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INTRODUÇÃO

Quando o capitalismo parece se impor como “império mundial”, desvela-


se sua verdadeira perversidade, intitulada “globalização”, que é um processo
histórico que coloca inúmeras possibilidades de realização humana ao criar
verdadeiros indivíduos histórico-mundiais, libertando-os dos preconceitos locais
e regionais.
Podemos dizer que a globalização pode ser perversa. Para a maior
parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de
perversidades. O desemprego se torna crônico, a pobreza aumenta, novas
enfermidades se instalam, a mortalidade infantil permanece, a educação de
qualidade é cada vez mais inacessível e o consumo é cada vez mais
representado como fonte ...

Milton Santos descreve a globalização como “Uma globalização


perversa”, Santos enfoca a respeito da tirania da informação e do dinheiro,
destacando como a informação é oferecida à humanidade e a emergência do
dinheiro em estado puro como motor da vida econômico e social...

A globalização também se revela como perversidade porque traz


consequências econômicas perversas para os mais pobres, principalmente nos
países subdesenvolvidos. O processo, que teria um caráter uniformizante, na
realidade, produz mais excluídos e uma acentuada concentração de renda.
“De fato, para a grande maior parte da humanidade a Globalização está
se impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego crescente
torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias perdem em
qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se
generalizam em todos os continentes. Novas enfermidades como a SIDA se
instalam e velhas doenças, supostamente extirpadas, fazem seu retorno
triunfal. A mortalidade infantil permanece, a despeito dos progressos médicos e
da informação. A educação de qualidade é cada vez mais inacessível.
Alastram-se e aprofundam-se males espirituais e morais, como os egoísmos,
os cinismos, a corrupção.

A perversidade sistêmica que está na raiz dessa evolução negativa da


humanidade tem relação com a adesão desenfreada aos comportamentos
competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas. Todas
essas mazelas são direta ou indiretamente imputáveis ao presente processo de
globalização.” (SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. ed: Record.
2000, 188)

Nada melhor que a simples realidade, para desmascarar a pauta sínica que é
publicada .A mesma globalização que cria a utópica cidadania universal para
uns (muito pouco inclusive) faz alastrar-se males morais e sociais na
“esquecida” maioria.
REFERÊNCIAS

O lado perverso da globalização. Monitor Mercantil -17:55 – 26 de


novembro de 2015. https://monitormercantil.com.br/o-lado-perverso-da-
globalizauuo/#:~:text=O%20soci%C3%B3logo%20franc%C3%Aas%20Henri
%20Mendras,exig%C3%AAncias%20que%20este%20lhes%20imp%C3%B5e.

Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional Fundepar.


http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?
conteudo=332

Revista de Geografia. Recife: UFPE – DCG/NAPA, v. 27, n. 1, jan/mar.


2010

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. Ed: Record. 2000, 188)

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