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Assistência de Enfermagem nas Doenças do

Sistema Digestório

ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA


Aula 5

Lorena Carine, Enfermeira pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).


Pós Graduada em Enfermagem do Trabalho e Pós Graduada em Gestão Hospitalar.
Docente da Grau Técnico.
Hepatites/Pancreatites/Cirrose
hepática/Esteatose hepática/Colelitíase
HEPATITES
Fígado

 O fígado é considerado a maior glândula do corpo humano.

 Tem coloração vermelho-escuro e pode ser dividido em dois lobos,


sendo o direito bem maior que o esquerdo.
Fígado

 Funciona tanto como glândula exócrina, liberando secreções em uma


superfície externa, quanto como glândula endócrina, já que também
libera substâncias no sangue e nos vasos linfáticos.

 Localiza-se no lado direito do abdômen, sob o diafragma.

 Seu peso é de aproximadamente 1,3 a 1,5 kg nos adultos.


Fígado

• Uma característica importante é a borda hepática.

• A borda deve ser delimitada, inicialmente, identificando-a, e depois deve ser


avaliada a sua espessura: fina ou romba.

• A borda romba, por exemplo, geralmente está presente quando há aumento do


volume hepático.
Funções do fígado

Secretar a bile: a bile é produzida pelo fígado, armazenada na vesícula


biliar e enviada ao intestino, onde funciona como detergente e ajuda na
dissolução e aproveitamento das gorduras;

Armazenar glicose: a glicose extraída dos alimentos é armazenada no


fígado sob a forma de glicogênio, que fica à disposição do organismo
para quando ele precisar de energia;
Funções do fígado

Produzir proteínas nobres, como a albumina, que mantém a água


dentro do organismo;

Metabolizar medicamentos e álcool;


Funções do fígado

Desintoxicar o organismo;

Sintetizar o colesterol, que é metabolizado e excretado pela bile;

Filtrar micro-organismos; entre outras.

É um órgão com intensa capacidade de se regenerar.


Hepatites

 Como no interior do fígado não há nervos, o órgão não dói


e, portanto, apesar da cápsula que o envolve ser bastante
enervada, costuma não apresentar sintomas quando
atingido por alguma doença.
Hepatites

 A função hepática é complexa, e a ocorrência de disfunção


hepática afeta todos os sistemas orgânicos.

 Por esse motivo, devemos compreender como o fígado


funciona e ter habilidades na avaliação clínica e no manejo
de clientes submetidos a procedimentos diagnósticos e
terapêuticos.
Hepatites

Doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática


(até formas fulminantes).

Diferentes vírus hepatotrópicos.

As hepatites sintomáticas são caracterizadas por mal-estar,


cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia,
náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito,
aversão a alguns alimentos e cigarro.
Hepatites

A icterícia geralmente inicia-se quando a febre desaparece e


pode ser precedida por colúria e hipocolia fecal.

A Hepatomegalia ou hepatoesplenomegalia também podem


estar presentes.
Hepatite Tipo B

 Agente etiológico:

Vírus da Hepatite B (HBV). É um vírus DNA, família Hepadnaviridae.

 Reservatório:

O homem. Experimentalmente, chimpanzés, espécies de pato e


esquilo.
Hepatite Tipo B
 Modo de transmissão:

O HBV é altamente infectivo e facilmente transmitido através


de:

 Via sexual;
 Transfusões de sangue;
 Procedimentos médicos e odontológicos;
 Hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança;
 Transmissão vertical (mãe-filho);
Hepatite Tipo B
 Modo de transmissão:

 Contatos íntimos domiciliares (compartilhamento de


escova dental e laminas de barbear);

 Acidentes perfurocortantes;

 Compartilhamento de seringas e de material para a


realização de tatuagens e piercings.
Hepatite Tipo B

 Período de incubação:

De 30 a 180 dias (média em torno de 60 a 90 dias).


Hepatite Tipo B

 Período de transmissibilidade:

Duas a três semanas antes dos primeiros sintomas e


mantem-se durante a evolução clínica da doença.

O portador crônico pode transmitir por vários anos.


Hepatite Tipo B

 Complicações:

Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas


complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite
bacteriana, encefalopatia hepática) e carcinoma
hepatocelular.
Ascite

Ascite:
A ascite ou "barriga d'água" é o
acúmulo anormal de líquido rico
em proteínas no interior do
abdômen, no espaço entre os
tecidos que revestem o abdômen e
os órgãos abdominais.
Diálise Peritoneal

 É uma opção de tratamento através do qual o processo ocorre dentro do corpo do


paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal. Esse
filtro é denominado peritônio.

 É uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos


abdominais.

 O espaço entre esses órgãos é a cavidade peritoneal.


Diálise Peritoneal

 A solução entra em contato com o


sangue e isso permite que as
substâncias que estão acumuladas
no sangue como ureia, creatinina e
potássio sejam removidas, bem
como o excesso de líquido que não
está sendo eliminado pelo rim.
Diálise Peritoneal

 Um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter


(tubo flexível biocompatível).

 Para isso é necessário que seja implantado um cateter de diálise peritoneal no


abdome do paciente, próximo ao umbigo.

 Este cateter é implantado através de uma cirurgia pequena.


Peritonite

 A peritonite é a inflamação decorrente de infecção que acomete o


peritônio, tecido que reveste a parede interna do abdômen e recobre a
maioria dos órgãos da região abdominal, como o estômago, os
intestinos, o fígado e o baço.

 Essa infecção pode ser provocada por bactéria ou fungo.


Peritonite

 Sinais e sintomas: dor e sensibilidade abdominal, que costumam


piorar à realização de movimentos ou ao pressionar a região, por
exemplo. Rigidez abdominal, febre, vômitos.

 Essa infecção pode causar sequelas graves ou morte.

 As bactérias mais comuns que causam peritonite bacteriana são


Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae e Streptococcus pneumoniae.
Encefalopatia hepática

 A encefalopatia hepática é a deterioração da função cerebral que


ocorre em pessoas com doença hepática grave, porque
substâncias tóxicas normalmente eliminadas pelo fígado se
acumulam no sangue e chegam ao cérebro.

 Ocorre em pessoas com doença hepática prolongada (crônica).

 As pessoas ficam confusas, desorientadas e sonolentas, com


alterações na personalidade, comportamento e humor.
Hepatite Tipo B

 Diagnóstico:

Pode ser clínico-laboratorial e laboratorial. Apenas com os


aspectos clínicos não é possível identificar o agente
etiológico.

 Marcador significado:

HBsAg (sua presença por mais de seis meses é indicativa de


hepatite crônica).
Hepatite Tipo B

 Tratamento:

Não existe tratamento específico para a forma aguda.

Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e


prurido. Como norma geral, recomenda-se repouso relativo
até praticamente a normalização das aminotransferases (TGO
e TGP).

Formas fulminantes devem ser acompanhadas nos serviços


especializados.
Hepatite Tipo B

 Tratamento:

A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que


deve ser suspensa por seis meses no mínimo e,
preferencialmente, por um ano.

Em uma percentagem dos casos crônicos há indicação do uso


de interferon convencional (age reduzindo a atividade viral e
ativando as células de defesa do organismo) ou lamivudina
(Antirretroviral).
Hepatite Tipo B

 Medidas de Controle:

As medidas de controle incluem a profilaxia pré-exposição,


pós-exposição, o não compartilhamento ou reutilização de
seringas e agulhas, triagem obrigatória nos doadores de
sangue, inativação viral de hemoderivados e medidas
adequadas de biossegurança nos estabelecimentos de saúde.

A vacinação é a medida mais segura para prevenção contra


hepatite B.
Hepatite Tipo C

 Agente etiológico:

Vírus da Hepatite C (HCV). É um vírus RNA, família


Flaviviridae.

 Reservatório:

O homem. Experimentalmente, o chimpanzé.


Hepatite Tipo C
 Modo de transmissão:

A transmissão ocorre principalmente por via parenteral.

São consideradas populações de risco acrescido:

- indivíduos que receberam transfusão de sangue e/ou


hemoderivados antes de 1993;
- pessoas que compartilham material para uso de drogas injetáveis,
inaláveis, tatuagem, piercing
- ou que apresentem outras formas de exposição percutânea.
Hepatite Tipo C

 Modo de transmissão:

A transmissão sexual pode ocorrer principalmente em


pessoas com múltiplos parceiros e com pratica sexual de risco
acrescido (sem uso de preservativo).

A transmissão perinatal é possível e ocorre quase sempre no


momento do parto ou logo após.

A transmissão intrauterina é incomum.


Hepatite Tipo C

 Modo de transmissão:

Apesar da possibilidade da transmissão através do


aleitamento materno (partículas virais foram demonstradas
no colostro e leite materno), não há até agora evidências
conclusivas de aumento do risco a transmissão, exceto na
ocorrência de fissuras ou sangramento nos mamilos.
Hepatite Tipo C

 Período de incubação:

Varia de 15 a 150 dias.


Hepatite Tipo C

 Período de transmissibilidade:

Inicia-se 1 semana antes do início dos sintomas e mantem-se


enquanto o paciente apresentar RNA-HCV reagente.

 Complicações:

Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações


(ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana
espontânea, encefalopatia hepática) e carcinoma
hepatocelular.
Hepatite Tipo C

 Diagnóstico:

Clinico-laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos não é


possível identificar o agente etiológico, sendo necessários
exames sorológicos.
Hepatite Tipo C

 Tratamento:

O tratamento para a fase aguda do HCV deverá ser feito com


Interferon convencional, porém ainda não há consenso na
literatura acerca da duração da terapia.

Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e


prurido.
Hepatite Tipo C

 Tratamento:

Recomenda-se repouso relativo até normalização das


aminotransferases (TGO e TGP).

Dieta pobre em gordura.


Hepatite Tipo C

 Tratamento:

A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que


deve ser suspensa por seis meses no mínimo e,
preferencialmente, por um ano.

Medicamentos não devem ser administrados sem


recomendação médica para que não agrave o dano hepático.
Hepatite Tipo D

 Agente etiológico:

Vírus da Hepatite D ou delta (HDV). É um vírus RNA, único


representante da família Deltaviridae.

É um vírus defectivo (incompleto) que não consegue, por si só,


reproduzir seu próprio antígeno de superfície, o qual seria
indispensável para exercer sua ação patogênica e se replicar nas
células hepáticas.
Hepatite Tipo D

Desta forma necessita da presença do vírus da hepatite B.

 Reservatório:

O homem.
Hepatite Tipo D

 Modo de transmissão:

Semelhante ao da hepatite B, ou seja, através da via sexual;


de solução de continuidade (pele e mucosa), de transfusões
de sangue, procedimentos médicos e odontológicos e
hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança;
transmissão vertical (mãe-filho), contatos íntimos domiciliares
(compartilhamento de escova dental e laminas de barbear),
através de acidentes perfurocortantes, compartilhamento de
seringas e de material para a realização de tatuagens e
piercings.
Hepatite Tipo D

 Modo de transmissão:

A transmissão vertical depende da carga viral do


HBV.

Outros líquidos orgânicos (sêmen, secreção vaginal,


leite materno) podem conter o vírus e constituir-se
como fonte de infecção.
Hepatite Tipo D

 Período de incubação:

De 30 a 180 dias. Este período é menor na superinfecção.

 Período de transmissibilidade:

Uma semana antes do início dos sintomas da infecção


conjunta (HDV e HBV). Quando ocorre superinfecção, não se
conhece esse período.
Hepatite Tipo D

 Complicações:

Pode ocorrer evolução para a cronicidade em até 75% dos casos de


superinfecção e com isso, o agravamento das manifestações clínica, do
quadro bioquímico e histológico.

Se comparada a infecção pelo HBV somente, na superinfecção ocorre uma


evolução em maior velocidade para a cirrose hepática e na coinfecção uma
maior probabilidade de quadros fulminantes.
Hepatite Tipo D

 Diagnóstico:

Clinico-laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos não é possível


identificar o agente etiológico, sendo necessários exames sorológicos.
Hepatite Tipo D
 Tratamento:

O tratamento é complexo e muitas vezes o paciente volta a


expressar o RNA-HDV no soro.

Não existe tratamento específico para a forma aguda.

Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e


prurido.

Recomenda-se repouso relativo até a normalização das


aminotransferases (TGO e TGP).
Hepatite Tipo D

 Tratamento:

 A única restrição está relacionada à ingestão de álcool


como citado anteriormente.

 Medicamentos não devem ser administrados sem


recomendação médica para que não agrave o dano
hepático.
Hepatite tipo A e Tipo E

 Modo de transmissão:

Fecal-oral, principalmente pela água e alimentos


contaminados por dejetos humanos e de animais.

Apesar de ser um evento raro, pode também ser transmitido


por via vertical e parenteral.

As hepatites A e E não evoluem para formas crônicas.


Hepatite Tipo E

 Período de incubação:

De 2 a 9 semanas, média de 6 semanas.

 Período de transmissibilidade:

Desde a segunda semana antes do início dos sintomas até o


final da segunda semana de doença.
Hepatite Tipo E

 Agente etiológico:

Vírus da hepatite E (HEV). É um vírus RNA, família Caliciviridae.

 Reservatório:

O homem.
Hepatite Tipo E

Relatos recentes de isolamento do HEV em suínos, bovinos,


galinhas, cães e roedores levantam a possibilidade de que esta
infecção seja uma zoonose.

Experimentalmente também em alguns primatas não humanos


chimpanzés e macaco cynomolgus.
Hepatite Tipo E
 Complicações:

Não há relato de evolução para cronicidade ou viremia


persistente.

Em gestantes, a hepatite é mais grave, podendo apresentar


formas fulminantes.

A taxa de mortalidade em gestantes pode chegar a 25%,


especialmente no terceiro trimestre. Em qualquer trimestre,
abortos e mortes intrauterinas são comuns.
Hepatite Tipo E

 Diagnóstico:

Clinico-laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos não é


possível identificar o agente etiológico, sendo necessário
exames sorológicos.
Hepatite Tipo E

 Tratamento:

Não existe tratamento específico para a forma aguda.

Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e


prurido.

Recomenda-se repouso relativo até a normalização das


aminotransferases.

Dieta pobre em gordura;


Hepatite Tipo E
Observação:

Notificação - Os casos suspeitos, confirmados e os surtos


devem ser notificados e investigados, visando adoção das
medidas de controle pertinentes.

Casos isolados não são de notificação compulsória para o


nível nacional, devendo-se, entretanto, seguir as orientações
dos estados e municípios.

Deve-se investigar se o paciente esteve em área endêmica, no


período de 2 meses que antecedeu o início dos sintomas.
Hepatite Tipo E

 Cuidados de Enfermagem:

Promover o repouso;
Melhorar o estado nutricional;
Fornecer o cuidado cutâneo;
Reduzir o risco de lesão;
Monitorar complicações potenciais, ex. hemorragias e
sangramentos, encefalopatia hepática, excesso de volume de
líquido;
Ensinar o autocuidado.
Hepatite Fulminante

 Insuficiência hepática aguda;

 Surgimento de icterícia e encefalopatia hepática


em até 8 semanas;

 Condição rara e potencialmente fatal, com


letalidade alta;
Hepatite Fulminante

 Fisiopatologia

Relacionada à degeneração e necrose maciça dos


hepatócitos;

Os primeiros sinais e sintomas são leves e


inespecíficos.
Hepatite Autoimune

 Hepatite autoimune é uma doença crônica do fígado, que


atinge principalmente as mulheres jovens. Nela, o sistema
imune ataca as células do fígado causando inflamação e
alteração da função do órgão.

 A hepatite autoimune é provocada por uma falha no


sistema imunológico e suas causas podem estar
relacionadas a fatores genéticos.
Hepatite Autoimune

 Hepatite autoimune não tem cura.

 O tratamento consiste em diminuir a atividade do


sistema imune com drogas imunossupressoras e
uma dieta equilibrada.
PANCREATITE
Pancreatite

 É inflamação no pâncreas, podendo ser aguda ou crônica.

 O pâncreas é um órgão que apresenta várias funções,


entre elas, produção de insulina e substâncias necessárias
para a digestão de alimentos.
Pâncreas

O pâncreas é uma glândula responsável pela produção de


insulina e pela absorção de enzimas da digestão.

É uma glândula de 15 a 25 cm de extensão localizada no


abdômen, atrás do estômago e entre o duodeno e o baço,
que integra os sistemas digestivo e endócrino.
Pancreatite

 Pancreatite é uma inflamação do pâncreas que tem o


consumo de álcool como o principal fatos desencadeador
da doença.

 Podendo ser aguda ou crônica.


Pancreatite
 Cálculos biliares

Cálculos biliares são a etiologia mais comum da pancreatite


aguda.

Envolve aumento da pressão no ducto pancreático causado


pela obstrução da ampola secundária a um cálculo ou edema
causado pela passagem de um cálculo.

Os efeitos tóxicos do próprio ácido biliar nas células também


pode ser um mecanismo.
Pancreatite
 Álcool

 O risco de ter pancreatite aumenta com maior consumo de


bebidas alcoólicas (≥ 4 a 7 doses por dia para os homens e
≥ 3 doses por dia para as mulheres);

 O consumo baixo ou moderado de álcool está associado à


progressão da pancreatite aguda para crônica.
Pancreatite

 A pancreatite crônica caracteriza-se por alterações


histológicas irreversíveis e progressivas e resultam em
provável perda das funções pancreáticas exócrina e
endócrina.
Pancreatite

 Causas:

• Cálculo biliar;
• Alcoolismo;
• Tumores;
• Doenças autoimunes;
• Viroses;
• Certos medicamentos;
Pancreatite

 Causas:

• Infecções virais como caxumba;


• Traumatismo grave abdominal;
• Excesso de funcionamento da glândula paratireoide;
• Excesso de triglicérides no sangue;
• Má formação.
Pancreatite

 Sinais e Sintomas:

• Dor abdominal alta, com irradiação para a região dorsal;


• Náuseas;
• Vômitos;
• Diarreia com eliminação de gordura nas fezes.
Pancreatite

 Tratamento:

• Diminuição da atividade da glândula pancreática


• Cirúrgico
Pancreatite

 Cuidados de Enfermagem:

 Observar e anotar nível de consciência;

 Manter repouso relativo;

 Cuidados com nutrição;


Pancreatite

 Cuidados de Enfermagem:

 Observar e anotar aspecto e característica de eliminação


intestinal;

 Cuidados com sondagem nasogástrica;

 Cuidados pré-operatórios, se necessário.


CIRROSE HEPÁTICA
Cirrose Hepática

 É uma doença difusa do fígado, que altera


as funções das suas células e dos sistemas
dos canais biliares.

 Resulta de diversos processos, como a


morte celular e a produção de um tecido
fibroso não funcionante prejudicando a
estrutura e função hepática.
Cirrose Hepática

 A cirrose ou formação de tecido cicatricial do fígado é dividida em três


tipos:

• Cirrose alcoólica, que é causada mais frequentemente por alcoolismo


crônico e que constitui o tipo mais comum;
• Cirrose pós-necrótica, um resultado tardio de hepatite viral aguda
prévia;
• Cirrose biliar, decorrente de obstrução biliar crônica e infecção (o tipo
menos comum).
Cirrose Hepática

 Causas:

• Alcoolismo;
• Infecções causadas por vírus;
• Esquistossomose;
• Medicamentos;
• Substâncias químicas;
Cirrose Hepática

 Causas:

• Hepatite pelos vírus B e C;


• Hepatite autoimune;
• Doenças genéticas;
• Cirrose biliar;
• Atresia biliar RN (obstrução).
Cirrose Hepática

 Sinais e Sintomas:

• Anorexia;
• Náuseas;
• Vômitos;
• Hipertermia;
• Flatulência;
Cirrose Hepática

 Sinais e Sintomas:

• Distúrbios intestinais;
• Fraqueza e cansaço;
• Perda de peso;
• Alterações de sono;
• Dores abdominais.
Cirrose Hepática

 Crônica:

• Edema em membros inferiores;


• Desnutrição;
• Icterícia;
• Ascite;
• Hepatomegalia;
• Atrofia hepática;
• Melena;
• Hematêmese;
Cirrose Hepática
 Crônica:

• Anemia;
• Fraqueza;
• Encefalopatia;
• Coma;
• Perda de interesse
sexual;
• Aumento de
mamas nos
homens;
• Varizes de esôfago
e estômago;
Cirrose Hepática
 Tratamento:

• Repouso;
• Adequação alimentar
• Anti-hemorrágico;
• Medidas de conforto;
• Medidas de contenção de hemorragia como o balão
Sengstaken-Blakemore;
• Suspensão do agente agressor;
• Transplante de fígado.
Cirrose Hepática

 Cuidados de Enfermagem:

 Aferir sinais vitais com ênfase em pressão arterial e pulso;


 Verificar SSVV;
 Observar, comunicar e anotar aceitação alimentar;
 Controle de peso em jejum;
Cirrose Hepática

 Cuidados de Enfermagem:

 Balanço hídrico;
 Medir circunferência abdominal;
 Comunicar e anotar sinais de hemorragia;
 Observar, comunicar e anotar sinais de abstinência
alcoólica.
ESTEATOSE HEPÁTICA
Esteatose Hepática

• É um distúrbio que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no interior


dos hepatócitos (células do fígado).

• O aumento de gordura dentro dos hepatócitos, constante e por tempo


prolongado, pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para
quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer.
Esteatose Hepática

• Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como adquire um


aspecto amarelado.

• Podem ser classificadas em alcoólicas (provocadas pelo consumo


excessivo de álcool) e não alcoólicas.
Causas

 Sobrepeso, diabetes, má nutrição, perda brusca de peso, gravidez,


cirurgias e sedentarismo são fatores de risco para o aparecimento da
esteatose hepática gordurosa não alcoólica.

 Há evidências de que a síndrome metabólica (pressão alta, resistência à


insulina, níveis elevados de colesterol e triglicérides) e a obesidade
abdominal estão diretamente associadas ao excesso de células
gordurosas no fígado.
Esteatose hepática

 Nos estágios mais avançados, caracterizados por inflamação e fibrose


que resultam em insuficiência hepática, os sintomas mais frequentes
são ascite (acúmulo anormal de líquido dentro do abdome),
encefalopatia (doenças no encéfalo) e confusão mental, hemorragias,
queda no número de plaquetas do sangue, icterícia (pele e olhos
amarelados).
COLELITÍASE
Vesícula Biliar

• A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, parecida com uma pera,


localizada abaixo do lobo direito do fígado.

• Sua função é armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que atua na
digestão de gorduras no intestino.

• A bile é formada pela mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol,


responsável pela imensa maioria da formação de cálculos (pedras), que
podem impedir o fluxo da bile para o intestino e causar uma inflamação
chamada colecistite.
Colelitíase

• Colelitíase: é pedra na vesícula que gera cólica biliar.

• Colecistite: é a inflamação da vesícula por impactação de cálculo em


ducto cístico.
Sinais e sintomas

• Alguns casos de pedra na vesícula podem não ter sintomas, mas outros
provocam dor intensa do lado direito superior do abdômen que se
irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas.

• A dor normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um


pico de intensidade e diminui depois.

• Pode vir ou não acompanhada de febre, náuseas e vômitos.


Causas

• Muitos fatores podem alterar a composição da bile e acionar o


gatilho de formação de pedra na vesícula. Alguns fatores que
aumentam o risco são:

– dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras;


– vida sedentária, com elevação do LDL e diminuição do HDL;
– diabetes;
– obesidade;
Causas

– hipertensão;
– fumo;
– uso prolongado de anticoncepcionais;
– elevação do nível de estrogênio – o que explica a incidência maior de
cálculos biliares nas mulheres;
– predisposição genética.
Tratamento

• Tanto para sintomáticos quanto para assintomáticos, é a remoção cirúrgica da


vesícula biliar (colecistectomia).

• A cirurgia é feita por videolaparoscopia, com recuperação rápida e baixos riscos.

• Os pacientes não operados correm o risco de 30 a 50% de sofrerem complicações


graves, tendo que se submeter à cirurgia de emergência.
Cuidados de Enfermagem
 Administrar medicações Cpm;

 Atentar para sinais de peritonite;

 Orientar paciente e familiares sobre o quadro clínico e a mudança da dieta e estilo


de vida em pacientes com acometimento hepático;

 Orientar o paciente sobre as formas de transmissão das hepatites;

 Aferir sinais vitais com ênfase em pressão arterial e pulso;


Cuidados de Enfermagem
 Controle de peso em jejum;

 Balanço hídrico;

 Medir circunferência abdominal;

 Comunicar e anotar sinais de hemorragia;

 Orientar para redução da ingesta de álcool;

 Observar, comunicar e anotar sinais de abstinência alcoólica.


Referências

• Fígado. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/figado/


• Diálise Peritoneal. Disponível em: https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/dialise-peritoneal/
• Encefalopatia hepática. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-e-da-
ves%C3%ADcula-biliar/manifesta%C3%A7%C3%B5es-da-doen%C3%A7a-hep%C3%A1tica/encefalopatia-
hep%C3%A1tica#:~:text=A%20encefalopatia%20hep%C3%A1tica%20%C3%A9%20a,doen%C3%A7a%20hep%C3%A1tica%20pr
olongada%20(cr%C3%B4nica).>
• Pancreatite. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-
gastrointestinais/pancreatite/pancreatite-aguda#v892743_pt
• Hepatite autoimune. Disponivel em: https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/hepatite-autoimune
• Esteatose hepática. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/esteatose-
hepatica/#:~:text=Esteatose%20hep%C3%A1tica%20%C3%A9%20um%20dist%C3%BArbio,fun%C3%A7%C3%B5es%20fundame
ntais%20para%20o%20organismo.
• Pedra na vesícula. Disponivel em: https://bvsms.saude.gov.br/pedra-na-vesicula-calculo-
biliar/#:~:text=A%20ves%C3%ADcula%20biliar%20%C3%A9%20um,digest%C3%A3o%20de%20gorduras%20no%20intestino.
1. Cite 3 funções do fígado.
2. Qual a forma de prevenção para hepatite A e E? Atividade
3. Qual o esquema vacinal da hepatite B?
4. O que é hepatite autoimune?
5. Cite 2 funções do pâncreas.
6. O que são e para que servem as transaminases?
7. Escolha 2 cuidados de enfermagem e descreva.
8. Termos Técnicos
Atresia
Colelitíase
Colecistite
Colúria
Esteatorreia
Esteatose hepática
Hipocolia fecal
Peritonite
Prurido

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