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SÍNDROMES ICTÉRICAS → (Bilirrubina Total Normal até 1,2mg/dl)- Clinica aparece quando Bilirrubina > 2,5 - 3mg/dl.

↑ da BILIRRUBINA INDIRETA (Normal até 0,9mg/dl) ↑ da BILIRRUBINA DIRETA (Normal até 0,3mg/dl)
CAUSAS: CAUSAS:
1) HEMÓLISE (superprodução de BI) * ↑ da BD ISOLADA → Distúrbios do metabolismo da Bilirrubina
2) ↓ da CAPTAÇÃO da BI pelo Fígado → (Sx. de Dubin-Johnson e Rotor)
*Medicamentos (Rifampicina, Probenecida)
*Jejum prolongado * ↑ da BD + Testes Hepáticos alterados
* ICC, Shunt Portossistêmico → ↑ TGP/TGO > 300 = LESÃO HEPATOCELULAR
3) ↓ da CONJUGAÇÃO da BI pelo Fígado → → ↑ FA > 4x do seu valor normal e GGT (5-nucleotidase)=
*Distúrbios do Metabolismo da Bilirrubina Sx. COLESTÁTICA
(Sx. de Gilbert e Crigler-Najjar)
*Imaturidade no Sistema de Conjugação (recém-nascidos)

↑ da BILIRRUBINA DIRETA

LESÃO HEPATOCELULAR

1- HEPATITES VIRAIS
- ↑ BD
- Transminases > 1.000: > 10 x do valor normal (TGP > TGO).
OBS: TGP (ALT) é mais especifica do Fígado e já a TGO (AST) pode ser encontrada no Miocárdio, Músculo e Cérebro.
- Padrão-Histopatológico (Biopsia): padrão PERIPORTAL com infiltração MONONUCLEAR de Linfócitos.
- FASE PRODRÔMICA (dura dias.. de 2 a 7 dias): Febre, Mal estar, Mialgias, Artralgias, Náuseas, Vômitos.
- FASE ICTÉRICA (dura semanas.. de 2 a 6 semanas): ↓ dos Sintomas Inespecíficos e ↑ da Icterícia
OBS: A Icterícia está presente em apenas 30% dos casos; Colúria, Acolia fecal; Dor em HD.
- FASE DE CONVALESCÊNCIA (dura de 2 a 12 semanas): Regressão clinica laboratorial.
- Sinal de mau prognóstico na Hepatite Viral Aguda é o ALARGAMENTO do TEMPO de PROTROMBINA.

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HEPATITE A HEPATITE B
- vírus RNA - é o único que é vírus DNA
- período de incubação: 4 semanas (5 a 45 dias) - período de incubação: 8 a 12 semanas (30 dias a 6 meses)
- transmissão: FECAL-ORAL - transmissão: SEXUAL, perinatal (vertical) e percutânea
- epidemiologia: baixo nível socioeconômico; - epidemiologia: alta endemecidade na região Amazônica;
No BRASIL mais de 90% dos Adultos já tiveram Hepatite A O VÍRUS B ESTÁ MAIS ASSOCIADO AO CÂNCER!!
em algum momento da vida (anti-HVA IgG+) - manifestações clinicas: 70% dos pacientes não desenvolvem a fase ictérica.
- idade: 5 - 14 anos - manifestações Extra-Hepáticas:
- manifestação clinica: > parte são Assintomáticos; * Poliarterite Nodosa (PAN)
Na maioria simula uma gripe, os sintomas são mais leves * Glomerulonefrite Membranosa
em crianças do que em adultos. Geralmente subclínica em * Doença de Gianotti-Crosti
lactantes. - DIAGNÓSTICO: marcadores sorológicos
OBS: tem relação com Sx. COLESTÁTICA *HBS Ag (+) 1ª marcador que aparece, ainda no período de incubação, antes dos
- DIAGNÓSTICO: anti-HVA IgM sintomas→ significa que o paciente TEM o VÍRUS.
- período de contagio: *Anti-HBC (+) → significa CONTATO com o Vírus, já teve Hepatite B ou ainda tem?
2 semanas antes, até 1 a 2 semanas do inicio da Icterícia - IgM: Agudo- aparece junto com os sintomas e com o ↑ das Transaminases.
- NUNCA SE CRONIFICA!! - IgG: Crônica ou Curada.
- prognóstico: excelente e não deixa sequelas *Anti-HBC (-): NUNCA teve contato com o Vírus.
- prevenção: OBS: o MS utiliza o marcador Anti-HBC total como teste de triagem.
*isolamento dos pcts: de 7 a 15 dias após o surgimento da *Anti- HBS→ Aparece na fase de Convalescência quando ocorre queda das
Icterícia. transaminases, e negativação do HBS Ag. Indica se já curou ou não??
*lavar as mãos antes de preparar alimentos e troca de Anti-HBS (+) isolado→ Vacina
fraldas. Anti-HBS (+) e Anti-HBC IgG (+) → Cura
- profiláxia: OBS:
*PRÉ-EXPOSIÇÃO: HBS Ag (+) x mais de 6 meses/Anti-HBS (-) e ↑↑↑ de Transminases é =
< 1 ano: Imunoglobulina (Ig) HEPATITE CRÔNICA.
> 1 ano Imunocompetente: Vacina (2 doses) HBS Ag (+) e Anti-HBS (+) = erro de laboratório ou por escape.
> 1 ano Imunocomprometido: Vacina + Ig *HBeAg (+)→ significa que o Vírus esta na fase de REPLICAÇÃO VIRAL.
OBS: - método mais sensível: HBV-DNA
O MS só disponibiliza vacina apenas p/ grupos especiais. - padrão histopatológico da biopsia: inclusões em vidro-fosco
*PÓS- EXPOSIÇÃO: Ig até 14 dias após inicio dos sintomas (esses depósitos só são encontrados na forma crônica).
para < 1 ano, Imunodeprimidos ou portadores de Doenças - complicações:
Crônicas. *Hepatite FULMINANTE: ocorre com Anti-HBC IgM altíssimo e precoce.
*Hepatite CRÔNICA: 90% dos RN se Cronifica; 1 a 5% se Cronifica em ADULTO.

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- tratamento:
HEPATITE E * a Hepatite B Aguda não se trata, somente em casos muito grave, tratar com
É igual Hepatite A, a única diferença é que quando ocorre Lamivudina (100 mg/dia)
em GESTANTES tem risco de 20% de evoluir para HEPATITE * dieta hipercalórica rica em carboidrato (por isso que é bom comer suspiro!!)
FULMINANTE. * suspensão da ingestão de álcool por no mínimo 6 meses
OBS: 90% dos Adultos se cura!!
HEPATITE C
- vírus RNA - transmissão vertical (perinatal) de mães HBsAg (+):
- período de incubação: 7 semanas (15 a 160 dias) * a chance de Transmissão Vertical depende do HBeAg, ou seja, mãe HBeAg (+)
- transmissão: DROGAS INJETÁVEIS e TRANSFUSÃO tem 90% de chance de passar vírus para seu filho; e mãe HBeAg (-) de 10 a 15%.
- É a Hepatite que mais se CRONIFICA (80 a 90%) *profiláxia: - Imunoglobulina + Vacina até 12hrs pós-parto no RN em 2 sítios ≠
- mais associada à CIRROSE (20 a 50%) - não há indicação da via de parto: indicação obstétrica
- manifestações clinicas: 80% dos casos da Hepatite C - aleitamento materno NÃO está contraindicado!!
Aguda são Assintomáticas; e sendo os Assintomáticos os - profilaxia PRÉ-EXPOSIÇÃO:
que mais tem chance de se Cronificar. * Vacina (3 doses 0-1-6), indicação:
*a Icterícia é rara - RN ou < 20 anos
*o sintoma mais comum é a Fadiga - comunicante sexual
- associação com anti-LKM1, que normalmente é - profissional da saúde, do sexo, caminhoneiro; manicure, podólogos, militares,
encontrado na Hepatite Autoimune. indígenas
- manifestações Extra-Hepáticas: - gestante a partir do 1ª T
* CRIOGLOBULINEMIA - vírus C +; HIV +
- DIAGNÓSTICO: Sorologia anti-HCV (+) + - portadores de doença crônica ; doadores de órgãos
HCV RNA (PCR) teste qualitativo * Esquemas especiais com 4 doses (0-1-2-6):
- complicações: - prematuros; < 2 kg; imunodeprimidos; renais crônicos.
* Hepatite CRÔNICA (80 - 90%) OBS: se der Anti-HBS (-) após 3 doses da vacina, se deve refazer o esquema vacinal,
* Crioglobulinemia e se continuar dando Anti-HBS (-), deve ser considerado não respondedores e
- tratamento: suscetíveis em caso de exposição.
É a única forma de Hepatite Aguda que se trata - profilaxia PÓS-EXPOSIÇÃO:
especificamente. * Imunoglobulina + Vacina até 14 dias: está indicado p/ os NÃO Vacinados:
- tem que fazer Biopsia Hepática para iniciar o Tto Mãe HBsAg (+); comunicante sexual de casos agudos; vitima de abuso sexual;
- 2 esquemas de Tto: vitima de acidente com material biológico (+).
IFN convencional isolado por 6 meses Ou E para os previamente Vacinados está indicado Imunoglobulina para os
IFN em doses mais baixas + Ribavirina por 6 meses Imunodeprimidos após exposição de risco.

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*contraindicação ao Tto: HEPATITE D
Sinais de Insuf. Hepática, pq a Ribavirina causa Hemólise. - É um vírus RNA incompleto formado pelo Antígeno S do vírus B.
- Avaliar a resposta ao Tto: HCV-RNA irá se negativar. * COINFECÇÃO HBV-HDV: Hepatite B e D AGUDA. NÃO ↑ risco de Cronificar.
- prevenção: * SUPERINFECÇÃO HBV-HDV: Hepatite B CRONICA + Hepatite D.
NÃO há Vacina ou Imunoglobulina Aumenta o risco de 20% de Hepatite Fulminante e Risco de Cirrose.
- medidas gerais de proteção: OBS: a SUPERINFECÇÃO tem pior prognóstico que a Coinfecção.
usar seringas e agulhas descartáveis. - DIAGNÓSTICO: anti-HDV (+) + HBsAg (+)
- NÃO existem MEDIDAS PROFILÁTICAS para Transmissão OBS: só há Hepatite D se o HBsAg for positivo!!
Vertical do vírus C e nem RASTREIO PRÉ- NATAL. OBS: alguns casos de Hepatite D são anti-LKM3 positivos.

2- HEPATITE ALCOÓLICA

HEPATITE ALCOÓLICA FATORES DE RISCO CLINICA LABORATÓRIO TRATAMENTO


LESÃO PELO ÁLCOOL: - Sexo ♀ BEBEDOR CRÔNICO ↑ das Transaminases - Abstinência Alcoólica
* Esteatose: 90 - 100% - Hepatite C Crônica- + (TGOooo 2 x > TGP) em tratar a Sx. de Abstinência
* Hepatite Alcoólica: polimorfismo genético - Icterícia (↑ BD), Febre, geral < 400 com Benzodiazepínicos
10-20% - Obesos Dor Abdominal, Anorexia - Reposição de Líquidos
* Cirrose: 1 - 6% - Quantidade e Duração da BIOPSIA: - Reposição de Vitaminas
ingestão alcoólica O álcool leva ao - padrão histopatológico: - Corticoides: Prednisona
OBS: a mortalidade da *40 - 80g/dia p/ ♂ Remodelamento Hepático, Necrose- lesão (32mg/dia x 4 semanas)
Hepatite Alcoólica em 6 *20 - 40g/dia p/ ♀ e Lipogênese (formação de CENTROLOBULAR - Terapia Nutricional
meses é de 40%. depósitos de gordura). - Corpúsculos de Mallory - Encaminhar a programas
OBS: menos de 1/3 dos - Leucocitose Antialcoolismo
Etilistas desenvolvem OBS: as Mulheres OBS: as Lesões Hepáticas NEUTROFÍLICA OBS: não são candidatos
Hepatite Alcoólica. apresentam mais da Hepatite Alcoólica são imediatos a transplantes
susceptibilidade à Lesão REVERSÍVEIS. OBS: a dosagem de GGT é *Critério p/ indicação de
O termo Hepatite Hepática Alcoólica quando usada como teste de Tto com Corticoide é a FD
Alcoólica é usado para comparadas ao Homem. triagem para monitorizar (função discriminativa,
descrever as a abstinência alcoólica, com resultado sendo >
manifestações clinicas pois ela pode ser usada que 32); exceção pct com
Agudas da Doença como indicador sensível Encefalopatia, o Corticoide
Hepática Alcoólica. do abuso de bebidas está indicado FD < 32.
alcoólicas.

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3- HEPATITE MEDICAMENTOSA

HEPATITE MEDICAMENTOSA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO CASOS ESPECIAIS


PRINCIPAIS TIPOS DE LESÕES: - exposição ao Medicamento - suspensão do medicamento e * PARACETAMOL
1- Hepatocelular tratamento sintomático. Sua relação com a Hepatite é
Paracetamol (Acetaminofeno), - ↑ TGO/ TGP/ FA e GGT dose-dependente, são
Halotano, Isoniazida, Fenitoína, necessários de 10 a 15g/dia para
AINES. - melhora do quadro clinico após OBS: gerar sintomas (dose máxima
2- Colestática: suspensão da droga O Paracetamol causa lesão de recomendada é 4g/dia).
ACO, Eritromicina, maneira previsível e dependente Ocorre ↑ das Aminotransferases
Amoxilina/Clavulanato, da dose (dose- dependente). podendo chegar a 30.000.
Rifampicina.
3- indução de Esteatose: O Tto é feito com lavagem
Amiodarona, Tetraciclina, gástrica e N-acetilcisteína nas
Zidovudina. primeiras 24/36hrs.

4- HEPATITE ISQUÊMICA E CONGESTIVA

HEPATITE ISQUÊMICA HEPATITE CONGESTIVA


*Fisiopatologia: Necrose tecidual Hepática por ↓ do aporte sanguíneo, *Fisiopatologia: Congestão Venosa Sistêmica, principalmente de
ocorre em casos de Instabilidade Hemodinâmica (Choque). origem Cardíaca.
*Diagnóstico: pct Grave + ↑ transitório de Aminotransferases e ↑ LDH. *Clínica: Turgência Jugular, Edema MMII, Hepatomegalia, Pulso
*Padrão-Histopatológico: Necrose Centrolobular. Hepático, Refluxo Hepatojugular, Ascite e Icterícia.
*Tratamento: recuperar o mais rápido os parâmetros hemodinâmicos. *Patologia: Fígado em “NOZ-MOSCADA” e Necrose Hemorrágica
Centrolobular.

5- HEPATITE FULMINANTE- INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA.

HEPATITE FULMINANTE ETIOLOGIA QUADRO CLINICO LABORATÓRIO TRATAMENTO


É a instalação de sinais e *EUA e Reino Unido: Quadro de Hepatite Aguda * Alargamento do Tempo - o Pct deve ir para UTI e o
sintomas de Insuficiência intoxicação por Clássica que evolui de Protrombina e Fator V centro de transplante
Hepática Grave, com Paracetamol subitamente para para níveis < 50% do deve ser contactado.
INR ≥ 1,5 Encefalopatia, normal - o Transplante é a única

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e algum grau de *demais regiões: Edema Cerebral com * INR > 1,5 esperança de vida, porem
Encefalopatia, em um pct Vírus da Hepatite B Hipertensão Intracraniana, * Bilirrubina > 18 20% dos casos há uma
sem Doença Hepática (risco de 1% de causar HF) Coagulopatia com * Queda abrupta das recuperação espontânea
prévia, no período de até e superinfecção B+D Hemorragia, Transaminases sem deixar sequelas.
8 SEMANAS do inicio dos *Vírus Hepatite A: Sx. Hepatorrenal (Oligúria * Elevação da Amônia - Terapia de Suporte com
sintomas. risco de 0,3% de causar HF não responsiva a volume; (NH3) sérica controle da PIC; tratar a
*Doença de Wilson elevação da Creatinina * Hipoglicemia Encefalopatia Hepática
*Esteatose Hepática da sem aumento da Ureia e * Azotemia com Lactulose,
Gravidez Sódio Urinário baixo). Metronidazol, Flumazenil;
Diálise; reposição Glicemia
- mais frequente em (manter glicemia
usuários de drogas > 65 mg/dl); reposição de
endovenosas, idosos e Plasma Fresco.
hepatopatias. QUANDO INDICAR
TRANSPLANTE HEPÁTICO?
* Pct em uso de
PARACETAMOL:
- PH < 7,3
- INR > 6,5
- Creatinina > 3,4
* Pct que NÃO usa
PARACETAMOL:
INR > 6,5 ou
3 dos critérios abaixo:
- idade < 10 ou > 40
- etiologia: Hepatites
- INR > 3,5
- Bilirrubina > 17,6
- instalação de
Encefalopatia > 7 dias após
inicio da ICTERÍCIA.

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Sx. COLESTÁTICA

COLELITÍASE FATORES DE RISCO CLÍNICA TRATAMENTO COMPLICAÇÕES


Presença de cálculo na - Idade Avançada (+++++) - maior parte são TTO P/ COLELITÍASE As principais complicações
Vesícula Biliar. - Sexo Feminino Assintomáticos (85%), os ASSINTOMÁTICA: são decorrentes da
TIPOS DE CÁLCULOS - Gravidez sintomas aparecem em CONSERVADOR. migração do cálculo para o
1- de Colesterol (80%) são - ACO (o estrogênio ↑ a 1/3 dos casos. Ducto Cístico ou Colédoco.
radiotransparentes (não excreção de colesterol) - DOR BILIAR súbita de INDICAÇÃO p/ QX:
aparecem no RX), pois não - Obesidade moderada a forte Colelitíase SINTOMÁTICA- *migração p/ o Ducto
contém Cálcio em sua - Nutrição PARENTERAL intensidade que dura até COLECISTECTOMIA Cístico:
formação. São cálculos - Perda Ponderal Rápida (< 6HRS); do tipo aperto, LAPAROSCÓPICA. - Colecistite Aguda
ricos em Colesterol e (Cirurg. Bariátrica- Capella) localizada no HD ou - Hidropsia de Vesícula
pobres em Sais Biliares. - Dieta Gordurosa Epigástrio, que irradia p/ REGRA de EXCEÇÃO p/ - Sx. de Mirizzi
2- Pigmentados Pretos - Doença de Crohn com ESCÁPULA ou OMBRO OPERAR Colelitíase
(15 - 20%)- cálculos de ressecção do Íleo Terminal DIREITO, geralmente ASSINTOMÁTICA: *migração para o
Bilirrubinato de Cálcio, (leva a ↓ da absorção de precipitada por - Vesícula em Porcelana Colédoco:
são radiopacos, sais biliares e intensa alimentação gordurosa. - Pólipo de Alto Risco - Coledocolitíase
PEQUENOS e MÚLTIPLOS, diarréia secretora- se trata (idade > 60 anos, > 1cm, - Colangite
sua formação ocorre por com Colestiramina) OBS: crescimento documentado - Pancreatite Biliar
hemólise crônica e ↑ da - Hipomotilidade da A Dor não dura + do que pela USG seriada)→
bilirrubina indireta que se Vesícula 6hrs, pq ocorre uma Colecistectomia ABERTA.
liga ao cálcio que serão - Hemólise Crônica obstrução transitória do - Cálculo > 3cm OBS:
formados na Vesícula Biliar (Anemia Falciforme, Ducto Cístico pelo cálculo. - Vesícula com Anomalia A prevalência de Cálculo
3- Pigmentados Castanhos Esferocitose, Talassemias) Neste momento ocorre Congênita Biliar na população Adulta
(< 5%)- são os únicos - Cirrose Hepática uma contração vigorosa da é de 10 a 20%.
cálculos formados FORA - Fibrose Cística musculatura da Vesícula p
da Vesícula, são formados - Estase Biliar tentar expulsar o calculo. TERAPIA
no interior dos ductos. - Doença de Caroli - NÁUSEAS, VÔMITOS MEDICAMENTOSA:
São cálculos de tamanho (múltiplos cistos intra- - PLENITUDE - Ácido Ursodesoxicólico,
GRANDE e bastante hepáticos) PÓS-PRANDIAL indicado para:
FRIÁVEL, são formados - Colangite Bacteriana * cálculos de Colesterol
dependendo da bile estar Crônica + Parasitose DIAGNÓSTICO: * < 1cm
infectada por bactérias. - Drogas: CEFTRIAXONE, PADRÃO-OURO: * c/ Vesícula funcionante
Octreotide. USG abdominal

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COLECISTITE AGUDA CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COMPLICAÇÕES
Inflamação Ag. da Vesícula *1ª INICIAL: Colecistite Aguda é a causa 10 a 20% dos pct evoluem
Biliar, causada por um USG Abdominal clássica de abdome com GRAVES complicações
cálculo impactado no - Espessamento da Parede AGUDO CIRURGICO!! 1)EMPIEMA de VESÍCULA
Ducto Cístico. da Vesícula > 4mm Deve ser operado
A Vesícula cheia de bile, - Distensão da Vesícula *TTO INCIAL: precocemente pelo risco
cálculos e com um deles - Cálculo Impactado - ATB venoso (Cefalo 3ª G de Sepse Abdominal
encravado no Cístico, - Sinal de Murphy + Metronidazol) 2)GANGRENA +
levará a um efeito Ultrassonográfico - Hidratação Venosa PERFURAÇÃO- leva a:
irritativo dos cálculos (pelo toque do transdutor) - Analgésico - Abscesso Sub-Hepático
fazendo com que libere (evitar Morfina- usar - Peritonite Generalizada
uma enzima (fosfolipase *Exame MAIS Indicado: AINES, Meperidina) - Fístula Colecisto-Entérica
A) que irá converter a USG abdominal - Dieta “0” 3)COLECISTITE
Lectina da bile em PADRÃO- OURO: ENFISEMATOSA
Lisolecitina, que é um CINTILOGRAFIA *TTO DEFINITIVO: Forma GRAVE de
potente irritante químico. COLECISTECTOMIA Colecistite Aguda, é +
Está substância é o grande Sx. de MIRIZZI VIDEOLAPAROSCÓPICA comum em DIABÉTICOS
vilão da Colecistite Aguda. Obstrução Extrínseca do Sempre INDICADA!! IDOSOS. Causada pelo
Ducto Hepático Comum - momento ideal: Clostridium Welchii
QUAL MECANISMO DA por um cálculo 24 a 72hrs do inicio dos (bactéria anaeróbia
INFLAMAÇÃO?? impactado no Cístico. sintomas. produtora de gás)
TIPOS:
*Químico: I: sem fístula COLECISTITE ACALCULOSA
irritação química pela II: com fístula biliobiliar OBS: ou ALITIÁSICA
Lisolecitina. OBS: Se tiver sinais e sintomas *mais comum em pcts
a Vesícula NÃO é de Coledocolitíase criticamente enfermos,
*Bacteriano (tardio): Palpável e HÁ Dilatação associados, durante a como doentes internados
após 2 - 3 dias pode haver da Árvore Biliar até o Cirúrgia se deve fazer em terapia intensiva e
proliferação Bacteriana Cístico. Colangiografia grandes queimados.
- Enterobactérias (68%) CLINICA: Colecistite que concomitantemente. FISIOPATOLOGIA
E. COLI e KLEBSIELLA faz ICTERÍCIA, Colúria, Hipomobilidade da
- Enterococcus (14%) Hipocólia. Vesícula, que leva a uma
- Anaeróbios (10%) DX: US e CPER estase de bile, que é
TTO: sempre Cirúrgico. seguida de absorção de

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Quando optar pela seu conteúdo hídrico,
Cirúrgia ABERTA?? formando bile mais
- Idade Avançada espessa- lama biliar que
- Sexo Masculino pode obstruir seu trato de
- ASA ↑ saída.
- Obesidade *costuma ter
- Parede > 4mm comportamento mais
fulminante que a forma
OBS: calculosa e progride mais
Quando o paciente não é rapidamente para
operado dentro de 3 dias complicações.
do inicio dos sintomas, ele TRATAMENTO
deve ser tratado com ATB Colecistectomia ABERTA
e realizar Cirúrgia ELETIVA de URGÊNCIA, se o pct
dentro de 6 a 10 dias. tiver instável clinica//e são
candidatos inicialmente a
Colecistectomia
Percutânea guiada por
USG ou TC.

COLEDOCOLITÍASE CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Presença de 1 ou + cálculos no - ICTERÍCIA FLUTUANTE *Exame INICIAL: Sempre será tratada dê
Colédoco, provocando obstrução (intermitente) USG Abdominal preferência com a retirada dos
parcial ou completa do fluxo biliar - COLÚRIA - HÁ DILATAÇÃO da Árvore Biliar cálculos.
(Colestase). - pode ocorrer DOR Intra e Extra-Hepática, Colédoco 1) ENDOSCÓPICA
- Vesícula NÃO palpável > 5 - 8mm (normal até 6mm). Papilotomia Endoscópica ou
ETIOLOGIA Esfinterectomia Endoscópica:
De onde vem o cálculo?? COMPLICAÇÕES do TTO: *PADRÃO-OURO: *método de escolha p/ tratar
1) Coledocolitíase Residual CPRE Coledocolitíase que descobriu
*90% Coledocolitíase Secundária 5% dos casos, cálculo na Via Biliar - Diagnóstica e também pode ser ANTES da Colecistectomia.
(cálculos que migram da Vesícula, até 2 anos após Colecistectomia, Terapêutica. *método de escolha p/ tratar
80% de Colesterol e 20% leva a ICTERÍCIA FLUTUANTE. Suas principais Complicações são: Coledocolitíase RESIDUAL.
Pigmentados). Tto: Papilotomia Endoscópica. Colangite e Pancreatite. A taxa de sucesso da extração dos

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*10% Coledocolitíase Primária 2) Estenose Cicatricial OBS: cálculos é de 90%!!
(o cálculo é formado no próprio Ocorre por lesão iatrogênica das NÃO é realizada em todos os pcts, - Complicação + freq: Hemorragia.
Colédoco- são cálculos Vias Biliares, se manifesta nos apenas nos de alto risco para 2) EXPLORAÇÃO CIRÚRGICA do
pigmentados castanhos e vem primeiros meses do P.O. Coledocolitíase. COLÉDOCO
associados à Estase Biliar e Provoca sintomas como: Icterícia *método de escolha p/
Infecção). continua e progressiva. Se não LABORATÓRIO: Coledocolitíase que se descobre
tratar leva a Cirrose Biliar - BILIRRUBINA DIRETA > 1,5 durante a Colecistectomia.
Secundária e Colangite. - FA > 150 3) DERIVAÇÃO BILIODIGESTIVA
CLASSIFICAÇÃO Tto: CPER c/ colocação de Stent. - TRANSAMINASE > 100 Coledocoduodenostomia ou
*cálculos RESIDUAIS Coledocojejunostomia em
Identificados nos 2 primeiros anos Y de Roux:
após Colecistectomia. Método de escolha para:
*cálculos RECORRENTES *Colédoco muito Dilatado
Identificados 2 anos após (> 1,2cm ou 12mm)
Colecistectomia. *Múltiplos Cálculos (+ 6);
Lama Biliar; Cálculo Gigante
*Cálculos Intra-Hepáticos
*Coledocolitíase 1ª (Cálculo 1ª)
*Divertículo Duodenal

COLANGITE BACTERIANA PATOGENIA CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


Obstrução do fluxo de bile Estase Biliar + presença de TRÍADE DE CHARCOT - Clínico - Triade de Charcot
seguido de Infecção Aguda Cálculos. (50 - 75% dos pacientes) - EXAME INICIAL ATB venoso +
das Vias Biliares por * ICTERÍCIA USG Abdominal- Descompressão ELETIVA
Bactérias Piogênicas: 2 FORMAS: * FEBRE ALTA (39/40°) e HÁ DILATAÇÃO da Árvore (CPRE c/ Papilotomia; se a
1) NÃO SUPURATIVA CALAFRIOS Biliar Intra e Obstrução for alta fazer
*E.COLI- Enterobactéria + comum 80% dos casos * DOR BILIAR Extra-Hepática. Colangiografia Trans-
(principal) 2) SUPURATIVA - PADRÃO-OURO Hepática Percutânea)
*KLEBSIELLA ou Séptica (pus na Via PENTADA DE REYNOLDS: CPRE- confirma o Diag. e a - Pentada de Reynolds
*ENTEROCOCCUS Biliar) ocorre em 20% dos * TRÍADE DE CHARCOT + Terapêutica. ATB venoso +
*ANAERÓBIOS casos, necessita * HIPOTENSÃO LABORATÓRIO: Descompressão
procedimento.. * CONFUSÃO MENTAL *Leucocitose > 15.000 URGÊNCIA (via de
Drenagem de Urgência!! *↑ BD; FA e Transaminases preferência é Endoscópica)

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NEOPLASIAS DO SISTEMA BILIAR E PERIAMPULARES

CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR FATORES DE RISCO CLINICA E DIAGNÓSTICO TRATAMENTO


*Tipo Histológico + comum: - COLELITIASE (90%) - ASSINTOMÁTICO até estágios Maioria iressecável ao
ADENOCARCINOMA - Vesícula em Porcelana avançados Diagnóstico, Tto paliativo.
- é o CA + comum da Via Biliar - Sintoma + comum:
- mais comum no sexo Feminino OBS: pcts com Colelitíase, o risco Dor Biliar episódica
- Prognóstico muito ruim de fazer CA de Vesícula é de EXAME DE ESCOLHA: USG
(sobrevida 1 - 3 meses) apenas 0,5% ou 1,5% em IDOSOS No momento do Diagnóstico 40%
em 20 anos. já tem Metástase.

PÓLIPO DA VESÍCULA BILIAR QUANDO INDICAR COLECISTECTOMIA??


- cerca de 5% dos Adultos apresentam pelo menos um Pólipo na USG - nos casos Sintomáticos
- os Pólipos de Vesícula MAIS COMUNS são os Pólipos de COLESTEROL, - casos Assintomáticos com risco de Malignidade: 1) associado a
que geralmente são < 1cm, Múltiplos e tem aspecto Pediculado. Colelitíase; 2) idade > 60 anos; 3) > 1cm; 4) crescimento visto USG
seriada→ OBS: qdo houver suspeita de Malignidade (Carcinoma) fazer
SEMPRE Colecistectomia ABERTA (Laparoscópica).

COLANGIOCARCINOMA FATORES DE RISCO CLÍNICA DIAGNÓSTICO COMPLICAÇÃO


Tipo Histológico + comum: - Idade Avançada ICTERÍCIA PROGRESSIVA E EXAME INICIAL - Colangite Bacteriana
ADENOCARCINOMA (50 - 70 anos) INDOLOR USG e TC de Abdome
Tipo + importante: - Colangite Esclerosante 1ª - Emagrecimento PROGNÓSTICO
TUMOR DE KLATSKIN - Cistos Congênitos - Prurido LEI de Courvoisier-Terrier *IRRESSECÁVEL:
(Perihilar, na confluência - Hepatite B e C - Colúria e Hipocólia *Vesícula reduzida, SEM 5 a 8 meses
dos Ductos Hepáticos) - Vesícula MURCHA Bile: Colangiocarcinoma
- Tipo I: acomete só *predomínio no sexo ♂ OBS: TUMOR de KLATSKIN proximal (Tu de Klatskin) *RESSECÁVEL:
Hepático Comum NÃO distende a Vesícula; *Vesícula Distendida e 10 - 40% sobrevida de
- Tipo II: acomete causa dilatação apenas Palpável: Tu Periampular 5 anos.
Bifurcação das Vias Biliares intra- (cabeça do Pâncreas,
- Tipo III: invade Hepático hepáticas. A Vesícula e as ampola de Vater ou
D ou E vias extra-hepáticas ficam Colangiocarcinoma do
- Tipo IV: Hepático D + E. MURCHAS. Colédoco).

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CARCINOMA da CABEÇA FATORES DE RISCO CLINICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO
do PÂNCREAS
* Tumor PERIAMPULAR - Idade Avançada - ICTERÍCIA CONTÍNUA MARCADOR TUMORAL *SEM METÁSTASE ou
+ COMUM (85% dos casos) - Sexo ♂ PROGRESSIVA INDOLOR CA 19.9 INVASÃO
- Raça Negra - EMAGRECIMENTO OBS: CIRÚRGIA de WIPPLE
* Tipo Histológico + - Tabagismo (sintoma + comum) O CA 19.9 pode se elevar Pancreatoduodenectomia
Comum: - Pancreatite Crônica - DOR (pode ser em barra) em condições benignas e com Gastrectomia distal
ADENOCARCINOMA - História Familiar de CA - VESÍCULA PALPÁVEL, malignas das Vias Biliares - retirar a Vesícula.
DUCTAL (80 - 90%) Pancreático DISTENDIDA e INDOLOR, e Pancreáticas.
Sinal de COURVOISIER (+) *COM METÁSTASE:
OBS: → mau sinal!! EXAME INICIAL: - Endoprótese e Derivação
Paciente com imagem - Colúria, Hipocólia, USG Biliodigestiva para
altamente sugestiva e Prurido intenso melhorar a Icterícia.
doença potencialmente - Sinal de TROUSSEAU PADRÃO-OURO:
ressecável pode ir direto Tromboflebite Migratória TC helicoidal - Gastroenteroanastomose
para Cirúrgia sem Biopsia. para melhorar a Obstrução
Intestinal.
OBS:
A Colangite é a
complicação mais temida!!

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DOENÇAS AUTOIMUNES DAS VIAS BILIARES

CIRROSE BILIAR PRIMÁRIA COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA


- NATUREZA: Autoimune Idiopática - NATUREZA: Autoimune Idiopática
- LOCALIZAÇÃO: ataca as PEQUENAS Vias Biliares - LOCALIZAÇÃO: Ductos Biliares Intra e Extra-Hepáticos,
(Ductos Biliares dos espaços Porta Hepáticos) ataca as GRANDES Vias Biliares
- mais comum em ♀ de meia idade (principal// a Bifurcação do Ducto Hepático Comum)
- CLÍNICA: - mais comum em ♂ (35 - 50 anos)
* COLESTASE SEM OBSTRUÇÃO com USG normal; - CLÍNICA:
* 1ª sintomas são PRURIDO e Fadiga, depois de vários anos tem a Se manifesta c/ COLESTASE COM OBSTRUÇÃO, Icterícia Obstrutiva;
Tríade: PRURIDO + ICTERÍCIA + HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEA e Colúria, Hipocólia; Prurido; Febre baixa
XANTELASMAS nas Pálpebras. - Sintomas são Intermitentes ou Flutuantes
- DOENÇAS ASSOCIADAS: * Artrite Reumatoide - LABORATÓRIO: ↑ FA e GGT e discreta elevação das Transaminases.
* Sx. de Sjogren (75%) - MARCADOR SOROLÓGICO: p-ANCA (+) (em cerca de 30 - 80%)
* Sx. de CREST - DIAGNÓSTICO: PADRÃO-OURO- Colangiografia Endoscópica (CPRE)-
* Tireoidite de Hashimoto padrão de CONTAS DE ROSÁRIO (Estenose + Dilatação da Árvore Biliar).
- LABORATÓRIO: * ↑ Crônico da FA e GGT sem outra explicação - DOENÇA ASSOCIADA: Retocolite Ulcerativa - RCU (70% dos casos)
- DIAGNÓSTICO: * Anticorpo Antimitocôndria (+) (método ELISA) - TRATAMENTO: Definitivo é o Transplante Hepático.
OBS: A Biopsia Hepática sempre está INDICADA!! - COMPLICAÇÕES: 1) Cirrose biliar SECUNDÁRIA
- TRATAMENTO: Ácido Ursodesoxicólico (UDCA) 2) Colangiocarcinoma
Naltrexone (Anti-Histamínico p/ o Prurido) 3) Sx. Desabsortiva pela Colestase
Transplante Hepático é o Tto DEFINITIVO!!
PACIENTE COM COLESTASE + RETOCOLITE ULCERATIVA→
MULHER DE MEIA IDADE ASSINTOMÁTICA, COM AUMENTO CRÔNICO pensar em COLANGITE ESCLEROSANTE!!
DA FOSFATASA ALCALINA SEM OUTRA EXPLICAÇÃO!!

O que é doença de CAROLI?? Cisto de Colédoco Congênito.

PARASITAS COMUNS DAS VIAS HEPÁTICAS * Clonorquíase: ingerido pelo Homem após consumo de peixe e moluscos malcozidos. Comum
na China e Coreia.

* Fasciolíase: o verme atinge o Fígado pela via Transperitoneal e pode obstruir por completo a
Árvore Biliar.

* Ascaris Lumbricoides: é o Helminto mais comum do mundo. 13


DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DA BILIRRIBINA

PREDOMÍNIO DE BILIRRUBINA INDIRETA


SÍNDROME DE GILBERT SÍNDROME DE CRIGLER-NAJJAR
- Distúrbio Genético Autossômico Dominante, ocorre por Deficiência - Distúrbio HEREDITÁRIO do Metabolismo da Bilirrubina, por
PARCIAL leve da GLUCORONIL-TRANSFERASE (enzima que converte a Deficiência da GLUCORONILTRANSFERASE.
BI em BD significa que o processo de Conjugação da Bilirrubina é lento, - CLASSIFICAÇÃO: 2 TIPOS
mas ocorre). *TIPO I: - Ausência TOTAL da enzima Glucoroniltransferase
- BENIGNO - CLINICA: associada a Encefalopatia por Kernicterus, se
- mais sexo ♂ apresenta nos 3 primeiros dias do recém-nascido com
- É uma Doença Comum 7 - 9% da população Hiperbilirrubinemia Grave (BI entre 20 e 25mg/dl) e com Função
- CLINICA: Hepática normal.
Os sintomas iniciais no final da Adolescência ocorrem uma Icterícia OBS: os níveis de BD são indetectáveis no sangue.
LEVE precipitada por: Jejum prolongado, Exercício físico, Febre, OBS: quando a BI se acumula acima de 20mg/dl, ela pode ultrapassar a
Menstruação, uso de Álcool e Ácido Nicotínico. Barreira Hematoencefálica causando o Kernicterus que numa fase mais
- a maioria dos pcts são Assintomáticos e o Diag. é feito com exame de avançada pode levar a espasticidade e opistótono.
rotina que apresentara ↑ BI (em geral não ultrapassa 3mg/dl) - TTO: Fototerapia, Plasmaférese e Transplante Hepático.
- TRATAMENTO: Não é necessário; por razões estéticas usar - PROGNÓSTICO: Ruim.
Fenobarbital (é um indutor de Glucoroniltransferase) em baixas doses
e fazer Dieta Hipercalórica. *TIPO II: - Deficiência PARCIAL da enzima Glucoroniltransferase
OBS: - os níveis de BI variam de 8 a 18mg/dl e o pct pode chegar na
Estudos mostram ↓ dos casos de Câncer na população com Gilbert. vida Adulta. Os níveis de BD são detectáveis no sangue.
- TRATAMENTO: uso crônico de Fenobarbital.

PREDOMÍNIO DE BILIRRUBINA DIRETA


SÍNDROME DE DUBIN-JOHNSON SÍNDROME DE ROTOR
- Ocorre um Defeito na fase de EXCREÇÃO da Bilirrubina - Distúrbio no ARMAZENAMENTO da BD que acaba retornando ao
(ou seja, após sua Conjugação e por isso que acumula BD) sangue antes de ser excretada.
CLINICA: os pcts são ASSINTOMÁTICOS. Pode ocorrer Colúria. - DIAGNÓSTICO: laboratório Hepático NORMAL e ↑ de BD isolada.
- Níveis de BD ficam entre 2 - 5mg/dl. Drogas como ACO podem Excreção urinária de Coproporfirina Tipo I aumentada.
agravar ou desencadear o primeiro episódio. - Não precisa tratar.
- DIAGNÓSTICO: ↑ BD com Funções Hepáticas NORMAIS.
- TTO não é necessário e tem prognóstico excelente.

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BOLETIM OPERATÓRIO: LESÃO IATROGÊNICA DAS VIAS BILIARES

*Icterícia no pós-operatório imediato de uma Colecistectomia é LESÃO IATROGÊNICA da VIA BILIAR.

*HEMOBILIA: Hemorragia Digestiva Alta + Icterícia + Dor Abdominal; Pode ocorrer por Trauma Acidental ou Cirúrgico; Diagnóstico: Angiografia.

*A lesão mais clássica da Colecistectomia é confundir o Ducto Hepático com o Ducto Cístico e clampeá-lo (ligadura do Colédoco→ não ocorre
Hemorragia); isto se deve a Tração excessiva da Vesícula Biliar em direção cefálica, que pode acabar alinhando o Ducto Cístico com o Colédoco, e
assim a LIGAÇÃO INADVERTIDA DO COLÉDOCO.

*Para minimizar os riscos de Lesão Iatrogênica das Vias Biliares na Colecistectomia Videolaparoscópica, a melhor conduta é dissecar próximo a
junção infundíbulo-cística.

*Etiologia + comum que contribui para ocorrência de Lesão da Via Biliar é a Inflamação Aguda ou Crônica da Vesícula Biliar.

*O CO₂ é usado na Colecistectomia Videolaparoscópica p/ estabelecer o Pneumoperitônio a uma pressão de 15mmHg, é obrigatório o uso de
Capnografia intra-operatório.

*A principal Arritmia Cardíaca decorrente do Pneumoperitônio com CO₂ é a Bradicardia.

*Repercussões orgânicas causadas pelo Pneumoperitônio:

↑ da PVC; das Veias Femorais; da PIC ; do trabalho Cardíaco; PAM; Resistência Vascular Pulmonar.

↓ da Taxa de Filtração Glomerular, ↓ Débito Urinário; ↓ Débito Cardíaco.

*O Pneumoperitônio pode complicar com Dor no Ombro no P.O.. p/ evitar essa Dor se deve infundir lentamente o CO₂ durante a promoção do
Pneumoperitônio.

*O que é a técnica Laparoscópica de HASSON: é a utilização do Trocáter de Hasson que tem uma borda romba, evitando lesões de vísceras
durante sua introdução; Complicação + frequente em pcts que já foram submetidos a Cirurgias Abdominais no passado pela técnica de Hasson.

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