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PACIENTES SISTEMICAMENTE COMPROMETIDOS

Doenças Hepáticas
- Fígado: Papel vital nas funções metabólicas  Fosfatase alcalina;
(secreção da bile necessária para a absorção da  Proteínas totais e frações (Albumina e
gordura, conversão do açúcar em glicogênio e Globulina);
excreção de bilirrubina {resíduo da  Protombina;
hemoglobina});  Coaculograma;
- Comprometimento da função hepática:  Marcadores virais;
Anormalidades dos metabolismos de aminoácidos,  Ultrassom, tomografia e ressonância
amônia, proteínas, carboidratos e lipídeos. magnética;
Deficiência na síntese de fatores de coagulação e  Biópsia hepática.
metabolismos de medicamentos.
HEPATITE:
HEPATITES VIRAIS:
- Inflamação no fígado causado por infecção ou
- Quadro clínico geral (3 a 10 dias):
outras causas;
 Febre;
- Virais (Mononucleose – EBV), secundária a
sífilis e a tuberculose;  Mal-estar;
 Inapetência;
- Uso excessivo de substâncias hepatotóxicas (ex.:  Mialgia;
Paracetamol);  Cefaleia;
- AGUDA: Febre, mal-estar, desânimo, dores  Náuseas;
musculares, icterícia, urina cor de coca cola e  Adinamia – fraqueza muscular;
fezes claras.
- CRÔNICA: Insuficiência hepática e cirrose.
- Icterícia:
 Excesso de bilirrubina no plasma, epitélio e - Condição emocional do paciente;
urina;
 Descoloração amarelada da pele e das - Tipo e a extensão do procedimento planejado
mucosas; (invasivo ou não);
 Quando ocorre doença hepática, a bilirrubina
tende a se acumular no plasma pela diminuição
do metabolismo e transporte hepático;
 Não é um sinal específico, geralmente é
necessário exame físico e estudos para Hepatite A:
determinar a causa específica; - O HAV não causa hepatite crônica ou um estado
 Descoloração difusa, uniforma e amarelada da de portador;
pele e mucosas;
 Hepatite viral, estará associada com febre, dor - Raramente causa hepatite fuminante;
abm, anorexia e fadiga. - Taxa de fatalidade associada ao HAV
- Exames: corresponde a aproximadamente 0,1%;

 Bilirrubinas (bilirrubinas diretas indicam dano - Tratamento paliativo, não há específico, espera-
dentro das céls. Hepáticas); se que o paciente reaja sozinho contra a doença;
 Transaminases ( AST e ALT – antiga TGO e - Apesar de ter vacina, a melhor maneira de evitar
TGP); é saneamento básico e higiene;
 GAMA-GLUTAMIL-TRANSFERASES
(GAMA-GT);
Hepatite B: - Tratamento: Antivirais (Simesprevir, ofosbuvir e
daclatasvir). A cura não é definitiva, mas as taxas
- Hepatite aguda com recuperação e eliminação do de respostas positivas ao tratamento são entre 50-
vírus; 60%;
- Pode ser: Crônica não progressiva e Crônica - Síndromes clínicas desenvolvem-se após a
progressiva (terminando em cirrose); exposição ao vírus:
- Hepatite fuminante com necrose hepático 1. Infecção assintomática aguda com
maciça; recuperação -> apenas evidência sorológica;
- Estado de portador assintomático; 2. Hepatite sintomática aguda com
recuperação, anictérica ou ictérica.
- Transmissão: Sangue, agulhas e materiais
cortantes contaminados, tintas/agulhas das 3. Hepatite crônica, com ou sem progressão
tatuagens, relação sexual (IST), tratamento para cirrose;
odontológico e até depilações;
4. Hepatite fulminante com necrose hepática
- Sintomas semelhante as demais hepatites; maciça ou submaciça;
- Prevenção: Preservativos, esterilização de Fisiopatologia
matérias cortantes ou agulhas, uso de descartáveis
de uso único, e a vacina (3 doses com intervalo de - Vírus da hepatite se replicam no interior dos
30 dias), controle efetivo de banco de sangue, e hepatócito - -> sofrem degeneração e necrose;
não compartilhamento de alicates de unha, - Hepatite fulminante -> Complicações graves da
lâminas, escovas de dente e equipamentos de uso hepatite viral aguda, causam destruição
de drogas; hepatocelular maciça e a taxa de mortalidade de
- Em caso de exposição: Imunoglobulina humana aproximadamente 80%.
Anti-Vírus da hepatite B; - Infecções crônicas (estado de portador): Níveis
- Exame: baixos do vírus no fígado e dos antígenos virais no
soro por mais de 6 meses, sem sinais da doença
HBsAG -> identificável do antígeno; hepática. No entanto são potencialmente
contagiosos. Esse estágio pode permanecer por
Anti-HBS -> Identificação de anticorpos;
anos ou evoluir para hepatite crônica ativa.
- Tratamento: Em casos sintomático, envolve
Consequências:
repouso, hidratação, antivirais e evitar a
sobrecarga do fígado. - Recuperação;
- Infecção persistente (estado de portador);

Hepatite C: -Hepatite ativa;

- Transmissão através de sangue contaminado; -Hepatite fulminante;

- Dependendo da intensidade e duração pode -Cirrose carcinoma hepatocelular;


evoluir para cirrose e câncer de fígado; -Óbito.
- Cronificação: HBV < HCV;
- Cirrose ocorrendo em 20% a 30% dos indivíduos
com infecção crônica por HCV; Sinais e sintomas – Fase prodômica/pré-
icterícia:
- Grupo de risco: Receptores de sangue
(diminuiu), usuários de drogas endovenosas, - Dor abdominal;
pacientes de hemodiálise e trabalhadores da área - anorexia;
da saúde;
- Náusea intermitente;
- Prevenção: esterilização de matérias cortantes ou
agulhas, uso de descartáveis de uso único. Não - Vômitos;
existe vacina.
- fadiga; - Terapia básica é paliativa e se suporte;
- mialgia; - Hepatite crônica: Interferon alfa – 2b
durante 6 meses a 1 ano;
- mal-estar;
- Febre.
Odontologia:
Sinais e sintomas – Fase icterícia:
- Muito cuidado com infecção;
- Início da icterícia clínica;
- Identificar os potencialmente transmissores;
- Anorexia;
- História pregressa -> anamnese bem feita;
- Náusea;
- Pacientes com Icterícia deve ter o
- Vômitos;
tratamento adiado;
- Dor no quadrante superior direito;
- Avaliação laboratorial;
- Hepatomegalia;
- HBV -> Maior risco de transmissão -> vírus
- Esplenomegalia. pode sobreviver até 1 semana no sangue seco;
- HCV -> Menor risco;
Sinais e sintomas – Fase de convalescença ou - Exposição ocupacional a sangue ou fluido
recuperação / pós-icterícia: sanguíneo infectados;
- Sintomas desaparecem, mas a hepatomegalia - Transmissão ela saliva é improvável (é
e os valores anormais da função é prática necessário a inoculação permucosa ou
podem persistir; percutânea). -> Mordida ou saliva em ferida
aberta possui chances de transmissão.
- A recuperação ocorre aproximadamente 4
após a fase de icterícia; - Imunização ativa;
- Hepatite ativa: tratamento somente de
urgência; evitar aerossóis; evitar drogas
Achados laboratoriais:
metabolizadas pelo fígado (optar pelo
- Transaminases séricas: anestésico local lidocaína – máx. 3 tub.; e
cuidado na prescrição medicamentosa); em
# Aspartato aminotransferase – AST / caso de cirurgia deve verificar TAP e TTP;
Transaminase glutâmica oxalacética – TGO - Outra opção de AL é a Articaína, que é
# Alanina aminotransferase – ALT / metabolizada no plasma.

Transaminase glutâmica pirúvica sérica –


TGP - História de hepatite: Investigar história e
# Bilirrubina sérica pedir exames de sorologia e coagulograma;

# Fosfatase alcalina - Pacientes com alto risco de infecção por


HBV e HCV: pedir exames de sorologia e
# Gama-glutamil transpeptidade (Gama GT) coagulograma;
# Lactato desidrogenase - Portadores de hepatite: consulta médica e
exames lab. Para avaliação da função
hepática;
Tratamento:
- Sinais e sintomas: adiar tratamento e
- Imunização ativa -> Vacinas; encaminhar para o médico.
- Imunização Passiva pós exposição:
Imunoglobulinas (geralmente A e B);
- Sangramento excessivo: síntese normal dos
fatores de coagulação do sangue;
polimerização anormal da fibrina; estabilização
anormal da fibrina; excessa fibrinólise;
trombocitopenia associada à esplenomegalia
que acompanha a doença hepática crônica.

HEPATITE NÃO VIRAL / DOENÇA HEP.


ALCOÓLICA:
- Hálito “azedo”;
- Tendência a sangramento;
- Metabolismo Imprevisível De Determinados
Medicamentos;
- Dificuldade com anestesia local -> caprichar
na técnica e cuidado para não aplicar uma
quantidade excessiva;
- Risco ou disseminação de infecção;

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