Você está na página 1de 49

ECONOMIA GLOBAL

ENGENHARIAS
2º SEMESTRE - 2023

Apresentação 3
Prof. Victor Young
Aula de hoje
Item:
2. Comércio Internacional
2.1. Teorias explicativas
Ref.:
GONÇALVES, R. et al. A nova economia internacional: uma perspectiva
brasileira. Rio de Janeiro: Campus, 1998. – Capítulo 1.
KRUGMAN, P. R.; OBSTFELD, M. Economia Internacional. 6a edição.
Pearson Education do Brasil, 2015.
MANTEGA, G. A Economia Política Brasileira. Editora Polis/Vozes, 1984.
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista

Sistema Capitalista tende a:


■ aumentar a concentração e centralização do capital
■ induzir o progresso técnico
■ ampliar a capacidade produtiva
■ expandir-se para novas áreas
■ penetrar sua lógica nas esferas de sociabilidade humana
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Transição Feudalismo para o Capitalismo
■ 7 séculos (até final séc. XVIII)
■ Renascimento do comércio e das trocas
– Excedente produtivo dos feudos
– Reaparecimento das cidades
– Surgimento do burguês (comerciante e
usurário)
– Ampliação da produção nas Corporações de
Ofício
– Aparecimento do Putting-out
– Formação das primeiras manufaturas
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Transição Feudalismo para o Capitalismo
■ Mudanças no paradigma comportamental
Sociedade Mercantilista (Capitalista)
Sociedade Feudal  Ideais de:
 Estável  Igualdade
 Tradicional  Liberdade

 Racionalidade religiosa  Trabalho Livre


 Progresso Material
 Baseada na defesa militar
 Racionalidade Econômica
 Direito Positivo
 Relações de Mercado (Âmbito econômico)
Cap.1 - Teoria do comércio internacional Com o Mercantilismo
surge o Absolutismo e
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista o Nacionalismo
Transição Feudalismo para o
Capitalismo
■ Mudanças políticas e
econômicas:
– Aparecimento do Estado-
Nacional
– Convergência de interesses
mercantis e aristocráticos
■ Compra de Terras e
Cercamentos
■ Expulsão
■ Desregulação Guildas
■ Revolução agrícola
(tecnologia, rotatividade,
sist. extensivo)
■ Políticas Mercantilistas
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Esta nova sociedade deve pensar e discutir o que?
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Esta nova sociedade deve pensar e discutir o que?
■ Riqueza (progresso econômico) → Fonte de poder do Estado
– Qual a origem e as formas de incrementá-la?
■ Terra: riqueza natural
■ Moeda (dinheiro): riqueza artificial
“Para obter dinheiro do estrangeiro, há apenas três caminhos, segundo Locke, ‘a força, o
empréstimo ou o comércio’”
(Locke, 1696).
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Esta nova sociedade deve pensar e discutir o que?
■ Riqueza (progresso econômico) → Fonte de poder do Estado
– Qual a origem e as formas de incrementá-la?
■ Terra: riqueza natural
■ Moeda (dinheiro): riqueza artificial
“Para obter dinheiro do estrangeiro, há apenas três caminhos, segundo Locke, ‘a força, o
empréstimo ou o comércio’”
(Locke, 1696).
O comércio é
o que gera
riqueza.
Balança Comercial superavitária:
acumulação de metais preciosos.
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Dado que a riqueza é a Moeda (dinheiro), a estratégia seria?

Como conseguir
mais moeda?
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Dado que a riqueza é a Moeda (dinheiro), a estratégia seria?
■ Obtê-la nas minas;
■ Aumento da exportação;
■ Redução da importação → protecionismo
■ Unificação econômica dentro do território:
– Fim aduanas e pedágios feudais
– Sistema de pesos e medidas
– Unificação monetária
– Legislação nacional
– Defesa da propriedade privada
– Liberdade de indústria (restringiu guildas)
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Dado que a riqueza é a Moeda (dinheiro), a estratégia seria?
■ Obtê-la nas minas;
■ Aumento da exportação;
Nasce o Estado Nacional Moderno
■ Redução da importação → protecionismo
■ Unificação econômica dentro do território:
– Fim aduanas e pedágios feudais
– Sistema de pesos e medidas
– Unificação monetária
– Legislação nacional
– Defesa da propriedade privada
– Liberdade de indústria (restringiu guildas)
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Proposições Básicas do Mercantilismo:
■ Riqueza é igual aumento no estoque de meios de pagamento.
■ Dinheiro é igual a capital, isto é, é um fator de produção (promove comércio).
■ O aumento da produção e comércio doméstico depende de:
– Unificação econômica e liberdade de comércio no interior das fronteiras
nacionais.
■ O crescimento do estoque de meios de pagamento depende de:
– produção das minas nacionais
– superávit na balança comercial.
Cap.1 - Teoria do comércio internacional
Mercantilismo: a economia política do Estado absolutista
Mercantilismo introduz o seguinte debate:
(i) Qual é a relação entre comércio e riqueza nacional? Ou, entre comércio
internacional e desenvolvimento econômico?
(ii) O comércio exterior deve ser livre, como o comércio doméstico? Ou, deve ser
administrado, em benefício dos interesses nacionais?
1) Exercício: Verdadeiro ou Falso
a. Alguns dos elementos que contribuíram para a formação dos Estados nacionais na Europa
teriam sido a desagregação do Império Romano, a centralização política do feudalismo, o
reaparecimento do comércio com as Américas e a diminuição relativa do poder da Igreja.
b. A força política dos Estados nacionais em conformação apoiava-se, em grande medida, na
acumulação de riqueza mercantil que provinha das trocas comerciais. Ao mesmo tempo, o
comércio, que permitia maior arrecadação de tributos pelo soberano, fazia com que o
mercador buscasse associar-se à capacidade militar estatal para ampliar sua acumulação,
reforçando, protegendo e expandindo suas linhas de mercantis.
c. Com o incremento do comércio, a produção agrícola passou a ser direcionada de maneira
a aumentar sua produtividade no sentido de obterem-se maiores excedentes vendáveis.
Durante a transição do feudalismo para o capitalismo, verifica-se uma revolução neste setor
em termos de produção com a agregação de novas tecnologias de arado e métodos de
produção, entre estes a rotação de terras e a ocupação extensiva do espaço agricultável.
d. Com o advento do Sistema Capitalista, a mudança social se confirma pela desvalorização
das ideias de igualdade, liberdade, trabalho livre e progresso material. O individualismo deixa
de ser um elemento ideológico importante, dando lugar ao coletivismo produtivo das grandes
fábricas.
2) Exercício: Verdadeiro ou Falso
Assinale as mudanças políticas e econômicas que ocorreram durante a
transição do Sistema Feudal para o Sistema Capitalista:
a. Aparecimento do Estado-Nacional, das Organizações Internacionais e dos
Tribunais Multilaterais.
b. Permissão pelo rei para a compra de terras, cercamentos dos campos e
expulsão do excedente de camponeses.
c. Nas cidades, houve desregulação das Corporações de Ofício (Guildas),
conformação do Putting-Out e posterior constituição das manufaturas.
d. As políticas mercantilistas visavam a abertura generalizada do comércio
entre os Estados-nacionais. Havia a ideia do livre fluxo de mercadorias e
capitais no sentido de beneficiar a concorrência.
David Hume (séc XVIII - 1711-1776, Escócia).
O Fluxo Monetário regularizador
Pontos centrais:
- São fatores reais e não monetários que determinam a riqueza de uma nação.
- Riqueza = maior acesso a bens e serviços
- Os preços dependem da quantidade de moeda dentro das economias nacionais;
- O comércio internacional não é jogo de soma zero [ideia mercantilista], mas um jogo de
soma positiva
- Defensor do livre comércio
Principal contribuição: sua ‘hipótese do preço-fluxo de metais preciosos’ que demonstra que um
superávit comercial continuado não seria possível (haveria regulação automática), nem desejável
(porque o que gera riqueza são fatores reais e não o aumento de meio circulante)!
- Tal como os mercantilistas: país deficitário transfere metais preciosos para o superavitário.
- Para Hume isso não incrementaria a riqueza do superavitário → elevaria os preços dos
produtos domésticos, encarecendo exportáveis e reduzindo sua procura. A balança comercial
tenderia ao equilíbrio.
David Hume (séc XVIII - 1711-1776, Escócia).
O Fluxo Monetário regularizador
Ex. Para uma economia que produzisse 100 sacas de trigo:

Produção Saldo Comercial Estoque Preço unitário


Monetário
100 un 0 $100,00 $1,00
100 un Se -$10 (déficit comercial, $ 90,00 $90/100un= $ 0,90 Deflação
saída de metal)

100 un Se +$10 (superávit comercial, $110,00 $110/100un= $ 1,10 Inflação


entrada de metal)

Déficit comercial → afluxo moedas metálicas → preços internos. A demanda externa pelos
produtos domésticos , levando a superávits. Tendência ao
Superávit comercial → influxo moedas metálicas → preços internos. A demanda externa pelos reequilíbrio.
produtos domésticos , levando a déficits.
2. Adam Smith (1723-1790, Escócia)
Teoria das Vantagens Absolutas
– Formaliza a primeira teoria de “desenvolvimento econômico”:
O crescimento econômico e transformação produtiva decorrem da elevação da produtividade do
trabalho que, por sua vez, deriva da divisão de tarefas entre os indivíduos.
– O comércio internacional:
O comércio amplia a possibilidade de divisão do trabalho, elevando a produção de riquezas no
mundo.
As nações devem comercializar quando houver “vantagens absolutas” nesta relação – quando o
tempo de trabalho socialmente necessário para produzir um produto em uma nação for inferior que o
necessário no exterior.
2. Adam Smith (1723-1790, Escócia)
Teoria das Vantagens Absolutas

Exemplo 1. Situação em que cada país tem vantagem absoluta na produção de 1 bem.
Smith: “duas economias” trocam bens quando cada uma delas consegue produzir ao menos uma mercadoria em
menor tempo de trabalho socialmente necessário que a outra.
■ Modelo:
– 1 fator de produção: o trabalho;
– O trabalho é homogêneo e tem mobilidade plena entre setores;
– Há concorrência perfeita no mercado de bens
■ Na ausência de comércio internacional. Em 1 mês
– O Brasil produz e consome 6.000 unidades de automóveis e 3.000 sacas de café;
– Os EUA produzem e consomem 8.000 unidades de automóveis e 2.000 sacas de café

Brasil EUA Produção mensal mundial


Produção mensal de automóveis 6.000 8.000 14.000
Produção mensal de café 3.000 2.000 5.000

■ Há vantagem absoluta na produção de automóveis nos EUA e de café no Brasil


2. Adam Smith (1723-1790, Escócia)
Teoria das Vantagens Absolutas
A produção anual e os ganhos de comércio:
■ Possibilidade 1. Economias fechadas. Produção anual, com cada país produzindo os dois bens...
(supondo que cada país dedicasse 6 meses do ano para a produção de cada bem)
Produção Anual Brasil EUA Total
de automóveis (6000*6) 36000 (6*8000) 48.000 84.000
de sacas de café (3000*6) 18000 (6*2000)=12000 30.000

■ Possibilidade 2. Economias abertas, sem barreira alguma ao comércio. Cada país se especializando
no bem que “produz melhor”
Produção Anual Brasil EUA Total
de automóveis - (12*8000) 96.000 96.000
de sacas de café (3000*12) 36000 - 36.000
■ os ganhos da especialização seriam: (96.000-84.000) 12.000 automóveis e (36.000-
30.000) 6.000 sacas de café.
➢ Esse modelo é limitado porque, para haver comércio, cada país tem que ter vantagem
produtiva explícita e isso nem sempre ocorre. Existem países muito desenvolvidos que pouco
trocariam com os demais se assim fosse (economias eficientes na produção de quase todos os
bens)
3. David Ricardo (1772-1823, Inglaterra). As Vantagens Comparativas

David Ricardo (1772-1823)


■ Obra: Sobre os Princípios da Economia Política e da
Tributação
– Teoria das Vantagens Comparativas
– Considera:
■ Produtividade (Qtde produto vs fator Trabalho)
■ Tecnologia Disponível
– Compara os custos relativos entre os países
■ Baseando-se principalmente em horas de trabalho
■ Exemplo Portugal vs. Inglaterra
3. David Ricardo (1772-1823, Inglaterra). As Vantagens Comparativas

■ Teoria das Vantagens Comparativas: mesmo que não haja vantagens absolutas, deve haver comércio
se duas economias dispõem de tecnologias diferentes. O comércio bilateral é sempre + vantajoso
que a autarquia para duas economias cujas estruturas de produção não sejam similares.
■ O comércio dependerá da quantidade relativa de trabalho envolvido na produção dos bens. As
vantagens advém da relação da produtividade da mão-de-obra entre os países.
Modelo:
- pressupõe o comércio de 2 países com 2 produtos e compara as situações de “autarquia” e de “livre
comércio”;
- existe só um fator de produção, o trabalho, e este é perfeitamente móvel no interior de um país e imóvel
internacionalmente;
- há diferentes tecnologias em diferentes países;
- não há economias de escala;
- há concorrência perfeita (os preços reais das mercadorias são dados por seus custos de produção; preços
ajustam quantidades)
- o custo de transportes é zero;
- a balança comercial está sempre equilibrada (fluxo de moedas, de Hume, garantiria isso).
3. David Ricardo (1772-1823, Inglaterra). As Vantagens Comparativas

Vantagens Comparativas. Quando, um país produz mais dos dois produtos – ainda
podem existir vantagens relativas. David Ricardo (Clássico) - Teoria das Vantagens Comparativas:
mesmo que não haja vantagens absolutas, deve haver comércio se duas economias dispõem de tecnologias
diferentes.
■ Em 1 mês o Brasil produz/consome 4 ton de milho e 1 ton de soja; os EUA 6 ton de milho e 3 ton
de soja

Brasil EUA Produção mensal mundial


Produção mensal de milho 4 6 10
Produção mensal de soja 1 3 3

■ Há vantagem absoluta na produção de milho e soja nos EUA... E em termos relativos?


➢ Os EUA fazem 1,5 vezes mais milho que o Brasil em um mês, e 3 vezes mais soja. Então o
Brasil é quase tão eficiente quanto os EUA na produção de milho, devendo se especializar
neste bem e exportar para os EUA, importando soja, cuja produtividade é muito inferior...
3. David Ricardo (1772-1823, Inglaterra). As Vantagens Comparativas
Perspectiva de uma produção anual
■ Possibilidade 1. Economias fechadas. Cada país dedicaria 6 meses do ano para a produção de cada
bem.
Brasil EUA Produção Anual mundial
Produção de milho (6*4)= 24 (6*6)= 36 60
Produção de soja (6*1)= 6 (3*6)= 18 24 Total: 84
toneladas
■ Possibilidade 2. Economias abertas. Cada país se especializaria na produção do bem que “produz
melhor”
Brasil EUA Produção Anual mundial
Produção de milho (12*4)= 48 48
Produção de soja (3*12)= 36 36 Total: 84
toneladas

■ Mesmo que o total produzido-consumido seja o mesmo, ainda vale a especialização dos países naqueles bens
que produzem a menor custo relativo. Ou seja, cada país direciona seus recursos para o bem com maior
produtividade ( e, portanto, menor custo).
■ “O comércio bilateral é sempre mais vantajoso que a autarquia para duas economias cujas
estruturas de produção sejam diferentes”.
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a
vantagem comparativa: o modelo ricardiano

■ As vantagens se definem pelo CUSTO DE


OPORTUNIDADE de produzir um certo bem em
relação a outro(s)
– Quantidade de um bem que poderia ser produzido,
abrindo mão de produzir outros;
– Exemplo: para um país que tem acesso ao mar, mas
não tem muitas terras, seria mais barato usar o
trabalho para produzir peixes do que para produzir
grãos. Depois este país faria a troca dos peixes
produzidos pelos grãos de que necessitaria.
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano

Suponhamos uma economia que produza e Toda a produção irá resumir-se na seguinte
consuma 2 produtos, vinho (w) e queijo (c): possibilidade para toda a economia:
■ aLW → necessidade de mão de obra para
produção de vinho (wine)
■ aLC → necessidade de mão de obra para
produção de queijo (cheese),
■ QW → Qtde de produção de vinho Horas de Horas de
trabalho trabalho
1000 horas
■ QC → Qtde de produção de queijo queijo vinho
■ L → fornecimento total de mão de obra
Qtde Qtde
Queijo Vinho
(kg) (galão)
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
Suponhamos uma economia que produza e Toda a produção irá resumir-se na seguinte
consuma 2 produtos, vinho (w) e queijo (c): possibilidade para toda a economia:
■ aLW → necessidade de mão de obra para
produção de vinho (wine)
■ aLC → necessidade de mão de obra para
produção de queijo (cheese),
■ QW → Qtde de produção de vinho 1 hora 2 horas
1000 horas
■ QC → Qtde de produção de queijo
■ L → fornecimento total de mão de obra
1 kg 1 galão
queijo vinho
Esta é uma das
possibilidades
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
Suponhamos uma economia que produza e Toda a produção irá resumir-se na seguinte
consuma 2 produtos, vinho (w) e queijo (c): possibilidade para toda a economia:
■ aLW → necessidade de mão de obra para
produção de vinho (wine)
■ aLC → necessidade de mão de obra para
produção de queijo (cheese),
■ QW → Qtde de produção de vinho 1 hora 2 horas
1000 horas
■ QC → Qtde de produção de queijo
■ L → fornecimento total de mão de obra
1 kg 1 galão
queijo vinho
Esta é uma das
possibilidades

Pois uma economia pode produzir, em certo período,


menos do que é capaz.
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
Suponhamos uma economia que produza e Toda a produção irá resumir-se na seguinte
consuma 2 produtos, vinho (w) e queijo (c): possibilidade para toda a economia:
■ aLW → necessidade de mão de obra para
produção de vinho (wine)
■ aLC → necessidade de mão de obra para
produção de queijo (cheese),
■ QW → Qtde de produção de vinho 500 500
horas horas
1000 horas
■ QC → Qtde de produção de queijo
■ L → fornecimento total de mão de obra
500 kg 250 galões
queijo vinho
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
Suponhamos uma economia que produza e Toda a produção irá resumir-se na seguinte
consuma 2 produtos, vinho (w) e queijo (c): possibilidade para toda a economia:
■ aLW → necessidade de mão de obra para
produção de vinho (wine)
■ aLC → necessidade de mão de obra para
produção de queijo (cheese),
■ QW → Qtde de produção de vinho 500 500
horas horas
1000 horas
■ QC → Qtde de produção de queijo
■ L → fornecimento total de mão de obra
500 kg 250 galões
Possibilidade de utilização queijo vinho
máxima do fator trabalho
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano

A linha P-F mostra a quantidade


máxima de queijo que
determinado país pode produzir
dada qualquer produção de vinho,
e vice -versa.
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano

Exemplo 1:

250 750
horas horas
1000 horas
375

250 kg 375 galões


250 queijo vinho
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano

Exemplo 2:

750 250
horas horas
1000 horas

125
750 kg 125 galões
750 queijo vinho
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano

Exemplo 3:

0 horas 1000
horas
1000 horas

0 kg 500 galões
queijo vinho
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano

Exemplo 4:

1000 0 horas
horas 1000 horas

1000 kg 0 galões
queijo vinho
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
P e F:
Quantidades máximas
de cada bem produzida
com todo o trabalho
disponível.
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
P e F:
Quantidades máximas
de cada bem produzida
com todo o trabalho
disponível.

O valor absoluto da
declividade é o custo de
oportunidade do queijo
em termos de vinho.
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
P e F:
Quantidades máximas
de cada bem produzida
com todo o trabalho
disponível.

O valor absoluto da
declividade é o custo de
oportunidade do queijo
em termos de vinho.
Sempre que se dividir a quantidade de vinho
produzido pela quantidade de queijo que se
poderia produzir, o custo de oportunidade
aparecerá, ou seja, 1 galão de vinho/2 kg
queijo = 0,5 galão de vinho/kg queijo.
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
P e F:
Quantidades máximas
de cada bem produzida
Tudo
com todo o trabalho determinado
disponível. pela fator
trabalho: Ou
O valor absoluto da faz 1 kg de
queijo ou
declividade é o custo de 0,5 galão
oportunidade do queijo vinho.
em termos de vinho.
Sempre que se dividir a quantidade de vinho
produzido pela quantidade de queijo que se
poderia produzir, o custo de oportunidade
aparecerá, ou seja, 1 galão de vinho/2 kg
queijo = 0,5 galão de vinho/kg queijo.
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
■ Para determinar o que a economia de fato vai
produzir, no entanto, precisamos analisar os preços. Qual produto é mais
– PREÇO RELATIVO de cada bem, ou seja, preço de um bem interessante
em relação ao outro.
produzir?

→ 1 hora para a produção de 1 kg. Ganho: US$4,00/hora


▪ Preço US$4,00/kg

→ 2 horas para a produção de 1 galão. Ganho: US$3,50/hora


▪ Preço US$7,00/galão
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
■ Para determinar o que a economia de fato vai
produzir, no entanto, precisamos analisar os preços. Qual produto é mais
– PREÇO RELATIVO de cada bem, ou seja, preço de um bem interessante
em relação ao outro.
produzir?

→ 1 hora para a produção de 1 kg. Ganho: US$4,00/hora


▪ Preço US$4,00/kg

A economia
tenderia a se
especializar em
queijo.
→ 2 horas para a produção de 1 galão. Ganho: US$3,50/hora
▪ Preço US$7,00/galão
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano
■ Para determinar o que a economia de fato vai
produzir, no entanto, precisamos analisar os preços. Qual produto é mais
– PREÇO RELATIVO de cada bem, ou seja, preço de um bem interessante
em relação ao outro.
produzir?

→ 1 hora para a produção de 1 kg. Ganho: US$3,00/hora


▪ Preço US$3,00/kg

Se o preço do
queijo cair, a
economia
tenderia a se
→ 2 horas para a produção de 1 galão. especializar em
Ganho: US$3,50/hora
▪ Preço US$7,00/galão vinho.
Cap.3 (Krugman) Produtividade da mão de obra e a vantagem
comparativa: o modelo ricardiano

■ Custo de Oportunidade: É o custo que se tem para se deixar de produzir um produto


para produzir outro.
■ Pode ser alto ou baixo na relação entre os produtos considerados.
Teorias Clássicas do Comércio Internacional

■ Smith e Ricardo usando a HIPÓTESE DE PREÇO-FLUXO DE METAIS


PRECIOSOS (specie flow-price) junto aos princípios de livre cambismo,
pretendiam descrever uma nova ordem econômica internacional.
■ Esta ordem pretendia ser liberal, politicamente simétrica, impessoal,
com mecanismo de ajuste automático, dependendo apenas da
flexibilidade dos preços domésticos e do crescimento da produção
internacional de ouro para determinar os níveis domésticos de preço e o Adam Smith.
equilíbrio nas balanças comerciais de todos os países mercantis.

David Ricardo
Exercício 3
Cucuia é um país que tem 1.200 horas de trabalho disponíveis. Ele pode produzir dois bens, abacaxis e
pepinos. A necessidade unitária de trabalho (homem-hora) para produzir abacaxis é 3, e para produzir
pepinos é 2. Responda às seguintes perguntas:
1. Caso houvesse a necessidade de se desenhar o gráfico da fronteira de possibilidades de produção
de Cucuia, qual dos gráficos abaixo melhor corresponderia ao gráfico de Cucuia?
Exercício 3
Cucuia é um país que tem 1.200 horas de trabalho disponíveis. Ele pode produzir dois
bens, abacaxis e pepinos. A necessidade unitária de trabalho (homem-hora) para
produzir abacaxis é 3, e para produzir pepinos é 2. Responda às seguintes perguntas:
2. Quantos abacaxis Cucuia consegue produzir utilizando todos seus recursos
produtivos? Se utilizasse todos seus recursos para produzir pepinos, quantos
produziria?

3. Qual é o custo de oportunidade do abacaxi em termos de pepinos? E qual o custo


de oportunidade do pepino em termos de abacaxis?
Próximas leituras:
GONÇALVES et al (1998: Capítulo 1); Krugman et al (2015: Cap.5);
MANTEGA, (1984, p. 32-41)

Você também pode gostar