No dia 10 de outubro de 2023, assistimos à conferência: “A questão demográfica: do
envelhecimento aos fluxos migratórios” dirigida por Júlio Pérez Díaz.
O início da conferência iniciou-se por um enquadramento conceptual sobre o que é a demografia, a estrutura populacional e a densidade populacional. Seguidamente, observou-se que a população mundial nunca tinha conseguido alcançar os milhões, apenas em 1800. No século XX é que atingiu seis bilhões de habitantes, não é um aumento gradual, mas sim uma rotura. O orador questiona como se conta a população existente? A partir da segunda guerra mundial em todos os países foram criados os censos. Ressalva que não é apenas importante saber quantas pessoas somos, mas reconhecer, o que se vai fazer, qual será o futuro e como se caracteriza. Na demografia a reprodução não é ter filhos, o que se trabalha realmente em demografia é os anos de vida. A reprodução das populações requer nascimentos e anos de vida. Sendo que a cada dez anos havia mais de 10 mil milhões- explosão demográfica. A explosão demográfica foi um desafio, uma problemática no estudo da demografia. Em 2011, cada mulher tem menos de menos de 2 filhos, que vivem muitos mais anos. Todo o planeta segui a mesma evolução, menos filhos com maior esperança de vida, havendo uma mudança histórica na pirâmide etária. O principal problema da humanidade baseou-se na mortalidade infantil, em cinco crianças, uma nunca chegava ao primeiro ano de vida. As crianças eram consideradas como “pequenos adultos”, um membro contribuinte para o sustento familiar, forçado a trabalhar desde cedo. Após um longo período dessa mentalidade as revoluções científicas, demográficas e sociais foram evoluindo e permitindo uma melhor qualidade de vida da população e menos mortalidade infantil, mudou a forma de tratar dos filhos. Um estudo sociológico em Espanha, revelou que um terço/ quarto da geração do início do séc. XX passou por uma guerra civil, períodos de fome, estados de ditadura, grandes períodos de migração. Só na geração dos nossos avós é que a população começou a conseguir viver, a desfrutar da vida. O mundo experimenta novos padrões demográficos, sendo as migrações um deles. Atualmente, dispõe-se de inúmeras oportunidades para o desenvolvimento das populações jovens, contudo não há garantias de futuro no seu país. Veem-se obrigadas a emigrar por falta de capacidade de retenção do seu talento nos países em que nasceram, deixando um saldo vegetativo nas nações. É referido que o conceito “Estado nação” é usado de forma romântica, serve para corroborar homicídios em massa, maus tratados da população. Por isso é importante, integrar, tolerar os emigrantes, uma vez que cobrem as faltas dos países, baixa natalidade e desenvolvem as suas estruturas. Pois, aumentar a fecundidade não é fácil, não depende dos políticos, depende das populações. Em última análise, assiste-se a diversos paradigmas sendo crucial encaixá-los para um bom funcionamento e gestão das populações.
Ecofeminismo Crítico Justicia y Ética Interespecies: un estudio comparado de la obra de Val Plumwood posibles alternativas hacia el caos social y ambiental