Você está na página 1de 7

1

2.1 Envelhecimento:

Nos vamos receber em nossa academia um publico que exige uma atenção maior
de nós profissionais de Educação física. Trata-se de uma público que tem
individualidades que merecem muita atenção. Pois o envelhecimento não é um processo
que aconetece igual para todos, e nem está associado à existência de uma doença.
Porém envolve múltiplos fatores, os quais devem ser considerados de forma integrada,
em situações diagnósticas.
No processo de envelhecimento, há uma perda natural de condições orgânicas e
funcionais, a qual varia de intensidade de indivíduo para indivíduo.
O envelhecimento está associado ao declínio progressivo da massa, força e
qualidade muscular, que já é um motivo para um treinamento diferenciado.
Com o avançar da idade alterações no equilíbrio, na marcha e algumas
disfunções passam a ocorrer nos indivíduos. Com a idade, geralmente, há uma
lentidão no processamento de informações sensoriais pelo SNC que associada à
lentidão da condução, entre outras mudanças. Isso pode ocorrer em individuos
saudaveis, mas temos ainda agrevantes que são as doenças ou patologia que podem
surgir nesta etapa da vida.
Porem, a atividade física que vamos ofertar, poderá amenizar muito desses
efeitos da idade, fazer com ele venha ser mais saudevel, se recuperar de alguns desses
efeitos, prolongar sua vida ativa.
Nesta idade é importante que ele seja capaz de realizar plenamente suas
atividades de vida diária caminhar de forma independente, subir e descer escadas,
levantar-se da cama ou de uma cadeira, cuidar da higiene pessoal, fazer compras e
manter-se ativo socialmente.
Pensando em toda a mudança que esta clientela apresenta, quero chamar a
atenção de vocês para o exercício excentrico, como uma ferramenta capaz de atender os
nossos objetivos aqui na academia, previnir lesões, fortalecer os grupos musculares que
serão trabalhados.
2

3 CONCLUSÕES

O treinamento de força realizado por indivíduos idosos pode proporcionar


melhoras nas capacidades funcionais, manutenção do controle postural e uma
consequente redução das quedas causadas por fatores intrínsecos. Isso mostra ser
extremamente importante por ser determinante para a manutenção da autonomia diária
destes indivíduos. Outros benefícios como: aumento da densidade mineral óssea, da
taxa metabólica basal e da sensibilidade à insulina; e a diminuição dos riscos de
acidentes cardiovasculares, dos valores da pressão arterial em indivíduos normotensos e
das dores e incapacidades induzidas pela degeneração articular. Tais benefícios
comprovam o quão interessante é a realização de treinamentos contínuos, superando os
principais riscos que esta prática pode proporcionar. Os principais riscos, lesões
músculo esqueléticas e eventos cardiovasculares, podem ser evitados adotando
adaptações ao treinamento de forma preventiva.
3

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O treinamento de força que proporciona tantos benefícios aos idosos, beneficia


qualquer indivíduo em suas diferentes faixas etárias, sendo necessárias adaptações às
condições de treino e adequações a cada praticante. Sendo assim, pode-se concluir que
um indivíduo que ainda não atingiu a terceira idade e que realiza um treinamento
específico ou indireto pra capacidade de força muscular, terá consequentemente uma
melhor adaptação aos exercícios quando se tornar idoso quando comparado àquele que
necessite iniciar tal prática ao alcance dessa classificação etária. Outro fator que deve
ser salientado é que as adaptações morfológicas e fisiológicas adquiridas com o
treinamento antes da terceira idade será aproveitada também, durante essa fase de vida.
Tal situação apesar de nos mostrar que é importante que o indivíduo treine a capacidade
de força muscular ao longo da vida, não faz desse treinamento anterior primordial,
sendo que o idoso que nunca teve experiências com tais atividades possa iniciá-las e
aproveitar de seus benefícios.
Para que os idosos possam aproveitar as adaptações benéficas que um
treinamento de força pode proporcionar, estes não necessariamente devem se submeter a
cargas de treinamentos específicas a essa capacidade. Existem práticas que podem ser
realizadas de maneira lúdicas e que não fiquem explicitas a presença de cargas de
treinamento. Tarefas como saltos, danças, caminhadas, corridas, exercícios aquáticos,
etc., aliadas às variáveis estruturais, permitem associá-las com treinamento e
desempenho de força e podem ser mais atrativas aos idosos, principalmente aos que não
tiveram uma experiência prévia com treinamentos específicos.
É possível também observar que, ao iniciarem um treinamento de força, os
idosos são capazes de superar grandes restrições na capacidade de realizar exercícios e
movimentos, ampliando a vivência corporal dessa população. Além disso, é
fundamental que exista um profissional qualificado
4

acompanhando de maneira próxima o treinamento de força e que seja capaz de


prescrever exercícios que respeitem as individualidades biológicas e características
específicas dos idosos, para que os mesmos possam usufruir dos inúmeros benefícios
proporcionados pela prática de exercícios físicos regulares.
5

CHANDLER JM. Balance and falls in the elderly: issues in evaluation and treatment.
In: Guccione AA. Geriatric physical therapy. 2nd ed. Alexandria: Mosby; 2000. p.
280-92.

CONNOLLY, D. A.; SAYERS, S.P.; MCHUGH, M.P. Treatment and prevention of


delayed onset muscle soreness. J Strength Cond Res. v.17, n.1, p.197-208, 2003.

FIATARONE, M. A.; MARKS, E.C.; RYAN, N.D.; MEREDITH, C.N.; LIPSITZ,


L.A.; EVANS, W.J. High-intensity strength training in nonagenarians. JAMA v. 263,
p.3029-3034, 1990.

GARCIA, P. A. Sarcopenia, Mobilidade Funcional e Nível de Atividade


Física em Idosos Ativos da Comunidade. 2008. 91 p. Dissertação (Mestrado em
Ciência da Reabilitação) - Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia
Ocupacional. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2008.

GUIDO, Marcelo et al. Efeitos de 24 semanas de Treinamento Resistido sobre Índices


da Aptidão Aeróbica de Mulheres Idosas. Rev Bras Med Esporte, v.16, n. 4, p. 259-
263, jul/ago 2010.

HURLEY BF, ROTH S.M. Strength training in the elderly. Effects on risk factors for
age-related diseases. Sports Med, v.30, p. 249-268, 2000.

KOMI, P. Strength and power in sport. London: Blackwell Scientifics


Publications, 2003.

MADDALOZZO, J.; VENKATESAN, T.K.; GUPTA, P. High intensity resistance


training: effects on bone in older men and women. Calcify Tissue Int. v.66, p. 399-
404, 2000.

MATSUDO, S. M. Envelhecimento e atividade física. [S. L.]: Midiograf, 2002.

MATSUDO, S. M.; MATSUDO, V. K. R.; BARROS NETO, T. L. Impacto do


envelhecimento nas variáveis antropométricas, neuromotoras e metabólicas da aptidão
física. Revista Brasileira de Ciências do Movimento. v. 8, n. 4, p. 21- 32, set.
2000.

MAZZEO, R.S.; TANAKA, H. Exercise prescription for the elderly. Current


recommendations. Sports Med, v. 31, p. 809-818, 2001.
6

ORSATTI, Fabio Lera et al. Redução da força muscular está relacionada à perda
muscular em mulheres acima de 40 anos. Rev Bras Cineantropom Desempenho
Hum, v. 13, n. 1, p. 36-42, 2011.

OVEREND, T. J.; VERSTEEGH, T. H., THOMPSON, E.; BIRMINGHAM, T. B.;


VANDERVOORT, A. A. Cardiovascular stress associated with concentric and eccentric
isokinetic exercise in young and older adults. J Gerontol. 55A: B177- B182, 2000.

PALÁCIOS, J. Mudança e desenvolvimento durante a idade adulta e a velhice. In:


COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e
educação psicologia evolutiva. v.1 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

PARAHYBA M.I., SIMÕES C.C.S. A prevalência de incapacidade funcional em idosos


no Brasil. Ciência e Saúde Coletiva. v. 11, n. 4, p. 967-974, dez. 2006.

PARKER N, HUNTER G, TREUTH M. Effects of strength training on cardiovascular


responses during a submaximal walk and a weight-loaded walking test in older females.
J Card Rehab. v.16, p.56-62, 1996.

PATTEN C, CRAIK R. L. Sensoriomotor changes and adaptation in the older adult. In:
Guccione AA. Geriatric physical therapy. 2nd ed. Alexandria: Mosby; 2000. p.
78-109

PLATONOV V. N. Teoria geral do treinamento esportivo olímpico. Porto


Alegre: Artmed, 2004.

RANTANEN T, GURALNIK JM, SAKARI- RANTALA R, LEVEILLE S,


SIMONSICK EM, LING S. Disability, physical activity, and muscle strength in older
women: the women's health and aging study. Arch Phys Med Rehabil v. 80, p.130-
135, 1999.

ROWE J. The management of falls in older people: from research to practice.


Rev Clin Gerontol v. 10, p.397-406, 2000.

SALE, DG. Testing strength and power. In: MacDougall J, Wenger H, Green H (eds.).
Physiological testing of the high performance athlete. Champaign: Human
Kinetics; 1991. p. 21-106.

SILVA, T; et al. Sarcopenia Associada ao Envelhecimento: aspectos etiológicos e


opções terapêuticas. Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 391-397, nov/dez, 2006.

STONE, M.; FLECK, S.; TRIPLETT, N.; KRAMER, W. Health and performance
related potential of resistance training. Sports Med. v. 11, p. 210-213, 1991.
7

UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. Idoso com Sarcopenia: Uma abordagem do


cuidado da enfermeira. Rev Bras Enferm, v. 57, n. 3, p. 298-302, maio/jun. 2004.

URBANCHEK, M. G.; PICKEN, E. B.; KALLIAINEN, L. K.; KUZON, Jr. W. M.


Specific force deficit in skeletal muscles of old rats is partially explained by the
existence of denervated muscle fibers. J Gerontol. 56A: B191-B197, 2001.

WILSON G. J. Strength and power in sport. In: Bloomfield J, Ackland TR, Elliott BC.
Applied anatomy an biomechanics in sport. London: Blackwell Scientific
Publications,1994. p. 110-208.

WISKTEN, D.L.; PERRIN, D. H.; HARTMAN, M. L.; GIEK, J.; WELTMAN, A.


The relationship between muscle and balance performance as a function of age.
Isokinetics Exerc Sci. v.6, p.125-132, 1996.

Você também pode gostar