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cameralismo
Continuação
Conclusões
A boa compreensão do Balanço de Pagamentos dera
sustentação às propostas mercantilistas de uma longa série
de restrições que afetavam o montante e a composição do
comércio internacional, de modo a assegurar um superávit
constante na conta dos registros de metais preciosos.
A importância do acúmulo de ouro e prata, como vimos, era
estimular a oferta doméstica de bens e serviços e, com isso,
o enriquecimento do reino.
Teoria monetária mercantilista
As teses monetárias do mercantilismo foram se
desenvolvendo à medida que surgem os
problemas inflacionários trazidos pelo grande
fluxo de ouro e prata que inundou a Europa vindo
das colônias americanas.
De início, os mercantilistas achavam que a causa
da inflação era a adulteração das moedas pelo
poder público que sistematicamente reduzia a
quantidade de metal contida nelas.
Com isso, as moedas de maior teor de metais
preciosos são expulsas do mercado e substituídas
pela moeda má, de acordo com a lei formulada pelo
inglês Thomas Gresham (1519-1579), e os preços dos
bens são inflacionados, embora ainda mantivessem a
mesma paridade com os metais preciosos.
Jean Bodin
Em 1568, Jean Bodin combate essa ideia, reconhecendo que é, de
fato, o afluxo de metais preciosos que explica a alta dos preços.
Bodin formula a lei de que o poder de compra das moedas de ouro
e prata é inversamente proporcional à quantidade de ouro e prata
existente no país, mas não identifica claramente um mecanismo de
conexão entre moeda e preços.
Embora a tese de Bodin tenha sido admitida por muitos no século
XVII, isto não impedirá que se mantenha a crença a mercantilista
segundo a qual a riqueza de uma nação está ligada à abundância
interna de moedas.
A ilusão da moeda
A interpretação de como o lado monetário da
economia poderia afetar a produção real era
um tanto tosca entre os mercantilistas, e isso
favorecia a ilusão monetária de se associar
riqueza ao dinheiro em circulação.
A despeito dos avanços fornecidos pelos
estudos de Bodin, ainda faltava, entre eles,
uma teoria monetária. Tema de que alguns
pensadores se ocupariam no século XVIII.
Somente nessa época surge uma compreensão
teórica clara de que não seria possível atrair
indefinidamente meios monetários para o reino, uma
vez que o influxo constante de moeda iria inflacionar
os preços domésticos e com isso reduzir a
competitividade internacional do país.
O mecanismo de Hume e
Locke
W’
A
N’ N
Oferta de trabalho
Comentários...
O ponto A é crítico, de modo que para salários acima de W
há uma queda na oferta do insumo trabalho (N’< N), pois
os trabalhadores preferirão não trabalharem já que são
naturalmente avessos ao trabalho e o salário mais elevado
W’ torna-os propensos a desfrutarem lazer em troca de
trabalho.
A consequência para a economia nacional é a perda da
produção e com ela a menor competitividade no comércio
internacional, com a saída de ouro e prata e todas as
consequências indesejáveis que dela advém. Assim,
cumpre ao governo estabelecer um teto salarial.
Críticas à teoria de salários
mercantilista
É claro que na medida em que a produção decrescer
diminuirá a demanda de trabalho e isso pressionará os
salários novamente para baixo.
Se o mercado for flexível ele por si só determinará o valor de
equilíbrio que maximiza a produção, mas o mercado de
trabalho, na prática, apresenta uma rigidez que poderia
justificar algum tipo de controle legal, mas dificilmente a ponto
de se requerer um controle de salário máximo.
A análise mercantilista, entretanto, não entra nesses detalhes.
Ela de fato não vai além de uma racionalização superficial da
expropriação dos trabalhadores.
Teoria dos preços: Petty