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Tratamento:
- CORTICOIDE +/- AZATIOPRINA.
- TRANSPLANTE, se não houver resposta.
Hepatite C - Se ASSINTOMÁTICO ou FORMA LEVE, o tratamento pode ser
Transmissão: SUPORTE!
- PARENTERAL!
Conceitos: 8. Colangite Biliar Primária
- 80% EVOLUEM PARA HEPATITE CRÔNICA → cirrose (30%) → CA (10%) “É a tia de meia idade que MITA”
- 20% EVOLUEM PARA CURA - Doença autoimune onde há a agressão da zona 1 do fígado →
Em casos de ANEMIA FERROPRIVA QUE NÃO RESPONDE A FERRO ou 4. Diarreia por Protozoários
OSTEOPENIA EM JOVENS É IMPORTANTE AFASTAR DOENÇA CELÍACA! Lembrando... Trofozoítas são a forma parasitária dos protozoários! São dois
intestinais que nos interessam: E. hystolitica ou G. lamblia.
Condições Associadas: Características Básicas dos Protozoários:
- DERMATITE HERPETIFORME (!) → UNICELULARES (não visíveis ao olho nu)
- DEFICIÊNCIA DE IGA → TRANSMISSÃO FECAL-ORAL
- SÍNDROME DE DOWN → CICLO EVOLUTIVO: CISTO → TROFOZOÍTA → CISTO
- RISCO DE NEOPLASIAS: LINFOMA E ADENOCA DE JEJUNO. → NÃO CAUSAM EOSINOFILIA (nos imunocompetentes)
→ 90% DOS CASOS SÃO ASSINTOMÁTICOS, mas TEM QUE TRATAR
Diagnóstico:
(para evitar a transmissão para a comunidade)
- CLÍNICA + SOROLOGIA/ANTICORPOS + EDA /BIÓPSIA DE DELGADO
(duodeno distal → padrão-ouro) Diagnóstico:
OS ACHADOS DA BIÓPSIA NÃO SÃO → EPF COM CISTOS/TROFOZOÍTA NAS FEZES,
PATOGNOMÔNICOS → são INESPECÍFICOS ANTÍGENO/ANTICORPOS FECAIS
(PERDA DE VILOSIDADE COM INFLAMAÇÃO Ser unicelular não coloca ovo, ele encista!
LINFOCITÁRIA). → SOROLOGIA (SE EXTRAINTESTINAL)
✓ ANTICORPO ANTIGLIADINA IGA E IGG: em desuso! Tratamento:
✓ ANTICORPO ANTIENDOMÍSIO IGA: em desuso! → “NIDAZOL” (METRO/SECNI/TINI) ou NITAZOXANIDA (anita 1cp
✓ ANTICORPO ANTITRANSGLUTAMINASE TECIDUAL IGA 12/12h 3d)
Tratamento: Amebíase
- EXCLUIR O GLÚTEN DA DIETA - Agente: ENTAMOEBA HYSTOLITICA
- Hábitat: CÓLON (invasão tecidual)
3. Doença de Whipple - Ciclo de vida: cisto → ingestão → trofozoíta (cólon) → cisto (fezes)
Conceitos: - Clínica: diarreia baixa INVASIVA (cólon)
- Doença bacteriana causada pela TROPHERYNA WHIPPLEI (bacilo gram ✓ DISENTERIA
+). É EXTREMAMENTE RARA. O patógeno possui VIRULÊNCIA BAIXA. ✓ Quadro CRÔNICO (assintomático)
Possivelmente há algum FATOR GENÉTICO que predispõe a colonização ✓ Quadro FULMINANTE
Tratamento Cirúrgico:
Doença de Crohn
- Indicações:
✓ COMPLICAÇÕES (obstrução ou perfuração intestinal,
abscesso, hemorragia maciça, megacólon tóxico)
Fístulas
- Cirurgia de urgência: RESSECÇÃO SEGMENTAR - As fístulas transmurais SÃO TÍPICAS DA DC e podem resultar em massas
inflamatórias e abscessos quando se estendem para estruturas adjacentes.
- Cirurgia eletiva: ESTRICTUROPLASTIA: ESTENOPLASTIA - Pode ser entero-entérica, entero-vesical, entero-mesentérica, entero-
cutânea, reto-vaginal, peri-anal, abscesso perianal.
Retocolite Ulcerativa - Uma forma clássica de apresentação da DC é aquela na qual um paciente que
- Indicações: foi submetido a uma apendicectomia (diagnóstico equivocado de apendicite,
✓ CASOS REFRATÁRIOS quando na verdade o que ele tem é DC) evolui no pós-operatório com uma
fístula enterocutânea proveniente da região manipulada durante o ato
✓ DISPLASIA, CÂNCER
operatório.
✓ COMPLICAÇÕES (megacólon, sangramento maciço)
- Tratamento com NPT + IMUNOMODULADORES. Recorrência frequente.
- Cirurgia de urgência: COLECTOMIA + ILEOSTOMIA (COLECTOMIA À Existem 3 principais causas de PNEUMATÚRIA na prova → DIVERTICULITE,
HARTMANN) CA COLORRETAL E DOENÇA DE CROHN
NEOPLASIA (METÁSTASE, PTH-RP OU SÍMILE) → PTH BAIXO + - BIFOSFONATOS: EXERCEM EFEITO MAIS SUSTENTADO EM 24-48H
“OSSO DOENTE” ✓ PAMIDRONATO: bastante comum no nosso meio, utilizado na
dose de 30-90mg IV, em 2 horas. O efeito da droga permanece em
✓ Idoso, internado, pior estado geral
média por 15 dias e a dose não deve ser repetida durante, pelo
✓ Mecanismos: hipercalcemia humoral (PTH-RP) ou
menos, 7 dias.
hipercalcemia osteolítica local ✓ ZOLEDRONATO: tem se tornado o agente de primeira escolha
O PTH símile faz todo o serviço do PTH... Então, com muito cálcio no sangue, a
pela potência mais elevada que o pamidronato e pelo tempo de
paratireoide interpreta que não precisa mais secretar PTH. Fica baixo...
administração mais conveniente (5-15 minutos x 2 horas). A dose
usual é de 4-8mg IV em 15 minutos.
HIPERVITAMINOSE D → PTH BAIXO + “OSSO SAUDÁVEL”
(*) A necrose avascular da mandíbula foi descrita como efeito adverso do uso
✓ Doenças granulomatosas, uso exógeno crônico de bifosfonatos, principalmente intravenosos, sendo o zoledronato o
Absorve muito cálcio e o PTH cai... Para diferenciar de neoplasia, aqui NÃO TEM LESÃO
mais associado. O risco parece maior em pacientes com higiene oral precária e
ÓSSEA.
com próteses mal adaptadas.
Anatomia da Tireoide
Artérias
- Artéria tireóidea superior
✓ Origem: carótida externa
- Artéria tireoida inferior
✓ Origem: tronco tireocervical
- Artéria tireóidea ima (variação anatômica)
✓ Origem: artéria braquicefálica
Veias
- Veia tireóidea superior
✓ Drena para jugular interna
- Veia tireóidea média
✓ Drena para jugular interna
- Veia tireóidea inferior
✓ Drena para braquiocefálica
Nervos
- Nervo laríngeo superior
✓ Função: tensionamento das cordas vocais
✓ Consequência da lesão: perda do timbre da voz
- Nervo laríngeo inferior (recorrente)
✓ Função: adução/abdução das cordas vocais
✓ Consequência da lesão: rouquidão
Camadas Anteriores
Marcos Anatômicos
CHLAMYDIA PNEUMONIAE
- INTRACELULAR GRAM -
- PNM LEVE + FEBRE, TOSSE, DISPNEIA,
SINTOMAS DE VAS (faringite, laringite,
sinusite)
- Tratamento: MACROLÍDEO
- Obs: CHLAMYDIA PSITACCI: PNM + história
de contato com pássaros Pneumatocele PNM Redonda
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Agente 4. Osteomielite
- S. PYOGENES e, ocasionalmente, pelos estreptococos dos grupos B, C
Fisiopatologia/Classificação
e D.
- “Como o agente infeccioso chega ao osso?”
Dados ✓ Disseminação HEMATOGÊNICA
- Geralmente em MMII e face, mas qualquer região ✓ Propagação de FOCO DE INFECÇÃO/ FERIDA PENETRANTE
com deficiência de drenagem linfática está
HEMATOGÊNICA (20%)
predisposta a desenvolver erisipela.
- Geralmente há PORTA DE ENTRADA CRIANÇA: METÁFISE DE OSSOS LONGOS. O osso da criança, por estar em
- Mais comum em IDOSOS, DEBILITADOS E crescimento, é mais vascularizado → principalmente os ossos longos (metáfise
NAQUELES COM LINFEDEMA OU ÚLCERA CRÔNICA. = porção mais vascularizada) É um quadro inflamatório mais agudo. Obs:
- Período de incubação de 2-5 dias e depois início abrupto de febre alta importante diagnóstico diferencial com LLA NA INFÂNCIA
- Se houver dúvida entre erisipela/celulite: ACRESCENTAR ATB PARA - Em geral, QUADRO MAIS AGUDO
COBRIR S. AUREUS (oxacilina/cefalosporina de 1ª geração).
SECUNDÁRIA A INFECÇÃO CONTÍGUA (80%)
Celulite
- Principalmente em ADULTOS
Descrição
- Relação: LESÕES PENETRANTES, MORDIDAS, FRATURA ABERTA...
- Infecção de DERME PROFUNDA E SUBCUTÂNEO.
- ERITEMA MAIS CLARO (ROSA) E MARGENS MAL DEFINIDAS. - Quadro mais CRÔNICO/ARRASTADO
- Se falcêmico: SALMONELA
- Se lesão penetrante no pé: pensar em pseudomonas
Diagnóstico
Diagnóstico
→ > 20 anos:
- COLHER HEMOCULTURA
- PNEUMOCOCO
(iniciar logo depois o ATB)
- MENINGOCOCO
Fisiopatologia
- COLONIZAÇÃO DE VAS > INVASÃO DO SNC > INFLAMAÇÃO > EDEMA
> HIC
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Quando adicionar RIFAMPCINA ao esquema? - Além disso, TAMBÉM DEVEMOS PUNCIONAR TODO PACIENTE QUE
✓ Piora clínica após 24-48 horas de tratamento com vanco + NÃO APRESENTE MELHORA APÓS AS PRIMEIRAS 48 HORAS DE
cefalosporina; TRATAMENTO.
✓ Falha na esterilização liquórica; - Nos demais casos em que haja boa evolução clínica, é dispensável a
✓ Identificação de pneumococo com Concentração Inibitória punção lombar após 48 horas. A mesma orientação deve ser seguida
Mínima (MIC) > 4 para cefotaxima ou ceftriaxone. em relação a alta.
E o corticoide? (“PNEUMOCORTICOMOPHILUS”)
Quimioprofilaxia
- Fazer 20 MINUTOS ANTES DO ATB (útil para prevenção de sequelas)
- Fazer DEXA 0,15MG/KG DE 6/6 HORAS POR 2 DIAS (algumas referências DOENÇA MENINGOCÓCICA:
recomendam por 4 dias). Para quem?
Como o ATB inicialmente é iniciado empiricamente e não podemos ter certeza sobre - Familiares, contatos íntimos, profissionais de saúde de entraram em
qual é o agente etiológico envolvido, é comum a administração de glicocorticoides a contato com secreção de via aérea (ex: IOT/fundo de olho sem
quase todos os pacientes com meningoencefalite.
proteção), outras crianças de creche, jardim de infância...
- Só para HAEMOPHILUS E PNEUMOCOCO
Como?
- Haemophilus é a que mais deixa sequelas e a mais comum delas é a
- RIFAMPCINA 600MG/DOSE 12/12HORAS POR 2 DIAS (se criança:
SURDEZ.
10mg/kg 12/12h). Ou seja, um total de 4 doses.
IMPORTANTE! SE UTILIZARMOS A DEXAMETASONA PARA MENINGITE - Alternativas: ceftriaxone (grávida*), ciprofloxacino, azitromicina
POR PNEUMOCOCO COM ALTA RESISTÊNCIA A PENICILINA (MIC > 2), A 500mg DU.
RIFAMPCINA DEVE SER ACRESCENTADA AO ESQUEMA, uma vez que os (*) Isso vale para os EUA! No Brasil, geralmente se utiliza a rifampcina mesmo!
glicocorticoides diminuem a penetração da vancomicina no SNC. Outra
opção seria a administração intraventricular da vancomicina. HAEMOPHILUS:
Para quem?
E o isolamento?
- Todos os contatos, desde que haja uma criança com menos de 5 anos
- Fazer isolamento RESPIRATÓRIO (para gotículas/usar máscara
além do caso índice e não vacinada ou imunodeprimido.
cirúrgica) nas PRIMEIRAS 24 HORAS DO TRATAMENTO.
- Não há indicação do uso de anticonvulsivantes profiláticos! (1) TOXOPLASMOSE: múltiplas lesões envolvendo o córtex ou núcleos da
base, circundados por edema e com reforço pós-contraste em forma de
SE NÃO MELHORAR EM ATÉ 14 DIAS: PENSAR EM LINFOMA 1º DO anel.
SNC
(2) LINFOMA CEREBRAL: uma ou duas lesões, de limites menos precisos,
Profilaxia Primária:
com reforço pós-contraste, localizadas na substância branca adjacente
- Recomendada para indivíduos com SOROLOGIA POSITIVA PARA aos ventrículos.
TOXOPLASMOSE E CD4 < 100. O esquema é semelhante para pneumocistose,
mas com DOSES DIÁRIAS de BACTRIM + ÁCIDO FOLÍNICO. É por isso, (3) LEMP: sem realce pós-contraste, sem efeito de massa e localizada na
inclusive, que pouco se lembra dessa profilaxia, uma vez que quando o CD4 chega substância branca.
a 100, o indivíduo já iniciou a profilaxia para PCP.
Profilaxia Secundária:
- Recaídas são comuns e a profilaxia secundária é importante! Fazer com o
MESMO ESQUEMA TERAPÊUTICO, mas com DOSES MAIS BAIXAS
(SULFADIAZINA 1G 12/12H + PIRIMETAMINA 25MG/DIA + ÁCIDO
FOLÍNICO 10MG/DIA).
IMPORTANTE!
- Ambas as profilaxias podem ser suspensas após exame de CD4 > 200 no período
de 3-6 meses, respectivamente, após o início da TARV!
- A não ser que haja ameaça de herniação cerebral, a corticoterapia deve ser
evitada no caso de suspeita de neurotoxoplasmose, pois seus efeitos benéficos
no edema podem provocar melhora no linfoma e confundir o diagnóstico!
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS. ATENÇÃO = HIPOGAMAGLOBULINEMIA
FISIOLÓGICA DA INFÂNCIA
Paracoccidioidomicose Agente:
Quadro clínico compatível com tuberculose, mas a história epidemiológica não bate: - HISTOPLASMA CAPSULATUM
pensar em micose sistêmica! - Relacionada a CAVERNAS COM MORCEGOS/GALINHEIROS
- É infecciosa, mas não é contagiosa!
Agente:
- PARACOCCIDIOIDES BRAZILIENSIS
- Relacionada a atividades AGRÍCIOLAS = é a TB RURAL/DO CAMPO
Formas Clínicas:
FORMA AGUDA:
- Mais comum em CRIANÇAS E ADULTOS JOVENS < 30 ANOS
Formas Clínicas:
- FEBRE, LINFONODOMEGALIA, HEPATOESPLENOMEGALIA
Não tem nada a ver com tuberculose! Parece mononucleose. FORMA AGUDA:
- Até 3 semanas após o contato
FORMA CRÔNICA: - SÍNDROME GRIPAL + TOSSE SECA/DISPNEIA
- Regressão espontânea (semanas)
- Mais comum em ADULTOS > 30 ANOS
- SINTOMAS RESPIRATÓRIOS ARRASTADOS, INFILTRADO PULMONAR FORMA CRÔNICA:
PERI-HILAR BILATERAL (“EM ASA DE MORCEGO”)
- RESTRITA AOS PULMÕES!
- LESÃO ULCERADA DE PELE E MUCOSA - Fator de risco: PACIENTES DPOC/PNEUMOPATAS → infecção
facilitada pelo fungo
- SINTOMAS RESPIRATÓRIOS ARRASTADOS + INFILTRADO
PULMONAR = SEMELHANTE A TB PULMONAR
FORMA DISSEMINADA:
- Forma aguda:
Como a cultura demora até 30 dias para ficar pronta, temos como
Tratamento: outras opções de diagnóstico...
- ITRACONAZOL (alternativa: bactrim)
- ANFOTERICINA B (casos graves) - EXAME DIRETO E PESQUISA DE ANTÍGENO NO SANGUE OU URINA
- TESTES SOROLÓGICOS: úteis nos quadros agudos, mas também
demoram +/- 30 dias
Tratamento:
- Aguda: AUTOLIMITADA
✓ Se não melhorar em 1 mês: ITRACONAZOL 6-12 semanas
AJUSTE SE PERSISTÊNCIA APÓS 24 HORAS ESTERTOR DE MORTE POR SECREÇÃO → NÃO ASPIRE!
✓ Aumentar em 50% da dose diária regular (moderada) ou 100% ✓ Reduza as secreções com escopolamina
(dor intensa)
SEDAÇÃO PALIATIVA
DOSE MÁXIMA = ALÍVIO DA DOR ✓ Para aqueles com sintomas refratários e grande sofrimento,
✓ Dependência ou depressão respiratória são improváveis em com midazolam
doenças terminais
DISPNEIA
OPIOIDES!
✓ Reduzem a sensibilidade do centro respiratório e
BENZODIAZEPÍNICOS
✓ Se houver componente de ansiedade
BRONCODILATADORES E CORTICOIDES
✓ Se houver DPOC e asma...
OXIGÊNIO É CONTROVERSO!
✓ Pode gerar ansiedade, mas também pode tranquilizar!
NÁUSEA
SE REDUÇÃO DA MOTILIDADE:
✓ Metoclopramida, mirtazapina, domperidona...
ASSOCIADA A QUIMIOTERAPIA:
✓ Antagonista do receptor 5-HT3 (ondasentrona)
OS ÚLTIMOS ESTÁGIOS
EXTUBAÇÃO PALIATIVA
✓ Tirar o tubo e parar de monitorar a oxigenação
E O ANTIBIÓTICO?
✓ Manter apenas se ajudar no conforto
Formas Clínicas:
DEMÊNCIA CORTICAL
→ VASOS CALIBROSOS (MULTI-INFARTO)
- Presença de doença aterosclerótica
- Evolução SÚBITA, mas em DEGRAUS (cada AVE prévio vai levando a uma
piora)
Doença da Vaca Louca (Demência por Príons)
DEMÊNCIA SUBCORTICAL
- Demência + MIOCLONIA
→ VASOS PERFURANTES (INFARTO LACUNAR OU DOENÇA DE
- Evolução RÁPIDA
BINSWANGER):
- Variante mais comum: CREUTZFELDT-JAKOB
- Quadro MAIS BRANDO
- Alteração histológica: ALTERAÇÕES ESPONGIFORMES
- Degeneração da substância branca periventricular, processo conhecido
- PROGNÓSTICO RUIM. É uma doença rapidamente progressiva
como LEUCOARAIOSE
- Não tem tratamento específico.
- Evolução mais ARRASTADA
- Diagnóstico de exclusão
Tratamento:
- TRATAR FATORES DE RISCO (HAS, DM, etc): principal!
- ↑Acetilcolina com anticolinesterásicos de ação central: secundário
(como teste terapêutico, não funcionam tão bem)
E as outras demências?
As mais comuns e que mais caem em prova são essas. A terceira mais comum,
- INSTABILIDADE POSTURAL
→ SE AUSÊNCIA TOTAL DE FORÇA MUSCULAR: PLEGIA
- RIGIDEZ PLÁSTICA (“roda denteada”). Se houver ausência completa de força muscular, eu chamo de plegia! É uma paralisia
absoluta daquela região, daquele membro!
Doença de Parkinson
Alguns detalhes do 1º neurônio...
Conceitos: CÁPSULA INTERNA → REUNIÃO DE TODOS OS 1º NEURÔNIOS
- DEGENERAÇÃO DA SUBSTÂNCIA NEGRA (↓dopamina) MOTORES!
Como tratar? Repare... São dois hemisférios cerebrais e que
têm saindo deles vários primeiros neurônios
→ Padrão: LEVODOPA ± INIBIDOR DA DESCARBOXILASE PERIFÉRICA motores. E olha que interessante... Esses
(Benzerazida) primeiros neurônios motores passam todos
reunidos, um do lado do outro, através de uma
✓ Problema no longo prazo: efeito adverso do “liga-desliga”, diminuta estrutura cerebral chama de CÁPSULA
INTERNA! Olha a importância dela para a nossa
discinesia
motricidade... É a estrutura responsável por
agrupar os prolongamentos de TODOS os
→ Outros: PRAMIPEXOL (agonista dopaminérgico), SELEGILINA primeiros neurônios de um hemisfério cerebral.
(inibidor da MAO-B), AMANTADINA (bloqueia a recaptação de Em termos de tamanho, ela é pequena, mas em
dopamina), BIPERIDENO (↓acetilcolina) termos de importância, ela é grandiosa! Se
lesarmos essa estrutura, TODOS os primeiros
neurônios estarão automaticamente lesados!
→ Casos refratários: ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA (ECP): como
se fosse um “marca-passo”
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
→ PARESIA/PLEGIA FLÁCIDA
Como já foi dito, seja em lesão de primeiro ou segundo neurônio motor, vai haver déficit
motor, seja com paresia ou plegia... Agora, olha a diferença! Não tem mais o neurônio que
→ HIPORREFLEXIA OU ARREFLEXIA
O mesmo vale para os reflexos, que se tornam fracos por não haver a inervação deste
neurônio. Lembre que para o adequado funcionamento do arco reflexo, a gente precisa do
neurônio sensitivo (o que sente o martelinho) e do 2º neurônio motor que está na medula
e executa o movimento. Nesse caso, há lesão justamente desse neurônio que executa o
reflexo...
FRONTAL
→ ÁREA DE BROCAR (ou área motora da linguagem ou área de execução da
linguagem) → lesões nessa estrutura levam à afasia motora (ou afasia de brocar).
A pessoa com afasia motora não consegue mais articular palavras! Ela até
consegue entender o que falam pra ela... Se você der uma ordem pra ela, ela
executa. Agora... Se você apontar para uma caneta e perguntar o que é, ela não
vai conseguir articular as palavras para responder... Não consegue falar direito! E
olha só... Áreas de linguagem não existem em dois hemisférios! Não há uma
duplicação de área de linguagem... Só existe no hemisfério dominante! Essa área
só está presente no nosso HEMISFÉRIO DOMINANTE (geralmente no lado
ESQUERDO, seja a pessoa direita ou esquerda).
→ CÓRTEX MOTOR: é onde nasce o 1º neurônio motor! A importância já foi Repare que a artéria subclávia emite uma
explicada acima. O que tem que saber nesse momento como conceito artéria vertebral (uma de cada lado). As
neurológico é que, óbvio, os neurônios responsáveis por movimentar uma artérias vertebrais vão subindo, entram no
determinada parte do teu corpo não ficam espalhados um em cada canto. Eles crânio através do forame magno e se unem
ficam agrupados em um cantinho do córtex motor... Apesar de o córtex motor para gerar uma única artéria basilar.
participar dos movimentos de perna, corpo, braço, mão e face, o que eu tenho Também temos a circulação anterior ou
que guardar nesse início é que os neurônios responsáveis pelos movimentos da carotídea, que começa na artéria carótida
minha perna, do meu membro inferior, são mais mediais quando em comparação comum, que se bifurca em carótida externa
com os neurônios que mexem nas demais regiões do meu corpo... É isso que e interna. A carótida externa vai irrigar uma
temos que saber! Os neurônios que mexem a perna ficam ‘mais no meio’, mais
OCCIPITAL
→ CÓRTEX VISUAL: responsável pela consciência daquilo que estamos
enxergando
TRONCO e CEREBELO
→ PARES CRANIANOS: diplopia, disfagia, vertigem...
→ COORDENAÇÃO: ataxia
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Conceitos: Conceitos:
- DOENÇA AUTOIMUNE MAIS COMUM - ATAQUE AUTOIMUNE À BAINHA DE MIELINA
EM MULHERES EM IDADE FÉRTIL (20- DO 2º NEURÔNIO (NEUROPATIA PERIFÉRICA) →
40 anos) é uma POLIRRADICULONEURITE AGUDA!
- É uma doença DESMIELINIZANTE DO
- DOENÇA AUTOIMUNE PÓS-INFECCIOSA (dengue, zika, EBV, etc)
SNC (contra a SUBSTÂNCIA BRANCA
principalmente relacionado ao CAMPYLOBACTER JEJUNI e contra a
[bainha de mielina])
BAINHA DE MIELINA DO NERVO PERIFÉRICO
Clínica: - HOMEM ADULTO JOVEM
É uma bagunça neurológica (“lúpus do SNC”)
Clínica:
- NEURITE ÓPTICA: ↓acuidade visual, papilite, dor à movimentação ocular - FRAQUEZA FLÁCIDA, HIPO/ARREFLEXA, SIMÉTRICA E ASCENDENTE
- SÍNDROME DO 1º NEURÔNIO MOTOR (PIRAMIDAL) - DISAUTONOMIA (arritmia, hipotensão)
- SINTOMAS SENSITIVOS - DOR LOMBAR (comprometimento de raízes nervosas)
Em prova, mulher jovem que começa a perder a visão deve ser EM!
- SENSIBILIDADE E ESFÍNCTERES GERALMENTE PRESERVADOS (quando há
- SINAIS MEDULARES (PARAPLEGIA/TETRAPLEGIA, INCONTINÊNCIA acometimento, costuma ser apenas parestesia da planta dos pés)
URINÁRIA) OU CEREBELARES (TREMOR, ATAXIA) - AUSÊNCIA DE ATROFIA MUSCULAR SIGNIFICATIVA porque o quadro é
- NEURALGIA DO TRIGÊMIO agudo e autolimitado (cai em prova direto)
Paciente jovem com neuralgia do trigêmio é EM até que se prove o contrário! - PODE PEGAR NERVO CRANIANO (PARALISIA FACIAL BILATERAL
SIMÉTRICA – DIPLEGIA FACIAL)
- SINTOMAS DE UHTOFF (sintomas pioram com o calor/exercícios/febre)
- Principal causa de óbito: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA POR PARALISIA
- SINAL DE LHERMITTE (choque elétrico “descendo pelas costas” ao flexionar
DIAFRAGMÁTICA (15-30%)
o pescoço)
Guillain-Barré possui diversas variantes. Uma das principais é a
Conceitos: Conceitos:
- DOENÇA AUTOIMUNE DA PLACA MOTORA - DISTÚRBIO DA PLACA MOTORA/CANAIS DE CÁLCIO PRÉ-
✓ ANTIRRECEPTOR DA ACETILCOLINA SINÁPTICOS
- 2 PICOS: 10-30 ANOS (MULHERES) E 50-70 ANOS (HOMENS) - DOENÇA AUTOIMUNE (ANTIRRECEPTOR DO CANAL DE CÁLCIO)
- Em 50% dos casos é uma SÍNDROME PARANEOPLÁSICA
(principalmente CA DE PULMÃO OAT-CELL)
Clínica: Clínica:
- Fraqueza + FATIGABILIDADE (PIORA COM REPETIÇÃO E À NOITE) - FRAQUEZA + FATIGABILIDADE, maaas... (MELHORA AO LONGO DO DIA)
✓ FORMA OCULAR/MUSCULATURA OCULAR EXTRÍNSECA (mais ✓ Musculatura afetada: PROXIMAL DE MMII (SIMÉTRICA),
comum): PTOSE, DIPLOPIA, OFTALMOPARESIA MUSCULATURA DA FACE, PTOSE
✓ FORMA GENERALIZADA: começa no OLHO, evolui para ✓ MANIFESTAÇÕES AUTONÔMICAS (hipotensão postural,
MUSCULATURA BULBAR (dificuldade para falar, engolir) e depois sudorese, taquicardia, etc)
para MUSCULATURA PROXIMAL DOS MEMBROS (dificuldade
para elevar os braços) Diagnóstico:
- Eletroneuromiografia: POTENCIAL INCREMENTAL
- TIMO ANORMAL (75%): timoma ou hiperplasia do timo podem estar (“vai ganhando força com o movimento repetitivo”)
associados.
- Anticorpo: ANTICANAL DE CÁLCIO (P/Q-VGCC)
- AGUDIZAÇÕES (CRISES MIASTÊNICAS): FRAQUEZA DA MUSCULATURA
- Anticorpos: Tipos:
✓ ANTI-ACH-R (grande anticorpo da doença) - VIA ALIMENTOS CONTAMINADOS
▪ Forma ocular: presente em 50% dos casos (conservas, carnes)
▪ Forma generalizada: presente em 85% dos casos - VIA FERIDAS
✓ ANTI-MUSK (só na forma generalizada)
- Forma intestinal (ou infantil):
✓ ANTI-LRP4 (+ comum em quadros leves) POSSUI RELAÇÃO COM O MEL
2. Neurocisticercose 3. Epilepsia
Conceitos: Conceitos:
- Cisticerco: FORMA LARVÁRIA DA TAENIA SOLIUM “DOENÇA QUE CURSA COM CRISES EPILÉPTICAS”
- A contaminação se dá pela INGESTÃO DO OVO (presente em saladas, ✓ 2 OU MAIS CRISES NÃO PROVOCADAS EM INTERVALO > 24H
águas contaminadas). ✓ 1 CRISE NÃO PROVOCADA COM CHANCE DE RECORRÊNCIA > 60%
- É ENDÊMICA NA REGIÃO SUDESTE
✓ CRISES EPILÉPTICAS DE REPETIÇÃO, MAS SEM RELAÇÃO COM
Neurocisticercose = “cérebro com cisticerco” HIPONATREMIA, DROGAS, ENCEFALITE, ETC.
CLASSIFICAÇÃO (ILAE-2017):
Etiologia:
→ Primária/Criptogênica: não foi evidenciada lesão estrutural
✓ Associada ao HIV
✓ Viral
✓ Bacteriana
✓ Por parasitas
ASSOCIADA AO HIV
- FRAQUEZA PROXIMAL E SIMÉTRICA (MMII)
- NÃO tem relação com imunossupressão
- AUMENTO DE CK
- ENMG: IGUAL A DE POLIOMIOSITE
- Diagnóstico final: BIÓPSIA
- Tratamento: CORTICOIDE
Miopatia Bacteriana
- Via HEMATOGÊNICA OU CONTIGUIDADE
- S. AUREUS (principal), Streptococcus spp, E. coli, Yersinia spp...
- Fatores predisponentes: IMUNODEFICIÊNCIA, TRAUMA, DROGAS
INJETÁVEIS...
DISTROFIAS MUSCULARES
Conceitos Gerais:
Diagnóstico:
- DISTROFINOPATIAS (defeito da distrofina)
- CK MUITO ALTA (20-1000x normal). Com o tempo e "morte" do
✓ Distrofia de DUCHENNE
músculo, vai reduzindo.
✓ Distrofia de BECKER
- ENMG: padrão MIOPÁTICO
- Biópsia: DEGENERAÇÃO E REGENERAÇÃO DE FIBRAS +
SÃO LIGADAS AO X
SUBSTITUIÇÃO POR GORDURA
- Doenças AUTOSSÔMICAS RECESSIVAS (ligadas ao X)
- CONFIRMAÇÃO: análise das DISTROFINAS MUSCULARES e/ou TESTE
- PRATICAMENTE EXCLUSIVA DO SEXO MASCULINO
GENÉTICO
DISTROFIA DE DUCHENNE
Ocorre em 30 para cada 100.000 nascidos vivos (XY) Tratamento:
Clínica: - NÃO TEM CURA.
- NORMAL AO NASCIMENTO - CORTICOIDE: retardar a progressão da doença.
- 2-3 anos: FRAQUEZA PROXIMAL PROGRESSIVA (MMII) → QUEDAS - Péssimo prognóstico. Óbito costuma ocorrer na 3ª década de vida
FREQUENTES, DIFICULDADE PARA CORRER E PULAR, SINAL DE por COMPLICAÇÕES DA MUSCULATURA CARDIOPULMONAR.
GOWERS ("levanta se escalando")
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
DISTROFIA DE BECKER
Ocorre em 3 para cada 100.000 nascidos vivos (XY)
HIPERTERMIA MALIGNA
Condições Necessárias:
Clínica:
- CONTRAÇÃO MUSCULAR SUSTENTADA (TRISMO)
- HIPERTERMIA
- TAQUICARDIA/ARRITMIAS
- ACIDOSE MISTA (HIPERCAPNIA + ACIDOSE LÁTICA)
Diagnóstico:
- É CLÍNICO!
Tratamento:
- Suspender o anestésico + medidas de suporte
- DANTROLENE SÓDICO
✓ Craniofaringioma: criança, supra selar, calcificação, QUAL O AGENTE MAIS COMUM DE TODOS?
hemianopsia bitemporal (perde campos visuais laterais) - HARRISON: Pneumococo
- MALIGNOS: - MINISTÉRIO DA SAÚDE: Meningococo
✓ Astrocitoma pilocítico juvenil *: criança, cerebelo, não capta
contraste Clínica:
✓ Meduloblastoma: criança, cerebelo, capta contraste - Tríade clássica: FEBRE + RIGIDEZ DE NUCA + CEFALEIA
- Manifestações de HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
✓ Glioblastoma multiforme: idoso, pior prognóstico
- HIPONATREMIA (SIADH), crise convulsiva
- METASTÁTICOS: - RASH/PETÉQUIAS (mais comuns na meningococcemia)
Conceitos:
Exame Físico:
- Vasculite de grande e médio calibre
- BRUDZINSKI E KERNIG
- Acomete pacientes > 50 ANOS
- Está associada (40%) a POLIMIALGIA REUMÁTICA:
dor e rigidez de cinturas escapular e pélvica.
Clinica:
- Sintomas Constitucionais: febre, fadiga, perda ponderal...
- Cefaleia temporal
- Claudicação de mandíbula (!)
- Cegueira (consequência mais temida)
Diagnóstico:
- BIÓPSIA DE ARTÉRIA TEMPORAL (padrão ouro)
- VHS: melhor marcador para atividade da doença
- PCR elevado
Tratamento: Obs: em Laségue, se referir dor dos DOIS LADOS, é sinal de meningite!
- CORTICOIDE (excelente resposta)
Diagnóstico:
2. Meningite Bacteriana Aguda - HEMOCULTURA (90%)
Infecção purulenta das meninges e do espaço subaracnoide - PUNÇÃO LOMBAR PARA EXAME DO LCR*
Fisiopatologia:
- Colonização de VAS > invasão do SNC (*) Em casos de IMUNODEPRIMIDOS, CÂNCER, PAPILEDEMA,
e LCR > inflamação > edema > HIC ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA, DÉFICIT NEUROLÓGICO
FOCAL ou HISTÓRIA DE TCE PRÉVIO = FAZER NEUROIMAGEM ANTES
- Sequela mais comum: surdez
DA PUNÇÃO
Etiologia:
→ Recém-nascidos:
E se demorar?
- Streptococos do grupo B (Agalactiae)
NUNCA ATRASAR O INÍCIO DO ATB!
- E. coli
- Listeria (presente em quem ter algum grau de imunodeficiência,
Em lactentes...
principalmente nos EXTREMOS DE IDADE, como RN e IDOSOS)
- Pode puncionar mesmo com sinais de HIC (fontanela aberta)
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Clínica:
ANTIBIÓTICO EMPÍRICO!
- Clínica da meningite +
- RN até 3 meses: CEFOTAXIMA + AMPICILINA
- ALTERAÇÃO DO COMPORTAMENTO
- 3 meses até 55 anos: CEFTRIAXONE ± VANCOMICINA (na suspeita de
- Sinal focal
pneumococo resistente = mais comum nos EUA)
- > 55 anos ou comorbidade: CEFTRIAXONE + AMPICILINA ±
Diagnóstico:
VANCOMICINA
- Líquor: padrão viral
- Imagem: acometimento do LOBO TEMPORAL
CULTURA POSITIVA PARA PNEUMOCOCO:
- Sensível a penicilina? PENICILINA CRISTALINA
Tratamento:
- Resistência intermediária? CEFALOSPORINA DE 3ª
- ACICLOVIR
- Resistência elevada? CEFALOSPORINA DE 3ª + VANCOMICINA
- Letalidade: 20-30%
E o corticoide?
- Fazer 20 minutos antes do ATB (útil para prevenção de sequelas)
@
- Benefício para HAEMOPHILUS E PNEUMOCOCO. Pouco benefício para
meningococo.
- Haemophilus é a que mais deixa sequelas e a mais comum delas é a
SURDEZ.
E o isolamento?
- Fazer isolamento RESPIRATÓRIO (para gotículas/usar máscara
cirúrgica) nas PRIMEIRAS 24 HORAS DO TRATAMENTO.
- Só para HAEMOPHILUS E MENINGOCOCO (agentes que precisam de
quimioprofilaxia)
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Distúrbios Específicos
3. Doenças Tubulointersticiais
- TCP: reabsorve maior parte do filtrado (principalmente glicose, ácido
- Principal função túbulo-intersticial: REABSORÇÃO úrico, fosfato, bicarbonato e aminoácidos)
✓ Doenças glomerulares: hematúria dismórfica ou proteínas > - ALÇA DE HENLE: impermeável à água (concentração da medula
3,5g/24 horas através do carreador Na-K-2Cl)
✓ Causa: bicarbonatúria
Clínica: ✓ Detalhe: hipocalemia (perde HCO3- e K+ para compensar)
Ocorre pela compressão tubular gerada pela inflamação!
- INSUFICIÊNCIA RENAL OLIGÚRICA + DOR LOMBAR + FEBRE + RASH - Falha generalizada: SÍNDROME DE FANCONI
DOENÇA CARDIOVASCULAR
É A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE NO NEFROPATA CRÔNICO →
“ATEROSCLEROSE ACELERADA”
É a principal causa de morte no nefropata crônico, via aterosclerose acelerada!
MANIFESTAÇÕES CARDÍACAS/PERICÁRDICAS
Diagnóstico:
- ELEVAÇÃO DE FOSFATO: 2,5 – 4,5mg/dl PERICARDITE URÊMICA: dor
retroesternal, piora ao decúbito dorsal, atrito
- ELEVAÇÃO DE PTH: 10 – 60pg/dl
pericárdico a ausculta, eventualmente derrames
pericárdicos de grande monta... A pericardite
Achados Característicos: urêmia pode acontecer em dois contextos!
Quando o indivíduo inicia a hemodiálise
- REABSORÇÃO SUBPERIOSTEAL DA FALANGE
(recomenda-se que se intensifiquem as sessões
- TUMOR MARROM (OSTEOCLASTOMA) de hemodiálise) ou na ausência de diálise no indivíduo em G5. No ECG, aparecem supras
- CRÂNIO EM SAL E PIMENTA em várias derivações, bem como alterações também em AVR e V1. No RX da pericardite,
- COLUNAS EM RUGGER-JERSEY quando há derrame pericárdico, a gente vê essa alteração no contorno cardíaco, que nós
chamamos de “CORAÇÃO EM MORINGA”.
Tratamento:
MANIFESTAÇÕES PULMONARES/PLEURAIS
→ G3 (TFG: 30-59):
- Restrição de fosfato na dieta (800-1000mg/dia) O PULMÃO URÊMICO na radiografia aparece
com uma distribuição “EM ASA DE
DIÁLISE
Aguda: URGÊNCIA
HEMODIÁLISE
DIÁLISE PERITONEAL
Hipernatremia Obs: o paciente que vomita perde potássio, mas é pela URINA! O suco gástrico
possui pouco potássio! A pessoa que vomita perde ácido clorídrico! Surge alcalose...
O que é? Como compensação do rim, ocorre eliminação de potássio pela urina!
- DÉFICIT DE ÁGUA OU ADH (Na > 145 mEq/L)
Clínica:
Causas: - FRAQUEZA, CÃIBRAS, FADIGA
- Incapacidade de pedir/ingerir líquidos (acamados, idosos, RN, coma) - CONSTIPAÇÃO/ÍLEO PARALÍTICO
- Diabetes insipidus* (déficit de ADH. Pode ser central ou nefrogênico) - ALTERAÇÕES CARDÍACAS
Alterações no ECG:
Clínica:
- ONDA T ACHADADA > ONDA U > onda P apiculada, aumento de QT
- Desidratação neuronal: CEFALEIA, HEMORRAGIA CEREBRAL, COMA
- Pode haver alargamento de QRS/Infra de ST
Tratamento:
- ÁGUA POTÁVEL VO OU ENTERAL
- Soluções hipotônicas: SG 5% ou NaCl 0,45% EV
- REDUZIR NA EM ATÉ 10 MEQ/L NAS PRIMEIRAS 24 HORAS
Reposição Rápida:
- Risco de EDEMA CEREBRAL
ATENÇÃO!
Abordagem:
Diabetes Insipidus Central (pós-operatório). Diagnósticos diferenciais:
- Via de escolha: ORAL (xarope ou comprimido)
em casos de poliúria e polidipsia, pensar também em DM e polidipsia
- Se intolerância TGI, potássio < 3 ou ECG alterado: INTRAVENOSO
primária.
✓ O teste para diferenciar diabetes insipidus e polidipsia Como? “Regra do 20-300-40”
primária é o TESTE DA RESTRIÇÃO HÍDRICA (se PP: cura/fica de - Velocidade: 20mEq/hora (veias periféricas)
boa; se DI: piora/desidrata) - Reposição de 300mEq para cada perda de 1mEq/litro
- Concentração: 40mEq/litro
✓ Laboratório: sódio plasmático normal (o paciente compensa
- Se refratário: DIÁLISE
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Acidose Respiratória
Causas
- O mecanismo só pode ser a HIPOVENTILAÇÃO PULMONAR.
Geralmente é decorrente de uma patologia pulmonar grave.
- Se crônica, geralmente é o paciente DPOC AVANÇADO, retentor
crônico de CO2. Esses pacientes têm níveis de CO2 muito altos, mas o pH
está ou ligeiramente baixo, ou normal, pois existe um aumento
compensatório importante de HCO3.
Tratamento
- Se aguda: IOT + VM.
- Se crônica: não precisa tratar, se compensado. Se alteração do
sensório, fadiga respiratória ou pH < 7,2: IOT + VM.
Alcalose Respiratória
Causas
- O mecanismo só pode ser a HIPERVENTILAÇÃO PULMONAR.
Geralmente é por hiperventilação psicogênica ou patologia pulmonar
aguda.
- Agudas: “PITI”, ASMA, TEP, PNEUMONIA
- Crônicas: condições que estimulam continuamente o centro
respiratório: sepse, insuficiência hepática, doença do SNC que
comprometem o diencéfalo, mesencéfalo ou ponte.
Tratamento
Laboratório: Diagnóstico:
- Morfologia: normo/normo (clássico) e depois micro/hipo - Eletroforese de hemoglobina: DIMINUIÇÃO DE HBA E AUMENTO DE
- Ferro sérico: diminuído HBA2 E HBF
- Saturação da transferrina: diminuída
- Ferritina: ELEVADA Formas Clínicas:
Diferencial com
- TIBC: DIMINUÍDO → Beta-talassemia MAJOR (beta0beta0, beta0beta+) – Anemia de Cooley
FERROPRIVA!
- Receptor solúvel da transferrina: DIMINUÍDO - Anemia hemolítica grave depois de 6
meses de idade
Conduta:
- Hepatoesplenomegalia/retardo do
- Tratar a doença de base
crescimento e baixa estatura
- EPO em casos selecionados
- Hipertrofia da MO (deformidades ósseas).
→ Hidropsia fetal ( - - - -)
✓ Acúmulo de homocisteína: OS DOIS CAUSAM
- Incompatível com a vida
- Eletroforese de Hb: 80% de Hb Bart
✓ Acúmulo de ácido metilmalônico: SÓ B12 CAUSA
5. Anemia Megaloblástica
Obs: o quadro neurológico pode estar presente sem o quadro hematológico!
Introdução:
- Defeito na síntese do DNA durante a eritropoiese Tratamento:
- Etiologias mais comuns: deficiência de ácido fólico e/ou vitamina B12, - Deficiência de B12: repor B12 INTRAMUSCULAR
que são importantes para a síntese do DNA! - Deficiência de ácido fólico: repor folato VIA ORAL
Tratamento:
- FLEBOTOMIAS DE REPETIÇÃO (retirada de 100-500ml de sangue)
- DROGAS MIELOSSUPRESSORAS: HIDROXIUREIA, ANAGRELIDA
- RUXOLITINIBE (inibidor JAK2)
- AAS EM DOSE BAIXA p/eritromelalgia
7. Trombocitemia Essencial
Clínica:
- PLAQUETAS > 450.000 + ESPLENOMEGALIA (!!!)
- TROMBOSE (arterial e venosa) + SANGRAMENTO + ERITROMELALGIA
+ ANISOCITOSE PLAQUETÁRIA
Pode sangrar ou trombosar! Isso vai depender da qualidade da plaqueta
que está sendo gerada! Existem os dois extremos!
Critérios Diagnóstico:
✓ > 450.00 PLAQUETAS
✓ Se BIÓPSIA DE MO COM PROLIFERAÇÃO MEGACARIOCÍTICA
✓ MUTAÇÃO JAK-2, CALR OU MPL
- FARINGITE DOLOROSA: exsudativa (não melhora com amoxicilina (*) Padrão rR’ + desvio do eixo elétrico para esquerda (D1
porque não é bacteriana), membranosa, com petéquias. Pode obstruir predominantemente positivo e aVF predominantemente negativo)
VA.
Diagnóstico:
- Fase aguda: exame direto (sangue periférico)/IgM anti-T.cruzi
- Fase crônica: 2 testes positivos IgG (ELISA + IFI ou hemaglutinação)
Tratamento:
Quando indicar?
- DOENÇA AGUDA/REATIVAÇÃO
- Considerar: < 50 ANOS SEM DOENÇA AVANÇADA
Qual droga?
- BENZNIDAZOL 5-10mg/kg/dia por 60 dias (70% de cura).
- Alternativa: Nifurtimox
4. Esplenomegalia
Causas:
- São as mesmas de linfonodomegalia! Aquela diferenciação de benigna
e maligna também vale! São estruturas parecidas!
Mas... Como o órgão é maior e mais complexo, existem algumas causas
exclusivas do baço.
Causas específicas:
- HIPERTENSÃO PORTA
Conduta:
- Avaliar OUTROS LOCAIS (LINFONODOS/MO).
Não é para biopsiar o baço logo de cara. Muito invasivo!
(**) ATENÇÃO!
ESPLENOMEGALIA DE MONTA +
PANCITOPENIA + MONOCITOPENIA +
CÉLULA PILOSA no esfregaço
periférico.
2. Cardiomiopatias 3. Valvopatias
Insuficiência Mitral
- Sopro holossistólico
- Presença de B3
- Ictus VE desviado
- Principal lesão aguda da febre reumática
Insuficiência Aórtica
- Sopro de Austin-Flint: sangue refluído pela valva aórtica leva a estenose
mitral funcional (mas sem lesão, sem hiperfonese de B1)
- Ictus de VE desviado
- Pode haver B3 por sobrecarga de volume
- “Tudo pulsa na insuficiência aórtica”
▪ Pulso de Corrigan (em martelo d’água): rápida ascensão e
rápida queda
▪ Sinal de Musset: pulsação da cabeça
▪ Sinal de Muller: pulsação da úvula
▪ Sinal de Quincke: pulsação nos leitos ungueais
Manobras Semiológicas
Qual a consequência das manobras nos sopros cardíacos?
Valsalva
- Aumenta a pressão intratorácica e atrapalha o retorno venoso = chega
menos sangue no coração > passa menos sangue pelas válvulas > REDUZ
O SOPRO na grande maioria das doenças.
- Exceções: cardiomiopatia hipertrófica e prolapso mitral
“Handgrip”
- Manobra: fechar a mão com intensidade por 10 segundos
- Consequência: aumenta a RVP (principalmente em MMSS)
- AUMENTA SOPRO DA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
- DIMINUI O SOPRO DA ESTENOSE AÓRTICA
Uso de Vasodilatadores
- É o raciocínio oposto de “handgrip”. É como se “abrisse a periferia”,
diminuindo a RVP.
- DIMINUI O SOPRO DA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
- AUMENTA O SOPRO DA ESTENOSE AÓRTICA
AAS
✓ Dose de ataque: 162 – 325 mg VO
✓ Dose de manutenção: 81 – 325 mg VO
Estatina
- Iniciar assim que paciente estável
✓ Dose Sinvastatina: 80 mg VO
Nitrato
Morfina
Se não melhorar dor: 2 a 8 mg. Pode repetir em 5 a 15 min. Opção: nitrato IV
Betabloqueador
- Iniciar nas primeiras 24 hrs
- CI: FC < 60 bpm, PAS < 100 mmHg, asma ou DPOC grave, disfunção
ventricular grave, Killip ≥ II, IAM VD, uso cocaína
✓ Metoprolol VO: depende da clínica do paciente, em geral, titular a
dose para alvo de 60 bpm (25 – 100 mg 12/12 hrs).
IECA/BRA
- Iniciar nas primeiras 24 hrs se IAM anterior + IC + FE < 40% + DRC
✓ Dose Enalapril VO: 2,5 mg 12- 12 hrs, com alvo de 10 mg 12/12
hrs.
- Trombólise mecânica: tempo porta balão < 90 min ou < 120 min para
transferência. Terapia “fibrino-invasiva” em até 24 horas!
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Cuidados Pós-Parada
- Otimizar oxigenação (SATURAÇÃO 92-98% com a menor FiO2 possível)
e tratar hipotensão
- Cabeceira elevada 30 graus
- Visar PAS > 90 E PAM MÉDIA > 65
- Se usado, o antiarrítmico deve ser mantido por 24-48 horas.
- Controle direcionado da temperatura
-- Se comatoso: 32-36ºC POR, PELO MENOS, 24 HORAS (SF gelado,
compressa gelada...)
-- EVITAR HIPERTEMIA SEMPRE
Diagnóstico:
É obrigatório fazer antes da cirurgia...
(1) CLÍNICO (pirose + regurgitação)!
→ PHMETRIA DE 24H: exame complementar PADRÃO-OURO para
(2) EDA
confirmar o diagnóstico de refluxo.
✓ Se normal: não exclui DRGE! Pode ser normal em 50% dos casos!
→ ESOFAGOMANOMETRIA: para escolher a técnica cirúrgica.
✓ Não é imprescindível para o diagnóstico!
✓ É pedida com frequência para afastar câncer e outras
patologias/complicações
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Entendendo... Tratamento:
Úlcera Duodenal (Hipercloridria) - ORIENTAÇÕES DIETÉTICAS (1. Deitar após a alimentação para lentificar a
chegada do alimento ao duodeno e 2. Fracionar as refeições e reduzir
→ Vagotomia troncular + piloroplastia
carboidratos)
→ Vagotomia troncular + antrectomia + reconstrução do trânsito*
→ Vagotomia superseletiva (gástrica proximal) = conserva o piloro.
Gastrite Alcalina ou Gastropatia por Refluxo Biliar
Hemosuccus Pancreaticus
- DOR ABDOMINAL + HDA + PANCREATITE
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Pancreatite Crônica
“Inflamação crônica + fibrose + insuficiência pancreática”
Anatomopatologia:
- LESÃO IRREVERSÍVEL: tecido pancreático evolui para quadro
irreversível e incurável de CALCIFICAÇÃO
Etiologia:
- ÁLCOOL (70 – 80%), FIBROSE CÍSTICA (crianças)
- Outros: idiopático, genético, autoimune, metabólica
Clínica:
- Dor: “COMEU, DOEU”
- ESTEATORREIA (> 90%): déficit de secreção enzimática
- DIABETES: destruição das ilhotas
- ICTERÍCIA, COLANGITE: fibrose e retração
Classificação:
- Grandes ductos
- Pequenos ductos
Entendendo melhor...
- CESSAR ETILISMO E TABAGISMO
(o tabagismo é o principal fator de risco para CA de pâncreas).
Tratamento Cirúrgico:
Dilatação por cálculos/estenose:
- CPRE
- Descompressão cirúrgica (se refratário e dilatação > 7 cm): cirurgia de
Partington-Rochelle (Puestow modificado)
- Se cálculo ou dilatação únicas: pancreatectomia segmentar
Metástase
- Tumor hepático maligno MAIS COMUM!
- Diagnóstico: TC DINÂMICA com MÚLTIPLOS NÓDULOS
HIPOCAPTANTES!
- Sítios primários mais frequentes: CÓLON, PÂNCREAS, MAMA
- Típico: MÚLTIPLOS NÓDULOS HIPOCAPTANTES DE TAMANHOS
SEMELHANTES = bastante sugestivo de lesão metastática
- Tratamento:
✓ Geral: PALIATIVO
✓ Colorretal ou tumor neuroendócrino: METASTASECTOMIA
(“fazer desde que sobre quantidade de fígado viável, de acordo com a
volumetria hepática”)
Volumetria hepática:
> 20-25%: se fígado normal
> 30-40%: se pós-QT
> 40%: se cirrose Child A
Fatores de Risco:
- HPV, PROMISCUIDADE, CA DE VULVA E VAGINA (ÍNTIMA RELAÇÃO),
TABAGISMO, HIV
Características:
- Se surgir próximo à linha denteada (epitélio de transição): subtipos
BASALOIDE E CLOACOGÊNICO
- “TUMOR BONZINHO”: poucas metástases (apenas 25% tem
Clínica:
- MASSA ANAL + DOR + SANGRAMENTO + LINFADENOPATIA INGUINAL
Conduta:
- QT + RT (ESQUEMA NIGRO)
- Se recorrência: MILES (RAP)
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
→ 24-72 horas
ATENÇÃO! - ATELECTASIA (!)
QUETAMINA: PRODUZ VASOCONSTRIÇÃO (BOM PARA PACIENTES - INFECÇÃO NECROSANTE DA FERIDA (S. PYOGENES, CLOSTRIDIUM
INSTÁVEIS). NUNCA USAR PROPOFOL EM PACIENTES INSTÁVEIS. PERFINGRENS)
- PAROTIDITE SUPURATIVA (S. AUREUS)
Hematoma
6. Hipertermia Maligna
ATENÇÃO!
Pacientes mais susceptíveis a HIPERTERMIA MALIGNA: HISTÓRIA
FAMILIAR e DOENÇAS MUSCULOESQUELÉTICAS (DISTROFIA
MUSCULAR E OSTEOGÊNESE IMPERFECTA)
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
VAGINITE ATRÓFICA
▪ Corrimento amarelado
▪ Prurido
▪ pH > 5
▪ Sem patógenos à microscopia
Obs: corrimento bolhoso também pode estar presenta na vaginose! ▪ ↑PNM (!) e de células basais/parabasais.
▪ Tratamento com estrogênio tópico.
Tratamento:
- METRONIDAZOL 250MG 2CP 12/12H VO 7 DIAS ou 2G DU
2. Cervicites
- CDC: tinidazol e secnidazol são opções
Tratamento:
- METRONIDAZOL 400MG, 5COMP VO, DU OU
- METRONIDAZOL 250MG 2CP VO 12/12H 7 DIAS
E NA GRAVIDEZ E PUERPÉRIO?
- TEM QUE TRATAR!
▪ Segundo o MS, o metronidazol pode ser usado!
▪ ABAIXO DO ORIFÍCIO EXTERNO: CERVICITE
▪ ACIMA DO ORIFÍCIO INTERNO: DIP
Ilustrando... Agentes:
- GONOCOCO E CLAMÍDIA
Fatores de Risco:
- Transmissão sexual (DST clássica)
- Coitarca precoce
- IST/DIP prévias
- Parceiro com IST
Clínica/Diagnóstico:
Candidíase Tricomoníase Vaginose
- CORRIMENTO CERVICAL PURULENTO, COLO HIPEREMIADO,
FRIÁVEL, SINUSORRAGIA E DISPAREUNIA.
Tratamento:
- CEFTRIAXONE 500MG IM DU +
- AZITRO 500MG, 2CP VO DU OU
- DOXICICLINA 100MG VO, 2X/DIA, 7 DIAS
Complicação:
- DIP
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
FIBROADENOMA
- ASSINTOMÁTICO (maioria)
MAMOTOMIA
- FIBROELÁSTICO, BEM DELIMITADO, NÃO ADERIDO A PLANO
▪ Biópsia percutânea a vácuo
PROFUNDO
▪ Para MICROCALCIFICAÇÕES
- JOVENS: 20-35 ANOS
- EXÉRESE SE: > 35 anos, aumento de tamanho
- Histopatológico: ESTROMA HIPOCELULAR
Suspeita Ultrassonográfica:
- Menopausa + Endométrio:
Suspeita Colpocitológica:
- CÉLULA ENDOMETRIAL APÓS MENOPAUSA
Diagnóstico:
- Se clínica, fatores de risco e/ou USG suspeitos: realizar investigação
endometrial com BIÓPSIA PARA ESTUDO HISTOPATOLÓGICO. Como?
Panorama Geral do Tratamento
▪ Cureta de Novak
(1) CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA (VLSC/ROBÓTICA) OU ▪ Curetagem uterina
LAPAROTOMIA EXPLORADORA ▪ Histeroscopia com biópsia dirigida (sob visualização direta) =
padrão ouro
(2) CITOLOGIA PERITONEAL (de lavado ou líquido ascético)
Quais os possíveis achados?
(3) AVALIAÇÃO DA PELVE
▪ Se radical: histerectomia total e salpingooforectomia bilateral PÓLIPOS
▪ Se conservador: salpingooforectomia unilateral Tipos:
▪ Cervical (10%): ou não causa nada, ou causa SINUSIORRAGIA
(4) AVALIAÇÃO DO ABDOME ▪ Endometrial: maioria ASSINTOMÁTICOS
▪ Biópsias peritoneais e exérese de implantes Diagnóstico:
▪ Omentectomia infracólica ▪ Suspeita: USG
(5) AVALIAÇÃO DE LINFONODOS PÉLVICOS E PARA-AÓRTICOS ▪ Confirmação: histeroscopia
▪ Linfadenectomia pélvica: rotina Conduta:
▪ Linfadenectomia paraórtica: somente se biópsia de ▪ Polipectomia por histeroscopia
congelação de linfonodos pélvicos for positiva. Alguns
serviços, entretanto, também recomendam de rotina.
Polêmico na literatura.
(6) QT ADJUVANTE:
▪ Se > IC ou tumor indiferenciado (G3)
LESÕES PRECURSORAS/CÂNCER
- Hiperplasias (precedem 80% dos CA de endométrio)
LEMBRE!
Se jovem IA/IB/GI (bem diferenciado): avaliar salpingo-ooforectomia - Hiperplasia é laudo histopatológico!
UNILATERAL para preservar função reprodutiva! - Tipos de hiperplasia (OMS): SIMPLES SEM ATIPIA (1% vira câncer);
COMPLEXA SEM ATIPIA (3%); simples com atipia (8%); COMPLEXA
COM ATIPIA (29%).
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
CUIDADO!
O termo CAF (Cirurgia de Alta Frequência) serviu para popularizar o método de
- Gestante = biópsia só na suspeita de invasão* excisão da ZT (zona de transformação) com Junção Escamocolunar (JEC) visível
(vasos atípicos + superfície irregular + erosão/ulceração) e até o primeiro centímetro do canal. Todavia, o termo CAF passou a ser
utilizado indistintamente para biópsias e, com a disseminação das técnicas de
- Se insatisfatória (não viu JEC): avaliar canal endocervical. Como? conização por eletrocirurgia, tornou-se muito difícil saber qual procedimento
▪ Escovado endocervical realizado quando havia relato de uma mulher ter sido submetida a uma CAD.
▪ Curetagem endocervical Para disciplinar o uso desses termos, o MS definiu que O TRATAMENTO
▪ Histeroscopia (especial pacientes com AGC) EXCISIONAL AMBULATORIAL DEVERIA SER CHAMADO DE EZT (EXÉRESE DA
ZONA DE TRANSFORMAÇÃO). Qualquer outra abordagem que tenha por
(3) ESTUDO HISTOPATOLÓGICO: objetivo retirar a ZT endocervical era denominada conização, independente do
- Possibilidades: LESÕES INTRA-EPITELIAIS OU CA CERVICAL método utilizado para sua realização (por eletrocirurgia, por laser ou bisturi
convencional).
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Vias de Disseminação:
- Primeiro lugar: CONTIGUIDADE (vagina e corpo uterino)
- Segundo lugar: LINFÁTICA
▪ Grupo primário de linfonodos: paracervicais, obturadores, ilíacos;
▪ Grupo secundário de linfonodos: ilíacos comuns, para-aórticos e
inguinais.
- Terceiro lugar: HEMATOGÊNICA (fígado, pulmões, ossos)
- Estádio 1: restrito ao colo uterino (tamanho normal: 3,5-4cm) - Estádio 1B3 ou 2A1: WERTHEIM-MEIGS ou QT/RT se ↑risco cirúrgico
▪ 1A1: < 3mm de profundidade
- Estádio > 2A2: QT/RT
▪ 1A2: 3-5mm de profundidade
▪ 1B1: 5mm-2cm de profundidade
(*) Wertheim-Meigs: histerectomia total + retirada dos paramétrios e
▪ 1B2: > 2-4cm de profundidade
uterossacros + terço superior da vagina + linfadenectomia pélvica. Anexectomia
▪ 1B3: > 4cm de profundidade
não é obrigatória (individualizar).
- Estádio 2:
▪ 2A: parte superior da vagina
✓ 2A1: < 4cm
✓ 2A2: > 4cm
▪ 2B: invade paramétrio (a partir daqui, só QT) → visto pelo
toque retal
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ESTÁDIO I → T1 N0 M0
- Tumor confinado à vulva e/ou períneo
- Diâmetro < 2cm e linfonodos inguinais negativos
▪ IA → T1a N0 M0 = invasão estromal < 1mm
▪ IB → T2b N0 M0 = invasão estromal > 1mm
ESTÁDIO II → T2 N0 M0
- Tumor confinado à vulva e/ou períneo
- Pele dos lábios: maioria - Diâmetro > 2cm e linfonodos inguinais negativos
- Clitóris e glândulas vestibulares: raro
ESTÁDIO III → T1-T2-T3 N0-1 M0
Prevenção: - Tumor de qualquer tamanho com:
- Primária: VACINA ANTI-HPV ✓ Comprometimento de uretra e/ou vagina e/ou ânus
▪ Quadrivalente ✓ Comprometimento de linfonodos unilaterais
▪ Reduz prevalência de lesões pré-malignas não cervicais ▪ IIIA → invasão de 1 linfonodo > 5mm ou de 1-2 linfonodos <
- Secundária 5mm
▪ Sem evidências de rastreamento! ▪ IIIB → invasão de 2 linfonodos > 5mm ou de 3 ou mais
▪ Avaliação precoce de sinais e sintomas: lesões pigmentadas, linfonodos < 5mm
úlceras irregulares, prurido valvar crônico → sempre procurar ▪ IIIC → linfonodos + invasão extracapsular
assistência ginecológica nesses casos!
ESTÁDIO IV
Fenótipos: Diagnóstico:
→ Critérios de Rotterdam (se 2 dos 3 seguintes: SOP)
A: tem os 3 critérios
B: sem alterações à USGTV
C: sem anovulação
Obs: existe taxa de 20% de falso positivo na USG.
D: sem hiperandrogenismo
(2) OLIGO OU ANOVULAÇÃO
Diagnóstico Diferencial: (3) HIPERANDROGENISMO CLÍNICO OU BIOQUÍMICO
CAUSAS ESPECÍFICAS DE ANOVULAÇÃO HIPERANDROGÊNICA
- Tireoidopatias, disfunção hipotalâmica, Cushing, HAC de início tardio, CRÍTICAS AOS CRITÉRIOS: não leva em conta a resistência insulínica!
insuficiência ovariana prematura, tumores secretores,
Fluxograma Diagnóstico:
Laboratório:
- Diante de tantas causas de anovulação hiperandrogênica, é importante
EXCLUIR OUTRAS DOENÇAS:
▪ TSH
▪ PROLACTINA
▪ 17-OH PROGESTERONA (< 200: exclui HAC)
▪ CORTISOL (cushing)
É TÍPICO DE SOP!
▪ ↑Testosterona total e livre
▪ ↑Androstenediona
▪ ↑S-DHEA
▪ ↑Resistência insulínica
LEMBRE QUE É MUITO IMPORTANTE EXCLUIR OUTRAS CAUSAS!
▪ ↑LH, estrogênio
▪ ↑Prolactina (às vezes)
▪ ↓SHBG e FSH ↓ ou normal Repercussões:
- Pela resistência insulínica: DM, HAS, DISLIPIDEMIA, OBESIDADE,
“TUDO SOBE, EXCETO FSH E SHBG”
E progesterona, se for fenótipo C (sem anovulação) DOENÇA CARDIOVASCULAR
- Pelo hiperandrogenismo: ANOVULAÇÃO, ESTÉTICA...
Obs: SDHEA é um hormônio exclusivo da adrenal! Não é problema de - Pela anovulação: INFERTILIDADE, HIPERPLASIA/CA DE
ovário! Se estiver > 700, é importante pedir TC/RNM para descartar ENDOMÉTRIO
neoplasia de adrenal.
Avaliação Clínica:
Diante de tantas repercussões, é fundamental:
▪ Aferição da PA
▪ Medida da circunferência abdominal
▪ Glicemia de jejum
▪ TOTG
▪ Lipidograma
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→ ADULTA Definições:
- Disfuncional/anormalidades da gravidez - PROJEÇÕES GLANDULARES E ESTROMAIS (lesões em relevo) na
Importante excluir: infecção específica, neoplasias hormônio- cavidade uterina
dependentes benignas (mioma, adenomiose, pólipo) - Características BENIGNAS e BAIXO POTENCIAL DE MALIGNIZAÇÃO
(0,5-3%)
→ PÓS-MENOPAUSA
- Atrofia endometrial (30%)/terapia hormonal (30%)
4. Adenomiose
Conceitos:
- TECIDO ENDOMETRIAL NO MIOMÉTRIO
- Sequência: hipertrofia > hiperplasia > INFLAMAÇÃO
Classificação:
FOCAL
Tratamento: ▪ Conjunto focal circunscrito
▪ Adenomioma
SEMPRE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO: SINTOMA X DESEJO DE GESTAÇÃO
DIFUSA
- Assintomática: NÃO TRATAR
▪ Distribuição por todo o miométrio
- Submucoso: miomectomia por HISTEROSCOPIA ▪ Mais comum
▪ Parede posterior é a mais acometida
- Sintomática com sangramento leve/moderado:
EXPECTANTE/CLÍNICO (ACO para redução do sangramento, apesar do risco de Clínica:
crescer o mioma) - SUA, DISMENORREIA SECUNDÁRIA E PROGRESSIVA e
- Sintomática com sangramento intenso e nulípara: MIOMECTOMIA AUMENTO/AMOLECIMENTO GLOBAL UTERINO
- DISPAREUNIA e DOR PÉLVICA CRÔNICA podem ocorrer
- Sintomática com sangramento intenso e multípara:
HISTERECTOMIA ou histeroscopia + ressecção se submucoso nível 0 e Diagnóstico:
(*) Ablação: opção para quem quiser preservar o útero, mas não tem
interesse em função reprodutiva. Não tem sido recomendado segundo as
evidências mais atuais.
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Apresentação Cefálica
EIXO ANTEROPOSTERIOR → FLEXÃO OU DEFLEXÃO
PLANOS DE DELLE
A altura da apresentação é definida em centímetros positivos quando seu
ponto mais baixo está abaixo do plano 0 de Delle e em centímetros negativos
quando acima do mesmo.
→ FLETIDA OU OCCIPITAL
✓ Referência: lambda
✓ É a mais comum
✓ É a que apresenta menor diâmetro: suboccipitobregmático
✓ Diâmetro: 9,5cm
PLANOS DE HODGE (em desuso)
→ DEFLETIDA DE 1º GRAU OU BREGMA
✓ Referência: bregma Primeiro plano: borda superior
✓ Se tiver lambda e bregma: considerar lambda (fletida) do pube e promontório
✓ Diâmetro occipito-frontal: 12cm Segundo plano: borda inferior
do pube ao meio da segunda
→ DEFLETIDA DE 2º GRAU OU FRONTE vértebra sacra
✓ Referência: glabela Terceiro plano: delimina-se
✓ É indicação absoluta de cesariana nas espinhas ciáticas →
✓ Diâmetro occipitomentoniano: 13,5cm CORRESPONDE AO PLANO
ZERO DE DE LEE
→ DEFLETIDA DE 3º GRAU OU FACE
Quarto plano: é traçada pela
✓ Referência: mento
ponta do cóccix
✓ Se mento posterior: indicação de cesariana
✓ Diâmetro submentobregmático: 9,5cm
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Conceito:
Manobra de Bracht: joga o dorso no abdome
- Parto ENTRE 20-22 SEMANAS e ANTES DE 37 SEMANAS
Manobra de Liverpool: joga o dorso no abdome da mãe e solta
Fatores de Risco:
- PREMATURO ANTERIOR (!)
- SOBREDISTENSÃO UTERINA (polidramnia, gemelar, macrossomia, etc)
- RPMO
- INFECÇÕES
- FATORES CERVICAIS
- ANEMIA, DESNUTRIÇÃO
Quadro Clínico:
- CONTRAÇÕES UTERINAS REGULARES < 37 SEMANAS +
- DILATAÇÃO CERVICAL E/OU APAGAMENTO CERVICAL
Rastreamento/Predição:
Fórcipe de Piper → MEDIDA DO COLO COM USG
(18 e 24 semanas)
Prevenção:
- REPOUSO: pouca eficácia comprovada
- TRATAMENTO DE INFECÇÕES
- CIRCLAGEM UTERINA: se parto prematuro anterior E colo curto
(polêmico na literatura)
- PROGESTERONA VAGINAL (!): se colo curto OU parto prematuro
anterior.
Então...
- Colo curto OU parto prematuro anterior: PROGESTERONA
SE < 3 MESES: o quadro é principalmente de tosse arrastada + APNEIA + - NÃO FAZER BETA-2-AGONISTA!
cianose (pode haver convulsão). Infecção respiratória com apneia no primeiro - NÃO FAZER NBZ COM ADRENALINA!
trimestre de vida = tem que pensar em coqueluche!
- NÃO USAR CORTICOIDE! Não é benéfico...
Diagnóstico:
- NÃO SE RECOMENDA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA (adora cair em
- PESQUISA DA BORDETELLA EM
prova)!
Obs: a partir do 2º episódio de sibilância, não chamamos mais de bronquiolite, Sibilante de Início Tardio
mas de “lactente sibilante” (nesses casos, pode ser asma...)
- “Criança que SÓ COMEÇOU A SIBILAR COM 5-7 ANOS DE VIDA.” =
Diagnóstico: provável ASMA.
- CLÍNICO!
Obs: aos 2-3 anos de idade, como saber se é bronquiolite (sibilante
Exames Complementares:
transitório precoce) ou asma (sibilante persistente)? Falam a favor de
- Hemograma: costuma ser NORMAL (ou DISCRETA LINFOCITOSE)
ASMA: (1) episódios recorrentes; (2) história familiar positiva; (3)
- PESQUISA DE ANTÍGENOS VIRAIS NO ASPIRADO NASOFARÍNGEO
rinite alérgica e eczema atópico; (4) eosinofilia (> 4%)
(pode ajudar na diferenciação com pneumonia bacteriana)
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- SACO COLETOR
▪ Se negativa, com certeza não tem ITU;
▪ Se > 100.000 ou 105 + EAS alterado + sintomas = pode utilizar
como diagnóstico, segundo o Nelson
- PUNÇÃO SUPRAPÚBICA
▪ Qualquer crescimento bacteriano; > 50.000 segundo Nelson
- CATETERISMO
▪ > 50.000: não há ponto de corte universalmente aceito
Tratamento:
→ Cistite:
- Tempo: 3-5 dias
Mecanismos:
- Ambulatorial: NITROFURANTOÍNA, AMOXICILINA, CEFALEXINA
- RVU primário (congênito/idiopático):
→ Pielonefrite: ▪ A implantação do ureter na bexiga (JUV) se faz de forma
- Tempo: 7-10 dias PERPENDICULAR
- Não aguardar resultado da urinocultura para iniciar o tratamento
- É possível iniciar o tratamento de forma hospitalar e terminar de forma
ambulatorial
Quando internar?
▪ MENOR DE 3 MESES
▪ SINAIS DE SEPSE
▪ NÃO INGERE LÍQUIDOS
▪ DESIDRATAÇÃO, VÔMITOS, PROSTRAÇÃO
- RVU secundário:
▪ Obstrução/inflamação/alteração funcional que aumenta a
pressão vesical e gera o refluxo (ex: VUP)
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Indicações de IOT
Ventilação por máscara não efetiva ou prolongada
Indicação de massagem cardíaca ou adrenalina
Suspeita de hérnia diafragmática (não pode ventilar com máscara)
Indicações de MCE
FC < 60bpm após 30 segundos de ventilação por cânula com FiO2 > 60%
Indicações de Epinefrina
FC < 60bpm após 60 segundos de MCE e ventilação por cânula
Tratamento:
- FECHAMENTO ESPONTÂNEO
- Enquanto não opera: DIURÉTICOS, SINTOMÁTICOS
- Correção cirúrgica:
▪ Defeitos pequenos e assintomáticos: não precisa
▪ Defeito grande ou sintomáticos: cirurgia Clínica:
- Pode ser assintomática
Complicações: - Insuficiência cardíaca
- SÍNDROME DE EISENMENGER: - SOPRO CONTÍNUO EM MAQUINÁRIA em 2º EI ou região
▪ AUMENTO DA RESISTÊNCIA VASCULAR PULMONAR (a ponto infraclavicular esquerda. Vai crescendo durante a sístole e decrescendo
de ficar maior que a resistência vascular sistêmica) > durante a diástole
INVERSÃO DO SHUNT (direita-esquerda). - Pulso periférico amplo
▪ Clínica: CIANOSE, visto que vai menos sangue para o pulmão
Diagnóstico:
Comunicação Interatrial (CIA) - RX: ↑circulação pulmonar, ↑AE/VE, aorta e artéria pulmonar
- ECG: ↑VE
Tipos: - ECO: estabelece o diagnóstico
- OSTIUM PRIMUM: defeito adjacente às valvas AV (“defeito parcial do
septo AV”) Tratamento:
Conceitos:
- Também pode ser chamado de defeito de fechamento do coxim
endocárdico
Clínica:
- EM GERAL ASSINTOMÁTICAS
- Exame físico: DESDOBRAMENTO FIXO DE B2 Achados:
- Outras alterações: sopro sistólico ejetivo em BEE e alta (decorrente de - CIA + CIV + VALVA ATRIOVENTRICULAR ÚNICA
estenose pulmonar relativa) ou sopro diastólico tricúspide (menos comum, - É a cardiopatia congênita mais comum da SÍNDROME DE DOWN
típica em quem tem ↑↑↑Qp/Qs)
Clínica:
Diagnóstico: - CIV grande: manifestações de insuficiência cardíaca. Pode evoluir
- RX de tórax: ↑AD e ↑VD; ↑artéria pulmonar e circulação pulmonar com a síndrome de Eisenmenger de forma mais precoce nos casos de
- ECG: sobrecarga de VD; BRD síndrome de Down.
- ECO: estabelece o tipo e o tamanho do defeito e o sentido do shunt
RESUMÃO ATÉ AQUI!
Tratamento: ▪ CIV: mais comum; ICC
- Acompanhamento: CIA pequeno, assintomáticos ▪ CIA: desdobramento fixo e amplo de B2
- Cirurgia ou cateterismo (“fechar o defeito”): sintomáticos, ↑VD, ▪ PCA: prematuros; sopro em maquinaria (Piuí...)
↑Qp/Qs ▪ DSAV: Down
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Conceitos: 5 T’s
- OBSTRUÇÃO EM QUALQUER PONTO Mecanismos:
DA AORTA - SHUNT DIREITA PARA ESQUERDA (protótipo: tetralogia de Fallot)
- Associação com VALVA AÓRTICA - DISCORDÂNCIA VENTRICULO-ARTERIAL (protótipo: transposição de
BICÚSPIDE e com SD DE TURNER grandes vasos)
Formas: - MISTURA DE SANGUE OXIGENADO E NÃO OXIGENADO
- JUSTADUCTAL (“tipo adulto”):
▪ Mais comum Teste da HIPERÓXIA: diferencia cianose cardíaca x não cardíaca
- Fazer OXIGÊNIO POR 10 MINUTOS E COLETAR GASOMETRIA!
▪ Localizada ADJACENTE AO CANAL ARTERIAL
▪ Se PaO2 > 250: excluída causa não cardíaca
▪ Se PaO2 > 150mmHg: provável causa pulmonar
- PRÉ-DUCTAL (“tipo infantil’):
▪ Se PaO2 < 100mmHg (ou SatO2 < 85%): reforça suspeita de
▪ Localizada ANTES DO CANAL ARTERIAL
cardiopatia
▪ HIPOPLASIA TUBULAR (representa o acometimento de todo o
segmento aórtico = quadro mais grave, com repercussão já no período Quando a etiologia é cardíaca, eu ofereço oxigênio e não há melhora!
neonatal)
Tetralogia de Fallot
Conceitos:
- É a CARDIOPATIA CONGÊNITA CIANÓTICA MAIS COMUM
Clínica:
→ Tétrade
- OBSTRUÇÃO DA VIA DE SAÍDA DO VD
- HIPERTROFIA DO VD
- COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV)
- DEXTROPOSIÇÃO DA AORTA
Diagnóstico:
- RX: CoA leve = EROSÕES COSTAIS, “SINAL DO 3” (dilatação pré-
coarctação + coarctação + dilatação pós-coarctação)
→ Se grave...
- CIANOSE RN DESDE O PERÍODO NEONATAL
O sangue acaba desviando para o ventrículo esquerdo!
→ Se não grave...
- CIANOSE PROGRESSIVA (Fallot Rosa)
No período neonatal essa criança pode estar acianótica! A cianose só aparece
Tratamento:
nas primeiras semanas/meses de vida. É a que mais aparece em prova.
- RN: PROSTAGLANDINA imediatamente (manter perfusão sistêmica através
da patência do canal arterial) → SOPRO SISTÓLICO EJETIVO EM FOCO PULMONAR
- Definitiva: CORREÇÃO CIRÚRGICA ou por CATETERISMO
→ CRISE HIPERCIANÓTICA
▪ < 2 anos
▪ Ocorrem ao acordar ou após o choro (intensificação da
obstrução)
▪ Cianose intensa, hipoxemia e DIMINUIÇÃO DO SOPRO
▪ Conduta imediata: FLEXÃO DAS PERNAS DOBRE O TÓRAX
(POSIÇÃO GENUPEITORAL). Aumenta a resistência periférica e
ajuda a diminuir o shunt.
▪ Tratamento: MORFINA + OXIGÊNIO + BETABLOQUEADOR
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Diagnóstico:
Diagnóstico:
- RX: coração em “OVO DEITADO”,
- RX: “CORAÇÃO EM BOTA ou TAMANCO HOLANDÊS”, redução da
fluxo pulmonar normal ou aumentado
circulação pulmonar
Tratamento:
- RN: PROSTAGLANDINA IV para
“manter o canal arterial aberto!”
- Cirurgia quando a criança “alcançar determinado peso” por segurança - As 4 veias pulmonares drenam para AD ou alguma veia sistêmica
(depende do centro de cardiologia) - RX: sinal do BONECO DE NEVE
Conceitos:
Um lado da circulação fica com sangue oxigenado e o outro lado com sangue
desoxigenado!
Clínica:
- CIANOSE LOGO APÓS O NASCIMENTO, que vai ficando
PROGRESSIVAMENTE PIOR.
Sinais Clínicos:
- Hipotonia muscular, prega palmar transversa, sulco entre o hálux e o
segundo artelho, pele abundante no pescoço, fenda palpebral oblíqua,
epicanto (prega cutânea no canto interno do olho), face achatada, nariz
pequeno, orelhas displásicas (pequenas e implantação baixa).
4. Síndrome de Klinefelter
Alterações Associadas:
- Cardiopatias: DEFEITO DO SEPTO ATRIOVENTRICULAR (IC) Aspectos Genéticos:
As cardiopatias estão presentes em mais de 50% dos casos. Logo após o - CROMOSSOMO X EXTRANUMERÁRIO (47 XXY)
diagnóstico, é fundamental a realização de um ECO. O DSAV pode ser suspeitado
com o aparecimento de uma IC no doente. Sinais Clínicos:
- HIPOGONADISMO E INFERTILIDADE MASCULINA
- HIPOTIREOIDISMO
- TESTÍCULOS PEQUENOS E FIRMES
Tanto o hipotireoidismo congênito como o adquirido. É por isso que não basta o
- VIRILIZAÇÃO INCOMPLETA E GINECOMASTIA
teste do pezinho! Tem que dosar periodicamente TSH.
- ALTA ESTATURA/ASPECTO EUNUCOIDE
- DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
A gente pode ter reação leucemoide, maior incidência de leucemia, desordens
mieloproliferativas transitórias... Tem que fazer avaliação periódica com
hemograma.
- INSTABILIDADE ATLANTOAXIAL
Existe maior risco de luxação dessa articulação e consequente maior risco de
lesão e compressão medular. É importante a avaliação desta articulação antes da
prescrição de alguns exercícios.
- DOENÇA CELÍACA
Também exige acompanhamento periódico!
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→ A partir da puberdade:
- É igual ao adulto!
Atenção!
Se colapso súbito TESTEMUNHADO: primeiro chamar ajuda!
É provável que a causa não seja hipóxia e asfixia! O provável é que tenha ocorrido
uma fibrilação, TV... Uma parada de causa CARDÍACA e de ritmo chocável!
Se ritmo chocável...
- Choque > 2 minutos de CRP > Checar o ritmo
RN Kwashiokor
▪ Postura tônico-cervical com membros fletidos
- Deficiência PROTEICA com ingestão
1 MÊS energética normal
- Resposta inflamatória sistêmica com
▪ Segue 90º, eleva queixo em prona
aumento de permeabilidade vascular
▪ Sorri (não é o social)
- EDEMA de extremidades, anasarca
2 MESES (hipoalbuminemia + reação inflamatória
▪ Senta sem apoio, engatinha (nem todas as crianças (1) Estabilização (1-7 dias)
engatinham e isso não é anormal!)
→ PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE HIPOTERMIA, HIPOGLICEMIA,
▪ Pinça entre polegar e indicador
DISTÚRBIO HIDROELETROLÍTICO E INFECÇÃO.
▪ Mama, papa
▪ Hipotermia: mantas aquecidas/fonte de calor
12 MESES
▪ Hipoglicemia: priorizar glicose VO. Se inconsciente, letárgico
▪ Anda com apoio
ou convulsionando: glicose parenteral. Se não tiver como
▪ Apanha objetos com pinça entre polegar e indicador
medir: tratar como se estivesse hipoglicêmico.
Estágios de Tanner
MULHER
Telarca (M2) > Pubarca > Estirão (M3) > Menarca (M4)
MAMAS
M1: pré-puberal
PILIFICAÇÃO
P1: pré-puberal
HOMEM
↑Testículos (G2) > Pubarca > Estirão (G4)
GENITÁLIA
G1: pré-puberal
PILIFICAÇÃO
P1: pré-puberal
Etiologia:
- S-DHEA, DHEA, ANTROSTENEDIONA E 17OH PROGESTERONA
TUMORES GONADAIS (testiculares/ovarianos) Para avaliação de causas ADRENAIS.
VITAMINA A: XEROFTALMIA, PELE SECA, HIPERCERATOSE, DIARREIA, FORMA DE INÍCIO TARDIO (a partir da 2ª semana/relacionada com
CEGUEIRA NOTURNA, RESSECAMENTO DA CONJUNTIVA, SÍNDROME DISABSORTIVA E COLESTASE)
CERATOMALÁCIA (necrose liquefativa da córnea/quadro grave), MANCHAS
DE BITOT (queratinização da conjuntiva + placas esbranquiçadas e amareladas
ao exame ocular)
VITAMINA D:
▪ D2 = ergocalciferol (vem de fonte alimentar)
▪ D3 = colecalciferol (vem de síntese cutânea)
Gastróclise
Plano C
Tratamento Específico:
- Shigelose: CEFTRIAXONE/CIPROFLOXACINO
Só tratamos a disenteria se houver comprometimento do estado geral! Uma
disenteria sem febre, por exemplo, em que pode ser E.coli enterohemorrágica, o
Outros...
- Antieméticos: evitar metoclopramida e bromoprida. Ondasentrona é
possível!
- Loperamida: NÃO
- Probióticos: avaliar...
- Se diarreia persistente (> 14 dias): avaliar redução da lactose*
DEFICIÊNCIA DE LACTASE!
Primária:
▪ Congênita (rara)
▪ Hipolactasia do tipo adulto
Secundária:
▪ → DIARREIA + fermentação no cólon
Lactose não digerida
levando ao acúmulo de ácidos orgânicos e gases →
FLATULÊNCIA E FEZES EXPLOSIVAS.
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(2) SENSIBILIDADE:
Hidrarquirismo (Mercúrio)
Cromo
Cádmio
Arsênico
ORGANOCLORADOS
DDT
ORGANOFOSFORADOS/CARBAMATOS
Organosfosforados: Malathion
Carbamatos: Aldicarb (chumbinho)
PIRETROIDES
Permetrina, K-Othrine
▪ Classe menos tóxica
▪ Mais usado para DEDETIZAÇÃO
▪ Efeitos mais comuns: IRRITAÇÃO, ALERGIA. Raramente causa
neuropatia
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Existem 3 tipos de bloqueio regional! Raquianestesia, anestesia Depois que intuba, o que o anestesista faz agora? Monitora e vigia!
peridural e bloqueio do tronco nervoso. Na raquianestesia a A gente vai acompanhando se ele não está acordando, se mexendo,
gente infiltra os tendo alterações de PA e sinais vitais, e por aí vai... E para manter
anestésicos no espaço esse paciente em plano anestésico, basicamente você tem que fazer
subaracnoide; na o REPIQUE DE DOSES dos anestésicos para manter o paciente “em
epidural, infiltramos no plano” anestésico.
espaço epidural; nos A fase de recuperação é
bloqueios de tronco aquela que você já
nervos, induzimos ao extubou o paciente, já
redor do nervo, no acabou a cirurgia... Só que
perineuro. A anestesia você tem que
geral nós vamos ver acompanhar! Tem que
mais para frente. ver se ele vai ventilar
bem, acordar com alguma
O divisor de águas de uma anestesia peridural para uma complicação... Esse
raquianestesia é a dura-máter! Se passou da dura-máter, é período ocorre em um
raquidiana! Se é antes, é peridural. local específico: sala de
recuperação pós-anestésica (RPA). Será que haverá um bloqueio
1) ANESTESIA GERAL neuromuscular residual, uma depressão respiratória por um
opioide? Tudo isso tem que ser observado!
É CAPAZ DE PROMOVER ANALGESIA + REBAIXAMENTO DO (*) A anestesia geral também pode ser dividida em: (1) INDUÇÃO;
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA + BLOQUEIO NEUROMUSCULAR E (2) MANUTENÇÃO e (3) DESPERTAR (OU EMERGÊNCIA)
VEGETATIVO
(*) SEQUÊNCIA RÁPIDA = priorizar em pacientes de estômago
A gente divide a anestesia geral em 3 fases. Temos a fase inicial, onde cheio, vítimas de trauma, grávidas = NÃO VENTILA COM
RESUMÃO...
Vínculo cerebral:
- Mioclonias: ETOMIDATO
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Esses são os principais fatores que podem levar a ruptura... Isso mudou recentemente! Grau Quais as abordagens propostas?
de DPOC e infecção por clamídia, por exemplo, eram bastante associados, mas isso já está Temos duas possibilidades: reparo aberto e terapia endovascular. No reparo aberto, o
sendo revisado... próprio nome já diz: você vai abrir a barriga do paciente... O individuo com AAA costuma ser
CLÍNICA E CONDUTA NO PACIENTE AMBULATORIAL (AAA): idoso, geralmente com aterosclerose associada... Olha o risco cirúrgico desse doente! E a
É geralmente isso o que cobram na prova. terapia endovascular? Nela, eu vou passar ‘por dentro’ do doente um cano, que é um stent
- SUSPEITAR SE PULSAÇÃO ANTERO-POSTERIOR E LATERO-LATERAL NO coberto. Não abro a barriga do paciente. Então, a agressão cirúrgico-anestésica na terapia
endovascular é bem menor! Isso justifica o fato da grande maioria das intervenções
EXAME FÍSICO!
ocorrerem pela via endovascular,
Como é a clínica do paciente com AAA? O aneurisma pode ser assintomático? Pode! Isso é
muito comum... Quando você examina um doente e palpa uma pulsação um pouco acima da
(1) REPARO ABERTO: PRÓTESE DE DACRON (16-18MM)
cicatriz umbilical, isso é um aneurisma? Depende! Se for um indivíduo magro, você pode O que eu vou fazer? Barriga aberta! Você clampeia em cima e em baixo do aneurisma, liga
sentir a transmissão da pulsação da aorta abdominal e isso é normal! Para ser normal, essa vasos lombares para evitar sangramentos, abre o saco do aneurisma e coloca, costura uma
pulsação deve ser sempre antero-posterior. Agora... Quando você encontra uma pulsação prótese. Depois, você fecha o saco do aneurisma por cima da prótese (geralmente de
antero-posterior e latero-lateral, você deve suspeitar que esse paciente tem aneurisma! DACRON, material muito utilizado na cirurgia vascular) para protegê-la do contato com
Outra possibilidade é esse paciente ser sintomático... Pode ter uma dor abdominal vaga? vísceras retro-peritoneais, principalmente o duodeno. E acabou a cirurgia!
Pode ter uma dor lombar? Pode... Pode ter o aneurisma ‘forrado’ por um trombo? Ter um IMPORTANTE! Entre a
trombo dentro do aneurisma? Pode... Pode ser até que esse trombo solte êmbolos e haja emergência das renais e a
embolização periférica.
bifurcação da aorta e ilíacas
- O USG É IMPORTANTE PARA NOS DAR O DIÂMETRO DO ANEURISMA,
comuns sai uma artéria: a
MAS NÃO É ÚTIL PARA ESTABELECER RELAÇÕES ANATÔMICAS COM A
MESENTÉRICA INFERIOR →
ARTÉRIA RENAL!
REIMPLANTA NA PRÓTESE OU
Ou você surpreende o indivíduo no exame físico, sendo ele assintomático; ou ele é
sintomático e chega até você, e você desconfia que ele tem um aneurisma – qual é o exame LIGA!
que você tem que pedir inicialmente? USG! Tem que pedir! Tem que confirmar a presença O que se faz, habitualmente, com a mesentérica inferior? Duas possibilidades: ou você
do aneurisma e também avaliar outras variáveis! Todo mundo consegue identificar um reimplanta ela na prótese ou você liga a mesentérica inferior! A maioria dos cirurgiões
aneurisma através da USG! Além do diagnóstico do aneurisma, ele nos dá uma única vasculares liga! E o território da mesentérica inferior vai ser nutrido por quem? Pelas artérias
informação, muito importante: o diâmetro! É o que precisamos inicialmente! de Drumond, arco de Rioland! Lembra que existe uma rede rica de colaterais entre a
Quando indicar acompanhamento com USG? Já fizemos o diagnóstico e agora circulação mesentérica superior e a circulação mesentérica inferior? Além disso, o território
da mesentérica inferior também é nutrido pelas artérias pudendas, que vêm da circulação da
temos que acompanhar... Quando é que você vai indicar o acompanhamento? Se o
ilíaca! Agora... Pode dar zebra, não pode? Qual a zebra? Colite isquêmica... Vamos falar daqui
aneurisma tiver entre 3-5,4cm, a gente vai acompanhar com USG! E agora começa a primeira
a pouco nas complicações... Numa cirurgia bem conduzida, é raro de acontecer.
coisa que te enlouquece...
IMPORTANTE! Em 40% dos pacientes com AAA, também há a
2,6-2,9cm: a cada 5 anos associação de aneurismas de ilíacas! Nesses casos, geralmente optamos
3,0-3,4cm: a cada 3 anos por PRÓTESES BIFURCADAS!
- GALHO VERDE (CRIANÇA): INCOMPLETA (UM LADO QUEBRA; O Vamos entender como é que se abordam as fraturas de um modo geral.
OUTRO AMASSA) Para você consolidar, cicatrizar uma fratura, 2 condutas devem ser
tomadas!
As crianças
geralmente tem o 1) REDUÇÃO (REALINHAR):
osso mais imaturo,
com a região Umas dessas condutas é você reduzir essa fratura, é você realinhar os
cortical um pouco fragmentos ósseos para que em seguida eles se consolidem. Existem
mais elástica. A diferentes formas de reduzirmos uma fratura.
fratura em galho
→ FECHADA/INCRUENTA (POR MANIPULAÇÃO)
verde acontece apenas em osso imaturo, em osso de criança, que é um
pouco mais elástico. O que acontece é o seguinte: a fratura ocorre em
Não é cirurgia... É simplesmente você, por manipulação, realinhar os
apenas um lado do osso! O córtex do outro lado do osso apenas
segmentos ósseos que foram fraturados. Depois você vai ter que
‘enverga’, apenas ‘entorta’, ‘amassa’. É uma fratura incompleta! Cai em
estabilizar, claro, colocando, por exemplo, um aparelho gessado.
prova!
→ ABERTA/CRUENTA (CIRÚRGICA)
- TORUS (CRIANÇA): AMASSA AO INVÉS DE QUEBRAR
Outra opção é você fazer a redução aberta, cirúrgica...
Outra fratura que
acontece em 2) ESTABILIZAÇÃO:
ossos imaturos,
em ossos de Depois que você reduz, você tem que estabilizar essa fratura...
criança, é a Estabilização significa ‘manutenção da redução’, manutenção da
fratura chamada congruência articular, da proximidade entre os segmentos ósseos que
em torus! Na foram fraturados... Também existem diferentes formas para isso.
verdade, é uma lesão que nem apresenta uma perda da estrutura óssea
- POR ESTRESSE (OU FADIGA): TRAUMA CRÔNICO REPETITIVO Depois de já ter reduzido a fratura, você pode fazer a estabilização
também sem cirurgia, colocando só um aparelho gessado, ou também
Na verdade, são pode fazer por acesso cirúrgico, colocando um fio, placa, parafuso, pino,
fraturas que fixador externo, haste intramedular (haste metálica que se coloca por
acontecem por dentro da diáfise, por dentro do canal medular).
trauma de
repetição. Um IMPORTANTE! EM FRATURAS QUE ENVOLVEM EXTREMIDADES
corredor que ARTICULARES (EPÍFISE) A REDUÇÃO DEVE SER PERFEITA E A
corre todo dia ESTABILIZAÇÃO MÁXIMA!
10-15km, uma
Só um conceito... O ideal é que essa redução, esse realinhamento, seja
bailarina que
o mais anatômico possível, mas é claro que em algumas situações isso
passa o dia inteiro dançando, soldados que passam o dia inteiro
não vai ser possível. Existem situações em que você vai somente
marchando... Pode haver fratura por estresse, fratura por trauma... São,
reaproximar o osso, e se houver um realinhamento imperfeito, mas
na verdade, microfraturas que acontecem na estrutura óssea, por
minimamente imperfeito, nenhum grande prejuízo vai ocorrer. Agora...
traumas de repetição. É muito conhecida a fratura por estresse da tíbia
Tem um tipo de fratura em que o realinhamento deve ser perfeitamente
em bailarinas, corredores, maratonistas... A fratura de metatarso em
anatômico e a estabilização deve ser máxima: são as fraturas que
soldados, que batem o pé no chão com mais intensidade todos os dias...
envolvem extremidades articulares! Em casos de fratura de epífise, por
- PATOLÓGICA: EM OSSO FRÁGIL POR DOENÇA PRÉVIA (EX: exemplo, o realinhamento tem que ser perfeito e a estabilização tem
OSTEOPOROSE, MIELOMA MÚLTIPLO, OSSO COM CISTO, TUMOR). que ser máxima! Se eu tiver o realinhamento imperfeito de uma
estrutura óssea que fica na articulação, o doente vai ter como
É aquela fratura que acontece num osso que já tinha uma doença prévia. consequência uma perda da função articular! Então, o conceito que fica
O grande exemplo é a fratura patológica num osso já lesado por é esse: em fraturas de extremidade articular, a redução e a estabilização
osteoporose... Mas também poderia ser um osso enfraquecido por devem ser perfeitas!
mieloma múltiplo, por hiperparatireoidismo, tumor ou cisto ósseo... É
claro que tem que ser confirmada, assim como todas as outras fraturas,
por métodos radiológicos, mas a gente sempre consegue suspeitar de
fratura patológica quando ela ocorre mesmo com traumas de baixa
energia, baixa intensidade. Então, por exemplo, você cair da sua própria
altura é um trauma de baixíssima energia... Você não deveria fraturar
osso nenhum! Agora, se você pegar um idoso que escorrega, cai da
própria altura e fratura colo de fêmur, é claro que isso aí é uma fratura
patológica!
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
(1) DA FRATURA: Às vezes a consolidação não acontece! Lembre que para a consolidação
acontecer eu preciso de estabilização e de vascularização. Às vezes a
LESÃO ARTERIAL (RARA) consolidação não acontece porque aquela região do osso está mal
vascularizada. Pode ser? Pode... Só que às vezes ela também não
Às vezes, num traumatismo ósseo mais intenso, numa fratura óssea,
acontece porque a estabilização foi mal feita! Você até realinhou os
forma por ali um fragmento ósseo, com uma espícula que às vezes lesa
fragmentos ósseos, mas o aparelho gessado foi mal colocado, houve
estruturas vizinhas. Esse fragmento ósseo com a superfície mais
erro na técnica cirúrgica... Então, se não houver estabilidade entre os
espiculada pode lesar uma artéria adjacente... Pode acontecer, mas não
fragmentos ósseos, eu não vou ter consolidação! A gente chama isso de
é muito comum... É na luxação que essa preocupação é muito mais forte
pseudoartrose! Posso dizer que não houve consolidação da fratura
pra gente! Aqui é muito mais uma eventualidade!
quando o tempo ultrapassa 9 meses, apesar de que o tempo de
consolidação seja diferente para cada segmento ósseo... Fratura de
SÍNDROME COMPARTIMENTAL (CONTRATURA DE VOLKMANN)
falange, por exemplo, consolida em 3-4 semanas; fratura de diáfise
Pela fratura, pelo trauma mais intenso, o doente pode ter, ao mesmo femural consolida em 6 meses... Mas, de forma universal, na ortopedia,
tempo, um trauma muscular, uma contusão muscular mais intensa, o ficam esses 9 meses mesmo!
músculo pode começar a inchar e gerar síndrome compartimental... O
AS FRATURAS DA PROVA...
trauma que gera uma fratura óssea é um trauma de maior energia! Por
isso, com frequência, existe um traumatismo muscular associado! Essa
FRATURA EXPOSTA
síndrome compartimental ainda se acentua se um aparelho gessado for
utilizado para estabilizar a fratura, pois comprime o membro e dificulta SITUAÇÕES DE DIFÍCIL RECONHECIMENTO → GOTÍCULAS DE GORDURA
ainda mais a expansão do músculo que está edemaciando... Isso mesmo! MISTURADAS COM SANGUE = FRATURA EXPOSTA!
A síndrome compartimental muscular pode ser agravada com o
tratamento da fratura! E se você não reconhecer esse evento, o músculo Guarde: na fratura exposta o osso fica em contato com o meio externo!
pode passar por um processo de fibrose! Um músculo fibrosado pode A grande preocupação aqui, além da correção da fratura, é com
ter como consequência mais tardia o que a gente chama de contratura infecção! Detalhe: em algumas situações pode ser difícil o
de Volkmann. É o músculo que sofreu a síndrome compartimental reconhecimento de uma fratura exposta. Por quê? Porque pode ser que
SH III E IV SÃO MAIS GRAVES → LESÃO EM EXTREMIDADE ARTICULAR MANOBRA DE REDUÇÃO: SUPINAÇÃO E FLEXÃO
(EPÍFISE)
Por que SH III e IV são mais graves que I e II? Para que uma fratura se
consolide, eu preciso fazer a redução da fratura (realinhar os segmentos)
e estabilizar a fratura. Esse realinhamento deve ser perfeito e a
estabilização máxima especialmente se a fratura envolver uma região
articular do osso. SH III e IV pega epífise, que pega extremidade articular!
Pegou estrutura óssea que está mais próxima da articulação! A
terapêutica vai ter que ser mais cuidadosa, vai ter que ser cirúrgica! Se
não realinhar adequadamente, pode haver perda da função articular!
LUXAÇÃO: “perda da congruência articular → vai e fica” Como é que trata? Trata reduzindo essa luxação, colocando a cabeça do
rádio no lugar! A manobra é você fazer a supinação e a flexão do
A luxação é uma situação em que os ossos se desarticulam. Há uma cotovelo!
perda da congruência articular. Ou seja, o osso sai do lugar! O osso vai e
fica fora do lugar! ENTORSE: “perda momentânea da congruência articular → vai e volta”
A LUXAÇÃO DA PROVA...
LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO (PRONAÇÃO DOLOROSA)
LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO (PRONAÇÃO DOLOROSA):
CAUSA: LEVANTAR A CRIANÇA COM O MEMBRO SUPERIOR Geralmente acontece naquele movimento de eversão do pé. Comum em
ESTENDIDO. quem joga futebol... Quando o ligamento é competente e ‘segura’ a
articulação, não ocorre o entorse. Mas, às vezes, como a eversão pode
Com esses braços tracionados, às
ser intensa, o ligamento acaba sendo lesionado e o entorse ocorre.
vezes o rádio desarticula do úmero!
É a luxação do rádio, da cabeça do LESÃO MAIS COMUM: LIGAMENTO TALOFIBULAR ANTERIOR
rádio! Também é chamada de
pronação dolorosa! Na realidade,
realidade, realidade, seria uma
subluxação da cabeça do rádio. Ela
não chega a desarticular por inteiro... É um pedaço da cabeça do rádio
que acaba desarticulando com a superfície distal do úmero.
A criança, depois que fica com essa subluxação, ela tem uma dor na
região do cotovelo! E então, para tentar amenizar a dor, vai assumindo
uma posição antálgica, uma posição para minimizar a dor! Ela fica o Câlcaneo-fibular e talofibular anterior, por exemplo, são ligamentos que
tempo todo em pronação! O cotovelo fica pronado, geralmente com as estabilizam a articulação do tornozelo. O talofibular anterior é o mais
mãos juntas ao abdome! comum! Ocorre dor, edema, pode haver vermelhidão... Mas o ligamento
vai cicatrizar naturalmente. Isso aparece em prova!
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- ICE (GELO) Por alguma razão, seja por via hematogênica ou por contiguidade, a
bactéria atinge o osso, onde vai começar a fazer o processo infeccioso
Para tentar reduzir um pouco a inflamação...
acompanhado de um processo inflamatório (qualquer infecção tem
inflamação junto). O osso, diferente da pele, que demonstra sinais de
- COMPRESSÃO
inflamação expandindo, não faz isso... É uma estrutura bem mais rígida!
Colocar alguma fita compressiva (‘bandas’) para acelerar a reabsorção Não tem mais para onde expandir... Então, aumenta demais a pressão
do edema e ajudar na estabilização da articulação que está com o dentro do osso! E com o aumento dessa pressão nesse osso que não
ligamento lesado. consegue se expandir, a chegada de sangue arterial para aquela região
inflamada é dificultada! Dessa forma, aquele processo que a princípio
- ELEVAÇÃO era só uma infecção, agora vai tendo uma mescla de isquemia e necrose
ao mesmo tempo! Por isso a proposta da osteomielite não é só ATB... É
Pare reduzir a inflamação também! debridamento cirúrgico! Se eu não aliviar esse aumento pressórico do
osso, eu não vou permitir que o ATB chegue naquela região e auxilie na
2. Osteomielite resolução do processo! E tem mais... Se houver um processo de isquemia
CONCEITOS INICIAIS: e necrose mais intensos, eu vou criar uma ‘ilha’ de infecção dentro do
osso! E nessa ilha não chega mais ninguém! Então, existe uma situação
INFECÇÃO BACTERIANA DO OSSO que a gente chama de ‘sequestro ósseo’: é um tecido ósseo infectado
que tem ao redor dele uma ‘ilha’ de necrose, de isquemia... Essa é a
Didaticamente, nós podemos dividir as formas de uma osteomielite grande razão para uma osteomielite crônica começar a acontecer... O
acontecer de duas formas. sequestro ósseo é a grande marcada cronificação!
E quando eu suspeitar de osteomielite, é claro que eu vou partir para o Depois de realizada a drenagem cirúrgica!
RX. O problema é que aqui a gente tem uma limitação muito
importante... A alteração radiológica da osteomielite demora, no IMPORTANTE! SE CRONIFICAÇÃO: CIRURGIA (SEQUESTRECTOMIA)
mínimo, 10 dias para acontecer! Fala-se 14-21 dias, mas o mínimo é 10!
Se por acaso houver aquela cronificação (que tem como grande marca o
Só vai aparecer alteração quando ocorrer uma destruição de pelo menos
sequestro ósseo → ‘ilha’ de osso infectado com halo mais
30-50% da parte mineral do osso. Então, em nos primeiros 10 dias, eu
hipertransparente ao redor da ilha de infecção), você em que retirar essa
consigo identificar clinicamente o paciente com osteomielite, mas não
área de sequestro ósseo (sequestrectomia). É muito difícil tratar
radiologicamente.
osteomielite crônica... É frustrante! Você dá ATB, faz cirurgia, o indivíduo
As alterações mais clássicas são... não melhora, às vezes dá fístula... É muito difícil!
Quando começam a aparecer alterações radiológicas compatíveis com OSTEOMIELITE HEMATOGÊNICA AGUDA:
osteomielite, são duas as alterações mais clássicas.
É a mais importante para a prova!
→ ELEVAÇÃO E ESPESSAMENTO DO PERIÓSTEO (PERIOSTITE)
MENINOS/METÁFISE DE OSSOS LONGOS (FÊMUR, TÍBIA)
Uma delas é quando o processo infeccioso vai caminhando para o
Acomete principalmente crianças (entre elas, aquelas do sexo
periósteo, gerando uma periostite (esse ‘borrão’ ao lado do osso)
masculino) e a porção metafisária de ossos longos (principalmente
→ LESÃO LÍTICA (CAVIDADE HIPERTRANSPARENTE) fêmur e tíbia)! A metáfise de ossos longos, além de ser a região mais
vascularizada, é uma área de troca do circuito de maior pressão (arterial)
E ali no meio, repare que tem uma lesão mais escurinha, mais lítica... Isso para o circuito de menor pressão (venoso). Então, além de ser
é o processo infeccioso que está destruindo o osso (essa cavidade mais hipervascularizada, também é o ponto de lentificação do fluxo
hipertransparente). sanguíneo! Então, é muito sangue, e sangue mais lentificado! Essa
criança tem um foco bacteriano a distância (pneumonia, IVAS...) e é
justamente ali que o êmbolo séptico vai se meter!
Se eu suspeitar de osteomielite por causa do quadro clínico compatível → RECÉM-NASCIDO (S. AUREUS; STREPTO DO GRUPO B; GRAM-
e o RX estiver normal, eu posso, se quiser, lançar mão de exames que NEGATIVOS): OXACILINA E GENTAMICINA
enxergam a osteomielite com precocidade, como a RNM e a cintilografia
Se pegar RN, além do S. aureus, também tem que pensar em
(geralmente a RNM). Como muitas vezes são exames pouco disponíveis,
estreptococos do grupo B e gram-negativos, utilizando a gentamicina
a osteomielite acaba sendo tratada mesmo sem alterações radiológicas.
junto com a oxacilina.
(4) DRENAGEM CIRÚRGICA (DESBRIDAMENTO CIRÚRGICO OU
→ ANEMIA FALCIFORME (SALMONELA): CEFTRIAXONE
PUNÇÃO)
Lembre que uma criança que tem anemia falciforme está asplênica, está
É claro que em uma infecção bacteriana nós temos que lançar mão de
muito mais susceptível a infecção por germes encapsulados... E quando
antibiótico, mas, além disso, o osso pode ficar sem ter para onde
uma criança com anemia falciforme faz osteomielite, qual germe tem
expandir, gerando o aumento da pressão intraóssea e dificultando a
que cobrir? Salmonella! Tem que começar a tratar com ceftriaxone.
chegada de sangue arterial! Só ATB não dá jeito... Você precisa intervir
cirurgicamente! Uma drenagem cirúrgica, seja o desbridamento ou uma
punção, para reduzir essa pressão óssea e facilitar a chegada do ATB!
Essa drenagem cirúrgica, inclusive, vai servir para que a gente pegue o
material infectado daquele osso e mande para investigação
microbiológica para saber com exatidão qual o patógeno envolvido no
processo! Com frequência, na osteomielite hematogênica aguda (aquela
da criança), que tem um quadro geralmente mais grave, a gente acaba
começando a antibioticoterapia empírica, mas vamos querer saber o
resultado da microbiologia para ver se vamos mudar ou não o esquema
que estamos utilizando.
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CUIDADO! SE HOUVER OSTEOMIELITE ASSOCIADA À LESÃO FORMAÇÃO DE OSSOS NOVOS IMATUROS (↑FOSFATASE)
PENETRANTE NO PÉ: COBRIR PSEUDOMONAS.
Esse osteossarcoma se caracteriza pela formação de tecido ósseo novo!
Isso aparece muito em prova também... Se houver uma osteomielite É um ‘câncer que produz mais osso’! E como há uma neoformação óssea
decorrente de uma lesão da planta do pé (pisou em um prego, mal violenta, você percebe no laboratório um aumento da fosfatase, uma
perfurante plantar), temos que lembrar de cobrir pseudomonas! A sola enzima que tem no tecido ósseo também.
do sapato, o solo como um todo, é extremamente sujo, riquíssimo em
bactérias, inclusive pseudomonas. E aqui entram várias drogas para METÁFISE DE OSSOS LONGOS: FÊMUR DISTAL, TÍBIA PROXIMAL,
isso... Pipe-Tazo, cefepime, ceftazidima, imipenem, meropeném... ÚTERO PROXIMAL...
EM GERAL SÃO 4-6 SEMANAS DE ANTIBIÓTICO (EM QUADROS GRAVES Na prova geralmente se coloca um
INICIA-SE COM ATB VENOSO) paciente com tumor ósseo e descreve-se
onde está o tumor, qual o aspecto
Quanto tempo de antibiótico? Muito tempo... Pelo menos umas 4-6 radiológico... E é isso que vai me induzir na
semanas! Os casos mais graves (geralmente a osteomielite prova a marcar osteossarcoma ou
hematogênica aguda) devem ter os primeiros dias de ATB venoso. sarcoma de Ewing ou condrossarcoma. O
Depois que a pessoa melhorar, depois que você perceber que a PCR osteossarcoma caracteristicamente
começou a cair, os parâmetros infecciosos e inflamatórios começaram a aparece na metáfise de ossos longos,
cair, você pode passar para VO. Mas, inicialmente, é venoso! principalmente de fêmur e tíbia. Úmero
pode também? Pode, mas é principalmente fêmur e tíbia! Fêmur distal
3. Onco-Ortopedia
PEDIA (Tumores Ósseos)
(TUMORES ÓSSEOS): e tíbia proximal. Ou seja, PRÓXIMO AO JOELHO! 70-80% dos
osteossarcomas são nessa região próxima ao joelho!
É claro que o osso está susceptível a ter tumores ósseos benignos
(osteocondroma e por aí vai). O que aparece em prova são os tumores RADIOGRAFIA: TRIÂNGULO DE CODMAN/ASPECTO DE RAIOS DE SOL
malignos (osteossarcoma, sarcoma de Ewing, condrossarcoma).
O mais importante para a prova são esses achados radiológicos típicos
DOR E PROEMINÊNCIA (SEMANAS À MESES) (não são patognomônicos). Os dois achados típicos aqui são o triângulo
de Codman, uma reação do periósteo ao câncer e o aspecto de raios de
Com relação a manifestações clínicas de câncer no osso, geralmente é a
OSTEOSSARCOMA:
TRATAMENTO: CIRURGIA + QUIMIOTERAPIA (NEO/ADJUVANTE)
ADOLESCENTE E ADULTO JOVEM
Durante muito tempo só se fez cirurgia (muitas vezes multiladoras, com
É mais frequente em pessoas mais jovens (especialmente de 10-19 ressecção ampla). Depois de estudos, percebeu-se que grande parte dos
anos). Pode pegar criança também, mas o típico é o adolescente! O pacientes já apresentava micro metástases nesse momento (por isso o
condrossarcoma, bem mais raro, é mais comum em pacientes mais câncer voltava mesmo com a ressecção do tumor). Diante disso, passou-
adultos (especialmente acima de 40-60 anos). se a tratar esses pacientes também com QT! Hoje, ela é obrigatória para
osteossarcoma! A QT adjuvante (depois da cirurgia) é indiscutível,
obrigatória! A QT neoadjuvante (antes da cirurgia) para reduzir o
tamanho do tumor primário também tem sido utilizada por alguns com
sucesso (é tendência)...
Medicina Livre. t.me/medicinalivre CONTRA OS PREÇOS ABUSIVOS.
Também é mais comum em crianças e adolescentes. A faixa etária é um DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL (DDQ) OU LUXAÇÃO
pouquinho mais baixa (no osteossarcoma o típico é adolescente CONGÊNITA DO QUADRIL:
mesmo). É mais comum de aparecer na raça branca.
Cuidado: na verdade, o quadril é doente, encontra-se luxável, mas não
PELVE E METADIÁFISE DE OSSOS LONGOS (FÊMUR, TÍBIA, ÚMERO) está verdadeiramente luxado! Então cuidado para não pensar que a
criança nasceu com o quadril luxado! Isso é mentira... A criança nasceu
O osteossarcoma aparece classicamente na metáfise. O sarcoma de com o quadril luxável!
Ewing, tipicamente, aparece ou na pelve ou na diáfise de ossos longos!
Caracterizamos como ‘metadiáfise’ porque geralmente é na transição CONCEITOS INICIAIS:
mesmo da metáfise para a diáfise (de fêmur, de novo, tíbia e úmero).
Então, se chegou uma criança com dor óssea, você palpa uma ARTICULAÇÃO INSTÁVEL
proeminência lá pelo meio do fêmur, na diáfise do fêmur... Será que é
A criança tem, por definição, uma articulação do quadril instável! Foi por
sarcoma de Ewing? Você pede o RX.
conta de sua vida intrauterina que essa criança teve uma formação ruim,
RADIOGRAFIA: LESÃO PERMEATIVA (OU ‘ROÍDO DE TRAÇAS´); REAÇÃO um encaixe imperfeito entre a cabeça do fêmur e o acetábulo!
PERIOSTEAL EM ‘CASCA DE CEBOLA’
FATORES DE RISCO:
São aspectos que não são patognomônicos, mas são clássicos! O câncer
HISTÓRIA FAMILIAR; SEXO FEMININO; APRESENTAÇÃO PÉLVICA;
em si aparece no RX como uma lesão permeativa (áreas de lesões líticas
OLIGODRAMNIA; GEMELARIDADE
pelo meio do osso), ‘bolinhas pretinhas pelo meio do osso’... Alguns
chamam de aspecto em ‘roído de traças’, como se o osso estivesse sendo
Com frequência aparece em provas de residência os principais fatores
comido por traças. E também pode aparecer uma reação periosteal, que
de risco. História familiar e sexo feminino (questão de prova) estão
a gente chama de reação periosteal ‘em casca de cebola’ (aparece pra
envolvidos e esses últimos 3 fatores citados tem a ver com o que eu falei
caramba em prova). Aparecem várias camadas de periósteo, uma
do que pode acontecer na vida intrauterina: são situações que podem
DIAGNÓSTICO:
Tem que saber! Cai demais... O pediatra pega o quadril QUE NÃO ESTÁ
TRATAMENTO: QT NEOADJUVANTE; CIRURGIA; QT ADJUVANTE; RT (SE
LUXADO e faz uma manobra que VISA LUXAR O QUADRIL! Se for uma
NÃO HOUVER MARGEM CIRÚRGICA LIVRE DE LESÃO)
criança com uma articulação normal, será uma manobra que não fará
Tudo o que foi dito para osteossarcoma vale também para o sarcoma de nada! Se for uma criança com DDQ, ao fazer a manobra de Barlow, eu
Ewing. Em que sentido? Sempre se fez só cirurgia... Há décadas se fazia consigo luxar o quadril dessa criança com a manobra. A posição de
somente isso. Hoje, por causa das micrometástases, também se oferece estabilidade do quadril é quando você pega a coxa e deixa o quadril em
a QT pré e pós-operatória. E aqui também tem um adicional... Tumores abdução, afastado do centro. Essa é a posição de estabilidade, com a
ósseos, de uma maneira geral, não respondem a RT (são cabeça femoral muito próxima, muito íntima do acetábulo. Então, como
radiorresistentes). O único tumor ósseo que eu vou poder tratar com RT a manobra de Barlow é uma tentativa de luxar o quadril, o que você faz
é o sarcoma de Ewing... Fazemos a RT apenas se não houver margem é o contrário! Você tenta criar uma instabilidade para o quadril! O que
cirúrgica livre de lesão. Se você fez uma ressecção (tentando ser o menos você faz é uma adução (trazer ele para o centro do corpo) e, além disso,
mutilador possível) e viu que o histopatológico não mostrou nenhuma uma pressão posterior com o joelho (contra o acetábulo) para ver se
margem livre de câncer, o ideal é que aquela região passe por consegue luxar esse quadril! É dito positivo quando acontece a luxação!
radioterapia. Você pode sentir no seu dedo o ‘click’ da luxação, ouvir esse ‘click’, ou
até mesmo palpar a cabeça femoral luxada.
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MANOBRA DE ORTOLANI (QUADRIL LUXADO) = ABDUÇÃO DO Essa necrose, até hoje, é IDIOPÁTICA, ninguém sabe como ela acontece...
QUADRIL (POSITIVO: CLICK/ESTALIDO POR CONTA DA REDUÇÃO) Existem inúmeras teorias, mas até hoje não há uma causa determinada!
O que se percebe é que essa criança passa por um período de redução
Aqui é diferente... Quando eu importante da perfusão para essa epífise mais proximal do fêmur e
faço a manobra de Ortolani o acaba sofrendo necrose. Algo importante para a gente entender a
quadril da criança ESTÁ doença, é saber que essa necrose, essa redução da perfusão é
LUXADO! Então, a manobra vai AUTOLIMITADA! A doença é AUTOLIMITADA! Da mesma forma que essa
ter alguma alteração se sentir ou perfusão diminui e gera necrose, depois de alguns meses ela volta ao
escutar um ‘click’ que vai normal! Esse osso é então neoformado e depois de uns 3-4 anos nada
evidenciar a redução da luxação! mais acontece! É uma doença autolimitada!
A posição de estabilidade não é
com a articulação em abdução? ISQUEMIA IDIOPÁTICA DA CABEÇA FEMORAL → REVASCULARIZAÇÃO
Aqui, a gente tenta reduzir o COM REMODELAÇÃO DEFEITUOSA → INCONGRUÊNCIA ARTICULAR:
quadril luxado! Se reduzir, eu ARTROSE NA VIDA ADULTA
confirmo a doença... A gente coloca o joelho em flexão para facilitar a
manobra e faz a abdução do quadril! É positiva quando você escuta, Vamos entender o passo-a-passo... Da feita que ocorre uma isquemia
sente um click, um estalido, que indica que houve a redução da idiopática da cabeça femoral que vai evoluindo para necrose, isso dura
articulação! Se houve a redução, é porque já estava luxado antes da alguns meses. E aí, também de forma idiopática, essa perfusão se
manobra! Se já estava luxado, é porque existe a doença, existe a restabelece. Só que o problema é que quando isso acontece, essa
displasia do desenvolvimento do quadril! perfusão acaba induzindo a neoformação óssea, mas sem um molde
adequado de cabeça femoral, que foi necrosando, achatando,
CONFIRMAR COM USG! isquemiando... Então, quando você recupera a perfusão, esse novo osso
é formado de forma imperfeita! A cabeça pode ficar pequena, grande,
Por mais que os testes sejam positivos, eles dão apenas uma luz para o mais torta... E essa criança vai ficar anos da vida dela andando com uma
diagnóstico! Deve ser confirmado com USG, que vê com bastante cabeça femoral defeituosa, cutucando o tempo todo o acetábulo... Isso
detalhes estruturas articulares e ainda avalia a gravidade da displasia! vai gerar uma artrose precoce na vida adulta...
TRATAMENTO: CLÍNICA:
O ideal é que você mantenha durante alguns meses esse É marcante... Isso aqui é muito mais comum em crianças do sexo
quadril na posição de estabilidade, exatamente para masculino. Dificilmente a prova vai colocar uma menina, porque é muito
melhorar a formação desse quadril nos primeiros meses atípico... Geralmente é menino entre 8-15 anos de idade.
após o nascimento. Então, a criança vai ter que ficar o
tempo inteiro com esse quadril em abdução. Para isso, CLAUDICAÇÃO
é preciso que se utilize o suspensório de Pavlik
(antigamente se usavam aparelhos gessados). Isso É um menino de 8-15 anos de idade que do nada começa a claudicar.
mantém a congruência articular entre a cabeça femoral Começa a andar e dói... Quando para de andar não dó mais... E aí volta
e o acetábulo. Deve ser usado por uns 3 meses. a andar e começa a doer. Ela não tinha nada e começa a claudicar!
DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES OU ‘DOENÇA DE PERTHES’: DOR: VIRILHA, FACE INTERNA DA COXA E JOELHO
Doença muito famosa e também muito cobrada em provas de E onde é essa dor? Pode ser na região da virilha, onde está de fato essa
residência. localização articular, mas com frequência é referida na face interna da
coxa e no joelho! A gente vai ver durante a aula várias doenças de
CONCEITOS INICIAIS: ortopedia pediátria que acometem mais meninos, que fazem
claudicação e fazem dor na virilha ou no joelho. A primeira até então é a
NECROSE AVASCULAR DA EPÍFISE PROXIMAL (CABEÇA) DO FÊMUR doença de Perthes!
É uma necrose da epífise proximal do fêmur! Se a epífise é a região DIFICULDADE DE ROTAÇÃO INTERNA E ABDUÇÃO DO QUADRIL
articular do osso longo, a epífise proximal do fêmur é a cabeça do fêmur!
É a necrose da cabeça do fêmur! E é uma necrose que acontece por A gente também pode observar no exame físico uma dificuldade em
ausência de fluxo sanguíneo! fazer a rotação interna e a abdução do quadril. São movimentos do
quadril que ficam limitados porque não tem mais cabeça femoral! A
cabeça necrosou! Há dor, claudicação e restrição de movimento! Então,
agora eu vou ter que confirmar o diagnóstico! Fazemos isso através do
RX!
A gente precisa entender qual dos dois lados é o lado que tem a doença... CLÍNICA:
Para isso, o que a gente faz é passar uma linha pela porção superior do
colo do fêmur (linha de Klein). O normal é essa linha de Klein atravessar MENINO DE 8-15 ANOS PRATICANTE DE ESPORTE
a cabeça femoral! Quando ocorre o deslizamento (a cabeça vai para
Essa necrose é mais comum de acontecer em pacientes que jogam tênis,
baixo e o resto do fêmur vai para cima), quando ocorre a epifisiólise, a
basquete, que forçam a articulação o tempo todo! Uma necrose é
linha de Klein deixa de atravessar a cabeça femoral!
gerada, não se sabe como, mas se sabe que nos praticantes de esporte
é mais comum.
A clínica é uma dor nessa região tibial anterior e uma tumoração... Está
inflamado, né? Quando você palpa, você percebe a tumoração! E o
doente também sente dor durante a palpação...”
Glaucoma Agudo
- Idosos, hipermetropes e orientais
- Ângulo oclusivo e câmara rasa
- Facilitadores: uso de colírios midriáticos, agentes colinérgicos,
ambiente escuro, estresse
- Clínica: dor ocular intensa e súbita, baixa visual, halos ao redor das
luzes. Náuseas e vômitos, hiperemia, edema de córnea, pupila em
médio-midríase. Aumento da pressão intra ocular (50-60 mm Hg).
- Bloqueio pupilar: dificuldade da drenagem do humor aquoso
Microaneurismas Exsudato Neovascularização
- Tratamento: iridotomia a laser (tratar olho contralateral); manitol;
e exsudato duro algodonoso (proliferativa)
acetozolamida; colírios hipotensores; pilocarpina.
Treinamento prático...
Figura 1:
- Achado: papiledema
- Doença: HAS
- Estágio: grau IV
Figura 2:
- Achado: microaneurismas e exsudatos duros
- Doença: DM
- Estágio: não proliferativa
Figura 3:
RETINOPATIA DIABÉTICA - Achado: estreitamento arteriolar
- Doença: HAS
Fatores de risco: duração do DM, mal controle glicêmico, HAS, - Estágio: grau I
microalbuminúria, gravidez, obesidade, hiperlipidemia, tabagismo, Figura 4:
anemia. - Achado: cruzamento AV patológico
Fisiopatogênese: - Doença: HAS
RETINOPATIA HIPERTENSIVA
Diagnóstico:
QUESTIONÁRIO DE EPWORTH É baseado em 3 pilares!
Não serve para diagnóstico de apneia obstrutiva! É um - CLÍNICO (sintomas pelo menos 3x por semana nos últimos 3 meses)
questionário para avaliar a SONOLÊNCIA DIURNA! Se acima - DIMINUIÇÃO DA HIPOCRETINA NO LCR
de 9 pontos (varia de 0-24), indica sonolência excessiva. - POLISSONOGRAFIA.
Tratamento:
Consequências: - Medidas gerais: COCHILOS DE 20 MINUTOS AO LONGO DO DIA
- AUMENTO DA PA, ESTADO INFLAMATÓRIO, PRÓ-TROMBÓTICO e (diferente da apneia!), evitar drogas sedativas, suporte psicossocial,
aumento da RESISTÊNCIA A INSULINA, remodelamento cardíaco (o tratamento das comorbidades.
aumento da pressão intratorácica para vencer a obstrução do fluxo - Teofilina e cafeína PIORAM a sonolência diurna pela insônia noturna
aéreo acaba causando o aumento da pré e da pós-carga cardíaca) e que podem causar.
elétrico (causado pela hipoxemia e pelos estímulos simpático e - Prazosin e outras alfa-1-adrenérgicos PIORAM a cataplexia.
parassimpático - este último como rebote ao estímulo do primeiro). - Sonolência diurna: MODAFINIL (preferência), METILFENIDATO OU
Então, esses fenômenos são capazes de causar: ANFETAMINA,
✓ AUMENTO DA PREVALÊNCIA DE HAS E HAP - Cataplexia: VENLAFAXINA (preferência), FLUOXETINA,
✓ RISCO AUMENTADO DE DOENÇA CORONARIANA E ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
CARDÍACA - Refratários: OXIBATO DE SÓDIO.
✓ AUMENTO DO RISCO DE ACIDENTES OCUPACIONAIS E DE Parassonias
TRÂNSITO devido sonolência diurna São alterações de comportamento de que de forma intermitente
✓ REDUÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA aparecem durante o sono e que normalmente alteram sua qualidade.
Tratamento: Terror Noturno
- Medidas gerais: PERDER PESO, EVITAR DORMIR EM DECÚBITO Conceitos:
DORSAL, tratar alergia nasal, diminuir ingesta de álcool, evitar drogas - Acomete tipicamente CRIANÇAS ENTRE 4-12 ANOS, principalmente
sedativas. do sexo masculino e com FORTE HISTÓRIA FAMILIAR, O SONO NREM
- Medidas específicas: CPAP (tem benefício na HAS, função cardíaca, É ACOMETIDO (FASE N3).
humor, qualidade de vida e resistência a insulina), APARELHOS INTRA- Clínica:
ORAIS (se não aderência ao CPAP, mas também tem os mesmos - Quase sempre começa com um GRITO/CHORO, com a criança
Conceitos
- PERDA AGUDA DA FUNÇÃO COGNITIVA.
- IDOSO (DEMÊNCIA, ACAMADO, COM COMORBIDADE)
- PROGNÓSTICO RUIM
Fisiopatologia
- ↓ACETILCOLINA DO SNC
A ABSTINÊNCIA GERA O EFEITO OPOSTO DA DROGA!
Fatores de Risco/Precipitantes Uma droga pode ter duas ações no SNC do indivíduo: ou é depressora, ou
- ALTERAÇÃO DA HOMEOSTASE → IDADE > 65 ANOS, DEMÊNCIA é estimuladora. Olha o que acontece... Quando o indivíduo utiliza qualquer
(principais), LES, PÓS-OPERATÓRIO, VASCULITES, INFECÇÕES, tipo de droga, o cérebro dele começa a se adaptar. Para isso, começa a
ANTICOLINÉRGICOS, OPIOIDES, BENZODIAZEPÍNICOS, AVE, IAM, criar o efeito oposto ao da droga! É assim: se você toma uma droga que te
deprime, o seu cérebro interpreta que não pode deixar você assim e
POLIFARMÁCIA, “INVASÃO”...
começa a tentar vencer essa depressão... Ele tenta ficar hiperestimulado!
Clínica O contrário é verdadeiro... É uma espécie de controle endócrino! Se o
- QUADRO AGUDO E FLUTUANTE DE: ↓ATENÇÃO; indivíduo tomou uma droga depressora, se ele é viciado em uma droga que
DELÍRIO/ALUCINAÇÃO; ↓NÍVEL DE CONSCIÊNCIA. PODE SER deprime o cérebro dele e retira essa droga de uma vez, o que acontece
HIPERATIVO OU HIPOATIVO (ou misto). com o cérebro dele? Vai começar a ficar hiperestimulado! Se você ficar
dando uma droga estimuladora o tempo todo, no dia em que eu tirar o
Diagnóstico estímulo, o cérebro ‘vai lá pra baixo’, deprime... Então, você tem que
- CRITÉRIOS CAM-ICU entender que a abstinência é o oposto do efeito da droga!
Álcool
INTOXICAÇÃO AGUDA:
→ EUFORIA, PERDA DA SENSURA, ALTERAÇÃO DO RACIOCÍNIO
TRATAMENTO:
Opioides
INTOXICAÇÃO AGUDA:
→ SUPORTE: HIPOGLICEMIA, HIPONATREMIA Quem são? MORFINA, HEROÍNA, METADONA, FENTANIL, ÓPIO...
→ REPOR TIAMINA (100MG/1L DE SG) (1) INTOXICAÇÃO AGUDA:
→ BENZODIAZEPÍNICO (LORAZEPAN 2MG VO) OU ANTIPSICÓTICO → EUFORIA, RELAXAMENTO, RETARDO...
(HALDOL 5MG IM OU VO) SE AGITAÇÃO PSICOMOTORA → EFEITO PARASSIMPÁTICO: CONSTIPAÇÃO, BRADICARDIA, ANOREXIA,
SEDAÇÃO, HIPOTENSÃO, DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA, MIOSE, COMA...
DEPENDÊNCIA E ABUSO:
→ TRATAMENTO: NALOXONE
- É baseado na pontuação AUDIT!
✓ Baixo risco: educação e aconselhamento
✓ Consumo de risco: educação e aconselhamento para controlar o (2) ABSTINÊNCIA:
uso de álcool e transformá-lo em consumo de baixo risco → HIPERATIVIDADE SIMPÁTICA (MIDRÍASE, HIPERTENSÃO, SUDORESE,
✓ Uso nocivo: abordagem familiar, redução de danos, TREMOR, DOR ABDOMINAL, DIARREIA, RINORREIA, LACRIMEJAMENTO,
acompanhamento frequente, grupos de ajuda, intervenção CALAFRIOS, FISSURA...)
breve*. → TRATAMENTO: SUPORTE (ANTITÉRMICO, CLONIDINA,
✓ Dependência: tudo isso + uso de medicamentos** BENZODIAZEPÍNICO, NALTREXONA, BUPREMORFINA...) + METADONA
Benzodiazepínicos ABSTINÊNCIA:
→ DISFORIA, INSÔNIA, ANSIEDADE, GANHO DE PESO, DEPRESSÃO...
- AGONISTAS GABAÉRGICOS
→ TRATAMENTO:
-- EM GERAL DURA 8-12 SEMANAS, mas em algumas situações pode
(1) ABSTINÊNCIA:
durar por mais tempo e até de forma indefinida. Normalmente
→ TREMORES, PALPITAÇÕES, CEFALEIA, INSÔNIA, PESADELO, NÁUSEA,
COMEÇAMOS COM MONOTERAPIA, mas em situações especiais é
DÉFICIT DE MEMÓRIA, DELIRIUM/ALUCINAÇÕES, CONVULSÕES. PODEM
permitida a associação de medicamentos, como falha com uma só droga,
INICIAR 2-10 DIAS AP´´OS A PARADA DO MEDICAMENTO!
grau elevado de dependência, uso prévio de diversos medicamentos para
→ TRATAMENTO: REDUÇÃO GRADATIVA DA DOSE + DOENÇA DE BASE
parar de fumar. Como tratar a dependência é o que mais cai em termos de
cigarro! Nós temos dois grupos de drogas: os derivados nicotínicos e os
(2) INTOXICAÇÃO AGUDA:
não nicotínicos.
→ SUPORTE RESPIRATÓRIO + FLUMAZENIL
-- NICOTÍNICOS: ADESIVO; GOMA DE MASCAR
Benzodiazepínicos de LONGA DURAÇÃO (meia-vida > 24h): -- NÃO-NICOTÍNICOS: BUPROPIONA (DIMINUI LIMIAR CONVULSIVO;
DIAZEPAM, CLONAZEPAM, flurazepam, nitrazepam, VARENICLINA (AGONISTA NICOTÍNICO CENTRAL).
clordiazepáxido -- ALTERNATIVOS: NORTRIPTILINA, CLONIDINA.
Organizando...
PRIMEIRA LINHA: NICOTINA, VARENICLINA, BUPROPIONA.
Benzodiazepínicos de DURAÇÃO INTERMEDIÁRIA (meia-vida entre
SEGUNDA LINHA: NORTRIPTILINA, CLONIDINA.
6-24h): ALPRAZOLAM, estazolam, BROMAZEPAM, LORAZEPAM
Cuidados...
▪ Se insuficiência coronariana aguda: EVITAR NICOTINA, apesar de
Benzodiazepínicos de CURTA DURAÇÃO (meia-vida < 6h):
ser segura para doença cardiovascular (usar com cautela nos
MIDAZOLAM, triazolam casos AGUDOS, como nas primeiras duas semanas pós-IAM).
▪ Se gestantes: EVITAR VARENICLINA!
Drogas Estimuladoras do SNC ▪ Se epiléptico/histórico convulsivo: EVITAR BUPROPIONA!
Nicotina Cocaína
- AGONISTA NICOTÍNICA DOS RECEPTORES DA ACETILCOLINA - AUMENTA *DOPAMINA*, NORADRENALINA E SEROTONINA
A cocaína consegue aumentar as monoaminas cerebrais! Ela faz uma descarga de
Estágios de Motivação dopamina, noradrenalina e serotonina! No caso da cocaína, é principalmente o
CUIDADO! HIPOMANIA → MANIA, MAS SEM PREJUÍZO SOCIAL! CUIDADO! NÃO CONFUNDA O TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO COM
Fique atento para um conceito que o DSM-V usa muito! É o paciente ‘quase maníaco’! O PACIENTE MANÍACO!
Está muito acelerado, mas não há prejuízo social! Também está com aumento da
→ SE A PSICOSE VEIO PRIMEIRO: ESQUIZOAFETIVO!
sexualidade, também não dorme, mas consegue viver...
Diagnóstico Tratamento
- Ataque de pânico: sintomas acima; - ANTIDEPRESSIVOS + BENZODIAZEPÍNICO POR CURTO PERÍODO +
- Transtorno de pânico: sintomas acima + 1 MÊS de apreensão ou preocupação PSICOTERAPIA. Se estresse agudo: benzo + TCC.
persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (por
exemplo, perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”); uma mudança Fobias
desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (por exemplo,
comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como esquivar-
se de exercícios ou situações desconhecidas). SOCIAL: MEDO DE SE EXPOR EM PÚBLICO (COMER, FALAR...)
✓ SUBTIPO: DESEMPENHO (consiste somente no medo de
Tratamento falar em público)
- ANTIDEPRESSIVOS (ISRS, TRICÍCLICOS) + BENZODIAZEPÍNICO POR - ESPECÍFICA: MEDO DE SITUAÇÕES/OBJETOS ESPECÍFICOS (VOAR,
CURTO PERÍODO + PSICOTERAPIA POR 1-2 ANOS. ANIMAIS, SANGUE...)
Agorafobia - É COMUM ATAQUES DE PÂNICO!
Conceitos Tratamento
- MEDO DE LUGAR E TRANSPORTE PÚBLICO, SAIR DE CASA... - ANTIDEPRESSIVOS + BENZODIAZEPÍNICOS POR CURTO PRAZO +
- PODE DESENVOLVER CRISES DE PÂNICO! PSICOTERAPIA. MANTER TRATAMENTO POR 6-12 MESES PARA
Diagnóstico EVITAR RECAÍDA.
DSM-V
Era considerada uma complicação do transtorno do pânico, mas agora, Transtorno de Ajustamento
segundo o DSM-V, é considerada um transtorno de ansiedade, - REAÇÃO MAL ADAPTATIVA EM CURTO PRAZO QUE ACOMETE
PODENDO EXISTIR COM OU SEM O TRANSTORNO DO PÂNICO, embora PREFERENCIALMENTE CRIANÇAS E IDOSOS.
comumente esteja associada a este. Clínica
Tratamento - INÍCIO EM ATÉ 3 MESES APÓS O EVENTO + SINTOMAS ANSIOSOS E
- ANTIDEPRESSIVO (ISRS) + BENZODIAZEPÍNICO POR CURTO PERÍODO DEPRESSIVOS → GERALMENTE DURAM ATÉ 6 MESES → BOM
+ PSICOTERAPIA PROGNÓSTICO.
TOC Tratamento
ATENÇÃO!
Atenção a esses conceitos sintomáticos... São importantes na prova! São os sintomas
SÍNDROME SEROTONINÉRGICA AGUDA
positivos e os sintomas negativos da esquizofrenia! É um importante diagnóstico diferencial, causada por medicamentos com
atividade serotoninérgica (triptofano, ecstasy, meperidina) ou
→ SINTOMAS POSITIVOS (PRODUÇÃO): COMPORTAMENTO BIZARRO,
bloqueadores dos receptores serotoninérgicos. O quadro clínico é
ALUCINAÇÃO, NEOLOGISMO... bastante semelhante a SNM, mas vamos diferenciar pela presença
→ SINTOMAS NEGATIVOS (PERDA): RETRAÇÃO SOCIAL, HIPOBULIA, marcante de MIOCLONIA presente nessa síndrome! Atenção aqui!
SEM AFETO, LENTIFICAÇÃO...
DISTONIA AGUDA: pode surgir minutos após o uso do antipsicótico. Risco
Diagnóstico máximo de 1-5 dias. Caracterizada por espasmos, principalmente nos músculos da
CLÍNICO (FENOMENOLÓGICO) língua, face, pescoço e dorso. Pode ser semelhante a uma crise convulsiva.
→ SEGUNDO DSM-V, SE 2 OU MAIS DOS SEGUINTES: ACATISIA: risco máximo de 5-60 dias após o início do uso do antipsicótico. O
(1) DELÍRIOS; paciente não consegue ficar parado. Sensação de ansiedade.
(2) ALUCINAÇÕES; DISCINESIA TARDIA: meses-anos após o início do uso. Relacionada ao uso
crônico em altas doses.
(3) DISCURSO DESORGANIZADO (destes 3 primeiros, um deve estar
PARKINSONISMO: tempo de uso variável. Pode ser de dias-meses. Combinação
presente obrigatoriamente);
variável de tremor, rigidez e bradicinesia.
(4) COMPORTAMENTO DESORGANIZADO;
(5) SINTOMAS NEGATIVOS; Tratamento
PELO PERÍODO DE PELO MENOS 1 MÊS - O tratamento base é semelhante para todas as síndromes, com
ANTICOLINÉRGICOS (BIPERIDENO OU TRIEXIFENIDIL) OU
Tipos (CID-10) BENZODIAZEPÍNICOS, mais a retirada ou diminuição da dose do
PARANOIDE: é a mais comum! antipsicótico.
→ DELÍRIOS (PERSECUTÓRIOS, GRANDEZA...) + ALUCINAÇÕES - No caso da SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA, além do suporte
(VOZES) clínico, SUSPENDER IMEDIATAMENTE O ANTIPSICÓTICO E FAZER USO
HEBEFRÊNICA: prognóstico ruim! DE DANTROLENE, BENZODIAZEPÍNICO, BROMOCRIPTINA E/OU
→ COMPORTAMENTO PUERIL + SINTOMAS NEGATIVOS AMANTADINA
CATATÔNICA:
→ PREDOMINAM DISTÚRBIOS MOTORES Outros Transtornos Psicóticos
INDIFERENCIADA:
Tipos
- COMPULSÃO ALIMENTAR PURGATIVA: nos últimos 3 meses, o indivíduo se
envolveu em episódios recorrentes de compulsão alimentar purgativa.
Tratamento
TERAPIA + ISRS + GANHO DE PESO 0,5KG/SEMANA → PROGNÓSTICO
RUIM → INTERNAR SE ALTERAÇÕES METABÓLICAS (HIPOTENSÃO,
BRADICARDIA, ETC)
Bulimia
“COME, COME, COME E PURGA”
Clínica
- MULHERES JOVENS → SENSAÇÃO DE FALTA
DE CONTROLE → PESO TENDE A SER
“NORMAL” → PODE NÃO TER PURGAÇÃO
- NÃO GUARDA SEGREDO + EPISÓDICA
Tratamento
- TERAPIA + ISRS (PREFERENCIA PELA FLUOXETINA → NÃO USAR
BUPROPRIONA!) + MEDICAMENTO PARA DOENÇAS ASSOCIADAS
Tratamento
- ISRS, TOPIRAMATO, SIBUTRAMINA
- PSICOTERAPIA (COGNITIVO-COMPORTAMENTAL)