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Aires Manhado
Guilhermina Muapia
Pensamento Calabouço
Catalogação Cooperativa
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Aires Manhado
Guilhermina Muapia
Pensamento Calabouço
Catalogação Cooperativa
Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Índice
Introdução................................................................................................................................3
1. Catalogação Cooperativa......................................................................................................4
1.1. Conceitos Básicos.............................................................................................................4
1.2, Historial da Catalogação cooperativa................................................................................4
1.3. Objectivo da Catalogação Cooperativa..............................................................................6
1.4. Características da Catalogação cooperativa.......................................................................7
1.5. Normas da Catalogação Cooperativa.................................................................................7
Normas ISBD (International Standard Bibliographic Description)...................................9
1.6. Vantagens da Catalogação Cooperativa...........................................................................10
1.7. Desvantagens da Catalogação Cooperativa.....................................................................11
Conclusão...............................................................................................................................12
Referencia Bibliográfica.........................................................................................................13
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Introdução
O presente trabalho tem como foco principal à catalogação cooperativa, quando toda a
trajectória da catalogação é resgatada, acompanhando seu desenvolvimento, até alcançar
os tempos modernos, chegando finalmente, à catalogação cooperativa, definida por
Sambaquy (1951, p. 36) como: o trabalho de catalogação realizado em conjunto por
várias bibliotecas no qual expressa tacitamente (sic) competem a cada biblioteca
obrigações e vantagens, ou melhor têm elas activa participação na confecção das fichas
e direito a parte do produto, que é equitativamente distribuído por todas. A catalogação
cooperativa tem como objectivo primordial permitir o intercâmbio de dados
bibliográficos em nível internacional. A catalogação cooperativa não somente auxilia na
automatização de uma unidade de informação, mas também, na realização da mesma
conforme lembra Ferreira (1999, p. 2), existem milhares de fichas catalográficas em
uma unidade de informação. Assim, para que essas fichas sejam todas incluídas na base
de dados por um processo manual, seria necessário um árduo trabalho que demoraria
muito tempo para ser concluído.
Assim sendo este trabalho tem como:
Objectivo geral
Analisar a catalogação cooperativa.
Objectivos específicos
Identificar os objectivos e característica da catalogação cooperativa;
Descrever o historial da catalogação cooperativa;
Demonstrar as vantagens e desvantagens da catalogação cooperativa.
Quanto a metodologia usada para elaboração deste trabalho foi necessária a consulta de
obras bibliográficas e pesquisas feitas na internet, que consistiu na leitura e
interpretação dos dados para compilação da informação para o trabalho.
1. Catalogação Cooperativa
Considerado por Barbosa como a figura mais brilhante do séc. XIX, Charles Ami Cutter
se destacaria não somente pela elaboração da tabela para nomes feita em colaboração
com Sanborn, utilizada até os dias atuais, mas Cutter consagrou a existência da escola
americana de catalogação, ao publicar Rules for a dictionary catalog, um código que
continha 369 regras que incluem normas não só para entradas por autor e por título, mas
também para a parte descritiva, cabeçalhos de assunto, e ainda alfabetação de
Uma biblioteca jamais deveria catalogar novamente um material que já foi catalogado
por outra biblioteca; para cada material que chega à mesa do catalogador, é necessário
saber antes se alguém, em outro lugar do país ou do mundo, já o catalogou; se o
material já tiver sido catalogado, todos os esforços devem ser envidados para se ter
O trabalho da ISO resulta em acordos internacionais que são publicados como Padrões
Internacionais. Padrões são documentos gerados a partir de acordos e que contêm
especificações técnicas ou outros critérios que são precisos para serem usados
constantemente como regras, directrizes, ou definições de características, para
assegurarem que materiais, produtos, processos e serviços são ajustados, padronizados
para servir a um determinado propósito (ISO, 2002).
Por exemplo, o formato dos cartões de crédito e cartões telefónicos que se tornaram
comuns, é derivado de uma norma internacional padrão ISO. Aderindo ao padrão que
define tal característica como uma espessura de (0,76 mm), os cartões podem ser usados
mundialmente (ISO, 2002). Portanto, os padrões internacionais contribuem para tornar a
vida mais simples, e aumentar a confiança e efectividade dos bens e serviços que todos
nós usamos (ISO, 2002).
Com este mesmo propósito se aplica a norma ISO 2709 para a normalização do formato
MARC21. A norma internacional de padronização ISO 2709 (Documentation Format
for Bibliographic Interchange on Magnetic tape), foi desenvolvida pelo Comitê Técnico
ISO/TC46, encarregado da elaboração de normas no campo da documentação,
juntamente com subcomitê SC4- encarregado da automação em documentação. A
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utilizadores de uma língua possam ser interpretados por utilizadores de outras línguas .,
Deste modo, na ISBD, os elementos da descrição são distribuídos por zonas e dentro de
cada zona há uma ordem para a colocação dos elementos separados por um sistema de
pontuação estabelecido.
Segundo Pereira (1998, p.121) ”As ISBDs permitem realizar a descrição com mais ou
menos detalhe, com maior ou menor profundidade, e têm como princípios subjacentes
os seguintes”:
A uniformidade – estabelece que os elementos de identificação e de descrição dos
documentos são definidos, determinados e apresentados de igual modo, sempre que em
idênticas circunstâncias;
A simplificação – fixa que os elementos são apresentados e determinados de forma
concisa, tendo em atenção os interesses dos utilizadores e dos serviços que executam
essas tarefas.
A ISBD é um acordo internacional que especifica: i) a definição de elementos de dados
para a descrição de um recurso, o que permite identificar se o recurso descrito
corresponde ao que é procurado; ii) a localização, dentro do recurso a descrever, dos
elementos de informação a recolher, o que promove a coerência e facilita a cooperação
nacional e internacional; iii) a estrutura para as peças de informação, o que dá aos
elementos de dados um sentido e um significado de acordo com a ordem pela qual se
apresentam, i.é, fornece uma estrutura sintáctica que providencia a semântica dos
Conclusão
Conclui se que a história da catalogação cooperativa é rica e envolve grandes nomes da
área da biblioteconomia. Entender como foi construído o seu conceito, as divergências
para se chegar a um ideal que atendesse aos interesses da maioria dos profissionais
envolvidos, assim como as alterações que sofreu ao longo dos anos dão-nos uma noção
de como esta proposta influencia de fato o trabalho de catalogação. A catalogação
cooperativa é uma iniciativa que visa um trabalho colaborativo entre os profissionais da
informação. Para o sucesso da catalogação cooperativa, faz-se necessário os
participantes se conscientizarem da importância do seu trabalho para a rede que compõe
todo o sistema, utilizando as ferramentas indicadas para a padronização da informação
de modo que atinja seu objectivo de diminuir os custos e tempo no processo de
catalogação. Ao analisarmos as vantagens e desvantagens desta prática, identificamos
que muito ela ainda tem a oferecer e a evoluir para a prática do trabalho destes
profissionais. Vale ressaltar que a catalogação cooperativa quando aceita e bem
utilizada pela unidade de informação resultará em grande benefício para a mesma, haja
vista que além de diminuir os custos e o tempo no processo de catalogação também
facilitará a recuperação dos dados bibliográficos entre as unidades de informação
cooperantes, bem como disponibilizará de forma rápida e eficiente a informação para os
usuários destas unidades de informação. É possível, portanto, afirmar que este conceito,
quando bem entendido e empregado, agrega valor ao trabalho do bibliotecário,
possibilitando uma interacção entre os profissionais envolvidos, factor este que também
influenciará a boa prática do trabalho e a organização das instituições.
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Referencia Bibliográfica
Balby, C. N. (1995). Formatos de intercâmbio de registros bibliográficos: conceitos
básicos. Cadernos da FFC, Marília.