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Síndrome Ictérica
● Bilirrubina > 2,5 - 3 mg/dl
● Esclera -> Língua -> Pele
Origem da Bilirrubina
Classificação
BI
Hemólise ⚠️ Anemia + ⬆ LDH /Reticulócitos + ⬇ Haptoglobina
Hemólise
● ⬆ LDL (lactato desidrogenase) - enzima presente dentro da hemácia, quando tem hemólise é liberada
● ⬆ Reticulócito - medula produz muitas novas hemácias, produzindo formas jovens = reticulócitos
● ⬇ Haptoglobina - recicla globinas, estava livre no plasma, agora diminuída por estar sendo mais utilizada
BD
● Clínica: BD é eliminada pelo tubo digestivo. Dando coloração às fezes. BD acaba indo para circulação, vai para urina.
○ Obs: na colestase há prurido
Hepatite
● Enzimas hepáticas super aumentadas - transaminases (não classifica gravidade)
○ ALT - mais específica de fígado (no álcool falta B6 essencial para síntese de ALT-TGP)
○ AST - (álcool = TGO)
● Porém enzimas canaliculares FA e GGT levemente alt. - aumentam em casos de colestase
- Def. parcial/leve GT
Sd. de GILBERT
(do bem)
⚠️ - Bb < 4 / comum: 7-9% (homens)
- Precipita: jejum, álcool, exercício, febre
- Melhora: dieta hipercalórica, fenobarbital
BI
Sd. de Crigler-Najjar - GT deficiente (até 3 dias de vida)
(do mal) - I: Total (Bb 18-45): Kernicterus ➡ Transplante
- II: Parcial (Bb 6-25) ➡ Fenobarbital
BD Dubin-Johnson
(raro cair Problemas na excreção (benignos)
em prova) Rotor
Hepatites Virais
Transmissão Complicações
A/E: Fecal-Oral Colestase (A)
B/C/D: Parenteral Fulminante (B)
Recorrente
Duração Cronificação (B/C)
A: 4 sem Autoimune (B/C)
E: 5-6 sem
C: 7 sem
B/D: 8-12 sem
Hepatite A
● Fase de incubação: ⬆ Viremia (sangue e fezes)
● Anti-HAV IgM ➡ IgG
○ Obs: IgG não dá diagnóstico (é uma cicatriz)
● Maioria assintomática (cuidado com idosos e hepatopatas)
● Isolamento: 7-15 dias após icterícia
● Tratamento: suporte
● Profilaxia ⚠️
○ Pré (viajante, calendário) e Pós-exposição (até 2 sem)
○ > 1 ano: vacina 12-18m (MS: 1 dose = 15m)
. Obs: Vacina, em até 14 dias, idealmente em até 48 horas (2 dias) do contato
○ < 1 ano ou imunodeprimido: imunoglobulina (IG)
. Obs: se pré-exposição em 6m-1ano = preferencialmente vacina (Obs: pode ter interação de IG com tríplice
viral (12m) que criança recebeu no calendário vacinal)
Hepatite E
● Fulmina mais em gEstantes 🤰🏻 (20%)
Hepatite B
● Via mais importante: sexual
● Marcadores Sorológicos
HBsAg antígeno de superfície: indica presença física do vírus no organismo; (Macete: hbSag = Superfície)
HBeAg replicação viral: vírus ativo ou não. Representa o período de alta viremia. (Macete: hbEag = rEplicação)
HBcAg não é detectado no sangue. Faz parte da estrutura interna (core) do vírus.
Anti-HBe avalia se o processo está evoluindo p/ cura. Marca a fase não replicativa. (anti replicação)
+ Teve contato
- Nunca teve contato (ou janela imunológica)
2º Passo = Anti-HBc
IgM (+): Agudo
IgG (-): Crônico (não sei se já curou)
HBsAg + + - -
Anti-HBc IgM + - - -
Anti-HBs - - + +
→ Mutante pré-core
∙ Falha na expressão do HBeAg (consegue replicar, sem demonstrar replicação - “replica escondido”)
∙ HBeAg (-)
∙ HBsAg (+)
∙ ↑↑↑ transaminase
∙ Confirmação: carga viral ↑ HBV-DNA
∙ É uma variante mais agressiva. Tem maior risco de hepatite fulminante, cirrose, câncer
Exercícios
1. Sem vírus, sem contato, sem imunidade = suscetível.
HbsAg -
HBeAg -
Anti-HBc IgM- IgG-
Anti-HBe -
Anti-HBs -
2. Tem vírus, tem replicação, contato recente, sem imunidade = Hep. B aguda.
HbsAg +
HBeAg +
Anti-HBc IgM+ IgG-
Anti-HBe -
Anti-HBs -
3. Tem vírus, sem replicação, contato antigo, sem imunidade = Hep. B crônica não replicativa (poderia ser pré core).
HbsAg +
HBeAg -
Anti-HBc IgM- IgG+
Anti-HBe +
Anti-HBs -
5. Sem vírus, sem replicação, sem contato prévio, com imunidade = Vacinado
HbsAg -
HBeAg -
Anti-HBc IgM- IgG-
Anti-HBe -
Anti-HBs +
→ Profilaxia
● Pré-Exposição Vacinação 💉 (3 doses = 0-1-6m)
Condição Vacina
Imunodepressão
4 doses (0-1-2-6m); dose dobrada
DRC
● Criança 👶
○ Sempre vacina + IG (< 12h)
● Aleitamento 🍼
○ Permitido
Hepatite D
● Mediterrâneo/Amazônia
● Precisa do vírus B (tem que ser HBsAg +)
- Co-infecção: D e B agudas
○ Não aumenta o risco de cronificação
- Super-infecção: B crônica
○ Aumenta risco de hepatite fulminante e cirrose
Hepatite C
● O vírus C é o que mais cronifica (80-90%)
1. Anti-HCV não confirma diagnóstico. Solicitar HCV-RNA (carga viral)
- Diagnóstico de infecção ativa: Anti-HCV (+) e Carga viral HCV-RNA (+) ⚠️
2. Manifestações extra hepáticas
- Crioglobulinemia
- Glomerulonefrite mesangiocapilar
- Líquen plano
- Porfiria
- Anti-LKM 1 (agressão autoimune ao fígado)
3. TRATAR TODOS!
→ Tipo 1
● Mulher jovem
● FAN (+), anticorpo anti músculo liso (AML) (Macete: hepatite autoIMUne - antIMUsculo liso)
Tratamento
∙ Prednisona + Azatioprina (exceto assintomáticos e formas leves)
Epidemiologia
● Mulheres de 30 – 60 anos
● Doenças autoimunes (Sjogren e Hashimoto)
Clínica
● Colestase
○ Icterícia (às custas de BD)
○ Prurido
○ Hiperpigmentação
○ Xantelasma
● Disabsorção
○ Esteatorréia
○ ⬇ vitaminas lipossolúveis (ADEK)
Laboratório/Exames
● ↑ fosfatase alcalina + GGT
● USG/CPRE negativas
● Anticorpo antimitocondrial (AMA) (Macete: Colangite AMA as mulheres)
Tratamento
● Ácido ursodesoxicólico - UDCA (diluir sais biliares nocivos ao hepatócito)
● Transplante hepático (quando cirrose)
Hepatite Medicamentosa
● Diagnóstico: exposição + aumento de TGO/TGP > 1000, GGT, FA + icterícia
● Biópsia: Necrose centrolobular
Hepatite Isquêmica
● Necrose tecidual hepática por redução do aporte sanguíneo ao órgão
● Ocorre após episódio de instabilidade hemodinâmica
● Diagnóstico: paciente grave + aumento de TGO/TGP + aumento de LDH
● Biópsia: necrose centrolobular
Hepatite Congestiva
● Necrose tecidual hepática por aumento da pressão venosa hepática 2ario a congestão venosa sistêmica (origem cardíaca)
● Suspeitar em caso de hepatopatia em um paciente cardiopata sem evidencia de outra causa que não a própria doença
cardíaca!
● Diagnóstico: turgência jugular + edema de MMII + hepatomegalia + refluxo hepatojugular + ascite + icterícia
● Biópsia: fígado em noz moscada, necrose centrolobular
→ Caract Gerais
. Principais causas: hepatite viral (B, B+D), intoxicação por paracetamol
. Alargamento do TAP/RNI é o sinal mais precoce!
. Edema cerebral é a principal causa de morte
. Clínica: encefalopatia + icterícia + hipoglicemia + acidose lática + infecções + IRA + coagulopatia
. TGO/TGP baixas, pois há perda massiva de hepatócitos
. Tratamento: transplante ortotópico de fígado
Amarelo:
colesterol
🟡 o
o
Mais comum
Não pigmentado
o Radiotransparente
o Formado na vesícula
o Fatores de risco:
- Sexo feminino, estrogênio, maior idade (menor contratibilidade da vesícula),
obesidade, emagrecimento rápido, drogas (clofibrato), doenças ileais
Preto: ⚫
bilirrubinato de cálcio
o
o
Segundo mais comum
Pigmentado
o Formado na vesícula
o Fatores de risco: hemólise crônica, cirrose (não conjuga bilirrubina)
Castanho: 🟤
bilirrubinato de cálcio
o
o
Mais raro
Pigmentado
+ colesterol o Formado no colédoco
o Fatores de risco: obstrução vias biliares, colonização bacteriana
→ Diagnóstico
∙ Ultrassonografia (padrão ouro) - Imagem hiperecóica com formação de sombra acústica posterior
Obs: Pólipo não tem sombra acústica posterior e é fixo
→ Tratamento
∙ Colecistectomia videolaparoscópica (CVL) – padrão ouro 🥇
∙ Indicações de cirurgia:
● Sintomáticos
● Assintomáticos
○ + cálculo > 3 cm (> 2,5 cm) (cálculos grandes é fator de risco para CA vesícula)
○ + pólipos (risco de CA vesícula)
○ + vesícula em porcelana (calcificação da parede da vesícula - risco de CA vesícula)
○ + anemia hemolítica (tem alto potencial de formação de cálculos)
∙ Ácido ursodesoxicólico: “solvente do colesterol”. Tem pouca eficácia.
→ Diagnóstico
∙ Ultrassonografia
∙ Cintilografia das vias biliares (padrão ouro 🥇): ausência de contraste na vesícula biliar (boa p ddx de pancreatite aguda)
→ Tratamento
∙ Medidas gerais + antibioticoterapia (Principal: E. Coli - gram negativa)
∙ Colecistectomia laparoscópica precoce: idealmente nas primeiras 72 horas (Pode ser feita em até 10 dias)
∙ Caso grave (sem indicação cirúrgica): Colecistostomia percutânea (objetivo: aliviar pressão da vesícula até poder operar)
→ Complicações
Empiema Conteúdo purulento (febre, leucocitose) Cx de urgência + Manter ATB por mais tempo
Gangrena + . Livre
Perfuração o Peritonite difusa (febre ↑, leucocitose ↑↑) Cx de urgência + Manter ATB
o Geralmente em idosos, imunodeprimidos
→ Diagnóstico
∙ SUSPEITA —-- USG: 1° passo, avalia dilatação (> 5 mm) e cálculos (colelitíase)
∙ CONFIRMA –- Colangio RM - Exame não invasivo (sem contraste)
∙ CONFIRMAR - CPRE (padrão ouro 🥇)
o Invasivo (contraste através da papila duodenal - do final para início, baixo para cima)
o Permite diagnóstico e tratamento (papilotomia)
o Complicações: sangramento, perfuração, pancreatite
→ Tratamento
∙ Sempre tratar!
∙ Idealmente CPRE (obs: realizar também Colecistectomia)
→ Formas
- Não grave: Inflamação restrita às vias biliares
∙ Tríade de Charcot: febre com calafrio + icterícia + dor abdominal
∙ Tratamento
o Antibioticoterapia: resposta dramática
o Drenagem das vias biliares: eletiva (assim que paciente melhorar)
→ Diagnóstico
. USG, colangioRM, CPRE: detecta etiologia ou dilatação biliar
→ Clínica
∙ Igual a colecistite calculosa
∙ CTI + febre + leucocitose = fazer USG
→ Tratamento
∙ Igual a colecistite calculosa
∙ CVL ou colecistostomia percutânea (pacientes que não toleram cirurgia)
Diagnóstico Diferencial Da Icterícia Obstrutiva
→ Manifestações
. Icterícia colestática progressiva
. Perda de peso
. Vesícula de Courvoisier (palpável e indolor) - Patognomônico
→ Diagnóstico
. Início com: USG abdome
. TC abdome (padrão ouro)
→ Clínica
∙ Icterícia colestática progressiva
. Emagrecimento
∙ Vesícula impalpável (ddx com tu peri ampular - NÃO tem vesícula de courvoisier)
→ Diagnóstico
∙ USG abdome: Vesícula murcha + Dilatação intra-hepática - SUSPEITA
. ColangioRM - CONFIRMA
. TC de abdome - CONFIRMA
→ Classificação de Bismuth
∙ Tipo I: somente hepático comum
∙ Tipo II: junção dos hepáticos
∙ Tipo IIIa: hepático direito
∙ Tipo IIIb: hepático esquerdo
∙ Tipo IV: ambos os hepáticos
* HEPATITE ALCOÓLICA
→ Manifestações
. (1) Hepatite: Febre, icterícia, dor, TGO > TGP, transaminases até 400 U/L (tgO = alcOOl)
. (2) Leucocitose: reação leucemóide
. Obs: Biópsia: Necrose centrolobular, corpúsculo de Mallory (hialino) – não é patognomônico!
→ Tratamento
. Grave (Maddrey ≥ 32): Corticoide - prednisolona (ativo) (28 d)
. Alternativa: pentoxifilina
* SÍNDROME DE MIRIZZI
∙ Cálculo impactado no ducto cístico, realizando efeito de massa sobre o ducto hepático
. PROVA - Complicações da colecistite: Colestase (não é mais colecistite pura e simples)
→ Classificação de Csendes
∙ Tipo I: sem fístula
∙ Tipo II: fístula 1/3 do hepático comum
∙ Tipo II: fístula 2/3 do hepático comum
∙ Tipo IV: toda a circunferência
→ Clínica
. Icterícia colestática + Prurido/ Cirrose (sal biliar)
. Imagem: áreas de estenose intra e extra-hepáticas intercaladas com áreas de dilatação – “contas de rosário”
. Diagnóstico: aumento de FA e GGT + p-anca
→ Tratamento
∙ Transplante hepático
Valores de Referência
FA ref: 25-100 U /L
Questões
- Colestase Intra Hepática da gravidez
. Tto: Ac. URSO
- Pólipos de Vesícula
. Cirurgia se > 10mm (colecistectomia) - risco malignização