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Atribuições da enfermagem no

diagnóstico e conduta de AVCs

Os acidentes vasculares cerebrais (AVCs) consistem na segunda maior causa de


mortes no Brasil. Sendo assim, a abordagem deve ser rápida e exige uma equipe multi-
profissional.

Nesse material, você vai conferir os deveres do enfermeiro que participa dos protoco-
los de tratamento da condição. Boa leitura!

Leia mais: Conheça as atualizações profissionais da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)

Estar atento aos sintomas e fatores de risco


No pronto atendimento, o enfermeiro responsável
pela triagem deve suspeitar de AVC na presença dos
seguintes sinais:

• hemiparesia ou hemiplegia
• perda de consciência
• confusão mental
• afasia ou disfasia
• alterações na visão (que pode ser em um ou nos
dois olhos)
• dificuldade de equilíbrio, coordenação ou para ca-
minhar
• dor de cabeça muito intensa e sem um porquê
• tontura

Nesse momento, também é importante saber os elementos que aumentam a probabili-


dade de derrame. São eles:

• sobrepeso e obesidade
• tabagismo
• uso excessivo de álcool
• sedentarismo
• diabetes tipo 2
• sexo masculino
• idade avançada
• colesterol elevado

Entender as possíveis causas


Esse conhecimento é relevante especialmente para
aqueles que trabalham em unidades de urgência e
emergência dos hospitais. Um melhor entendimento
sobre a doença qualifica, consequentemente, a atua-
ção profissional.

AVC hemorrágico
Embora seja menos frequente, seu índice de óbitos é maior que o do isquêmico. É
resultado de hemorragias provenientes de rupturas nos vasos cerebrais. Pode ser
causado por:

• hipertensão
• rompimento de aneurismas
• insuficiência ou arritmias cardíacas
• infarto agudo do miocárdio
• hemofilia
• inflamação dos vasos sanguíneos

AVC isquêmico
É o tipo mais comum, representando 85% das ocorrências. Acontece quando uma
artéria é obstruída e acaba bloqueando a passagem de oxigênio para o cérebro.

Vale frisar que pode originar-se de trombose ou embolias. Seus agentes


dividem-se em:

• aterotrombóticos: provêm da ateroesclerose


• cardioembólicos: quando a embolia deriva do coração
• outras etiologias: mais habitual em jovens, está aliado a problemas de coagula-
ção
• criptogênicos: outras causas não identificadas

Intervenções de enfermagem

NA FASE AGUDA
Aqui, o objetivo do enfermeiro deve ser estabilizar o
paciente para diminuir as chances de sequelas e
óbitos. Entre os cuidados, destacam-se:

• controlar sinais vitais


• evitar hiperventilação
• afrouxar roupas
• verificar se ele está em uma posição segura
• aspirar secreções
• administração de fármacos, oxigênio e líquidos in-
travenosos

PÓS-AVC
Na assistência após a doença, o foco é em reduzir lesões e contribuir para uma
boa mecânica corporal. Isso se faz, principalmente, com a adequação postural.

Confira mais algumas atribuições dos enfermeiros nesse cenário:

• dar auxílio em atividades de rotina como higienização, se vestir etc.


• administração de medicamentos
• incentivar a mobilidade, seja por meio da posição, deambulação ou caminhadas
• ajudar na realização de exercícios em membros normais e afetados
• proteger as partes do corpo com sensibilidade reduzida das temperaturas
extremas
• instruir sobre possíveis flebites, escaras de decúbito e complicações neurovas-
culares

É necessário cuidar possíveis sinais de depressão, baixa autoestima e


transtornos de estresse pós-traumático (TEPT), comuns em pessoas que
sofreram AVCs.

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