrir as células, enquanto outra parte, que
não terá utilidade, será eliminada.

Pense no feijão e na água. O amido do feijão será transformado em açúcar


e aproveitado pelas células; a casca não será decomposta, sendo
eliminada pelas fezes.

Com a água acontece um fenômeno semelhante: uma boa quantidade será


absorvida, mas a outra parte será eliminada posteriormente através da
urina, das fezes, do suor e durante a respiração, em forma de vapor.

A parte dos alimentos que é aproveitada vai até as células; para isso, usa
um veículo, que é o sangue. Mas antes de chegarem ao sangue, os
alimentos passam por diversos órgãos.
TUBO DIGESTIVO
1 – Cavidade oral (boca);
2 – Faringe,
3 – Esôfago,
4 – Estômago
5 – Intestino delgado,
6 – Intestino grosso
7 – Ânus.
ÓRGÃOS
ÓRGÃOS ACESSÓRIOS

Os órgãos acessórios do sistema digestório


incluem:
as glândulas salivares,
o pâncreas,
o fígado e
a vesícula biliar.
BOCA (CAVIDADE ORAL)

• É a porção inicial do tubo digestivo, onde ocorre a


apreensão, mastigação, insalivação e deglutição dos
alimentos e a primeira digestão do amido.
LÍNGUA
É um órgão
muscular, situado na
cavidade bucal
propriamente dita.

Que tem importante


função na condução
do alimento para
faringe, além da
função gustativa , de
fonação e deglutição.
DENTES
Os dentes têm a função de cortar e
triturar os alimentos. Em cada
arcada dentária temos 16 dentes,
assim subdivididos:
4 incisivos, localizados na frente e
destinados a cortar;
2 caninos, também chamados de
presas, destinados a perfurar;
4 pré-molares, destinados a
triturar;
6 molares, também destinados a
triturar.
Todo dente é formado de três
partes: a raiz, que prende o dente
ao osso maxilar; a coroa, parte
branca visível; a parte localizada
entre a raiz e a coroa.
A faringe

A faringe é uma cavidade


alongada em forma de funil,
situada logo após a boca.

Ela se comunica com a


boca, com as fossas nasais,
com a laringe e com o
esôfago.
O esôfago
É um órgão em forma de
tubo, com paredes moles, e
que mede
aproximadamente 25 cm de
comprimento.

Por sua parte superior o


esôfago comunica-se com a
faringe; pela inferior, liga-
se ao estômago, onde existe
um orifício dotado de uma
válvula chamada cárdia.
ESTÔMAGO
É uma dilatação do tubo
digestivo entre o esôfago e
o intestino, situada na
cavidade abdominal.
É forrado por dentro por
uma membrana chamada
mucosa gástrica, que
possui glândulas especiais
para a fabricação do suco
gástrico.
Está dividido em três
partes: o fundo, o corpo e
a porção pilórica.
INTESTINO DELGADO

É a primeira porção do intestino delgado.


No homem, mede aproximadamente 7
metros e está dividido em duas partes: o
duodeno e o jejuno-íleo.
Duodeno – Tem cerca de 20 a 25 cm de
comprimento e a forma de um J deitado;
nele desembocam dois canais:
O do pâncreas;
O canal colédoco, que é a união do canal do
fígado com o da vesícula biliar.
Jejuno-íleo – É a parte do intestino delgado
onde os alimentos são absorvidos.
O intestino delgado é revestido
internamente por uma membrana chamada
mucosa intestinal. As células aí existentes
fabricam o suco intestinal.
Intestino grosso
O intestino grosso mede
aproximadamente 1,5 metros.
Tem três partes:
Ceco – liga-se ao intestino
delgado através do orifício íleo-
cecal, que possui uma válvula;
presa ao ceco está o apêndice,
órgão cilíndrico, muito fino; sua
inflamação recebe o nome de
apendicite;
Cólon – é a parte mais longa do
intestino grosso;
Reto – é a última parte do
intestino grosso; comunica-se
com o exterior por um orifício, o
ânus.
Órgãos anexos do aparelho digestivo
O fígado
É a maior glândula do nosso organismo,
pesando aproximadamente 1,4 kg. Divide-se em
lóbulos e sua cor é vermelho-escuro. Situa-se à
direita do abdome, logo abaixo do diafragma.
Na parte inferior encontra-se a vesícula biliar
(bolsa que guarda a bile).
A bile é um líquido amarelo-esverdeado, amargo
e sem enzimas digestivas. É formada de água
(97%), pigmentos biliares, sais biliares e
lipídios. Ela é importante para a digestão,
devido à ação de seus componentes.
Sais biliares – combatem a acidez, favorecendo a
ação da amilase (enzima que atua sobre os
glicídios), que não age em meio muito ácido.
Os pigmentos biliares – colaboram na formação
das fezes.
A bile – age sobre as gorduras, transformando-as
em gotículas e facilitando a ação da lipase
(enzima que atua sobre os lipídios): além disso,
tem uma ação anti-séptica (de limpeza) sobre a
flora intestinal.
O pâncreas

O pâncreas é uma glândula alongada,


situada entre o estômago e o duodeno. É
responsável pela produção de:
Insulina, substância que vai diretamente
para o sangue, no qual controle a
quantidade de glicose (devemos possuir 1
grama de glicose por litro de sangue); a
produção insuficiente de insulina causa a
diabete.
Uma mistura chamada suco pancreático,
no qual se encontram enzimas digestivas:
lipase pancreática (decompõe as
gorduras), tripsina (decompõe as
proteínas) e amilase (decompõe o amido).
O suco pancreático é lançado no duodeno.
As glândulas salivares
São três glândulas localizadas na boca:
As parótidas, situadas ao lado dos
ouvidos;
As submaxilares, que ficam abaixo do
maxilar inferior;
As sublinguais, localizadas abaixo da
língua.
Essas glândulas produzem a saliva, que
desempenha importante papel na
digestão. Além de umedecer os
alimentos, auxiliando a mastigação, a
saliva contém ptialina, uma enzima que
começa a decompor o amido.
O caminho do alimento
A digestão é o conjunto de modificações que o alimento sofre ao percorrer o aparelho digestivo
– desde o momento que engolimos até a eliminação dos resíduos não aproveitados pelo
organismo.
A digestão começa na boca, com a mastigação e a insalivação. Na mastigação, os alimentos
são triturados; na insalivação ocorre um fenômeno químico: à medida que a saliva se mistura
com os alimentos, a ptialina, começa a transformar o amido em maltose, um tipo de açúcar.
Depois da mastigação e a da insalivação, o alimento, (bolo alimentar), passa da boca à faringe
e desta para o esôfago; é a deglutição (ato de engolir).
Do esôfago, o bolo alimentar terá de descer e percorrer todo tubo digestivo. Ele apresenta
ondas de contração, que empurra o bolo alimentar para baixo. São os movimentos
peristálticos.
No estômago, o bolo alimentar mistura-se com o suco gástrico; as proteínas são decompostas
pela pepsina. Depois desse trabalho do estômago, o bolo alimentar recebe o nome de quimo.
Chegando ao duodeno, o quimo mistura-se com o suco intestinal; recebe também o suco
pancreático e a bile, vindo através do canal colédoco.
No intestino delgado, os fermentos do suco intestinal e do suco pancreático, ajudados pela bile,
que emulsiona as gorduras, facilitam o trabalho digestivo; o bolo alimentar recebe agora o
nome de quilo. Nesta fase os alimentos já estão digeridos, pois o amido transformou-se em
glicose e as proteínas em aminoácidos; a glicose e os aminoácidos passarão para o sangue.
O trabalho de absorção
No jejuno-íleo, as substâncias alimentares digeridas são absorvidas, isto é,
penetram na mucosa intestinal, chegando ao sangue.
A mucosa intestinal possui um número elevado de saliências cônicas,
chamadas vilosidades intestinais.
As vilosidades são encarregadas de absorver os alimentos; cada vilosidade
possui uma grande quantidade de vasos capilares.
As vilosidades possibilitam que a superfície de absorção do intestino seja
muito grande. No adulto, o intestino delgado tem cerca de 7 metros de
comprimento, mas, graças às vilosidades, sua área de absorção é de
aproximadamente 180 metros quadrados. Isso significa que, se
pudéssemos esticar completamente a superfície interna do intestino
delgado, desdobrando as vilosidades, seria possível cobrir uma quadra de
tênis.
O trabalho da eliminação

Os restos dos alimentos são eliminados pelo intestino grosso.

A parte do bolo alimentar que não é absorvida passa para o

intestino grosso em forma semi-líquida. Corre todo o intestino e

vai se tornando pastosa, pois parte da água e dos sais

minerais é absorvida durante o percurso. Essa parte pastosa –

que constitui as fezes – passa pelo reto e é eliminada pelo

ânus.
Questionário
1 – Que são enzimas?
2 – Faça um esquema mostrando a sequência dos órgãos do aparelho digestivo.
3 – Qual a função do fígado?
4 – Qual a função do pâncreas?
5 – Qual a função da saliva?
6 – O que é digestão?
7 – Que fenômeno da digestão ocorrem na boca e no estômago?
8 – Qual o produto final dos alimentos (proteínas, amido e gorduras), quando
chegam ao intestino delgado? O que ocorre com esse produto no intestino?
9 – Como as fezes são formadas e eliminadas?
10 – Cite as três glândulas salivares?
11 – O estômago é composto por quantas regiões e como elas são divididas?
12 – Em quantas partes o pâncreas é dividido e descreva o nome das estruturas?
13 - Descreva os órgãos acessórios do aparelho digestório?
14 – Qual a principal função da bile?

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