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EBOOK

CHOQUE
FLUXOGRAMAS

POR
GRUPO MOVER Mo
Ensin
EBOOK
CHOQUE
POR GRUPO MOVER

Mo Ensin
EDITORA

© Grupo MOVER

StartUp de ensino médico que preza por inovação em suas atividades. Vem realizando
atividades desde 2019 com cursos presenciais e através de suas plataformas digitais.

MOVER… verbo, ação, movimento. Mover, de sair do lugar comum, de fugir a zona de conforto.

Ensino, da paixão dos quatro criadores da empresa pela arte de trocar conhecimento
constantemente. E multiplicar e perpetuar essa arte.

Inovação na proposta da empresa, na forma de ensinar, no formato de seus cursos. Inovação na


cara urbana, industrial, quase que completamente afastada da medicina e completamente
afastada dos clichês. Nada contra eles, mas não combina com nós quatro, nem com nossas
histórias.

Praticamente pulamos dos jalecos amarrotados da graduação e internato, para dentro de


macacões, uniformes e pijamas cirúrgicos. Normalmente a bota ocupava o lugar do sapato
social e os plantões agitados o lugar da vida em consultório planejado. Pulamos para dentro da
vida que realmente gostaríamos de ter.

Grupo MOV.ER: ensino e inovação.

Mov er Ensino e Inovação


“Eu sei que o
medo é um obstáculo
para algumas pessoas,
mas para mim é uma ilusão.
O fracasso sempre me faz tentar
ainda mais da próxima vez.”
Michael Jordan
PRÓLOGO
A síndrome CHOQUE está presente em todo plantão no departamento de emergência. E há uma
unanimidade em todos os livros e artigos sobre o tema: O CHOQUE NECESSITA SER TRATADO
PRECOCEMENTE.

Como tratar algo que eu não sei reconhecer?

Na realidade do ensino aos profissionais de saúde, parece que tudo é muito focado para o
colapso final, quando tentamos trazer o paciente de volta a vida, com compressões efetivas,
desfibrilação precoce. Mas há tanto para ser feito antes de tratar o paciente em ÓBITO.

Duro ler isso? O choque de realidade da vida real é muito pior.

O CHOQUE estará presente em boa parte dos pacientes graves, como fato inicial ou como
consequência de um grande comprometimento em outro sistema.

Lembro das primeiras vezes que eu sentei para estudar o tema. Parecia tão complexo. Tantas
alterações, tantas repercussões hemodinâmicas, siglas, fórmulas… e ninguém para dizer: “Ei!
Toque no seu paciente para reconhecer o choque…”

Porque quando a gente fala desses temas tudo precisa parecer tão difícil? Parece que o
“mediquês" toma conta de cada frase e o que deveria nos tornar uma tribo — nos aproximar —
acaba nos afastando do real objetivo: aprender.

Esse material é parte de um dos materiais que utilizaremos no nosso CLUBE 242. A ideia do clube
vem de deixar nossa relação mais próxima, com interatividade e conteúdos exclusivos. Temas
aprofundados e abordados de maneira simples. Não é por que é medicina que deve ser difícil.

O EBOOK Choque Fluxogramas faz o convite para que você venha de coração aberto para
entender o CHOQUE de uma vez por todas.
COMEÇANDO

DO INÍCIO
Nenhuma casa fica firme, sem uma boa base.

O
CHOQUE é extraordinariamente importante porque geralmente é um caminho comum final
antes da morte. O caminho final antes da morte. As doenças mais graves são capazes de
causar choque. Se não for tratado, o choque progredirá para falência de múltiplos órgãos e
sim, por mais duro que pareça — MORTE.

"Meu Malvado Favorito" — esse é o apelido do grupo MOV.ER para essa condição, porque por mais grave
que seja, o choque pode ser reversível , se reconhecido e tratado com responsabilidade - distanciando
você de um momento crítico e temido durante as suas aventuras na sala de emergencia: As manobras de
ressuscitação cardiopulmonar e em seguida do momento drástico - assinar o atestado de óbito e
comunicação familiar. Momentos de extrema tristeza e decepção.

O QUE É O CHOQUE!?
A definição clássica, famosa decoreba: ESTADO DE HIPOPERFUSÃO SISTÊMICA, com suprimento
sanguíneo inadequado para os tecidos.

Vamos entender o que acontece:

O Choque se assemelha a isquemia cardíaca, mas em uma escala muito maior. Como exemplo, em um
Infarto Agudo do Miocardio, uma artéria coronária no coração que fornece sangue ao ventrículo esquerdo
é bloqueada, com ausência de fluxo sanguíneo ocorre disfunção de determinada parte do miocardio,
devido a ausência de perfusão tecidual. A mesma lógica ocorre em situações de Choque. Ocorre falta de
suprimento sanguinto a todos tecidos — em outras palavras — HIPOPERFUSÃO SANGUÍNEA, o que causa
uma falha circulatória global e dano celular que pode gerar falência múltipla de órgãos se não tratada
imediatamente.

ELIAS KNOBEL definindo choque:


“Choque é uma síndrome caracterizada pela incapacidade do sistema cardiovascular em fornecer
quantidades suficientes de oxigênio e nutrientes para atender às necessidades metabólicas teciduais. É o
estado em que o corpo está recebendo menos oxigênio do que necessita.”

Elias Knobel grande nome do cuidado ao paciente crítico.


Agora vamos entender o que está por traz do Meu Malvado Favorito.

ENTENDENDO A FISIOPATOLOGIA
A fisiopatologia do choque está ligada a seguinte pergunta: O que faz com que o sangue
chegue até o tecido e entregue oxigênio para as células?

Bom, para que o sangue chegue até o tecido e entregue o oxigênio ele precisa de PRESSÃO
ARTERIAL no sistema circulatório. A pressão é a menina dos olhos quando o assunto é CHOQUE.
Sabendo um pouco de fisiologia básica, poupamos nossa super máquina (nosso Cérebro) de ter
que decorar, ao invés disso priorizamos a compreensão e o aprendizado a longo prazo.

Como eu ia dizendo,

A Pressão é DETERMINANTE para o entendimento, mas não para o diagnóstico. Então vamos
entender o conceito Pressão Arterial e o que está por trás dela. Isso é importante para que na
hora que começarmos a discutir as etiologias de Choque, a gente consiga de forma lógica e
intuitiva entender a clínica e o tratamento do paciente.

Voltemos agora para os tempos primórdios (não tão distantes) da física. Sim senhores! Lembram
dos tempos sombrios em que vocês passavam horas e horas sem calculadora no ensino médio
calculando fórmulas. Respira, esse dia não voltará, mas fará sentido agora:

Pressão: forca// area

Tecla SAP para física: A pressão é uma força sobre uma área; portanto, com a pressão sanguínea ,
estamos medindo a força que o sangue exerce na superfície das paredes dos vasos sanguíneos.
As diferenças na pressão sanguínea em todo o corpo mantêm o sangue fluindo das áreas de alta
pressão, como as artérias, para as áreas de baixa pressão, como as veias. Outro conceito
importante é o FLUXO SANGUÍNEO.

Quando dizemos " fluxo sanguíneo ", estamos nos referindo ao volume de sangue que flui através
de um vaso ou órgão durante um certo período de tempo .

A pressão sanguínea é determinante para a quantidade de fluxo sanguíneo que flui de uma
extremidade de um vaso sanguíneo para outro. Além disso, a quantidade de fluxo também é
dependente da Resistência do vaso sanguíneo.

RESISTÊNCIA: Uma Oposição ao fluxo. É a quantidade de atrito à medida que o sangue passa
pelos vasos sanguíneos. É determinado pela▫ viscosidade do sangue; comprimento e Diametro
do vaso sanguíneo.
Transformar em setinhas:

Então na Vasoconstrição, onde os vasos se contraem, a resistência vascular aumenta e


consequentemente o fluxo sanguíneo reduz. Na vasodilatação, onde os vasos sanguíneos se
expandem, a resistência reduz e o fluxo sanguíneo aumenta

Outro termo importante é o débito cardíaco , que é o volume de sangue bombeado pelo coração
através do corpo por minuto.

DC = FC x VS

Para achar o VS - volume sistólico -basta subtrair o volume total de sangue restante após
a contração cardíaca , chamado de volume sistólico final e subtraindo-o do volume total no
coração após o enchimento ou do volume diastólico final .

Agora que já entendemos conceitos os conceitos básicos: Pressão, Fluxo, Débito Cardiaco,
Volume Sistolico e Resistencia Vascular, Voltamos a formula da Pressão arterial.

Mas seja sincero com seu aprendizado, se você não compreendeu, pare reveja os conceitos, olhe
as figuras.

Ao juntar todas essas variáveis (relaxa, não voltaremos a física colegial), o que você precisa
entender é que ao juntar todas elas são determinantes para a síntese da seguinte formula:

PA = DC (volume de sangue que sai após cada contração ) x RV

A Pressão Arterial é determinada por dois componentes: O débito cardíaco e a resistência ao


fluxo sanguíneo nos vasos sanguíneos - Essas variáveis são influenciadas por fatores como
comprimento do vaso, viscosidade do sangue e diâmetro do vaso, volume sistólico, frequência
cardíaca, flux sanguíneo ;

Mais alguns Conceitos simples:

Pressão Sistólica: Pressão na aorta causada por contração ventricular.

Entendendo a PAS: Durante a sístole, o coração contrai → transfere energia cinética para o
sangue → paredes elásticas aórticas esticadas, onde alguma energia cinética é armazenada como
energia elástica das paredes (forma de potencial de energia) → pressão arterial.

Pressão Diastólica

Pressão causada pelo recuo das artérias durante a diástole


Entenda a PAD: Durante a diástole, o coração relaxa, as válvulas aórticas fecham → a energia
cinética cai → energia potencial de estirada as paredes aórticas aumentam a energia cinética
novamente quando as paredes recuam → a pressão sobe → permite que o sangue avance

Pressão de pulso: diferença entre pressão sistólica e diastólica.

As pressões vasculares direcionam o fluxo sanguíneo porque o sangue sempre quer passar de
alta pressão para baixa pressão. A razão pela qual a pressão arterial cai à medida que o sangue se
afasta do coração é que o sangue precisa passar por muitos vasos sanguíneos, cada um dos quais
geralmente oferece um pouco de resistência. Existem pulsações - flutuações de pressão - na aorta
, que aumentam nas artérias a jusante e desaparecem nas arteríolas, mas a pressão arterial média
sempre cai à medida que o sangue desce pela corrente

E aquela tal de PAM? PAM = Pressão Arterial Média

A sistole dura 1/3 do ciclo cardíaco e a Diástole dura 2/3 do ciclo cardíaco, a Pressão de Pulso é a
diferença da PAS e PAD. Sendo assim para calculo da ma PAM, consideramos uma media
aritmética entre as duas equações, resultando na fórmula da PAM.

PAM = (PAS + 2.PAD)/3

Mantendo tudo isso em mente, o choque pode ser causado por muitas coisas diferentes, mas
podemos categorizar os diferentes tipos de choque nas três categorias principais, com algumas
subcategorias.

Pegue os conceitos básicos e em seguida comece a aprofundar.

O QUE PODE CAUSAR CHOQUE


Meu paciente está ou não em CHOQUE!? Mesmo antes do paciente ser monitorizado essa pergunta
deve ser respondida. E não existe meio do caminho. NÃO EXISTE “meu paciente está chocando…”
Esse gerundismo só atrapalha a tomada de condutas. Se está chocando eu não tenho um problema.
Se está chocado eu tenho de agir.

Falaremos com mais detalhes, mas choque é a inadequação da perfusão tecidual. Eu ofereço menos
que o meu organismo necessita, seja em oxigênio seja em nutrientes.

Como eu avalio o C? Através dos três P.


PELE
PULSO
PERFUSÃO
Toque no seu paciente. A pele está quente, fria, seca, pegajosa, há mosqueamento, há palidez? Palpe
o pulso do seu paciente. Ele está rápido ou devagar? Ele está cheio ou filiforme? Ele está simétrico?
Não queremos aqui um frequência cardíaca bonitinha ou extremamente exata. No pronto socorro não
há diferença se o paciente está a 75bpm ou 78bpm. Diferença há entre 40bpm, 60bpm, 100pbm,
140bpm. Avalie o tempo de enchimento capilar.

Quem é o paciente chocado?


PELE fria e pegajosa
PULSO filiforme
PERFUSÃO Tempo de enchimento capilar aumentado

Outros aspectos podem ocorrer concomitantes aos apresentados acima, como mosqueamento da
pele e diaforese.

Existem pacientes que quando estão chocados devido a VASODILATAÇÃO, como veremos mais a
frente, podem ser apresentar inicialmente com a pele quente, pulso sem alterações, perfusão
adequada. A vasodilatação no momento inicial, não traz sintomas perceptíveis, mas o sangue está
passando tão afastado da área de troca que não há troca. O2 passando no “meio do vaso” voltando
ao pulmão bem feliz. Nesses casos o diagnóstico pode ser um desafio.

O mnemônico quando relacionado ao trauma, ganha um H de hemorragias. PPPH, como veremos


mais adiante.

O QUE PODE CAUSAR CHOQUE


Existem vários motivos que levam ao CHOQUE. Para entender fica fácil se a gente pensar em
nosso sistema cardiovascular como um sistema de tubos integrados com uma bomba que faz o
sangue circular.

Se meu sistema apresenta um vazamento, certamente ele mais cedo ou mais tarde entrará em
colapso. Esse é o CHOQUE HIPOVOLÊMICO. Pacientes com vômitos de repetição, ou diarreia
intensa podem ficar chocados por hipovolemia. Outra forma — e sempre a mais lembrada — é se
meu vazamento do sistema me faz perder sangue. Nesse caso tempos o choque hipovolêmico do
tipo HEMORRÁGICO, causa que não deve sair de nossa cabeça quando o assunto é atendimento
ao politrauma.

Se eu mantenho a quantidade de fluido no sistema, mas troco toda a tubulação por uma mais
calibrosa, meu sistema entra em colapso. Pensando como engenheiro e em tubulações de nossa
casa, essa troca de tubos levaria a que ar ocupasse o sistema e toda dinâmica de movimentação
dos fluidos seria alterada. Esse é o CHOQUE DISTRIBUTIVO. Seja por tempestade de citocinas
ou por degranulação de mastócitos mediada por IgE, se ocorrer dilatação exagerada de nossos
vasos, entraremos em colapso. Sepse leva a isso, anafilaxia leva a isso também.

Se meu sistema apresenta um entupimento, ele entrará em colapso. Esse é o CHOQUE


OBSTRUTIVO. Esse é um colapso comum em nossas casas diariamente, mas menos comum na
prática médica. Qualquer obstrução grave no sistema levará a colapso. Pneumotórax hipertensivo,
tamponamento cardíaco, aumento da pressão intraabdominal, TEP maciço, são causas de choque
obstrutivo. A obstrução — nesses casos — leva a uma queda monstruosa no retorno venoso
impedindo adequado funcionamento cardíaco. “Zeramos” o débito cardíaco.

Se a bomba para de funcionar, meu sistema entra em colapso. Esse é o CHOQUE


CARDIOGÊNICO. Infarto agudo do miocárdio, miocardite, descompensação de uma insuficiência
cardíaca prévia, todas são causas que alteram agudamente o funcionamento da bomba.

Aqui é importante ainda falar algumas outras coisas. Em pacientes muito graves, normalmente,
temos dois ou mais tipos de choque associados. Perceba que aquele paciente com sepse que
não melhora com a terapia, pode ter o componente distributivo e cardiogênico. A tempestade de
citocinas alterando a vasculatura periférica e o coração ao mesmo tempo. Outro cenário em que
isso é perceptível é no trauma. Estamos pensando o tempo todo em hipovolêmico hemorrágico,
mas nos gravemente chocados, devo procurar ativamente outras causas de choque. No caso do
trauma o pneumotórax hipertensivo deve ser afastado AGORA.

Entendendo o ebook
Daqui para a frente vamos mostrar alguns fluxogramas sobre CHOQUE. Nosso objetivo não é
zerar ou esgotar o tema, mas aproximar você dele. CHOQUE é um assunto com várias
peculiaridades e nuances. É importante entender todas elas? SIM. Mas não agora. Se você ainda
não entendeu choque em suas bases, esse é o momento. Se já conhece, revise o conhecimento e
fique atento a novas publicações. Doses palatáveis de CHOQUE para transformar o bicho de
sete cabeças em um bichinho de pelúcia.
Atendimento Inicial

Choque
ATENDIMENTO AO PACIENTE GRAVE | PERFUSÃO INADEQUADA

EXAME FÍSICO DIRECIONADO: CAB | ABCDE


PELE | PULSO | PERFUSÃO PERVIEDADE DE VIAS AÉREAS VENTILAÇÃO | AUSCULTA
FC | PAM | RITMO CARDÍACO NECESSIDADE DE O2 SINAIS DE ESFORÇO

MONITOR | OXIGÊNIO | ACESSO VENOSO

INFUNDIR VOLUME EMPIRICAMENTE: CRISTALÓIDES 500 A 1000ML IV

EXAMES DIRECIONADOS A DESCOBRIR A ETIOLOGIA DO CHOQUE

HIPOVOLÊMICO DISTRIBUTIVO
HEMORRÁGICO CHOQUE ANAFILÁTICO

DIARREIA | VÔMITOS CHOQUE SÉPTICO

OBSTRUTIVO CARDIOGÊNICO
PNEUMO HIPERTENSIVO SÍNDROME CORONARIANA

TAMPONAMENTO CARDÍACO MIOCARDITE

O diagnóstico da Síndrome da Perfusão Inadequada, ou CHOQUE, é clínico. Não há dúvidas de que um paciente com pele fria,
tempo de enchimento capilar aumentado, pulsos filiformes está chocado. Não é necessário esperar sinais vitais. Mas hipotensão
e taquicardia se apresentam em alguns casos.
O choque nada mais é que o desequilíbrio entre a necessidade de oxigênio nos tecidos e o que lhes é ofertado. Os livros de
Terapia Intensiva trazem isso como fórmula, o que só complica tudo.

A fórmula apenas deixa mais perto da matemática algo que é clínico, palpável, visto facilmente na beira do leito. Há menos
oxigênio disponível — ou entregue — do que os tecidos necessitam.

A síndrome tem diversas etiologias, que são agrupadas em quatro grandes grupos:
• HIPOVOLÊMICO: Perda do volume intravascular, seja por diarreia, vômito ou sangramento agudo. Não há obstrução ao fluxo
sanguíneo e a bomba cardíaca funciona bem.
• OBSTRUTIVO: Há obstrução ao fluxo sanguíneo. O pneumotórax hipertensivo e o tamponamento cardíaco são as duas
principais entidades desse gênero.
• DISTRIBUTIVO: Há intensa vasodilatação. O continente aumenta de forma aguda, mas há manutenção do conteúdo. A bomba
cardíaca funciona bem.
• CARDIOGÊNICO: Funcionamento inadequado do coração, por problema intrínseco. O infarto agudo do miocárdio é o
principal motivo em adultos, enquanto a miocardite em crianças.
Choque

Choque hipovolÊMICO
ATENDIMENTO AO PACIENTE GRAVE | PERFUSÃO INADEQUADA

EXAME FÍSICO DIRECIONADO: CAB | ABCDE


PELE | PULSO | PERFUSÃO PERVIEDADE DE VIAS AÉREAS VENTILAÇÃO | AUSCULTA
FC | PAM | RITMO CARDÍACO NECESSIDADE DE O2 SINAIS DE ESFORÇO

MONITOR | OXIGÊNIO | ACESSO VENOSO

HISTÓRIA DIRECIONADA

INFUSÃO EMPÍRICA DE VOLUME | FASE AGUDA


RINGER LACTATO 500ML IV ABERTO | CUIDADO COM INFUSÃO EM IDOSOS

COLETA DE EXAMES LABORATORIAIS


HEMOGRAMA | UREIA | CREATININA | SÓDIO | POTÁSSIO | MAGNÉSIO | CLORO | GASOMETRIA ARTERIAL

INFUSÃO EMPÍRICA DE VOLUME | MANUTENÇÃO


AVALIAR MANUTENÇÃO IV OU VO CASO A CASO | VIGIAR DÉBITO URINÁRIO

USG BEIRA-LEITO PARA GUIAR REPOSIÇÃO VOLÊMICA

CORREÇÃO DE DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS

VÔMITOS DIARREIA
ANTIEMÉTICOS SISTEMÁTICOS: NÃO REALIZAR USO DE ANTIDIARRÉICOS
Metoclopramida 10mg IV/VO 8/8h ANTIBIOTICOTERAPIA APENAS SE
Ondansetrona 4mg IV/VO 8/8h DIARREIA COM SANGUE E/OU MUCO
Choque

Choque hemorrágico
ATENDIMENTO AO PACIENTE GRAVE | PERFUSÃO INADEQUADA

EXAME FÍSICO DIRECIONADO: ABCDE


PELE | PULSO | PERFUSÃO PERVIEDADE DE VIAS AÉREAS VENTILAÇÃO | AUSCULTA
FC | PAM | RITMO CARDÍACO NECESSIDADE DE O2 SINAIS DE ESFORÇO

MONITOR | OXIGÊNIO | ACESSO VENOSO

BUSCA DA ETIOLOGIA E CONTROLE DE SANGRAMENTOS

INFUNDIR VOLUME EMPIRICAMENTE: CRISTALÓIDES 500 A 1000ML IV

RESPONDE A VOLUME RESPONDE TRANSITORIAMENTE

NÃO RESPONDE A VOLUME

SEGUIR ATENDIMENTO CLASSE III | IV

USO PRECOCE DE HEMODERIVADOS (1:1:1)


CONCENTRADO DE HEMÁCIAS PLAQUETAS PLASMA FRESCO CONGELADO

ÁCIDO TRANEXÂMICO — CRASH II


PAS < 90 MMHG FC > 120 BPM MENOS DE 3H DO TRAUMA

AVALIAR USO DE DROGAS VASOATIVAS


UTILIZADO COMO MEDIDA HERÓICA | PACIENTE INSTÁVEL É RESOLVIDO NO CENTRO CIRÚRGICO

JAMAIS POSTERGAR O TRATAMENTO CIRÚRGICO


Choque

Choque anafilático
DEFINIÇÕES DE ANAFILAXIA
Critério I:
Início agudo de doença com envolvimento de pele e/ou mucosas, com comprometimento do sistema respiratório e/ou hipotensão com
disfunção de órgãos-alvo.
Critério II:
Após exposição a alérgeno, ocorrem os seguintes sintomas (pelo menos 2 de 4):
Envolvimento de pele e/ou mucosas, comprometimento respiratório, hipotensão com disfunção de órgãos-alvo, dor abdominal.
Critério III:
Hipotensão arterial após exposição a alérgenos.

ANAFILAXIA + PERFUSÃO INADEQUADA = CHOQUE ANAFILÁTICO

INFUSÃO EMPÍRICA DE VOLUME | FASE AGUDA


RINGER LACTATO 500 A 1000 ML IV ABERTO

CHOQUE BRONCOESPASMO OUTROS

ADRENALINA 0,5 MG IM FENOTEROL 250MCG/IN DIFENIDRAMINA 50MG


Pode repetir a cada 5 minutos Dose caso seja utilizada a Objetivo de diminuir degranulação de
Normalmente os pacientes “bombinha"como forma de mastócitos e liberação de histamina.
respondem bem à primeira dose administração da droga

ADRENA PUSH DOSE FENOTEROL 20GT/IN RANITIDINA 50MG IV


Vide Fluxograma Dose com NEBULIZADOR Objetivo de diminuir degranulação de
ADRENALINA PUSH DOSE Pode repetir três vezes com intervalo mastócitos e liberação de histamina.
de 20 minutos entre sí.

SRL 500ML IV SULFATO DE MG METILPRED 125MG IV


Casos refratários: 2g em 30 minutos Corticóide de escolha
Novas alíquotas de volume podem
MgSO4 50% — 4ml Opção: Hidrocortisona 100mg IV
ser necessárias
MgSO4 10% — 20ml Ação tardia — média de 6h

IOT SE NECESSÁRIO
NORADRENALINA IV Usar sedativos broncodilatadores
A associação de drogas vasoativas é PROPOFOL ou KETAMINA
necessária em casos refratários.
NÃO postergue uma IOT
Choque

Choque
cardiogênico
ATENDIMENTO AO PACIENTE GRAVE | PERFUSÃO INADEQUADA

EXAME FÍSICO DIRECIONADO: CAB | ABCDE


PELE | PULSO | PERFUSÃO PERVIEDADE DE VIAS AÉREAS VENTILAÇÃO | AUSCULTA
FC | PAM | RITMO CARDÍACO NECESSIDADE DE O2 SINAIS DE ESFORÇO

MONITOR | OXIGÊNIO | ACESSO VENOSO

HISTÓRIA DIRECIONADA

LESÃO CARDÍACA AGUDA | INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA | TROMBÓLISE

USO DE DROGAS VASOATIVAS


DOBUTAMINA SP IV BIC ACM NORADRENALINA SP IV BIC ACM
Aumenta o inotropismo e cronotropismo Aumento da PA através da vasocontricção periférica
Diminui a pós-carga levando a vasodilatação Pode ser utilizado em associação com a Dobutamina em
pacientes com PAS menor que 90 mmHg

USG BEIRA LEITO | AVALIAÇÃO QUALITATIVA e QUANTITATIVA


qSOFA VARIÁVEIS:

Choque Frequência respiratória


Nível de consciência

CHOQUE SÉPTICO
PA Sistólica

SOFA VARIÁVEIS:
PaO2/FiO2
Escala de Coma de Glasgow
SUSPEITA DE SEPSE? PA Média
Administração de Drogas Vasoativas
Creatinina Sérica ou Débito Urinário

CAB MOV | HGT Bilirrubinas totais


Plaquetas

SOFA PRÉVIO:

qSOFA > 2 Disfunções orgânicas já conhecidas não devem ser


levadas em consideração. O SOFA basal deve ser
considerado zero, se história pregressa desconhecida.
Ou deve ter valor de base relacionado a alterações

PROCURE DISFUNÇÕES ORGÂNICAS pré-existente.


SOFA > 2 tem que ver com o aumento em relação ao
SOFA basal.

COLETA DE EXAMES LABORATORIAIS EXAMES LABORATORIAIS:


Hemograma
Ureia* | Creatinina
Bilirrubinas totais

SOFA > 2 Gasometria Arterial


Hemocultura*
Urocultura* — se suspeita forte
*Exames que NÃO avaliam o SOFA.

REPOSIÇÃO VOLÊMICA IV DIAGNÓSTICOS:


SEPSE: Quadro infeccioso suspeito com disfunção
orgânica (SOFA > 2).
CHOQUE SÉPTICO: Sepse diagnosticada, com
ANTIBIOTICOTERAPIA ADEQUADA necessidade de drogas vasoativas para manter PAM
> 65 mmHg E Lactato sérico > 2mmol/L.

FACILITANDO:
Paciente com quadro infeccioso, com alteração de
CONTROLE DE FOCO INFECCIOSO perfusão (TEC > 2 segundos), realizou reposição
volêmica IV, sem reposta. Iniciou NORADRENALINA
(pontua 3 no SOFA) e tem lactato sérico alterado.
DIAGNÓSTICO de CHOQUE SÉPTICO, antes mesmo
NORADRENALINA de termos outros exames laboratoriais.

REPOSIÇÃO VOLÊMICA:
Orientado 30ml/kg de expansão volêmica em 3h, com
CRISTALÓIDE.
LACTATO ELEVADO Caso o paciente não responda aos primeiros 500ml ou
1000ml, iniciar Drogas Vasoativas.
Orientação: Priorizar o uso de Ringer Lactato

CHOQUE SÉPTICO DROGAS VASOATIVAS:


A DVA de escolha é a NORADRENALINA, na dose de
0,1 a 2,0 mcg/kg/minuto.
MENSAGEM
Existe uma necessidade urgenciada no lindo mundo da medicina. O ensino da medicina de

emergência como residência é algo muito recente em nosso país e quando falamos dele dentro

da graduação médica, estamos falando de algo que ainda está engatinhando.

Formamos e vamos trabalhar nos PRONTO SOCORROS da vida — primeiro emprego de quase

todos os médicos — e por que aparentemente sempre foi assim, continuamos saindo verdes das

faculdades, para atuar no departamento de emergência. Aprendemos com os colegas de plantão

e através das ORELHADAS. Ao olhar mais desatento, parece que não há evidência quando o

assunto é o PS.

O Grupo MOVER é uma STARTUP focada no ensino da medicina de emergência em todos os seus

aspectos. Hard Skills e Soft Skills tratadas com mesmo grau de importância. Queremos levar a

você conteúdo baseado em evidências, de qualidade, rompendo fronteiras, para atingir você

onde você estiver. E dessa forma mudar realidades. A sua e principalmente a dos pacientes que

por seu caminho cruzarem.

Se você está lendo essa mensagem final, você está sendo convocado a participar de uma

revolução. Revolução quando o tema é enterrar o ensino ORTODOXO, trocando capas, túnicas e

arrogâncias do passado, por proximidade e ensino DISRUPTIVO. Revolução em tornar palatável

conteúdos antes difíceis. Revolução em assumir postura de um médico baseado em evidências,

levando sua melhor versão para a SALA VERMELHA em todo plantão. Revolução em entender que

resiliência, liderança, tomada de decisão, são temas tão importantes como o tal do CHOQUE.

A revolução só está começando e queremos que você faça parte dela junto com a gente.

CLARA CARVALHO GEIBEL REIS


COO Grupo MOVER CEO Grupo MOVER
O CLUBE242
Lançaremos EM BREVE nosso CLUBE com conteúdos exclusivos durante toda a semana. Além
disso, você vai ficar pertinho de Geibel Reis e Clara MilVolts para tirar dúvidas, sugerir temas da
semana, além de descontos em nossos cursos.
Mov er
Ensino e Inovação

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