Você está na página 1de 145

UNIVERSIDADE SALVADOR

CURSO PEDAGOGIA

LÉIA DA SILVA PAIXÃO

MEMORIAL

UMA VIAGEM NO TEMPO:

REVENDO MEMÓRIAS, VISLUMBRANDO O FUTURO

CAMAÇARI

2016
LÉIA DA SILVA PAIXÃO

MEMORIAL

UMA VIAGEM NO TEMPO:

REVENDO MEMÓRIAS, VISLUMBRANDO O FUTURO

Atividade realizada e apresentada


à Disciplina de TCC do curso de Pedagogia, da
Universidade Salvador - UNIFACS, como requisito
parcial para conclusão da disciplina.

Professora:

CAMAÇARI

2016
DEDICATÓRIA

À minha família.

Aos meus amigos.

Ao meu pai Isaias (In memorian).


AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus por essa oportunidade.

À minha família, minha filha Laís em especial, por ficar tantos fins de semana
presa comigo em casa para eu estudar.

Aos meus amigos de infância, ao não de infância, aos mais recentes.

Às professoras Leda Araújo, Rita Muritiba, Ana Cristina Lima por me aceitarem
em seus estabelecimentos.

Aos meus professores da faculdade, que mesmo de longe, esforçaram-se para


estar o mais perto possível de cada aluno...

Aos funcionários do polo Camaçari, ao Tutor Adilson, por cuidarem de nós.

Mais uma vez, agradeço ao Senhor Jesus, por me dar forças para continuar.
EPÍGRAFE

“Ensinar é um exercício de imortalidade.


De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos
olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa
palavra. O professor, assim, não morre jamais...”
Rubem Alves
RESUMO

Este trabalho tem o intuito de descrever e recontar a trajetória educacional


desde a educação até o nível superior de uma estudante de Licenciatura em
Pedagogia.

Uma pesquisa realizada através das memórias familiares e pessoais, memórias


essas que são a base de nossa educação uma vez que nos tempos
primordiais, a educação era feita de modo oral, onde transmitia-se os
conhecimentos a cada geração através das memórias dos mais velhos.

Será uma viagem pelas memórias educativas, uma viagem também histórica,
pois os relatos também nos trazem fatos históricos, e nos mostram a
construção do ser cidadão, capaz de construir sua história, analisar fatos,
tomar decisões.

Tem também o objetivo de descrever osmomentos de estudo, relacionar a


matriz curricular com a prática, sua importância e significação para o estudante.
Abrangendo não apenas o momento de prática, como também os momentos
em aula de aquisição de conhecimento teórico.

Palavras chave: Ensino. Estágio. Prática. Educando. Professor


ABSTRACT

This work aims to describe and recount the educational trajectory from
education to the top level of a student of Graduation in Pedagogy.

A research carried out through family and personal memories, memories that
are the basis of our education since in primordial times, education was done
orally, where the knowledge was transmitted to each generation through the
memories of the elders.

It will be a journey through educational memories, a journey also historical,


because the stories also bring us historical facts, and show us the construction
of being citizen, able to build their history, analyze facts, make decisions.
It also aims to describe the moments of study, to relate the curricular matrix with
the practice, its importance and significance for the student. Covering not only
the moment of practice, but also the moments in class of acquisition of
theoretical knowledge.

Keywords: Teaching. Internship. Practice. Educating. Teacher


LISTAS DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: colação de grau do ginásio 19


Figura 2: colação de grau do ginásio 19
Figura 3: colação de grau do ginásio 20
Figura 4: atividades do Serviço Social 26
Figura 5: colação de grau do Serviço Social 26
Figura 6: noite do café cultural 29
Figura 7: convite de empregabilidade 30
Figura 8: experiências do estágio 31
Figura 9: slide de abertura d apalestra 36
Figura 10: apresentação da noite artistico 38
Figura 11: GiraGira Ead Laureate 39
Figura 12: Amigas de Magistério 40
Figura 13: Batendo a laje 41
Figura 14: mãe e filha 42
Figura 15: família 42

Figura 17:
SUMÁRIO

1. A CHEGADA – PRIMEIROS PASSOS 11


1.1. História da Educação Infantil 11
2. SEGUNDO DEGRAU NA VIDA ESTUDANTIL - ALFABETIZAÇÃO
13
2.1. A importância da Alfabetização....................................................13
3. TERCEIRO DEGRAU RUMO AO FUTURO – ESCOLA PRIMÁRIA......15
3.1. Educação Básica – Ensino Fundamental I ..................................16

4. GINÁSIO – DE DEGRAU EM DEGRAU SE VAI AO LONGE.................18


4.1. Ensino Fundamental II .................................................................20

5. A ESCADA É LONGA...OS DEGRAUS MUITOS...DESISTIR


NUNCA!..................................................................................................21
5.1. Segundo grau – atual Nível Médio..............................................22

6. ESPAÇO TEMPO SEM ESCOLA..........................................................23


6.1. Espaço tempo sem escola mas não em branco.........................23
6.2. O sonho despertou: Nível Superior............................................24

7. PEDAGOGIA – O SONHO CONTINUA................................................27


7.1. O início – Primeiro semestre...........................................................................27
7.2. Segundo semestre...........................................................................................28
7.3. Terceiro semestre............................................................................................29
7.4. A cada degrau um desafio – quarto semestre................................................33
7.5. Avançar sempre – quinto semestre................................................................34
7.6. Chegando ao fim... Para conquistar é preciso trabalhar!..............................36

8. CONCLUSÃO........................................................................................43
REFERENCIAS...........................................................................................46

ANEXO........................................................................................................47

APÊNDICE...................................................................................................51
11
1. CHEGADA – PRIMEIROS CAMINHOS NA ESCOLA

Ano de 1972, às 8h da manhã de uma quarta-feira, no hospital Sagrada


Família, no bairro do Bonfim, na zona da Cidade Baixa da capital da Bahia,
Salvador, nascia Léia da Silva. Primogênita de Isaías e Carmosina Silva, irmã
de Cléia, Isaías Júnior, Leila, Igor e Iúri (pela ordem de nascimento).

Mudou-se da Barra, onde morava com seus pais para o bairro de Itinga em
Lauro de Freitas. Na época, um local com pouquíssimos habitantes, sem
transporte, para pegar a condução, andavam mais ou menos uns 2k até o
Aeroporto Dois de Julho (assim se chamava o Aeroporto Luís Eduardo
Magalhães na época). Os locais mais desenvolvidos e onde se resolvia tudo
era São Cristóvão e Itapuã. São Cristóvão não era como Itapuã, funcionava
mais como um bairro de passagem para os moradores de Lauro de Freitas.

Como tudo era difícil na época, iniciou os primeiros contatos educacionais com
sua mãe, mais os afazeres domésticos e duas filhas pequenas, consumiam o
tempo, o que fez com que Léia fosse para a escola aos 3 anos de idade, no
bairro de São Cristóvão. Como era difícil a locomoção, a própria professora
Ivani ia buscá-la e ia levá-la de volta. Ela era a menor da turma e só gostava de
viajar na frente com a professora. Além da farda, tinha um lancheira azul de
plástico (na verdade o revestimento era de encerado azul, pois ela era feita de
papelão, tipo uma maletinha, com um furo em um canto onde passava a
garrafa com o copo que funcionava como tampa).

A Educação infantil de Léia se confunde com a própria história da Educação


Infantil no Brasil, uma vez que naquela época ....

1.1. História da Educação Infantil

A educação infantil ou Educação pré-escolar é a educação das crianças de 0 a


5 anos de idade.
12

Pode ser ministrada em estabelecimentos privados ou públicos, mas nem


sempre foi assim.

A Educação Infantil remota dos tempos antigos, cujo o papel das crianças era
definido pelo pai. A criança não possuía nenhum direito.

Desde o ano de 1875, deu-se início as primeiras escolas de educação infantil


no Brasil, com influência de Froebel. No entanto, eram escolas para os filhos
dos fidalgos da época.

A partir da década de 70, houve um aumento considerável de mães que foram


trabalhar fora de suas casas nas fábricas que estavam em crescimento no
Brasil.

Ainda nessa década, foi implantada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Infantil, Lei nº 5.692/71, onde crianças com a idade inferior a sete
anos, receberiam educação escolar.

Porém, foi a partir da promulgação da Constituição de 1988, que a educação


infantil passa de fato a ser olhada de modo diferenciado, surgindo com na
década de 90, Política Nacional de Educação Infantil, mudando por completo a
maneira de educar sistematicamente as crianças até 06 anos de idade,
passando a fazer parte da Educação Básica e elaborado também as
orientações necessárias para a orientação do currículo nacional da educação
infantil, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, RCNEI.
13

2. SEGUNDO DEGRAU NA VIDA ESTUDANTIL – ALFABETIZAÇÃO

É o período mais marcante na vida de uma criança. É o tempo em eu ela


conquista a leitura, primeiro decodificando códigos, depois vem a escrita. Para
cada aluno acontece de uma maneira.

Nesse período sua de educação formal, recorda-se de frequentar a escola


Educandário Itapuã, que ficava no bairro com o mesmo nome, na rua da feira.
Hoje já não existe mais, no local há apenas um prédio residencial.

O fardamento era vermelho e branco e, por morara muito longe e a condução


ser escassa, chegava sempre atrasada e era sempre a última a sair, o que fez
com que sua mãe a tirasse da escola.

Terminou seu período letivo em “escolas” chamadas banca, onde “professoras


leigas” ministravam suas aulas em suas próprias casas.

Quando aprendi a ler, ganhei de minha mãe meu primeiro livreto, o gato de
botas! Desde então, não parei mais de ler!

2.1. A importância da Alfabetização

Quando pensamos em alfabetização, a primeira coisa que nos vem à mente é


método.

Eram tantos os métodos naquela época... Casinha feliz, abc, letramento,


natural... são uma infinidade de metodologias, técnicas para levar a criança ao
domínio da leitura e da escrita.

Mas, antes de julgarmos cada um deles, é necessário compreendermos que


cada criança a ser alfabetizada está inserida em um contexto sócio cultural e
que esse contexto social possui uma influência em seu desenvolvimento motor,
psicológico e emocional e que quando adentra nos portões da escola já traz
consigo uma bagagem de aprendizagem de modo empírico.

14

O papel da escola é, organizar esse conhecimento e introduzir novos


conhecimentos de maneira sistematizada.

O desenvolvimento dos conceitos científicos na idade


escolar é, antes de tudo, uma questão prática de imensa
importância – talvez até primordial- do ponto de vista das
tarefas que a escola tem diante de si quando inicia a
criança no sistema de conceitos científicos. (VIGOTSKI,
2001, 241)

A escola no contexto acadêmico, é a responsável pela organização dos


conhecimentos já adquiridos e pela inserção de novos conhecimentos mais
profundos, necessários ao completo desenvolvimento do ser e não apenas na
conquista da leitura e escrita. Aliás, a conquista da leitura e da escrita vai muito
além da decodificação dos códigos de comunicação. A criança precisa
compreender o que decodifica e utilizá-lo em sua vida cotidiana.

Escolher a escola, a linha pedagógica que a escola trabalha e estar em


parceria com a escola é um papel muito importante que a família precisa estar
atenta, observar em que a linha pedagógica da escola pode ajudar o seu filho e
fazer o acompanhamento desse desenvolvimento.

Escolher escolas que não possuam um bom projeto político pedagógico, não
ajudará a criança a se desenvolver plenamente.
15

3. TERCEIRO DEGRAU RUMO AO FUTURO: ESCOLA PRIMÁRIA – ATUAL


ENSINO FUNDAMENTAL I

A escola primária foi um período muito bom. Os primeiros amigos, as primeiras


brigas, a escolha da profissão.

Léia passou por duas escolas: a escola da Turma da Mônica, com as


professoras Marta, Virgínia e outras, porém as mais marcantes foram essas
duas, mantiveram contato por muito tempo, mesmo depois de adulta.

A sua primeira série cursou nessa escola. Seus dois irmãos já a


acompanhavam.

Fez amigos que estão até hoje em contato, não muito frequentes, pois as
rotinas de adultos se divergem.

Por ser considerada uma aluna de alto padrão na época, não fez a segunda
série, hoje, percebe que isso não foi bom para ela, pois poderia ter
desenvolvido algumas habilidades, sobretudo em Matemática, uma matéria que
não julga tão agradável, apesar de saber de sua importância e necessidade na
vida cotidiana.

Na 3ª. Série, teve sua primeira briga escolar.

Mudou de escola para cursar a 4ª. série, atual 5º ano, indo para a escola
Cristiane. Essa, foi a escola!

Tudo era diferente! Começando pelos colegas. A sala tinha muitos meninos,
meninos grandes, algumas meninas, “meio metidas”, achava no início, depois
nos tornamos todas amigas.

Relação de amigos do primário: Adenicio, Aldenilson, Valdenicio, Horimar, José


Gonçalves, Abelardo Barbosa, Júlio Cézar, Marivaldo, Maria de Fátima, Telma,
Auciene, tinha mais algumas que não se lembra.
Nesse ano teve dois professores que marcaram a vida de Léia, foi então que
decidiu aos 10 anos, que seria professora.

16

Professor Luís Augusto. Um excelente professor! Falava grosso com os


meninos e era gentil com as meninas, sobretudo com a Léia. Sempre levava
lanche para ele. Ele era bom em Matemática e na sabatina, não deixava
ninguém bater com força.

Frequentava a casa da família, e mesmo depois de deixar a escola por


problemas de saúde na família, nos falamos durante muito tempo. Depois ele
sumiu. Não soube mais. Ainda se recorda dele com imenso carinho.

Quem ficou no ugar dele foi a professora Regina, magrinha, pequena, cabelo
curto encaracolado. Estava sempre sorridente. Contava histórias quase todos
os dias, gostava de teatro, por causa dela, aprendeu a gostar também. Fez seu
primeiro papel no teatro escolar n dia das crianças, ela era a onça e seu melhor
amigo, Adenício era a raposa. A peça foi “ A raposa que logrou a onça”.
Também aprimorou seu gosto pela leitura e escrita de poesias. A professora
também gostava de poesia.

3.1. Educação Básica – Ensino Fundamental I

O objetivo dessa fase da educação é desenvolver as variadas habilidades dos


jovens. Não se trata apenas de desenvolver as habilidades intelectuais,
sobretudo as linguísticas, afetivas e nas relações pessoais.

Nesse momento, são iniciados os valores éticos: solidariedade, dignidade


humana, cidadanias, etc.

Os quatro primeiros anos do Ensino Fundamental I sendo bem desenvolvidoos


demais anos escolares de cada criança será promissor.

É uma fase onde muitos professore esquecem do lúdico, caindo na rotina do


tradicional, contudo, o lúdico, a contação de histórias, os jogos e brincadeiras
bem conduzidos são ferramentas grandiosas de aprendizagem.
17

O artigo 6 da Lei nº 11.114/2005 nos relata que : “ É dever dos pais ou


responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade,
no ensino fundamental.”

Isso significa que as crianças serão inseridas no ensino fundamental ainda sem
maturidade para tal, o processo de alfabetização não mudou, a nomenclatura
foi modificada.

É no ensino fundamental que a criança aprende a agir e reagir, a respeitar o


outro como ser igual e diferente ao mesmo tempo. Laços são construídos
nessa fase, alguns duram a vida toda.

É de responsabilidade dos Municípios ofertar matrículas para essa etapa da


Educação Básica.

O currículo está organizado obrigatoriamente em todo o território nacional com


as matérias básicas, a saber: Língua Portuguesa, Matemática, Estudo das
Ciências Naturais, Estudo das Ciências Sociais (compreende História e
Geografia), Artes, Educação Física e Música ( a música pode ser trabalhada
em artes).

Esse é o primeiro ciclo do Ensino Fundamental.


18

4. GINÁSIO – DE DEGRAU EM DEGRAU SE VAI AO LONGE

Ter um filho no ginásio naquele tempo era uma vitória. Todos os que estavam
matriculados na escola Cristiane foram encaminhados a uma escola que seria
inaugurada pelo Estado no bairro de São Cristóvão, em Salvador a Escola
Estadual Professora Helena Mateus.

Não fomos logo para o prédio, pois a obra atrasou. Foram para um espaço
cedido pela associação de moradores do conjunto habitacional Jardim das
Margaridas. Ficaram por lá por alguns meses... As famílias foram convocadas
para ajudar na manutenção dos móveis, na limpeza, na pintura do espaço. As
aulas eram poucas, os professores não gostavam de ir para lá...

Finalmente a nova escola. Muitas aventuras, emoções. Leu seu primeiro


romance: O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá de Jorge Amado. Belíssima
história. Iniciou aulas de francês. Sua professora de Língua Portuguesa, a
Ângela, a inspirou e a fez apaixonar-se pela língua pátria. Sua matéria favorita.
Passou a dedicar-se à escrita, haviam alguns colegas que gostavam de
competir em escritas, a professora incentivava, isso deixava tudo ainda mais
emocionante. Aldenilson, Eleonora e Léia, eram muito competitivos.

Primeiro namorado veio nessa época. Fez 15 anos, sem festa. Colação de
grau. Seu pai montou uma escola para a sua mãe. Começou então a trabalhar
ajudando no que podia.

Colação de grau.
19

Figura 1: Acervo do amigo Aldenilson. Dia da colação de grau do Ginásio. Cláudia e Pedro. Ela
era a líder de da turma. Ele um bom aluno e bom amigo.

Figura 2. Acervo de Aldenilson. 1. Auciene Andrade; 2. Índia Clara; 3. Eleonora Ramos; 4.


Mônica; 5. Cláudia; 6. Reijane; 7. Eliomar; 8. Pedro...

20
Figura 3-Acervo de Aldenilson. Da esquerda para a direita: professor Luís, da escola Cristiane
e trabalhava no Helena Mateus, a diretora na época do Helena Mateus e duas professoras. A
terceira da esquerda para a direita era a professora de Orientação Educacional (S.O.E).

4.1. O Ensino Fundamental II

Fazendo parte da Educação Básica, é o segundo ciclo do Ensino Fundamental


e compreende do 6º ao 9º anos.

Deve ser ofertada também pelo município, quando esse não puder, pelo
estado. Sua matrícula é obrigatória dos 11 aos 14 anos de idade.

Também segue um currículo básico nacional, podendo haver alguma variação.

É uma fase melindrosa, pois é o período onde os alunos, agora adolescentes,


começam a passar por grandes transformações biológicas e psicológicas, o
acompanhamento por parte da escola e dos familiares precisa ser intenso,
fazendo com que o aluno se apaixone pela escola, pelos estudos.

Nesse ciclo, os alunos iniciam uma jornada completamente diferente do que


outrora conheciam, aumento da quantidade de disciplinas, consequentemente
deprofessores, conteúdos totalmente novos, porém que precisam da base do
Fundamental I para serem entendidos.

21
A lei 11.274/2006, faz alterações na lei 9394/1996, faz com que o ensino
fundamental obrigatório passe a ter 9 anos e não mais 8 como antigamente,
para isso a antiga alfabetização deixa de ser um nível intermediário para se
encaixar no Ensino Fundamental.

5. A ESCADA É LONGA... OS DEGRAUS MUITOS... DESISTIR NUNCA!

Aos dez anos ela já sabia que profissão queria seguir. Queria ser professora!
Teve muitas influências positivas para isso.

Seu pai a matriculou no Colégio Estadual Governador Lomanto Júnior. Naquela


época, o segundo grau tinha a seguinte formatação: o primeiro ano era o
núcleo comum e os dois últimos formativos, eram diversas áreas
profissionalizantes: Contabilidade, Magistério, Administração, Secretariado.

O Lomanto tinha dois cursos: Magistério a tarde e Contabilidade a noite. O


Magistério do Lomanto não possuía núcleo comum, eram três anos de
formação. Foi nesse curso que Léia iniciouno ano de 1988.

Fez novas amizades, reencontrou outras, teve novos e bons professores.


Professores estes que também despertaram nela a certeza do que queria
fazer.

Professora Ivete Lacerda de Língua Portuguesa, Ana, professora de Ciências,


o professor de História e Cultura Popular, que nesse momento, não consegue
lembra-se do nome, contudo o pode descrever muito bem: altura 1,65, calvo,
mais ou menos uns 48 anos, alegre, falava de Cultura Popular e História com
um entusiasmo contagiante. A professora de Artes, Dejanira, essa era atípica,
extremamente alegre, uma sra. De mais ou menos 65 anos, só andava muito
arrumada, suas aulas eram alegres e musicalizadas, pois também era
professora de música. A professora Josentina, senhora séria, exigente,
professora de Didática Geral, responsável pelo estágio, mais uma pessoa
muito dedicada e compreensiva, aquela história de não julgar o vaso pela
aparência e por último, a professora de Psicologia, Filosofia e História da
Educação Ana

22

Lessa. Mulher sóbria, polida, educadíssima, inteligente que levou a turma a


pensar, refletir, analisar, questionar.

Nesse período também fez parte do grêmio estudantil, onde conseguiram,


depois de muitos protestos, reformar a escola e o teatro da mesma, que após
reinaugurado, foi muito útil, inclusive para outras escolas da região.

Seu estágio de Magistério aconteceu na Escola Pedro Velloso Gordilho, em


São Cristóvão.

Durante os estudos, decidiu que chegaria a Doutora em Educação, antes


cursaria a Faculdade de Letras e Direito.

Fato não ocorrido, pois casou-se um ano após a sua formatura, fazendo seu
sonho adormecer.

5.1. O segundo grau – atual nível médio

Essa é a última etapa da Educação Básica. A responsabilidade de prover esse


nível pertence ao Estado. A duração mínima dessa etapa da educação são três
anos, havendo curso técnico, pode haver variação.

É composto de núcleo comum de matérias, ou seja, matérias que devem ser


ministradas em todas as escolas de nível médio.

A LDB 9394/96, nos apresenta em seu artigo 35, os objetivos para esse ciclo
da educação.

 - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos


no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento
posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico;

23

IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos


processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino
de cada disciplina. (BRASIL, 1996)

É o ciclo de aprendizagem profissional, é nesse momento em que, dotado de


maturidade, o adolescente/jovem, inicia o processo da escolha profissional que
deseja ter, levando em consideração suas aptidões e habilidades, leva em
conta as tendências de mercado, aprimora seus conhecimentos e inicia a sua
jornada até chegar no ciclo de Educação superior.

6. ESPAÇO TEMPO: SEM ESCOLA

Nesse período, não estudou. Apenas lecionou. Na escola de sua mãe, Escola
Sayonara, localizada na Itinga, na cidade de Lauro de Freitas. Teve seu
primeiro contato com o Fundamental II, na época Ginásio, com a 5ª. e 6ª.
séries, lecionou Artes, Ensino religioso, Redação, Ciências, Educação Moral e
Cívica.

6.1. Espaço -tempo sem escola, mas não em branco


1
N
o
fp
Pc
n
M
rC
E
F
S
2
s
U
L
P

íO
b
ó
,v
h
5
6
ç
;8
z
D
9
/B
:T
4
-l0
IA
m
itu
g
a
d
e
ã
6.2. O sonho despertou – nível superior
24

No ano de 2008, fez o Enem pela primeira vez, saindo-se muito bem para
quem estava longe dos estudos formais há 18 anos. Perdeu os prazos do
PROUNI e cursar uma universidade pública estava fora de cogitação. Começou
a buscar inscrição para Letras ou Direito com a nota do ENEM.

Em 2009, matriculou-se no curso de Serviço Social EAD pela FTC/UNIUBE,


completamente adverso dos cursos que desejava, mas acabou gostando e
formando-se em abril de 2016 e em 2016, conquistou sua licença como
Assistente Social.
Paralelo a esse curso, participou de seu segundo ENEM. Matriculou-se em
novo curso: Licenciatura em Pedagogia ainda cursando Serviço Social. Foi um
desafio muitíssimo grande.

25

No ano de 2008, fez o ENEM pela primeira vez, saindo-se muito bem para
quem estava longe dos estudos formais há 18 anos. Não existia PROUNI
nessa época e cursar uma faculdade púbica estava fora de cogitação.
Começou a inscrever-se em vestibulares com a nota do ENEM para o curso de
Letras, sua primeira opção foi a UNIFACS, porém no dia em que devia
comparecer, também tinha vestibular na FTC, tinha que escolher.

Foi aprovada pelo ENEM, mas não conseguiram formar turma para o curso de
Letras. O tempo passou e em abril de 2009, após uma ligação d FTC, com polo
em Camaçari, resolveu se matricular no curso de Serviço Social EAD. Uma
área completamente adversa da sua atuação,

Os desafios foram muitos! Trabalhar, educar uma criança, estudar...

Estagiou com idosos, muito diferente de criança. Eles viram crianças


novamente, com uma diferença, com sabedoria de vida.

Fez o segundo ENEM, não foi tão bem sucedida quanto no primeiro,
novamente queria Letras... A nota não deu para matricular-se. O polo Unifacs
não fechou turma mais havia vaga para Licenciatura em Pedagogia,
matriculou-se ainda cursando o Serviço Social no ano de 2014.

Dia 29 de abril de 2015, Na Câmara de Vereadores de Camaçari, realizava-se


a cerimônia de colação de grau, sendo titulada Bacharela e Serviço Social, em
novembro de 2016, após a licença no Conselho Regional de Serviço Social
( CRESS), recebeu o título de Assistente Social
26

Figura 4: - Imagem do acervo da pessoal - momentos diversos durante as aulas de Serviço


Social
Figura 5 - Imagem do Acervo Pessoal - da esquerda para a direita Léia é a 5a.

27

7. PEDAGOGIA – O SONHO CONTINUA

Em março de 2014, iniciou o curso de Licenciatura em Pedagogia. Uma turma


grande no polo de Camaçari, novos conhecimentos.

Gostou das matérias apresentadas. Não sentiu muita dificuldade em ser à


distância.

7.1.O início – primeiro semestre

Muitos momentos marcantes e esse período foi um momento de grande


desafio. Para a classe iniciante e para mim especialmente. Terminando uma
faculdade, iniciando outra, quarenta horas de trabalho, filho, atividades na
Igreja...

A classe, em sua maioria com a mesma idade que eu, alguns jovens também.
A sala tinha em média uns 40 alunos.
Ainda no segundo trimestre houve uma evasão muito grande, pois todos
pensavam que faculdade a distância era mais fácil, sem muitas cobranças, mas
quando verificaram que isso não ocorre buscam a presencial.

O que achou mais difícil de compreender e administrar, foi o modelo de


trimestralidade. Isso a confundiu um pouco, porém, assim que assimilou, achou
interessante e fácil de administrar.

Das matérias desse período, Raciocínio lógico para mim foi a mais
interessante.

A escola onde trabalhava tinha feito um contrato com o Sistema Uno


Internacional e eles aplicam uma prova pela Avalia e é toda em Raciocínio
Lógico. As linguagens abordadas durante os estudos não eram
compreendidas, contudo, Léia foi designada pela escola como professora
responsável naquele ano para aplicar em todas as séries, desde o segundo
ano até o 5º ano. Durante a aplicação das provas, as dúvidas dos conteúdos
foram sendo sanadas. A prova

28

era a mesma para todos os níveis, por isso, ficou fácil a assimilação de
conteúdos.

Apesar de Língua Portuguesa ser sua matéria preferida, não conseguiu passar
na matéria de Comunicação.

A matéria de Didática lembrou a estudada durante Magistério assim como a


História da Educação.

As demais matérias foram tranquilas para o estudo. O primeiro semestre


transcorreu de modo tranquilo.

7.2. Segundo semestre


O segundo semestre foi interessante. Começaram os primeiros trabalhos de
PPP e a preparação para o nosso primeiro estágio.

Estudar a Psicologia aplicada à Educação é deveras interessante. Podemos


compreender de modo mais aprofundado as ações, reações motoras,
emocionais, intelectuais e sociais da criança a fim de que, possamos como
educadores, melhorar as técnicas de aprendizagem, levando em consideração
não apenas o objetivo maior, porém o mais importante que é desenvolver todo
o potencial do indivíduo como ser único, pensante, agente e reagente, ator
principal de sua história inserido em um contexto social diverso e que influencia
e é influenciado. As experiências da criança e de seu grupo social ira moldando
seu caráter e personalidade.

Sendo a Aprendizagem um processo gradual e interativo, está em constante


mudança e alteração. Estudar os teóricos Henri Wallon, Jean Piaget, Lev
Vygotsky e Sigmund Freud, foi para a estudante de grande importância na
formação e aprofundamento de seus conhecimentos.

Trabalhar a matéria de Empregabilidade foi muitíssimo interessante para a


Léia, abriu possibilidades de aprender a utilizar novos programas e
ferramentas, de melhorara suas habilidades criativas.

29

Durante esse período, realizou entrevista com a Coordenadora da Educação


Infantil da Escola Montessoriana Ivani Lima (hoje falecida), realizou esse
trabalho com a colega Janinne Andrade e Deise Suene, apresentaram os
resultados da pesquisa em um Café Cultural na Faculdade. Segue o link do
vídeo apresentado e publicado no Youtube https://www.youtube.com/watch?
v=J5XCQtvnTPg. Foi um trabalho rico, onde as experiências diversas vieram
somar em sua formação acadêmica.
Figura 6- – Acervo da aluna. Noite do Café Cultural - da esquerda para a direita: Tutora Ana
Cristina Lima, Janine Andrade, Léia da Silva e Dêise Suene.

7.3 Terceiro semestre

O terceiro semestre começou bem. As matérias foram todas interessantes, não


que as outras não fossem mais a aluna se identificou com elas.

Educação e Ludicidade é uma área interessante e que os professores


normalmente não usam com frequência.

30

Nesse semestre também ocorreu o Estágio da Educação Infantil. Realizou o


mesmo na Escola Montessoriana de Camaçari, que leva esse nome por seguir
o método criado pela médica Maria Montessori. Nesse método existe muita
ludicidade. Todos os materiais foram desenvolvidos pela própria médica a fim
de ensinar de modo prazeroso.

A matéria de de Empregabilidade, realizou uma atividade onde os alunos


deveriam trabalhar a sua apresentação pessoal. A venda de um produto é
muito importante se pensar em vários aspectos para que ele seja aceito no
mercado, a partir dessa visão, como eles, futuros pedagogos se apresentariam
no mercado de trabalho. Realizaram um vídeo e apresentaram com a
participação de várias turmas. A Léia, ficou com a responsabilidade de
confeccionar o convite

Figura 7: Convite do Projeto de Empregabilidade terceiro semestre.

31
Figura 8: Polo UNIFACS de Camaçari, dia da apresentação e compartilhamento das
experiências de estágio.Várias turmas juntas. Dia fabuloso e de grande crescimento.

Também o vídeo foi postado na página da faculdade e depois no you tube. P E


ARRASTAO DE IDEIAS EU SOU MINHA MELHOR
MARCAhttps://youtu.be/dc0OluQsHLQ, esse é o link para acesso.

Léia é uma estudante que aprende praticando, logo, o terceiro semestre foi de
muita aprendizagem.

Estudar Educação Especial também foi muito bom, fez um curso durante o
quinto semestre sobre autismo.

Possui algumas experiências com crianças especiais: um aluno autista, lendo


aos 3 anos de idade, um com paralisia cerebral durante dois anos 4º e 5º anos,
uma criança com surdez, mas com implante cerebral, mas com uma fala muito
comprometida, um aluno com retardamento mental de menos 2 anos, ele com
9 anos biológicos.

A inserção dessas crianças é muito difícil, a começar pelas famílias que muitas
vezes não dão a devida assistência, segundo, por causa do pouco preparo de

32

toda a equipe pedagógica para lidar com cada um de modo especial e igual ao
mesmo tempo, com atividades diferenciadas que atendam ao aluno de maneira
que, possa se desenvolver por completo, enfim, são muitas as barreiras.
Acredita que as faculdades deveriam investir mais no tema sobre educação
Especial, não apenas uma vez durante o curso mais duas, três vezes, pois as
legislações e questões precisam ser verificadas, debatidas e conhecidas de
todos de modo mais intenso e profundo. É uma questão que urge ser melhor
esclarecida a quem de fato, está com essas crianças em sala de aula, o
professor.

Compreende, porém, que as experiências são únicas, pois cada ser envolvido
no processo é único.

É consequente a necessidade de modificações nas relações entre a


escola e o conhecimento, entre o professor e o aluno e entre a
educação e o mundo contemporâneo. Além da conexão com as
transformações atuais, é demanda da contemporaneidade a
compreensão das diferentes dinâmicas que ocorrem no processo de
ensino e aprendizagem, para traçar estratégias pedagógicas
adequadas à realidade discente. (CUNHA, 2015, p. 54)

Essas modificações são inerentes não apenas no relacionamento entre os que


chamamos “normais”, sobretudo e urgentemente, fazem-se necessárias na
relação entre “normais” e portadores de necessidades educativas especiais.
Muito se fala em preparação do professor, mas onde o professor é preparado
para atuar não o capacita para tal, quando adentra na realidade, sente-se
vazio, despreparado, pois a teoria diverge da prática e quando a teoria não foi
muito discutida, gera-se então o medo do outro.

A palestra assistida no quinto semestre pela aprendente com o próprio Eugênio


Cunha, serviu-lhe de esclarecimento em alguns assuntos que ficaram obscuros
durante o estudo da matéria de Educação Especial.

33

7.4. A cada degrau um desafio- quarto semestre


Um período com muitas emoções. Realizar o estágio de Ensino Fundamental I,
socializar os conhecimentos adquiridos durante o processo do estágio com os
colegas da faculdade, aprender a usar uma nova tecnologia educacional:
Podcast.

A matéria de PPP II, trouxe um desafio, em grupos, os alunos deveriam


pesquisar sobre a evolução educacional do município onde residiam e onde
estava o seu polo de ensino e gravar um Podcast, que nada mais é do que um
programa de rádio... Até ela e seu grupo descobrirem isso...

Ela relata que foi uma experiência excepcional.

A parte da pesquisa sobre o município de Camaçari foi fácil. O mais


complicado foi a gravação dos áudios. Depois que descobriram que o Audacity,
era o programa próprio para essa gravação, aprender a manusear o programa
escrever o roteiro (está em anexo) e finalmente gravar.

O gravar não foi a melhor parte... o menor ruído saia na gravação. Foram
realizadas muitas gravações e ainda assim, no áudio final, tiveram uma perda
de alguns segundos, que significa muito, quando se trata de programa de rádio.

. Ainda no quarto semestre, aconteceu o estágio II, estágio do Ensino


Fundamental I séries iniciais.

A matéria de Arte Educação também foi interessante, pois tudo da área de


humanas e comunicação é interessante para Léia. Identifica-se com essas
áreas.

Realizou seu estágio II numa classe de quinto ano. Na matéria de Língua


Portuguesa, pois a escola trabalha por matéria, área de conhecimento.
Elaborou um projeto de leitura escrita e artes com o título: Projeto Leiturarte:
Sonho Encantado, que a coordenadora da Escola solicitou que ela aplicasse
em outras turmas também. Foi rico esse momento. Ela apresentou contos
diversos para as

34
crianças, assistiram filmes referentes, estudou as características da
modalidade textual, a diversidade de tipos de contos, em seguida, solicitou que
transformassem a história que eles haviam mais gostado em cordel, pois a
professora estava trabalhando cordel em sala. Também solicitou uma maquete
do conto. Fizeram uma exposição com apresentação da história. Foi um dia
memorável. Foram excelentes construções e aprendizado. As famílias estavam
radiantes e as crianças excitadas com o evento.

Link do vídeo realizado na culminância do projeto:


https://youtu.be/RCV0pcDuE00

7.5. Avançar sempre – quinto semestre

O quinto semestre veio com novidades. A tutora Ana Cristina havia saído,
agora tinha como tutor presencial o professor Adilson. Ele é tão comprometido
quanto ela com a educação. Não houve perdas.

Ainda no quarto semestre, aconteceu o estágio III, estágio do EJA. Coincidiu


que nossa cidade estava com a educação em greve, Léia que estava ansiosa
para realizar esse estágio, não pode fazê-lo. Fez na Escola Primeiros Passos,
na turma do segundo ano, pois o estágio era EJA/Séries Iniciais.

Foi um estágio interessante. Desenvolveu um projeto sobre o Aedes Aegypti,


pois o Governo Federal estava com essa campanha, toda a escola trabalhou
no mesmo período. Foi muito interessante e envolvente. Ver os alunos
participando, se envolvendo, descobrindo.

Também teve a matéria de Libras... Sempre gostou de Libras, acha que todos
os profissionais, sobretudo professores precisam saber se comunicar em libras
e ter conhecimento de braile. Infelizmente será uma matéria que terá que
repetir, pois não alcançou média para passar. Requer estudo, e esteve com
muitas tarefas para realizar o que lhe prejudicou.

35
Saúde e qualidade de vida é uma matéria que já havia estudado no curso de
Serviço Social, ficou fácil, apesar do enfoque ser diferente, é uma matéria
agradável.

Tecnologias da Educação é uma matéria extremamente atual, e que se os


professores colocarem em prática, teremos uma sala de aula diferente e
antenada. Os alunos são dominadores das novas tecnologias, até parece que
ela já está no DNA ao nascer... Os professores mais antigos, sentem-se
assustados com uso de tecnologia em sala de aula, para Léia é divertido!
Gosta de aprender a manusear, desvendar os mistérios que se lhe aparecem,
por isso as atividades anteriores de Empregabilidade foram tão prazerosas de
realizar, os conhecimentos adquiridos estão sendo bem aproveitados.

A área de Gestão lhe interessa muito! Compreende a linha de pensamento de


Abraham Maslow, quando esse explica a pirâmide de gestão de pessoas, no
que diz respeito às suas prioridades, o gestor precisa compreender essas
prioridades a fim de lidar com elas motivando-as sempre.

Na escola, não ocorre diferente. O gestor escolar necessita conhecer muito


mais do que meios e ferramentas de conquistar clientes. Ele deve antes de
tudo conhecer seus colaboradores, saber de suas prioridades individuais e
coletivas, conhecer os clientes que já possui e suas aspirações, respeitar a
cada um no conjunto comunitário, saber a importância de cada um, valorizá-los
e, só então traçar como conquistar o mercado. Gerir pessoas é desafiador.

Para Bartinik, 2011, o processo de gestão escolar propõe a melhoria da


qualidade de ensino ofertado, com o objetivo de promover o desenvolvimento
de sujeitos proativos e participativos. Isso implica em desenvolvimento não
apenas dos alunos, sobretudo da rede de colaboradores/funcionários que este
tenha ao seu redor, diz respeito a tratar cada um como parte importante do
processo, necessário e fazer com que desejem fazer parte, desejem vestir a
camisa, acreditem na educação, muitas vezes, o gestor precisa abrir mão da
razão empresarial e investir na formação humana de seus colaboradores, para
que estes cresçam e façam crescer.

36
Ela sabe o seu próximo passo, seu próximo degrau a subir: Gestora
educacional.

Também no quinto semestre, a estudante foi convidada a palestrar no SENAC


Camaçari para uma turma de Jovens e adolescentes sobre o tema:
Protagonismo Juvenil.

Esse momento foi único, a colega do curso de Pedagogia Lilian Santos estava
com ela, foi um momento muito especial.

PROTAGONIS MO
J UVENIL

Léia da Silva Paixão


Assistente Socia l e Professora

Figura 9: Slide de abertura da palestra sobre protagonismo Juvenil no SENAC, em 10/06/2016.

7.6. Chegando ao fim... Para conquistar é preciso trabalhar!

Essa é a reta final. Mais cheia de desafios. A matéria de Meio Ambiente


também já estudada pela aluna na formação anterior, veio com um enfoque
diferente, infelizmente não absorveu muito, mais como o material está com ela,
retornara a estudar pois meio ambiente não é algo midiático, mais que urge em
precisarmos de conhecimento para vivermos melhor. Cada um fazendo a sua
parte, agredindo menos, pode-se conseguir resultados impressionantes.

Projetos é uma área de atuação muito interessante. Também já foi uma matéria
estudada pela docente. Tem facilidade com essa matéria. Por isso, quando a
37

matéria de PPP apresentou o desafio de criação de projetos educacionais, ela


se agradou muito. O resultado foi interessante, pois a sua nota foi máxima nos
mesmos.

Estágio de Gestão. Essa é uma matéria interessante, pois pode avaliar de


perto o funcionamento estrutural administrativo e pedagógico de uma
instituição. Ao seu ver, muita coisa poderia ser melhorado, mas não cabe a ela
fazer.

A escola onde realizou o estágio foi a mesma onde realizou o Estágio III. Já
estava ambientalizada com as pessoas, porém, devido ao tempo escasso e ao
desenvolvimento do projeto anual: Música em todo o canto, em todo lugar! Não
foi possível aplicar como gostaria o seu projeto, no entanto, a ideia foi aprovada
pela gestora escolar Ana Cristina Lima e já está sendo aplicada aos pais que
realizam as matrículas, infelizmente não como a aluna havia pensado, pois o
questionário deveria servir como entrevista, e não apenas para ser respondido
pelos pais em casa, pois ela acredita, que enquanto realiza a entrevista, outras
questões vão surgindo na anamnese e que são tão relevantes quanto as
perguntas já preestabelecidas. A culminância do projeto musical aconteceu
ainda com a sua presença na escola, aconteceu no Teatro da Cidade do
Saber, em Camaçari, ela teve o prazer de fazer parte das apresentações com a
Gestora/coordenadora Cristina no palco.
38

Figura 10:da esquerda para a direita: Léia - estagiária de Pedagogia e Ana Cristina
Gestora/coordenadora do Centro de Educação Infantil Primeiros Passos, Piaçaveira,
Camaçaria, Bahia, Brasil.

Ainda nesse período, teve a presença do Coordenador do curso de


Licenciatura em Pedagogia EAD Leandro Moura. A visita foi extremamente
produtiva, interessante, esclarecedora, deveriam acontecer com maior
frequência. Ele terminou a sua visita com um vídeo e o postou no GiraGira. Foi
gratificante.

39
Figura 11: Retirada da internet:: https://www.facebook.com/giragiraead/?fref=ts

Veio a produção do TCC. Em conversa com Leandro, entendeu que seria


opcional entre um Memorial ou um Artigo. Escolheu artigo. Seria sobre as
contribuições de Maria Montessori para a educação do século XXI. Já estava
trabalhando nele. Foi quando a matéria d TCC abriu e não havia opções de
escolha. Seria apenas o memorial.

Começar a trabalhar nele do zero.

O tempo não estava favorável. Os dias passam rápido... Não conseguiu reunir
muitas fotos.

Tirou uma tarde para auxiliar algumas colegas da faculdade que estavam com
dificuldades para começar. Tirou dúvidas via WhatsApp... Concluindo diversas
atividades... Rascunhou o material.

Escolheu a linguagem em terceira pessoa, por achar que assim seria mais fácil
produzir um texto acadêmico falando dela mesma como se fosse outra pessoa,
seria pessoal e impessoal ao mesmo tempo.

Pediu auxilio há alguns amigos com fotos... não encontrou muitas. Tinha
vontade de rever alguns... a professora Angela de Língua Portuguesa, pois
descobriu que ainda leciona e onde, a escola Cristiane, hoje módulo
educativo... enfim... As lembranças iam chegando, lágrimas rolando, sorrisos,
conversas com a filha

40
sobre a adolescência já tão distante... conversa com o amigo Aldenilson sobre
as peripécias da idade... o Reencontro com as amigas do curso de Magistério:

Figura 12: Acervo pessoal. turma do Magistério: da esquerda para a direita: Tatiana Reis:
Psicologa; Elisafan- Pedagoga; Mônica Reis- empresária da Educação e Pedagoga; Luciene-
Pedagoga Marta Muniz estudante de Pedagogia; Léia Silva Assistente Social e Pedagoga;
Zilda Maria- Pedagoga

Ainda durante essa construção do TCC, deu inicio à construção de sua casa, o
que tornou tudo ainda mais difícil. Pois além das obrigações que já lhe são
pertinentes, orientar e dar assistência ao pedreiro...

41
Figura 13: Acervo pessoal - a lage da casa sendo batida. Mais uma conquista!

Bem, está chegando ao final dessa jornada. Tudo muito difícil. Tudo muito
gratificante.

Infelizmente não realizará a colação de grau com a turma, pois ainda está com
pendências pedagógicas para o próximo semestre, mais apesar de tudo, não
desistiu. Esteve firme e constante.

42
Figura 14: Acervo pessoal - Laís- sua filha e Léia, a estudante!

Figura 15: da esquerda para a direita: Léia, Lais, sua filha; Cléia sua irmã, Uniramar seu
cunhado; Sua mãe, sua irmã Leila e seu irmão caçula Iure.Figura 1: Acervo pessoal - Laís-
sua filha e Léia, a estudante!

Para encerrar:

“Grandes coisas fez o Senhor por nós e


por isso estamos alegres.” (SALMOS 126: 3-
BÍBLIA SAGRADA)

43

CONCLUSÕES
Foi extremamente importante confeccionar esse memorial. Remexer no
passado, rever tantas pessoas, acontecimentos bons e ruins, pessoas que
ficaram, pessoas que continuam.

“Marcas do que se foi... Sonhos que vamos ter.” trecho de uma música muito
tocada em fins de ano, o que se foi, com quem andamos, com quem nos
relacionamos, a maneira como nos portamos, como enfrentamos nossos
problemas cotidianos, a nossa relação com Deus, faz de nós a cada dia
vencedores. Nos torna mais humanos e melhores companheiros e
profissionais.

O desejo de Léia da Silva Paixão, é tornar-se melhor a cada dia de modo


humilde, aproveitando cada vírgula de conhecimento que tem adquirido no
meio acadêmico, com seus amigos, familiares, igreja, pessoas que vão e vem...
com a vida.

A formação acadêmica faz parte do sonho de uma menina, que queria ser
Doutora em Educação e uma Advogada daquelas que ninguém conseguiria
“derrotar”... Desistiu de ser doutora em educação, por entender nesse
momento que um título a mais ou a menos não a fará melhor, ela será melhor à
medida que compreender que a vida é uma ciranda em constante movimento,
que existe uma lei severa, a lei da semeadura, “...tudo que o homem plantar,
isso ceifará.” Gálatas 6:7, Bíblia Sagrada. Derrotada, não foi, não será jamais!

Precisa ser uma profissional cada dia mais compromissada com a educação de
seu município, de seu estado de sua nação. Deseja ser ainda mais, uma
agente de transformação de vidas, e acredita que a educação é o meio para
que isso ocorra, pois como Paulo Freire, acredita na educação libertadora. Ela
foi educada para ser livre. Educa a sua filha assim, para ser livre dos que nos
tentam subjugar de modo arrogante. Não acredita na violência. Tem fé no
diálogo como ferramenta feroz e viva para mudar as situações adversas que se
apresentarem.

44

O Senhor Deus, no livro de Oséias capítulo 4 verso 6, diz: “ O meu povo está
sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento....” Sabe-se que ele se
referia à sua palavra, no entanto, trazendo isso para a nossa realidade, a falta
de conhecimento e entendimento faz com que o homem pare, deixe de crescer,
seja enganado por qualquer um que fale palavras bonitas, como educadora,
não pode concordar com isso. Como educadora, precisa fazer com que seus
alunos sejam seres pensantes, críticos, respeitadores e acima de tudo, que
eles sejam cidadãos responsáveis.

Precisa ser uma educadora que “abre a gaiola e põe asas” em cada aluno que
passar por suas mãos (Referencia ao texto de Rubem Alves,) Trazendo uma
aprendizagem Significativa para cada um deles, para que possam levantar voo
e ir ainda mais alto que ela mesma.

Pensa que escolheu bem a Unifacs como sua Faculdade para cursar
Pedagogia, apesar do curso não ser a sua primeira opção, a primeira seria
Letras. Não se arrepende de ter feito esse curso. Está muito satisfeita com os
conhecimentos adquiridos e com os que ainda irá conquistar.

“Educar é uma arte! Serei artista da educação”

Léia da Silva Paixão por Léia da Silva Paixão

45

REFERÊNCIAS
A importância da alfabetização para os brasileiros DISPONÍVEL EM
https://www.iped.com.br/materias/educacao-e-pedagogia/importancia-
alfabetizacao-brasileiros.html ACESSADO EM 07/12/2016 àS 20:08
A importancia da alfabetização na vida humana DISPONÍVEL EM
http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/40136/1/01d16t01.pdf
ACESSADO EM 07/12/2016 ÀS 20:17
Bartinik,Helena Leomir de Souza. Gestão Educacional/ Heelna Leomir de
Souza Bartinik. – Curitiba: Ibpex, 2011. (série Formação do Professor).
Cordiolle, Marcos Antonio. Sisitemas de ensino e políticas educacionais o
Brasil / Marcos Antonio Cordiolli. – Curitiba: Ibpex, 2011. (Série Fundamentos
da Educação).
Cunha, Eugênio. Práticas pedagógicas para inclusão e diversidade / Eugênio
Cunha– 5ª. ed. Rio de Janeiro, 2015, Wak Editora. 160p.: 21cm.
Gonçalves, Nádia G. Constituição histórica da educação no Brasil / Nadia
G. Gonçalves – Curitiba: Ibpex, 2011. – Série Fundamentos da Educação)
Pacievith, Thais. Ensino Médiodisponível
em :http://www.infoescola.com/educacao/ensino-medio/ acessado em
08.12.2016 às 21:30
Silva. Mariza Vieira da, História da Alfabetização no Brasil – a constituição de
sentidos e do sujeito da escolarização, UNICAMP, 1988,
http://www.ucb.br/sites/100/165/TeseseDissertacoes/Historiadaalfabetizacaono
Brasil.pdf

Sousa. Aline Cristina Bueno Balicki ,A Importância da Alfabetização na


Formação do Sujeito - DISPONÍVEL EM : http://isciweb.com.br/revista/13-
numero-01-2014/28-a-importancia-da-alfabetizacao-na-formacao-do-sujeito
acessado em 07/09/2016 às 20:09

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução do


russo Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 496 p

46
ANEXO A

ROTEIRO DO PODCAST

47

Roteiro (PODCAST)
(1) Janine. Olá senhores ouvintes! Boa tarde! Está começando mais um
programa: (Educação Baiana/ Educação Brasileira/ Loucos por Educação/
Educação que Transforma...). Obs.: Escolher ou criar o nome do programa.

Trilha sonora do programa.

Com as apresentadoras de sempre: a que vos fala Janine Andrade, Léia da


Silva, Macielle Pereira e Deise Suene.

E hoje abordaremos sobre a educação de uma cidade baiana que abriga o 2°


Pólo Petroquímico brasileiro, também conhecida como Cidade Industrial, você
já sabe de qual cidade estamos falando? Isso mesmo, a cidade de Camaçari,
localizada na região metropolitana de Salvador. (Som de fundo- Hino de
Camaçari)

Mas vamos ao que interessa, pois o foco deste programa é a educação, vamos
viajar pelo tempo e desvendar os caminhos que a educação trilhou em nosso
município de outrora aos dias atuais.

Assim como nas demais regiões brasileiras, os primeiros professores foram os


Jesuítas, eles iniciaram as primeiras atividades educativas no Século XVI.
Como sabemos, com o passar do tempo e divergências entre política e religião
levaram a expulsão destes do território brasileiro. Em torno desses
acontecimentos, as aulas passaram a ser ministradas por professoras em suas
próprias residências, mas só os filhos da elite tinham acesso a educação.

Somente nos anos 40 a educação começa a progredir com a criação do


primeiro grupo escolar primário, estamos falando do Grupo Escolar Gonçalo
Muniz. Recordo-me de um poema escrito por Eduardo Cavalcante Silva de
1949 que ilustra bem esta década em que a educação dava os seus primeiros
passos,(ESSA FALA NÃO FICOOU BEM PARA VC POR CAUSA DE SUA
IDADE.PODE PASSAR PARA DEISE. você o conhece Léia?

(2) Léia. Claro, você está se referindo ao poema Camaçari:

Camaçari

... A estação e um jardim abandonado,

48

Casas novas, que agora se levantam...


Prédio antigo que havia de ser mercado

E uns arvoredos, onde as aves cantam.

Uma igreja de estilo delicado

Cercada de casinhas despontam.

Enquanto a prefeitura do outro lado

Renova das ruínas que se implantam

A rua do limão sobre a direita

E do outro lado, uma avenida estreita

Traz a rodagem Salvador-aqui...

E além das ruazinhas e travessas

Há também muitas casas dispersas

Nesta cidade de Camaçari.

Ah! Que calmaria esta cidade transmitia, tão diferente da agitação que a
caracteriza hoje...

Colega Deise, fale-nos sobre como era o ensino formal nessa época.

(3) Deise. BOM DIA A TODOS. A maioria dos ginásios eram nas cidades
vizinhas e diante da necessidade de ofertar o ensino formal no município o
prefeito Hermógenes Bispo Souza juntamente com sua equipe implantou, por
volta dos anos 60, o Ginásio São Tomás de Cantuária que oferecia a 1ª e 2ª
série.

As práticas educativas da época eram bem tradicionais e a maioria dos


professores não tinha Nível Universitário.

Nesta mesma década, surgiram outras escolas como a Olavo Bilac que
oferecia o 2º grau com os cursos de Administração e Magistério e o Colégio
Comercial de Camaçari que ofertava o curso de Contabilidade.

O que nos chama atenção é a luta constante pelo crescimento da educação do


município de algumas professoras como Emília Salgado, Wasthy Souza e

49
Angiolina Teixeira, estas três foram fundamentais para a implantação destas
novas escolas e ampliação de oferta do Ensino Formal.

Outra Professora e escritora que não podemos deixar de mencionar é Sandra


Parente que vivenciou estes primeiros momentos como aluna e atuou 30 anos
na educação municipal, muito do que sabemos hoje sobre a educação deste
município é graças ao seu livro: Camaçari Sua História, Sua Gente.

Mas e hoje? Qual a realidade educacional do município? Acho que esta é uma
pergunta que você está se fazendo, não é mesmo amigo ouvinte? Sobre esta
realidade, Macielle Pereira irá nos contar.

(4) Macielle. Deise e caros ouvintes, a partir dos anos 70, um novo e grandioso
capítulo da história de Camaçari é escrito: a construção do Polo Petroquímico e
com ele outras necessidades surgiram, devido ao crescimento populacional e
uma delas foi na área educacional, eram poucas escola para atender ao
grande número de alunos. Então novas escolas foram implantadas na rede
pública e privada, também houve o surgimento de escolas técnicas.

Segundo o senso do IBGE, divulgado em 2012, são 6.500 alunos matriculados


no ensino pré-escolar, 37.295 alunos no Ensino Fundamental e 12.230 alunos
cursando o Ensino Médio.

A primeira faculdade foi a UNEB, com os cursos de Administração,


Contabilidade e Direito, em seguida uma das maiores escolas particulares o
CEMA, fundou a Faculdade Metropolitana de Camaçari que oferta os cursos de
Pedagogia, Letras, Direito Administração, Enfermagem e Engenharia.

Agora, chegou o momento em que você ouvinte do Programa (Aqui nome do


programa) Pode interagir conosco ligando para o número 3621-2015:

Barulho de telefone tocando.

(5) Ouvinte: Olá, aqui é (José...) sou ouvinte assíduo do programa e por
coincidência, eu e minha família estamos de mudança para Camaçari, pois
recebi uma excelente proposta de emprego. Vocês poderiam me indicar uma
opção de escola para o meu filho? Obrigada!

(2): Léia. Claro, temos uma excelente opção diferente para o seu filho. A
Escola Montessoriana de Camaçari que a 28 anos oferece uma educação de
qualidade, prova disto é que este ano, recebeu o Prêmio Empreendedor
promovido pela cidade, no ramo educacional.

50
A Escola Montessoriana de Camaçari surgiu de um sonho da Pedagoga e
Psicopedagoga Rita Muritiba ao participar de um curso sobre Educação
Montessoriana, gestante da primeira filha, decidiu que era aquela educação
que desejava para sua primogênita. Começou a projetar. E virou realidade.
Atuando com Ensino Infantil e Fundamental I. Esta escola se diferencia das
demais devido ao método utilizado: Montessori.

“O Método Montessori é um modelo educacional desenvolvida pela médica e


educadora Maria Montessori.

É caracterizado por uma ênfase na independência, liberdade com limites e


respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e
psicológicas da criança. De acordo com sua criadora, o ponto mais importante
do método é, não tanto seu material ou sua prática, mas a possibilidade criada
pela utilização dele de se libertar a verdadeira natureza do indivíduo, para que
esta possa ser observada, compreendida, e para que a educação se
desenvolva com base na evolução da criança, e não o contrário” 4  (Wiipédia).

E então, gostou da nossa sugestão? A equipe do programa (nome do


programa)agradece pela audiência e deseja sucesso no seu novo trabalho Sr.
(Nome do ouvinte).

The End.

51
UNIVERSIDADE SALVADOR

CURSO PEDAGOGIA

LÉIA DA SILVA PAIXÃO

RELATÓRIO ESTÁGIO I

EDUCAÇÃO INFANTIL

CAMAÇARI

2015

52
LÉIA DA SILVA PAIXÃO

RELATÓRIO ESTÁGIO I EDUCAÇÃO INFANTIL

Atividade realizada e apresentada


à Disciplina de ESTÁGIO I do curso de
Pedagogia, da Universidade Salvador -
UNIFACS, como requisito parcial para
conclusão da disciplina.

Professora: Tereza Cristina P. C. Fagundes

Supervisor de Estágio: Ana Cristina Bispo Lima

CAMAÇARI

2015
53

AGRADECIMENTO

Agradecemos a Deus por essa oportunidade.

Também à Escola Montessoriana de Camaçari, na pessoa da professora Rita


Muritiba, que nos concedeu a oportunidade de realizar mais uma etapa tão
importante para nossa formação acadêmica.
54

RESUMO

Esse trabalho tem como objetivo descrever o momento de estágio, sua


importância e significação para o estudante. Abrangendo não apenas o
momento de prática, como também os momentos em aula de aquisição de
conhecimento teórico.

Palavras chave: educação infantil- estágio- prática- crianças-professor


55

4. SUMÁRIO

5. INTRODUÇÃO....................................................................................06
6. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO ...............................07
7. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO................................................07
8. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA..............................................08
9. INFRA ESTRUTURA................................................................10
10. 2.3.1 ESTRUTURA FÍSICA.......................................................10
11. 2.3.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVO-PEDAGOGICA..........11
12. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
a. RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO............................................
1.1 RELATÓRIO DE COPARTICIPAÇÃO E REGÊNCIA.............
2. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES............................................................
3. ADIMENSÃO FORMATIVA DO ESTÁGIO...........................................
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................

REFERÊNCIAS..........................................................................................

ANEXOS

ANEXO A: FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO I: EDUCAÇÃO


INFANTIL

ANEXO B: AVALIAÇÃO DA ESTAGIÁRIA PELA PROFESSORA REGENTE

ANEXO C: AUTOAVALIAÇÃO DA ESTAGIÁRIA

ANEXO D: PLANOS DE AULA ESCOLA MONTESSORIANA

ANEXO E: PLANO DE AULA DO PROJETO DE ESTÁGIO

ANEXO F: FOTOS
56

1. APRESENTAÇÃO

O estágio é a parte fundamental no processo de formação do estudante,


sobretudo do estudante de Pedagogia.

É através do estágio que o educando confronta e consolida seus


conhecimentos teóricos, buscando praticá-los da melhor forma possível.

Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido


no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular
em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos. (BRASIL, LEI DO ESTÁGIO, 2008).

E acordo com a lei do estágio, ele por si só, já estabelece um complemento


educativo, uma ferramenta formativa do estudante independente do nível de
ensino em que se encontre.

Nas páginas seguintes, encontraremos um pouco da teoria e prática de


conhecimentos através do estágio I, segmento de Educação Infantil.
Esse relatório visa compartilhar as experiências provenientes do estágio,
através da descrição da instituição, da descrição das atividades, da avaliação
das atividades desenvolvidas.
57

CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

1.1. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

A Escola Montessoriana de Camaçari surgiu de um sonho da Pedagoga e


Psicopedagoga Rita Muritiba ao participar de um curso sobre Educação
Montessoriana, gestante da primeira filha, decidiu que era aquela educação
que desejava para sua primogênita. Começou a projetar. E virou realidade.
Atuando com Ensino Infantil e Fundamental I

Em julho de 1987, o sonho saiu do papel e virou realidade iniciou seus


trabalhos no bairro da Gleba A, 1988. Atuando com Educação Fundamental e
Educação Infantil. No mesmo espaço até o ano de 2012., onde houve a
necessidade de mudança do espaço do ensino infantil, sem porém, perder
suas características pedagógicas, ocorreu apenas o desmembramento, a
unidade funciona na Av. Eixo Urbano Central, nº , Centro, Camaçari.
58ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
59

A escola trabalha com o método Montessoriana. Com uma rotina própria,


observando a legislação vigente.

Baseando-se nos ensinamentos de Piaget, teoria construtivista e nos


conhecimentos de Vygotsky, teoria sócio-interacionista a Escola busca
identificar com os seus alunos, concebidos como sujeitos sociais e
cognoscentes, constroem o conhecimento socialmente produzido.

O Método Montessori é um modelo educacional


desenvolvida pela médica e educadora Maria Montessori.
É caracterizado por uma ênfase na independência,
liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento
natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas da
criança.De acordo com sua criadora, o ponto mais
importante do método é, não tanto seu material ou sua
prática, mas a possibilidade criada pela utilização dele de
se libertar a verdadeira natureza do indivíduo, para que
esta possa ser observada, compreendida, e para que
a educação se desenvolva com base na evolução da
criança, e não o contrário1 

A escola ainda dispõe de uma supervisora do método, que a cada dois meses
se faz presente a fim de supervisionar a aplicabilidade do método e dar
orientações, responsável também, junto com as coordenadoras pela formação
continuada dos professores e possíveis candidatos na metodologia.

_______________________________________________________________
1. Wikpédia- Método Montessori- acessado em 13.05.2015 às 23:49
60

1.2. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA

O prédio onde atualmente funciona a Educação Infantil não é um espaço


fisicamente grande, pois não foi construído para escola, foi adaptado. Consta
de:

Uma sala para secretaria;

Uma sala para coordenação;

Dois banheiros

Uma copa cozinha

Dois pátios para recreação;

Quatro salas de aula;


61

2. DESCRIÇÃO DAS ATRIVIDADES


2.1. OBSERVAÇÃO

Ao apresentar-me a direção da escola determinou o grupo 2 (crianças de 1,6 a


2,9 meses de idade) no turno vespertino com a professora Jacimara Dias e a
auxiliar Láina Brisa Lima, para que realizasse meu estágio.

A turma possui 15 (quinze) alunos, onde desse total, um é autista.

Ao chegarem, as crianças são recebidas pela professora na antessala, passam


para a sala onde organizam seus materiais ( mochilas no “estacionamento”
retiram dela diário, classificador e módulo se houverem ido para casa e os
colocam em seus devidos lugares,iras na estante estipulados no inicio do ano);
as lancheiras na estante própria e retornam para a antessala onde, a
professora realiza o grupão (grande roda). Nesse momento, a professora ouve
os alunos, conta histórias, explica ase atividades do dia, o conteúdo em linhas
gerais.

Depois disso, faz a divisão dos grupos ( pois a escola trabalha com atividades
diversificadas) cada grupo trabalha uma atividade, segundo o plano do dia.
Durante os pequenos grupos distribuídos em atividades diferentes, a
professora está atenta e continua auxiliando e explicando mais profundamente
sobre cada tarefa.

Explicando alguma atividades:


62

Encaixe de ferro

imagem da http://lubaroni-informticaeducaoespecial.blogspot.com.br/2011/05/edc-especial-maria-montessori-sua.html

ALUNO DA EDUCAÇÃO INFANTIL REALIZANDO A TAREFA DE ENCAIXE

Material montessoriano que visa desenvolver as mãos (coordenação motora


fina) para os movimentos da escrita. Essa é uma atividade desenvolvida em
todos os grupos até o primeiro ano diariamente, ampliando o grau de
dificuldade em cada grupo.

Estou no Lanche

Nessa atividade, as crianças desenvolvem principalmente a autonomia. Pegam


suas lancheiras, abrem-na e dispõem os materiais do lanche sobre a mesa,
começando pelo jogo americano. Durante essa atividade (como nas demais)
após as orientações do professor, o mesmo só intervém se for solicitado pelo
aluno, mas está em constante observação. Após o lanche, cada criança
reorganiza o espaço utilizado preparando-o para a próxima criança que o
ocupará.

Cabide de higiene
63

Em cada ambiente (as salas de aula são chamadas assim) existe um cabide
onde nele encontramos vassoura, pá, flanela, pano de chão, escova para
mesa, que são usados pelos alunos para higienização do espaço que estiver
usando; detalhe: os materiais são em tamanho adulto, adaptados para uso das
crianças.

Higiene pessoal

É realizado após o lanche e sempre que houver necessidade. A maioria das


crianças já o realiza sozinhas. As crianças que ainda usam fraldas, são
higienizadas pela professora ou auxiliar.

Ipad’s

A escola tem contrato com UNO INTERNACIONAL ( sistema de ensino da


Editora Moderna), por isso, dispõe de ipads em sala de aula, que são utilizados
conforme planejamento todos os dias, para essa idade a ênfase é para jogos
que desenvolvam a percepção, o raciocínio lógico matemático e lógico de
linguagem, além de jogos de inglês.

Estou lá fora

As crianças saem para brincar no pátio de duas em duas, sob o olhar atento
das auxiliares de disciplina.

Jornalzinho de fim de semana

Essa atividade é apenas na segunda –feira, as crianças em pequenos grupos,


contam à professora seu fim de semana, ela registra em papel especifico e
depois a criança ilustra (essa atividade é realizada em todos os grupos até o
primeiro ano, com graus de dificuldade mais acentuado em cada grupo).

Calendário

Também é uma atividade diária. Desenvolve a ordem e sequência numérica, a


noção de tempo, dias da semana. É realizada de modo coletivo e individual.
64

A sala é climatizada, com grande incidência de luz natural e também artificial.


Ao brincar ou manusear qualquer material fora da mesa, as crianças utilizam
tapetes.

Linha

Esse momento é muito interessante, pois, após o estou lá fora, ou em


momentos que a classe encontra-se em agitação, o professor para tudo que
estão fazendo para realizar esse trabalho de interiorização, para que a turma
volte a se normalizar em harmonia e silêncio. Acontece da seguinte maneira:
as crianças sentadas em circulo, ouvem as instruções do professor que explica
antes o que deve ser feito e depois realiza o comando; as crianças então,
repetem a atividade em silencio como foi demonstrada; dura em média 15
minutos, logo após, retornam às suas atividades anteriores mas em harmonia.

Após o lanche, as vasilhas são levadas para a copa, onde são lavadas e
momentos antes da organização para a saída, as crianças em um novo grupão,
identificam suas vasilhas e as guardam em suas lancheiras.

Logo após esse momento, fazem novamente a higiene pessoal (dessa vez,
com intervenção da professora e da auxiliar) penteiam os cabelos se for
preciso, usam colônia; organizam os materiais, sentam-se novamente em roda
para cantar e ouvir histórias.
65

2.2. RELATÓRIO DE COPARTICIPAÇÃO E REGÊNCIA

Nesse período, acompanhava a professora regente nas atividades, auxiliando


em tudo quanto foi possível. Levar as crianças no banheiro, na contação de
histórias, acompanhando as crianças ao pátio, auxiliando no momento do
lanche. As demais tarefas, por não dominar a rotina e mesmo no período da
regência, não aconteceram como deveriam, pois a rotina das crianças é de
extrema importância para a escola, por esse motivo, não foi-me permitido
assumir a sala durante a regência. Foi dispensado para mim, 15 minutos diário
para a aplicação do projeto de estágio, onde pude trabalhar contos
“Desvendando os contos de fadas”, que por acaso, é o tema do projeto musical
que a escola desenvolve no segundo semestre o Sol Maior, que em 2015 será:
“Viajando pelos contos”.

Durante o tempo que me foi destinado para trabalhar meu projeto, apresentei
vários personagens e cenários de contos de fadas para que as crianças
identificassem a história a que pertenciam, fiz votação para saber qual das
histórias eles gostavam mais, trabalhei com a conservação e manuseio dos
livros(para fixação, utilizei material confeccionado previamente com referencia
ao semáforo, verde para o que pode ser feito, vermelho para a maneira não
correta de tratar o livro e amarelo para o que precisamos prestar mais
atenção). Em minha chegada ao as crianças estavam concluindo um outro
projeto o Cores e Formas, que é um projeto que escolhido um artista plástico,
elas estudam sobre a vida dele, escolhem um de seus trabalhos e fazem a sua
releitura. A culminância é uma exposição.
66

3. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Sabe-se que o estágio um momento único na vida do estudante, pois nesse


momento, seus conhecimentos teóricos são consolidados.

Durante esse período, pude observar, a postura do professor regente e


confrontá-la com o que se espera do profissional. Também pude confrontar a
minha prática, uma vez que já me encontro em sala de aula como regente e a
minha prática como estagiária e questionar-me porque tantas vezes não
agimos como devemos?

Foi um momento reflexivo, de confronto e reencontro. Iniciei a vida profissional


como “professora leiga”, ainda no Ensino Fundamental II, depois, certifiquei-me
com o Magistério e desde então são 22 anos exercendo a profissão.

Apesar de nunca ter estado em uma sala de Educação Infantil não me


identifiquei com a mesma, nasci para lecionar, porém não o segmento de
Educação Infantil. São dinâmicos, vivos, perguntadores, mas não me encontrei
com eles, meu prazer está no segmento Fundamental I,II e acima, pois já
lecionei para Fundamental I e II, e apesar de todas as dificuldades
encontradas nesse segmento, é onde me identifico.

Pude refletir sobre a questão da inclusão na escola (como citei, há um aluno


autista na classe) essa inclusão não é de tudo inexistente, porém, os
profissionais envolvidos, não são “capacitados” ou não utilizam a capacitação
que possuem. O método usado pela escola foi desenvolvido pela Dra. Maria
Montessori a partir de observações feitas com crianças que possuíam diversas
“debilidades” na época, no entanto, foi considerado um método revolucionário
por deixar seus “alunos-pacientes” em mesmo nível de alunos ditos “normais”
em termos de conhecimento, tão reconhecimento obteve que as autoridades
italianas, solicitaram que ela aplicasse a sua metodologia nas escolas
regulares.

67

Então perquntei-me mais uma vez: E eu? Como agiria se possuísse um aluno
autista em minha classe estaria eu preparada para desenvolver o máximo que
ele pode me dar? Teria eu boa vontade? Teria eu amor?

A Constituição Brasileira diz em seu art. 5º: “Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza...” o que estamos fazendo com essa
igualdade em nossas salas de aula?

No capítulo III da C.F. no artigo 205, lê-se:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.(BRASIL, 1998)

1999, o Decreto nº 3.298, que regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao


dispor sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência, define a educação especial como uma
modalidade transversal a todos os níveis e modalidades de ensino,
enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino
regular. (BRASIL, 2007)

Estamos trabalhando para que esse direito seja de fato realizado em nossas
práticas?São muitos questionamentos durante esse processo de estágio, não
sei se tenho ou se consegui todas as respostas, mas sei que estou em busca
delas e melhorando ainda mais a minha prática.
68
4. A DIMENSÃO FORMATIVA DO ESTÁGIO

O estágio é o momento em que os estudantes têm para confrontar sua


aprendizagem teórica com a prática.
É nesse momento que pode-se avaliar melhor a nossa vocação.

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no


ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular
em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos.(BRASIL, 2008)

Visando essa preparação que é de fundamental importância para o profissional


que começa a surgir, em meio a tantas teorias surge o estágio, matéria tão
indispensável para a efetivação do grau acadêmico.

Ainda segundo a Lei do Estágio de 20008, em seu artigo 1 parágrafo primeiro


diz queo estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o
itinerário formativo do educando é algo previamente previsto, ou seja, durante a
organização do curso, o processo de estágio é pensado, elaborado, planejado
a fim de favorecer ao estudante a complementação prática necessária à sua
formação acadêmico-profissional.

O estágio obrigatório ora realizado seguiu as orientações acadêmicas, assim


como, na medida do possível, cumpriu o que foi previsto no Projeto de Estágio.
Pude dimensionar alguns conteúdos estudados de forma prática, como a
análise do PPP da escola campo de estágio, as atribuições do professor de
Educação Infantil e a inserção de alunos com necessidades educativas
especiais.
Como já citei antes, muito contribuiu para o desenvolvimento de competências
e autoanálise a respeito do exercício da profissão. Nesse momento, também
pude reafirmar a minha vocação profissional não no contexto de educação
infantil, penso que esse segmento necessita de habilidades especificas para
atuação
19
69
com crianças dessa faixa etária, não que eu não as tenha, mas não as
desenvolvi adequadamente nem antes e nem durante, até por questões de
personalidade, assim sendo, o estágio foi muito útil nesse sentido.
70
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio de Educação Infantil foi um momento ímpar. A ansiedade com que


tanto eu quanto as crianças e mesmo a equipe esperavam é motivador.
As reflexões que trago nesse momento são em relação à própria prática da
docência, como fazermos para não perdermos a motivação quando saímos da
academia e nos deparamos com tantas e adversas situações? Como não nos
acomodarmos? Como mantermos acesa a chama do amor que faz toda a
diferença no processo de ensino-aprendizagem?
Como continuar nos qualificando com uma demanda tão grande de atividades
extraclasse e um salário inadequado como o da classe?
Penso que as instituições acadêmicas deveriam ampliar os campos de estágio
para esse curso, uma vez que o Pedagogo hoje não é apenas uma profissão
que visa o ambiente escolar, sabendo-se que existem outras organizações que
mesmo sendo de segmentos diferentes também promovem, de alguma forma
ou em algum momento, a educação.
Autoescolas, hospitais, centros comunitários, ong’s, são algumas das entidades
nas quais poderíamos também, quanto estudante do curso de Pedagogia,
realizarmos estágios, claro, que seguindo as normas do estágio e com o
acompanhamento de um profissional da área.
Bem, o estágio I chegou ao fim, ansiosa a esperar o próximo. Que seja tão
desafiador quanto esse.

71

REFERÊNCIAS

BRASIL, Política Nacional de Educação Especial naPerspectiva da


Educação Inclusiva Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado
pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela
Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007.
Disponível em:

_____________, Lei n. 11.788 de 2008. Nova Lei do Estágio, disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11788.htm

Deprá. Fernanda de Souza Reis. A Pedagogia de Projetos no Processo


Ensino-Aprendizagem da Educação Infantil. Disponível em:
http://sitededicas.ne10.uol.com.br/art_pedagogia_projetos.htm
Sousa, Juliana Ferreira de. A avaliação da aprendizagem no contexto da
educação infantil: o fazer do professor da rede municipal de Teresina. /
Juliana Ferreira de Sousa – Teresina: 2013.

Constituição Brasileira
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm, acessado em
23.06.2015.

72

ANEXOS
73

ANEXO A:

DECLARAÇÃO PARA REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA


74
75
ANEXO B:

FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO I EDUCAÇÃO INFANTIL

76
77
ANEXO C:

AVALIAÇÃO DA ESTAGIÁRIA PELA PROFESSORA REGENTE

78
79
ANEXO D:

AUTOAVALIAÇÃO PELA ESTAGIÁRIA


80
81

ANEXO E:

PLANEJAMENTOS

82
ATIVIDADES PESSOAL RECURSO
DATA DESENVOLVIDAS ENVOLVIDO DO DIA
Roda de conversa para Professora
1805.15 descobrir o que os alunos já regente
sabem; Auxiliar de
Apresentar os vários classe
personagens para que eles Estagiária
identifiquem a que conto
pertencem;
Escolha do conto a ser
trabalhado por votação;
Montagem de cartaz (nome e
19.05.17 imagem dos contos)
Musicalização ( ver musicas
dos contos da relação)
20.05.15 Roda com diversos livros de
contos para manuseio;
Musicalização
21.05.15 Apresentação do cartaz com
as regras de cuidados com
os livros;
22.05.15 Apresentação do conto
escolhido;
Ilustração da cena que mais
gostou
Roda para apresentar a
ilustração e contar sobre ela;
Exposição dos desenhos no
mural;
Musicalização
25.05.15 Apresentação do conto
escolhido;
Construção de dedoches;
26.05.15 Dramatização realizada pelos
alunos e gravada;
Cessão pipoca;
27.05.15 Culminância: visita à sala de
leitura da Cidade do Saber
ou a Biblioteca Monteiro
Lobato, também na cidade;
28.05.15 Entrega de lembrancinhas.

29.05.15 ENCERRAMENTO DO
ESTÁGIO
A primeira, solicitaremos a escola
um passeio com as crianças para a
Cidade do Saber na Sala de Leitura
ou na Biblioteca Monteiro Lobato na
Praça Abrantes em Camaçari.
A segunda opção, realizar
uma festinha a fantasia, com
os personagens preferidos
das crianças, com
distribuição de lembrancinhas

Observação: nenhuma das alternativas de encerramento foi possível, então,


apenas contei mais uma história e distribui pirulitos embalados com os
personagens da história dos Três Porquinhos.

84
85
86
87
88
89
95
96
97
98
99
100
101
102
103

UNIVERSIDADE SALVADOR

CURSO PEDAGOGIA

LÉIA DA SILVA PAIXÃO

RELATÓRIO ESTÁGIO II

ENSINO FUNDAMENTAL I

CAMAÇARI

2015

104
LÉIA DA SILVA PAIXÃO

RELATÓRIO ESTÁGIO II ENSINO FUNDAMENTAL I

Atividade realizada e apresentada


à Disciplina de ESTÁGIO II do curso de
Pedagogia, da Universidade Salvador -
UNIFACS, como requisito parcial para
conclusão da disciplina.

Professora:

Supervisor de Estágio: Ana Cristina Bispo Lima

CAMAÇARI

2015

105
AGRADECIMENTO

Agradecemos a Deus por essa oportunidade.

Também à Escola Montessoriana de Camaçari, na pessoa da professora Rita


Muritiba, que nos concedeu a oportunidade de realizar mais uma etapa tão
importante para nossa formação acadêmica.
1006

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................
2. CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO ...............................
2.1. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO....................................
2.2. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA............................................
2.3. INFRA ESTRUTURA
2.3.1 ESTRUTURA FÍSICA.....................................................
2.3.2 ESTRUTURA ADMINISTRATIVO-PEDAGOGICA........

3. OBJETIVOS........................................................................................

3.1. GERAIS......................................................................................

3.2. ESPECIFICOS...........................................................................

13. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


14. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES
15. ADIMENSÃO FORMATIVA DO ESTÁGIO
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
ANEXOS
107

6. APRESENTAÇÃO

O estágio é a parte fundamental no processo de formação do estudante,


sobretudo do estudante de Pedagogia.

É através do estágio que o educando confronta e consolida seus


conhecimentos teóricos, buscando praticá-los da melhor forma possível.

Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido


no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular
em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos. (BRASIL, LEI DO ESTÁGIO, 2008).

E acordo com a lei do estágio, ele por si só, já estabelece um complemento


educativo, uma ferramenta formativa do estudante independentemente do nível
de ensino em que se encontre.

Nas páginas seguintes, encontraremos um pouco da teoria e prática de


conhecimentos através do estágio II, segmento de Ensino Fundamental I.

Esse relatório visa compartilhar as experiências provenientes do estágio,


através da descrição da instituição, da descrição das atividades, da avaliação
das atividades desenvolvidas.
108
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
6.1. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

A Escola Montessoriana de Camaçari surgiu de um sonho da Pedagoga e


Psicopedagoga Rita Muritiba ao participar de um curso sobre Educação
Montessoriana, gestante da primeira filha, decidiu que era aquela educação
que desejava para sua primogênita. Começou a projetar. E virou realidade.
Atuando com Ensino Infantil e Fundamental I

Em julho de 1987, o sonho saiu do papel e virou realidade iniciou seus


trabalhos no bairro da Gleba A, 1988. Atuando com Educação Fundamental e
Educação Infantil. No mesmo espaço até o ano de 2012, onde houve a
necessidade de mudança do espaço do ensino infantil, sem, porém, perder
suas características pedagógicas, ocorreu apenas o desmembramento, a
unidade funciona na Av. Eixo Urbano Central, Centro, Camaçari.

Hoje, a Escola Montessoriana de Camaçari, funciona em um novo endereço,


Rua Ambrosia, 185, bairro Dois de Julho.

Prédio novo, ainda em estado de acabamento, porém com melhores condições


de acomodação para ambos os segmentos, ensino infantil e ensino
fundamental.
109

6.2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA


110

A escola trabalha com o método Montessoriana. Com uma rotina própria,


observando a legislação vigente.

Baseando-se nos ensinamentos de Piaget, teoria construtivista e nos


conhecimentos de Vygotsky, teoria sócio-interacionista a Escola busca
identificar com os seus alunos, concebidos como sujeitos sociais e
cognoscentes, constroem o conhecimento socialmente produzido.

O Método Montessori é um modelo educacional


desenvolvida pela médica e educadora Maria Montessori.
É caracterizado por uma ênfase na independência,
liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento
natural das habilidades físicas, sociais e psicológicas da
criança. De acordo com sua criadora, o ponto mais
importante do método é, não tanto seu material ou sua
prática, mas a possibilidade criada pela utilização dele de
se libertar a verdadeira natureza do indivíduo, para que
esta possa ser observada, compreendida, e para que
a educação se desenvolva com base na evolução da
criança, e não o contrário1 

A escola ainda dispõe de uma supervisora do método, que a cada dois meses
se faz presente a fim de supervisionar a aplicabilidade do método e dar
orientações, responsável também, junto com as coordenadoras pela formação
continuada dos professores e possíveis candidatos na metodologia.

_______________________________________________________________
1. Wikpédia- Método Montessori- acessado em 13.05.2015 às 23:49
111

6.3. INFRA ESTRUTURA FÍSICA

O prédio onde atualmente funciona a Educação Infantil e o Ensino


Fundamental I é um espaço fisicamente grande, não foi construído para escola,
porém foi muito bem adaptado. Consta de:

Uma sala para secretaria;

Uma sala para coordenação da Educação Infantil;

Uma sala para setor RH

Uma recepção

Uma sala para coordenação Ensino Fundamental;

Uma diretoria

Uma cozinha experimental;

Uma copa cozinha

Dois pátios para recreação cobertos

Sete salas de aula

12 banheiros (em cada sala de aula possui um banheiro e nos outros


ambientes citados também);

Uma área de serviço;

Salas para descanso e socialização das crianças que ficam no turno integral

Uma sala para T.I

Uma sala para Inglês

Uma rampa de acesso externo para o primeiro andar, coberta e gradeada;

Duas escadas internas, com corrimão.


112

7. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES


7.1. OBSERVAÇÃO

Durante o período de observação pude notar que a escola possui uma rotina
bem definida e diversificada para o ensino fundamental

Por utilizar uma metodologia especifica, as crianças são apanhadas pelo


professor às 7:55 na área externa frontal, levados para seus ambientes.

Os alunos não possuem salas especificas para o seu nível, todos dividem os
mesmos ambientes em momentos pré-estabelecidos segundo horário de aulas,
pois são professores por matéria e não polivalentes. As salas são organizadas
por matéria, contendo materiais específicos para cada ambiente. Sendo assim,
do terceiro ao quinto ano, as turmas possuem uma professora de Português,
uma de Matemática, uma de Ciências, uma para História e Geografia e uma
professora de Inglês.

O Segundo ano, possui uma outra professora de Português e compartilha as


demais matérias.

O primeiro ano, apesar de ser Ensino Fundamental, possui uma única


professora. Em sua sala-ambiente, possui materiais específicos de todas as
matérias e a professora de Inglês também é outra.

O primeiro ano ocupa o primeiro andar e as demais séries revezam-se no


utilizar as salas-ambientes do segundo andar.

Em sala de aula, a rotina inicia-se com todos em roda no chão, e a oração do


Pai Nosso, em seguida, a professora do horário, explicação das diversas
tarefas do dia, explica o conteúdo (se for o caso), as mesas são dispostas pela
sala em duetos quartetos ou trios, para que a criança esteja sempre em grupo
ao trabalhar, porém, têm a liberdade de escolher a tarefa que deseja trabalhar
primeiro dentre as várias explanadas, explicadas e registradas na lousa pelo
professor. É importante registrar que essa escolha, não dá à criança a
liberdade de ficar sem trabalhar, ao final da aula, deve ter cumprido com todas
as tarefas.
113

O método, nesse sentido, visa o desenvolvimento da autonomia e da


responsabilidade.

O momento do lanche, todo devem higienizar-se na própria sala, pois além de


banheiro, possui um lavabo, em suas mesas munidos de jogo americano, copo,
prato e talheres - se for preciso-. Ao terminarem, higienizam-se novamente,
organizam seus materiais e saem para o intervalo.

O intervalo acontece nas quadras que ficam na subloja. Espaços amplos,


ventilados, claros e ocorre com todas as turmas do segundo ao quinto ano,
nesse momento, tem um professor especifico a cada dia, que conduz as
brincadeiras, o intervalo é dirigido.

Algo interessante é que cada turma possui uma “mãe” que é responsável por
ela durante todo o ano. Todos são responsáveis pelos alunos, porém algumas
questões são especificas da “mãe”. Aula de artes por exemplo, cada
“professora-mãe” tem a sua turma, os projetos que são desenvolvidos pela
escola durante o ano, apesar de serem gerais, são trabalhados de modo
especifico por cada professor.

Ao chegar, notei o acontecimento de dois projetos interligados. O Ler e


Escrever, projeto de leitura e escrita que inicia em março e termina em
novembro com o dia de autógrafos e o Sol Maior, que é um projeto musical,
mas envolve teatro, dança e música, que acontece de julho a outubro. Esse
ano, trabalhando contos, e na unidade do Ler e Escrever, a turma do 5º ano
está trabalhando contos.

A turma do quinto ano tem 22 alunos, na faixa etária de 10 anos. A maioria


deles, são alunos da casa desde a Educação Infantil. Possuem uma
característica marcante: são questionadores, sabem o que querem,
argumentam e se posicionam.
114
7.2. CO-PARTICIPAÇÃO E REGÊNCIA

Como já foi citado, a escola tem rodizio de professores, ou seja, funciona por
matéria, apena suma professora leciona duas matérias: Geografia e História,
as outras matérias, são professores individuais.

Essa formatação, dificultou um estágio mais participativo, pois as aulas


possuem duração de 50 minutos.

As turmas em geral, mudam de ambiente, pois cada sala pertence a uma


matéria especifica. Acompanhava a turma verificando a dinâmica, auxiliando
sempre que solicitado, tanto pela professora quanto pelos alunos, porém sem
muita interferência nas aulas, apenas as aulas de Língua portuguesa pude
interagir um pouco mais, talvez por causa do projeto ser mais voltado para tal
matéria, porém, não interferia durante as aulas, em momentos específicos,
previamente combinado com a professora, podia colocar em prática o projeto.

Durante as aulas de Língua Portuguesa, pude perceber que as crianças ficam


mais espontâneas, a professora canta, brinca, sorrir com os alunos, pula, mas
mantém o controle.

Nos momentos dedicados a mim, conversávamos, liamos juntos, ouvíamos


histórias contadas pelos colegas. O grande desafio foi a transformação dos
contos de fadas escolhidos por eles em cordéis, a ideia era essa, mais saíram
poesias bem originais sem fugir do contexto. Essa atividade foi realizada em
grupo e gravamos vídeos dos meninos declamando.

Trabalhamos com maquetes. A ideia original era que fossem construídas em


grupos na sala, mas por causa do pouco tempo, pois as professoras estavam
também se dividindo em ensaiar e montar as coreografias do projeto musical
anual o Sol Maior, que esse ano o tema foi: Viajando pelo mundo dos
contos, a coordenação escolar solicitou que fossem feitas individualmente e
em casa, e ainda estendeu o trabalho para todas as turmas da professora de
Língua Portuguesa (3º, 4º e 5º anos) o que para mim foi enriquecedor, pois,
passei então

115

a ter períodos com essas turmas apenas para contar histórias e explicar a
maquete. O resultado foi fantástico.

Planejava apenas para o quinto ano, aplicava as histórias para as outras


turmas aproveitando o que a professora me solicitava.

A metodologia apresenta, conforme Projeto Político Pedagógico da escola,


base para a formação de maneira ampla da criança, não apenas ensinando o
básico – ler, escrever, contar- mas, de modo muito especial, trata a criança
como ser humano, detentora de direitos e deveres e que sobretudo, deve lidar
com as consequências de seus atos sejam eles corretos ou não.

Pude presenciar em certos momentos, questões conflituosas entre crianças e


que a professora, os levou a conversação e contemplação de suas ações
fazendo com que eles mesmos chegassem a conclusão de suas posturas,
muitas vezes, não era necessário intervenção da coordenação. Todas as
ocorrências são registradas na avaliação da aula e casos mais “graves”
registrados em diários para o devido acompanhamento das famílias.
116
7.3. CONCLUSÂO

O estágio não é apenas uma etapa onde aplicamos as teorias aprendidas, ou


que comprova e auxilia na capacitação do educando para a profissão
escolhida.

Não é só frequentando um curso de graduação que um


individuo se torna profissional. É, sobretudo,
comprometendo-se profundamente como construtor de
uma práxis que o profissional se forma. (FÁVERO, 1992,
p. 65 APUD FOGAÇA).

É no estágio, que o educando começa a praticar e conhecer a realidade de sua


profissão. Nele, poderá avaliar de modo prático os contrastes da profissão
escolhida além de definir o caminho dentro da profissão que deseja escolher.
Especialmente o professor, é nesse momento que o aspirante compreende a
dimensão do ser educador e escolhe continuar em e por amor. Escolhe a sua
linha de professor.
O estágio abre oportunidade de conhecer novas pessoas, experimentar coisas
novas, se parece com uma “cozinha experimental (sabores, aromas, cores...)”,
durante o processo de estágio, o processo criativo evolui.
Esse período foi de crescimento intenso e serviu para reafirmar a minha crença
na educação.
117

REFERENCIAS

FOGAÇA. JENNIFER. IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO


NOS CURSOS DE LICENCIATURA. DISPONÍVEL EM:
http://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/importancia-
estagio- acessado em: 28.11.2015 às 19:44

O Estágio no Curso de Pedagogia. Vol. 2 Monica Caetano Vieira da Silva,


Sandra Terezinha Urbanetz (Org.) – Curitiba: Ibpex,2009. (Série TCC e Estágio
em Pedagogia)
118

UNIVERSIDADE SALVADOR

CURSO PEDAGOGIA

LÉIA DA SILVA PAIXÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO III

EJA/ SÉRIES INICIAIS


CAMAÇARI

2016

119

LÉIA DA SILVA PAIXÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO III

EJA/ SÉRIES INICIAIS

Atividade realizada e apresentada


à Disciplina de ESTÁGIO III do curso de
Pedagogia, da Universidade Salvador -
UNIFACS, como requisito parcial para
conclusão da disciplina.

Professora:

Supervisor de Estágio: Adilson


CAMAÇARI

2016

120

AGRADECIMENTO

Agradecemos a Deus por essa oportunidade.

Também ao Centro de Educação Infantil Primeiros Passos, na pessoa da


professora Ana Cristina Bispo Lima, que nos concedeu a oportunidade de
realizar mais uma etapa tão importante para nossa formação acadêmica.
121

RESUMO

Esse trabalho tem como objetivo descrever o momento de estágio, sua


importância e significação para o estudante. Abrangendo não apenas o
momento de prática, como também os momentos em aula de aquisição de
conhecimento teórico.

Palavras chave: Estágio.Prática. Crianças. Professor


122

1. APRESENTAÇÃO

O estágio é a parte fundamental no processo de formação do estudante,


sobretudo do estudante de Pedagogia.

É através do estágio que o educando confronta e consolida seus


conhecimentos teóricos, buscando praticá-los da melhor forma possível.

Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido


no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular
em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos. (BRASIL, LEI DO ESTÁGIO, 2008).

E acordo com a lei do estágio, ele por si só, já estabelece um complemento


educativo, uma ferramenta formativa do estudante independente do nível de
ensino em que se encontre.

Nas páginas seguintes, encontraremos um pouco da teoria e prática de


conhecimentos através do estágio III, segmento de Ensino Fundamental I.

Esse relatório visa compartilhar as experiências provenientes do estágio,


através da descrição da instituição, da descrição das atividades, da avaliação
das atividades desenvolvidas.
123

2. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA CAMPO DE ESTÁGIO

O Centro de Educação Infantil Primeiros Passos, localizado na rua Coração de Maria,


Caminho 9, Piaçaveira, Camaçari está inserido na comunidade há 21 anos.

Fundado inicialmente como escola de educação infantil, foi se desenvolvendo e a


direção observou a necessidade de ampliação para o Ensino Fundamental I.

É uma escola de pequeno porte, porém bem conceituada na comunidade. Conta com
sete salas de aula, uma biblioteca de literatura, uma área para recreação e
acolhimento, uma secretaria, dois depósitos, cinco banheiros, uma cantina, uma
cozinha. Adquiriu recentemente um anexo, onde funciona sala para reforço, uma área
para acolhimento, e sala de atendimento psicopedagógico.

Sua equipe pedagógica é composta por duas coordenadoras, 12 professoras, 03


auxiliares, duas assistentes administrativas, uma aux. de serviços gerais. Dentre as
professoras conta-se: a professora de Inglês, de Ética e Artes e de Ballet.

Funciona nos dois períodos matutino e vespertino.

Duas vezes por mês, são realizados os Encontros Pedagógicos. Também tem
programa de formação continuada para professores, pude participar das escolhas dos
temas e da programação dessas formações para o ano letivo.

A escola se dispõe a trabalhar a inclusão da melhor maneira possível, fazendo com


que as crianças interajam e que as demais a aceite de modo muito natural.
125

3. ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO

A turma do 2º ano B do turno vespertino do Centro de Educação Infantil Primeiros


Passos é composta por 15 (quinze) alunos, sendo quatro meninas e 11(onze)
meninos.

A faixa etária é variável, alunos com 7, 8 e 9 anos.

Alguns em processo de conclusão da alfabetização outros ainda no começo do


processo silábico, ainda investigando a escrita.

Na sala, encontra-se alguns alunos portadores de necessidades especiais. Aluna com


deficiência auditiva, não muda, sua comunicação é difícil mas compreende o que
falamos quando falamos alto e olhando-a sempre de frente. Usa um aparelho externo
ligado ao cérebro e faz acompanhamento com fonoaudiólogo, um aluno com laudo de
retardo mental leve, sua idade cronológica (9 anos) não condiz com sua idade mental
(7 anos), essa criança não lê, transcreve qualquer texto, mas não decodifica, não faz
associações – letra/som-, reconhece alguns números, tem a sua habilidade para o
desenho muito desenvolvida, além desse problema, possui comprometimento da fala.
Não faz acompanhamento nem com psicopedagogo, psicólogo ou fonoaudiólogo.

Um aluno com dificuldade de socialização, está em desenvolvimento da escrita e da


leitura. A família está atenta às questões de socialização e já pensam em buscar apoio
de Psicólogo.

É uma turma agitada, gostam muito de conversar. Já se conhecem do ano anterior, o


que instiga ainda mais as conversas paralelas.
125

4. ESTÁGIO DE COPARTICIPAÇÃO

Durante o período do estágio de coparticipação, atuei como auxiliar da


professora, pois, apesar da sala ter um número pequeno de alunos, são
agitados e em fases diferentes, necessitando assim de acompanhamento
individualizado.

Acompanhando mais de perto nas suas dificuldades os alunos com


necessidades especiais de aprendizagem.

Nesse período ficou claro para a coordenação da escola a importância do


auxiliar nessa turma.

Ajudava na realização das atividades, levando cada aluno a encontrar


caminhos para a realização das mesmas.

Trabalhei de modo mais intenso com o João (aluno com retardamento mental
leve) e Eduarda (aluna com deficiência auditiva) e Victor. João exige atenção
quase que exclusiva, fica chateado quando não lhe atendemos de imediato,
chora quando não consegue assimilar explicações. Possui facilidade com os
números, identificando-os de maneira melhor apenas. Nesse período, consegui
fazê-lo identificar a letra a, usando alfabeto ilustrado. Não avançou com as
outras letras. Precisa de um acompanhamento mais intenso.

Eduarda é difícil saber seu grau de alfabetização, pois como possui dificuldade
no falar, muitas vezes não conseguimos entender o que fala. Reconhece todas
as letras, mas não nos dá retorno em leitura. Os demais alunos, possuem as
dificuldades de quem está em processo de conclusão de alfabetização, todos
em nível ortográfico.

Dmitri não consegue se perceber parte do grupo, possui dificuldade de


socialização, o que muitas vezes o torna agressivo com os demais colegas. A
mãe foi chamada algumas vezes e afirmou ter conhecimento, é pedagoga e
afirmou ir buscar auxilio de Psicólogo para auxiliá-lo a vencer essa dificuldade.
126

ESTÁGIO DE REGÊNCIA

Durante o período da regência, pude aplicar o projeto Conhecendo o Aedes aegipty. A


classe já estava acostumada comigo, então foi fácil de me comunicar com eles.

Conversamos sobre o mosquito. Iniciei com indagações a respeito do mesmo; As


crianças souberam se colocar, seus conhecimentos eram aleatórios, porém constituem
o saber de cada um.

Após ouvir cada um, fiz um resumo e apresentei o vídeo. O vídeo mostra a duração do
ciclo de vida do mosquito.

Trabalhamos a cada dia o que era proposto pelo projeto e as crianças se


empenhavam e demonstravam muito interesse. Sempre tinham experiências para
contar, experiências domésticas.

Ao andarmos na rua da escola, pudemos verificar que não existia nenhum vasilhame
que contivesse água parada tornando-se assim uma incubadora para os ovos do
mosquito Aedes aegypti.

Realizamos todas as atividades propostas. A participação das famílias também foi


interessante.

Na culminância, compartilhamos com todas as turmas a nossa aprendizagem. Já


havíamos confeccionado o repelente natural. Os alunos, demonstraram como fazer o
repelente para todos e distribuímos para cada turma uma amostra. Cantamos a nossa
paródia da música “Você quer brincar na neve” do filme Frozen.

Vamos combater a dengue

(paródia)

Vamos combater a dengue Vamos chamar nossos amigosDo


coração
Por mim e por você
Pra combater também
Vamos limpar o nosso quintal
Vamos combater a dengue
Pra ficar legal
Por mim e por você!
E ela desaparecer
127

Construída de modo coletivo pelos alunos

5. CONCLUSÃO

O estágio não é apenas uma etapa onde aplicamos as teorias aprendidas, ou


que comprova e auxilia na capacitação do educando para a profissão
escolhida.

Não é só frequentando um curso de graduação que um individuo se


torna profissional. É, sobretudo, comprometendo-se profundamente
como construtor de uma práxis que o profissional se forma.
(FÁVERO, 1992, p. 65 APUD FOGAÇA).

É no estágio, que o educando começa a praticar e conhecer a realidade de sua


profissão. Nele, poderá avaliar de modo prático os contrastes da profissão
escolhida além de definir o caminho dentro da profissão que deseja escolher.
Especialmente o professor, é nesse momento que o aspirante compreende a
dimensão do ser educador e escolhe continuar em e por amor. Escolhe a sua
linha de professor.
O estágio abre oportunidade de conhecer novas pessoas, experimentar coisas
novas, se parece com uma “cozinha experimental (sabores, aromas, cores...)”,
durante o processo de estágio, o processo criativo evolui.
Esse período foi de crescimento intenso e serviu para reafirmar a minha crença
na educação.
128

REFERENCIAS

FOGAÇA. JENNIFER. IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO


NOS CURSOS DE LICENCIATURA. DISPONÍVEL EM:
http://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/importancia-
estagio- acessado em: 28.11.2015 às 19:44

SILVA, MONICA CAETANO VIEIRA DA e Sandra Terezinha Urbanetz (Org.)


O Estágio no Curso de Pedagogia. Vol. 2 – Curitiba: Ibpex,2009. (Série
TCC e Estágio em Pedagogia).
129

ANEXOS
130
131
134
135
136
137

Você também pode gostar