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Sabemos que o manejo desses pacientes tem complexidade de graus variáveis e por isso
é importante saber identificar qual o tipo de choque e sua causa para que o manejo possa
ser o mais eficaz possível!
Por isso, juntamos as principais informações que você precisa saber na hora de diagnosticar
e manejar um paciente chocado.
Boa leitura!
Equipe Medway
ÍNDICE
Introdução.......................................................................................................................................................................6
Definição..........................................................................................................................................................................6
Classificação...................................................................................................................................................................7
Etiologia............................................................................................................................................................................8
Diagnóstico.....................................................................................................................................................................9
Exames laboratoriais......................................................................................................................................................11
Otimização de pré-carga...................................................................................................................................... 12
Referências Bibliográficas................................................................................................................................... 17
Conclusão......................................................................................................................................................................18
Anexos............................................................................................................................................................................. 19
Nossos cursos.....................................................................................................................................................................21
Acesse gratuitamente.................................................................................................................................................23
Depois de muito estudo, trabalho duro e dedicação total, desenvolvemos cursos exclusivos
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nosso maior diferencial.
Não te enrolamos e nem falamos o que você quer ouvir. Não generalizamos. Te tratamos
com respeito, da forma como gostaríamos de ser tratados.
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aqueles veteranos que você admira pelo conhecimento técnico, mas também pela
didática e pelo lado humano.
Se você chegou até aqui, saiba que já nos orgulhamos muito de você ter se conectado com
a Medway. Estamos e estaremos ao seu lado para sermos parceiros em toda a sua jornada
como profissional de Medicina. Até a prova de residência e depois dela. Vamos juntos até
o final!
Boa leitura!
O QUE NOSSOS ALUNOS
ESTÃO FALANDO?
Introdução
Salve, salve meus querid@s!
É um prazer inenarrável estar com vocês aqui novamente!
Hoje o assunto é de causar arrepio até nos mais experientes: choque hemodinâmico!
E quando o assunto é choque, JAMAIS podemos esperar hipotensão para fazer esse
diagnóstico.
As causas são as mais variadas e o tratamento deve ser adequado a cada um dos pacientes!
Por isso, venha conosco nesse e-book para melhor explicarmos sobre cada uma das
situações!
Definição
Certo, galera, agora vamos conseguir compreender, de fato, o que é o choque e se podemos
realmente dizer se o nosso paciente apresenta um quadro de choque hemodinâmico.
Note que na definição de choque, em nenhum momento foi dito que é necessária a
presença de hipotensão para fecharmos o diagnóstico. Isso, inclusive, é um erro comum.
Não necessariamente um paciente hipotenso está chocado e, pasmem: um paciente
hipertenso pode estar chocado!
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• Choque: Estado de baixa perfusão tecidual (Sinais de hipoperfusão tecidu-
al generalizada).
Classificação
A depender de em qual ponto do sistema circulatório houver disfunção, se definirá o
mecanismo de choque: distributivo, hipovolêmico, cardiogênico ou obstrutivo,
conforme ilustrado na figura abaixo.
Figura 1. Mecanismos de choque. Fonte: Traduzido e adaptado de: Vincent J, De Backer D. Circulatory Shock. N
Engl J Med. 2013.
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Figura 1. Mecanismos de choque. Fonte: Traduzido e adaptado de: Vincent J, De Backer D. Circulatory Shock. N
Engl J Med. 2013.
Etiologia
Pessoal, como vocês irão perceber ao longo da apostila, o choque hemodinâmico pode ter
diversas causas, porém é importantíssimo ressalvar que, independente da etiologia, todos
os tipos de choque culminam em uma mesma via fisiopatológica: o desbalanço entre DO2
e VO2.
Lembre-se que, na maioria dos casos, a causa do choque é explicada pela história clínica
do paciente! Porém, para facilitar a vida de vocês e ampliar o leque de diagnósticos
diferenciais, as principais etiologias estão listadas na tabela abaixo.
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Tabela 1. Etiologia do choque. Fonte: Acervo Medway
Diagnóstico
O diagnóstico sindrômico de choque implica em início imediato de tratamento e de
investigação etiológica, por representar situação potencialmente ameaçadora à vida e que,
a princípio, pode ser reversível, mas também pode evoluir (sendo uma causa importante)
para síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas (SDMOS) e morte.
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Quanto à identificação do estado de hipoperfusão tecidual, temos os espectros macro e
micro hemodinâmicos. À beira leito, o sinal que geralmente chama atenção do examinador
é a hipotensão arterial. Ressalta-se que ela geralmente está presente, mas que pode estar
ausente especialmente em pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica.
Existem alguns sinais que podem ser percebidos à beira leito, antes mesmo da solicitação
de exames laboratoriais, que podem indicar que o paciente está em um estado de
hipoperfusão tecidual. Alguns exemplos:
• Cutâneos: tempo de enchimento capilar aumentado (> 3 segundos), livedo reticular e
cianose de extremidades
• Renal: oligúria (débito urinário < 0,5 mL/kg/h)
• Neurológico: alteração do estado mental, rebaixamento do nível de consciência
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EXAMES LABORATORIAIS
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Manejo do choque de causa indefi-
nida
O atendimento inicial do paciente com instabilidade hemodinâmica deve ser feito,
preferencialmente, em ambiente de sala de emergência ou de terapia intensiva. As
prioridades no cuidado devem ser primeiro na monitorização, para obter acesso venoso
periférico e avaliar indicação de oxigênio suplementar. O suporte hemodinâmico e
ventilatório precoce e adequado é essencial para evitar a piora clínica e o paciente deve ser
monitorizado.
MOV
Monitor
Oxigênio
Veia
Está indicado monitorização por pressão arterial invasiva (PAI) e passagem de cateter
venoso central (CVC) para a infusão de drogas vasoativas, entretanto, seu uso não
deve ser postergado pela falta do acesso central, podendo ser iniciado de forma segura
em acesso periférico, até que se obtenha o acesso definitivo com segurança, evitando-se
acessos periféricos pouco calibrosos ou em extremidades apendiculares.
Para todo tipo de choque, devemos raciocinar sobre a oferta e demanda (DO2 e VO2),
com objetivo de determinar em que pontos podemos investir no tratamento.
Otimização de pré-carga
A ressuscitação volêmica pode melhorar a pré-carga e o fluxo sanguíneo microvascular e
aumentar o índice cardíaco, sendo uma parte essencial no tratamento. Mas a indicação de
cristaloides depende da necessidade do paciente, nem todos os pacientes necessitam
de volume.
Em pacientes hipovolêmicos por sangramento ou anemias severas (Hb < 7,0 no geral
ou < 8,0 em cardiopatas), ou seja, alguns casos específicos de choque, há indicação de
hemotransfusão. No entanto, não se deve esperar a chegada do sangue, o manejo inicial
também será feito com cristaloides.
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Otimização da pós-carga (vasopres-
sores)
Em pacientes com pré-carga otimizada, ou seja, que já receberam ressuscitação volêmica
e persistem com baixo débito cardíaco (ou naqueles não fluídos responsivos), está indicado
a utilização de vasopressores. É nessa hora que muitos recém-formados têm medo. Mas
você vai ver que não é tão complicado assim. Há tendência de iniciar vasopressores ainda
na etapa de expansão.
O manejo de vasopressores, também conhecido como titulação, tem que ser E ser guiado
por parâmetros objetivos e a PAI tem papel fundamental nesse contexto, com uma
aferição fidedigna e não subestimada por fatores constitucionais dos pacientes e pela
vasoconstrição periférica. O alvo de pressão arterial média (PAM) é titulado para 65
mmHg na pressão arterial invasiva.
E o que é titular?
Em casos de choques que utilizem noradrenalina em dose maior que 0.5 mcg/kg/min
por 6 horas, define-se como choque refratário ou choque com alta necessidade de
vasopressores, o que agrega alta mortalidade. Nesse momento, duas condutas parecem ter
benefício. A primeira é associar um segundo vasopressor, a vasopressina, com ação em
musculatura lisa vascular, receptores V1, promovendo vasoconstrição, podendo produzir
vasodilatação em órgãos específicos, na dose de 0.01-0.04UI/min. A dopamina em altas
doses (> 10 mcg/kg/min) também pode exercer efeito vasopressor adjuvante, mas é menos
utilizada para esse fim. Já a segunda é associar um corticoide, como hidrocortisona 50 mg
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EV 6/6h, atuando na insuficiência adrenal relativa (alto estresse e relativa baixa produção).
Esse último é especialmente útil na suspeita de choque séptico refratário.
VASOPRESSORES E VASODILATADORES
MECANISMO
DROGA DOSE DILUIÇÃO
DE AÇÃO
1amp = 4mg/mL
Alfa1 e Beta1
Noradrenalina 0.1 a 2mcg/kg/min 4amp + 234mL
agonista
SG5% (64mcg/mL)
1amp = 1mg/mL
Alfa1 Beta1 e Beta2
Adrenalina 1-20mcg/kg/min 6amp + 94mL SF
agonista
0.9% (60mcg/mL)
Dopaminérgicos
(< 5mcg/kg/min),
1amp = 50mg/10mL
Beta agonista
Dopamina 5-20mcg/kg/min 5 amp + SF 0.9%
(5-10mcg/kg/min)
200mL (1mg/mL)
e alfa agonista
(> 10mcg/kg/min)
Efeito mediado
1amp = 50mg/2mL
pelo NO
Nitroprussiato 0.5-10mcg/kg/min 1amp + 248mL
Vasodilatador
SG5% (200mcg/mL)
arterial e venoso
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Otimização do Débito Cardíaco
Falamos naqueles pacientes com choque cardiogênico que precisam de vasodilatação.
Entretanto, o que não comentamos, é que alguns deles chegam com uma insuficiência
cardíaca muito grave ao pronto-socorro e são classificados como perfil C (congestos e mal
perfundidos) por falência de bomba. Nestes casos, pode ser necessário o uso de agentes
inotrópicos.
Apesar de ter efeito limitado sobre a pressão arterial, atuando no aumento da função
contrátil do miocárdio, inicialmente tem efeito vasodilatador e hipotensor (efeito beta-2).
Por isso, em alguns casos, é necessário a associação com vasopressores (noradrenalina).
Ainda assim, em pacientes com disfunção miocárdica importante, após esse efeito
hipotensor inicial, a PAM tende a aumentar, pelo efeito inotrópico. Recomenda-se o início
de dobutamina em pacientes com PAS > 80 mmHg. Um efeito adverso comumente visto
é a precipitação de taquiarritmias com doses crescentes.
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• Pneumotórax hipertensivo: taquipneia, dispneia, dor torácica pleurítica unilateral,
hipertimpanismo pulmonar unilateral e ausência de murmúrio vesicular. Em ventilação
mecânica, os pacientes podem apresentar elevação súbita da pressão de platô;
• Tamponamento cardíaco: dispneia, taquicardia, abafamento de bulhas cardíacas,
turgência jugular e pulso paradoxal (Tríade de Beck).
• A tabela abaixo ajuda de forma reduzida a associar as principais causas de choque e as
principais medidas a serem tomadas de forma imediata.
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Referências Bibliográficas
1. Vincent JL, De Backer D. Circulatory shock. N Engl J Med. 2013 Oct 31;369(18):1726-34. doi:
10.1056/NEJMra1208943. PMID: 24171518.
2. Ait-Oufella, H., Lemoinne, S., Boelle, P.Y. et al. Mottling score predicts survival in septic
shock. Intensive Care Med 37, 801–807 (2011). https://doi.org/10.1007/s00134-011-2163-y
3. Azevedo LCP, Taniguchi LU, Ladeira JP, Besen BAMP, Velasco IT. Medicina Intensiva:
abordagem prática. Manole. 4 ed. 2020.
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CONCLUSÃO
Esperamos que agora você se sinta mais seguro para diagnosticar e manejar um paciente
chocado! A gente sabe, é muita informação.
Mas lembre-se que você pode consultar este material a qualquer momento, como se fosse
um guia de bolso, seja num atendimento ambulatorial ou em um pronto socorro!
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Equipe Medway
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FICOU ALGUMA DÚVIDA?
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