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1.

Encontro com Milton Santos: O mundo global visto do lado de cá, documentário do cineasta
brasileiro Sílvio Tendler, discute os problemas da globalização sob a perspectiva das
periferias (seja o terceiro mundo, seja comunidades carentes). O filme é conduzido por uma
entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos (1926–2001), gravada quatro
meses antes de sua morte.
Nacionalidade: Brasil
Ano de produção: 2006
Tipo de filme: longa-metragem
Idiomas: Português

2. Milton Santos não era contra a globalização e sim contra o modelo de globalização vigente
no mundo, que ele chamava globalitarismo. Analisando as contradições e os paradoxos
deste modelo econômico e cultural, Milton enxergou a possibilidade de construção de uma
outra realidade, que ele considerava "mais justa e mais humana"
A fábula é a globalização que traz tecnologia, emergência de lucro, relações e comunicações
mais fáceis para outros países, que entretanto, a minoria da população tem acesso, ou seja,
irreal (fictícia) “Daí a ilusão de vivermos num mundo sem fronteiras, uma aldeia global”. Esta
fábula é muito representada nas revistas, series, e filmes, onde geralmente mostram e
divulgam sobre o assunto. Resumindo essa globalização é a forma que a mídia representa o
conceito.
A perversidade é a globalização como ela é na realidade, que nem todos tem acesso aos
benefícios e técnicas da globalização e causa a desigualdades, fazendo com que cresça o
desemprego, a pobreza, a fome e a insegurança do cotidiano.
A última é a outra globalização como possibilidade edificante de crescimento, em que as
técnicas, descobrimentos e a informação são utilizados de uma maneira democrática e
igualitária, resolvendo problemas através desses benefícios trazidos pela globalização: “É
possível pensar na realização de um mundo de bem-estar, onde os homens serão mais
felizes”

3. Uma economia centralizada, também conhecida como economia planificada, é um tipo de


sistema econômico no qual o Estado ou o governo centraliza os planos e direciona a
economia. É o extremo do capitalismo, onde não há planejamentos, apenas ações privadas
de particulares.
Nos sistemas capitalistas, o Estado é proibido de intervir na economia ou, pelo menos, sua
intervenção é minimizada. Os países industrializados se alimentam de matérias-primas
provenientes de outros países. O primeiro seria o “centro”, enquanto o segundo seria o
“periférico”.

4.
Ao tratar a globalização e a formação da economia mundo, o geógrafo Milton Santos
considera a existência de pelo menos três mundos num só. O entendimento de como seriam
esses mundos passa pela compreensão do que é globalização, e, por isso, identifica os
mundos de acordo com a percepção, com a realidade e com a possibilidade. O mundo que
percebemos: a globalização como fábula. Esse mundo globalizado, visto com fábula, exige
um certo número de fantasias. A máquina ideológica faz crer que a difusão instantânea de
notícias realmente informa as pessoas. Um mercado avassalador dito global é apresentado
como capaz de homogeneizar o planeta através da disposição, cada vez maior, de
mercadoria para o consumo quando, na verdade, as diferenças locais são aprofundadas.
Nissan Internal
Podemos indagar se não estamos diante de uma ideologização maciça, na qual a realização
do mundo atual exige como condição essencial o exercício de fabulações. O mundo real: a
globalização como perversidade. Para a maior parte da humanidade, a globalização está se
impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego se torna crônico, a pobreza
aumenta, novas enfermidades se instalam, a mortalidade infantil permanece, a educação de
qualidade é cada vez mais inacessível e o consumo é cada vez mais representado como fonte
de felicidade. A perversidade sistêmica está relacionada à adesão desenfreada aos
comportamentos competitivos que, atualmente, caracterizam as ações hegemônicas.

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