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DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

Uma análise a partir dos anais dos SNBUs


realizados na década de 90.

Raymundo N. Machado*
raymacha@ufba.br
Zuleide Paiva da Silva**
eide@campus1.uneb.br

A biblioteca universitária tem o papel de prover a infra-estrutura


informacional e documental ao corpo docente, discente e técnico-
administrativo. A nível nacional desempenha um papel de destaque, pois são
detentoras dos maiores acervos em Ciência e Tecnologia do país. Os
Seminários Nacionais de Bibliotecas Universitárias/SNBUs constituem no
foro máximo de discussão, proporcionado um ambiente de reflexão em torno
dos principais problemas que afetam essas instituições Entre as dificuldades
da biblioteca universitária podemos citar as relacionadas com o
desenvolvimento de coleções. O ato de selecionar, adquiri, avaliar e
conservar são temas sempre presentes nesses eventos. A análise da produção
cientifica, das comunicações registradas nos anais dos SNBUs, realizados na
década de 90, um recorte no desenvolvimento de coleções, constitui o
principal objetivo desse trabalho. O método utilizado foi o quantitativo,
sendo assim foram analisados: o tipo de autoria; a filiação institucional dos
autores; tipologia e idioma das fontes citadas,verificou-se também as
temáticas das comunicações. Os dados revelam um percentual de trabalhos
desenvolvidos por técnicos, tendo na atividade de avaliação de coleções a
temática que mais predominou nas comunicações.
Palavras-chave: Desenvolvimento de coleções.
Desenvolvimento de coleções. - SNBU
Seminário Nacional de Biblioteca Universitária

Introdução

Vivemos num momento de grandes transformações em todos os segmentos da


sociedade. Estamos na Infoera. Uma era diferente, caracterizada pela “razão de mudanças
máxima, limitada apenas pela capacidade do cérebro humano” (Zuffo, 1997, p.19).
Vivenciamos a “sociedade da aprendizagem” onde os espaços de aprendizagem e
conhecimento se multiplicam numa velocidade nunca antes imaginada.

A biblioteca universitária, como um espaço de aprendizagem, busca acompanhar o


ritmo das mudanças provocadas sobretudo pela Telemática, para com eficácia e eficiência

*
Professor Assistente do Departamento de Biblioteconomia do Instituto de Ciência da Informação/UFBA.
Mestre em Biblioteconomia e Ciência da Informação/PUC-Campinas.
**
Bibliotecária Subgerente da Biblioteca Central/UNEB. Especialista em Arquivologia e as Novas
Tecnologias Documentais/UNEB. Mestranda em Administração Avançada/UNEB - UNIBAHIA
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atingir o seu objetivo de proporcionar à comunidade universitária produtos e serviços que


venham a atender suas necessidades de informação.

Esses produtos e serviços muitas vezes têm sua origem nos estoques de informação,
isto é, nas coleções formadas e desenvolvidas ao longo dos tempos. Coleções essas que,
em função do crescimento exponencial da informação e da sua perenidade, são passíveis de
estudo a fim de subsidiar a tomada de decisão no que tange a seleção e aquisição de novos
materiais informacionais para compor e atualizar o acervo.

De acordo com Vergueiro (1986), o desenvolvimento de coleções é uma atividade,


sobretudo de planejamento que exige comprometimento com metodologias. É um processo
ininterrupto que compreende as seguintes etapas: estudo da comunidade, seleção,
aquisição, avaliação e desbastamento.

Reconhecendo a importância do desenvolvimento de coleção, e sabendo que, de


acordo com estudos realizados por Oliveira e Aragão (1991) e também por Purquerio e
Nastri (1990), as comunicações publicadas em anais de eventos científicos são mais
representativas que em outros tipos de publicação, como livros e artigos de periódicos.
Assim, o objetivo desse estudo foi mapear as comunicações e os painéis apresentados nos
Seminários Nacionais de Bibliotecas Universitárias/SNBU realizados na década de 90 que
abordam esse assunto, analisando especificamente o tipo de autoria, procedência do
primeiro autor, temática mais freqüente, ou seja, etapas do processo de desenvolvimento de
coleção mais discutidas nos seminários. Também se constituiu objetivo desse trabalho a
tipologia e o idioma das fontes utilizadas, assim como os autores mais citados.

O desenvolvimento de coleções e a biblioteca universitária

A biblioteca universitária tem entre os seus propósitos fundamentais suprir as


demandas e necessidades informacionais de sua comunidade discente, docente e de
pesquisadores, refletidas em conteúdos programáticos ou em projetos acadêmicos dos
cursos oferecidos pela Unidade que a abriga. A nível nacional desempenha um papel de
destaque, pois é detentora dos maiores acervos em Ciência e Tecnologia do país. Porém,
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apesar da sua importância, essa instituição passa por uma série crises, salvo algumas
exceções, que vêm se acentuando ao longo dos anos.

Um estudo realizado por Tarapanoff e colaboradores (1996), apresenta um


demonstrativo das principais dificuldades que afetam essas instituições. Os autores
apresentam um diagnóstico situacional e uma análise das recomendações elaboradas pelos
profissionais que atuam nessas bibliotecas e pelos Seminários Nacionais de Bibliotecas
Universitárias/SNBU, que se constituem em fórum máximo de discussão sobre a
problemática das bibliotecas universitária, onde são levantados os principais problemas,
assim como suas possíveis soluções. Em relação à coleção das bibliotecas universitárias, o
trabalho de Tarapanoff apontou “acervos insuficientes e incompletos; seleção e aquisição
descuidadas de acervo; anuência de critérios e de políticas de aquisição, seleção e de
descarte...(1996)”. Em relação às soluções para esses problemas, os autores afirmam que:

Há mais de 20 anos, os bibliotecários brasileiros se reúnem e discutem


problemas, propõem recomendações para solucionar os problemas
identificados; entretanto, na maioria das vezes, tais recomendações não
têm sido implementadas e problemas se repetem cumulativamente
(Tarapanoff e colaboradores, 1996),

Podemos generalizar essa problemática a todas as bibliotecas universitárias


brasileiras, no que tange as suas coleções. Sabemos que formar e desenvolver a coleção de
materiais informacionais de bibliotecas atuantes na sociedade contemporânea, também
chamada de sociedade da informação, do conhecimento, e da aprendizagem, requer um
estudo minucioso das reais necessidades de informação da comunidade a qual ela pretende
servir.

Numa era onde a informação se multiplica em fração de segundos e se instala um


novo paradigma, ou seja, acessar ou possuir, a decisão de manter um acervo atualizado
força o bibliotecário a repensar suas práticas e a romper com velhos conceitos. Segundo
Vergueiro (1989), para manter as bibliotecas pelas quais são responsáveis como
organismos vivos e atuantes, os bibliotecários precisam da clareza de que é preciso mudar
a ênfase de seu trabalho da acumulação pura e simples do material para o acesso ao
mesmo.
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As atividades que operacionalizam o desenvolvimento de coleções devem ser


abordadas em uma perspectiva sistêmica e nunca de forma isolada, pois, como afirma
Vergueiro (1989, p.16) essas atividades “estão todas em pé de igualdade, girando em torno
de um pequeno círculo onde se situam os bibliotecários responsáveis pelo desenvolvimento
da coleção”.

Para melhor entendimento, adotamos a terminologia proposta por Figueiredo (1993,


p. 64), por considerar a mais completa, assim temos:
§ Desenvolvimento de coleções: função do planejamento global da coleção;
§ Seleção: função do desenvolvimento d e coleções, processo de tomada de decisão
para títulos individuais;
§ Aquisição: processo de implementação das decisões a seleção;
§ Avaliação de coleção: função de desenvolvimento de coleção, relacionada com
planejamento, seleção, revisão, revisão e desbastamento;
§ Revisão da coleção: termo mais amplo, genérico, relacionado com avaliação e os
que seguem. É o processo pelo qual as decisões são tomadas e ações executadas;
§ Desbastamento: processo de extrair títulos ou partes da coleção, quer para
remanejamento, quer para descarte;
§ Remanejamento: processo de retirar títulos ou parte da coleção para outros locais
menos acessíveis;
§ Descarte/seleção negativa: processo de retirada de títulos ou partes da coleção
para fins de doação ou eliminação. Para essa última decisão deve ser formado em
consideração e aspecto físico da obra;
§ Conservação/preservação – conservação é a retirada temporária do título para
recomposição física e para retornar à coleção. Preservação se refere a recomposição
de títulos raros para armazenamento especial.

Apesar da importância das atividades do desenvolvimento de coleções, poucas são as


bibliotecas brasileiras que possuem uma política bem definida para a nortear a execução
dessas atividades. Muitas são as razões que levam a grande maioria dos bibliotecários a
não realizar essas atividades, como por exemplo a falta de conhecimento de métodos
especificos. Em relação à atividade de avaliação de coleção, que ao nosso ver é o ponto de
partida para identificar áreas da coleção que estão estáticas ou em franco crescimento,
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Vergueiro (1986) aponta a falta de tempo e despreparo do profissional no que tange as


metodologias utilizadas, como uma das principais razões para a não realização dessa
atividade, que segundo Guerreio (1980), é uma atividade que tem entre seus objetivos é
colher subsídios para planejar melhor o desenvolvimento equilibrado do acervo.

As etapas que compõem a formação e o desenvolvimento de coleções têm suas


diretrizes na política de desenvolvimento de coleções, também conhecida por política de
seleção, carta de aquisição, documento de relevância que orienta a tomada de decisão, bem
como os procedimentos para a execução das etapas.

Os SNBUs

Os Seminários Nacionais de Bibliotecas Universitárias, eventos científicos que


ocorrem a cada dois anos, são de grande importância, pois se constituem em verdadeiro
foro de discussão que proporciona ao profissional o contato com os estudos/pesquisas que
estão sendo realizados na área. Para Ohira, esses ”assumem importante papel, pois
permitem que idéias novas sejam discutidas e avaliadas, através da transferência oral, tanto
formal como informal” (1997, p. 91).
Os Seminários Nacionais de Bibliotecas Universitárias/SNBU são eventos de
grande repercussão nacional, na área biblioteconomia, sendo superados apenas pelo
Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação e Ciência da Informação. Desde
o primeiro SNBU, realizado em Niteroi/RJ, em 1978, foram realizados 10 eventos,
conforme mostra Quadro 1.
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Quadro 1
Cronologia dos SNBUs
LOCAL
SNBU ANO TEMA REALIZAÇÃO
Cidade UF
1º 1978 A Biblioteca com suporte do ensino e da pesquisa UFF Niteroi RJ
no desenvolvimento nacional
2º 1981 Avaliação do desempenho da Biblioteca CAPES Brasília DF
Universitária no Brasil
3º 1983 Mecanismo de administração de Bibliotecas UFRN Natal RN
Universitárias
4º 1985 Bibliotecas universitárias: usuários e serviços UNICAMP Campinas SP
5º 1987 Plano Nacional de Bibliotecas Universitárias UFRGS Porto Alegre RS
6º 1988 Automação de bibliotecas e serviços aos usuários UFPA Belém PA
7º 1991 Automação de bibliotecas e serviços aos usuários UFRJ Rio de Janeiro RJ
8º 1994 Integração e compartilhamento UNICAMP Campinas SP
9º 1996 A Biblioteca Universitária e a sociedade da UFPR e PUC- Curitiba PR
informação PR
10º 1998 Gestão de Bibliotecas Universitárias estratégias UFC- Fortaleza CE
para um novo tempo UNIFOR-
ABC

Material e Método
O material utilizado neste estudo se constituiu dos anais dos VII, VIII, IX, X
SNBU, que foram analisados a partir de uma abordagem quantitativa.

Para dar inicio à coleta de dados foram obedecidas as seguintes etapas:


• Levantamento, através do título, das comunicações e painéis referentes ao
tema;
• Elaboração de planilhas no Microsoft Ecxel e preenchimento dos dados
indicando para cada comunicação e painel analisados: número de autores,
titulação e instituição do primeiro autor, temática mais freqüente, tipologia e
idioma das fontes utilizadas, assim como os autores mais citados.

Para análise da temática foi utilizado como critério a terminologia para o


desenvolvimento de coleções proposta por Figueiredo (1993, p. 64),
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Análise e discussão dos Dados

As comunicações e os painéis registrados nos anais dos Seminários Nacionais de


bibliotecas Universitárias, realizados na década de 90, totalizaram 233 trabalhos, destes 41
discutem as etapas do desenvolvimento de coleções.

Em relação ao tipo de autoria dos trabalhos analisados, observa-se no Gráfico 1 a


predominância da autoria múltipla, com um total de 60% dos trabalhos apresentados. A
autoria múltipla, de acordo com Noronha e colaboradores (2000), é uma tendência seguida
pelos demais trabalhos apresentados nos SNBUs.

Gráfico 1
Tipo de Autoria

40%

60%

Única Múltipla

Quanto a procedência dos autores, o Gráfico 2 sinaliza que a Universidade de São


Paulo/USP é a instituição que apresentou o maior número de trabalhos, nesse casso seis,
correspondendo a 35,29%, seguida pela Universidade Estadual de Campinas/Unicamp,
com três trabalhos (17,65%). As demais instituições tiveram a mesma quantidade de
trabalhos, ou seja, dois (11,76%).
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Gráfico 2
Procedência dos Autores

USP

UNICAMP

UNESP

UFRGS

UFPR

UFES

0 1 2 3 4 5 6 7

Quanto à titulação dos autores, como mostra o Gráfico 3, a maioria dos trabalhos
foi de autoria dos bibliotecários, 74%, enquanto os docentes apresentaram 16%. Não foi
possível identificar a titulação de 10% dos autores. Os dados sugerem que os bibliotecários
que atuam nas bibliotecas universitárias estão desenvolvendo as etapas que compreendem
a gestão das coleções, principalmente no campo da avaliação de coleções, pois seus
trabalhos, de uma forma geral, são o resultado de pesquisas realizadas em seus locais de
trabalho.

Gráfico 3
Titulação dos Autores

10% 16%

74%

Docente Técnico Não Identificado


Quanto à tipologia das fontes utilizadas para elaboração dos trabalhos, o Gráfico 4
indica que estas foram variadas. Na categoria “outras fontes” foram agrupadas publicações
do tipo folhetos, planos/programas/projetos.
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O artigo de periódico foi a fonte utilizada que recebeu o maior índice de citação,
isto é, 39,29%, o que reforça a importância do periódico cientifico como fonte de pesquisa,
pois esse é o veículo de comunicação mais importante no campo do desenvolvimento de
coleções devido à atualização dos estudos teóricos e/ou práticos que são publicados.

Os livros (capítulos e o livro como o todo) obtiveram o segundo lugar das fontes
mais citadas, 29,46%, enquanto outras fontes, que incluem a literatura cinzenta,
representam 18,30%, com destaque especial para os anais dos SNBU’s, que representam
5,80% ds fones citadas.

Esses dados revelam que a literatura convencional continua sendo a mais citada,
apesar da significativa utilização da literatura cinzenta, em especial dos anais dos SNBU’s,
que se constituem em uma rica fonte de informações relevantes, principalmente para
profissionais e pesquisadores que atuam na área de bibliotecas universitárias.

Gráfico 4
Fontes Utilizadas nos Trabalhos

Outras Fontes

Mat. Referência

Outros Eventos

SNBU

Dis./Tese

Artigo de Periódico

Livro

0 20 40 60 80 100

O Gráfico 5 apresenta o idioma das fontes citadas, apenas o português e o inglês


foram o mais utilizados, fontes em outros idiomas não foram encontradas. Esses dados
sugerem que a literatura específica na área de desenvolvimento de coleções e bem
representativa nesses idiomas.
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Gráfico 5
Idiomas das Fontes Citadas

37%

63%

Português Inglês

Quanto à temática mais discutida nos trabalhos utilizados, observou-se, como


mostra o Gráfico 6, que os profissionais estão preocupados em avaliar seus acervos,
principalmente a coleção de periódicos. A avaliação e a aquisição foram os temas mais
discutido, representando 35% e 29%, respectivamente, dos trabalhos analisados,
demonstrando assim que essa atividade é objeto de reflexão e de pesquisa por partes dos
técnicos das bibliotecas universitárias. A etapa da conservação dos materiais
informacionais também foi bem representativa (13%), Porém, pouco foi abordado sobre a
seleção (10%) e nada foi discutido sobre o estudo do usuário, com vistas ao
desenvolvimento de coleções. Esse é um dado que preocupa, pois diante do crescimento
exponencial da informação, que presenciamos como sujeito ativo na sociedade
contemporânea, os responsáveis pelo desenvolvimento do acervo informacional de
unidades de informação, não podem minimizar a atividade de seleção, que é uma atividade
administrativa de fundamental importância. E o estudo do usuário, com vistas ao
desenvolvimento de coleções, ou seja, com o objetivo de conhecer as necessidades de
informação da comunidade atendida, é o grande norte que direciona a atividade de seleção
e pode garantir a qualidade do acervo de uma biblioteca, principalmente da biblioteca
universitária.
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Gráfico 6
Temática

10%
13% 35%

13%

29%

Avaliação Aquisição Conservação


Dese. Coleções Seleção

Em 224 referências analisadas foram citados 194 autores. Desse total, dois autores
foram responsáveis por 24 citações, sendo que cada um foi citados 12 vezes, o que
corresponde a 24,86% das citações. Um autor foi citado 6 vezes, o que representa 10,71%
das citações. Outro por 5 vezes, representando 8,93. Outros 7 autores contabilizaram um
total de 21 citações, representando 5,36% cada um. Os demais autores, que juntos
totalizam 138, foram citados duas ou apenas uma única vez.

A Tabela 1 consta os autores mais citados nos trabalhos, ou seja: Nice Menezes de
Figueiredo e Waldomiro C. S. Vergueiro, ambos com 12 citações. Esses autores são nomes
de destaques no cenário nacional na área de desenvolvimento de coleções, pois possuem
uma produção cientifica relevante que contribui para estudos na área em foco.
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Tabela 1
Autores mais citados
Autor f
FIGUEIREDO, N. M. de 12
VERGUEIRO, W. C. S. 12
LANCASTER, F.W. 6
MIRANDA, A. 5
UFES 3
CAMPOS, V. F. 3
CARVALHO, M. C. R 3
EVANS, G. E 3
LANE, S. S. 3
MAGRILL, R. M. 3
MARTELLO, S. 3
Total 56

Considerações finais

Este trabalho verificou as etapas do desenvolvimento de coleções que mais vem


sendo discutidas nos SNBUs, na década de 90. Os dados apontam que a ênfase tem sido
dada para os processos de avaliação de coleções e aquisição de materiais informacionais.
Observa uma preocupação no que tange a atividade de conservação, com quatro trabalhos
referentes a esse tema. Observa -se também que o tema “livro raro” foi tratado em dois
trabalhos apresentados. No entanto não foi verificada a existência de estudos que tivesse
como centro da discussão a política de desenvolvimento de coleções. Documento básico
que contém as diretrizes para formar e desenvolver as coleções de matérias informacionais.
Trabalhos desse porte precisam ser realizados uma vez que se verifica, através da literatura
nacional, que existe uma carência desse tipo de documento em nossas bibliotecas
universitárias, ou seja, poucas são as bibliotecas universitárias que desenvolveram uma
política de desenvolvimento de coleções e que utilizam esse tipo de documento para
nortear suas atividades.

Referências
FIGUEIREDO, N. M. Desenvolvimento & avaliação de coleções. Rio de Janeiro: Rabiskus, 1993.

GUERREIRO, I. et al. Utilização de métodos quantitativos na avaliação de coleção. Re v. Esc.


Bibliotecon. UFMG, Belo Horizonte, v. 9, n. 2, p. 217-224, set. 1980.
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