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3.

Triunfo dos estados e dinâmicas


económicas nos séculos XVII e
XVIII

Datas importantes

1611 – Criação da Bolsa de Valores

1650-60 – Crise comercial em Portugal

1699 – Chegada a Portugal do primeiro carregamento de ouro do Brasil

1703 – Tratado de Methuen

1750 – Início da crise ouro em Portugal

1755 – Terramoto de Lisboa

1753-73 – Criação de companhias de comércio em Portugal (pelo Marquês de Pombal)

1756-63 – Guerra dos Sete Anos

Antigo Regime

 Economias nacionais afirmam-se através de:


o Domínio das colónias
o Aplicação do mercantilismo
 Novas relações internacionais – guerras, acordos, tratados e
legislação protecionista

O Capitalismo Comercial

Século XVII

Império Holandês e Império Inglês

 Dinamismo económico
 Tolerância Desenvolvimento do capitalismo comercial
 Liberdade política e comercial

Investimento de capitais acumulados (aumento de lucros)

 Companhias de comércio
 Bancos
 Bolsa de valores
Capitalismo comercial – sistema económico que busca a acumulação de riquezas. O acúmulo
do capital era resultado das trocas comerciais – principal atividade econômica na Europa
naquele momento.

Principais características do capitalismo comercial


 Controlo do Estado sobre a economia: o mercantilismo era marcado por uma
forte intervenção do Estado na economia. Os Estados absolutistas controlavam os
mercados e determinavam a quantidade de impostos.
 Protecionismo: os impostos e tarifas alfandegárias protegiam a entrada de
produtos importados nos países, com o intuito de proteger as indústrias e
manufaturas nacionais.
 Mercantilismo: a riqueza de um país era determinada pela quantidade
acumulada de metal precioso (ouro e prata). Grande parte desses metais foi
retirada das colônias e enviada às metrópoles nesse período.
o Balança Comercial Favorável: os países esforçavam-se para que suas
exportações superassem as importações, de modo que a situação
financeira do país se mantivesse positiva.

A política mercantilista

Mercantilismo – a riqueza do Estado depende dos metais preciosos (por exemplo, ouro)
acumulados

Visa o equilíbrio da balança comercial

 Aumento das exportações


 Diminuição das importações

Balança comercial favorável

Medidas mercantilistas

Desenvolvimento das explorações

 Apoio à criação de manufaturas


 Concessão de monopólios comerciais
 Criação de companhias de comércio
 Investimento na frota mercante
Diminuição das importações (Protecionismo)

 Aplicação de taxas elevadas a produtos importados


 Proibição da entrada de luxo – Leis Pragmáticas

Estados fortalecem-se

 Aumentando os Espaços Coloniais


 Intensificando o comércio
 Aplicando a doutrina económica mercantilista

Comércio internacional (Séculos XVII e XVIII)

Rota Atlântica

 Comércio Triangular – com base no tráfico negreiro

Exclusividade colonial

 Cada potência europeia determina que as suas


colónias só tinham relações comerciais com a
metrópole
 Conjuntura – contexto de um período histórico com
características específicas
 Manufatura de Gobelins – oficina de tapeçaria e
mobiliário Figura 1 - Comércio triangular

Mercantilismo inglês

1. Instrumentos do capitalismo comercial


a. Companhias de comércio
b. Bancos
c. Bolsa de Valores
2. Medidas tomadas na economia
a. Protecionismo económico (produção têxtil e proteção às manufaturas)
b. Taxas alfandegárias
c. Apoio ao desenvolvimento manufatureiro
d. Desenvolvimento da construção naval (transporte de mercadorias)
e. Publicação dos Atos de Navegação (Cronwell) – leis que limitam os negócios
internacionais de outros países (principalmente da Holanda)

Mercantilismo francês

 Apostaram muito nas manufaturas luxuosas


 Regime absolutista – encenação do poder, ligavam muito ao luxo
Hegemonia económica britânica (Século XVIII)

Condições do sucesso inglês

 O sistema político parlamentar permite uma intervenção da burguesia no poder


(Parlamentarismo)
 Vasta área de colónias permite elevados lucros obtidos com o comércio colonial
 Dedicam-se a negócios lucrativos como o tráfico negreiro e reinvestem os livros em
atividades económicas como as manufaturas e a construção naval, potenciando mais
lucros – é a lógica do capitalismo comercial
 A libra torna-se uma moeda forte porque a Inglaterra acumulou metais preciosos que
dão garantia à sua moeda
 A agricultura sofreu profundas alterações com as novas técnicas adotadas (enclosures
– vedações e afolhamento quadrienal) que elevaram a sua produtividade
 A melhoria na alimentação permite um aumento populacional e, em consequência, o
êxodo rural (a população em excesso nos campos desloca-se para a cidade onde se
emprega na indústria manufatureira)
 Existência de um mercado nacional estimulado pelas boas comunicações internas e
pela ausência de taxas alfandegárias – comércio interno livre

Rutura no modo de produção

Manufatura  Indústria

Artesão na oficina Aplicação da máquina a vapor Operário na fábrica

 Economia pré- Casas/Oficinas  Fábricas  Economia


industrial industrial
(capitalista)

A prioridade de Inglaterra na Revolução Industrial

Condições políticas Condições sociais

 Regime parlamentar  Nobreza e burguesia economicamente


 Liberalismo económico dinâmicas e empreendedoras
 Capitalismo  Mais mão de obra
 Crescimento populacional
 Êxodo rural
Outras condições
 Acessibilidades (boas estradas, rios e portos)
 Naturais (disponibilidades de matérias-
primas e fontes de energia)
 Comerciais (mercado interno e externo)
 Financeiras (estabilidade do setor e moeda
forte) Prioridade inglesa no arranque
da Revolução Industrial
Setores de arranque da Revolução Industrial: Setor têxtil (lã, algodão e pinho) e Setor
metalúrgico (maquinaria)

O mercantilismo em Portugal

D. Pedro II (fim do século XVII até 1706)

 Conde da Ericeira apoiou o mercantilismo devido à crise comercial


 Descoberta do ouro do Brasil em cerca de 1690
 Assinatura do Tratado de Metheun (interrompe a política mercantilista)

D. João V (1706 – 1750)

 Absolutismo régio com encenação do poder (grandes gastos do ouro brasileiro)


 Suspensão das leis pragmáticas (é possível importar produtos de luxo do estrangeiro
novamente)

D. José I e Marquês de Pombal (1750 – 1777)

 Marquês de Pombal voltou a aplicar o mercantilismo em Portugal


 Desenvolvimento das manufaturas, das companhias de comercio
monopolistas, redução de importações no reino e promoção de burguesia

Medidas da Política Social Pombalina

1. Abolição da escravatura na Metrópole


2. Extinção da distinção entre cristão-novo e cristão-velho
3. “Liberdade do Ventre” – lei que declara livres os filhos de escravas

AE: Enquadrar a política, económica e social pombalina na prosperidade comercial dos finais
do século XVIII

 Nível económico: Mercantilismo


 Nível social: Promoção da burguesia e a redução dos privilégios do clero e da
nobreza

Fatores da segunda crise comercial portuguesa (final do século XVI)

 Concorrência internacional das potências do Norte (Inglaterra, Holanda e França)


 Ataques piratas e corsários
 Guerras da Restauração (manutenção de Portugal como país independente)
 Casamentos (elevados custos – dote)

AE: Relacionar o equilíbrio político internacional com o domínio de espaços coloniais


reconhecendo, nas práticas mercantilistas, modos de afirmação das economias nacionais

 Relações internacionais eram marcadas pelas colónias


 Fortalecimento dos Estados/Nações implicava a adoção do mercantilismo

Mercantilismo ≠ Liberalismo

Protecionista ≠ Liberdade de comércio

Tratado de Methuen (1703)

 Livre circulação de produtos: vinhos e têxteis


Efeitos

Positivos Negativos
 Desenvolvimento da produção e  Dependência portuguesa em
exportação de vinhos portugueses relação aos têxteis ingleses
 Balança comercial desfavorável
compensada pelo afluxo de ouro
inglês

Erário régio – Organismo ligado às finanças/impostos de um país

Artes – Designação das atividades transformadoras, ou seja, das manufaturas. É, por isso, a
origem das palavras artífice e artesão.

Capitalismo Comercial – Forma de acumulação de capital que tem por base o comércio

Companhia monopolista – pode comerciar numa dada região ou fabricar produtos exclusivos
porque tem o apoio do estado

Bolsa de valores – capta as poupanças de particulares, que compram ações, permitindo


redistribuir os lucros ou prejuízos por todos investidores na proporção do que investiram,
incluindo as companhias

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