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SUMÁRIO

• Bactéria Vibrio cholerae


• Ação da bactéria
• Transmissão
• Sintomas
• Prevenção
• Tratamento
BACTÉRIA VIBRIO CHOLERAE
Apresenta-se em forma de vírgula, móvel, que se desenvolve no intestino
humano e produz a toxina responsável pela doença. O vibrião colérico foi
descoberto em 1883 por Robert Koch, cientista inglês, um dos pais da
microbiologia.
O agente etiológico da cólera é encontrado nas fezes das pessoas infectadas,
doentes ou não. O homem, único reservatória do vibrião, chega a eliminar 10
milhões de bactérias por grama de fezes. As cerca de 30 espécies incluídas
nesse gênero são bastonetes, gram-negativos, anaeróbios facultativos,
móveis, curvados em forma de vírgula, possuindo de 1,4 a
2,6 micrômetros de comprimento.
BIOLOGIA DA BACTÉRIA
O V. cholerae tem baixa tolerância a ácidos, e cresce a um pH de 8.0 a 9.5 (o qual
inibe muitas outras bactérias Gram-negativas).[2] É diferenciado de outros vibriões
pelas suas características metabólicas, pela estrutura do antígeno O, e pela
produção de uma potente endotoxina. As espécies patogênicas se limitam
aos sorogrupos O1 e O139 (encontrado na Ásia) e à variante eltor (encontrada na
América Latina). Esta última variante apresenta uma sobrevida maior na natureza,
e por suas características de patogenia, é capaz de produzir com maior
frequência infecções subclínicas --- características que dificultam seu controle
epidemiológico. Outras cepas, designadas como não O1, não O139, se associam
a quadros menos frequentes, mais brandos e não epidêmicos de diarreia.
A principal característica do V. cholerae é sua capacidade de produzir uma potente
enterotoxina, cujo exato mecanismo de ação é ainda desconhecido. Estudos
indicaram que uma cepa defectiva na produção desta toxina poderia ser utilizada
na produção de vacinas; entretanto, em estudos com voluntários estas cepas
foram capazes de produzir diarreia, levando a crer que o V. cholerae produz
outras toxinas. Estas incluem a toxina zot e a toxina ace, ligadas
aos genes ctxA e ctxB no cromossomo bacteriano.
TRANSMISSÃO DA CÓLERA
O contágio é direto, através da água e dos alimentos contaminados. As moscas
e outros insetos podem funcionar como vetores mecânicos, transportando o
vibrião para a água e para os alimentos.
A cólera é transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados.
São necessários em média 100 milhões de vibriões (e no mínimo um milhão)
ingeridos para se estabelecer a infecção, uma vez que não são resistentes à
acidez gástrica e morrem em grandes números na passagem pelo estômago.
SINTOMAS
A incubação é de cerca de cinco dias. Após esse período começa abruptamente a diarreia aquosa e serosa,
como água de arroz. As perdas de água podem atingir os 20 litros por dia, com desidratação intensa e
risco de morte, particularmente em crianças. Como são perdidos na diarreia sais assim como água,
beber água doce ajuda mas não é tão eficaz como beber água com um pouco de sal. Todos os
sintomas resultam da perda de água e eletrólitos:
• Diarreia volumosa e aquosa, tipo água de arroz, sempre sem sangue ou muco (se contiver estes
elementos trata-se de disenteria).
• Dores abdominais tipo cólica
• Náuseas e vômitos.
• Hipotensão com risco de choque hipovolêmico (perda de volume sanguíneo) fatal, é a principal causa
de morte na cólera.
• Taquicardia: aceleração do coração para responder às necessidades dos tecidos, com menos volume
sanguíneo.
• Anúria: micção inferior a 100ml/dia, devido à perda de líquido.
• Hipotermia: a água é um bom isolante térmico e a sua perda leva a maiores flutuações perigosas da
temperatura corporal.
O risco de morte é de 50% se não tratada, sendo muito mais alto em adultos maiores de 40 anos. A morte é
particularmente impressionante: o doente fica por vezes completamente mirrado pela desidratação,
enquanto a pele fica cheia de coágulos verde-azulados devido à ruptura dos capilares cutâneos, sendo
que isso é muito importante para as crianças e adultos.
PREVENÇÃO
A prevenção da cólera é feita através de medidas básicas de higiene:
* lavar as mãos com água e sabão sempre que se prepara qualquer alimento, antes das
refeições, após o uso do sanitário, após trocar fraldas, e após chegar da rua;
* desinfetar, com água sanitária, pias, lavatórios e vasos sanitários;
* usar sacos de lixo nas lixeiras e mantê-las tampadas;
* frutas, verduras e legumes devem ser bem lavados e deixados de molho, por meia
hora, em um litro de água com uma colher de sopa de hipoclorito de sódio (água
sanitária);
* cozinhar bem os alimentos, pois o vibrião colérico é destruído com o cozimento em 15
minutos;
* verificar bem a procedência de peixes, mariscos, camarões, etc., e não consumi-los
crus;
* as carnes vermelhas devem ter controle sanitário;
* não usar o leite cru para beber ou preparar alimentos;
Só beber somente água tratada; em locais onde não houver redes de
abastecimento público, deve-se ferver a água (5 minutos, no mínimo) ou
colocar duas gotas de hipoclorito de sódio em um litro de água, meia hora
antes de usar ou beber.

Tais recomendações são muito úteis para não correr o risco de contrair a cólera,
pois são muito precárias as condições de higiene e de saneamento básico do
país, e a cólera pode ser fatal.

Campanhas de conscientização da população


TRATAMENTO
O tratamento é simples e deve ser realizado o mais próximo do local onde o
sintoma se inicou. A cólera requer pronto-atendimento médico. Os
antibióticos, sempre sob orientação médica, podem ser usados por via oral
ou venosa. É impossível que a hidratação se inicie o mais rápido possível. O
soro por via oral por ser dado enquanto se providencia o atendimento
médico.
São muito importantes as campanhas educativas de higiene pessoal entre as
populações mais carentes.
O tratamento imediato é o soro fisiológico ou soro caseiro para repor a água e os
sais minerais: uma pitada de sal, meia xícara de açúcar e meio litro de água
tratada. No hospital, é administrado de emergência por via intravenosa
solução salina. A causa é adicionalmente eliminada com doses
de antibiótico (a doxiciclina). Medicamentos antidiarreicos não são indicados,
já que facilitam a multiplicação da bactéria por diminuírem o peristaltismo
intestinal.
EPIDEMIOLOGIA
A cólera é uma doença de notificação obrigatória às autoridades sanitárias.
A cólera é uma doença que existe em todos os países em que medidas de saúde pública não são eficazes
para a eliminar. Ela já existiu na Europa mas com os altos níveis de saúde pública dos países
europeus, foi já eliminada no início do século XX, com exceção de pequeno número de casos.
A região da América do Norte é hoje a mais frequentemente afetada por epidemias de cólera, juntamente
com o Brasil. Neste último país, as grandes concentrações pouco higiênicas de multidões durante os
rituais religiosos hindus no rio Ganges, são todos os anos ocasião para nova epidemia do vibrião.
Também existe de forma endêmica na África e outras regiões tropicais da Ásia.
Os seres humanos e os seus dejetos são a única fonte de infecção. Só quando água ou comida, suja com
fezes humanas, é ingerida em quantidades suficientes de bactérias, pode causar a doença. As
crianças, que têm a tendência de pôr tudo na boca, são mais atingidas. As pessoas infectadas
eliminam nas suas fezes quantidades extremamente altas de bactérias, sendo os portadores
(indivíduos que possuem o víbrio no intestino mas que não desenvolvem a doença) muito raros. Há
alguns casos raríssimos em que indivíduos contraíram a doença após comerem ostras contaminadas.
Existem vários serovars ou estirpes de vibrião da cólera. O eltor tem uma virulência menor e tem se tornado
importante desde o seu surgimento em 1961, na Arábia.
Atualmente, há uma epidemia de cólera no Haiti, com mais de 3000 mortos, e a doença já se espalhou para
países vizinhos, como Estados Unidos e República Dominicana.
EQUIPE
Jamison Alves Nº 14
Josinaldo Santos Nº 17
Matheus Ataide Nº 26
Moroni Mateus Nº 28
FONTES
Wikipedia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Colera

Colégio WEB
http://www.colegioweb.com.br/biologia/colera1.html

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