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DEFINIÇÃO

 Expectoração de sangue originário dos pulmões ou das vias aéreas inferiores exteriorizada através da glote
 Geralmente em pequena quantidade e associada a infecções respiratórias
 Pode ser complicação iatrogênica de procedimentos broncoscópicos (2 a 10% dos casos), principalmente em biópsias por
broncoscopia
 Maioria dos casos é secundária a infecção, como em bronquiectasia aguda, pneumonia e tuberculose
 Outras causas são doenças pulmonares inflamatórias e neoplasia pulmonar

CAUSA SECUNDARIA ?

 Tuberculose pode cursar com hemoptise por lesão inflamatória de bronquíolos, por formação de aneurisma dentro das
cavitações e por sequelas pulmonares, como bronquiectasias
 Também pode haver complicações associadas, como infecções fúngicas

INCIDÊNCIA

 Neoplasias pulmonares aumentada com a idade 7 a 10% dos casos têm hemoptise como primeira manifestação
 Tumores centrais são os mais associados com hemoptise maciça
 Neoplasias benignas também podem ser causa de hemoptise por serem hipervascularizadas

OBSERVAÇÃO

História clínica favorece determinação da quantidade de sangue e de diagnóstico diferencial entre hemoptise, pseudo-
hemoptise e hematêmese

PSEUDO-HEMOPTISE

 Expectoração de sangue oriundo de cavidade oral, fossas nasais, faringe, laringe


 Também por sangue proveniente de hematêmese que fica coletado em vias aéreas inferiores
 Presença de colonização de vias aéreas por bacilo aeróbio Gram-negativo produtor de pigmento vermelho (Serratia
marcescens)

CLASSIFICADA EM MACIÇA E NÃO MACIÇA DE ACORDO COM VOLUME DE SANGUE EXTERIORIZADO

HEMOPTISE MACIÇA

 Perda maior que 500 a 600 mL de sangue proveniente dos pulmões em 24 horas
 Presença de instabilidade hemodinâmica ou insuficiência respiratória
 Perda acima de 100 ml em 24 horas tem risco de obstrução de vias aéreas com indicação de internação hospitalar,
sendo definida como hemoptise leve ou de pequeno volume sem comorbidade pulmonar significativa
 Vias aéreas proximais podem ser ocluídas com apenas 150 mL de sangue coagulado
 Hemoptise de volume ainda menor pode ser ameaçadora à vida
 Taxa de mortalidade é de aproximadamente 13% e está mais relacionada com a asfixia do que à exsanguinação
 Principais causas de hemoptise maciça são: TUBERCULOSE, BRONQUIECTASIA E CÂNCER

DIAGNOSTICO E TRATAMENTO

 Radiografia de tórax e broncoscopia rígida de emergência


 Se sangramento ativo tiver parado. É recomendada a broncoscopia rígida e ressecção cirúrgica de urgência ou emergência
 Mortalidade transoperatória é alta
 Broncoscopia flexível geralmente é inadequada para o tratamento da hemoptise, sendo considerada para diagnóstico,
localização da fonte do sangramento ou a observação
TRATAMENTO CONSERVADOR
 Manter via aérea funcional e pérvia
 Broncoscopia para remoção de sangue e coágulos da via aérea, supressão da tosse e monitoramento até estabilização clínica
 Cateterismo com angiografia para a hemoptise maciça pode ser considerado para pacientes com hemoptise.
 Pequenas partículas de álcool polivinil ou outros materiais sintéticos utilizados para embolização obstruem os vasos ao nível
periférico. A embolização, se necessário, pode ser repetida

EMERGÊNCIA MÉDICA
 30-50% de taxa de mortalidade
 Abordagem multiprofissional com médicos intensivistas, pneumologistas, endoscopistas, cirurgiões de tórax e
radiologistas, tendo-se menores taxas de mortalidade no tratamento da hemoptise maciça
 Hemoptise que "ameaça a vida”

CAUSAS COMUNS

 Cardiovascular  Fístula brônquio-arterial

 Fístula arteriovenosa pulmonar  Hemorragia intrapulmonar difusa

 Doença parenquimatosa difusa  Iatrogênica

 Tubo torácico mal posicionado  Ruptura da artéria pulmonar - cateterização arterial pulmonar

 Fístula traqueoarterial  Infecções

 Neoplasias malignas - tumor primário ou metastático  Trauma

ANAMNESE E EXAME FISICO

 Anamnese detalhada
 Quantidade, frequência, cronologia e duração da hemoptise
 Associação com outros sintomas - diferenciar de pseudo-hemoptise
 Comorbidades
 Exposições ocupacionais

EXAME FÍSICO COMPLETO


 Inspeção da pele e das membranas mucosas - presença de teleangiectasia, equimoses e petéquias
 Pulsações transmitidas para cânula de traqueostomia - fístula da arteriotraqueal
 Inspeção do tórax - trauma torácico recente ou prévio
 Ausculta - sibilos - adenoma ou carcinoma - ou crepitações - IC e hemorragia pulmonar difusa

EXAMES COMPLEMENTARES

 Hemograma - infecção, desordem hematológica ou perda sanguínea crônica


 Análise de urina - hematúria
 Coagulograma - doença hematológica
 Eletrocardiograma pode sugerir a presença de alteração cardiovascular
 Radiografia de tórax
 Broncoscopia - local do sangramento

- com lavado broncoalveolar - para sangramento prévio

- com biopsia

TRATAMENTO DIRECIONADO PARA CAUSA DA HEMOPTISE

ABORDAGENS BRONCOSCÓPICAS PARA LESÕES ENDOBRÔNQUICAS


FATORES DE RISCOS

• Tabagismo - risco aumenta de acordo com quantidade e duração

• Alimentação inadequada

• Exposição ao fumo passivo

• Exposição a amianto, certos metais como cromo, cadmio, arsênico, alguns produtos químicos e radiação

• Exposições ocupacionais, como em fabricação de borracha, pavimentação, coberturas, pintura, varredura de chaminé,

metalurgia e mineração

• Poluição ambiental

• Infecções pulmonares de repetição

• Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica);

• Fatores genéticos

• História familiar de câncer de pulmão

Corpo estranho  Inflamação  Bronquiectasia  Vascularização  Hemoptise

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