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‘ DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos por me incentivarem com
este trabalho que pacientemente compreenderam-me e contribuíram para a
conclusão do mesmo, Agradeço primeiramente a Deus, por dar-me a vida e, por
proporcionar-me perseverança, entusiasmo diante dos obstáculos que surgiram no
decorrer desse diário.

SURGIMENTO DA PROPOSTA DO TRABALHO


Já fazia um tempo que Maria Aparecida, professora da Escola Turma da
Mônica, em Castanhal, a 72 quilômetros de Belém, observava uma febre que tinha
tomado conta dos universitários. Nós carregávamos para cima e para baixo os livros
da série Diário de um Banana, se divertiam com a leitura e se identificavam com as
situações e as emoções vividas pelo personagem principal, o garoto Greg Heffley.
Ela então teve a ideia de dar um novo significado para o caderno de produção
textual dos alunos, quando estivessem com o diploma em mãos. "Por que a gente
não faz um diário e registra coisas do cotidiano do primeiro mês de aula quando
vocês forem atuar como professor de educação infantil?", ela perguntou ao grupo.

Com a proposta, a professora pôs em jogo uma tarefa permanente de escrita,


algo valioso para o desenvolvimento de um bom diário, as necessidades de
aperfeiçoamento. A escolha do gênero foi um acerto para fomentar o prazer por
redigir, "No diário, é possível relatar vivências, sonhos e o que mais der vontade. É
um gênero com grande liberdade estrutural", ela explica.

Explicou que todos deveriam escrever pelo menos uma vez por semana, e
que ela analisaria os registros para ajudá-los a produzir cada vez melhor, antes de
realmente começar a redigir seu diário, quando estiverem dentro de uma sala de
aula com crianças e seus sonhos de lecionar para o público infantil.
Ela se dedicava ao trabalho em casa e na escola. "Prestava atenção à
ortografia, às questões gramaticais e aos aspectos relacionados à coesão e à
coerência.

Pouco depois de começar a fazer os escritos para treinar nossos diários, os


formandos já iam além do combinado: escrevíamos várias vezes por semana e até
organizávamos entre nós a ordem da leitura em voz alta. A ideia de estarem
escrevendo era muito clara e significativa para todos. Compreender o que se
escreve é um saber fundamental relacionado à produção textual, e que o
conhecimento da leitura, também um dia passaríamos para nossas crianças quando
em sala de aula.

AS SENSAÇÕES DOS RELATOS

Eu amei porque pude escrever meus sentimentos, vivências de cada dia, o


desenrolar de dentro da sala de aula juntos com aquelas crianças colar no papel
tudo, viver com cada uma delas a cada dia e de forma intensa, são experiências que
marcam a vida.

Embalar-se nos encantamentos da infância é redescobrir-se, conhecer


melhor a si mesmo e entender comportamentos muitas vezes censurados pelo meio
social em que vivemos. Rememorar a infância através de uma profissão de ser
professor nos traz deliciosas lembranças das façanhas vividas, como bem escreveu
nosso contemporâneo Chico Buarque nos versos: “Dar banda por aí / Fazendo
grandes planos / E chutando lata / Trocando figurinha / Matando passarinho /
Colecionando minhoca, ou seja,
em situação adversa, rever dissabores que devem ser esquecidos por causarem
angústia, talvez superados para que possamos ir do sofrível ao agradável. Tudo
contribui com a construção identitária, ora o fascínio, ora o desapontamento.
Nesse processo pela construção da identidade, a busca pela memória é um fator
decisivo. O resgate das lembranças familiares, da infância, da adolescência como
também da vida adulta cotidiana vem despertar a afetividade e atribui uma importância
antes despercebida. Esse valor afetivo incita o registro escrito como forma de
imortalizar acontecimentos lembrados. Com a memória ativada e motivados a produzir
textos com narrativas e descrições familiares e pessoais, os alunos estarão conscientes
da atuação como escritores de sua própria história.
Na qualidade de ser social, o homem constitui-se a partir dos acontecimentos
que o cercam e que, de certa forma, influenciam seu modo de viver, seu pensamento,
sua identidade. Para conhecermos melhor as razões por que um autor defende uma
teoria, ou expressa um pensamento, é indispensável inteirar-se da época em que ele
viveu. Assim, é possível atribuir um significado maior às ideias difundidas pelo escritor
estudado.
As lembranças memoráveis que conseguimos relatar e/ou registrar, na
oralidade ou na escrita, não se compõem unicamente de fatos isolados, embora sejam
memórias pessoais, pois estarão sempre permeadas por outros indivíduos, uma vez
que vivemos em permanente contrato social, assim, a memória individual se entrelaça
com a memória coletiva, contribuindo com a formação identitária de cada indivíduo.
Castanhal, 01 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Hoje já acordei com uma sensação estranha. Talvez por ser o meu primeiro
dia em uma sala de aula, atuando Como professor de educação infantil, com
crianças de 5 anos, em um colégio próximo de minha casa.

Na sala de aula, a Aninha e a Carol ficaram dando risadinhas e olhando pra


mim. Depois veio o Pedrinho e me disse que eu tinha um chiclete no cabelo. A
minha questão foi: Quem colocou ele ali? E porque ao invés de me falarem ficaram
rindo da minha cara? Fiquei muito chateado com a atitude delas e de outras
crianças, no entanto eu já havia perdido 1h de minha aula, quando finalmente
organizei a sala de aula, já estava na hora do recreio.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio

Castanhal, 02 de Junho de 2020.

Com certeza no segundo dia de aula também foi muito marcante para de um
educador que estava iniciando, mas quem não se lembra do nervosismo, das mãos
trêmulas, da sensação de que não sabe absolutamente nada, essas e outras
expectativas antecedem a vida profissional de qualquer pessoa. Mas em se
tratando do professor, essas características têm sua relevância, por que não se
pode simplesmente improvisar uma aula, estava decidido dá a minha aula conforme
eu havia programado.

Conversei bastante com todos eles, quem eu era e qual meu objetivo
naquela sala de aula, uns prestavam muita atenção no que eu falava, porém outras
crianças não davam a mínima para o que eu dizia, e assim se foi o segundo dia,
sem êxito.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio
Castanhal, 03 de Junho de 2020.

Querido diário.

Hoje decidir fazer uma reunião com os pais dos alunos, para conhecer os filhos
de cada um deles, que também passaram a ser meus filhos, o diálogo que tive serviu
para conhecer os pontos fortes e fracos. Observei que quando os pais criam uma
aproximação com professor, isso certamente tem um poderoso impacto no ano
letivo da criança, o que pode transformar a sua experiência educacional, a relação
de confiança que os pais tiveram em relação ao educador de seus filhos foi
incrível, pois a partir daquele dia, eu tive a certeza que saberia lidar melhor com
meus alunos.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio

Castanhal, 04 de Junho de 2020.

Querido Diário,

“Meu Deus...já amanheceu lá vamos para mais um dia de luta, já estou


começando a pensar se realmente é isso que quero para minha vida, anos de estudo
e dedicação, conhecendo as teorias as vivências de filósofos, psicólogos e demais
conhecedores da educação infantil, NÃO, não posso pensar dessa forma, quem
nunca passou por dificuldades nessa vida, caiu e se levantou, tropeçou e mesmo
assim se manteve de pé, e seguiu em frente”.

Vou me arrumar tomar meu café e encarar a função que escolhi, pois
entendo que no início tudo é difícil, como nas outras profissões que exerci antes de
ser educador.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio
Castanhal, 05 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Finalmente chegou a sexta–feira, agora vou tomar meu café, me arrumar,


pegar meu carro e ir para o colégio para tentar dá minha aula, quando cheguei
cumprimentei meus colegas de trabalho com um bom dia, e fui para minha sala,
pois eu estava decidido e concentrado para dá minha aula, como qualquer outro
professor no colégio.

Bom dia, crianças? Poff...fui recepcionado com uma bola de papel, tudo
bem eram só crianças de 5 anos que não estavam nem um pouco interessados
em estudar, queriam mesmo era brincar, pular, gritar, correr, falei pra eles que
hoje teríamos jogos e brincadeiras na quadra do colégio, foi mesmo que ouvir
seus pais dizerem que não haveria aula hoje, maior alegria, corre, corre... enfim
pelo menos a sexta-feira deu certo.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio

Castanhal, 08 de Junho de 2020.


Querido amigo diário.

Hoje no colégio, fiz uma roda de conversa com as crianças na sala de aula,
para conhecer melhor cada um deles e saber o quanto eles se conhecem, pus
uma bola no centro com uma música ao fundo da sala, quando a música parava
o coleguinha tinha que dizer o quanto conhecia o colega ao lado, falando como
ele era, suas características, sonhos, e tudo mais... A dinâmica realmente
funcionou, nunca tinha visto aquelas crianças, tão concentradas para que a bola
caísse em suas mãos e pudessem falar do coleguinha ao lado, batiam palmas,
cantavam, quando a bola passava pelas mãos deles... isso realmente foi uma
jogada de mestre, pois dessa forma vou conhecendo cada um deles aos poucos.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio
Castanhal, 09 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

No dia seguinte pude observar o entrosamento entre outas crianças, e que os


pares de idade desempenham papéis importantes na vida das crianças em fases de
desenvolvimento muito anteriores ao que poderíamos imaginar. As experiências nos
primeiros dois ou três anos de vida têm implicações para a aceitação das crianças por
seus colegas na creche e nos anos escolares posteriores. Crianças competentes nas
suas relações com seus pares em idades precoces e aquelas que apresentam
comportamentos pró-sociais têm probabilidade particularmente alta de ser aceitas por
seus pares. Crianças agressivas são frequentemente rejeitadas pelos seus pares,
embora a agressividade nem sempre exclua a aceitação. É evidente que relações entre
pares colocam desafios especiais para crianças com distúrbios e para outras que não
têm as habilidades emocionais, cognitivas e comportamentais subjacentes a interações
harmoniosas.

Para crianças com problemas comportamentais e emocionais precoces, o risco


é exacerbado pela rejeição que vivenciam por parte dos seus pares. Inversamente,
amizades e relações positivas em grupos de pares desde cedo na vida parecem
proteger as crianças contra problemas psicológicos posteriores, então são dinâmicas
da qual podemos extrair diversos aprendizados, e aplicar no cotidiano de aprendizagem
das crianças, e que hoje as teorias que aprendi no decorrer do meu curso de pedagogia,
estavam começando a fazer sentido, e assim se foi mais um dia de aprendizado tanto
para as crianças quanto pra mim.

Até amanhã meu amigo!

Cláudio
Castanhal, 10 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Nesta quarta-feira, em mais um dia de aula conversei com as crianças a respeito


da relação que estamos desenvolvendo da relação entre professor e aluno que deve
ser de amizade, de troca de solidariedade, de respeito mútuo, enfim, não se concebe
desenvolver qualquer tipo de aprendizagem, em um ambiente hostil. Mas não devemos
esquecer que o respeito que a criança tem pelo adulto é unilateral, dando origem a dois
sentimentos distintos: afeto e o medo; mas simultaneamente percebidos pela criança
quando envolvidas em situações resultantes das suas desobediências. É da existência
desses dois sentimentos que surge o respeito unilateral. Por isso, se houver afetividade
há possibilidade de pôr em prática o respeito mútuo, tão necessário para o
desenvolvimento das relações pessoais em qualquer que seja o meio humano e,
através dele, a aprendizagem flui com mais facilidade. A escola hoje, mais do que em
qualquer outro tempo, é um espaço onde se constroem relações humanas.

Por tanto, é de fundamental importância trabalhar não só conteúdos, mas


também as relações afetivas. A interação entre ambos é ainda importante para a
adaptação do aluno ao processo escolar.

Ao terminar a conversar com as crianças procurando repassar da forma mais


simples e clara, ou seja, na linguagem delas, observei o comportamento de cada uma,
foi como se tivessem assistindo desenho infantil, todos em silêncio e atentos, magnifico!

Até amanhã meu amigo!

Cláudio
Castanhal, 11 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Eu estava bem contente com a turma e me surpreendi como as crianças pois


já sabiam vários conteúdos de Matemática que estavam no planejamento.
Entretanto, quando fui atualizar a pauta de observação individual dos pequenos,
fiquei perplexo e me disse: “Cláudio, não estou entendendo… algumas crianças só
conseguem fazer as atividades quando estão em grupo. Quando a proposta é fazer
individualmente, não conseguem. Até parece que não sabem…”

Situações como essa são comuns na Educação Infantil. As crianças possuem


conhecimentos muito díspares em Matemática. Muitos já têm experiências em jogos
e chegam sabendo contar, fazer pequenos cálculos, registrar quantidades e
interpretar números, mas outros ainda precisam aprender a recitar a sequência
numérica, tive que planejar situações didáticas nas quais todos os pudessem
aprender, como jogos, contar até 100 entre outas atividades, assim fui
desenvolvendo elas.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio

Castanhal, 12 de Junho de 2020.

Querido amigo diário

Hoje sexta-feira recebi dos pais um bilhete, onde me agradeciam pelo bom
desempenho de seus filhos na disciplina de matemática e nas demais matéria,
nessa manhã me sentir tão contente com a satisfação dos pais e principalmente
com o desenvolvimento visível de assimilação das crianças, pude observar que devo
continuar desenvolvendo métodos e aperfeiçoamento de aprendizagem para meus
pequeninos isso sim é satisfação para qualquer educador.

Até amanhã meu amigo!

Cláudio
Castanhal, 15 de Junho de 2020.

Querido amigo diário

Mais uma semana que chega, e hoje vou trabalhar com as crianças as cantigas
de roda, para que iniciem a semana bem dispostos, pois a brincadeira e, portanto
uma parte fundamental da aprendizagem e desenvolvimento da criança, momento
em que ela exercita todos seus direitos e estabelece contato com os campos de
experiências. Particularmente, as brincadeiras têm um papel destacado nas Escolas
Democráticas, cuja preocupação principal é a adaptação entre as novas gerações
e as formas de trabalhar na Educação Infantil.

A concepção democrática de escola respeita a criança como ser único que


desenvolve seu aprendizado e é sempre capaz de encontrar a melhor maneira para
construir seus conhecimentos.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio
Castanhal, 16 de Junho de 2020.

Querido amigo diário

Hoje pude observar a importância que tenho como educador que é de


promover o estímulo da criança pela busca de conhecimento, facilitando o exercício
dessa busca por meio de brincadeiras, respeitando e valorizando a diversidade de
seus entes e os repertórios culturais que afloram – tanto do grupo como
individualmente. Portanto, o adulto é observador e não devo interferir a menos
que haja a manifestação da criança com pedido de ajuda ou orientação ou, ainda,
quando a criança encontra obstáculos, mantendo o cuidado.

Meu papel é de facilitador na brincadeira e de observador, elaborando


registros daquilo que a criança mostrou durante o brincar, observando as diferentes
linguagens sociais, afetivas e emocionais de cada criança.

Até amanhã meu amigo diário

Cláudio
Castanhal, 17 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Hoje pude observar que minhas crianças têm uma grande dificuldade na
leitura e desde os tempos mais remotos os contos de fadas exercem um grande
fascínio nas crianças. São histórias que aguçam a imaginação e nos despertam para
mundos extraordinários. Além do interesse pela leitura no processo escolar, auxiliam
na formação da personalidade, pois a cada personagem apresentado surge a
capacidade de se identificar e discernir entre o real e o imaginário, hoje contei a
história do João e o Pé de Feijão, elas adoraram e decidir que ao final de cada aula
iria contar uma história, e que seria escolhida por elas.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio

Castanhal, 18 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Nesta quinta-feira, cheguei um pouco atrasado no colégio, pois tinha consulta


odontológica marcada, mas já havia informado à direção, para que não houvesse
perda no horário de aula das crianças. Neste intervalo de ausência deixei um outro
educador até que eu retornasse da consulta, mas infelizmente não pude dá minha
aula, pois deixei um atestado odontológico na escola, referente a este dia, precisei
de repouso e minhas crianças hoje ficaram com a tia Bia.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio
Castanhal, 19 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Nesta sexta-feira, 19 de junho trabalhei a questão da higiene com as


crianças, e ao serem apresentados a cada hábito de higiene de forma didática e
lúdica, os alunos deram maior atenção à essas atividades e, aos poucos, vão
incorporá-las ao seu dia a dia. Dessa forma, eles passarão a vê-las com mais
naturalidade em vez de enxergá-las como uma obrigação e um momento
desagradável.
Tive muita dificuldade no início, pois as crianças não davam muita atenção,
diziam que era chato demais esse negócio de higiene, então decidir estender as
aulas para que as crianças pudessem se familiarizar e se adaptar a esses novos
hábitos.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio

Castanhal, 22 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

A segunda-feira, chegou e hoje apresentei hábitos de higiene que precisam


ser executados várias vezes ao longo do dia, como lavar as mãos e escovar os
dentes, muitas vezes acabam sendo esquecidos pelas crianças ou considerados
como algo tedioso, justamente devido à necessidade de repetição.

Com o objetivo de estimular esses costumes, utilizei sabonetes coloridos e


com formatos diferenciados, pastas de dente com aromas mais atraentes para os
pequenos ou decorarei os banheiros com figuras e personagens ilustrados que
possam tornar os momentos de higiene mais recreativos e interessantes.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio
Castanhal, 23 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Na aula de ontem tive muito êxito com a apresentação de como manter os


hábitos de higiene entre as crianças, e hoje desenvolvi atividades em sala de aula
que apresentassem de maneira diferenciada os objetos de higiene pessoal e os
cuidados com a saúde e com o corpo, como jogos da memória, caça-palavras, bingo
ou quebra-cabeças...pude observar que as crianças que mais reclamaram no início
na questão da higiene, hoje são as que mais gostão.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio

Castanhal, 24 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Uma criança muito me preocupa em sala de aula, Pedrinho, pois observei que
ele é um menino muito quieto, pouco se comunica com seus colegas e isso me
deixou pensativo, conversei com a coordenação e eles sugeriram mais atividades
de interação com a turma, acentuei os momentos lúdicos, uso de livros, gibis, vídeos
e músicas com temas sobre a higiene e utilizar esses materiais como base para dar
início à conversação com as crianças e encorajar a participação do pequeno
Pedrinho nesses tipos de atividades, e nessa quarta-feira feira em diante estarei
acompanhado com mais atenção esses tipos de comportamento de meus alunos e
de todas as crianças no colégio.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio
Castanhal, 25 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Não é que o Pedrinho está se superando, achei que fosse outros fatores
como problemas na família: fazendo com que o Pedrinho ficasse muito tímido, como
também poderia ser uma criança agressiva e autoritária, fazendo com que as outras
crianças se afastam dele, imaginei também que pudesse está relacionado a alguma
agressões.
As agressões, sejam elas físicas ou emocionais, tendem a gerar um
fechamento maior da criança, além de uma renúncia em frequentar a escola, mas
descobri que o menino havia sido transferido de escola há pouco tempo, pois ele
morava em outra Cidade no estado do Pará.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio

Castanhal, 26 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Hoje em minha aula Mariazinha chorou muito, quando seus pais a deixaram
na escola, começou a fazer birra, teimosia, aprendi que nunca se pode ignorar o
choro de uma criança. É preciso ter um olhar atento e entender o que está por trás
daquele choro. O primeiro passo que eu analisei e descartei, foi se era um mal-estar
físico e, sei que não era, conversei com a criança para descobrir a verdadeira causa,
simplesmente acolhi em meus braços, conversei com ela, usando as
habilidades socioemocionais, observei que devo traçar estratégias para lidar com
os pequenos durante a dor.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio
Castanhal, 29 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Nesta segunda-feira, resolvi desenvolver uma gincana com as crianças onde


escolhi 10 objetos diferentes e espalhei por um determinado espaço da sala.
Coloquei uma venda nas crianças e dei um objeto de cada vez. Em seguida, pedi
que descrevessem o que é aquilo, a sensação que tem ao tocá-lo e também pedi
que dissessem o nome do objeto que recebeu, foi muito legal pois estimulei, o tato,
sensibilidade e a imaginação de todos, não queriam mais para de brincar, foi
formidável e muito divertido.

Até amanhã meu amigo!


Cláudio
Castanhal, 30 de Junho de 2020.

Querido amigo diário.

Hoje estou finalizando meu diário em um período de um mês do início do meu


trabalho como educador infantil, além de considerar as vivências das crianças como
ponto de partida para o desenvolvimento do meu trabalho, minha experiência como
educador e os conhecimentos que construí no meu processo formativo, aliados às
definições de aprendizado da faculdade, pude observar que a escolha desse curso
foi maravilhoso.

As crianças sabendo que eu estava aniversariando neste dia, organizaram


junto com os pais e professores, uma pequena festinha surpresa, e para minha
surpresa recebi elogios diante dos colegas, pais e professores de um aluno que até
agora estou pasmo, PEDRINHO, onde sua timidez não permitia sequer responder
seu nome para a lista de chamada do colégio, finalizo meu diário com muita alegria
e na esperança que com a educação correta para esses pequeninos, teremos uma
sociedade mais justa e igualitária para o mundo.

Abraços meu amigo diário que esteve sempre comigo nas horas difíceis!

Cláudio de Araújo Silva

Diário no sobre o primeiro mês de trabalho na escola de Educ. Infantil.


Orientadora: Auricélia de Jesus Ferreira Alves.
Sala 17, Turno: Noite A

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