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BELO HORIZONTE
2021
QUESTÕES CAPÍTULO 3
14- Você concorda com a ideia de que todos os mercantilistas eram fortemente
intervencionistas?
Sim. É possível dizer que todos os mercantilistas eram fortemente intervencionistas,
pois essa é uma característica basilar dessa corrente teórica, permeando vários de seus
pressupostos teóricos. Para exemplificar, analisaremos como isso se manifesta no metalismo,
na busca por uma balança comercial favorável e na regulamentação salarial.
Em primeiro plano, o metalismo pode ser entendido como uma das principais
estratégias, de acordo com a corrente mercantilista, para garantir o sucesso econômico de
uma nação, associando-o ao acúmulo de ouro e prata. Para esse fim, caberia ao Estado
instaurar medidas restritivas que aumentassem a entrada de metais preciosos, ou seja, o
sucesso econômico estaria intimamente atrelado a uma intervenção estatal.
Um outro ponto primordial para o sucesso do Estado seria garantir uma balança
comercial favorável. Esse fator também dependeria da intervenção política para o
desencorajamento da importação de produtos que já eram produzidos domesticamente e para
estimular a exportação de suas mercadorias industrializadas por meio de políticas de subsídio
e restituição de impostos.
Por fim, é possível perceber que a intervenção do Estado, no mercantilismo, é
desejável mesmo para regularizar a relação salarial entre os contratantes e os contratados. O
estado é responsável por estabelecer um teto salarial para os diferentes cargos para assim
assegurar que os trabalhadores se manterão produtivos.
QUESTÕES CAPÍTULO 5
Para Smith, a divisão do trabalho gera mais produtividade, pois fomenta a confecção
de mais mercadorias em um menor período de tempo. Entretanto, se existe um limite de
consumidores e o mercado não se expande, falar em produtividade já não faz sentido, uma
vez que o número de mercadorias a serem produzidas também se torna limitado. Como
consequência a divisão do trabalho fica estagnada, já que não há necessidade de aumentar a
produtividade.
Segundo Adam Smith, os seres humanos não são naturalmente diferentes. O que
fomenta suas diferenças é a tendência à troca, ou seja, o homem se aprimora naquilo que ele
acredita ser mais vantajoso para possibilitar a troca de seu excedente de produção. Se seu
talento não rende o esperado, não há motivos para uma especialização no mesmo, o que
acarreta na busca de outras competências que se demonstrarão úteis e valiosas para a
sociedade. Logo, é correto afirmar que a divisão do trabalho, na visão de Adam Smith, é o
que origina a diferença de talentos e competências individuais.
Com base na citação , percebe-se que não é da benevolência que ocorrem as trocas, e
sim a partir do próprio interesse dos indivíduos. Sendo assim, há necessidade de se esclarecer
as vantagens que serão obtidas por meio desse intercâmbio, de modo que ele seja satisfatório
para ambas as partes. Nas trocas de mercado, como no exemplo supracitado, o ser humano
visa o interesse próprio nesse tipo de troca, porém, Smith constata que a presença do dito
mercado de trocas é um requisito para a divisão do trabalho, uma vez que os indivíduos se
especializam em uma função pensando em seus frutos no futuro, no qual poderão trocar o
excedente da produção. Segundo ele, a propensão para a troca é o fator responsável por
acentuar as diferentes competências destinadas ao trabalho. Para Smith, esse problema é
contornado ao afirmar que, em uma sociedade avançada, o mecanismo de troca nos mercados
propicia a abundância geral de bens, fazendo com que todos lucrem com ela, até o
proletariado.
a. O valor de uso não serve como critério para determinação do valor de troca?
Segundo a teoria do valor de Adam Smith (que busca entender os preços relativos e a
medida da riqueza que é produzida), este fundamento não advém do valor de uso, mas sim do
trabalho. Para Smith, o valor de troca nada tem a ver com o valor de uso, que se refere à
utilidade da mercadoria. Por exemplo, quando se compara o valor de troca da água com o
valor de troca do diamante, o valor de troca do diamante é muito superior ao da água, mesmo
essa sendo muito mais útil e necessária a subsistência do que o diamante, ou seja, um bem
não vale mais porque é mais necessário. Portanto, o valor de uso não pode servir como
critério para determinação do valor de troca.
Para Smith, o trabalho é o elemento cujo valor é fixo e, portanto, seria o elemento que
se conserva nas trocas.
16- Para Smith, por que a acumulação de capital leva a uma queda na taxa
natural de lucros e de que modo isso compromete a continuidade do processo de
acumulação?
17- Explique a diferença entre lucros e juros. Por que os lucros globais não
podem ser menores que os juros?
19- Smith diz que o verdadeiro benefício que o comércio internacional pode
trazer a um país não está na acumulação de ouro e prata. Assim, de que maneira o
comércio exterior pode contribuir para o enriquecimento do país?