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DECLARAÇÃO

Eu , Justina Mariano Oreste, declaro por minha honra, que o presente trabalho constitui
o resultado do meu labor individual, sob orientação do meu tutor . Declaro ainda , que
este trabalho nunca foi apresentado em nenhum outro âmbito para obtenção de qualquer
avaliação.

Gurué, ao 26 de Outubro de 2023

___________________________________

Justina Mariano Oreste


Dedicatória

Aos meus pais que sempre me deram amor, educação e acima de tudo me ensinaram
que o respeito é essencial, amo-os infinitamente, pois sem eles, nada disso seria
possível. Aos meus irmãos por ter sido um ser de bondade, por me aconselhar e me
guiar em muitos passos da minha vida. Meu confidente, companheiro e amigo e colegas.
Agradecimento
Agradeço Deus pela saúde e força que nos dá em momentos cruciais da vida estudantil.
Os agradecimentos também vão para as nossas famílias principalmente meus pais,
mães, tios, irmãos, filhos e outros por tudo que eles fazem para que me poder trabalhar
com sucesso, ainda de dizer com uma voz alta que agradeço, pelo carinho e paciência
que tiveram ao atender todas as dificuldades que nós enfrentamos perante aos nossos
estudos. E agradecer também a instituição e principalmente o tutor da cadeira ,um bom
facilitador no processo de ensino aprendizagem e o portador de uma visão sistemática
como espelho da sociedade.
Lista de Abreviatura
IMIG - Instituto Médio de Informática e Gestão
P.E.A – Processo de Ensino e Aprendizagem
P.E- Português Europeu
P.M- Português Europeu
Introdução

O presente projecto tem como tema: O Português Falado em Moçambique: caso de


estudo Escola Secundaria Eduardo Mondlane de Gurué, alunos da 8ª classe Turma B.
Podemos constatar neste projecto, que o Português de Moçambique se distancia do
Português Europeu sobretudo a nível lexical. É através dos moçambicanismos que
conseguimos identificar de onde é uma determinada variedade. São unidades lexicais
que ocorrem em contexto sociolinguístico moçambicano. Muitos dessas novas entradas
lexicais são necessárias, o que significa que não existe seu equivalente em Processo de
Ensino. O Português Moçambicano é uma realidade eminente e o importante é
continuarmos a pesquisar e a descrever esta variedade para melhor lidarmos com o
ensino do português nas escolas moçambicanas. É importante sublinhar que a língua
portuguesa ainda é obstáculo no progresso da educação moçambicana. Voltando para o
Português Moçambicano é importante mostrar que cada linguística precisa dar seu
contributo para que a variedade seja reconhecida pelas autoridades que gerem a política.
Devido a distância geográfica com Portugal, o português tomou outros rumos devido ao
multilinguismo, ao multiculturalismo que contribuiu de forma significativa a nível
lexical, semântico, morfossintáctico, fonético-fonológico. Hoje o português é uma
língua nacional e é de fato, uma língua moçambicana de origem europeia, com falantes
nativos e responde prontamente às necessidades comunicativas dos moçambicanos.
1. Tema
O presente estudo tem como tema: O Português Falado em Moçambique: Escola
Secundaria Eduardo Mondlane de Gurúe, alunos da 8ª classe.

Objecto de Estudo: O Português Falado em Moçambique na Escola Secundaria


Eduardo Mondlane de Gurúe, alunos da 8ª classe.

1.1.Delimitação do Tema:

Espacial: O presente estudo será realizado na Escola Secundaria Eduardo


Mondlane de Gurúe, alunos da 8ª classe.
Temporal: 2022.

1.2. Problematização
Segundo Gil (1999: 46) afirma que "problema é qualquer questão não resolvida e que é
objecto de discussão em qualquer domínio de conhecimento."

Segundo Gonçalves (2012), devido as variáveis sociais, o português falado em


Moçambique se distancia do Português Europeu (PE). Em Moçambique vem-se
desenvolvendo uma variedade de português que é moçambicana, no sentido em que há
traços, características e realizações formais e contextuais de moçambicanidade na fala e
na escrita. Moçambique é um país multilíngue e conta com cerca de duas dezenas de
línguas maternas faladas no território. (p. 4).
A título de exemplo verificasse um erro gramatical na fala assim como na escrita em
vários alunos da escola secundaria Eduardo Mondlane de Gurúe, verificasse também
alguma mistura na linguagem, por exemplo na fala do português ele fala português
misturando com a língua nativa que é nesse caso a língua materna, isso acaba
interferindo na fala do português correctamente.
Os alunos da 8ª classe turma B da Escola Secundaria Eduardo Mondlane de Gurúe eles
apresentam as seguintes situações: Interpretam mal o que se lhes diz em português;
Reagem a instruções e dão respostas curtas às perguntas que se lhes colocam; Não
sustentam uma situação de conversa em Português; Reconhecem algumas palavras, mas
não lêem a frase completa; Mesmo quando lêem palavras e frases, não percebem o seu
sentido; Têm noção de sílabas pronunciadas e sua representação, mas dificilmente
fazem escrita livre; Copiam bem, mesmo sem conhecer o sentido de algumas palavras;
Copiam e escrevem frases ditadas com erros e não as interpretam; Escrevem sequências
de letras e palavras sem sentido.
Estes problemas todos são o reflexo de políticas educacionais e da formação de
professores. Se os professores têm dificuldades na língua portuguesa como poderão
ajudar melhor aos alunos. Constata-se que as dificuldades são passadas de professores
para os alunos, até porque os manuais escolares insistem numa educação que aceita a
Norma-Padrão europeia (Gonçalves e Diniz,2004).
Isso interfere na fala do português correctamente, e isso constitui um problema sério dos
alunos da 8 classe turma B da escola Secundaria Eduardo Mondlane.

1.3. Justificativa
Marconi e Lakatos (2001), é único item do projecto que apresenta o porque, para eles
consiste numa exposição que suscita porem completa de ordem teórica e dos motivos de
ordem pratica que tornam importante na realização da pesquisa. (p.103).

O que motivou o proponente na escolha deste local em estudo para sua pesquisa, é o
facto de ele perceber que o português que esta se falar naquela escola Secundaria não
faz parte das normas padrão.
Observando o português no ensino moçambicano concretamente na escola secundaria
Eduardo Mondlane de Gurúe nota-se que as competências em Língua portuguesa ainda
não são completas, quer dizer, o aluno termina essas classes sem que tenha
conhecimento suficiente para ensinar a Língua Portuguesa.
Para o ensino da língua portuguesa, o conhecimento de noções da linguística ajudaria
melhor aos professores na solução de vários problemas que ocorrem no processo de
ensino-aprendizagem. As bases teóricas da linguística, por exemplo, ajudam a definir
melhor o que é ortografia, o que é uma letra, para que serve a escrita, se a letra é uma
unidade concreta ou abstracta, porquê se escreve a palavra “Sara” com “Z” e não com
“S”, por exemplo.

1.4. Relevância social


No âmbito social, a proponente espera que com este estudo haja compreensão do
problema e assim, traga as possíveis formas para solucionar os problemas acima
arrolados trazendo uma dinâmica, em concordância com os objectivos a serem
alcançados, sobre o português falado em Moçambique concretamente na Escola
secundaria Eduardo Mondlane dos alunos da 8 ª classe turma B.
Neste sentido houve a necessidade de compreender os factores que estão por de trás do
problema em estudo, contudo, o autor julga igualmente que, no âmbito social, o tema é
de extrema importância na medida em que os resultados encontrados vão contribuir na
definição no contexto do português falado em Moçambique como foco principal e sendo
caso em estudo escola secundaria Eduardo Mondlane de Gurúe nos alunos da 8ª classe.

Olhando pelos pressupostos acima levantados, levanta-se a seguinte questão de partida:


Que português se fala em Moçambique? Concretamente na Escola Secundaria
Eduardo Mondlane de Gurúe nos alunos da 8ª classe.

1.5. Hipóteses
Na óptica de Bello (2005:20), “é sinónimo de suposição, é pré - solução para problema
levantado”.
Partindo nesta ordem de ideia realça – se como Hipóteses:
De forma a conduzir a pesquisa com vista a responder a questão de partida levantada na
problematização e ao objectivo geral do mesmo, apresentam-se a seguir algumas
questões de pesquisa:

H1: Devido a distância geográfica com Portugal, o português tomou outros rumos
devido ao multilinguismo, ao multiculturalismo que contribuiu de forma significativa a
nível lexical, semântico, morfossintáctico, fonético-fonológico.

H2: Provavelmente o tempo de contacto entre o professor e aluno é muito curto, o que
faz com que o aluno não tenha tempo para progredir.

Pior ainda é que no seio familiar, este aluno fala outras línguas como por exemplo a
língua Bantu.

1.6. Objectivos

1.7. Objectivo Geral


Na perspectiva de Marconi e Lakatos (2001:103) Objectivo Geral “é a visão global do
tema, o que esta relacionado com conteúdo e as ideias estudadas”
Analisar duma forma geral como os alunos da 8ª classe turma B da Escola
Secundaria Eduardo Mondlane de Gurúe falam o português.

1.8. Objectivos Específicos:


Na luz de Vergara (2000:25) Objectivos específicos “são metas cujo tingimento
depende do alcance do objectivo geral”.
Identificar os factores que contribuem no português mal falado em Moçambique,
concretamente nos alunos da 8ª classe turma B da Escola Secundaria Eduardo
Mondlane de Gurúe;
Descrever até que ponto os alunos da 8ª classe turma B da Escola Secundaria
Eduardo Mondlane de Gurué não falam português correctamente;

CAPITULO II: BASES TEÓRICAS

2.1. Português de Moçambique


Devido o variáveis sociais, o português falado em Moçambique se distância do
Português Europeu (PE), brasileiro, angolano, guineense, etc.

É por isso que alguns linguistas, como é o caso de Ngunga (2007), “em Moçambique
vem-se desenvolvendo uma variedade de português que é moçambicana, no sentido em
que há traços, características e realizações formais e contextuais de moçambicanidade
na fala e na escrita...”
Segundo Endia (2010 p.131) salienta que:
Os Moçambicanismos seriam indícios claros de afirmação de norma própria: na maneira original
como adopta o seu vocabulário de origem bantu ao sistema português divergindo inclusivamente
da norma europeia (lusitana), no modo como simplifica a morfologia flexional do português,
como começa a optar pela ordenação dos elementos frásicos na sequencia discursiva e,
sobretudo, como força o léxico do português a adaptar-se à mentalidade africana, tanto nos sem
as inerentes como sem as classe máticos: o que implica, por vezes, uma reformulação do
esquema frásico em alguns dos seus modelos proposicionais.

Nessa variedade, o que salta mais a vista dos falantes é a variação lexical, fonética e
semântica. Até nos dias de hoje, os falantes da língua xichangana ainda dizem: ku dlaya
nyocana! (matar o bicho!) para se referir à primeira refeição do dia que ocorre antes das
12h. E assim, houve transporte desse contexto para a variedade do Português
Moçambicano: mata-bichos que significa “café da manhã” (no português do Brasil) ou
pequeno-almoço (no PE).

2.1. Situação Real do Ensino do Português, no Contexto ensino-aprendizagem.

Segundo Lopes, Sitoe e Nhamuende (2013) salienta que:


A aprendizagem do português em Moçambique, realiza-se fundamentalmente, em situação
escolar. Dos utentes do português como L2, há uma parte que contacta esta língua no seu meio
ambiente alargado, sobre tudo na cidade. Fora da cidade, na maioria dos casos, o único contacto
que as pessoas têm com a língua portuguesa é através da escola. Sendo bastante limitado o tempo
de exposição a língua portuguesa e consequentemente a sua aprendizagem será bastante lenta e
até incompleta. (p.17).

A pesquisa sociolinguística Unesco/Moz 78/002 (1983) refere que a ausência de uma


normalização do português falado em Moçambique mesmo das expressões mais
generalizadas origina situações em que alguns professores se vêem obrigados a corrigir
sistematicamente certas práticas linguísticas correntes nos seus alunos (e até mesmo
incorporadas por um numero de professores que desconhecem algumas regras do
português europeu PE), o que os torna incapazes de corrigir certos erros cometidos
pelos seus alunos.

Em muitos casos, os erros cometidos pelos professores vão sendo assimilados pelos
alunos e, inclusive, por aqueles que possuem o português como língua materna.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.

3. Tipo de Pesquisa
 Quanto aos Procedimentos
É de salientar que a pesquisa será estudo de caso, porque será por meio dela que será
possível fazer a recolha de conteúdos que diz respeito ao tema acima referenciado para
concretizar o estudo.
 Quanto a Abordagem
A pesquisa será qualitativa, por que, a mesma irá permitir esclarecer os factores que
estão por de trás de não se falar bom português na parte dos alunos da Escola
Secundaria Eduardo Mondlane de Gurúe nos alunos da 8ª classe. A abordagem será
classificada como qualitativa, porque essa forma de pesquisa e análise não emprega
procedimentos estatísticos.
 Quanto aos Objectivos
A pesquisa será exploratória, visto que, a mesma irá permitir fazer um estudo sobra a
temática de forma mais concreta e detalhada as causas que a presente pesquisa aborda.
A pesquisa exploratória possui um planejamento de fácil entendimento que permite o
estudo sobre o tema de diversos ângulos, envolvendo o levantamento bibliográfico e
entrevistas (questionário)

3.1. Quanto aos Procedimentos


No trabalho utilizar-se-á os seguintes procedimentos de pesquisa:
 Pesquisa bibliográfica: far-se-á uma revisão e consulta de vários livros
didácticos, artigos científicos com conteúdos ao tema. Este instrumento permitirá
fazer uma análise e um estudo detalhado através de informações já publicadas
acerca do tema em estudo.
 Pesquisa Documental: far-se-á uma revisão e consulta dos documentos e
relatórios de pesquisa.

3.2. Instrumentos de Colecta de Dados


 Observação Directa
Com base nesta técnica de recolha de dados, irá facilitar ao proponente a observar.

 Questionário
Consiste na colecta de dados, traz consigo perguntas abertas e em algum momento
fechadas, facto que possibilita ao entrevistado a expressar se mais dando detalhes da
questão colocada, mas as perguntas devem ser preparadas antecipadamente e
planificadas numa ordem precisa.

 Entrevista Semi-estruturada
Neste estudo, seram entrevistados um (1) Professores da disciplina de portugues, e
cem (46 ) alunos de diferentes classes de 8ª classe turma B , a materialização desta
técnica, será usado dois instrumentos de recolha de dados, isto é, um roteiro de
entrevista de perguntas abertas e que esses instrumentos, seram usados para indivíduos
supracitados, para responderem de forma livre e na resolução das questões colocadas
pelo entrevistador.

E telemóvel será usado na pesquisa na medida em que o pesquisador estara a


entrevistar e servirá como meio de obtenção de dados através da gravação das entidades
em referências no momento em que estarão sendo entrevistados. Depois deste processo
de gravação, o pesquisador irá escutar os dizeres orais dos entrevistados e, transformar
em escritos, que servirá como os testemunhos.

1.4. População/ Universo


Nessa perspectiva, o universo para a referente pesquisa será composta por todos os
alunos do processo de ensino e aprendizagem da Escola Secundaria Eduardo
Mondlane de Gurúe da 8ª Classe turma B.
 Participantes da Pesquisa
Nessa perspectiva, os participantes propostos para esta pesquisa será composta por 46
pessoas: um (1) professor da disciplina de português, vinte (25 ), alunos da 8ª classe do
sexo masculino e dezanove (19) do sexo feminino.
O critério de selecção dos participantes que será utilizado para este estudo científico
será aleatório estratificado porque a população foi dividida em subconjuntos ou estratos.

1.5. Amostra
Para a presente pesquisa temos como amostra quarenta e seis (46) pessoas, sendo um (1)
professor da disciplina da lingua portuguesa e alunos do ensino secundario, do primeiro
ciclo da escola secundaria Eduardo Mondlane da 8ª classe turma B do curso diurno. E
para concretização desta técnica, de perguntas abertas e fechadas que servirá como
instrumento de recolha, a ser dirigida ao grupo alvo supracitado, com vista a facilitar a
recolha de dados.

1.7. Técnicas de Colecta de Dados


As técnicas para colectar dados são variadas e vão de acordo com a metodologia
escolhida assim como o tipo de pesquisa segundo as suas classificações a ser
desenvolvida.

1.8. Cronograma

Actividades 2023

Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Constatação do problema

Elaboração do problema

Entrega do projecto

Análise do projecto

Fonte: autora 2023.


1.9. Orçamento

Material Quantidade Custo Total


Crédito 5 100 Mt X 5 500.00 Mt
Lápis 3 5 Mt X 3 15.00 Mt
Resma 1 300 Mt X 2 600.00 Mt
Esferográfica 4 10 Mt X 4 40.00 Mt
Digitação 14 Páginas 15 Mt X 50 750.00 Mt
Impressão 14 X 4 Páginas 3 Mt X 200 600.00 Mt
Total 43 266 2.505, 00 Mt
Referência Bibliografia

1. Bello, José L. P. (2005). Metodologia Científica. Universidade Veiga de Almeida.


Rio de Janeiro,
2. Endia, M. Os desafios da leitura. In. Desafio para Moçambique. 2010.
3. Gil, António Carlos. (1999).Como elaborar projecto de pesquisa, 4 ed. Atlas, São
Paulo.
4. Gonçalves, P.; Diniz, M. J. (2004). Português no ensino Secundário: estratégias e
exercícios. Maputo: INDE.
5. Gunga, A; Bavo, N. N. (2012). Práticas linguísticas em Moçambique: avaliação da
vitalidade linguística em seis distritos. Maputo: CEA.
6. Lakatos, Eva Maria e Marconi, Maria de Andrade. (2001). Métodos de Trabalho
Científico, 6ª Edição, Editora Atlas, São Paulo.
7. Lopes, L. P. M. (2013.). O português no século XXI: cenário geopolítico e
sociolinguístico. São Paulo: Parábola.
8. Rodrigues, Auro de Jesus. (2011). Metodologia científica. 4. ed. Aracaju: UNIT.
9. Severino A. J. (2007). Metodologia de Trabalho Científico, 2 ed., Cortez editora;
Soa Paulo.

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