Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
O presente trabalho intanta fazer um estudo sobre a Cólera, seu conceito, suas causas,
sintomas e tratamento e para sua compilação conta-se com consultas bibliográficas de
autores que versaram, nas suas abordagens, sobre esta doença e desta feita procuraremos
fazer disseminar informações de utilidade pública para mais gente necessitada.
Está dividido em 4 capítulos, que comprendem: Introdução, Desenvolvimento (Quadro
Teórico), Conclusão e Bibliografia.
II. Desenvolvimento
II.01. Conceito
A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela enterotoxina do Vibrio cholerae,
através da ingestão de alimentos ou água contaminados pela bactéria Vibrio cholerae.
Tem um período de incubação curto, que varia de duas horas a cinco dias, e manifesta-se
com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras, que quando
não tratada prontamente, pode evoluir para a desidratação grave, acidose e colapso
circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiência renal e, consequentemente a morte
em poucas horas. (DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, 2016)
Clinicamente, a cólera é “uma infeção específica aguda do trato digestivo causada pelo
vibrião colérico. Pode começar por uma diarreia moderada, que vai aumentando de
intensidade, embora apresente muito mais vezes um início súbito, com vómitos e dejeções
violentas. As dejeções são aquosas e muito abundantes e as fezes tomam o aspeto típico
de «água de arroz»; sendo formadas por um líquido pouco fétido, esbranquiçado, com
flocos de muco e por vezes com laivos de sangue. A diarreia é em breve seguida de
vómitos aquosos. Nos casos mais graves, desenvolvem-se sintomas atribuíveis à de
líquidos e absorção de tóxicos, em especial cãibras musculares, anúria e colapso. A não
ser que a desidratação rápida seja evitada pela administração de líquidos parentéricos, a
evolução pode ser rapidamente mortal. O doente ou se cura ou morre dentro de poucos
dias. (PHILIP SARTWELL ET AL., 1979)
II.02. Causas
Além do clássico Vibrio cholerae, é também agente causador da cólera, o El Tor, que está
associado aos casos assintomáticos da doença ou com sintomas leves.
II.04. Sintomas
A maior parte das pessoas infectadas pela cólera não apresenta sintomas e, em muitos
casos, nem percebe que contraiu a doença. No entanto, mesmo nesses casos, a pessoa
pode transmitir a bactéria e infectar outras pessoas, que podem ter reações distintas.
Os sintomas mais frequentes e comuns da cólera são diarreia e vômitos, com diferentes
graus de intensidade, o que acaba sendo confundido com sinais de outras doenças.
Também pode ocorrer dor abdominal e, nas formas severas, cãibras, desidratação e
choque. Febre não é uma manifestação comum.
A cólera manifesta-se de forma variada, desde infecções inaparentes até diarreia profusa
e grave. Além da diarreia, podem surgir vômitos, dor abdominal e, nas formas severas,
cãibras, desidratação e choque. A febre não é uma manifestação comum. Portanto, a
doença pode manifestar-se de 2 formas:
Na forma grave, os casos graves mais típicos (menos de 10% do total), o início é súbito,
com diarreia aquosa, profusa, com inúmeras dejeções diárias, por vezes do tipo “água de
arroz” e cheiro a peixe, com ou sem vómitos, dor abdominal e cãibra. A diarreia e os
vômitos, nesses casos, determinam uma extraordinária perda de líquidos, que pode ser da
ordem de 1 a 2 litros por hora. Este quadro, quando não tratado de imediato, pode evoluir
para desidratação rápida, acidose, colapso circulatório, com choque hipovolémico,
insuficiência renal e morte, em 6 horas.
II.05. Diagnóstico
Diagnóstico diferencial:
Diagnóstico laboratorial:
O Vibrio cholerae pode ser isolado, a partir da cultura de amostras de fezes de doentes
ou portadores assintomáticos. Uma vez confirmada a cólera por diagnóstico laboratorial,
a definição de caso clínico da OMS (critério clínico epidemiológico) é suficiente para
diagnosticar casos. Pode-se usar os testes laboratoriais para testar a sensibilidade aos
antibióticos e confirmar o fim da epidemia.
Os testes de diagnóstico rápido podem ser usados no início da epidemia, pois facilitam o
alerta e detecção precoce dos primeiros casos. Também podem ser usados em áreas onde
não existam casos ou, com sintomas diferentes para se estabelecer um diagnóstico
presuntivo rápido e de acordo com o resultado, realizar-se então o cultivo.
II.06. Tratamento dos casos suspeitos
II.06.1. Hidratação
O tratamento da cólera tem como objetivo a rápida reposição das perdas hidroeletrolíticas
decorrentes de diarréia e vômitos. O grau de desidratação do paciente e a aceitação de
líquidos por via oral deverão sempre orientar o tratamento. A principal via de reposição
hídrica é a oral e pode ser usada para reidratar a grande maioria dos pacientes; a via
endovenosa fica reservada para os casos mais graves.
a) Sem desidratação:
Oferecer solução de reidratação oral (SRO) à vontade e após cada evacuação ou vômito,
conforme as perdas. No domicílio, outros líquidos como chá, suco, sopa, também podem
ser utilizados.
Deve-se ofertar grande quantidade de SRO, mesmo que o paciente apresente vômitos.
Nestes casos a freqüência da administração do soro oral deverá ser aumentada.
Para os casos em que não for possível reidratação oral e não se conseguir reidratação EV
suficiente, lembrar que a sonda naso-gástrica é um recurso que permite reidratar.
c) Com desidratação grave (casos graves, cólera seca, casos moderados com balanço
negativo):
A fase inicial de reidratação serve para reposição das perdas já ocorridas. Nesta
fase o paciente deverá receber um volume de 100 ml/kg, por via endovenosa, em
cerca de 3 horas. Esta fase divide-se em 2 momentos:
GLICOSE ....................................................................... 2%
Assim, na ausência da solução padronizada para cólera, são alternativas de solução
polieletrolítica:
GLICOSE 50%................................................. 40 ml
Caso não disponha de solução padrão, específica para cólera, de solução SG:SF - ½ : ½,
de soro GLICOSADO 5%, nem de RINGER LACTATO, admite-se a alternativa C,
abaixo.
Quando não se puder medir corretamente as perdas, a hidratação endovenosa deverá ser
administrada de forma a manter um pulso radial normal, conforme especificado no quadro
6, ou se atingir um fluxo urinário de 50 ml/hora.
A introdução de SRO deverá ocorrer o mais precocemente possível, devendo ser feita
concomitantemente com a hidratação endovenosa, assim que o paciente estiver alerta.
FASE DE MANUTENÇÃO:
O paciente saindo da desidratação grave, deverá ser avaliado em relação as suas perdas e
capacidade de ingestão oral. Sendo necessário manter infusão endovenosa se o mesmo
não compensar suas perdas pela ingestão oral, devendo ser mantida a solução
polieletrolítica escolhida, na dose de 30ml/kg/hora, durante o tempo necessário.
Alimentação:
A alimentação do paciente deverá ser iniciada, se possível, junto com a reidratação oral,
com dieta habitual.
Critérios de alta:
b) diurese normal
d) diarréia menor do que 500 ml por hora por pelo menos 4 horas
↓ ↓
Lavar sempre as mãos com sabão e água limpa principalmente antes de preparar ou
ingerir alimentos, após ir ao banheiro, após utilizar conduções públicas ou tocar
superfícies que possam estar sujas, após tocar em animais, sempre que voltar da rua,
antes e depois de amamentar e trocar fraldas;
Lavar e desinfete as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de
alimentos;
Proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e
outros animais (guarde os alimentos em recipientes fechados);
Tratar a água para consumo (após ltrar, ferver ou colocar duas gotas de solução de
hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água, aguardar por 30 minutos antes de
usar);
Guardar a água tratada em vasilhas limpas e com tampa, sendo a “boca” estreita para
evitar a recontaminação;
Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados para banhar ou
beber;
Evitar o consumo de alimentos crus ou mal-cozidos (principalmente os frutos do mar)
e alimentos cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam
precárias.
Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada; quando não houver coleta de lixo,
este deve ser enterrado em local apropriado;
Usar sempre o vaso sanitário, mas se não for possível, enterre as fezes sempre longe
dos cursos de água.