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TROMBOEMBOLISMO VENOSO
TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL
Nem sempre é uma coisa totalmente benigna. Vamos ver na maioria das vezes um trajeto
venoso de uma veia superficial avermelhado, endurecido, quente e doloroso, que é o aspecto
clássico. Podemos falar tanto trombose venosa superficial quanto tromboflebite superficial.
Trata-se uma condição inflamatória, onde a veia superficial sofre um processo inflamatório e o
tecido ao redor dela, o tecido perivenoso, que é o tecido celular subcutâneo e a pele também
acabam sofrendo com o processo inflamatório e acabada surgindo esse aspecto hiperemiado,
edemaciado e quente.
Na maioria das vezes ela se resolve sozinha, é auto resolutiva, dura em média de 3 semanas a
3 meses para regredir totalmente o quadro. Geralmente a evolução é benigna. Porem, em
alguns casos, o trombo que se localiza no sistema venoso superficial pode ir progredindo em
direção ao sistema venoso profundo e o paciente pode evoluir pra TVP e TEP.
DIAGNÓSTICO
- ECO COLOR DOPPLER = Nos casos onde existe suspeita de TVP associada a tromboflebite
superficial
TRATAMENTO
Pedir pro paciente intercalar o repouso com deambulação. Evitar o repouso absoluto porque o
paciente já está com lesão endotelial, com estase sanguínea e aí se deixar ele estabilizado é
um risco maior ainda para TVP.
OU SEJA:
- Tromboflebite superficial de veia não varicosa na coxa = se for no terço inferior, o TTO é
compressão elástica e AINES, deve acompanhar o paciente com ECO doppler venoso, devo
repetir depois de 48h, e se após isso o tromboflebite passar do terço inferior para o superior,
fazer anticoagulação.
Lembrar das trombofilias = situações onde o paciente tem predisposição a formar coagulo. As
principais trombofilias hereditárias são: diminuição da proteína S, proteína C, antitrombina
(são anticoagulantes naturais que quando diminuídos, tem um estado de
hipercoagulabilidade).
EXAME FÍSICO
Paciente em decúbito dorsal, com edema assimétrico, doloroso à palpação, com temperatura
normal ou elevada, “empastamento” da panturrilha, aparecimento súbito de varizes que não
existiam antes da TVP.
Sinal de Homans: paciente refere dor na panturrilha quando o médico realiza dorsoflexão
forçada do pé
Sinal de Olow: dor na panturrilha à compressão da panturrilha contra a face posterior da tíbia
Sinal de Bancroft: dor na panturrilha à compressão contra estrutura óssea. (igual ao de olow)
COMPLICAÇÕES LOCAIS
PHLEGMASIA ALBA DOLENS = Trombose venosa proximal extensa menos grave. Presença de
vasoespasmo no sistema arterial sem trombose. É uma inflamação branca e dolorida (branca
devido os vasoespasmos dos capilares arteriais e que dói).
Se não reverte esse quadro rapidamente, começa a ocorrer a trombose desse território capilar
arterial e acaba evoluindo do quadro de alba dolens para cerúlea dolens.
É uma inflamação azulada e dolorida, difícil reverter, onde o paciente tem risco de perder o
membro. É UM QUADRO MUITO MAIS GRAVE
I II
TRATAMENTO
- TROMBOLÍTICO + ANTICOAGULANTE
- TROMBECTOMIA
Devemos usar o trombolítico ou fazer uma cirurgia de trombectomia para retirar o coágulo
somente quando o paciente tem o quadro de phlegmasia cerúlea dolens.
CONSIDERAÇÕES
- Quais são as duas complicações locais da TVP? = Phlegmaisia Alba Dolens e Cerulea Dolens.
- Qual é a phlegmasia que pode tratar somente com heparina? = Alba Dolens.
- Quando que um paciente com TVP vai evoluir pra insuficiência venosa crônica? = Quando não
houver a recanalização da veia trombosada ou quando houver uma recanalização insuficiente
da veia trombosada.
- Tenho uma veia com trombo, quais são essas 3 coisas que podem ocorrer com esse trombo?
= 1º Esse trombo pode nunca desaparecer e essa veia ficar ocluída o resto da vida e com o
tempo ela vai desaparecendo, vai sofrendo fibrose, ela vai ser reabsorvida e o paciente perde
essa veia. 2º pode ocorrer uma recanalização parcial e o paciente fica com uma sequela. 3º
esse trombo pode sumir, ser totalmente absorvido pelo sistema plasminogênio.