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HEPATITES VIRAIS

HEPATITE A

QUADRO CLINICO

SINAIS E SINTOMAS PRINCIPAIS:

 Febre (18 - 75%)


 Náuseas/vômitos (26 - 87%)
 Dor abdominal (37- 65%)
 Colúria (28 94%)
 Icterícia (40- 80%)
 Hepatomegalia (78%)

COMPLICAÇÕES E TRATA MENTO

Sem tratamento específico

 Principais complicações

• Colestase > 4 semanas (5-7%) → prurido e BbT>5

• Relapso da hepatite alguns meses após a fase aguda (±10%)

• Hepatite fulminante (0.015 – 0,5% dos casos)

• Fatores de risco:

• >40 anos

• Outra doença hepática crônica prévia

• HIV

DIAGNÓSTICO

ALTERAÇÃO DOS EXAMES LABORATORIAIS


• Elevação de bilirrubinas

• Elevação acentuada de transaminases ALT > AST

• Elevação de Fosfatase alcalina (lesão de vias biliares)

• Alargamento de tempo de protrombina (<40%)


EXAMES DE IMAGEM:
• USG Abdome ou TC de abdome → Hepatomegalia

• Espessamento de parede de vesícula biliar

ETIOLÓGICO:
• Sorologia para hepatite A → Anti-HAV IgM (começa a positivar e IgG

HEPATITE B

EPIDEMIOLOGIA

AGENTE ETIOLÓGICO
• Vírus da Hepatite B (HBV)

• Família Hepadnaviridae

• Fita dupla incompleta de DNA

MAIOR INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DE CASOS NA COSTA PACÍFICA ASIÁTICA E ÁFRICA


• ±68% dos casos no mundo todo

• Estima-se cerca de 29% dos óbitos por cirrose

• Necessário para infecção pelo HDV

É CONSIDERADO UM VÍRUS ONCOGÊNICO


• Maior risco: álcool, fumo, história familiar de CHC e contato com carcinógenos

• Não depende da cirrose para desenvolvimento de CHC

TRANSMISSÃO

• Parenteral

• Sexual (predominante)

• Vertical
QUADRO CLÍNICO HEPATITE B

Assintomáticos

 sintomáticos:

• Prostração • Náuseas • Icterícia

• Febre • Colúria • Acolia fecal

INTERPRETAÇÃO SOROLÓGICA DA HEPATITE B

 HBsAg
 Anti-Hbs
 Anti-HBc IgM e IgG
 HBeAg
 Anti-Hbe

INTERPRETAÇÃO SOROLÓGICA DA HEPATITE B

EVOLUÇÃO CLÍNICO LABORATORIAL DA HEPA TITE B


TRATAMENTO INDICAÇÕES

SEM AGENTE DELTA:


• HBeAg reagente E ALT >2x Limite de normalidade “Cura”: 1% em HBeAg não reagente e 13% em HBeAg
não reagente após 8 anos de tratamento
• Adulto > 30 anos com HBeAg reagente

• Paciente HBeAg não reagente E HBV-DNA > 2.000 e ALT > 2x LSN

OUTROS CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PARA TRATAMENTO INDEPENDENTEMENTE DOS RESULTADOS DE HBEAG,


HBVDNA E ALT PARA HEPATITE B SEM AGENTE DELTA:
• História familiar de CHC

• Manifestações extra-hepáticas com acometimento motor incapacitante, artrite, vasculites, glomerulonefrite e poliarterite
nodosa

• Coinfecção HIV/HBV (32) ou HCV/HBV (78)

• Hepatite aguda grave (coagulopatias ou icterícia por mais de 14 dias)

• Reativação de hepatite B crônica

• Cirrose/insuficiência hepática

• Biópsia hepática METAVIR ≥ A2F2 ou elastografia hepática > 7,0 kPa

• Prevenção de reativação viral em pacientes que irão receber terapia imunossupressora ou quimioterapia

TRATAMENTO E SEGUIMENTO

MEDICAÇÕES DISPONÍVEIS:
• Tenofovir (desoxipropila- TDF) 300mg 1xdia VO

• Entecavir (ETV) 0,5mg a 1mg 1x dia VO

• Tenofovir (alafenamida- TAF) 25 mg 1x dia VO (somente se contra-indicação ao TDF e ao ETV)

• Alfapeginterferona → mtos efeitos colaterais. Raramente é usado hj em dia

SEGUIMENTO:
• Rastreio de efeitos colaterais das medicações

• Rastreio de hepatocarcinoma (USG de Abdome e Alfafetoproteina a cada 6 meses)

• Avaliar soroconversão de HBeAg/HBsAg → Anti-Hbe/Anti-HBs

• Avaliar carga viral (PCR HBV) anualmente

HEPATITE C

EVOLUÇÃO NATURAL NA HEPATITE C


QUADRO CLÍNICO

ASSINTOMÁTICOS

SINTOMÁTICOS
• Prostração • Náuseas • Icterícia

• Febre • Colúria • Acolia fecal

DIAGNÓSTICO

ANTI-HCV
• Rastreio • Limitações

PCR RNA-HCV
• Padrão-ouro

CRONIFICAÇÃO
• Persistência de PCR RNA-HCV positivo 6 meses após infecção aguda

CIRROSE HEPÁTICA
TRATAMENTO

GENÓTIPO 1, 2, 3, 4, 5, 6:
• Sofosbuvir + Velpatasvir ± Ribavirina

• Sem cirrose, Child A: por 12 semanas

• Cirrose Child B e C: + Ribavirina e por 24 semanas

DOENÇA RENAL CRÔNICA OU FALHA DE TRATAMENTO:


• Glecaprevir + Pibrentasvir

HEPATITE D

Hepatite delta (D)

AGENTE ETIOLÓGICO

•Vírus da hepatite D

•A superfície do vírus possui HBsAg que só consegue entrar nas células

•Virus de RNA

•Vírus defectivo e satélite do HBV, isto é, necessita do HBsAg para para realizar sua infecção

•Transmissão igual à hepatite B

ALTA INCIDÊNCIA NA REGIÃO AMAZÔNICA, MEDITERRÂNEO (EUROPA E ÁFRICA), ÁSIA E ORIENTE MÉDIO
Características da infecção

•Quadro clínico semelhante à hepatite B

•Se infecção simultânea ao HBV→ coinfecção

•Se HBV crônico prévio e contágio posterior de HDV → superinfecção

•É mto mais grave

DIAGNÓSTICO:

•Anti-HDV IgM e IgG positivos

•Rastreio somente em quem tem hepatite B e se for de área endêmica

TRATAMENTO

•Alfainterferona? Controle da hepatite B?

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