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HIAGDA THAIS DIAS CAVALCANTE - 102.944.764-07


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HIAGDA THAIS DIAS CAVALCANTE - 102.944.764-07


Amigo (a)!

Bem vindo (a) a mais uma aula do nosso curso. Nessa aula, vamos falar do Choque. Mantenha a
fé e determinação. A sua aprovação depende de seu envolvimento e disciplina.

Boa aula!

Profº. Caíque Jordan


Profº. Rômulo Passos
Profº. Sthephanie Abreu

www.romulopassos.com.br

HIAGDA THAIS DIAS CAVALCANTE - 102.944.764-07


CHOQUE

1. DEFINIÇÃO

Prezados concurseiros, choque é um assunto frequentemente apresentado nos livros textos e tratados
de enfermagem, sendo frequentemente cobrados pelas bancas organizadoras dos certames da área.
Precisamos inicialmente conceituar esta síndrome e esclarecer alguns pontos que geram dúvidas entre
os profissionais da área como, por exemplo:
 O choque não se resume simplesmente aos seus sinais e sintomas;
 A hipotensão não é um sinal tardio;
 Em nosso meio é comum dizer que o paciente “está entrando em choque”, porém o paciente “está
ou não” em choque;
 Os sinais clássicos de choque podem ser mascarados em idosos (pela baixa reserva fisiológica e
polifarmácia), gestantes (devido ao aumento do débito cardíaco e do volume sanguíneo) e usuários de
beta-bloqueadores.
Portanto, choque é conceituado como estado de hipoperfusão celular generalizado no qual a liberação
de oxigênio no nível celular é inadequada para atender as necessidades metabólicas (AMLS, 2014; PHTLS,
2012; SMELTZER et al., 2011).

Conceito

Intensa ↓ da perfusão com isquemia tecidual sistêmica, desequilíbrio


entre a oferta e a demanda de oxigênio, causando hipóxia.

Se não revertido leva a insuficiência circulatória generalizada.

2. FISIOPATOLOGIA GERAL

Durante o estado de choque, o organismo lança mão de todos os seus mecanismos homeostáticos para
restaurar o fluxo sanguíneo. Independentemente da etiologia, as respostas fisiológicas geradas incluem a
hipoperfusão dos tecidos, hipermetabolismo e a ativação da cascata inflamatória, portanto, o choque afeta a
“chave da vida”: o metabolismo aeróbio, por meio do qual nosso organismo produz energia na forma de
adenosina trifosfato (ATP) (PHTLS, 2012; SMELTZER et al., 2011).
As alterações acontecem desde o nível celular, sendo a mitocôndria a primeira organela afetada. Vale
lembrar que tal organela é a responsável pela produção de ATP, o qual fornece estabilidade da membrana
celular, pois é o combustível da bomba de sódio-potássio-ATPase. O comprometimento do metabolismo
anaeróbio desencadeia a ativação da produção de energia de forma anaeróbica, que é tóxica e menos
eficiente para o organismo. Devido à grande quantidade de ácido lático produzida, a acidose metabólica é
causada pela anaerobiose causando: edema celular, morte celular, hipercalemia, amento do lactato, radicais
livres e fatores inflamatórios, inclusive, citocinas depressoras do miocárdio (PHTLS, 2012; SMELTZER et al.,
2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013).

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3. MECANISMOS COMPENSATÓRIOS

Os principais mecanismos compensatórios no estado de choque visam à manutenção da perfusão


tecidual:
 Ativação reflexa dos baroceptores nos seios aórtico e carotídeo (sistema nervoso simpático): ↑ FC e
↑ contratilidade cardíaca;
 ↑ FR: causando alcalose respiratória para compensar a acidose láctica;
 Resposta hipotálamo-hipofisária com subsequente liberação dos hormônios antidiurético (ADH) e
adrenocorticotrófico (ACTH);
 Resposta adrenal com liberação dos hormônios característicos da resposta de adaptação ao estresse
(lute ou fuja): epinefrina, norepinefrina e glicocorticoides;

 Sistema renina-angiotensina-aldosterona que causa retenção de sódio e água para manutenção da


volemia.
(AMLS, 2014; SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013)

Sistema Hematológico

Ativa a cascata de coagulação contraindo os vasos da hemorragia e ativando as plaquetas

Sistema Cardiovascular

Devido à ↓ do volume sanguíneo e consequente ↓ do oxigênio estimularão o SNC, liberando as


catecolaminas que provocam o ↑da FC e vasoconstricção periférica.

Rins

Estimula o SRAA para manter PA

Neuroendócrino ↑ o ADH

Promoverá um ↑ de reabsorção de água e sal

“A aula é importante, mantenha atenção!”

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4. CLASSIFICAÇÃO

Os estados de choque podem ser classificados de acordo com a etiologia e o padrão hemodinâmico em
(SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013):

Cardiogênico

Hipovolêmico Anafilático

Distributivo Neurogênico

Obstrutivo Séptico

Principais características dos tipos de choque:

Hipovolêmico Distributivo Cardiogênico

Hemorrágico; Alterações do tônus


Coração
↓ volume sanguíneo. vascular

Desidratação; Interferência no
Neurogênico, séptico e
bombeamento do
Vômitos. anafilático
coração

CHOQUE HIPOVOLÊMICO

É um distúrbio agudo da circulação, caracterizado pela queda real do volume circulante, ocasionando o
desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio para os tecidos e as principais causas são hemorragias,
vômitos, diarreias, diurese maciça e queimaduras; (SALLUM; PARANHOS, 2010). Pode ser classificado em
quatro classes de acordo com a porcentagem de perda de sangue, como demonstrado a seguir (PHTLS, 2012):

I: 15%

II: 15 - 30%
HEMORRÁGICO
III: 30 - 45%

IV: > 45%

No atendimento pré-hospitalar são mantidas as prioridades ABCDE do trauma com foco na garantia de
oxigenação. O controle de hemorragias deve seguir os seguintes passos: pressão manual direta no local da

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lesão - curativos compressivos - torniquetes (extremidades) - agente hemostático (tronco). Somente após da
detecção da falha em conter o sangramento que o socorrista deve avançar na sequência citada (PHTLS, 2012).
Geralmente, o tratamento definitivo das lesões é realizado no centro cirúrgico, por isso o transporte não
deve ser retardado.
Um dos principais diagnósticos de enfermagem encontrado em pacientes com choque hipovolêmico é o
Volume de líquidos deficiente e as principais intervenções de enfermagem são:
 Monitoramento dos parâmetros hemodinâmicos, nível de consciência e perdas volêmicas;
 Estabelecimento de acessos venosos periféricos calibrosos e infusão rápida de cristaloides;
 Cateterismo vesical de demora;
 Assistência na administração de sangue e hemoderivados;
 Promoção do conforto (SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011).

CHOQUE CARDIOGÊNICO

É caracterizado pela “falha da bomba cardíaca”, isto é, pela incapacidade de o miocárdio realizar o
débito cardíaco eficaz para proporcionar a demanda metabólica do organismo, gerando hipoperfusão tecidual
generalizada:
 Etiologias: distúrbio do ritmo ou da condução (arritmias), desordem estrutural (infarto agudo do
miocárdio - IAM, lesões valvares, miocardiopatias, miocardites) e ação de determinadas toxinas (sepse);
 Fatores de risco: IAM pregresso, insuficiência cardíaca congestivas, miocardiopatias, arritmias,
distúrbios eletrolíticos.
(AMLS, 2014; PHTLS, 2012; SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013).
As principais ações de enfermagem são destacadas a seguir:
 Afastar a causa base;
 Monitorização hemodinâmica;
 Realizar ausculta cardíaca e pulmonar: hipofonese de bulhas e crepitação (sinais de edema agudo de
pulmão);
 Avaliação e manejo da dor;
 Estabelecimento de acessos venosos calibrosos;
 Administração parcimoniosa de líquidos (devido ao risco de sobrecarga de líquidos);
 Providenciar exames, p. ex. eletrocardiograma, gasometria arterial;
 Administração de drogas vasoativas: dopamina, dobutamina, nitroglicerina;
 Monitorar nível de consciência;
 Monitorização do funcionamento do BIA: balão intra-aórtico.
(AMLS, 2014; PHTLS, 2012; SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013).

CHOQUE ANAFILÁTICO

É causado por uma reação alérgica grave quando os pacientes que já produziram anticorpos (IgE) para
uma substância estranha (antígeno) desenvolvem uma reação antígeno-anticorpo sistêmica (de

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hipersensibilidade do tipo I). Esse processo requer que o paciente tenha sido previamente exposto à
substância.
Desenvolve-se em minutos até 1h e em 12h os sintomas podem retornar mais ou menos severos. As
principais células envolvidas são mastócitos, eosinófilos e basófilos e os mediadores oriundos de sua
degranulação (histamina, prostaglandinas, bradicinina, leucotrienos, proteína catiônica principal, etc).
Principais sinais e sintomas associados:
 Edema de glote;
 Tosse e dispneia;
 Rouquidão;
 Estridor, sibilos, roncos e crepitações;
 Prurido;
 Urticária e angioedema;
 Sensação de calor.
Principais intervenções em situações de choque anafilático são:
 Remover o antígeno deflagrador (alérgeno);
 Realização de cricotireoidostomia de urgência;
 Proteção da via aérea e ventilação;
 Reanimação volêmica;
 Administração de vasopressores (epinefrina), anti-histamínicos (difenidramina), broncodilatadores e
corticoides.
(AMLS, 2014; PHTLS, 2012; SALLUM; PARANHOS, 2010; SMELTZER et al., 2011; URDEN; STACY; LOUGH, 2013)

CHOQUE NEUROGÊNICO

O choque neurogênico é um tipo de choque distributivo, no qual a vasodilatação ocorre como


consequência de uma perda do equilíbrio entre as estimulações parassimpática e simpática. Comum no
cenário do trauma em lesões toracolombares. Não há estreitamento da pressão de pulso e possui como
características que o diferenciam dos outros tipos de choque a bradicardia, pele rósea e quente (AMLS, 2014;
PHTLS, 2015; SMELTZER et al., 2011).

CHOQUE SÉPTICO

A sepse é definida como a presença, provável ou confirmada, de infecção junto a manifestações


sistêmicas de infecção.
A sepse grave é definida como sepse associada à disfunção de órgãos ou hipoperfusão caracterizada por
hiperlactatemia.
O choque séptico é definido como hipotensão induzida por sepse (PAS < 90 mmHG ou PAM < 70mmHg,
ou PAS com diminuição de 40 mmHg ou dois desvios padrão abaixo do normal, excluídas outras causas de
hipotensão) persistente apesar da ressuscitação fluida adequada.

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Fonte: “Surviving Sepsis Campaign: International Protocol for Management of Severe Sepsis and Septic Shock : 2012”

CHOQUE OBSTRUTIVO

O choque obstrutivo ocorre quando existe uma oclusão ao fluxo de sangue nos grandes vasos.
Citaremos a seguir as principais causas e os respectivos tratamentos:
 Tamponamento cardíaco: pericardiocentese;
 Embolia pulmonar: anticoagulação sistêmica e trombólise;
 Pneumotórax hipertensivo: toracostomia ou descompressão torácica.

5. SINAIS DE CHOQUE Choque Demais tipos de


Sinais Neurogênico choque

Temperatura Quente, seca Fria, pegajosa

Coloração Rosada Pálida, cianótica*


Sinais - Choque

Pressão Arterial Diminuída Diminuída

Nível de Consciência Lúcido Alterado


* A coloração do choque
anafilático é pontilhada e
Enchimento Capilar Normal Retardado pálida

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6. ESTÁGIOS DO CHOQUE

A evolução do choque é classificada em três estágios: compensatório, progressivo e irreversível.


Vejamos na tabela a seguir quais as principais características clínicas de cada estágio (SALLUM; PARANHOS,
2010; SMELTZER et al., 2011).

7. CONSEQUÊNCIAS DO CHOQUE

Por se tratar de um problema multissistêmico, o choque pode trazer repercussões em todos os sistemas
orgânicos:
 CARDIOVASCULARES: insuficiência ventricular e trombose microvascular;
 NEUROLÓGICAS: disfunção do sistema nervoso simpático, coma, falha na termorregulação e
depressão cardio-respiratória;
 PULMONARES: insuficiência respiratória aguda (IRA) e lesão pulmonar aguda (LPA);
 RENAIS: necrose tubular aguda (NTA);
 HEMATOLÓGICAS: coagulação intravascular disseminada (CIVD);
 GASTROINTESTINAIS: insuficiência do TGI, úlceras de estresse, insuficiências hepática e pancreática.
(URDEN; STACY; LOUGH, 2013).

8. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

Embora o choque possua diferentes etiologias, os pacientes apresentam necessidades ou problemas de


enfermagem semelhantes (NANDA 2012-2014):
 Débito cardíaco diminuído;
 Perfusão tissular cardiopulmonar ineficaz;
 Perfusão tissular periférica ineficaz;
 Perfusão tissular renal ineficaz;
 Perfusão tissular cerebral ineficaz;

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 Perfusão tissular ineficaz gastrointestinal;
 Padrão respiratório ineficaz;
 Troca de gases prejudicada;
 Ventilação espontânea prejudicada;
 Desequilíbrio eletrolítico;
 Risco de sangramento; Não deixe de revisar os conteúdos!
 Ansiedade;
 Medo.

9. ESTRATÉGIAS GERAIS DE TRATAMENTO

 Suporte do sistema respiratório com oxigênio suplementar ou ventilação mecânica;


 Reposição de líquido para restaurar o volume intravascular - assegurar acessos venosos;
 Terapia com medicamentos vasoativos para restaurar o tônus vasomotor e melhorar a função
cardíaca;
 Suporte nutricional para suprir as necessidades metabólicas aumentadas.

Hipovolêmico Cardiogênico Distributivo ou séptico Obstrutivo


 Repor líquido PVC >  Infarto de VE: Balão aórtico e  Identificar foco e  Tamponamento:
12 CATE remover pericardiocentese de
 Interromper perdas  Infarto de VD: monitorar  Monitorar PVC e PIA urgência
sanguíneas pressão pulmonar para guiar  Considerar Swan-Ganz  Drenar pneumotorax
 Pesquisa de reposição volume e aminas  Albumina  Embolia Pulmonar:
hemorragias  Cirurgias de urgência  Ajustar aminas e  Heparinização,
 Dobutamina inotrópicos trombolítico
 Volume para manter DC
 Reduzir acidose e lactato

OBJETIVO:
 PAM= 60 a 90mmhg ,
 PPulmonar 15 a18 mmhg,
 PVC 8 a 12 mmhg,
 DC=2 a 4l/min/m²,
 Hemoglobina>10G/dL,
 SAT O2 >92%
 Lactato <2,2 Mm/L ( avalia a perfusão dos órgãos sistêmicos)
 Débito Urinário> 30 A 40ML/H (>0,5ML/KG/H)
 Nível de Consciência- lucidez

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QUESTÕES COMENTADAS
Meu amigo (a), o foco e disciplina nos estudos o levará a aprovação,
Então, vamos ver algumas questões importantes a respeito do tema abordado!

1. (Marinha do Brasil/MARINHA/2015) O choque que tem como característica clínica a estimulação


parassimpática e a hipotensão com bradicardia, é denominado:
a) neurogênico.
b) hipovolêmico.
c) cardiogênico.
d) séptico.
e) anafilático.
COMENTÁRIOS:
O choque neurogênico é um tipo de choque distributivo, no qual a vasodilatação ocorre como
consequência de uma perda do equilíbrio entre as estimulações parassimpática e simpática. Comum no cenário
do trauma em lesões toracolombares. Não há estreitamento da pressão de pulso e possui como características
que o diferenciam dos outros tipos de choque a bradicardia, pele rósea e quente (AMLS, 2014; PHTLS, 2015;
SMELTZER et al., 2011).
Dessa forma, o gabarito é a letra A.

2. (CNEN/ IDECAN/2014) O choque é definido como uma anormalidade circulatória, cuja perfusão orgânica e
oxigenação tecidual estão inadequadas. Deve-se reconhecer precocemente sua presença e identificar sua
provável causa. São causas que podem levar ao choque hipovolêmico, EXCETO:
a) Sangramentos volumosos (exteriorizados ou não)
b) Perda de líquido excessiva (diarreia, vômito, poliúria e febre)
c) Sequestro líquido – tecidos inflamados (peritonite, colite e pleuris)
d) Drenagem de grandes volumes de transudato (ascite e hidrotórax)
e) Tamponamento cardíaco relacionado ao ferimento penetrante no tórax
COMENTÁRIOS:
Segundo o PHTLS 2012, o choque é quase sempre considerado um estado de hipoperfusão celular
generalizada no qual a liberação de oxigênio no nível celular é inadequada para atender às necessidades
metabólicas.
O choque hipovolêmico é um distúrbio agudo da circulação, caracterizado pela queda do volume
circulante efetivo, ocasionando o desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio para os tecidos
(SALLUM; PARANHOS, 2010).
Suas principais causas (etiologias) são:
Hemorragias: rupturas de vasos (arteriais ou venosos) ou de órgãos após traumatismos, perda
sanguínea após trauma cirúrgico, complicações obstétricas.
Desidratações: queimaduras, perdas gastrintestinais (diarreia persistente, vômito maciço, pancreatite),
diaforese excessiva causada por febre e exercícios, com privação de líquidos.

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Sequestro de líquidos e eletrólitos: perdas gastrintestinais e renais (diabetes mellitus descompensada,
diabetes insipidus, insuficiência adrenal, poliúria, alta dosagem de diuréticos e ascite).
Tendo em vista o exposto, a única alternativa incorreta é a letra E.

3. (Prefeitura de Teresina-PI/NUCEPE/2015) O choque é uma emergência. Para o atendimento correto é


necessário uma ação rápida e imediata, pois é uma condição que acarreta risco de vida em razão das diversas
causas subjacentes. Assinale a alternativa que corresponde ao choque anafilático:
a) Ocorre na incapacidade de o coração bombear um volume de sangue suficiente para atender às
necessidades metabólicas dos tecidos.
b) É uma reação de hipersensibilidade sistêmica que ocorre quando um indivíduo é exposto a uma substância
à qual é extremamente alérgico.
c) É o choque que ocorre devido à redução do volume intravascular por causa da perda de sangue, de plasma
ou de água perdida em diarreia e vômito.
d) Ocorre por vasodilatação e grandes perdas hídricas para o espaço intersticial que podem somar-se à
depressão miocárdica.
e) É o choque que decorre da redução do tônus vasomotor normal por distúrbio da função nervosa. Este
choque pode ser causado, por exemplo, por transecção da medula espinhal.
COMENTÁRIOS:
O choque anafilático é causado por uma reação alérgica grave quando os pacientes que já produziram
anticorpos (IgE) para uma substância estranha (antígeno) desenvolvem uma reação antígeno-anticorpo
sistêmica (de hipersensibilidade do tipo I), e esse processo requer que o paciente tenha sido previamente
exposto à substância.
O choque desenvolve-se em minutos até 1h e em 12h os sintomas podem retornar mais ou menos
severos. As principais células envolvidas são mastócitos, eosinófilos e basófilos e os mediadores oriundos de
sua de granulação (histamina, prostaglandinas, bradicinina, leucotrienos, proteína catiônica principal, etc).
Principais sinais e sintomas associados:
 Edema de glote;
 Tosse e dispneia;
 Rouquidão;
 Estridor, sibilos, roncos e crepitações;
 Prurido;
 Urticária e angioedema;
 Sensação de calor.
Principais intervenções em situações de choque anafilático são:
 Remover o antígeno deflagrador (alérgeno);
 Realização de cricotireoidostomia de urgência;
 Proteção da via aérea e ventilação;
 Reanimação volêmica;
 Administração de vasopressores (epinefrina), anti-histamínicos (difenidramina), broncodilatadores e
corticoides.
Portanto, o gabarito é a letra B.

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4. (EBSERH/HU-UFS/ Instituto AOCP/2014) O Choque Séptico, pode ser classificado com um tipo de choque
a) obstrutivo.
b) cardiogênico.
c) hipovolêmico.
d) distributivo.
e) prospectivo.
COMENTÁRIOS:
Caros concurseiros, o choque, enquanto entidade patológica, pode ser classificado em três subtipos:
1. Choque hipovolêmico: volume vascular menor do que o espaço vascular normal.
 Perda de fluidos e eletrólitos: desidratação
 Perda de sangue e fluido: choque hemorrágico
2. Choque distributivo: o espaço vascular é maior que o normal.
 Choque neurogênico (hipotensão)
 Choque psicogênico
 Choque séptico
 Choque anafilático
3. Choque cardiogênico: insuficiência de bombeamento
Logo, a reposta correta é a letra D.

5. (Prefeitura de Sumé-PB/ UFCG-COMPROV/2014) O choque cardiogênico é causado por uma disfunção


cardíaca. São sinais e sintomas do choque cardiogênico, EXCETO:
a) Baixo débito urinário.
b) Pele fria.
c) Agitação.
d) Bradipnéia.
e) Hipotensão arterial.
COMENTÁRIOS:
O choque cardiogênico é caracterizado pela redução do débito cardíaco decorrente da contratilidade
miocárdica diminuída, ocasionando hipotensão arterial e queda da perfusão coronariana e orgânica. Os sinais
e sintomas apresentados por um paciente em estado de choque cardiogênico são:
- pressão arterial sistólica < 90 ou 30 mmHg abaixo do nível normal do paciente em repouso;
- taquicardia;
- pele fria, pálida, úmida e pegajosa;
- taquipneia;
- estase jugular;
- pulso filiforme;
- crepitações pulmonares;
- presença de B3 e B4, na ausculta cardíaca;
- cianose;
- baixo débito urinário;
- alteração do estado mental.

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O único item que não se enquadra na sintomatologia descrita é a letra D.
Porém, a questão foi anulada!

6. (Universidade Federal Fluminense-UFF/ UFF-COSEAC/2014) O expansor plasmático natural, utilizado para


tratar ou prevenir o choque relacionado à hipovolemia provocado por perdas de sangue abruptas e para
fornecer proteínas em casos de hipoproteinemia e eritroblastose fetal é o(a):
a) solução de Ringer.
b) manitol.
c) albumina.
d) dramin.
e) cloreto de sódio.
COMENTÁRIOS:
Segundo Smeltzer et al. (2011), tipicamente, quando os coloides são usados para tratar a hipoperfusão
tecidual, a albumina é o agente prescrito. Trata-se de uma proteína plasmática; uma solução de albumina é
preparada a partir do plasma humano. Sua desvatagem é seu alto custo. Os coloides, como a albumina,
expandem o volume intravascular ao exercerem pressão oncótica, puxando, assim, o líquido para o espaço
intravascular.
Logo, a resposta correta é a letra C.

7. (Prefeitura de Cedro-CE/ URCA/2014) Que sinal levaria você a suspeitar que um paciente tem choque
séptico?
a) Escarro transparente, aquoso.
b) Hipertensão grave.
c) Hipotensão.
d) Poliúria.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o PHTLS (2015), a avaliação da presença do choque deve incluir a busca de sutis
evidências precoces do estado de hipoperfusão. Os sinais de menor perfusão e produção de energia e da
resposta orgânica incluem:
- Sistema nervoso central: redução do nível de consciência, ansiedade, desorientação, agressividade,
comportamento bizarro;
- Sistema cardiovascular: taquicardia e taquisfigmia, redução da pressão sistólica e de pulso;
- Sistema respiratório: respiração rápida e superficial;
- Sistema tegumentar: pele fria, pálida, úmida, pegajosa, diaforética ou mesmo cianótica, com redução
do enchimento capilar;
- Sistema renal: diminuição do débito urinário.
Logo, a resposta correta é a letra C.

8. (Instituto de Pesquisas Tecnológicas-IPT-SP/ VUNESP/2011) Um indivíduo em choque cardiogênico


apresenta, entre outros sinais e sintomas,

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a) pressão diastólica maior que 160 mmHg, hipotermia, bradicardia e bradipneia.
b) cianose, estase de jugular, hipertensão e agitação psicomotora.
c) pulso filiforme, pressão sistólica menor que 90 mmHg ou 30 mmHg abaixo do nível normal em repouso, e
pele fria, pálida e pegajosa.
d) estase de jugular, hipertermia, terceira e quarta bulhas inaudíveis na ausculta cardíaca, bradicardia e
bradipneia.
e) pele fria, pálida e pegajosa, bradicardia, agitação e ansiedade, dor retroesternal irradiada para o queixo e
hipertensão.
COMENTÁRIOS:
O choque cardiogênico é caracterizado pela redução do débito cardíaco decorrente da contratilidade
miocárdica diminuída, ocasionando hipotensão arterial e queda da perfusão coronariana e orgânica. Os sinais
e sintomas apresentados por um paciente em estado de choque cardiogênico são (SALLUM; PARANHOS, 2010):
- pressão arterial sistólica < 90 ou 30 mmHg abaixo do nível normal do paciente em repouso;
- taquicardia;
- pele fria, pálida e pegajosa;
- taquipneia;
- estase jugular;
- pulso filiforme;
- crepitações pulmonares;
- presença de B3 e B4, na ausculta cardíaca;
- cianose;
- baixo débito urinário;
- alteração do estado mental.
Logo, a resposta correta é a letra C.

9. (Prefeitura de Sooretama-ES/ FUNCAB/2012) A posição recomendada para paciente em choque


hipovolêmico é:
a) fowler.
b) jacknife.
c) ventral.
d) sims.
e) trendelenburg.
COMENTÁRIOS:
Nobres concurseiros, a banca considerou correta a letra E como correta.
Todavia, as evidências científicas tem demonstrado que a posição de Trendelemburg não é adequada
para casos de choque. Vamos conferir como o que dizem as diretrizes mais atuais do Prehospital trauma life
support (2012):
"Em geral, os doentes traumatizados em choque devem ser transportados em DECÚBITO DORSAL
HORIZONTAL, imobilizados em prancha longa. Posições especiais como a de Trendelemburg (posição inclinada,
com os pés elevados acima do nível da cabeça) ou a posição de "choque" (decúbito dorsal horizontal com as
pernas elevadas), embora usadas há 150 anos, não são comprovadamente eficazes. A posição de

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Trendelemburg pode piorar a função ventilatória já alterada e aumentar a pressão intracraniana em doentes
com lesão cerebral traumática."
Logo, a questão deveria ter sido anulada.

10. (Marinha do Brasil/MARINHA/2015) Assinale a opção que apresenta sinais e sintomas de anafilaxia.
a) Hipotermia, bradicardia, tosse e prurido generalizado.
b) Hipotermia, broncoespasmo, náuseas e taquicardia.
c) Hemorragia, diarreia, vômitos e congestão nasal.
d) Confusão mental, edema, bradicardia e congestão nasal.
e) Prurido generalizado, taquicardia e congestão nasal.
COMENTÁRIOS:
O choque anafilático desenvolve-se em minutos até 1h e em 12h os sintomas podem retornar mais ou
menos severos. As principais células envolvidas são mastócitos, eosinófilos e basófilos e os mediadores
oriundos de sua de granulação (histamina, prostaglandinas, bradicinina, leucotrienos, proteína catiônica
principal, etc).
Principais sinais e sintomas associados:
 Edema de glote;
 Tosse e dispneia;
 Rouquidão;
 Congestão nasal;
 Estridor, sibilos, roncos e crepitações;
 Taquicardia;
 Prurido generalizado;
 Urticária e angioedema;
 Sensação de calor.
Principais intervenções em situações de choque anafilático são:
 Remover o antígeno deflagrador (alérgeno);
 Realização de cricotireoidostomia de urgência;
 Proteção da via aérea e ventilação;
 Reanimação volêmica;
Administração de vasopressores (epinefrina), anti-histamínicos
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra E.

“A aprovação é uma construção diária de estudo direcionado,


disciplina e motivação!”

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Chegamos ao final de nossa aula.
Contamos com engajamento, estudo e determinação de todos vocês!
Profº. Caíque Jordan
Profº. Rômulo Passos
Profº. Sthephanie Abreu

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GABARITO

1. A
2. E
3. B
4. D
5. D
6. C
7. C
8. C
9. E
10. E

REFERÊNCIAS

Infectious Diseases Society of America. Practice Guidelines for management of skin and soft tissue infections:
2014 update by the Infectious Disease Society of America. Clinical Infectious Diseases Jun2014:1-43.
http://www.survivingsepsis.org/sitecollectiondocuments/guidelines-portuguese.pdf

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