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Introdução:
Assim, passamos a descrever as alterações dos tecidos moles bucais dentro dos
padrões de normalidade de maior freqüência na boca.
Cavidade Oral
Lábios:
Bochechas:
Palato Duro:
Céu da boca:
Mucosa (epitélio pavimentoso estratificado queratinizado) espessa.
Submucosa densa (rica em fibras colágenas e reticulares) unida ao periósteo.
Glândulas mucosas.
Palato mole:
Língua:
Papilas filiformes;
Dentes:
Esmalte;
Dentina;
Polpa;
Cemento.
Polpa:
Glândulas Salivares
Aspectos Anatômicos:
A boca fica situada no terço inferior da face, abaixo do nariz, se relaciona com este
nas funções a que é destinada. Porta de entrada e o estágio final do processo respiratório,
apresenta certa especialização que lhe permite ser considerada como um órgão
multifatorial. Além das funções digestivas e respiratórias, a boca tem função na fonação.
Aspectos Microbiológicos:
A) Fenda labial: Defeito na fusão do processo nasal mediano com o processo maxilar.
F) Glossite Rombóide Mediana: Etiologia parece estar associada a infecção pelo fungo
Cândida Sp. Apresenta região despapilada, eritematosa, lisa, localizada no dorso mediano
posterior da língua, geralmente assintomática.
Exame Clínico:
A) Identificação do paciente
- Anamnese: nome, sexo, idade, etnia, estado civil, endereço comercial, endereço
residencial, profissão, procedência, nacionalidade.
- Queixa principal: duração, história da doença atual, antecedentes familiais,
situação familiar.
- Antecedentes mórbidos Pessoais: Gerais/Regionais; Hábitos e vícios.
B) Exame físico
- Geral
- Regional: Extrabucal/Intrabucal
A.1) Anamnese:
Relação Clínico-Paciente:
No que diz respeito à dor, é importante saber a intensidade, a freqüência e os fatores que
influenciam a melhora ou piora, como postura, uso de analgésicos, reação ao frio e ao calor,
período do dia ou da época sazonal, alterações fisiológicas como menstruação, menopausa,
etc.
Observação:
Pode-se verificar a partir da fala, durante a anamnese, alterações fonéticas provocadas por
distúrbios locais, como trismo, dificuldade no uso de próteses, lesões dolorosas na mucosa
entre outras e distúrbios sistêmicos, principalmente neurológicos.
Seqüência Cronológica
Identificação do paciente:
Nome (completo); Sexo (masculino ou feminino); Idade (anos e meses)- certas doenças
como o carcinoma são mais comuns a partir da quinta década de vida; Etnia (a que grupo
étnico pertence) indivíduos de pele clara (carcinoma); Estado civil (solteiro, casado, viúvo,
separado); Endereço comercial e residencial (completo); Profissão; Procedência
(Naturalidade. Local de nascimento) – Paracocidioidomicose, Doença de Chagas - ou onde
viveu a maior parte de sua vida; Nacionalidade (vínculo legal de pertinência, nato ou
natural de).
Situação Familiar: Condições de vida do cotidiano do paciente. Ex: onde e como mora,
dieta, condições em que vive, etc.
Hábitos e Vícios:
Hábitos – ações repetidas pelo paciente e que não causam necessariamente danos de
qualquer natureza ao paciente.
Vícios - hábitos nocivos.
Manobras de semiotécnica:
Inspeção; Palpação; Auscultação; Percussão; Olfação; Punção; Diascopia (lesão
pigmentada ou vascular); Exploração de ductos preexistentes ou provocados por cirurgia ou
por seqüela de patologias; Raspagem (lesões brancas/pênfigo vulgar).
Exame Físico Geral: Avaliação de todo o indivíduo, sem associar, a princípio, ao motivo da
consulta (Estado Geral do paciente = (Bom, Regular, Mal, Péssimo); Biótipo (peso x
altura); Ambulação; Distribuição dos vários elementos do corpo; Postura).
Exceção: Dor, Infecção, Hemorragia.
Exames Complementares:
Hematológicos:
E) Citologia Esfoliativa: é um exame fácil, rápido, pouco oneroso e inócuo sob o ponto de
vista de injúria aos tecidos que estão sendo examinados. Permite avaliar lesões tumorais,
infecciosas e outras que ocorrem na mucosa bucal e viabilizam o exame, tendo 95% de
fidelidade de diagnóstico.
- Objetivo: Verificar a presença de células malignas.
- Indicação: úlceras que não mostram tendência a cicatrizar em 5 dias,
principalmente, e em placas brancas que não cedem à raspagem. Lesões que contra indicam
a biópsia, controle de áreas submetidas à radioterapia, áreas onde o teste de azul de
toluidina (Teste de Shedd) foi positivo.
- Utilidade em processos não-tumoriais: utiliza-se a citologia esfoliativa como
auxiliar no diagnóstico de: Afta, leucoplasia (malignidade – células nucleadas na superfície
da lesão), pênfigo vulgar (malignidade – células de Tzank), herpes, paracoccidioidomicose,
sífilis, candidíase e lesões císticas (líquido).
Lesões Fundamentais
Infecções
Fúngicas;
Virais;
Bacterianas;
Parasitárias.
INFECÇÕES FÚNGICAS
Candidose:
Candidose Pseudomembranosa
Candidose mucocutânea
Histoplasmose
pacientes com AIDS; baço, adrenais, fígado, LN, trato gastrointestinal, SNC, rim, mucosa
oral).
Lesões Orais - Forma disseminada; língua, palato, mucosa jugal; ulcerações
dolorosas solitárias, eritematosas, com bordos firmes e elevados (DD: CEC).
HP - Granulomas com macrófagos, linfócitos, plasmócitos e células gigantes
multinucleadas; PAS e Gomori-Grocott .
Diagnóstico - HP ou cultura; Ags do fungo; sorológico (Acs antifungo); teste imunodifusão
Ags H e M; teste cutâneo da histoplasmina.
Tratamento - Aguda (autolimitante), crônica (anti-fúngicos sistêmicos),
disseminada (anti-fúngicos EV; mortalidade de 7 a 23%).
Blastomicose (Norte-americana)
impregnação pela prata (Gomori-Grocott) e pelo ácido periódico de Shiff (P.A.S). passaram
a ser utilizados para melhor detectar o fungo nas lesões.
Seu habitat ainda é desconhecido, o que dificulta o esclarecimento da história
natural desta micose. Presume-se que os micélios e conídeos estejam presentes no solo,
água, plantas e que penetrariam no hospedeiro pelas vias aéreas, atingindo principalmente
os pulmões, dando origem a uma infecção subclínica que pode se disseminar para outros
órgãos, por via linfo-hematogênica (FRANCO et al., 1989).
A paracoccidioidomicose tem um impacto econômico e social importante pois afeta,
principalmente, trabalhadores rurais, em contato constante com a vegetação e o solo
(RESTREPO et al., 1970; MARQUES et al., 1983; FRANCO, 1994; BERNARD et al.,
1997). Na forma aguda, apesar de uma menor freqüência, jovens de ambos os sexos são
afetados em igual proporção e a doença geralmente é severa e disseminada, indicando que
o P.brasiliensis infecta tanto homens como mulheres. Entretanto, na doença crônica do
adulto há predominância de homens infectados em relação às mulheres na faixa etária entre
30 a 49 anos, chegando à proporção de 25 homens para cada mulher afetada.
Provavelmente, o número reduzido de mulheres afetadas esteja relacionado a um efeito
protetor promovido pelos hormônios femininos.
Estudos “in vitro” demonstraram que estrógenos atuam inibindo a transformação de
micélio ou conídea em levedura, evento fundamental na instalação da infecção
(RESTREPO et al., 1984; SALAZAR et al., 1988). Paralelamente, foi demonstrada a
presença de uma glicoproteína de 60Kda, identificada como receptor para o estradiol na
membrana citoplasmática de P. brasiliensis tanto na fase micelial como leveduriforme,
evitando a transformação da forma micelial em levedura (LOOSE et al., 1983).
A paracoccidioidomicose, como outras micoses profundas, manifesta-se sob a forma
de infecção ou doença. A paracoccidioidomicose-infecção caracteriza-se pela ausência de
sinais ou sintomas clínicos, embora ocorra o desenvolvimento de uma resposta imune
específica, evidenciada pelo teste intradérmico com paracoccidioiodina (LACAZ et al.,
1956). Apesar deste teste não responder em pacientes com a forma severa da doença
(MENDES et al., 1971), devido a deficiência da imunidade celular (MENDES, 1975)
associada ao aumento supressor da atividade das células T (MOTA et al., 1988).
O foco de infecção pode regredir com a destruição do fungo, permanecer na forma
latente com fungos viáveis ou, dependendo das condições do hospedeiro e da virulência do
fungo, progredir comprometendo diferentes órgãos ou sistemas, levando ao aparecimento
de sintomas (FRANCO, 1987a). Mais raramente pode ocorrer apenas a formação de uma
lesão pulmonar solitária assintomática em forma de um nódulo paracoccidioidal, chamado
de paracoccidioidoma. Há apenas dez casos relatados na literatura, sendo que comprovados
com investigação histológica apenas 4 (ALVES DOS SANTOS et al., 1997).
As manifestações clínicas da micose são as de doença granulomatosa crônica
apresentando uma gama de sinais e sintomas agrupados em dois padrões principais que
definem as suas formas aguda e crônica (FRANCO et al., 1987b). A forma aguda é
habitualmente severa, de evolução rápida, afetando predominantemente o sistema
fagocitário mononuclear (baço, fígado, linfonodo e medula óssea). Nesta forma clínica, o
envolvimento da mucosa é pouco freqüente acometendo 17 a 20% dos pacientes, sendo raro
nos pulmões onde é observado em apenas 5% dos casos (BARBOSA, 1991). A forma
crônica tem duração prolongada, freqüentemente excedendo 6 meses, instalação lenta e
gradual e as lesões permanecem localizadas (forma unifocal) ou envolvem mais de um
órgão ou sistema (forma multifocal), como pele, mucosas, gânglios linfáticos, medula
Criptococcose
Aspergilose:
Vírus
HERPES
Disseminação mundial;
Permanecem por toda a vida no hospedeiro;
HSV-1 (lesões acima da cintura) e HSV-2 (lesões abaixo da cintura) são estruturalmente
similares; Ags são diferentes e têm variações epidemiológicas; alterações teciduais e
aspecto clínico das lesões são similares;
Acs mostram reações cruzadas entre os 2 tipos;
HSV-1 - saliva infectada; área peri-oral, facial e ocular (boca, faringe, lábios, olhos
e pele próxima);
HSV-2 - contato sexual; genitália;
Infecção primária - Exposição de um indivíduo sem Acs para o HSV (nunca exposto antes);
maioria assintomática; penetra por quebras cutâneas ou até membranas intactas;
superpopulação, má-higiene;
Herpes primária (GEHP) - incubação de 7 a 8 dias; 1% dos casos de infecção; 6
meses e 5 anos de idade; linfadenopatia cervical, febre, mialgia, anorexia, irritabilidade;
LESÕES ORAIS: vesículas que se rompem formando úlceras eritematosas
coalescentes; fibrina; mucosa aderida e livre; gengiva marginal edemaciada e erosada;
auto-inoculação - dedos, olhos e genitália; resolve-se em 5 a 15 dias.
Herpes primária - Após a infecção primária - vírus penetra nos nervos sensitivos - migração
para gânglios (ex: trigeminal ou de Gasser) - fase de latência;
Herpes primária em adultos - Maioria assintomática; faringotonsilite - dor de
garganta, febre, mal-estar, dor de cabeça, vesículas na faringe e tonsilas - ulceram,
coalescem e são cobertas por pseudomembrana;
Latência - Fatores desencadeantes - idade, UV, stress, gravidez, alergia, trauma,
problemas respiratórios (gripe), menstruação, desordens sistêmicas, doenças malignas -
infecção secundária (presença de lesões ouassintomática só com o HSV na saliva);
Herpes secundária (recorrente) - 15 a 20% dos que tiveram a infecção primária;
lesões no epitélio suprido pelo nervo afetado; + comum é a herpes labial recorrente; 15 a
45% da população dos EUA;
CLÍNICO - 6 a 24 horas antes - sinais prodrômicos (dor, queimação, prurido,
eritema) - surgem vesículas que se rompem em 2 dias - formação de crostas - cicatrização
em 7 a 10 dias; pele próxima ao vermelhão labial; mento, nariz e bochecha - menos
comuns; recorrências também dentro da boca - mucosa queratinizada (gengiva inserida
superior e palato duro - lesões semelhantes às labiais);
Outras formas de infecção pelo HSV-1 Panarício herpético (paroniquia herpética) -
auto- inoculação em crianças com herpes primária ou pessoal de Saúde sem luvas
“Herpes gladiatorum” - jogadores de rugby e lutadores - arranhões e machucados;
Herpes ocular - auto-inoculação em crianças;
Eczema herpético (erupção variceliforme de Kaposi) - pacientes com doenças
cutâneas como pênfigo, eczema e Darier – grave;
Herpes em recém-nascidos - HSV-2 no canal vaginal; mortalidade sem tratamento
- 50%;
HSV-2 - Exposição maior entre 15 e 35 anos (sexual); é oncogênico ?; prostitutas -
80%
Processos associados à infecção pelo HSV – Eritema multiforme (15% dos casos
são precedidos por infecção pelo HSV 3 a 10 dias antes), carcinomas (HSV é oncogênico?
- detecção de HSV em CECs) Imunodeprimidos - Lesões mais extensas e mais duradouras;
intra-oral - extensão às mucosas não queratinizadas;
HP - Células epiteliais com acantólise (Tzanck); citoplasma claro e núcleo
aumentado (degeneração balonizante); marginação da cromatina nucleolar; corpos de
MONONUCLEOSE INFECCIOSA
(MONO, FEBRE GLANDULAR, “DOENÇA DO BEIJO”)
Família papovavírus; DNA de dupla fita - vírion esférico com 50nm; + de 64 tipos
de HPV descritos; tropismo por epitélio - encontrado no epitélio em estado latente, e em
lesões benignas e malignas
Papovavírus - subgrupo A - HPV – oncogênicos HPV 16 em cérvix uterino -
displasia/CEC cólo uterino HPV e CEC de boca ???
Papiloma
Etiologia - Presumivelmente induzido pelo HPV (tipos 6 e 11 em 50% dos casos por
hibridização in situ);
Epidemiologia/Patogenia - Proliferação benigna do epitélio estratificado escamoso;
tumor epitelial benigno ?; transmissão desconhecida; latência/incubação de 3 a 12 meses;
3% de todas as lesões biopsiadas; 4 em cada 1000 adultos;
adultos
Clínico - 30 a 50 anos (qq idade); H = M; língua, palato mole; lesão exofítica mole
indolor usualmente pediculada com projeções superficiais digitiformes (aspecto verrucoso
ou de “couve-flor”); esbranquiçados, vermelhos ou normocrômicos; usualmente solitários;
0,5cm;
HP - Epitélio estratificado escamoso queratinizado ou não em proliferação
digitiforme; TC fibrovascular sem ou com infiltrado inflamatório; pode-se ver displasia
leve; coilocitose eventual;
Tratamento - Excisão cirúrgica conservadora.
VERRUGA
Etiologia - HPV 2, 4, 6 e 40;
Epidemiologia/Patogenia - Hiperplasia focal benigna do epitélio estratificado
escamoso induzida pelo HPV; contagiosa (cuidado com auto-inoculação);
Clínico - Crianças; pele das mãos e dedos (coloração cinza-acastanhada); Intra-oral:
lábio, língua; lesão papular ou nodular indolor com projeções papilares ou superfície rugosa
verruciforme; séssil ou pediculada; cor branca; lesões múltiplas são comuns (< 5mm);
HP - Proliferação do epitélio estratificado escamoso com hiperqueratose e projeções
digitiformes; TC com infiltrado crônico; projeções periféricas voltam-se para o centro da
lesão; coilócitos na camada espinhosa superficial; camada granulosa proeminente;
Tratamento - Excisão cirúrgica conservadora; crioterapia, com nitrogênio líquido,
agentes queratolíticos (ácidos salicílico ou láctico); 70% desaparecem em 2 anos.
Molusco Contagioso
CITOMEGALOVIROSE
infecção aguda materna e ainda pela cultura do vírus. No sangue fetal após 21 semanas de
gestação, a presença de IgM fetal e de IgG elevada em títulos maiores que os maternos em
no mínimo 4 diluições certificam o diagnóstico.
Em relação à vacina para a citomegalovirose Ad.169, produzida na Inglaterra, de
vírus vivos atenuados e a Towne vacina, a replicação do vírus vacinal foi restrita quando
comparada ao vírus selvagem, a transmissão foi limitada e a reativação não tem sido
demonstrada. A duração da imunidade é desconhecida, o custo é elevado e discute-se o
potencial oncogênico da proteina gB que é uma subunidade da vacina, a mais abundante do
envelope viral.
Considerando que a infecção sintomática e os danos fetais na maioria das vezes são
devido a infecção primária pelo citomegalovírus (Stagno et al, 1982 e Fowler et al, 1992),
torna-se importante diferenciar, nas grávidas, infecção primária de secundária ou
persistente. A presença de IgM no soro da grávida não permite o diagnóstico de infecção
primária atual, pois a IgM pode persistir por meses após a infecção primária (Kangro et al,
1982) ou reaparecer durante a recorrência da citomegalovirose (Pass et al, 1983). Em
muitos casos a IgM específica pode ser devido à resposta imune heterotípica causada por
incfecções intercorrentes (Hekker et al, 1979).
A técnica de desnaturação para distinguir infecção primária (baixa avidez) de
infecção secundária (alta avidez) tem sido estabelecida para várias viroses (Hedman e
Roussean, 1989; Gray et al, 1993 e Hashvido et al, 1997). Monique Bodeus e col em 1999
em estudo prospectivo da avidez de IgG para citomegalovirise em 78 gestantes, na Belgica;
sendo todas IgM positivas ou duvidosas, sem história de soroconversão, testadas pela
desnaturação com uréia e comparadas pela densitometria óptica, encontrou 34,6% de
gestantes com índice de avidez baixo ( 50%), denotando infecção primária aguda, sendo as
demais com índice de avidez elevada ou intermediária.
Das 27 gestantes com índice de avidez baixo, 8 (29,6%) fetos apresentaram a
infecção pelo citomegalovirus, enquanto que das 51 gestantes com índice de avidez de IgG
elevados ou intermediarios (> 50%), apenas um feto teve a infecção viral. As gestantes IgM
positivas para citomegalovírus com baixo índice de avidez para IgG ( 50%), possuem
anticorpos ainda imaturos e provavelmente apresentaram citomegalovirose primária aguda
nos últimos 3 meses e, nestas, há um risco elevado de infecção congênita pelo vírus, o qual
aumenta com a idade gestacional testada, atingindo uma média de transmissão de até 40%
dos fetos. Nas gestantes IgM positivas com índice de avidez para IgG intermediário (entre
50 e 65 %), embora inconclusivo, mantém uma certa segurança em relação à infecção
congênita. As gestantes IgM positivas com índice de avidez para IgG elevados ( 65%),
possuem anticorpos maduros, provavelmente se infectaram há mais de 3 meses, portanto
apresentam baixo risco de infecção congênita e nestas devem ser evitados métodos
diagnósticos invasivos. O teste da avidez da IgG para citomegalovirose já é exeqüível pelos
laboratórios em nosso meio por um custo acessível, podendo colaborar com a diferenciação
entre infecção primária e secundária materna e portanto prevendo o prognóstico da
transmissão vertical.
INFECÇÕES BACTERIANAS
Impetigo Tuberculose
Erisipela Lepra
Faringite e tonsilite estreptocóccica Noma
Escarlatina Actinomicose
Difteria Sinusite
Sífilis Gonorréia
Sífilis (Lues)
Etiologia: Treponema pallidum (gram -)
Epidemiologia/Patogenia: transmissão venérea ou da mãe para o feto; incidência
declinando - picos na 2ª Guerra e entre 1971 e 1980 (homossexuais); transmissível nas duas
primeiras fases; adultos jovens; + em Homens;
Sífilis primária:
primária: 2 a 3 semanas após a infecção; disseminação por linfáticos; cancro
no local da inoculação (pápula que desenvolve ulceração central); área genital e ânus;
lábio, língua, palato e gengiva; linfadenopatia; cicatriza em 3 a 8 semanas; lesão rica em
treponemas; sorologia negativa
Sífilis secundária (disseminada):
(disseminada): clinicamente 4 a 10 semanas após a infecção
inicial; sintomas sistêmicos: dor de garganta, mal-estar, dor de cabeça, perda de peso,
linfadenopatia, febre, mialgia; “rash” mucocutâneo difuso; boca: áreas máculopapulares
vermelhadas ou necrosadas acinzentadas (placas mucosas - 30%); língua, palato, mucosa
jugal e lábio; resolve-se espontaneamente em 3 a 12 semanas; pode reaparecer; lesões ricas
em treponemas e sorologia positivaLues
positivaLues maligna: forma disseminada e explosiva de sífilis
secundária que pode ocorrer em pacientes imunodeprimidos; ulcerações necróticas na face,
escalpo, boca (+ de 30%); observar em pacientes HIV+.
HIV+
Tuberculose
Etiologia: Mycobacterium tuberculosis;
M. bovis era transmitido no leite no passado Epidemiologia/Patogenia: mais de 1
bilhão de pessoas infectadas no mundo; 8 milhões de novos casos e 3 milhões de mortes
por ano; EUA: declínio desde 1800, retorno em 1980 (AIDS); infecção de pessoa para
pessoa por perdigotos; Bacilos entram no organismo por inalação - pulmão - são
fagocitados, mas não destruídos, por macrófagos - multiplicam-se - rompem a célula –
disseminação
Tuberculose primária:
primária: infecção inicial em pessoa não exposta; pulmão - resposta
inflamatória crônica não-específica - nódulo fibrocalcificado latente - intervalo de anos -
sistema imune comprometido (idade, pobreza, superpopulação, AIDS) - reativação
(tuberculose secundária)- disseminação vascular (tuberculose miliar); somente 5% evoluem
da infecção para tuberculose secundária (doença ativa)
Clínico:
PRIMÁRIA: assintomática ou febre e efusão pleural;
SECUNDÁRIA: ápices pulmonares; febre, mal-estar, anorexia, perda de peso,
sudorese noturna; tosse produtiva e hemoptise ou dor no tórax; envolvimento cutâneo
Clínico: escrófula - aumento de volume dos tecidos linfóides orais e linfonodos cervicais -
fístulas cutâneas ou calcificações; envolvimento pulmonar não usual.
Clínico oral: incomum (0,5 a 3,5%); áreas nodulares, granulares, ulceradas ou
leucoplásicas; ocorre na tuberculose secundária por disseminação vascular ou por escarro;
rara como tuberculose primária; gengiva marginal e fundo de vestíbulo (primária); língua,
palato e lábio (secundária); linfadenopatia; osteomielite tuberculosa Geralmente
observamos úlceras com bordos planos a levemente elevados com a presença de pontos
amarelados não removíveis à raspagem, chamados de GRANULOS DE TRELATT.
HP:
HP: granulomas (coleções circunscritas de histiócitos epitelióides, linfócitos e células
gigantes de Langhans com necrose caseosa central); chamados tubérculos; coloração de
Ziehl-Neelsen (BAAR); calcificação distrófica
Diagnóstico: teste cutâneo da tuberculina (Mantoux ou PPD): positivo 2 a 4
semanas após a infecção (não distingue estado de portador/doença ativa); colorações
especiais; cultura de escarro ou de tecido; RX tóraxTratamento:
tóraxTratamento: terapia múltipla
(resistência): isoniazida + rifampicina por 9 meses; isoniazida + rifampicina + pirazinamida
por 2 meses seguida de isoniazida + rifampicina por 4 meses; outros: etambutol,
estreptomicina; recorrência de 1,5%; tratamento pode estender-se por 18 a 24 meses
Clínico:
LEPRA TUBERCULÓIDE - pacientes com alta reação imune; não há m.o. nas
biópsias; teste da lepramina (m.o. mortos pelo calor) +;lesões localizadas; lesões cutâneas
hipopigmentadas com anestesia, perda da secreção sudorípara; lesões orais raras
EPRA LEPROMATOSA - ausência de reação imune celular; m.o. no tecido; teste
da lepramina -; doença difusa; máculas ou pápulas cutâneas hipopigmentadas que se
espessam com o tempo; face é local comum - fácies leonina; perda de pelos
(escalpo,sombrancelhas e cílios); perdade sensibilidade local; nariz - perda do olfato,
sangramento; colapso da ponte nasal
ESÕES ORAIS - 19 a 60% - 700 pacientes - envolvimento facial (28%) e lesões
orais (12%) (Prabhu & Daftary, 1981); maxila anterior, palato, úvula e língua; pápulas
vermelhas, amareladas, sésseis, firmes que ulceram-se e necrosam com fibrose cicatricial;
lábio - macroqueilia; envolvimento ósseo na maxila por extensão - fácies leprosa;
perfuração palatina; pode haver envolvimento do trigêmeo e do facial
HP:
LEPRA TUBERCULÓIDE - inflamação granulomatosa, histiócitos epitelióides,
linfócitos, células gigantes multinucleadas, poucos microrganismos
LEPRA LEPROMATOSA - não forma granulomas, linfócitos e histiócitos em
folhas (células da lepra), microrganismos abundantes
Diagnóstico:
gnóstico: Clínico + demonstração dos m.o. em esfregaços ou no tecido (Ziehl-
Neelsen)
Tratamento: lepra tuberculóide - 6 meses de rifampicina e dapsona + 2 anos de
observação; lepra lepromatosa - 2 anos de rifampicina, dapsona e clofazimina + 5 anos de
observação; suporte social e psicológico
Actinomicose
Etiologia: actinomicetos (anaeróbicos filamentosos gram +); componentes
saprófitas da flora bucal; Actinomyces israelli, A. naeslundii, A. viscosus, A. odontolyticus,
A. meyeri, A. bovis, e Arachnia propionica; pode se combinar com streptococcus e
staphylococcus.
Epidemiologia/Patogenia:
Epidemiologia/Patogenia: entra no tecido através de lesão de tecido mole, bolsa
periodontal, alvéolo, dente necrosado, tonsila infectada - não segue os planos fasciais -
infiltra os tecidos - áreas induradas de fibrose com área central de abscesso - pode
exteriorizar-se na pele.
HP: tecido de granulação com inflamação crônica, PMN e colônias de m.o. (filamentos em
forma de clava com padrão radiado em roseta ou raios de sol); centro basofílico e periferia
eosinofílica; PAS +
Diagnóstico: cultura, biópsia, grânulos sulfurosos no clínico; fluorescência nos
grânulos identifica actinomicetos.
Leishmaniose
Etiologia e Patogênese
Toxoplasmose
Etiologia - Toxoplasma gondii; multiplicam-se no trato intestinal de gatos sendo
encontrado também em outros mamíferos e aves;
Epidemiologia/Patogenia - Relativamente comum; é um protozoário de
distribuição geográfica mundial com alta prevalência sorológica (30 a 50% dos adultos
americanos imunocompetentes tiveram a infecção assintomática); obrigatoriamente
intracelular.
O T.gondii pode ser encontrado em vários tecidos e células (exceto hemácias) e
líquidos orgânicos (saliva, leite, esperma, líquido peritoneal, etc.). Apresenta-se nas formas
taquizoíto (fase aguda – vacúolo parastitóforo nas células; < resistência ao suco gástrico);
bradizoíto (fase crônica – vários tecidos, encontrados dentro do vacúolo parasitóforo nas
células; > resistência a tripsina e à pepsina) e Oocisto (forma de resistência – meio externo).
Infecção – três vias:
1) Ingestão de oocistos;
2) Ingestão de cistos encontrados em carnes cruas ou mal cozidas (porco e
carneiro);
3) Congênita ou Transplacentária – mais grave, 40% dos fetos na gravidez
podem adquirir a doença – gestante em fase aguda. Sorologia + na
gravidez < % de infecção transplacentária do que a primoinfecção
durante a gestação.
a. Transplacentária (2o. até o último mês);
b. Rompimento de cistos no endométrio (fase crônica – mãe);
c. Taquizoítos livres no líquido amniótico.
Clínico
Indivíduo normal:
- Assintomática ou febre, fadiga, linfadenopatia, mialgia, artrite – forma
ganglionar ou febril aguda;
Tratamento – Tratamento ineficaz com drogas que atuam na fase proliferativa, mas
não contra os cistos. Drogas tóxicas em dosagens prolongadas – tratamento dos casos
agudos. Sulfadiazina (Fansidar) e pirimetamina (Daraprim)
Toxoplasmose ocular: Antiinflamatório (Meticorten) e antiparasitário.
a) Clindamicina + Sulfadiazina + Meticorten; (93% de cura) – colites fatas às
vezes;
b) Pirimetamina + Sulfadiazina + Meticorten (85% de cura) – associação
mais utilizada, exceto na gravidez;
c) Espiramicina + Sulfadiazina + Meticorten (65% de cura) – usada quando
não pode-se utilizar as associações anteriores.
AIDS E INFECÇÕES
OPORTUNISTAS
Prof. Dr. Halbert Villalba
EPIDEMIOLOGIA
ETIOLOGIA:
HIV-1(USA, EUROPA, ÁFRICA CENTRAL)
HIV-2(OESTE DA ÁFRICA, AMÉRICA DO SUL, CARIBE).
HIV
HIV-1Esférico, 100 nm de diâmetro, 10000 pares de bases
3 Genes Principais:
Gag- p55,p40,p24,p17
TRANSMISSÃO
o Depende da presença de sangue e fluídos corporais
o Três Maiores vias são:
o Contato sexual
o Inoculação parenteral
o Transmissão mãe-filho
PATOGENIA DA AIDS
O HIV tem tropismo pelo Sistema Imune e SNC
Proteína CD4, gp120, CCR4;
gp41 favorece a fusão do vírus com a membrana celular
Transcriptase reversa RNA----DNA viral
Integração ao genoma do hospedeiro
Fase Crônica:
Período de latência clínica
Replicação viral
Assintomáticos ou desenvolvem linfadenopatia generalizada
ELISA e
Western blot
TRATAMENTO
- AIDS não é curável, mas sim controlável
- 15 drogas estão aprovadas pelo FDA
- Inúmeras outras estão em desenvolvimento
3 classes
- Análogos de nucleosídeos Atuam inibindo a enzima transcriptase reversa
- Inibidores de transcriptase reversa (não-nucleosídeo): Atuam causando um
ruptura no sítio catalítico da enzima
- Inibidores de protease: Bloqueiam a maturação das proteínas virais
Funções de competência do CD
- Garantir atendimento dentro das normas ideais de biossegurança
- Reconhecer e tratar às possíveis manifestações bucais da AIDS
- Orientar e encaminhar o paciente ao serviço de saúde, em caso de suspeita de
infecção pelo HIV
- Garantir a continuidade dos procedimentos de rotina odontológica
- Interagir com a equipe multidisciplinar
- Garantir um tratamento digno e humano, mantendo sigilo e respeitando
diferenças comportamentais
- Manter-se atualizado sobre a epidemia no que diz respeito aos seus aspectos
técnicos, clínicos e éticos
- Identificar as suas próprias limitações e trabalhá-las de maneira a não prejudicar
a relação CD/paciente
-
- Incorporar ao seu cotidiano as ações de prevenção nos procedimentos
terapêuticos
Risco de adquirir HIV após exposição percutânea é de 0,32% e exposição
mucocutânea é de 0,09%
Não existe risco aparente em transmissão por saliva ou aerossol
Saliva é rica em enzimas que inibem a infecção pelo HIV, provoca lise celular por ser
solução hipotônica.
INFECÇÕES OPORTUNÍSTAS
Inúmeras infecções podem acometer os pacientes com AIDS
INFECÇÕES FÚNGICAS
CANDIDÍASE
INFECÇÕES
BACTERIANAS
MICOBACTERIOSE
PNEUMONIA RECORRENTE
INFECÇÕES VIRAIS
PAPILOMAVÍRUS (HPV)
NEOPLASIAS
1 em cada 6 pessoas com AIDS terão algum
tipo de neoplasia
LINFOMA NÃO-HODGKIN
SARCOMA DE KAPOSI
ULCERAÇÕES INESPECÍFICAS
CLASSIFICAÇÃO DA AIDS
Hepatite
Hepatite A
HIV HBV
Pessoas infectadas 40 milhões 2 bilhões
Pessoas com AIDS 10 milhões
Portadores crônicos 350 milhões
Quantidade de sangue para transmissão 0.1 ml 0.00004 ml
Risco de infecção após injúria com agulha 0.5% 7-30%
Vacina não existe Sim (1982)
Dentistas que adquiriram a infecção
durante a atividade profissional ZERO INÚMEROS
HEPATITE C
(RNA fu com invólucro)
•Prevenção
Não compartilhar agulhas, prática sexual segura, tratamento com material
estéril;
Não há vacina
Tratamento
• Resolução espontânea da HCV crônica é rara;
•Interferon alfa (inibe a penetração e transcrição do HCV) 3 milhões UI subcutâneo por 6
meses, pode ocorrer efeitos colaterais--náusea, vômito, trombocitopenia, etc.; e/ou
Ribavarina (resposta favorável em 25% dos casos).
•
Diagnóstico
•RNA HCV é detectável no sangue por 1 a 3 semanas coincidindo com das transaminases;
Pesquisa do anti-HCV, presente na saliva, IPX?; Testes sorológicos ELISA, RIBA;
RT-PCR;
•A possibilidade do dentista e outros profissionais de saúde transmitirem HCV a seus
pacientes é baixa;
• A maioria dos casos é assintomática;
•Biópsia Hepática é fundamental para observar a evolução da doença;
•IgG anti-HCV após infecção ativa não confere imunidade eficaz;
•RNA circulante é detectado em 90% dos pacientes com doença crônica
•O HCV pode permanecer estável em temperatura ambiente (sangue) por 5 dias
•
Protocolo de atendimento a exposição acidental ao vírus da Hepatite C.
1- Imediatamente limpar o ferimento com água e sabão;
2- Obter do paciente permissão para exame de sangue;
3- A amostra de sangue do paciente deve ser colhida no mesmo dia da exposição,
sendo o sangue submetido a testes para anti-HCV, anti-HIV;
4- Profilaxia com Interferon não é recomendada
HEPATITE D (delta)
(RNA fu com invólucro) HDV (encapsulado pelo HBsAg) é absolutamente
dependente do HBV para se multiplicar e causar hepatite. Hepatite delta origina-se em duas
situações:
• co-infecção por HBV e HDV : Indivíduo sadio: resulta em hepatite que varia de
leve (90% dos casos -recuperação), a fulminante (3 a 4% dos casos) , cirrose (rara);
•infecção secundária (superinfecção) de um portador crônico do HBV com um novo
HDV (e HBV) resulta em doença cerca de 30 a 50 dias depois.
• Na África e Oriente Médio 20 a 40% dos pacientes positivos para HBsAg são positivos
para anti-HDV, porém nos EUA a infecção pelo HDV é restrita a viciados em drogas e
hemofílicos (1 a 10%).
Tratamento:
Profilaxia com vacina de HBV
Interferon alfa, imunomoduladores, Penciclovir
Diagnóstico: Há testes sorológicos para detectar anti-HDV IgM (sangue); na co-
infecção aguda detecta-se anti-IgM HDAg e HBcAg
PATOLOGIA ÓSSEA
CISTO RADICULAR
• Também denominado de apical ou periodontal apical
• Mais freqüente cisto da cavidade oral
• Cisto inflamatório derivado da proliferação de restos epiteliais odontogênicos de
Malassez
• Precedido por um granuloma periapical
• Formação
• Endotoxinas e citocinas estimulam a proliferação de restos epiteliais
odontogênicos
• Restos celulares produtos do processo inflamatório aumentam a pressão
osmótica, promovendo o crescimento cístico. Com reabsorção de osteoclastos, o
cisto expande.
• Citocinas e proteinases aceleram a reabsorção óssea.
• Características radiográficas
• Lesão radiolúcida circular ou ovóide associada ao ápice dental.
• Cistos não podem ser diferenciados de granulomas periapicais.
• Características histológicas
• Cavidade cística revestida por epitélio estratificado com cápsula apresentado
variados graus de inflamação.
• Cavidade cística pode ou não ter continuidade com o forame apical.
• Tratamento
• Maioria dos cistos regridem após tratamento endodôntico.
• Em lesões persistentes, a opção é curetagem da lesão associada a apicectomia.
CISTO RESIDUAL
• É um cisto radicular que ficou retido nos maxilares após extração do elemento
dental associado
• Histologicamente, o cisto residual difere do radicular pelo discreto ou ausente
infiltrado inflamatório.
• Cisto ocorrendo na porção lateral da raiz dental
• Tem origem da proliferação de restos epiteliais odontogênicos como conseqüência
de estímulos inflamatórios de uma bolsa periodontal
• Associado a dente vitalizado
CISTO DENTÍGERO
• Por definição - esta associada à coroa de um dente não erupcionado ou em formação
• Segundo cisto odontogênicos mais freqüente
• Aderido a junção cemento-esmalte
• Oriundo da proliferação de remanescentes do órgão do esmalte ou do epitélio
reduzido do órgão do esmalte
• Associado com os mais freqüentes dentes impactados - terceiros molares inferiores
e caninos superiores
• Freqüente em adolescentes ou adultos jovens
• Lesão assintomática e de crescimento lento diagnosticado por exames radiográficos
de rotina
• Características radiográficas
• Lesão radiolúcida bem delimita, usualmente unilocular, associada a junção
cemento-esmalte de um dente não erupcionados
• Margens são esclerosadas e bem definidas e, em alguns casos, pode promover
reabsorção radicular de dentes adjacentes.
• Características histológicas
• Parede fibrosa delgada, constituída por fibroblastos jovens e o revestimento
interno é formado por epitélio pavimentoso estratificado.
• Restos epiteliais odontogênicos são freqüentemente encontrados na cápsula
fibrosa
• Tratamento - enucleação com remoção do elemento envolvido
• Marsupialização seguida por tratamento ortodôntico
• Transformação para ameloblastoma - transformação é rara; associada as
seguintes alterações microscópicas: hipercromatismo nuclear das células basais,
células polarização nuclear invertida e distribuição em padrão em paliçada;
formação de vacúolos nas células basais, geralmente entre o núcleo e a camada
basal; aumento do espaço intercelular (espongiose).
CISTO DE ERUPÇÃO
• É uma variedade do cisto dentígero associado a um dente em processo de erupção
• Apresenta uma localização extra-óssea entre o epitélio reduzido do órgão do
esmalte e a coroa dental
• Causado pelo acúmulo de exsudato com freqüente hemorragia, que confere a cor
azulada da gengiva.
• Não é requerido nenhum tratamento, o próprio traumatismo mastigatório causa
rompimento da lesão.
CISTO NASOLABIAL
• Provavelmente originado dos remanescentes epiteliais alojados na junção dos
processos globular, nasal lateral e maxilar. Tem sido sugerida também uma origem
a partir de remanescentes epiteliais do ducto nasolacrimal.
• Não apresenta imagem radiográfica, sendo o diagnóstico estabelecido apenas pelas
características clínicas da lesão.
• Apresenta-se como um edema na região do sulco mucolabial.
• O revestimento epitelial é pseudoestratificado colunar com numerosas células
mucosas
• Remoção cirúrgica é o tratamento mais indicado
CISTO GLOBULO-MAXILAR
CISTO MANDIBULAR MEDIANO
• Não são mais considerados cistos do desenvolvimento. Cistos na porção mediana da
mandíbula ou entre as raízes dos incisivos laterais e caninos superiores podem
representar histologicamente cistos radiculares, cistos residuais, cistos periodontais
laterais ou queratocistos.
• Estes termos apresentam apenas denotação clínica
CISTO LINFOEPITELIAL
• Localizado na porção lateral do pescoço, próximo a mandíbula.
• Parece ser originado de restos epiteliais provenientes de arcos branquiais ou de
restos glandulares inclusos nos nódulos cervicais
• Apresenta como massa móvel assintomática com crescimento lento e contínuo
• Histologicamente apresenta-se revestido por um epitélio colunar e a parede fibrosa
contém agregado linfóides contendo, muitas vezes, centros germinativos.
• Tratamento é a enucleação cirúrgica
QUERATOCISTO ODONTOGÊNICO
• Todo cisto primordial é um queratocisto, mas nem todo queratocisto é um cisto
primordial.
• Origem a partir de remanescentes da lâmina dentária, contudo, tem sido sugerido
que o cisto possa originar-se de extensões das células basais do epitélio oral.
• É uma lesão benigna, mas com comportamento agressivo com significante relação
de recorrência.
• É uma das alterações da Síndrome de Gorlin-Goltz
• Acomete em dois picos, primeiro entre 20-30 anos e o segundo na 5ª década de
vida. Ramo ascendente da mandíbula é o local de preferência da lesão (76%),
podendo acometer qualquer região.
• Características radiográficas
• Lesão radiolúcida com bem circunscrita envolta por alo radiopaco
• Lesões multiloculadas costumam ser maiores
• Freqüentemente associado ao um dente não erupcionados
• Características histológicas
• Epitélio cuboíde ou colunar uniforme, formado por camada de 6 a 8 células, sem
projeções epiteliais.
• Superfície corrugada e paraqueratinizada.
• Cápsula é delgada sem sinais de inflamação
• Tratamento
• Enucleação ou Marsupialização com recidiva freqüente.
Tumores Odontogênicos
AMELOBLASTOMA
- Segundo tumor odontogênico mais comum;
- origem - epitélio odontogênico
- fontes
- órgão do esmalte
- restos epiteliais de Malassez
- epitélio reduzido do órgão do esmalte
- epitélio cístico - cisto dentígero
Baseado no comportamento clínico e prognóstico divide-se os ameloblastomas em:
Ameloblastoma intra-ósseo com padrão sólido
Ameloblastoma periférico
Ameloblastoma unicístico
Sólido Unicístico
Associação com dentes 15-40% 52-100%
Características clínicas
- Freqüente entre a 4a e 5a décadas de vida, contudo, variante unicística apresenta
predileção por indivíduos 1 ou 2 décadas mais jovem;
- Ramo da mandíbula região mais afetada (70%);
- Assintomático mas pode gerar abaulamento da cortical óssea e conseqüente
assimetria facial;
- Crescimento lento, porém é localmente agressivo;
Características radiográficas
- Lesão radiolúcida e multiloculada;
- Unicístico - lesão uniloculada;
- Margens nítidas;
- Promove expansão cortical;
- Promove divergência e reabsorção radicular.
Características histológicas
- Ilhas de células epiteliais com a periféria de células semelhantes a ameloblastos
e região central semelhante a células do retículo estrelado do órgão do esmalte;
- Células:
o Núcleo cilíndrico e hipercromático;
o Núcleo com polarização reversa;
o Vacuolização basal;
o Distribuição em paliçada;
Sólido apresenta duas formas: folicular e plexiforme;
Variantes
- Acantomotoso;
- De células granulares;
- Desmoplástico;
- De células basais;
- Querato-ameloblastoma.
Unicístico
- Com proliferação intra-luminal;
- Com proliferação intra-luminal e intramural;
- Com proliferação intramural
Tratamento
- Remoção cirúrgica em bloco com margem de segurança;
- Curetagem indicada em ameloblastomas unicísticos com exceção da variante
intramural;
- Em lesões de padrão sólido recidiva é esperada em 50 a 90% dos casos tratados
por curetagem;
- Curetagem seguida por crioterapia da cavidade tem sido demonstrada com ótima
opção;
Sampson and Pogrel, J Oral Maxillofac Surg57:1074-7, 1999.
- radioterapia para lesões grandes? Lesões radioresistentes?
Características histológicas
- Padrão sólido ou de formação cística;
- Proliferação de células cilíndricas com formação de estruturas ductais;
- Presença de material PAS-positivo - membrana basal;
- Calcificações dentinóides (dentina displástica);
- Freqüentemente a lesão não é cápsula fibrosa
Tratamento
- Cirurgia ou curetagem;
- Recidiva rara;
ODONTOMA
- Malformação dental no qual todos os tecidos dentais estão representados;
- Tumor odontogênico mais comum;
- Dois tipos
o Odontoma Complexo;
o Odontoma Composto;
- Crescimento ativo durante as fases de desenvolvimento;
- Mais freqüente em maxila;
o Composto - região anterior;
o Complexo - região posterior;
Características radiográficas
- Freqüentemente encontrado em exames radiográficos de rotina;
- Pode estar associado a expansão óssea ou impactação dental;
- Composto: coleção de dentículos envoltos por alo radiolúcido;
- Complexo: massa calcificada irregular com radiopacidade semelhante a
estruturas dentais envolta por alo radiolúcido;
Características histológicas
- Lesão composta por tecido de aspecto normal semelhante ao esmalte, dentina,
cemento e polpa dental. Freqüentemente observa-se matriz orgânica do esmalte
e dentina;
Tratamento
- Cirurgia com excelente prognóstico;
MIXOMA ODONTOGÊNICO
- Tumor originado de células da papila dental;
- Encontrado em adultos jovens (25-30 anos) sem preferência por região;
- Apresenta-se como uma expansão lenta e assintomática das corticais ósseas;
- Radiograficamente observa-se lesão radiolúcida multilocular (aspecto de bolha
de sabão) com bordas irregulares;
- Células fusiformes ou estreladas imersas em um estroma mixóide e ausência de
cápsula fibrosa são as principais características histológicas;
- Tratamento: cirúrgico com margens de segurança. Curetagem resulta em 25% de
recidiva
FIBROMA ODONTOGÊNICO
- Tumor raro contendo intensa proliferação fibroblástica e aparentemente inativo
epitélio odontogênico;
- Não apresentam predileção por sexo, localização ou idade;
- Lesão radiolúcida freqüentemente multiloculada que promove expansão cortical;
- Tratamento consiste em remoção cirúrgica simples com recidiva sendo
infreqüente;
Tumores Ósseos
Osteoma
- Tumor benigno raro nos maxilares com maior incidência em adultos jovens.
- C.Clínicas:
o Crescimento lento e assintomático.
- C.Radiog.:
o Imagem radiopaca bem delimitada.
- Tratamento:
o Cirúrgico.
Síndrome de Gardner – múltiplos osteomas e polipose intestinal, dentes inclusos e
supranumerários e cistos cutâneos.
Osteossarcoma
- Segundo tumor maligno de maior incidência nos ossos.
- 5% dos osteossarcomas ocorrem nos maxilares.
- C.Clínicas:
o Aumento volumétrico, crescimento rápido, dor e /ou parestesia;
- C.Radiog.:
o Imagem radiolúcida/esclerótica não delimitada (raios de sol).
- Tratamento:
o Cirúrgico/Qt/Rxt.
Tóros
- Crescimento ósseo benigno e assintomático.
- Palatino:
o 20-25% da população
o Sexo feminino 2:1.
o Porção mediana do palato duro
- Mandibular: 6-12% da população.
o Região de pré-molares na porção lingual da mandíbula.
o Bilateral (+ comum).
- Tratamento: Remoção cirúrgica quando da necessidade protética.
Osteíte Condensante
Displasia Fibrosa
Síndrome McCune-Albright
- Doença que acomete jovens e crianças durante o crescimento ósseo.
- C.Clínicas:
o Aumento volumétrico de consistência óssea.
- C.Radiográficas:
o Imagem mista e difusa (aspecto de vidro despolido).
- Tratamento:
o Conservador/cirurgia cosmética.
Displasia Cleidocraniana
- Hipoplasia/aplasia da clavícula;
- Anormalidades crânio-faciais;
- Dentes supranumerários e retardo na erupção;
Leucoplasia
Eritroplasia
Líquen plano
Queilite actínica
Leucoplasia
Classificação
TIPO I - Leucoplasia simples - mucosa ceratinizada
Waldron e Shafer
Porcentagem de transformação maligna - 10% (6% no diagnóstico inicial e 4%
posteriormente)
Tratamento
Eliminação de fatores irritantes
Lesões pequenas sem displasia - avaliação clínica
Lesões pequenas com displasia - excisadas ou cauterizadas
Lesões extensas - levantamentos múltiplos de mucosa, com ou sem enxerto de pele.
- quimioterápico tópico/ quimioprevenção
Vitamina A, complexo B, estrógeno, radioterapia, fulguração.
Leucoplasia por Cândida
Placas esbranquiçadas não removíveis à raspagem e associadas a candidose oral.
Eritroplasia
Etiologia
Desconhecida, associada ao:
Fumo/
álcool
intensidade e duração do hábito X desenvolvimento da lesão
Características clínicas
Sem predileção por sexo
Entre 6 ª e 7 ª décadas
Freqüência incomum
Sinal precoce visível de carcinoma espinocelular
Pequenas e isoladas/ envolver áreas extensas
Assoalho, retromolar, língua, palato, mucosa jugal e sulco mandibular.
Localização múltipla
Classificação
Homogênea: vermelho brilhante, mole, aveludada, margem retilínea ou festoneada
Eritroleucoplasia: áreas eritematosas irregulares, menos vermelhas.
Eritroplasia mosqueada: vermelha, mole, elevada, contorno irregular, superfície
granular ou nodular, mosqueada por placas brancas.
Características histológicas
Epitélio atrófico, ausência de orto ou paraqueratina,
Papilas conjuntivas estendem-se a nível elevado no epitélio, capilares dilatados,
infiltrado inflamatório crônico. 90% das eritroplasias apresentam carcinoma epidermóide
invasivo, carcinoma in situ ou displasias epiteliais
Tratamento
Eliminação de fatores irritantes
Lesões pequenas - excisão
Lesões extensas e superficiais (sem carcinoma invasivo)- técnica de Moh
Lesões extensas e múltiplas - quimioterápicos tópicos, quimioprevenção.
Diagnóstico diferencial
candidose
tuberculose
histoplasmose
condições inespecíficas
Líquen plano
Doença mucocutânea crônica, mediada pela resposta imune T a antígenos ainda não
identificados
Características clínicas
Afeta 2% da população
Maior incidência em mulheres (3:2)
diagnóstico entre 5 e 6 décadas
Padrão hereditário
Poucos milímetros
Placas brancas estriadas (estrias de Wickham)
Padrão bilateral simétrico, punho, antebraço, joelho, tronco.
Língua, mucosa jugal, lábios, gengiva e palato.
Formas clássicas: reticular, erosiva, placa, atrófica.
Classificação
Epidemiologia
- Vários tipos de Neoplasias Malignas na cavidade bucal;
- CEC (carcinoma espinocelular) representa 95% destas neoplasias malignas;
- 3% dos cânceres em Homens e 2% em Mulheres;
- Estima-se cerca de 30.000 novos casos/ano;
(Ord R. & Blanchaert R.H. 1ed. New York: Quintessence Publishing, 1999)
(Scully C, Oral Oncology, v 38, p 227-34, 2002)
- No Brasil representa 7% de todos os cânceres em homens (5o + freqüente);
- 1,7% dos cânceres em mulheres (8o + freqüente);
- Estima-se 8.000 novos casos/ano em homens;
- 3.000 novos casos/ano em mulheres;
- Estados de São Paulo e Rio de Janeiro são os mais afetados com uma taxa de 13,5 a
20,6 a cada 100.000 habitantes.
(INCA (Instituto Nacional do Câncer – Estimativa de incidência e mortalidade por câncer
no Brasil 2001, Ministério da Saúde em: http://www.inca.org.br)
Etiopatogenia
- Fumo (todas as formas) e álcool e a relação dose e tempo de exposição.
- Fumaça do tabaco:
- Há mais de 5.000 elementos diferentes; muitos carcinogênicos (indução de mutações
genéticas);
- Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos; Nitrosaminas; Aldeídos; Aminas
aromáticas;
- Álcool:
- Produto do metabolismo (Acetaldeído) – produção de Radicais Livres.
(Scully C. et al. Oral Oncology, v.36, p.256-263, 2000)
Multifatorial;
- fator iniciante – Fumo;
- fator promotor - Álcool (destilados);
- charuto e cachimbo > cigarro;
- cigarro reverso - 50% lesões de palato;
- mascar tabaco - Índia 50% dos canceres são de boca;
- 95% são fumantes;
- 76% fumam e bebem;
- 1,6% apenas bebem;
- 6,5% são não-fumantes;
Radiação Solar (raios UV) – carcinoma de pele e Lábio;
- UV-B e UV-C tem aumentado sua penetração pela destruição da camada de ozônio,
UV-A independe desta proteção;
- Alteração DNA (formação de dímeros de pirimidina) e supressão imunológica – risco
de câncer;
- Exposição cumulativa e excessiva ao sol durante os primeiros 10 a 20 anos de vida
aumenta o risco de câncer de pele e lábio.
(Cotran, Kumar, Robbins. Patologia estrutural e funcional. 6a ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2000., INCA 2001.)
- Outros fatores como Sífilis, vírus, estado sistêmico do paciente (desnutrição, anemia
ferropriva e deficiências vitamínicas) têm sido relatadas;
- Radiação X – efeito colateral após tratamento radioterápico, resultando em
carcinomas orais e sarcomas;
- DNA de vírus HPV tem sido encontrado no câncer bucal – relação pouco esclarecida.
(Colleta R.D. et al. In: Ord R. & Blanchaert R.H. New York: Quintessence Publishing,
1999. Cap.2)
(Cotran, Kumar, Robbins. Patologia Estrutural e Funcional. 6a ed. 2000)
- Vírus
- HPV 16 e 18;
- Freqüentemente encontrado em carcinomas verrucosos;
- Inibição das proteínas p53 e Rb;
- EBV - carcinoma naso-faríngeo;
- HSV 2 - evidências epidemiológicas;
- Trauma - fator modificador.
(Craig & Brian, Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol and Endodont, v91, n 6, pg
1-25; 2001)
- Deficiência nutricional:
CÂNCER DE BOCA
- Características clínicas:
o Lesão comumente ulcerada
o Maior incidência acima de 40 anos
o Homens mais afetados (3:1)
- Incidência:
o Língua - 25-40%
o Lábio inferior - 25-30%
o Assoalho bucal - 15-20%
o Área retromolar e bochecha - 10-20%
o Palato mole - 10-20%
CARCINOMA DE LÍNGUA
- Freqüente em homens ente a 6a e 8a décadas de vida;
- Comportamento muito agressivo;
- Assintomático;
- Casos avançados - dor e perda de mobilidade;
- 2/3 atinge bordo lateral posterior;
- Raro no dorso (4%);
- Metástase freqüente - linfonodos regionais
CARCINOMA DE LÁBIO
- Lesões ulceradas com bordas endurecidas;
- exofíticas são raras;
- Crescimento lento e assintomático;
- Maior incidência em indivíduos de pele clara;
- Prognóstico bom;
- São altamente invasivos;
- Carcinoma basocelular de semi-mucosa;
- Lábio superior - sobrevida de 58% em 5 anos e 25% dos casos apresentam recidiva;
Características Histológicas
- Ilhas e cordões de células epiteliais anaplásicas invadindo o tecido conjuntivo
subjacente
- Graduação;
o Bem diferenciado - pérolas de queratina;
o Moderadamente diferenciado;
o Indiferenciado
- Quatro tipos raros:
o Carcinoma verrucoso - neoplasia hiperplásica;
Biologia Tumoral
A história natural da maioria dos tumores malignos pode ser dividida e 4 fases:
fases:
(1)transformação neoplásica,
(2) crescimento da célula transformada,
(3) invasão do local e
(4) metástase.
PRINCÍPIOS BÁSICOS:
O dano genético não-letal é o cerne da carcinogênese.
Alterações genéticas (mutações) podem ser adquiridas pela ação de agentes ambientais
(substâncias químicas, radiação ou vírus ) ou podem ser herdadas pela linhagem
germinativa.
GENE SUPRESSOR DE TUMOR p53
A proteína p53 funciona bloqueando o ciclo celular na fase G1 (checkpoint do DNA)
ou estimulando morte celular programada
Alterações nos genes supressores de tumor p53, Rb e p16 são as mais freqüentes
alterações descritas no câncer humano;
p53 é encontrado por imunohistoquímica em 34-100% dos casos de CEC de boca ;
( Partridge et al. Oral Oncol 35:45-55,1999)
Diagnóstico Diferencial
- Ulceração traumática crônica;
- Doenças infecciosas:
- Paracoccidioidomicose;
- Tuberculose;
- Sífilis;
- Palato duro - sialometaplasia necrotizante;
PROGNÓSTICO
- Melhorando nos últimos anos:
- Sobrevida de 5 anos:
o 85% no estádio I
o 66% no estádio II
o 41% no estádio III
o 9% no estádio IV
- 95% em carcinomas de lábio;
- 80% das lesões da região posterior da língua apresentam metástases regionais;
- Segunda lesão primária – risco metástase 6x maior;
METÁSTASE
- Principalmente pelas vias linfáticas;
- Regional - linfonodos maiores, endurecidos e fixos;
- Freqüentemente unilateral, apenas 2% dos casos é bilateral;
- À distância - pulmão, fígado e ossos;
- 21% apresentam metástase regional;
- 1/10 apresentam metástase à distância;
Tratamento
- Dependente do estadiamento clínico e da graduação histológica;
- Cirurgia;
- Radioterapia;
- Quimioterapia - CEC são resistentes;
Causa de morte
- Invasão regional – caquexia;
- Infecções pulmonares;
- Metástases;
Temporários Permanentes
Úlcera Xerostomia
Dor Cáries Cervicais
Perda do Paladar Osteoradionecrose
Dermatites Telangectasia
Candidose Atrofia Epitelial
Eritema Fibrose
Introdução
Dados epidemiológicos:
BIRMAN et al4 revisaram todas as lesões de localização gengival
enviadas para exame histopatológico no Serviço de Patologia cirúrgica da
FOUSP. Observaram que, entre estas, destacam-se pelo seu número as
chamadas Hiperplasias fibrosas inflamatórias. Dos 5821 casos analisados,
2359 ( 40,6% ) eram de localização gengival, sendo que destes, 11,9%
corresponderam aos casos de hiperplasia fibrosa inflamatória. Entre as demais
lesões proliferativas de localização gengival estavam o granuloma piogênico,
lesão de células gigantes e fibroma ossificante periférico que corresponderam
Lesão Casos %
Mucocele 18 4,57
Papiloma 17 4,31
Hiperceratose 11 2,79
Definição e etiopatogenia
Hiperplasia fibrosa inflamatória é sinônimo de termos como hiperplasia fibrosa
induzida por prótese, epulide fissurada, tumor por lesão de dentadura e epulide por
dentadura. Constituem hiperplasias das células e fibras do tecido conjuntivo, podendo
afetar a mucosa, de forma localizada ou difusa, e atingir áreas extensas. As hiperplasias não
possuem crescimento desordenado e tendem a estacionar uma vez retirado o estimulo
inicial. A relação causa e efeito pode ser bem observado clinicamente frente a este tipo de
lesão.
Dcorrendo processos inflamatórios que levam a estímulos proliferativos. Este
aumento tecidual reacional é causado por traumas constantes, de baixa intensidade, no
tecido alveolar causado pelas bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptadas ou outro
tipo de aparelho, perda da altura do rebordo alveolar e câmara de sucção. É essencialmente
o mesmo processo que acarreta o fibroma traumático, exceto que a dentadura é identificada
especificamente como fator causal.
Epidemiologia
Ocorre mais freqüentemente na idade adulta (entre 41 e 50 anos), e com predileção
pelo sexo feminino e raça branca. A maioria dos estudos mostra que 2/3 a 3/4 dos casos
submetidos a biópsia ocorrem em mulheres, onde várias teorias tentam explicar esse
predomínio sendo algumas delas o fato de que as mulheres usam mais próteses do que os
homens, procuram tratamento odontológico mais freqüentemente permitindo a detecção da
lesão, mais ainda que mudanças hormonais pós menopausa podem tornar a mucosa de
recobrimento mais susceptível a uma reação hiperplásica.
Características clinicas
Os locais mais freqüentes destas reações são a gengiva bem como o fundo de sulco,
palato, mucosa do rebordo alveolar e também atingindo assoalho bucal. O tamanho das
lesões pode variar desde hiperplasias localizadas com menos de um centímetro de diâmetro,
a lesões que envolvem a maior parte do comprimento do vestíbulo (fundo de
sulco).Caracteriza-se por um aumento de tecido eritematoso, consistência firme e coloração
semelhante ao tecido original (pálido); com pregas indolores de tecido fibroso hiperplasico,
mais freqüentemente há duas pregas de tecido, e a borda da prótese associada adapta-se
perfeitamente dento da fissura entre as pregas; de superfície papilar ou pedregosa, ou
granulomatoso, onde esses fatores podem variar dependendo da intensidade da irritação ou
tempo de evolução da lesão. O tamanho das lesões pode variar desde hiperplasia
localizadas com menos de 1cm de tamanho a lesões maciças que envolvem a maior parte
do comprimento do vestíbulo. As hiperplasias apresentam, diferentemente das outras
lesões maior freqüência em faixas etárias mais elevadas, tendo em vista o maior potencial
de irritantes locais presentes na cavidade bucal à medida que o individuo envelhece. Há
predileção pronunciada pelo sexo feminino, a maioria dos estudos mostra que dois terços a
três quartos dos casos submetidos a biopsia ocorrem em mulheres ( pelas mulheres mais
idosas usarem mais próteses do que os homens, as mulheres viverem mais, procurarem
tratamento odontológico com mais freqüência, usarem próteses com mais freqüência e mais
tempo, mudanças hormonais pós-menopausa podem tornar a mucosa de recobrimento mais
suscetível a uma reação hiperplasica.
As hiperplasias do palato apresentam-se mais comumente associadas a próteses com
câmara de vácuo. À medida que as cristas ósseas da maxila e da mandíbula são
reabsorvidos pelo uso prolongado da dentadura, as bordas se estendem cada vez mais para
o vestíbulo onde a irritação crônica e o traumatismo podem provocar a formação excessiva
de tecido conjuntivo fibroso, muitas vezes parte da prótese se encaixa dentro de uma dobra
proeminente de tecido, esse tecido geralmente é indolor, a não ser que a pressão da prótese
seja excessiva. A porção anterior dos maxilares é afetada com mais freqüência do que a
parte posterior, e usualmente na face vestibular do rebordo alveolar. Esta hiperplasia
associado a prótese total, pode estar correlacionado com ma higiene, inadequação do
aparelho protético, sendo hoje muito conhecida a importância da associação de fungos
como Cândida albicans, que pode ser responsável por diversas sintomatologias.
Outras hiperplasias fibrosas similares, porem menos comuns e chamadas
freqüentemente de pólipo fibroepitelial ou fibroma por dentadura semelhante a folha,
ocorrem no palato duro debaixo de uma prótese superior. Esta lesão apresenta-se como
massa rosa aplainada, inserida no palato por um estreito pedículo.Usualmente, a massa
aplainada esta intimamente direcionada para o palato e assenta-se em uma discreta
depressão. No entanto esta lesão é facilmente elevada com uma sonda, o que demonstra a
sua natureza pedunculada. A borda da lesão freqüentemente é denteada, lembrando uma
folha.
Características Histopatológicas
Microscopicamente exibe hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso, epitélio de
recobrimento hiperceratotico, e demonstra hiperplasia irregular das papilas. Ocorrem
freqüentemente múltiplas prega e ranhuras onde a prótese total traumatiza o tecido.Em
alguns casos o epitélio apresenta hiperplasia papilar inflamatória ou hiperplasia pseudo-
epiteliomatosa (pseudocacinomatosa).
Áreas focais de ulceração não são incomuns, especialmente na base das fissuras
entre as pregas. Um infiltrado inflamatório crônico variável esta presente; algumas vezes
ele poderá incluir eusinofilos ou mostrar folículos linfóides. Se as glândulas salivares
estiverem presentes no espécime, elas mostraram usualmente cialoadenite crônica. Em raras
situações, é observada a formação de esteoides ou condróide. Esta aparência incomum,
conhecida como metaplasia óssea e condrosa, é um fenômeno reacional, causado por
irritação crônica pela prótese total mal adaptada.
A natureza irregular deste osso ou cartilagem pode ser alterada microscopicamente,
e o patologista não pode confundi9r por um carcinoma. Em casos avançados. Southam e
Venkataraman, 1973, postularam que as hiperplasias localizadas na gengiva poderiam
calcificar-se e ao envelhecerem, modificar seu aspecto histológico, o que não parece tão
comumente.
Diagnostico diferencial
O diagnostico diferencial de regra, a relação direta da presença dessa lesão como
uma prótese mal adaptada e com atrofia alveolar é suficiente para diagnostico definitivo.
Segundo alguns autores não há correlação entre hiperplasia fibrosa inflamatória e outras
doenças sistêmicas.
Os casos graves podem sugerir a hipótese de neoplasia benigna, entretanto, as lesões
neoplasicas deslocam ligeiramente a prótese devido ao aumento progressivo, invés de se
adaptarem ao contorno da prótese. Lembrando-se que nas hiperplasias papilomatosas,
apesar das diferenças de queratinizacão e da historia associada, que colaboram no
diagnostico, devemos diferencia-la da estomatite nicotínica, entre outros diagnósticos.
Tratamento e Prognostico
Quanto ao tratamento o primeiro passo é afastar o fator etiológico, ou seja, impedir
o uso de prótese e aguardar de 7 a 15 dias para reavaliação e verificar se houve diminuição
do volume da mesma, pela redução do componente inflamatório. Lesões pequenas podem
regredir quando a prótese é ajustada e a massa for predominantemente hemangiomatosas.
Confecção de novas próteses, bem como a eliminação das câmaras de vácuo, são
recomendadas, podendo se tentar reduzir a hiperplasia palatina por pressão, uso do laser.
Lesões maiores requerem além do ajustamento da prótese, a ressecção cirúrgica e exame
histopatológico, embora raramente haja evolução para forma tumoral, isso pode ocorrer
devido principalmente a persistência do fator etiológico.
Após a remoção cirúrgica faz-se a sutura ou proteção da área com cimento cirúrgico
ou ainda utilizar pastas para moldagem na própria prótese do paciente. O prognóstico é
favorável, porém se a prótese não for ajustada ou refeita haverá risco de reincidência.
É importante que todo paciente portador de prótese móvel submeta-se a controle
odontológico anualmente e receba orientações quanto a remoção da prótese durante a noite,
bem como orientações de como higienizá-la adequadamente para prevenir afecções desta
natureza na cavidade bucal.
Granuloma Piogênico
Definição e Etiopatogenia.
O granuloma piogênico é um crescimento comum da cavidade bucal, semelhante a
um tumor, podendo ocorrer na pele, manifestando-se mais freqüentemente igualmente nas
gengivas do sexo feminino, de cor branca na faixa etária de 21 a 50 anos.
Considerada de natureza não neoplásica. Embora originalmente se pensasse que a
lesão fosse causada por microorganismos piogênicos, agora se acredita que não esteja
relacionada a infecção. Invés disso considera-se que o granuloma piogênico representa uma
resposta tecidual exuberante a uma irritação local ou traumática, como: placa bacteriana,
cálculos dentários, restaurações mal adaptadas, raízes residuais entre outros.A irritação e a
inflamação gengival, que resultam da ma higiene oral, pode ser um fator precipitante em
muitos pacientes. O desequilíbrio hormonal é também, um fator contribuinte para o
desenvolvimento de alguns granulomas piogenicos.
Por este motivo, a lesão é ocasionalmente denominada, Tumor Hormonal da
Gravidez. Estudos recentes parecem evidenciar ausência de receptores de estrógeno e
progesterona no granuloma piogenico, não indicando que esses fatores sejam determinantes
da sua patogênese, mas sim contribuitorios ou secundários. Assim, a possível ação
hormonal poderia ate ser atribuída a gravidez aos altos níveis de hormônios circulantes, os
quais exerceriam seus efeitos sobre o endotélio (Whitaker ete al, 1994). A progesterona, por
exemplo, poderia alterar a reação inflamatória aguda frente a placa bacteriana, resultando
numa resposta inflamatória crônica exagerada com conseqüente gengivite (Ojantk-Harri et
al, 1985).
Característica clinica
Sua localização mais freqüente é a gengiva, atingindo nesta 65% a 70% das
ocorrências. Embora possa ocorrer em qualquer lugar da mucosa bucal como lábio inferior,
mucosa jugal e língua, sendo as áreas anteriores afetadas mais freqüentemente dos que os
posteriores, tais lesões são muito mais comuns na face vestibular da gengiva do que na face
Fibroma
(Fibroma de Irritação; Fibroma traumático; Hiperplasia Fibrosa Focal; Nódulo
Fibroso)
Definição e Etiopatologia
O fibroma é um dos aumentos mais comum de tecidos moles da cavidade bucal. É
uma lesão racional causada geralmente pelo traumatismo crônico da mucosa bucal, de
maior ocorrência na mucosa jugal de pessoas brancas do sexo feminino, na faixa etária de
51 a 60 anos.
O termo fibroma é errôneo para esta lesão reacional, porque não se trata de uma
neoplasia verdadeira do tecido conjuntivo fibroso. A maioria dos fibromas traumáticos
representa uma exuberante formação de fibrose causada por traumas teciduais recorrentes.
Característica Clinica
Embora possa ocorrer em qualquer local da boca, a localização mais comum é na
mucosa jugal, ao longo da linha de oclusão. Provavelmente por conseqüência do trauma de
morder a bochecha. A mucosa labial, a língua (bordo lateral), lábio inferior e a gengiva
também são locais comuns.
A lesão caracteriza-se como um nódulo rosa, de superfície plana, que tem coloração
parecida com a da mucosa circunjacente, de cor mais clara, e firme. Em alguns casos, a
superfície pode-se mostrar branca como resultado de hiperceratose pela irritação continua.
A maioria é séssil, embora alguns sejam pedunculados.
Variam em tamanho, desde lesões muito pequenas, que tem somente poucos
milímetros de diâmetro, a grande massa que podem atingir vários centímetros; no entanto, a
maioria dos fibromas tem 1,5cm ou menos de diâmetro. Usualmente, as lesões não
produzem sintomas, a menos que ocorra a ulceração traumática secundaria da superfície.
Os fibromas de irritação são mais comuns na quarta e sexta décadas de vida, e a
proporção de homens para mulheres é de quase 1:2, nos casos submetidos a biopsia. Não
havendo predileção de sexo ou racial.
Características Histopatológicas
Microscopicamente mostra uma massa nodular de tecido conjuntivo fibroso, coberto
por epitélio escamoso estratificado. Os fibroblastos são maduros e se encontram largamente
dispersos na matriz colágena densa. Esse tecido conjuntivo é comum apresentar-se denso e
colagenizado, embora em alguns casos, seja de natureza frouxa.
As lesões não são encapsuladas; o tecido fibroso mistura-se gradualmente com o
tecido conjuntivo circunjacente. Os feixes de colágeno podem estar arranjados de forma
irradiada, circular. O epitélio de cobertura demonstra, freqüentemente, atrofias das papilas
por causa de massa fibrosa subjacente. No entanto, a superfície pode exibir hiperceratose
secundaria ao trauma. É possível ser observada inflamação dispersa, mais freqüentemente
abaixo da superfície epitelial. Usualmente esta inflamação é de natureza crônica e consiste,
na sua maioria, em linfócitos e células plasmáticas, geralmente em distribuição
perivascular.
Diagnostico diferencial
A característica clinica de um fibroma traumático não é única, lembrando outras
lesões dessa categoria e neoplasia mesenquimais benignas e de glândulas salivar. A
situação em local predisposto a injuria e os tamanhos estáticos do fibroma traumático são as
características mais seguras para distinguir esta lesão reacional das neoplasias que
tipicamente exibem aumento progressivo.
Dependendo da localização, podem ser incluídas varias outras entidades no
diagnostico diferencial clinico de pequenas massas submucosas assintomáticas. O
neurofibroma, o neurilemona e o tumor de células gigantes, seriam as possibilidades para as
massas localizadas na língua. No lábio inferior e na mucosa jugal, podem ser considerados
o lipoma, a mucocele e os tumores de glândula salivar.
A diferenciação dos fibromas traumáticos da gengiva e da mucosa alveolar com
outros aumentos reacionais gengivais deste grupo de lesão pode ser difícil. Aqui se inclui o
fibroma periférico ossificante, o granuloma periférico de células gigantes e o granuloma
piogenico. O fibroma ossificante periférico pode ser firme em decorrência de material
calcificado no estroma. Alem disso, o fibroma ossificante periférico exibe uma tendência a
deslocar os dentes adjacentes. O granuloma piogenico e granuloma periférico de células
gigantes geralmente apresentam-se mais vascularizados e podem sangrar quando palpados
ou sondados.
Tratamento e prognostico
A biopsia excisional é o tratamento de escolha para a maioria dos fibromas
traumáticos, visto que é difícil distingui-los das neoplasis benignas. Muitos pacientes
também apresentam um maior conforto após a remoção dos fibromas traumáticos maiores.
Quando possível, os traumas constantes que originam a lesão, devem ser eliminados para
diminuir a probabilidade de recidiva, no entanto as recidivas são extremamente raras e estas
lesões são destituídas de potencial maligno, o que lhes confere um prognostico positivo. A
documentação o reexame periódico de um suposto fibroma justifica-se em muitos casos de
lesões assintomática que apresentam crescimento estável.
Definição e etiopatogenia
Esta é particularmente uma lesão particular da cavidade, especificamente da gengiva
ou do rebordo alveolar, de natureza e etiologia controversas. Representa uma resposta
hiperplasica do tecido conjuntivo, relativamente incomum e inusitada, `a agressão dos
tecidos gengivais, ocorre em ambos os sexos com maior predominância no sexo feminino,
cor branca, entre 30 e 40 anos de idade na gengiva inferior.
É uma das hiperplasias reacionais encontradas comumente encontrada na mucosa
bucal, representando uma resposta reparadora exuberante. Durante muitos anos esta lesão
foi alvo de investigações clinicas, histológicas e até ultra-estruturais (Giansanti &
Waldrom,1969; Bhaskar,1971; Birman, et al., 1983).
A lesão periférica de células gigantes possui uma aparência microscópica que
lembra a lesão central de células gigantes, e alguns patologistas acreditam que tal lesão
possa apresentar uma contraparte dos tecidos moles desta lesão central do osoo. As lesões
periféricas devem ser distinguidas das centrais (Waldron & Shafer, 1966), não sendo
nenhuma delas consideradas neoplasicas, e nem reparativas como eram chamadas
anteriormente.
A periférica origina-se em tecidos moles enquanto a central no tecido ósseo. O
termo granuloma também deixou de ser utilizado, em face de interpretação que o mesmo
confere. Sua origem tem sido muito discutida, quer relacionado com a dentição decídua, ou
mesmo relacionada às células do ligamento periodontal ou do periosteo, tendo sido as
células multinucleares da lesão central consideradas verdadeiros osteoclastos (Sapp, 1972).
Fatores desencadeantes podem ser traduzidos por trauma, extrações recentes, entre outros
episódios nem sempre bem consubstanciados na historia do paciente (Birman et al, 1983).
Característica clinica
A lesão periférica de lesões periféricas ocorre exclusivamente na gengiva ou no
rebordo alveolar edentulo, em geral na área entre os primeiros molares permanentes e os
incisivos. Provavelmente origina-se no ligamento periodontal ou no periosteo e causa, `as
vezes, reabsorção do osso alveolar.
Quando este processo ocorre na crista desdentada, a radiografia pode mostrar uma
radiotransparência em forma de taça, em determinadas ocasiões, pode ser difícil determinar
se as massa se origina de uma lesão periférica, ou de uma lesão central de células gigantes
que rompeu a tabua cortical, invadindo os tecidos moles. As lesões periféricas de células
gigantes apresentam-se tipicamente como massas entre vermelhas e azuis.
Tamanho e duração da lesão não apresentam correlação podendo persistir muitos
anos sem grandes aumentos, a maioria das lesões tem menos de 2 cm de diâmetro, embora
sejam vistas, ocasionalmente, lesões maiores. A aparência clinica é similar ao mais comum
granuloma piogenico da gengiva, embora a lesão periférica de células gigantes seja
freqüentemente mais roxo-azulado, quando comparado com o granuloma piogenico típico
que é vermelho-vivo.
Definição e Etiopatogenia
É um processo benigno que ocorre quase sempre que exclusivamente nos ossos do
complexo maxilo-mandibular. Antigamente, essa lesão era denominada de granuloma de
células gigantes reparador, pois se pensava que era, na verdade, um processo de reparação
no interior do osso. O termo reparador foi abandonado pela maior parte dos patologistas
orais e maxilofaciais; hoje, tais lesões são designadas granuloma de células gigantes ou por
um termo menos comprometedor, lesão de células gigantes.
Sua etiopatogenia permanece desconhecida embora se levante algumas hipóteses. A
hipótese mais citada é a lesão seria uma resposta a hemorragia ou inflamação intra-óssea
provocada por um trauma.
Outras autoridades vêem a lesão central de células gigantes como lesão relacionada
com o tumor de células gigantes de ossos longos, uma lesão considerada com um
neoplasma verdadeiro. Uma terceira teoria é que esta lesão pode representar uma anomalia
de desenvolvimento, intimamente relacionada com o cisto ósseo aneurismático.
Muito embora a progressão clinica destas lesões não seja consistente com o reparo,
muitos pesquisadores consideram-nas como reativas. As células gigantes podem ser
originadas de monócitos, células miofiborblastoides ou de osteoclastos imigrantes. A lesão
central tem uma contra-parte periférica que é muito mais conhecida.
Característica Clinica
A lesão central de células gigantes é uma lesão incomum e ocorre menos
freqüentemente do que a lesão periférica de células gigantes. Este processo é encontrado
predominantemente em crianças e adultos jovens com 75% dos casos se apresentando antes
dos 30 anos de idade. Mulheres são afetadas mais freqüentemente do que os homens, com
uma proporção de 2:1.
As lesões estão presentes quase que exclusivamente na maxila e mandíbula, com
casos isolados relatados cós ossos da face. Cerca de 70% dos casos manifestam-se na
mandíbula. As lesões são mais comuns na porção anterior da mandíbula, e as lesões
mandibulares freqüentemente cruzam a linha média, cerca de 20%. Raramente, as lesões
envolvem a região posterior dos maxilares, incluindo o ramo mandibular e o côndilo.
A doença provoca uma expansão assintomática do osso. As corticais vão se afinado
e, eventualmente, há perfuração das mesmas com exteriorização de uma massa de
consistência borrachoide ou fibrosa, muito semelhante a lesão periférica. Exteriozada ou
não a lesão é recoberta por mucosa normal a não ser que seja traumatizada na mastigação.
Nos casos maxilares, sua expansão para a cavidade bucal pode causar problemas
fonéticos, mastigatórios e de deglutição. Se a expansão for em direção sinusal, toda a
cavidade será tomada pela lesão.
A maioria das lesões de células gigante é assintomática e inicialmente chama a
atenção durante um exame radiográfico de rotina ou como um resultado da expansão
indolor do osso afetado. E clinicamente a mucosa apresenta-se distendida porem intacta,
entretanto, uma minoria de casos pode associada a dor, parestesia ou perfuração da tabua
óssea cortical, resultando em ulceração da superfície mucosa pela lesão subjacente.
Com base nas características clinicas e radiográficas, vários grupos de
investigadores sugerem que as lesões de células gigantes centrais da mandíbula podem ser
divididas em duas categorias:
Lesões não-agressivas, que somam a maioria dos casos, apresentando-se com
pouco ou nenhum sintoma, demonstrando crescimento lento e não mostrando perfuração
cortical ou reabsorção dos dentes envolvidos na lesão;
Lesões agressivas, caracterizadas por dor, crescimento rápido, perfuração cortical e
reabsorção da raiz. Mostram marcante tendência para recorrer após tratamento, em
comparação com os tipos não agressivos.
Hemangioma
Definição e etiopatogenia.
O hemangioma é uma proliferação benigna dos vasos sangüíneos. São comuns em
recém-nascidos, podendo ocorrer em qualquer idade, sexo ou raça, com predominância na
bochecha e língua. É mais comum nas extremidades e na região de cabeça e pescoço. Os
hemangiomas aumentam durante a infância, sendo o seu crescimento proporcional ao
desenvolvimento do individuo, tem, contudo, tamanho estável quando o observados em
adultos. Em muitas situações, a lesão representa provavelmente um hamartoma ou má
formação, e não um neoplasma verdadeiro. São reconhecidos vários tipos, que inclui:
hemangioma capilar; hemangioma juvenil; hemangioma cavernoso e hemangioma
arteriovenoso (má formação).
Devido à confusão que cerca a origem básica de muitas dessas lesões, a
classificação clinica e microscópica das variedades tem sido difíceis. Nenhuma das
numerosas classificações propostas foi aceita uniformemente, embora valha a pena separar
os neoplasmas benignos das mal formações vasculares, por causa das diferentes
características clinicas e de comportamento.
Com esta abordagem, a denominação hemangioma congênito é usada nos sentido
mais restrito, para identificar neoplasma congênita benignos formada pela proliferação de
células endoteliais.
Características clinicas
O hemangioma também conhecido nevo em morango, geralmente aprece por volta
da época do nascimento, porem pode não ser evidente na meninice. Esta lesão pode
apresentar uma faze de crescimentos rápido seguidos vários anos mais tarde por uma fase
de involução. A cor do hemangioma pode variar do vermelho ao azul, dependendo do grau
de congestão e de sua profundidade no tecido, sua coloração é homogênea e escura sem
alteração na mucosa de revestimento.
As bordas são nitidamente delineadas e uma proeminência séssil comparada com
contorno do tecido circujacente é geralmente observada. A lesão é esponjosa a palpação, ao
Síndromes
Prof. Dr. Halbert Villalba
Hipodontia
Hiperdontia
A hiperdontia é caracterizada pela prevalência de dentes supranumerários em
caucasianos em torno de 1% a 3%, com uma taxa levemente aumentada em populações
asiáticas. Aproximadamente entre 76% a 86% de casos apresentam hiperdontia de um
único dente, com dois dentes supranumerários presentes em 12% a 23% e três ou mais
extranumerários vistos em menos de 1% dos casos. A hiperdontia unitária ocorre mais
freqüentemente na dentição permanente e aproximadamente 90% dos casos no maxilar
superior, com forte predileção pela região anterior. A região mais comum é a região dos
incisivos superiores, seguidas pelos quartos molares superiores e os quartos molares
inferiores, pré-molares superiores, caninos, e incisivos laterais. Ainda que dentes
supranumerários possam ser bilatérias, a maioria ocorre unilateralmente. Em contraste
coma hiperdontia unitária, supranumerários múltiplos com origem não-sindrômica ocorrem
mais freqüentemente na mandíbula. Estes dentes supranumerários múltiplos ocorrem mais
comumente na região de pré-molares seguida pelas regiões de molar e região anterior,
respectivamente.
Ainda que a maioria de dentes supranumerários ocorra em ossos gnáticos, têm sido
descritos exemplos na gengiva, tuberosidade maxilar, palato mole, seios maxilares, fissura
esfenomaxilar, cavidade nasal e entre a órbita e o cérebro. A erupção de dentes acessórios é
variável e depende do espaço disponível; 75% dos dentes supranumerários na região
anterior da maxila não irrompem. Ao contrário da hipodontia, a hiperdontia é fortemente
relacionada com a macrodontia e demonstra uma predominância masculina de 2:1. Embora
possam ser identificados exemplos em adultos mais velhos, a maioria dos dentes
supranumerários desenvolve-se durante as primeiras duas décadas de vida.
Vários termos têm sido usados para descrever dentes supranumerários, dependendo
de sua localização. Um dente supranumerário na região de incisivos superiores é chamado
de mesiodente; um quarto molar acessório é freqüentemente chamado distomolar ou
distodente. Um dente posterior supranumerário situado lingual ou vestibularmente a um
molar é chamado de paramolar.
Ocasionalmente, dentes normais podem erupcionar em posições impróprias (por
exemplo, um canino presente entre dois pré-molares). Este modelo de erupção anormal é
chamado de transposição dental. Tais dentes mal posicionados têm sido confundidos com
dentes supranumerários. Os dentes envolvidos mais freqüentemente na transposição são os
caninos superiores e primeiros pré-molares. O apinhamento ou a maloculsão destes dentes
normais podem indicar a necessidade de reconstrução anatômica, ortodontia ou extração.
Síndrome de Apert
- Rara, caracterizada por craniossinostose com acrobraquicefalia (crânio em forma de
torre);
- 1:65.000 a 160:000 nascimentos;
- Mutação no gene receptor 2 do fator de crescimento fibroblástico (FGFR2);
- Autossômica dominante, associada com idade paterna elevada;
- Proptose ocular associado com hipertelorismo e inclinação para baixo das fissuras
palpebrais laterias;
- Rx do crânio podem apresentar impressões digitais semelhantes às da síndrome de
Crouzon, com terço médio da face acentuadamente retraído e hipoplásico resultando
num prognatismo relativo da mandíbula;
- Dificuldade respiratória em crianças – respiradores bucais – aparência de “boca
aberta”;
- Apnéia e infecções do ouvido médio são comuns;
- Sindactilia do segundo, terceiro e quarto dedos das mãos e dos pés (dedos
fusionados);
- Retardo mental é comum;
- Forma trapezóide dos lábios; com ¾ dos pacientes apresentando fenda do palato mole
ou úvula bífida;
- Apinhamento dentário e forma em V do arco dentário – hipoplasia do terço médio;
- Tratamento é multidisciplinas com cirurgias na infância com correções ortodônticas.
Síndrome de Behçet
Doença de Behçet
- Lesões aftosas menores e em 40% dos casos aftas Maiores, com maior freqüência de
ocorrência;
- Em 75% dos casos as lesões orais precedem as lesões genitais;
- Em 99% dos pacientes as lesões orais ocorrem na mesma localização;
- Lesões cutâneas comuns como pápulas eritematosas, vesículas, pústulas,
piodermatite, foliculite, erupções acneiformes e lesões semelhantes ao eritema
nodoso;
- Patergia Positiva – principal manifestação cutânea para diagnóstico. Injeção
subcutânea com solução salina e depois de dois dias ocorre reação cutânea semelhante
à tuberculina ou uma pústula estéril);
- Envolvimento ocular em 70 a 85% dos casos;
- Artrite é uma das manifestações menores mais comuns;
- De 10 a 25% dos pacientes apresentam envolvimento do SNC, resultando em paralisia
e demência grave;
- Outras alterações envolvendo o sistema cardiovascular, gastrintestinal, hematológico,
pulmonar, muscular e renal;
- Tratamento consiste em uso de corticóides tópicos ou intralesionais, bem como com
o uso sistêmico;
- Curso altamente variável, com recidivas e remissões típicas;
- Prognóstico é bom.
Síndrome de Cowden
Síndrome dos Hamartomas Múltiplos
Síndrome de Downn
Cirurgia oral, Medicina Oral, Patologia Oral, Radiologia Oral, e Endodontics 1997;84:279-85
ANOMALIAS SISTÊMICAS
Anomalias cardiovasculares:
Anomalias cardíacas congênitas estão presentes em aproximadamente 40% dos
casos; (Deficiência do septo ventricular com comunicação A/V, deficiência de formação no
septo atrial – Estas anomalias cardíacas podem ser corrigidas com cirurgia durante infância
com prognóstico muito bom. Nestes casos deve-se avaliar a necessidade de profilaxia
antibiótica juntamente com o médico do paciente);
Anomalias imuno-hematológicas:
Leucemia – parece haver maior risco para o desenvolvimento de leucemias.
Instabilidade de Atlantoaxial - pode conduzir a dano de medula espinhal
irreversível. Quando há história positiva de frouxidão atlantoaxial, devemos estar atentos
para manipulação do pescoço do paciente.
A terço médio da face é subdesenvolvido com prognatismo relativo
As passagens nasais de ar são estreitas e obstruídas devido à divergência septal e
engrossando de mucosa. Deficiência respiratória, com respiração bucal.
A boca é freqüentemente ehntre-aberta com a língua empurrada além do limite dos
lábios, isto ocorre pela perda de tonicidade muscular, levando a uma característica de Falsa
Macroglossia;
Anomalias de sistema nervoso:
Aproximadamente 30% dos pacientes com síndrome de Downn apresentam
demência. Pode levar a alterações das funções motoras. A Coordenação motora melhora
com a idade e a responsabilidade da higiene oral precisar ser dada ao cuidador até que o
indivíduo adquira coordenação suficiente para sua própria higiene.
Depois da idade de 35 anos, muitos indivíduos desenvolvem Doença de Alzheimer
Entretanto, 70% dos pacientes exibem nenhuma mudança clinicamente detectável de
comportamento. Estes pacientes exibem uma gama extensa de deficiência mental,
percorrendo desde quase normal para severamente retardado. Não há nenhuma correlação
absoluta entre anomalias físicas e potencial mental.
A Linguagem mostra-se atrasada Isto é relacionado à deficiência mental, enquanto
há outros problemas como, salivação excessiva, pobre fechamento oral, mucosa seca e
Síndrome de Eagle
(Síndrome Estiloióide; Síndrome da Artéria Carótida)
Síndrome de Ehlers-Danlos
colágeno tipo III entre outras com formação de aneurismas e ruptura dos mesmos –
prognóstico reservado;
- Pacientes com produção anormal de fibras colágenas;
- Achados Clínicos típicos: Hipermobilidade das articulações; facilidade para o
desenvolvimento de contusões e notável elasticidade da pele;
- 50% dos pacientes apresentam a capacidade de encostar o ápice da língua na ponta do
nariz (Sinal de Gorlin);
- Atualmente vem sendo descrito contusões e sangramentos durante pequenas
manipulações da mucosa bucal, com tendência a subluxação da articulação
temporomandibular;
- A maioria apresenta dentes normais, porém, há várias anomalias dentárias sendo
descritas atualmente, incluindo-se raízes dentárias não desenvolvidas, nódulos
pulpares e hipoplasia do esmaltel
- O prognóstico e tratamento depende do tipo de síndrome. O tipo vascular é mais
grave, sendo o tipo leve clássico compatível com a vida normal.
Síndrome de Gardner
Síndrome de Gorlin
Síndrome do Carcinoma Nevóide de Células Basais
Síndrome de Sjogren
Saliva artificial
ORAL BALANCE BIOTENE
Metacrilato de Poliglicerila + Associação de Lisozima — Lactoferina — Glicose Oxidase Lactoperoxidase e
Aloe Vera
Gel em bisnaga de alumínio com 42g, encartada em cartolina impressa.
USO PEDIÁTRICO E ADULTO
Informação ao Paciente
A ausência de salivação (boca seca) pode ter suas origens na superdosagem medicamentosa, nos tratamentos
quimioterápicos. Na radioterapia, em doenças como o diabetes e ocorre pela cessação de atividade das
glândulas salivares ou seu funcionamento precário. Essa ausência traz inúmeros problemas, a começar com a
baixa de resistência a bactérias que são eliminadas pela saliva com sua ação antibacteriana, o aparecimento do
mau hálito, a ocorrência da cárie dental, placa bacteriana, o desconforto nas pessoas que usam próteses
dentárias, parciais ou totais, o desequilíbrio biológico oral e o incômodo natural. O Oral Balance Biotene é
um medicamento formulado com as substâncias constantes da saliva natural, na forma de Gel de aplicação
fácil repondo o seu conforto e restabelecendo o equilíbrio biológico bucal de forma a proporcionar a
reposição da atividade fim da saliva natural. Sua aplicação, na pediatria, deve ser com uma porção de gel em
haste plástica com ponta de algodão e espalhada pela cavidade bucal, na mucosa que envolve a arcada dental
e um pouco na língua. No uso adulto passar um centímetro de gel nas bochechas e um pouco na língua e com
esta espalhar por toda a cavidade da boca. A constância diária é na forma da necessidade ou critério do seu
médico.
Prazo de Validade - O prazo de validade é de 03 (Ires) anos impressos na cartela.
Gravidez e Lactação - Apesar de não haver efeito colateral conhecido, seu médico deve ser informado sobre
gravidez na vigência do tratamento e seguir sua orientação, assim como informa-lo, no inicio do tratamento,
se está amamentando.
Reações adversas - Não há conhecimento de reações adversas, no entanto informe seu médico o aparecimento
de reações desagradáveis.
Indicações - Alivio da Xerostomia
Contra-indicações - Não há contra-indicação.
Advertências - Não há.
Medidas de higienização bucal
Fluorterapia
- Forma mais severa de eritema multiforme - pele, olhos, genitália, boca e às vezes
esôfago e trato respiratório;
- Em todas as áreas afetadas é comum a ulceração superficial ser precedida de bolhas;
- Lesões cutâneas e mucosas são mais intensas e doloridas;
- No olho pode acarretar cegueira;
- Diagnóstico Diferencial é feito com pênfigo e herpes primária;
- TRATAMENTO: dieta líquida, anti-séptica, analgésica e corticosteróide.
Classificação
Tipo I: Ligada ao sexo com diversas manifestações. (Síndrome de Christ-Sierrens-
Touraine)
Tipo II: Autossômica dominante com manifestações nos dentes e unhas / cabelos e
sobrancelhas mormais. (Síndrome de Witkop)
Tipo III: Manifestações nas unhas e cabelos / Dentes normais. (Síndrome de
Clouston)
Alterações Faciais
Nariz achatado na base;
Fronte proeminente;
Lábios grossos;
Orelhas mal formadas;
Arcadas supraciliares proeminentes;
Rugas.
Alterações
Cabelos: Finos; Claros; Esparsos; Secos;Quebradiços.
Cílios e sobrancelhas: Esparsos; Ausentes
Unhas:
Unhas:
Ausentes; Pequenas; Finas; Côncavas.
Pele:
Pele: Hipoidrose/Hipertermia;
Bibliografias