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Tromboembolismo

Abordagem Multidisciplinar

• Muitos são assintomáticos, pois a veia pode não estar


Tromboembolismo
totalmente ocluída por causa da circulação colateral;
• É o terceiro evento cardiovascular mais comum, consiste na • Dor, edema, rubor, calor e sensibilidade, febre, mal-estar geral,
formação de coágulos sanguíneos que obstrui e inflama a parede elevada contagem de leucócitos..
da veia, dificultando ou bloqueando a passagem de sangue; Escore de Wells
• Os trombos podem se desenvolver em qualquer lugar no sistema
cardiovascular e pode variar de tamanho e de forma, • Avaliam a exposição do paciente a fatores de risco para
normalmente origina-se nas veias profundas e progride para as desenvolver a TVP usada também para verificar a
veias proximais; probabilidade pré-teste de o paciente desenvolver TEP;
• As pernas é o local mais comum a ser afetado, porém pode • Uma vez calculado o score temos que se esse valor for igual
acometer também os membros superiores; ou maior que 2, a TVP é provável, havendo possibilidade de
• Devido a fatores extrínsecos (ex: traumatismo, cirurgia) e/ou 28%, caso o valor calculado seja menor do que 2, classifica-
fatores intrínsecos (ex: citoquinas e outros mediadores se como TVP improvável, a probabilidade de haver TVP é
inflamatórios) ocorre uma lesão endotelial, em resposta a essa de cerca de 6%.
lesão o equilíbrio trombo-hemorrágico altera-se favorecendo a • TVP improvável: solicita realização do teste d-dímero. Caso
produção de trombine e a formação de trombo. seja negativo descarte a hipótese de TVP. Caso seja positivo,
realiza USG doppler venoso para avaliar uma possível TVP,
Trombose
se confirmada inicia terapia anticoagulante.
• Venosa > Veias Superficiais: Acomete as veias dos mmss Fatores de Risco
(safena magna e safena parva), causando dor, sensibilidade e
endurecimentp, predispondo o aparecimento de infecções e • Os idosos estão mais suscetíveis do que as pessoas mais
úlceras; jovens pois possuem distúrbios que produzem a estase
• Venosa > Veias profundas: Envolve uma das grandes veias venosa com mais frequência;
da coxa – a nível do joelho ou acima (poplíteas, femorais, • Fatores hereditários: deficiência da proteína S e C, mutação
ilíacas), é mais grave pois com maior frequência esses de gene, etc;
trombos causam embolia pulmonar e consequente infarto • Pode aparecer também em pessoas aparentemente sadias
pulmonar. Embora a TVP possa causar dor local e edema de forma espontânea.
devido obstrução venosa, tais sintomas geralmente estão
ausentes por causa da abertura dos canais venosos colaterais; Crônica X Aguda
• Arterial:
• Crônica: Desenvolverá sequelas no processo de dissolução
o Distal: Quando os trombos estão restritos às veias
do coágulo e danificará as válvulas, pode evoluir para a
profundas da panturrilha raramente causando
insuficiência venosa crônica grave, conhecida como síndrome
sintomas de embolia pulmonar, acomete veias
pós-trombótica ou síndrome pós-flebética, levando a
abaixo da poplítea;
incapacitação física;
o Proximal: Quando os trombos se encontram nas
• Aguda: Alta probabilidade de complicações gravíssimas a
veias poplíteas, femoral ou ilíacas;
fatais, sendo a mais comum embolia pulmonar.
Tríade de Virchow
Quadro clínico
• A trombose venosa profunda acontece quando há alteração
• Ao exame físico pode ser possível identificar nos MMII dor
de um ou mais elementos da tríade de virchow, sendo que
na musculatura posterior da perna, na coxa ou na região
o aumento da idade aumenta o risco do paciente
inguinal, nos MMSS a dor limita-se no braço ao antebraço.
(especialmente os com mais de 65 anos);
• Estase venosa: Prevenção
• Lesão endotelial:
• Hipercoagulabilidade: • Outros: Evitar tabagismo, seguir orientações, fazer uso dos
medicamentos preventivos, evitar aumento de peso corporal,
Sintomas usar meias no caso de insuficiência venosa sempre com
orientação médica, movimentar-se ao máximo ao longo do - Eletroestimulação muscular;
dia quando viajar, manter boa hidratação..
- Exercícios cinesioterapêuticos, aeróbicos, respiratórios: Melhora
Diagnóstico bem estar, proporciona conforto, diminui a dor e edema, melhora
circulação de MMII, previne TVP, diminui tempo de internação;
• O diagnóstico se baseia no quadro clínico e nos exames
complementares de imagem e laboratoriais. - Botas de compressão pneumática intermitente: Previne estase
• D-dímero: São proteínas plasmáticas produzidas após a lise sanguínea (meio de prevenção com agente mecânico = bota,
da fibrina, a baixa dosagem de d-dímeros de plasma excluí o meia);
diagnóstico de trombose venosa; • A profilaxia aplicada por uma semana já é capaz de reduzir
• Ultrassonografia venosa com doppler: É o exame de imagem 60% dos casos;
que tem a melhor relação custo-benfício, método diagnóstico
de escolha na emergência; Tromboembolismo pulmonar
• Eco doppler colorido (EDC): Método diagnóstico mais
frequente em pacientes sintomáticos; • Obstrução aguda da circulação arterial pulmonar peala
instalação de coágulos sanguíneos, é a principal complicação
• Venografia/flebografia: É o exame considerado padrão ouro
aguda;
para o diagnóstico, quando os outros testes são incapazes de
definir o diagnóstico; • Trombos localizados principalmente no sistema venoso
profundo, sendo que as veias proximais dos MMII (ilíacas e
• Na suspeita de TVP de MMII = Pré teste + Teste D-dímeros
femorais) estão relacionadas com maior risco de TEP;
+ US venosa com doppler
• Apresenta alto índice de mortalidade, se não tratado a TVP,
• Baixa possibilidade pré-teste: D-dímero > Positivo: US venosa
evoluí para EP podendo gerar ao óbito.
com doppler >: Negativo: Decartada a TVP;
• Moderada ou alta probabilidade pré-teste: US venosa com
doppler

Tratamento

• A profilaxia da TVP é extremamente importante devido alta


incidência como ao risco de complicações graves com risco
de óbito;
• Em casos de maior gravidade e extensão pode ser
necessárias intervenções invasivas associadas à terapia
tradicional inicial, como opção há o tratamento fibriolítico em
conjunto com os anticoagulantes ou trombectomia venosa
com cateter de Fogarty + anticoagulantes;
• O tratamento com anticoagulante deve ser indicado e iniciado
apenas após confirmação de TVP;
• O tratamento farmacológico previne formação de coágulo. A
prevenção + fármacos é mais efetiva que cada método
sozinho;
• O tratamento fisioterapêutico conhecido também como físico
ou mecânico pois nem todos os seus métodos são restritos
à Fisioterapia, o foco é combater o principal fator da Tríade
de Virchow, que é a estagnação sanguínea com métodos
que faça aumentar o retorno venoso.
• Mobilização passiva, ativo-assistida, resistida – minimiza/
mantem as perdas da mobilidade articular, força, função e
flexibilidade muscular, diminui os efeitos da imobilidade
prolongada ao leito, otimiza o transporte de oxigênio.
• O Fisioterapeuta faz parte da equipe multisdisciplinar, previne
as complicações, minimiza/ trata os danos já instalados, diminui
o tempo de hospitalização, promove saúde.
- Deambulação precoce: Previne estase venosa nas primeiras 24h
de internação/ pós cirurgia;
- Uso de meias elásticas de compressão/ graduadas: Reduz estase
venosa, aumenta a velocidade do fluxo sanguíneo, reduz edema,
facilita deambulação, a meia pode ser até o joelho ou coxa;

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