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1 – Origem do Dinheiro
Assim, em 1492, Jean Cretian formalizou o conceito moderno de dinheiro, tornando-o uma
concepção de troca, acima de tudo. E, quando à concepção de mediação ou regulação de troca
se acrescentou à ideia de valor, o processo de criação do dinheiro se efetivou, fazendo com
a) o valor de uso, conformidade por meio do qual se referencia o quanto custa a aquisição de
cada bem ou serviço. Portanto, cada elemento adquirido exige o dispêndio de uma quantidade
efetiva de dinheiro ou meio de pagamento;
E, é importante mencionar, ainda, que a partir do momento em que o dinheiro passou a ser
utilizado no contexto histórico de atuação dos seres humanos, os referidos (seres humanos)
passaram a ser impulsionados para a busca da produtividade em função do surgimento de
conceitos filosóficos e econômicos como progresso material, enriquecimento econômico e
melhoria de qualidade de vida. E, em função de tais conformidades filosófico-econômicas, os
seres humanos, especialmente os europeus, foram impulsionados a buscarem alternativas de
geração negócios e formação de lucros/riquezas como as Grandes Navegações, a Ocupação
das Terras Americanas, o desenvolvimento do Mercantilismo e o surgimento da Revolução
Industrial.
É importante que se perceba que, ao mesmo tempo em que os europeus são impulsionados a
pensarem na obtenção de lucros e na possibilidade de enriquecerem-se materialmente,
diversos pensadores modernos foram dando contornos filosóficos ao nascente Sistema
Econômico capitalista, devendo ser destacados:
A Ciência Econômica, logo nos seus primórdios, tratou de explicar o que estava acontecendo,
justificando as práticas econômicas de momento e os avanços que as mesmas iriam
proporcionar. Adam Smith enfatizou que, se houvesse uma especialização de cada processo
(em que cada trabalhador seria especializado em uma única fase da produção), o processo
produtivo seria mais eficiente, pois os “especialistas” fariam a sua parte com rapidez e melhor
qualidade (apesar de agilizar a produção, a divisão social do trabalho fazia com que o
funcionário não conhecesse mais todo o processo produtivo).
3 - O Marxismo
Para Marx, a propriedade privada é um dos males para o desenvolvimento da sociedade, pois
a concentração do capital produtivo faz com que a mais-valia seja praticada, excluindo boa
parte da população do recebimento deste ganho. Em sua concepção, a descentralização do
capital, como ocorre, por exemplo, em uma empresa cooperativa (onde os trabalhadores são
todos donos da empresa na qual trabalham), promoveria uma melhor distribuição da renda,
fazendo com que o processo produtivo fosse mais igualitário, já que todos os cooperados são
sócios do capital, e o lucro (sobras líquidas) é distribuído a cada integrante, conforme a sua
participação no processo produtivo. Desta forma, Marx tem uma preocupação constante com
a distribuição da renda, fazendo com que houvesse o “aparecimento de várias experiências
sociais influenciadas pela ideia da valorização do ser humano e do mutualismo, por meio de
A Teoria Neoclássica tem como um dos seus principais pensadores Alfred Marshal (1842-
1924). Ele estudou o comportamento do consumidor que busca maximizar a sua satisfação no
consumo, enquanto, do outro lado, o produtor deseja maximizar o seu lucro. Assim, ele
desenvolveu o conceito das curvas de utilidade, as quais objetivam medir o grau de satisfação
do consumidor.
Dentro da corrente neoclássica, tem-se, também, Joseph Alois Schumpeter (1883-1950), que
apresenta a teoria do ciclo econômico, que diz que a economia vai vivenciar momentos de
crescimento, quando ocorrerem o surgimento de alguma inovação (a qual Schumpeter
chamou de empreendedorismo).
A Teoria Schumpeteriana apresenta a tecnologia como sendo o fator mais importante das
empresas capitalistas, pois ela traz o dinamismo e a concorrência necessária para a qualidade
das empresas e, consequentemente, dos bens produzidos por elas. Mas, o crescimento do
capitalismo industrial não conseguiu amenizar os problemasda geração de emprego para todos
e da distribuição da renda de forma igualitária. A Crise de 1929 trouxe um nível altíssimo de
desemprego (nunca antes visto), que não era explicado (de forma satisfatória) pelas teorias
econômicas existentes.
Assim, surge a Teoria Keynesiana, introduzida por John Maynard Keynes (1883-1946), por meio
da publicação do livro: A Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda (1936). Com seus
pensamentos, Keynes provocou a chamada Revolução Keynesiana, tamanho fora o impacto da
sua proposta. A teoria keynesiana aparece como uma crítica ao pensamento dos economistas
clássicos, já que os altos índices de desemprego nos países europeus e a quebra da Bolsa de
Valores de Nova York em 1929 eram provas de que a “mão invisível” da qual falava Adam
Smith não estava funcionando.
Pode-se notar que o processo econômico conforma um ciclo, pois o gasto de um trabalhador
gera a contratação (e renda) do outro trabalhador que produziu o bem adquirido.
Consequentemente, com a elevação do processo de comercialização, o Estado eleva a sua
arrecadação de impostos, a fim de recuperar o valor investido.
Desta forma, verifica-se que a relação entre o Estado e o mercado não se restringe às questões
econômicas, mas também tem como objetivo a garantia de direitos sociais que demandam
atenção do Estado.
6 - O Desenvolvimentismo
O Desenvolvimentismo tem diversas origens, entre as quais a visão de Keynes e de
economistas neo-keynesianos, como Paul Davidson e Joseph Stiglitz, que estimularam o
direcionamento da produção industrial do Ocidente para dentro da casa das pessoas,
promovendo o que se chamou de “Novo estágio do Bem-estar Social”. Foi isto que permitiu a
produção de bens como os eletrodomésticos e induziu os ocidentais a acreditarem que tinham
uma qualidade de vida superior a dos que viviam sob regimes comunistas. E, é claro, também,
que além da noção econômica, outros elementos foram importantes para cristalizar os
conceitos econômicos capitalistas ocidentais e norte-americanos, como a Corrida Nuclear, a
Corrida Espacial e as competições esportivas. E, por isto, o Desenvolvimentismo desenvolveu
uma intensa noção de complementariedade entre Estado e economia privada ou mercado.
Faz-se importante destacar, ainda, que, no caso da América Latina, a complementaridade
entre Estado e mercado se deu a partir da visão da CEPAL – Comissão Econômica para a
América Latina, que trabalhava com uma visão desenvolvimentista e Neo-Estruturalistaque,
tomando como ponto de partida a tese de que a industrialização latino-americana não foi
suficiente para resolver os problemas das desigualdades sociais na região, defendia a adoção
de uma estratégia de "transformação produtiva com equidade social" que permita
compatibilizar um crescimento econômico sustentável com uma melhor distribuição de renda.
Tendo isso em mente, o projeto novo-desenvolvimentista não objetivou pavimentar a estrada
que poderia levar o Brasil a ter uma economia centralizada, com um Estado forte e um
mercado fraco, nem construir o caminho para a direção oposta, em que o mercado
comandaria unicamente a economia, com um Estado fraco. Ao contrário, o Brasil preferiu
desenvolver um processo de junção de esforços entre Estado e iniciativa privada, tentando, em
especial, nas décadas de 1960 e 1970, desenvolver uma estrutura econômica que permitisse
ao país atuar como grande abastecedor das demandas econômicas mundiais, funcionando
como grande exportador, especialmente de produtos de alimentação e subsistência, com
industrialização e base.
7 – O Monetarismo
Destaque-se que, em função das crises geradas, especialmente no mundo ocidental, pelas
Crises do Petróleo de 1973 e 1979, surgiu na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos da
América, em meados da década de 1970, um pensamento econômico denominado de
Monetarismo, que, em essência, se caracterizou como doutrina econômica que sustenta ser
possível manter a estabilidade de uma economia capitalista baseando-se nas forças
espontâneas do mercado e em estratégias (tais como controle do volume de crédito, redução
ao máximo dos gastos públicos, aumento ou diminuição da taxa de juros) que permitam o
controle do volume da moeda e de outros meios de pagamento no mercado financeiro.
Disciplina Fiscal;
Redução dos gastos públicos;
Reforma Tributária;
Juros de Mercado;
Câmbio de Mercado;
Abertura Comercial;
Investimento Estrangeiro Direto, com eliminação de restrições;
Privatização de EmpresasEstatais;
Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas); e
Direito à Propriedade Intelectual.
9 – Ortodoxia de Esquerda
10 – Posicionamento Político-Social
Portanto, o que se cobra dos pensadores dos dias atuais, em especial dos elementos humanos
lotados nas universidades, é a definição clara e inequívoca de um posicionamento. Como bem
referenciam os filósofos contemporâneos, aos representantes da sociedade pensante se cobra
a responsabilidade de que estes assumam posições políticas claras e bem consignadas, sendo
que se lhes são cobradas a defesa de um ou do outro posicionamento político-ideológico.
E, faz-se importante destacar que esta conformidade de posicionamento tem ficado muito
explícita no contexto da sociedade brasileira dos tempos atuais, visto que a divisão entre os
“liberalizantes” e os “estatizantes” está mais do que explicitada, colocando as pessoas, no país,
em posição de real contraposição de pensamento. E, esta situação é tão perceptível que
produziu uma condição de oposição de idéias e posicionamentos, colocando as pessoas,
mesmo que atuantes no mesmo contexto social, umas contra as outras.
O mais importante, porém, é que os profissionais do Direito tenham a mais efetiva noção de
que, em todas as sociedades – e na brasileira não é diferente – existe um posicionamento
político-ideológico prevalecente e que as normas do Direito irão se adequar ao mencionado
posicionamento.
QUESTÕES
2 – Destaque qual o papel das idéias econômicas no período histórico-temporal que antecedeu
à eclosão da Revolução Industrial.
3 – Teorize sobre a Revolução Industrial, suas fases e como as idéias econômicas favoreceram
a sobreposição de tais fases.