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A diarreia configura um dos principais agravos que acomete crianças na faixa etária
de zero a cinco anos. Ocorre devido as mesmas serem mais suscetíveis a esta e a outras
doenças em virtude da imaturidade no sistema imunológico, atingindo sobretudo, aquelas
com estado nutricional comprometido. Aliado a isto, essa patologia pode ser causada por
diversos agentes infecciosos, e ser influenciada por determinantes de ordens biológicas,
ambientais, econômicas e socioculturais (OLIVEIRA et al., 2017a). É conceituada como
uma alteração das funções gastrintestinais, com ocorrência de três ou mais evacuações
de consistência amolecida ou líquida em um período de 24 horas e é apontada como uma
das afecções que mais ocasiona transtornos à saúde das crianças (PEREIRA; CABRAL,
2008). A dejeção aquosa gera consequências fisiopatológicas graves como desidratação
e desnutrição, com impacto no desenvolvimento pôndero-estatural e intelectual (BRASIL,
2010a). Em 2008 as doenças infecciosas foram responsáveis por aproximadamente seis
milhões de mortes mundiais em menores de cinco anos. A pneumonia foi responsável por
18% dessas mortes (1.575 milhões), seguida da diarreia com 15% (1.336 milhões)
(MENDES; RIBEIRO; MENDES, 2013). As Doenças Diarreicas Agudas (DDA) constituem
grave problema de saúde pública global, com 1,7 bilhão de casos na infância por ano. Foi
a segunda principal causa de mortalidade em menores de 5 anos no mundo em 2015,
contribuindo com 9% das mortes nessa faixa etária. As crianças desnutridas estão mais
propensas a adoecer por DDA (BRASIL, 2018). A alta frequência de óbitos pode estar
associada diretamente aos fatores sociais, ambientais, econômicos e culturais, visto que
grupos populacionais, de menor poder aquisitivo, estão mais suscetíveis à doença
(PEREIRA et al., 2014). Diante deste exposto surge a necessidade de fazer um estudo
mais profundo sobre As Doenças Diarreicas Agudas (DDA).
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A diarreia pode ser de origem não infecciosa podendo ser causada por
medicamentos, como antibióticos, laxantes e quimioterápicos utilizados para tratamento
de câncer, ingestão de grandes quantidades de adoçantes, gorduras não absorvidas, e
até uso de bebidas alcoólicas, por exemplo. Além disso, algumas doenças não
infecciosas também podem desencadear diarreia, como a doença de Chron, as colites
ulcerosas, a doença celíaca, a síndrome do intestino irritável e intolerâncias alimentares
como à lactose e ao glúten.
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OLIVEIRA, M. J. C. et al. Assistência de enfermagem no cuidado a diarreia infantil: revisão de literatura. Revista Ciência & Saberes,
Maranhão, v. 3, n. 1 p. 401-406 jan/mar. 2017b.
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As doenças diarreicas agudas (DDA) podem ser causadas por diferentes
microrganismos infecciosos (bactérias, vírus e outros parasitas, como os protozoários)
que geram a gastroenterite – inflamação do trato gastrointestinal – que afeta o estômago
e o intestino. A infecção é causada por consumo de água e alimentos contaminados,
contato com objetos contaminados e também pode ocorrer pelo contato com outras
pessoas, por meio de mãos contaminadas, e contato de pessoas com animais.
Atenção: Crianças e idosos com DDA correm risco de desidratação grave. Nestes casos,
a procura ao serviço de saúde deve ser realizada em caráter de urgência.
SINAIS E SINTOMAS DA
Cólicas abdominais;
Dor abdominal;
Febre;
Sangue ou muco nas fezes;
Náusea;
Vômitos.
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Os sintomas das doenças diarreicas agudas incluem:
TRATAMENTO DA
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geral ou em caso de cólera com desidratação grave, sempre com acompanhamento
médico.
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possível. Os primeiros cuidados na unidade de saúde são importantíssimos e já devem
ser efetuados à medida que o paciente seja encaminhado ao serviço hospitalar de saúde.
PREVENÇÃO DA
Lave sempre as mãos com sabão e água limpa principalmente antes de preparar
ou ingerir alimentos, após ir ao banheiro, após utilizar transporte público ou tocar
superfícies que possam estar sujas, após tocar em animais, sempre que voltar da
rua, antes e depois de amamentar e trocar fraldas;
Lave e desinfete as superfícies, os utensílios e equipamentos usados na
preparação de alimentos;
Proteja os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e
outros animais (guarde os alimentos em recipientes fechados);
Trate a água para consumo (após filtrar, ferver ou colocar duas gotas de solução
de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água, aguardar por 30 minutos
antes de usar);
Guarde a água tratada em vasilhas limpas e com tampa, sendo a “boca” estreita
para evitar a recontaminação;
Não utilize água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados para banhar ou
beber;
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Evite o consumo de alimentos crus ou malcozidos (principalmente carnes,
pescados e mariscos) e alimentos cujas condições higiênicas, de preparo e
acondicionamento, sejam precárias;
Ensaque e mantenha a tampa do lixo sempre fechada; quando não houver coleta
de lixo, este deve ser enterrado em local apropriado;
Use sempre o vaso sanitário, mas se isso não for possível, enterre as fezes
sempre longe dos cursos de água;
Evite o desmame precoce. Manter o aleitamento materno aumenta a resistência
das crianças contra as diarreias.
EDUCAÇÃO EM
Considerando a importância das causas alimentares nas diarreias das crianças pequenas,
é fundamental o incentivo a prorrogação do tempo de aleitamento materno,
comprovadamente uma pratica que confere elevada proteção a esse grupo populacional.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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Vigilância Epidemiológica. Capacitação em monitorização das doenças diarreicas agudas
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ANEXOS
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Fig.4 DIARRÉIA AGUDA E SEUS ASPECTOS NA
INFÂNCIA - Enfermagem à Criança e
Adolescente
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