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0 ‘ /f.-1‘ I ; 5,.
Jennifer Row ey -
School of Management and Social Sciences
Edge Hill University College
Ormskirk, Lancashire (Reino Unido)

A biblioteca eletrfinica
Segunda edigéo de Informética para bibliotecas

Tradugio de Antonio Agenor Briquet de Lemos

U.F.M.G. - BIBLIOTECA UNlVERSlTARlA

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NAO DANIFIQUE QSTA ETIQUETA
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BIBLIOTEQA "_PRoF.= ETELVINA LIMA‘)


Escola de Ciencaa da lnformacéo da UFMG
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354q5i Sumério
© Jennifer Rowley19B0,1984,1993,199B

Direitos autorais desta Lradugéo © 2002 Lemos lnformagao e Comunicagéo Ltda.


Todos osdireiios resewados
vii
Agradecimentos ix
Titulo original: The electronic library (Library Association Publishing, 1998)
Prefacio da quarta_edi<;5o .
1
Da primeira até a terceira edigéo original esna obra intitulou-se Computers for libraries t Parte 1: lntrodugio 5 tecnologia da informagzio
(1980,1985 e 1 993). A primeira edigio em portugués, baseada na terceira edigio inglesa, 3
chamou-se informérica para bibliozecas (Briquel de Lemos I Livros, 1994). Introdugao 51 biblloteca eletrénica 24
Esta tradugio da quarta edigio inglesa adotou 0 mesmo tftulo do original. Equipamento 47
Sistcrnas e redes
De acordo corn a lei n." 9 610, de 19/2/1998, nenhuma pane desre liwo pode ser Tl
fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada num sisrema de recu peracio
l
Estrutura da informaqio e programas de computador
'l06
de inlormaqées ou transmitida sob qualquer lorrna ou por qualquer meio Bases de clados
elelronico ou mecfinico sem 0 prévio consentimento do ~ 130
C7\Ul-hLaJ[\J>- Projeto e gerenciamento de sistemas de informaqéo
derentor dos direitos autorais, do tradutor e do editor.
159
Reviséo; Maria Lucia Vilar de Lemos Parle 2: Recuperagio da informagio
161
Capa: Formatos Design e lnlormatica Lrda. Fundamcntos da recuperagfio da informaqfio
187
O0‘--J A Internet
210

l
Dados internacionais de Catalogiqifl rlfl Pub|iCHI;§0 (UPI
9 Servigos de buscas em linha 239
(Departamento Nacional do Livrolfliblioteca Naciunal, Rio dejaneiro, R1) 10 Cederrons 263
ll Sistemas de gerenciamento de documentos 292
R8541) Rowley, Jennifer
12 lndices impresses e servigos de notificacfio corrente
A biblioteca elenonica I Jennifer Rowley ; lradugéo de Antonio Agenor
313
Briquel de Lernos, - Brasilia : Briquet de temos / Livros, 2002.
399 p.; 22 cm
'2.ed. de lnformitica para bibliolecas‘
ll Parte 3: Sistemas de gerenciamento de bibliotecas
315
ISBN BS-B5637-20-X 13 Funqfies dos sistemas dc gerenciamento dc bibliotecas
1. Bibliotecas- Auiomagio. I. Tizulo.
COD (125.4 14 Panorama do mercado de sistemas de gerenciamento 337
. -.A Ulilu-. 'H_'\ dc bibliotecas ‘ ~
366
15 Fornecimcnto de documentos
BIBLIOTEQA UNIVERSITARIA 393
indice
J;/ii/21
618QQ_$-_O5
\“10UT"""'
Briquet de Lemosl Livros -
Lemos lnforrnagéo e Comunicagéo Ltda.
SRTS - Quadra 7_O1 - Bloco K- Sala 831
Edificio Ernbassy Tower
Brasilia, or 70340-000
Telefones (61) 322 98 O6/313 6923
Fax(61)32317 25
briquel@dfturb0.COm.br
Agradecimentos

Agradego a todos que contribuiram de alguma forma para a criaoao deste traba-
lho. Sendo este um livro que trata dc prziticas atuais, recorri amplamente a bi-
bliografia dc outros autores e a contatos com pessoas do mundo das bibliotecas
e da informaqfio. Agradego especialmente a todas as editoras, aos produtores do
bases de dados, fornecedores de sisternas e autores que me permitiram utilizar
excertos de suas obras. O reconhecimemo a eles seré feito separadameme a
medida queforem citados.
Os ultimos anos propiciaram-me o ensejo de entreter debates académicos e
1
profissionais com inumeras pessoas pertencentes a um amplo leque de disci-
t
plinas. Em mementos diversos, senti-me como se fosse membro de varias equi-
pes. E dificil identificar, no meio de tantos, os que sejam merecedores de uma
menqao especifica, pois isso poderia parecer que alguns mereceriam rnenos
apreqo de minha parte. Inegavelmente, a influéncia mais importante que tive
em minha vida dc docente universitaria partiu de meus colegas e amigos da
Crewe and Alsager Faculty da Manchester Metropolitan University, princi-
l palmente do seu Department of Business and Management Studies. Esta ultima
r
| edigfio foi redigida exatamente quando me havia transferido para um novo
cargo na Crewe and Alsager, na esperanea dc que seria 0 ultimo. Todos nos
l somos superados pelos acontecimentos, e agora parece que estamos apenas no
comego.
Prefacio da quarta edigéio

A0 longo dos anos decorridos desde 1993, quando a edieao anterior deste livro
foi publicada,‘ tenho estado enyolvida de modo menos intense do que antes com
as especificidades da operaeao de sisternas de informaeao, em particular com os
sistemas que sao vistos como componentes de uma biblioteca eietronica. Por
outro lado, tenho me concentrado mais no ambiente em que esses sisternas
funcionam. Essa visao contextual tomou-se cada vez mais importante. N50
somente os profissionais da informagao e muitos outros grupos precisam de fato
compreender as implicagoes que a sociedade da infom1a<;z'i0 traz para a comu-
nidade e as instituiqoes em que vivem e trabalham, mas tarnbém, de mode mais
E imediato, precisampompreender seus clientes. Os tiltimos anos do século XX
caracterizaram-se por uma cultura de clientes e contratos na qual as organiza-
goes se dfio conta de que, para sobreviverem e serern hem-sucedidas, tém de
compreender sua clientela e os beneficios que ela busca, ou pode ser persuadida
a buscar, em bens ou services especificos. As bibliotecas sempre reconheceram
o irnperativo de servir aos clientes e levaram a sério iniciativas voltadas para a
atengfio com eles. Ademais, preocuparn-se para que seu acervo e seus servioos
atendam as necessidades de sua clientela. Esta cultura orientada para os clien-
tes, intimamente atrelada a orientaeao para a informagao, a ela subjacente,
constitul uma das contribuiqoes mais valiosas que os bibliotecarios podem
aportar a uma profissao ampliada da informaeao. Um servigo eficaz voltado
5.
L para os clientes depende nao apenas dos servigos prestados, rnas tainbém, de
mode mais importante, dos sistemas em que se apoia a prestaqfio desses servi-
oos. Este livro trata das fungoes, técnicas e gerenciamento desses sistemas. A
prestaeao eficaz de servieos de biblioteca e informagzfio depende de sistemas e
I
I pessoas e da integragfio dessas duas-fontes capitais.
;
O prefacio da terceira edigio desta obra acentuava a crescente importancia
da formaqab dc redes de bibliotecas e 0 deslocamento, a ela associado, da énfase
no gerenciamento e desenvolvimento de acervos para politicas baseadas no
acesso e que se preocupam com a clisponibilidade do documento ou da informa-
|
eao. A presente edirgao adotou um titulo novo em reconhecimento, talvez, de
mais uma fase do desenvolvimento do impacto da tccnologia da infon-na<;ao nas
bibliotecas. As funeoes de todos os provedores de informacao estao sendo
reavaliadas e rcforrnuladas diante do aclvento dc oportunidades oferecidas pela
tecnologia da informacfio e, especificamente, o amplo processo de interligacao
de redes que é caracteristico da Internet. Cairam as 'muralhas que cercavam a

' Edieao brasileira: Infarrrizirica para bibiiorecus. Brasilia: Briquet dc Lemos I Livros, 1994. 307
p.
X A BIBLIOTECA ELETRONICA r
PREFACIO DA euaara EDICAO XI

rede de biblietecas. Até rccentemente, a tecnologia da informacao era utilizada as a outras fontes. Apesar de ter me valiclo de imlimeras das referéncias relacio-
basicamente para facilitar a maneira come, ha séculos, temes precessado a in- nadas no final de cada capitulo, o estilo cleste texto nae é e de uma revisao
formacfio, seja come pessoas, seja come instituicoes ou sociedades. Agora, bibliografica formal. Além de outros textes publicados, o contetido deste livro
rnal comeca a despentar a era em que essa tecnologia pee em xeque a forma
come vivemes, as atividades que desempenhamos, e processo de criacao de
i baseeu-se de mode significative numa ampla gama de outras fontes dc infer-
macao. Em geral, a legibilidade do texto sairia prejudicada se fossemos citar
conhecimentes e o mode come esses conhecimentos sfie avaliades para 0 do- conceitos especificos. Nas ocasioes em que se usaram fontes especificas ou se
minio do publico. A publicacae dc periddicos constitui uma das areas impor- incluiram citacees, as referéncias sfio indicadas no texto e as citacoes comple-
tantes que podem exempliflcar esses problemas num contexto mais concrete. tas sao reiacionadas no final de cada capitulo. Muitos dos temas abordaclos
Isso é particularmente significativo. uma vez que es periodicos tém side ha neste livro poderiam ser ainda mais explerados com o ernprego de recurses
muitos séculos urna fonte impertante de informacees primzirias e constituem eletronicos de informacao, come periodicos e beletins eletronicos, e, dc mode
uma respeitavel base de cenhecimentos para as ‘gerat;6es' subseqiientes. ainda mais irnportante, por meio do acesse aos sitios da Rede (websites) de
Os sistemas e conceites apresentados neste livro formam uma estranha ii imimeras instituicoes citadas neste texto. Nae se incluem no presente texto es
l
mescla daquilo que é futurista com o que é tradicional. Isse reflete a maneira endereces de sities da Rede e da Internet, peis sao demasiado volateis para que
come a tecnologia da informacao vem sendo implantada nas bibliotecas e ou- merecam insercao num texto desta natureza. Por outro lado, inclui numeresas
tros ambientes informacionais. E facil cogitar sebre e inconsutil munde ele- referéncias as principais marcas da inddstria da informaeao, que sao muito
tronico do future, porém toda nossa experiéncia em matéria de gerenciamento mais estaveis do que os enderecos de sitios cla Rede. Os leitores que desejarem
da informacfio e talvez mais especificamente dc centrole bibliografico nos en- l obter as novidadcs mais reeentes ligadas a essas marcas poderao rapidarnente
sina que a criacao e 0 processamento de infermacoes desafiam essa ordern. O lecalizar o sitio atual da respectiva empresa na Rede mediante a inclusae des-
desafio concrete esta na identificacao das providéncias — e havera inurneras r ses nomes comerciais come terrnos cle busca num mecanismo dc busca da
f que as organizacoes cla industria da infonnacao deverao e poderae adotar Intemet. Esta é a solucao que adoto num ambiente hibrido de informacao.
i
de mode a criar biblietecas eletronicas eficientes que oferecam acesso adequa- Espero que seja aceitavel para meus leitores.
do a informacao, junto com a presewacao do patrimonio cultural, num mundo x O livro divide-se em trés partes. A parte 1 contém uma breve introducao
em que as informacoes sao armazenadas e recuperadas em intimeres fermatos. sobre a tecnologia da informaciie. A pane 2 examina varias aplicacees no
Os criticos dc Campurersfor libraries '[lnf0rmdtica para biblioteccrs] assi- campo da recuperacao da informacae, e a parte 3 apresenta uma visfio geral
nalaram que se tratava de uma sintese muito ampla para caber num unico dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas e aspectos correlates do fomeci-
texto. O prefacio da terceira edicao acentuava a preocupacao desse texto em mento de docurnentos. A parte 1 apresenta as plataformas ende se montam as
identificar questees fundamentais e apresentar uma estrutura que servisse de aplicacoes. As partes 2 e 3 referem-se as proprias aplicacees. Os termos em-
base para estudos adicionais. Embora aparenternente tal enfoque haja side pregados para descrever essas aplicacoes evoluiram bastante durante es tilti-
l
sempre bem-recebido pelos leitores, os principais feitos dos iiltimos anos ter- mos anos, e a relacae entre sistemas destinaclos a servir a diferentes funcees
naram-ne cada vez mais dificil, mas ao mesme tempo cada vez mais imper- tomou-se ainda mais nebulosa. Existe certa validade no argumento segundo 0
tante. Dadas as fronteiras movedicas entre as funcoes das diferentes organiza- qual se deveria ter tentade um tratamento mais integrade. Embora haja diver-
cees do mercado da informacao — ilustraclas talvez pela complexidade de ses modelos em varies pontos do texte que ilustram es vinculos entre os dife-
achar respestas a perguntas do tipo ‘O que é um service de buscas em linha?’ rentes sistemas, todos os decumentes precisam de uma estrutura e a que aprc-
ou ‘O que é uma editora?’-— ficou mais dificil discernir uma estrutura. Este sento aqui serve a meus propositos, tanto quanto qualquer outta, enquanto ao
livro, portanto, oferece, em seus capltules e exemplos, uma dessas estruturas. mesmo tempo reflete a fonna come a literatura é dividida. Espero que tome o
Essa estrutura reflete a forma come eu compreendo 0 mercado da informacao texto acessivel ao leiter. Talvez a proxirna edicée deste livro precise ser mais
e o papel do profissional bibliotecario e de informaeio nesse mercado. As revolucionaria, se livros come este (em formate impresso ou eletrenice) ainda
bibliograflas no final dos capitulos oferecem informacees adicionais eu es pontos tiverem lugar na sociedade da informacae do future.
de vista de outres auteres. Espero que em seu cenjunto ajudarae es leitores a
Professora JENNIFER Rowtev
ter um melhor entendimento do ambiente em que atuam e dos sistemas que
pedem ser empregados para censtruir uma bibliotcca eletronica eficiente.
Dois outros aspectos devem ser salientados no que diz respeite a referenci-
Parte 1
lntrodugao it tecnologia da informagao
1
lntrodugao 21 biblioteca eletronica

OBJETNOS

Este capitulo examine es fundamentos do conceilo do biblioteca eletronica, A0 rever


sucintamente os principais avances na evolucae da bibiioteca eletrenica ao lerige dos
tiitimos 20 anos, e colecando-es no contexto da Visao para 2020, da Library and
Information Commission, do Reine Unido, procura contextualizar os siste rnas de hoje num
cenario mais arnplo.Aotérmirio desle capiiulo oleitorz
- esiaré cientedas formas come a biblioteca eletronica pode serentendida
- lerauma nogao dos sistemas da biblieteca eietronica
- estara famiiiarizado com as principals tendencies do desenvolvimento de sistemas
de informacao em bibliotecas duranle os iiltimos 20 anos
- podera refletir sobre a relacéo enire os sisternas de hoje e visees de sistemas futures
- tera percebido que as visees do future implicam FflUd3l'l§}8 nas fungees de mercade
para todos es participantes e interessades'
- estaré ciente das amplas implicacees sociais e politicas do processamento eletronico da
informacée.

1.1 A biblieteca eletronica


“A expressao ‘biblioteca eietronica’ signiflca rnuitas coisas para muitas pes-
soas, e em qualquer estudo publicado o leitor deve estar consciente da miriade
dc interpretacoes que lhe sio atribuidas, pois a terminologia ainda nae se con-
solidou” (Day et ai. 1996). Esta citacéio sugere que se deve encarar com cautela
o emprego aqui do titulo A bibiioteca elerrdnica.-Por outro lado, o titulo ante-
rior Computers for libraries agora soa ultrapassaclo, tanto no que tange a
ambes es termes que 0 compoem Ccomputaclores’ e ‘bibliotecas‘) quanto ae
mode come esses termes se justapoem. A bibliograiia apresenta uma abun-
dancia de termosque serviriam dc inspiracéoz bibiiotecasern paredes, biblieteca
em rede, biblioteca no rnicrocomputador, biblioteca logica, biblioteca virtual,

' Ne originai, smkelialders, veczibulo que designa todos es atores sociais envolvidos num
empreendirnenio ou erganizacfio, abrangendo, assim, empregados, clientes, fornecedores,
tinanciadores e a prepria comunidade. Traduzide aqui por ‘participantes e interessades‘.
(n.T.)
INTRODUCAO A BIBLIOTECA ‘ELETRONICA 5
4 mraooucjio A recwosocm DA INFORMACAO
mas e formatos que sua cornunidade de usuarios julgue conveniente para
centro nervoso de informagzoes, centro de gerenciamento de informagoes
comunicagzao e armazenamento de informagzoes. Nem todas as inforrriagoes ou
(Corrall, 1995) e biblioteca digital. A expressao ‘biblioteca eletronica’ é ampla-
documeritos estarao em forma digital, e riem todos estarao disponiveis para
mente empregada e se ajusta mais aos conceitos que serao abrangidos neste
acesso em redes digitais. O verdadeiro desafio n50 diferiré grandemente daque-
livro. Mas, qual seu significado? Este é um tema que tem sido muito discutido na
le que as bibliotecas hoje enfrentam: administrar urn acervo multimidia para sua
literatura. Por exemplo, Oppenheim (1997) descreve-a corno “uma colegao
comunidade ou clientes. Por outro lado, as opcgoes e ferramentas disponiveis
organizada e administrada de iriformagoes numa variedade de meios (texto,
para apoiar esse processo teréio que inegavelmente vir a passar por novas e
irnagem fixa, imagem em movimento, som, ou suas combinagoes, porém todos
grandes mudaneas.
em formato digita1”.A coleqfio é organizada e administrada para beneficiar uma
popula<;_ao de usuarios, reais ou potenciais, sendo especialmente estruturada
Reflexao Faga uma listaide topicos que mostrem co mo vocé entende
para que se tenha facil acesso a seu conteudo. Normalmente, essa biblioteca
0 conceito de biblioteca eletronica.
eletroriica lncluira varios recursos auxiliares de busca ou navegagao que
atuarao tanto no interior dela quanto permitirao o acesso a outras coleqoes de
1.2 Sistemas na biblioteca eietronica
informagoes ligadas em rede em todo o mundo. Trolie§/(1995) define biblioteca
eletronica como “a visfio comum que bibliotecarios, editores, tecnologos e Os sistemas de gerenciamerito de bibliotecas concentram-se nas atividades de
pesquisadores tém acerca do acesso a todas as informagoes, em qualquer lugar, processamento de encomendas e aquisigao de materiais, catalogaeéio, catalo-
a qualquer instante". Esse conceito de universalidade de aeesso é compar- gos em linha de acesso pfiblico (OP/\CS),' coritrole de circulaefio, controle de
tilhado por muitos autores, mas também suscita a questao da distinefio entre periodicos, informaqao gerencial, empréstimos entre bibliotecas e informagao
biblioteca eletronicaebiblioteca virtual. Porexemplo, Collier etal. (l993)v€-ema comunitaria. A introduqao de sistemas informatizados nas bibliotecas resultou
biblioteca eletronica como uma biblioteca fisicamente identificavel, mas que néio em padronizagao, aurnento da eficiéncia, interligagao por redes e melhores ser-
possui material impresso, e que faz parte de uma biblioteca virtual. Beckman vigos. Os sistemas informatizados forarn considerados, de inicio, particular-
(1993) argumenta que a difereriga entre biblioteca eletronica e biblioteca virtual mente apropriados para aquelas organizagoes ou redes onde houvesse um
esta em que a eletronica ainda pode ter uma presenqa fisica, enquanto a biblio- volume muito grande de transagoes relativas ao gerenciamento bibliotecario. Os
teca virtual, posto que é percebida corno transparente, possuira instalagoes primeiros sistemas baseavam-se em computadores de grande pone ou mini-
flsicas transparcntes e bibliotecarios transparentes. Poulter(1993), por exemplo, computadores. Mais tarde, a disponibilidade cada vez maior de equipameritos e
considera a Internet uma biblioteca virtual, embora se possa argumentar que ela programas de microinformatica fez com que aumentasse 0 uso de sistemas de
nao atende a alguns dos outros criterios exigiclos por uma biblioteca, como uma gerenciamento de bibliotecas, que ineluiam todos os tamanhos e categorias de
populagao definida de usuarios e recursos auxiliares cle busea suficientemente bibliotecas. Os sisterrias de gerenciamento de bibliotecas podem ser vistos
complexes. Outros dirao que a verdadeira biblioteca eletronica nao é uma biblio- como sistemas que administram 0 acesso aos documentos em acervos de bi-
teca, mas um repositorio de dados. bliotecas, o_u, de modo mais limitado, documeritos que podem ser tempora-
Este livro nao trata das bibliotecas eletrénicas em formato totalmente digital, riamente colocados no acervo mediante, por exemplo, 0 empréstimo interbiblio-
no sentido das definieoes que aqui apresentamos de modo conciso. Ha dois tecario. A preocupagao fundamental é com a manutengao do acervo e com 0
motivos para isso. Em primeiro lugar, e talvez de modo mais concreto, ele lida monitoramento do paradeiro dos documentos, de modo que o pessoal e os
com 0 caminho que Ieva a biblioteca eletronica. Estando baseado na pratica de clientes da biblioteca conhepam a disponibilidade e a situagao deles. Cada vez
hoje, tem as -limitagoes impostas pelos sistemas e bibliotecas atuais. Em se- mais, os catalogos em linha de acesso publico vém melhorando os recursos de
gundo lugar, continuo incrédula quanto a possibilidade dc que o acesso ideal a busca, a fim de incluir muitas das caracteristicas originalmente encontradas
informaeao e a documentos por parte de todos os cliferentes segmentos dos apenas em aplicativos de recuperagao de informaeoes, de maneira que, se os
clientes das bibliotecas, ou, de modo mais amplo, usuarios de informagoes, revistros
U cataloflraficos
O contiverem informagoes suficierites, eles também pro-
possa Vll' a ser oferecido por meio de colegoes inteiramente digitais em futuro porcionarao uma recuperagao rudimentar da informagao, ao identificar as infor-
previsivel. lmpoitantes acervos que pirecisam ser preservados continuam exis-
tinclo em formato impresso e em outros formatos, e a informagao eletronica tem
' Nesta tradueao, foi adolada a grafia por extenso — catélogos em linha dc acesso pilblico —
estado ligada a um sigriificativo aumento da quantidade de material impresso em
e nao a sigla da expressao iriglesa (or.-Ac = online public access catalogue). (u.r.)
papal. Minha visao é dc uma biblioteca multimidia que reflita as diferentes for-
- r

INTRODUCAO A BIBLIOTECA ELETRONICA 7


6 n~tTR0ou¢A0 A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
modo como as informacoes ou os documentos sac recuperados dependera das
macoes contidas nos documentos. Além disso, muitos catalogos em linha de necessidades do grupo de clientes que se tem em mente e nao de uma caracte-
acesso publico funcionam como janelas de acesso a uma coleqao de recursos ristica circunstancial, como seria 0 tipo da publicacéo (por exemplo, periodico,
maior do que a encontrada numa (mica biblioteca, o que inclui recursos da livro ou cadastro) ou forma de publicacio (por exemplo, impressa ou eletronica)
Internet e acervos de outras bibliotecas. V ou localizagéio (por exemplo, numa base de dados local ou remota). Em tal
Os aplicativos de recuperacao de informacoes foram projetados tradicional- ambiente, tambérn sera preciso refletir sobre a natureza do acesso. O conceito de
rnente para proporcionar acesso a informacoes e nao a documentos. lsso foi ob- empréstimo possui algo de anacronico, mas a copia e a posse (que parecem ser
tido, originalmente, por meio de bases de dados bibliograficos, que incluiam a unica altemativa viavel no momento) talvez tampouco sejam a solucao ideal.
registros de artigos de periodicos e outros documentos. Mais recentemente, os Tao logo muitos desses problemas sejam solucionados nao havera distincao
aplicativos de recuperacao da informacao proporcionam acesso a informacoes alguma entre sisternas de gerenciamento de bibliotecas e slstemas de recupe-
constantes de documentos eletronicos. l-loje, isso é conseguido de modo mais racao de informacoes, mas nesse interim é provavel que continuem coexistindo,
eficaz com documentos essencialmente textuais, porém a maioria dos sistemas com funqoes duplicadas, mas em grande parte complementares.
também inciui recursos para acesso a documentos multimidia, e o acesso a in-
formagoes e objetos dentro de documentos multimidia (como filmes e videocli- Tabela 1.1 Sistemas na biblioteca eletronica
pes) tornar-se-a mais imponante a medida que aumentar o nfiimero de docu-
Recursos locais Recursos externos
memos multimidia.
{
Os aplicativos destinados a recuperacfio da informaqao incluem sistemas de
Documentos Sistemas de gerenciarnento Fornecimento de documentos
gerenciarnento de documentos, services de buscas em linha, na Internet e em de bibliotecas
cederrons. Outros exernplos de sistemas de recuperaeao da informacao com Sistemas de gerenciamento
finalidades especiais s50 os services de notificacao corrente e os indices im- de documentos r

pressos. E possivel criar sistemas dc gerenciamento de documentos para gerir a lnformagoes Cederrom Hospedeiros em linha
colecfio de documentos internos de uma organizacfio. O sistema de geran- A Internet
ciamento de documentos pode armazenar os documentos em formato eletr6ni- *-A-Q-
.1
co e proporcionar mecanismos apropriados de recuperacao, de modo que docu-
mentos independentes ou conjuntos de documentos sobre temas especificos Reflexéo Atabe|a1.1 mostra um esquema simplificado dos sistemas
sejam recuperados. Em alguns sistemas, os documentos sao conservados em de uma biblioteca. Vocé conhece exemplos de apiicativos
microficlias ou em forma impressa, e apenas o indice em forma eletronica. A que sugiram que nessa tabela a Internet também poderia
lnternet é uma rede mundial de redes de telecomunicacoes, que proporciona ser colocada em lugar diferente?
acesso a inumeros computadores ou servidores. Mecanismos de busca facili-
tam a recuperacao nesse indeflnido e gigantesco banco de informacoes. Alguns Quando a primeira edigao deste livro foi redigida, a norma era tratar os sistemas
dos computadores ou servidores pertencem a services de buscas em linha que, de gerenciamento de bibliotecas e a recuperacio da informacao como dois
com proposito comercial, oferecem acesso a bases de dados devidamente sele- campos bastante distintos. Argumentei entao, e acredito que isso ainda seja
cionadas e avaliadas. Outra forma de acessar algumas das mesmas bases de da- verdade nos dias atuais, que a tecnologia em que se apoiam ambos os tipos de
dos e também outras que niio estejam disponiveis na rede internacional con- sistemas é a mesma, e que melhoramentos similares apresentam-se simultanea-
siste em adquirir cederrons que contenham apenas as bases que sejam de inte- mente nas diferentes categorias de sistemas.
resse. Certas instituieoes, especialmente as bibliotecas, poderao optar por colo- Reflexao Que é um documento? Por que este conceito é importante
car em rede esses cederrons, que vém com programa de busca ou recuperacao nos sistemas de gerenciamento de bibliotecas?
da informagfio, que permite localizar informacoes especificas na base de dados.
Com 0 advento da biblioteca eletronica, a distincao enlre sistemas de geren- 1.3 Melhoramentos surgidos nos filtimos 20 anos
ciamento de bibliotecas e slstemas de recuperacao da informagao vai aos
poucos se diluindo. lsso comecou com os melhoramentos introduzidos nos Este é um tempo de empolgacao e mudancas. As vezes, quando a rede entra em
recursos de recuperacao da informacfio disponiveis nos catalogos em linha de pane ou 0 correio eletronico nao transmite de modo satisfatorio arquivos ane-
acesso piiblico, mas ainda é preciso avancar muito mais. Em ultima analise, 0
INTRODUCAO A BIBLIOTECA ELETRONICA 9
8 mraooucao A rscuotoom rm INFORMACAO
Sentado :1 sua escrivaninha, Joe acaba de voltar de uma reuniao com seu
xados a uma mensagem, 0 progresso talvez pareca irritantemente lento, mas a supervisor, 0 gerente de pesquisas, que lhe pediu pesquisar sobre o estado
realidade é que 0 ritrno de mudancas nas possibilidades que os avancos tecn0- da tecnologia dos testes nio-destrutivos de tubos de aluminio e redigir um
Iogicos proporcionaram aos administradores da inforrnacao é um desafio ate relatorio que the permita estudar as praticas adotadas numa nova subsi-
mesmo para o mais entusiasta dos agentes de rnudanca. Afigura 1.1 apresenta um diaria, para orienta-la na permanente melhoria do produto. Joe liga 0 com-
exemplo do uso de informacoes eletronicas em 1998. putador e comega as buscas pelo cat:-ilogo de importante biblioteca univer-
Esta e as trés edicoes anteriores de lnfarmdrica para bibliotecas mapeiam a sitéria, localizada ali perto, e 5 qual a empresa paga taxa de usuério institu-
l . . . - , . . , .
relacao entre a tecnologia do informacio e as bibliotecas (ver tabela 1.2). No cional. Digita a expressao 'testes nao-de5trut|v0s' e msere 0 operador logi-
contexto, por exemplo, dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas (outrora I co booleano AND que especifica a busca, para que so inclua aluminio. Uma
li -
ianela com o resultado mostra que esse conjunto de busca é vazio. Joe apa-
chamados sistemas de administracfio de bibliotecas), a primeira edicao revelava
ga 'aluminio' e volta a tentar. Agora identifica trés livros, cujas inforrnagoes
uma série de sistemas separados em apoio as fiincoes isoladas de, por exernplo, bibliogréficas aparecem em outra janela. Decide que todos seriam fiteis e
aquisicao, catalogacao e controle dc circulacao, reminiscentes do método seleciona a opgio de empréstimo interbibliotecario para encomendé-los.
baseado em arquivos dos amigos sistemas de transacoes. Os estudos de casos Amanha, a qualquer hora, serio entregues. Entrementes, Joe faz uma busca
reais apresentados naquela edicao eram de sistemas desenvolvidos basicamen- em linha no Metals Index 1988, por meio de ligagao com 0 DIALOC, hospe-
te por cooperativas de bibliotecas, ern gera! atuantes nos limites de uma regifio deiro de bases de dados, e de sua interface na Internet. A empresa esté
ou pals. Os slstemas informatizados eram -uma novidade e alvo de profissionais registrada no DIALOG como usuaria, e, sendo Joe um assiduo redator de
curiosos que visitavam as instituicoes que os possuiam. A0 ser publicada a relatorios sobre assuntos especializados, é um pesquisador experiente,
terceira edicao, a variedade de modulos e funcoes crescera de modo acentuado, conhece as melhores estratégias de busca e a terminologia rnetalurgica.
Digita os termos ‘non-destructive’, ‘aluminium and tubes’ e ‘testing’, ligan-
as funcoes de cada modulo eram muito mais elaboradas e o funcionamento em
do-os com 0 operador AND. Recupera cerca de 100 documentos. foe nao
linha com estaeoes de trabalho em todo o sistema da biblioteca constiruia a quer ler tudo isso e passa os olhos nas referéncias bibliogrzificas recupera-
norma dominante. Os sistemas eram comercializados por empresas especiali- das. Os itens mais recentes estio no alto da lista. Assinala, para consulta
zadas no projeto e implementacao de slstemas de gerenciamento de bibliotecas I posterior, os itens dos dois ijltimos anos, em inglés, e que além disso pare-
e contavam com razoavel experiéncia na area. Muitas bibliotecas estavam ins- cem pertinentes; se necessairio, abre nova janelae lé o resumo de um artigo;
taiando seu sisterna de segunda ou terceira geracio e os administradores delas disso resultam 22 itens. Alguns estao disponiveis por via eletronica com
tornavam-se muito mais exigentes na especificaeao e selecao do sistema. texto completo, e outros tem de encomendar ao servigo especial de forneci-
Em 1980 (Rowley 1980) era precisojustiflcar um livro sobre inforrnatica e mento de documentos do servigo de buscas. Joe irnporla para seu servidor
de rede local, para consulta posterior, 0 texto integral dos documentos que
responder a pergunta ‘Por que usar computador?’ A resposta era entao formu-
parecem fiteis, e encomenda alguns deles, indicando que prefere recebé-los
lada em termos -de: por fax, para que cheguem no mesmo dia. Pondera se valea pena fazer nova
- necessidade de lidar com mais informacoes e maior nivei de atividade busca em outra base de dados, mas conclui que ja possui informacio
suficiente. A busca inteira durou menus de meia hora. Depois de consultar
- necessidade de maior eficiéncia
i algumas referéncias e resumos, agora tem uma idéia sobre algumas ques-
- oportunidades de oferecer servicos novos ou melhores toes irriportantes sobre 0 assunto. Abre o processador de textos e faz algo-
- oportunidades de cooperacao e centralizacao na criacao e utilizacao de da- mas anotagoes sobre a estrutura dorelatdrio em que trabalhara amanha,
dos compaflilhados. depois que houver recebido a maior parte dos documenlos que quer con-
sultar. Serve-se de uma xicara de café, responde umas mensagens do cor-
l-Ioje trabalhamos num ambiente em que a utilizacao inovadora da tecnologia da reio eletronico e volta a experiéncia de laboratério em que esta envolvido.
informacao nas empresas em geral resultou na criacao de novos produtos, Quando comega a escrever, ele o faz com um processador de textos que
melhores servicos e na drastica reducao de custos. permite grande flexibilidade na formatagio do relatorio, além de facilitar a
Esses tipos de uso da informacao podem ser denominados estratégicos e $50 revisao e corregao. As referéncias da bibliografia e algumas citagoes podem
geralmente gerenciados por slstemas estratégicos de informacao. Os slstemas ser irriportadas dos documentos descarregados. Remete um rascunho ele-
estratégicos de informacao possibilitam as ernpresas obter vantagens compe- tronico para seu supervisor, que faz algumas anotagoes que podem ser
titivas. Tais sistemas diferem dos slstemas tradicionais de tecnologia da infor- facilmente incorporadas a versao final do relatdrio.
macao porque seu foco esta no tratamento da informacao como recurso estra-
Figura 1.1 Processarnento da inforrnacéo em 1998
tégico. Especificamente, os slstemas estratégicos de informacao:
INTRODUCAO A BIBLIOTECA ELETRONICA I1
I0 ruraooucfiio A TECNOLOGIA DA mroamacao
migracao de dados. Além disso, é cada vez rnenos freqtiente a aquisicao de
- sao voltados para o exterior tendo como foco o servico aos clientes sistemas prontos, que incluam equipamento e prograrnas, sendo mais comum
- oferecem beneficios reais aos clientes comprar componentes que precisam ser integrados num sistema operacional.
- sao capazes de modificar a percepcao que a empresa tem do mercado.
Naturalmente, essas dimensoes destacam as mudancas que se tornaram eviden- lntegragao
tes entre a terceira edicao deste livro e a atual. Passemos em revista os avancos A integracao de componentes de slstemas, como num sistema de gerenciamento
que ocorrerarn entre a primeira e a terceira edicao, e sintetizemos as mudancas de bibliotecas, é algo que nao se discute. Mediante slstemas abertos (ver a
que se acham refletidas nesta edicao: seguir) o foco da integracio voltou-se mais para a integracao com outros
sistemas. Assim, por exemplo, uma universidade tratara de utilizar os registros
Tabela 1.2 Sumarios de edigoes de Computer for libraries dc dados pessoais dos estudantes para o acesso a biblioteca, acesso a recursos de
Terceira edigao tecnologia da infonnacao e o contato com eles sobre desempenho académico e
Primeira edigio
operacoes financeiras.
lntrodugao lntrodugao
Planejamento e projeto do sistema Computadores Tecnologia
informatizado para a biblioteca Os avancos da tecnologia sao continuos. So é possivel armazenar e transmitir
Computadores Sistemas
Estrutura da informagio e programas documentos multimidia se se dispuser de tecnologias que oferecam grande ca-
Estrutura da informagfio e programas
Bases de dados Bases de dados pacidade de armazenamento e comunicacao em grande largura de banda. Uma
Sistemas de armazenamento e recupe- Gerenciamento de sistemas de infor- vez que nao existe mais estacao de trabalho furicionando de modo isolado, talvez
ragao magic seja possivel resumir as principais tendéncias da tecnologia mediante uma
Services de notificacio corrente Hospedeiros externos em linha analise das mudancas por que tem passado o hoje nao tao humilde micro-
Buscas retrospectivas Discos opticos computador. Nos ultimos cinco anos, novos processadores que adotam dife-
lndices impressos Sistemas de gerenciamento de infor- rente tccnologia de processamento oferecem capacidade de processamento
goes textuais
maior e mais rapida. A fim de comportarem a utilizacao de multimidia os mi-
Atividades administrativas da Outros tépicos sobre recuperacao da
informagao crocomputadores trazem placas de som, alto-falantes, unidades dc cederrom e
biblioteca e o cornputador placas de video. A fim dc comportarern recursos de comunicacao, modems de
Sistemas de aquisigao, encomenda e Fungoes dos sistemas de gerencia-
mento de bibliotecas alta velocidade constituern hoje um item de série.
catalogacio
Sistemas de controle de circulagao Panorama do mercado de sistemas
e fornecimento de documentos de gerenciamento do bibliotecas Sistemas abertos
Controle de publicagoes seriadas Redes
307 p.
A Internet é oisistema abeno por exceléncia. A ele nao se teria chegado se nao
159 p. houvesse a variedade de normas sobre sistemas abertos que se acham hoje
consolidadas e amplamente aceitas. Tendo sido conseguida uma platafomia em
Comunicagoes e tecnologia da informagao integradas que muitos slstemas podem comunicar-se entre si, e podendo os usuarios bene-
Considera-se isso o principal meio de registrar e gerenciar transacoes com usu- ficiar-se com a comunicacao e o intercambio de arquivos em ambito in_tema-
arios e fornecedores. Ademais, uma proporcao consideravel dos documentos e cional, relativamente baratos, comecam a surgir aplicacoes em que se torna mais
informacoes fornecidos aos usuarios apresenta-se em formato eletronico. premente a necessidade de seguranqa, protecao de dados pessoais e acesso
controlado a informacao. Os slstemas abertos oferecem hoje um caminho muito
Cerenciamento de slstemas importante pelo qual as empresas podem comunicar-se com seus clientes.
O desenvolvimento de sistemas tern se concentrado na mi gracao de um sistema Interfaces amigaveis com 0 usuério
para outro; os sistemas novos sao quase sempre atualizacoes que oferecem me-
Ihor funcionalidade; é preciso que os fornecedores de slstemas possam oferecer A ampla difusao de interfaces graficas, o uso de interfaces multimidia e a im-
W
uma versao atualizada isenta de problemas e que permita, do mesmo modo, a plementacao de outras interfaces de acesso publico foram pré-requisites essen--'
INTRODUCAO A BlElLlOTECA El.ETRC)NlCA 13
12 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
1 ' Governos, empresas e as pessoas darao alta prioridade 5 informagio.
ciais que contribuiram para maior utilizagao dos sistemas de infonnaqfio pelo
' O Reino Unido sera uma sociedade que {era por base a informagaol
publico. Os sistemas de acesso pilblico exigem interfaces auto-explicativas. conhecimento, atuando come usina de conhecimentos e eixo da eco-
nomia global da informagao.
Reflexio Examine e compare as interfaces de dois sistemas a que te-
' Na economia global da informagao 0 Reino Unido sera um lider mun-
nha acesso. Possuem recursos especiais que ajudem, sepa- dial em matéria de conectividade, normas, desenvolvimento de coated-
radamente, tanto 0 usuério novato quanto 0 experlente? do, competéncia gerencial e mediagao.
~ A indfistria e 0 comércio seréo atividades caracterizadas pela apren-
dizagem mais intensiva de conhecirnentos.
1.4 Visées do futuro - Haveré uma economia da informagio que capacitara os cidadaos ao ‘
exercicio de seus direitos por meio de uma rede de centros de informa- I
A segéo 1.3 concentrou-so nos slstemas porque tomou como inspiragao edigoes
gio/conhecimento que funcionarao como baluartes de acesso em sua
anteriores deste texto, que compartilhavam esta perspectiva baseacla em siste-
comunidade.
rnas.Ao situar os avanoos desses slstemas num contexto mais amplo e examinar ~ Havera um acervo bibliogrzifico digital, coordenado nacional e interna-
o seu efeito cumulativo no processamento da informagao, verifica-se que os cionalmente, que abrangerai o conhecimento e a criatividade mundial,
ultimos vinte anos foram cenério de: e no qual 0 patrimonio do Reino Unido em matéria de proprieclade in-
telectual estara disponivel globalmente em formato digital.
- mais informaofio, comunicada a partir de - Contefido de valor agregado e conectividade universal garantirao a
- maior variedade de fonres, por meio dc qualquer pessoa ter acesso desimpedido a informagio/conl1_E‘éimento l
)9
- maior variedade de canais, muitos dos quais oferecem global. - l
- tempos menores dc resposta e retorno. - As pessoas precisarao possuir aptidoesdiversificadasquell1e§'permi-
tam ampliar seu potencial individual e coletivamente.
A competitividade e eficécia do individuos, organizagoes e sociedades depen-
dem cada vez mais dc sua capacidade de processamento de informagoes e cria- Figura 1.2 A Visao para 2020 da Library and Information Corn‘rm'ssion
ofio de conhecimentos, 0 que significa que existe uma maior preocupaoio com a
competéncia dos individuos, organizaqoes e sociedades em relagfio a comuni- Reflexao Com referéncia a figura 1.2, quais aptidoes vocélacha que
cagéio, processamento da informaofio e criagao de conhecimentos. as pessoas precisarao possuir, para poder ampliar seu po-
) O gerenciamento da informaofio lida com a facilitaqio desse processamento tencial individual e coletivamente numa era de informa-
do informaeoes por meio, no sentido mais amplo dos termos, da criagao e evolu- @502
gtfio de slstemas. A preocupagéo desses sistemas tem sido com a imposiefio do
uma estrutura que lida com seleqfio, tempo, hierarquia e seqiiéncia. Esses siste- que precisarfio ser solucionados ao so tratar de concretizar essa visfio. S50 pro-
mas encontram-se cm permanenre revisfio. N50 se trata de um processo ou meio blemas relalivos a estrutura do mercado da informaefio e uma gama de questoes
de processamento da informagao que é substituido por outro, mas de uma diver- sociais ligadas ao acesso e a propriedade da informagao. Tais questoes serao
sificaefio de slstemas, processos e tecnologias. Além disso, os caminhos do abordadas nas duas segoes seguintes.
progresso e desenvolvimento sao diferentes para diferentes disciplinas, indivi-
duos, organizagoes e comunidades. Os gerentes de informagao precisam saber
criar sistemas que evoluam de modo eficaz num ambiente sujeito a rapidas 1.5 Mudangas nas fungées do mercado
mudanoas. Se forem bem-sucedidos nesse desafio, a Visao para 2020, da Libra-
Da mesma forma que os slstemas de negocios ou comercializaqao existem num
ry and Information Commission‘ (ver figura 1.2) tornar-se-a uma realidade.
ambiente maior, tarnbém os contextos em que ocorre 0 gerenciamento da infor-
Existem, porém, inflmeros ciesafios que precisarfio ser enfrentados e problemas
rnaqfio podem ser situados num ambiente maior. Traoamos aqui um paralelo
entre 0 ambiente da informagfio e um ambiente de comércio ou negocios. Em-
‘ Comissao criada cm I995 pclo Department for Culture, Media and Sport, do Reino Unido, com bora as forgas sociais, tecnologicas e pollticas sej am imponantes no ambiente da
0 objelivo de assessorar o govemo inglés em lodas as questoes do setor dc bibliotecas e informa-
oao. No documcnto 2020 Wsion, define sua posiefio quanlo a imp0rt5|1Cla dos serviqos dc biblio- informaqao, os fatores que transcendem as fronteiras nacionais e internacionais
tecas e informaeao, o comexto dc suas alividades e seu papcl para eslimular o governo a demons- "uh in
trar essa impomincia na economia, cducaqao c polilica social. (um) _
v
|

INTRODUCAO A BIBLIOTECA ELETR@NlCA 15


14 INTRODUCAO A rscuoeoom on INFORMACAO
interessados podem ser divididas em outras subcategorias. Assim, na funeao de
e sao comprovadamente os mais importantes na determinaeao do acesso a redistribuidor poderiamos tanibém incluir centros nacionais de fornecimento de
informagzao, com todas as correspondentes ramificagoes sociais e politicas, sfio documentos, servieos cooperatives de empréstimo entre bibliotecas, servieos
os do mercado. De fato, nos [rltimos anos, a maioria dos governos dos paises comerciais de fornecimento de documemos, separatas, e fornecedores de servi-
desenvolvidos reconheceu a necessidade de criar infra-estruniras que garantam gos cle notificaoao corrente. Cada categoria de participante/interessado oculta
que suas industrias sejam nao apenas competitivas num mercado global, como todo um setor de organizagoes que estarao preocupadas em se manter atuantes e
tarnbém suas instituieoes do setor pflblico se exponham as pressoes do mercado. desenvolver suas competéncias, gama de produtos e servigos e base de clientes,
As questoes cie mercado desempenham, portanto, papel importante na deter- a fim de garantir uma posiez-'10 no mercado em desenvolvimento. Ja existe alguma
minaoao do acesso a informaeao e no papel que os profissionais da inforrnaeao concorréncia nas funooes de editora e dislribuidora entre certas orgariizaeoes,
desempenham na facilitaefio desse acesso. Que é o mercado da inforrnaqao como a Microsoft e algumas empresas de telecomunicagoes.
eletronica? Schwuchow (1995) adverte que: “a propria definigao do setor da
informagao é fluida. Na realidade, é muito dificil definir esse setor da atividade Tabela 1.3 Fungées dos participant es/interessados no mercado da
economica clevido aos drasticos avangos da tecnologia e a todas as fusoes informagao eletronica
recentes nas industrias de entretenimento, telecomunicagoes e informar;2'io".
E importante, entretanto, que os profissionais da informaofio procurem Fungio Exemplo
compreender as principais caracteristicas desse mercado, por mais indefiniveis
Produtores de contefido intelectual Autores, ilustradores, équipes de
e cambiantes que sej am seus lirnites. As questoes mais candentes sao a natureza criagao de multimidia ’ ‘--='_
da informaeao eletronica como produto, a identificaqiio dos segmentos do mer- ¢ a , v "9':
Editores, avalradores, cntrcps
Controladores de contefido intelectual,
cado e os participantes e interessados que formarao a industria,junto com ques- 7.
no que tange a padrées de qualidade 5*
toes outras, como, por exemplo, preeo e distribuigfio tecnoiogica. As oponuni- e adequabilidade
dades oferecidas por melhores slstemas de informaqao e comunicaeao eletr6ni- As editoras estabelecem uma imagem Ediloras, grzificas, produtores de
ca influiram na maneira como os negocios funcionam e estao tendo impacto da marca da empresa e atuam como bases de dados ,_
. '>
tanto na comunicagfio interna quanto na comunicagao com os fornecedores e interface entre produtores de contefi-
clientes. Por exemplo, as vendas feitas por meio da tecnologia da informagao do intelectual e distribuidores
comegam a se consolidar com o aparecimento de quiosques multimidia, mar- Os distribuidores garantem que 0 docu- Agentes que fornecem paial biblio-
rnento/informagao chegue até os tecas, livreiros, sitios da Rede, ser-
keting e comercializagao de bases de dados na lnterner (Rowley 1995; Rowley vigos de buscas em linha, servigos
clientes potenciais e se envolvem
1996). A aplicaeao desses sistemas também estimula o impulso rumo a uma de videotexto, de audiotexto, dis-
na promogao que for adequada
sociedade da informagao. Todas as panes da industria da informaeao, corno tribuidores de cederrons
mostra a tabela 1.3, encontram-se na linha de frente dessas mudanqas. Enquan- Os conservadores guardam um exem- Bibliotecas, colecionadores particu-
to em outras organizagoes o gerenciamento eficaz da informagfio é um meio para plar de preservagao para recuperagao lares
alcanqar determinado fim, ou um produto interno que serve de apoio para 0 posterior
pessoal alcanear os objetivos organizacionais, o produto primario da maioria Os redistribuidores colocam documen- Bibliotecas, instituigées de ensino
tos ou informagoes a disposigio de que fazem cépias para estudan-
dos agentes da industria da informaqao é 0 gereneiamento da inforrnagzao, seja na
outros tes, consultores de informagao
forrna de um serviqo, como eonsultorla em gerenciamento da informaeao ou Usuarios individuals ou instituci0-
servigosbibliotecarios, seja um produto que proporciona informaeoes acon- Usuririos
nais
dicionadas, como un-la base de dados ou um cadastro impresso.
A tabela 1.3 relaciona alguns dos principais participantes e interessados do
processo tradicional de edioao e descreve seus papéis em termos aplicaveis tanto
Reflexao Relacione algumas das iii}-{;aé§ Lqljé b'5a'51%5£e'¢5}i5 ‘.1; L|}{al
a um ambiente baseado no impresso quanto a um ambiente eletronico, em que 0 versidade desempenha hoje em dia. Como tais fungoes se-
ambiente influencia tanto a maneira como 0 produto é criado, como, por rao executadas num mundo que seja compativel com a Vi-
exemplo, avaliagzao ou edigao eletronica de originais, quanto a natureza do sao para 2020 da figura 1.2?
produto final, como, por exemplo, uma enciclopédia multimidia. Em certos
contextos algumas dessas fungoes podem ser fundidas, ou uma organlzagao
pode assumir mais de uma funeao. Muitas das categorias de participantes e
Q. \V_
"'i“~. ‘ll INTRODUCAO A BIBLIOTECA ELETRONICA 17
_\,‘-:.~-__ _ _
16 INTRODUCAO AGTEGNOLOCIA
.7,» DA INFORMACAO
em terrnos de qualificagoes. Essas mudaneas estao oriando novas categorias,
1.6 Desafios a sociedade da informagao inclusive as dos que trabalham conectados a redes [networkers], dos que tem
Os sistemas de informagao estfio mudando a sociedade. O cenario mais radical horario flexivel [flexitimers] e dos desempregados.
da sociedade vinual, em que todas as comunicaeoes sao eletronicas, e proicessos
como teletrabalho, teleaprendizagem e teleconferéncia ou mesmo videoconfe- A empresa em rede
réncia subsrituem o contato real entre pessoas, tera implicaeoes importantes na A natureza das empresas esta sujeita a mudancas. Assistiu-se a modificaeoes no
forrna como os seres hurnanos sarisfazem a necessidade de interagir uns com os sentido de uma produeao flexivel, bem como 0 processo de trabalho entre em-
outros. Ademais, numa sociedade desse tipo, as tradiooes que se desenvolveram presas, com as correspondentes aliancas estratégicas empresariais, tern tido um
ao longo de séculos no que concerne as convencoes que cercam os encontros impacto de peso nos mercados, no emprego e nas economies nacionais. A
com outras pessoas, a serendipidade relativa a novos contatos sociais e o tecnologia da informagao aumentou a capacidade de as empresas formarern
emprego de comunicaeao nao-verbal, tudo isso sera posto a prova. A maioria de redes de negocios e empresas conectadas em rede.
nos sentira alivio ao perceber que essa nova era nao surgira da noite para 0 dia.
Atualmente, a informagao e os slstemas de informacao, bem como a comuni- Ricos em informagao, pobres em informagao — ou quem paga pela infor-
cacao a isso inerente, vém aumentando, gradualmente, seu impaeto sobre a magao? '
sociedade e os valores que esposamos. As questoes essenciais sac:
Existe o temor de que, a medida que o valor da informacfio obtenha reconhe-
cimento mais amplo e o acesso a ela se torne mais imediato, segmentos inteiros
Globalizagao _
da sociedade ver-se-ao privados dela. Isso taivez nos faga retroceder ao concei-
Melhores telecomunicagoes permitiréio as pessoas formar suas proprias comu- to original de biblioteca publica, ou, nesse caso, biblioteca publica eletronicai
nidades independentemente da localizacao geografica. lsso ajuda a formagao cle
grupos de pessoas que tenharn interesses, politicas ou objetivos comuns. Nesse Propriedade intelectual e questoes de direito autoral
nivel existe potencial para o desenvolvimento da aldela global. Outra conse-
Estas sao questoes que nao sao estranhas as questoes de mercado. Informaeao-de
qiléncia da aldeia global é que melhores comunicaeoes mudam os horizontes e
qualidade, sejatextual, estatistica ou multimidia, custa tempo, esforqo e dinheiro
expectativas de estilos de vida das pessoas. E provavel que isso tenha impacto
para criar. Os produtores procuram recuperar seu investimento. No entanto, é
em outro aspecto da globalizaeao: a economia global. Ha varias caracteristicas
dificil fazer com que seja respeitada a proteeao ao direito autoral no caso de
da economia global que provavelinente se encontram num estado cle evolueao.
documentos eletronicos. E muito facil copiar ou importar partes de bases de
Entre elas temos:
dados.
- a diferenciaqfio regional da economia global
‘Uri . - a segmentaeio da economia global Seguranga e protegéo dos dados
- as fontes de COmp€liIiViClE1dE: numa economia global. Alguns dados, inclusive, por exemplo, transagbes financeiras, dados relativos a
seguranea nacional e dados comercials sigilosos, precisam ficar protegidos.
Mudangas nos padroes de emprego Ademais, é com razao que nos preocupamos com os dados a respeito de nossas
De inlcio, atecnologia da informagao foi vista como algo que desaflava a ordem pessoas que sao arrnazenaclos em inlimeras bases de dados. A protegao de dados
estabelecida no local cle rrabalho e como um meio de eliminar tarefas rotineiras. preserva a privacidade do indivicluo.
Previu-se, ponanto, que a introduciio da tecnologia da informaefio seria 0 pre-
nimcio de desemprego e menos postos de trabalho. lsso provavelmenre ocorreu Padroes -I
em certa rnedida, mas 0 quadro geral nao é assim tao simples. Uma conseqtién- Essa é uma questao com a qua! a indirstria de computadores tem-se debatido,
cia da era da informaeao foi abrir a concorréncia global e acelerar 0 ritmo das incansavelmente, ha muito tempo. Basicamente, se uma empresa importante
mudangas. Os trabalhadores precisam adaptar-se a essas mudanqas. D21-se cada pode obter uma vantagern competitiva ela fara com que seus padroes para uma
vez mais ateneao a esquemas flexiveis de traballio e a uma variedade de es- nova tecnologia acabem tornando-se defacro os padroes para 0 resto da indus-
quemas coritratuais entre empregados e empregadores. Quem espera enconrrar tria. Por outro lado, todas as partes reconhecem a necessidade de padroes. Este
um novo_ emprego precisa assumir a responsabilidade de se manter atualizado
INTRODUCAO A BIBLIOTECA ELETRCNICA 19
18 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORM.-KCAO
RESUMO
tipo de conflito entre mercado e poder, no que toca a padroes, provavelmente
ocorre sempre que surge um novo avango da tecnologia e pode até funcionar Ha inumeras interpretagoes que se aplicam E1 expressao 'biblioteca eletr6nica',
como um obstaculo a criagao de uma comunidade totalrnente em rede e que se porém este livro, na realidade, trata do caminho que nos leva a biblioteca ele-
intercomunrque. tronica. Esta poe em relevo duas categorias principals de sistemas: os de geran-
ciamento de bibliotecas e os de recuperagao da informagao, como os sistemas de
Conservagao e controle bibliografico gerenciamento de documentos, servigos de busca em linha, cederrons elnternet.
Ao longo dos ultimos anos ocorreram lnumeros aperfeigoamentos desses siste-
Ha rnuito as bibliotecas lidam com a questao da conservacao em carater penna-
mas, que hoje podem ser considerados essenciais ao funcionamento das organi-
nente dos registros de informaeao. Os documentos eletronicos suscitarn varios
zagoes. A Visio para 2020 da Library and Information Commission resume
problemas quanto a manutengao de um repositorio permanente; podem ser di-
diretrizes sobre 0 desenvolvimento futuro, que acarretara mudangas nas fungoes
nfimicos e cambiantes, sendo relativamente facil criar varias versoes diferentes.
de muitos dos participantes e interessados do mercado da informagao. O avango
Qual dessas versoes devera ser depositada no acervo destinado a preservagao?
rumo it sociedade da informagao serzi, porém, influenciado pela forma como
E claro que é diflcil decidir sobre 0 que constitui um documento; também é
vierem a ser enfrentadas questoes como globalizagao, padroes, direitos de pro-
dificil manter o controle bibliografico desses documentos. Outras questoes
priedade intelectual, seguranga e controle bibliogréfico.
pertinentes sao:
- Quais dados devem ser arquivados em carater permanente? QUESITOS or REVISAO
- Quais meios de armazenamento devem ser usados? O que vocé entende pela expressao ‘biblioteca eletronica’?
- Quanto tempo a base de dados durara sem sofrer deterioracao? 01- Quais sao os principals sistemas de uma biblioteca eletronica?
- Como poderao as pessoas ter acesso a bases de dados mantidas ern arqui- LA Relacione os principals avaneos que contrjbuiram paraa evolucao
vos permanentes? da biblioteca eletronica nos ultimos 20 anos.
Se essas questoes puderem ser encaminhadas satisfatoriamente, entao o cenario 4 Quais os aspectos principals da visao para 2020 da Library and In-
da figura 1.2 podera vir a transformer-se em realidade em 2020. Do ponto cle formation Commission do Reino Unido? ~
vista da tecnologia, esse modelo ja é possivel, embora nao haja implementacao 5 Quais as principals funcoes dos participantes e interessados no mer-
que reuna todos os componentes dessa experiéncia. Antes que esse cenario se cado da informacao eletronica? -
tome uma experiéncia compartilhada por comunidades inteiras, sera preciso dar 6 Quais os principais problemas a serem enfrentados na sociedade da
mais atengao as questoes esbocadas nesta secao. De fato, a maneira como essas informaeao?
questoes forern enfrentadas podera determinar os limites, natureza, cultura e
valores das comunidades vinuais emergentes. Como 0 demonstraram os ultimos ESTUDO DE CASO DE IMPLEMENTAQAO: DE MONTFORT UNIVERSITY
25 anos, isso levara tempo, e, a medida que tateamos rumo a essa miragem,
Definigao de biblioteca eletronica
surgirao visoes alternativas e se comprovara que nossas projeeoes para 0 futuro
Quando nos, da De Montfort University, concebernos 0 projeto ELINOR para
foram em pane concretizadas. Ainda bem que 0 processo em si té bastante
nosso campus novo, em Milton Keynes, em 1991, sugerimos a definigéo de
interessante, nao sendo preciso aguardar o fim dajornada!
‘um ambiente de ensino e aprendizagem para o ensino superior em que a
inforrnagao fosse conservada principalmente em formato eletronico’.
Reflexao Analise 0s problemas pertinentes a conservagao perma-
Esse foi 0 primeiro projeto de biblioteca eletronica da Gra-Bretanha e ern
nente cle:
grande parte estavamos envolvidos em pesquisas teoricas. Era uma hipétese
- uma colegao de jornais impressos em papel de trabalho que precisava ser flexivel e nao muito detalhada, pois estavamos
- uma colegéo de jornais eletronicos lidando com muitas variaveis em todas as areas pertinentes da tecnologia,
- um video de um programa de televisao industria editorial, direitos autorais, gerenciamento cla informagao e ques-
' informagoes empresariais como as que sao apresen- toes concernentes aos usuarios. Nossa cautela era justificavel. Embora nossa
sentadas em sitios de empresas na Rede. viséo e estratégia fossem totalmente confirmadas pelos avangos em matéria
de biblioteca eletronica e outras iniciativas no mundo inteiro, muitos aspec-
‘v
n~mzoour;Ao A BIBLIOTECA ELETRONICA 21
20 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMAC/10
A biblioteca virtual, porém, nao implica locaiizagao fisica, seja para 0
tos praticos nao poderiam ser previstos. Seis anos depois aprendemos muito usuario final, seja para a fonte. O usuério pode acessar a informagao a partir
e a lnternete a World Wide Web desenvolveram-se muito além do previsto_ de qualquer ponto e a informagao estar em qualquer lugar. Ha um sentido
Desde nosso primeiro projeto ELINOR, que lidava com métodos de processe- de aleatoriedade, pois é irrelevante para 0 usuério saber onde a informagéo
mento de imagens de documentos, temos trabalhado com imagens graficas é rnantida.
e recuperagao (euse 1) sow (stsa) PDF (Phoenix). No ELISE 11 trabalhamos Para mim, portanto, a biblioteca virtual independe de local, é acessada
com pacotes de video, audio e multimidia no contexto da biblioteca eletro- e fornecida pelas redes de comunicagoes, enquanto a biblioteca eletronica
nica. Aprendemos e estimulamos desenvoivimentos no licenciamento de pode servisitada fisicamente pelo usuario. A biblioteca virtual, é claro, pode
produtos eletronicos, em questées e interfaces concernentes aos usuérios, e ser oferecida peia biblioteca eletronica, mas a reciproca nao é verdadeira.
avangamos em matéria de normas, principalmente a Z39.50 para imagens. E discutivel se tal distingao é importante ou so interessa aos puristas.
Para se chegar a uma definigéo é util admitir que a biblioteca eletronica Espero que a maioria continue usando essas denominagoes indiscriminada-
nao se refere a automagao da biblioteca. N50 se trata apenas da Internet, mente.
pois todos concordam que a Internet é anérquica. Nao se trata de conjuritos
de dados secundarios. Tudo isso sao aspectos ou componentes pertinentes, A visao
porém a caracteristica necessaria e suficiente da biblioteca eletrénica é ser Bem, depende. A biblioteca de uma industria farmacéutica, em 2005, seré
formada por material prirnério essencialmente em formato eletronico. Em bem diferente de uma biblioteca-ramal de bairro, mas, como exemplo, veja-
1995 aperfeigoarnos nossa definigao de modo a levar em conta as pesquisas mos a biblioteca de uma universidade nova de tamanho rnédio, com cerca
realizadas e chegamos ao seguinte: ‘um ambiente administrado de materiais de 10 000 estudantes, cuja receita se deve ao ensino (80%) e a pesquisa
multimidia em formato digital, destinado a beneficiar a populagao de usua- (20%). O cenario seguinte é bastante viavel: _.
rios, estruturado para facilitar o acesso a seu conteudo e equipado com
recursos de auxilio a navegagao na rede global’. 1 Todos os recursos didaticos para cursos, materials de apoio, videos, si-
N50 esperévamos que nossa definigao tivesse vida longa, rnas por mulagoes e textos irnponantes sao mantidos na biblioteca eletronica.
enquanto parece que ela vem resistindo bem. 2 Os programas universitérios sao ministrados basicarnente por meio de
métodos baseados em recursos pedagogicos e centrados no estudante.
Biblioteca eletronica e biblioteca virtual 3 A biblioteca faz parte do consércio da biblioteca nacional digital e, por
Na De Montfort University acabamos de concluir uma‘ extensao da intermédio desta, da biblioteca global digital. p
Kimberlin Library construida na década de 1970. Sao 4 000 ml de area, com 4 O quadro de empregados compoe-se de pessoal de apoio pedagégico,
600 lugares para leitores devidamente ligados a rede de comunicagoes, sern com miiltiplas habilitagoes, abrangendo conhecimentos em informa-
acomodagfio para livros. Acha-se em desenvolvimento a instalagao de uma gao, tecnologia da informagao e cornpeténcia académica.
biblioteca digital que utiliza um supercomputador IBM SP 2, para fornecer 5 O tempo de acesso a informagao/estudo por estudante é 70% eletrénico
produtos eletronicos a essa nova extensao e a outros campi descentralizados e 30% impresso.
da universidade. De certa maneira, poder-se-ia alegar que essa é uma 6 O espagoda biblioteca é composto de 70% de espago de estudo iigado
verdadeira biblioteca eletronica, mas, por outro lado, talvez ainda dernore :1 rede de telecomunicagoes e 30% de acervo de livros.
até que a maior parte das informagoes seja fornecida aos estudantes em 7 As despesas sao 70% corn recursos eletronicos e 30% corn impressos.
formato eletronico. Com certeza estamos um tanto distantes de gastar mais 8 O uso é controlado com cartoes inteligentes que permitem ao usuario
com informagao eletronica do que com produtos impressos. acessar servigos gratuitos no ponto de uso e também servigos pagos.
Num contexto universitario é claro para mim que espago para informa- 9 Todos os dormitories estudantis sao ligados a rede de telecomunicagoes.
gao e estudo sera sernpre irnportante, mesmo que surja um substancial 10 Todos os servigos 550 acessiveis de casa, do local de trabalho e de biblio-
mercado novo para ensino a distancia no lar ou no local de trabalho. A tecas publicas.
biblioteca como espago conducente ao ensino é importante para os
estudantes, ainda que esteja repleta de computadores, nae de livros. A Mel Collier
biblioteca eletronica, portanto, é urna biblioteca, que atende a definigao De Mont-fort University
formulada acima, mas que esta ligada a um espago fisico ao qual as pessoas 3
recorrem em busca de servigos fornecidos de forma eletronica. 4;.
i3..

lNTRODUCAO A B113 LIOTECA ELETRONICA 23


22 INTRODUCAO A TECNOLOGIA on 1NFORMACAO
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1
-_—.-_—. ‘-|. m.- EQUIPAMENTO 25

2.2 A configuragéo bésica do computador


O computador aceita dados como entrada, processa-os é, como saida, produz
dados. Estes, durante 0 processamento, sfio armazenados. O processamento é
controlado por uma seqiiéncia de instrugoes — o programa —— que ficam arma-
zenadas no computador. Os componentes bésicos do computador abrangem,
Equipamento portanto, os dispositivos do entrada, 0 processador, os d ispositivos auxiliares do
armazenamento e os dispositivos de saida, que so combinam entre si na forma
mostrada na figura 2.1.
OBJETNOS ,a_~___,. ».-, _-.» ,- _; ., _ .'7<_ ;_a*_ _
I dispositivos externos de armazenamento
(ou armazenamento auxiiiar)
Os computadores cornpreendem cinco componenies: (ou armazenamento secundzirio de dados)
* equipamento - os componenkes fisicos visiveis dos cornpuladores 1D
- programas -instrugoes colocadas no equipamento para inforrné-lo sobre como dispositivo % processador _9 diSp05iliv0
resolver um problema ou executar determinada tarefa "v~_---1-1-¢\-<-w. de entrada inciusive de saida
- redes, que interligam os computadores de modo que possam comunicar-se en- unidade aritmética e logica
tre si unidade de controle
~ bases de dados — a forma como os dados séo mantidos nos compuiadores I
meméria principal
- pessoas, que utilizam e projetam os computadores. l
|
Figura 2.1 Configuragéo be-isica do computador
Este capitulofocaliza a configuragéo bésica de um computador e seus componenteso A0
término deste capitulo vocé teré: 1
Fungées dos componentes de um computador
v

- compreendido a fungéo dos componentes bésicos do computador Cada um dos vérios componentes do computador desempenha funqoes especi-
- conhecido a importéncia da unidade central do processamento ou processador flcas, que podem ser assim resumidas:
para se definir 0 processador do sistema
Os dispositivos de entrada aceitam dados, que convertem para uma fonna le-
- conhecido os dispositivos exlernos de armazenamento givel por C0mpUladOr e transinitem para a unidade processadora, a qual com-
- conhecido a variedade de dispositivos de emrada de dados e do contexto em preende unidade do controls, unidade aritmética e logica e memoria principal.
que cada um deles é apropriado
Suas funqoes sfioz
- conhecido a variedade de dispositjvos de saida e impressoras
- conhecido os diferentes modos de processarnento. 1 A unidade do controle decodifica e executa instruooes do programa, con-
trola e coordena os movimentos dos dados no processador, e entre este e
2.1 lntrod ugio outros componentes do computador.
Para compreender os sistemas que serfio descritos mais adiante é preciso co- 2 A unidade aritmética e logica executa operaqoes aritméticas e opera-
nhecer um pouco sobre 0 cquipamento bésico ou componentes fisicos dos com- goes logicas.
putadores. Este capitulo contérn uma breve visfio dos principais cornponentes 3 A memoria principal armazena programasdurante sua execugfio, armazena
desses sistemas. Comega examinando a configuragfio bésica do computador e dados que estejam sendo usados pelo programa corrente, e armazona o sis-
em seguida trata de seus componentes dc modo mais minucioso. A configura- tema operacional, que controla 0 funcionamento do computador.
<;§o bésica descrita abaixo aplica-se igualmente a todos os tipos do computador, 4 A memoria secundéria ou auxiliar mantém um registro permanente de
sejam eles dc grande porte, minicomputadores ou microcomputadores. As dife- dados e programas, armazena 0 programa e os dados que estejarn sen-
renoas entre essas tipos do sislemas sfio resumidas no capitulo seguinte. Este do processados, so a memoria principal nfio os comportar, e serve de dispo
capitulo termina com uma breve revisio dos modos do processamento. sitivo de entrada e saida se estiverem em formato legivei por computador.

§
1
I‘
i 1
.!
R

s EQUIPAMENTO 27
26 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO 1
2.3 O processador
5 Os dispositivos de saida acoitam dados procodontos do procossador o os
convortom para 0 fomiato do saida dosoj ado. O procossador varia do um sistema para outro, ombora todos os processadoros
possuam trés componontos: a mornéria principal, a unidado aritmética o légica o
,.0,-I>.4»~w_.-\i _H.<-1-. Hojo em dia, o computador raramonto é constituido do uma so maquina, mas do a unidado do controlo. A seguir oxaminaromos cada um desses componontos.
um grupo do maquinas intorligadas quo sao usadas para oxooutar cortas tarefas. A memoria principal, também oharnada mornoria do acesso imodiato ou
Num arnbionto do redo, 0 usuario podo tor acesso a inumeros procossadoros, rnomdria do acesso diroto, armazona 0 sistema operacional. Também armazona
».;
.-_“'7.1,_!.
improssoras o outros poriféricos. Mosmo na configuragao do um imico compu- dados o programas onquanto ostao sendo utilizados. A memoria principal ba-
tador isolado, ondo so oxisto um procossador, os usuarios podem tor a opcao do seia-so om microprocossadoros do silicio, quo emprogam técnicas do intograoao
l ligar uma variodado do poriféricos, inclusive, por exemplo, uma unidado do co- orn grando oscala. Um microprocossador é um poquono quadrilatoro do material
dorrom ou dois tipos diforontos do improssora. A combinagao particular do somicondutor que contém contonas do milharos do circu itos oletronicos. Cada bit
equipamontos a que um usuario pode tor aoosso é conhocida como configuracao prosonto no microprocossador mantérn-so numa célula individual do dois esta-
F
do computador. Sistomas poquonos sao muitas vezos comprados como um dos que pode, portanto, contor um zoro ou a unidado. E possivol oscrovor om
r
pacoto comploto. A figura 2.2 mostra a ospecificaoao tipica do um microcom- cada célula individualmonto o lor o que ali osta oscrito. O tormo \/Lsl [very large-
1v
1l putador multimidia. Note quo ela inclui uma unidado do codorrom, uma piaca do s scale integration (integraoao om oscala muito grando)] é omprogado para
som, placa do graficos o um modem intomo.‘ identificar microprocessadoros do mais do um milhao do bits.
1
Em soguida, tratamos do alguns dos dispositivos que so onquadram om cada
3
A momoria divide-so om areas separadas do armazonamonto, cada uma das
uma dessas catogorias o examinamos alguns dos critérios a sorom lovados em quais dispoo do um ondereco o guarda dotorminada quantidado do bits do
conta quando da solooao dos varios cornponentos. Dispositivos o configuragoos informaooos.
diforontos sao apropriados para tipos diforontos do aplicacoos e isso, om corta Cada célula consisto num dispositivo do dois ostados capaz do contor a uni-
modida, rospondo pola variedado do opcoos disponivois. lr
dade ou um zero. E prociso, portar1to,omprogar um grupo do células para arma-
zonar simbolos como numoros ou letras. As diforontos combinaooos do valoros
Processador Intel Pentium ll P300 < nas células do um grupo sorao, assim, emprogadas para represontar diforontos
Conjunto do chips Intel 44lJFx
simbolos. O capitulo 4 oxamina os codigos quo sfio usados para quo simbolos
Placa-mae Form Factor l | possam sor armazonados.
r RAM do 64 MB zoo
= Unidade do cederrom do 24 x
Ha trés tipos do microprocossador do momoria: RAM, ROM e PROM. As RAMs,
1
?
Unidade do disco rigido do 5,25 GB ou mioroprocossadoros do momoria do acesso aloatorio, sao usadas para gravar
i Unidade do disco floxivel do 3,5 polegadas/1,44 MB programas o dados que sorao armazenados tomporariamonto. Dados novos po-
Exabyte Eagle Nest (|D£} ‘ dom ser gravados sobre dados oxistontos. Os dados so consorvam como ostados
5 Placa do som do 16 bits i olétricos tornporarios nos microprocessadoros. O contoudo da RAM dosaparoco
Moméria cache pipeline burst do S12 K ao so dosligar a maquina, por isso so diz tratar-so do uma momoria volatil. Cada
Placa do grzificos do 8 MB computador possui uma quantidado diforento do RAM. A RAM é importanto para
‘ Modem intorno do 56 K dotorminar a poténcia do procossador. A quantidado do RAM oxigida para difo-
“ Teclado P52 e mouse
rontos aplicaooos vom aumontando, a modida que surgom programas mais
Gabinete minitorre
Windows 95 comploxos que oxigom maioros RAMS para quo possam rodar com oficiéncia.
p Garantia do 12 moses (disponivel por trés anos no enderogo do cliente) Alguns computadoros também omprogam momorias aponas do loitura ou
ROM, as quais armazonam os dados do modo pormanonto, o os dados nolas
Figura 2.2 Exemplo do ospecificacéo do uma estagao do trabalho com rogistrados no momonto da fabricaoao do computador nao podem ser altorados.
microcomputador As vozos sao emprogadas para o armazonamonto do programas usados com
r
froqiiéncia, além do sistema oporacional, do modo quo nao procisam ser
‘ A volocidado com que ovolui a toonologia da informacao oxige a loitura atonta dos dados rolativos carrogados a partir do uma momoria socundaria.
z
as caractoristicas do oquipamontos, sistomas opcracionais o programas, pois os recursos aluais Os PROMs sao mornorias programavois aponas do loitura. Sao nao-voiatois,
podem havor suporado os limitos quo eram comuns no momonto da rodacao do toxto. Para dados ‘$\
porém o usuario podo altorar os itons nolas prosontos, so nocossario, por moio do
aluais, recomonda-so a consulla a fornecedores ou espocialistas. (N.T.)
'u\

-wWee-W»
F
1
EQUIPAMENTO 29
28 INTRODUCAO A TECNOLOGIA oa INFORMAQAO
um gravador PROM. Uma EPROM o uma PROM apagavol, isto é, podem sor armazonar dados om formato logivol por computador. Para tanto oxistom os
apagados os padroos do bits na PROM, an.w.-¢w~>.-n<»u.¢-qul-g\,>-v-
dispositivos do armazonamonto secundarios, oxtornos ou do soguranca. Os
Alom da RAM, os computadoros podem utilizar momoria virtual. So a RAM dados o programas sfio guardados no dispositivo auxiliar do armazonarnonto até
for muito pequona para armazonar um programa grando, partes dole sorao ar- que venham a sor nocossarios, quando ontao serao transforidos para a rnomoria
mazonadas om momoria virtual o trazidas para a momoria principal sompro que principal. Existem atualmonto aponas trés tipos importantos do meios extomos
nocossario. Em gerai, o armazonamonto virtual tom a forma do uma memoria do armazonamonto: fita rnagnotica, disco magnotico o disco optico. Alguns dos
auxiliar, como um disco rnagnético. critérios para a solocao desses dispositivos do armazonamonto sao:

' custo, om tormos do MB do dados armazonados


Reflexzio Expliquo as diferongas entre ROM o RAM. ¢-,_=-,R_.-‘,1_-‘ma.’A._
- capacidado total do armazonamonto
- durabilidado do meio do armazonamonto dos dados
A unidado aritmética o logica roaiiza oporacoos logicas o aritméticas. Por - naturoza fisica do meio do armazonamonto
exemplo, talvoz soja preciso roalizar alguns calculos para obtor 0 total do mul-
- caractoristicas funcionais, tais como facilidado do apagamonto ou oxistén-
tas apllicadas pola bibliotoca, ou (num sistema do rocuperacao) rocuporar todos cia do acosso diroto
0S.l'€glSlIl'OS que possuam data do publicacao posterior a 6.1.1997. A unidado - velocidado do rocuporacao do dados, tais como tempo do acesso o taxa do
aritmética o logica consiste em varias localizacoos do armazonarnonto chamo- -: -s \-~—
transforéncia do dados (da momoria para o computador)
das rogistradoros, quo so dostinam a armazonar dados antes, duranto o dopois da
' métodos disponivois do organizacfio do arquivos _
oxocucao do uma instruoao do programa que onvolva uma operacfio aritmotica - robustoz do meio duranto 0 manusoio o procossamonto I Y5
is
ou logica. - portabilidado ontro slstemas. =_‘,
A unidado do controle o 0 contro norvoso do computador. Exorco controlo E
sobre o funcionamonto do sistema. Docodifica o oxocuta instrucoos do progra- Refloxéo Por que a portabilidado é as vozes importanto no cas'_o do
mas, uma a uma, o controla o coordona os movimontos dos dados no procossa- um dispositivo externo de armazonamento? If
dor o ontro osto o outros componontos do computador.
s
O procossador trabalha a uma volocidado muito maior do quo a do um pori- \ Fita magnética
forico, como uma improssora. A unidado do controlo garanto que o procossador ..
onvio uma monsagom do impressao para a improssora, continue trabalhando A fita magnética chogou a sor amplamento utilizada como meio do armazona-
enquanto osta imprimo, o om soguida onvie dados adicionais a sorom impressos monto, mas vom sendo gradativamonto substiiuida polo disco magnotico. Na fita
dopois quo a improssora river torminado o primeiro lrabalho. magnotica os dados sao armazonados om forma do flloiras do pontos mag-
Os melhoramontos introduzidos na arquitotura do procossador sao funda- notizavois. A fita é foita do plastico rocoberto do oxido do forro. A flm dolor ou
montais para o dosonvolvimonto do computadoros mais potontos. Os trabalhos gravar na fira magnética é nocossario passa-la por cabocas do loitura/gravacao.
nesse sontido tom so concontrado em: aumentar a volocidado do funcionamento Estas caborjas altoram ou captam a magnotizagao dos pontos, o os dados podem
do procossador, a fim do que os programas sojam oxocutados do forma mais sor gravados, lidos, apagados ou gravados por cima. Os dados, uma vez grava-
répida, o om liborar para o procossador maior quantidado do RAM, do modo quo dos, pormanocem na fita indofinidamonto, o podem sor lidos quantas vozes for
programas mais oxtonsos o mais complexos sojam nolo guardados duranto a preciso. A fita é bobinada do um carrotol para outro duranto a loitura ou a gra-
oxocucfio, oliminando assim a nocossidade do ir buscar programas numa mo- vacao, com o auxilio do uma unidado do fitas.
moria socundaria duranto o procossamonto. Oulros aporfoiooamontos incluom 0 O acesso aos dados armazonados om fita é soqiioncial. Num dispositivo do
procossamonto paralolo, que pormito a roalizacao do trabalhos om modo para- acesso soqiiencial os dados so sorfio rocuporados so for foita uma busca no
lolo e nao om soqiiéncia, bem como microprocossadoros com conjunto do dispositivo intoiro. Naturalmonto, so é possivol fazor buscas numa fita subme-
instrucoos roduzidas [RlSC, do reduced instruction set compulers]. tondo-a a uma varrodura polas cabocas do loitura/gravacao. As fitas funcionam
bem no modo do oporacao em lotos, quando é acoitavol 0 acesso seqiloncial.
2.4 Dispositivos extornos do armazonamento Dontro suas aplicacoos mais comuns estao os rogistros acurnulados do transa-
coes, improssao do faturas, classificacao o procossamonto do rogistros oditados.
Como so mostrou acima, a momoria do procossador é volatil, o também o relati- As fitas aprosontam duas vantagons principals: sao baratas e ponatois, o que
vamonto cara. E prociso contar com um meio mais pormanonto o mais barato do

¥
EQUIPAMENTO 31
3° 1NTR0DUCAo A TECNOLOGIA on INFORMACAO
0asato rréam apropnadas
' - para coplas
como meio ' - dc back-up ou seguranca. Dados Os discos opticos sao lidos por uma unidade de disco optico, que pode estar
UT Va os em outros meios de armazenarnento podem ser copiados em fita e ligada a uma maquina isolada ou estacao de trabalho local on estar acessivel em
guardados para seguranga. rede. Nas configuracoes isoladas, as unidades de disco ficavam originalmente
separadas da cstacao de trabalho. Ha um mimero cada vez maior de estacoes de
Disco magnético . trabalho em que a unidade de cederrom é parte integrante dela. Muitas vezes é
preciso acessar uma variedade de discos, o que se obtém com o emprego de:
O C|lSCO rnagnéncoflpossui uma superficie magnetizavel onde os dados sao ar-
Zfignfilflogazzg;1g=;l§ ;:?>trc1,<;§nl:!rci'cos'cl'1arnados trilhas. dados sao gravados '"W1'<-“—-* i-~' ¢'4‘.!L:In 'c.1g:_-=~.-1 =,._ :;“»-4-r.~G
- unidades dc disco reunidas em forma de colar, onde varias leitoras séo li-
blows‘ O padrfio deizmhas e Sane izavsis. Astrilhas ciividerri-se cm setores ou gadas em série
de discs B pelo 6 ores c eterminado pelo fabricante da unidade ' slstemas empilhados dc torres, onde varios acionadores sao alojados numa
prourama que controla o movimento da cabeca de leituraJgra- mesma unidade . <
vacao. A combinacao de um nurnero de trilha com um nfimero de setor é deno- § ~ sistemas de caixas de conexéo {jukebox-es], que funcionam como uma des-
minada endereco. As cabccas de leitura/gravacao vfio passando sobre 0 dig¢Q_ sas vitrolas autométicas, encomradas em recintos piiblicos, em que os clien-
eilquanlo ele gira no acionador, assim Iocalizando cnderecos especificos. Os tes escolhem os discos que ouvirfio.
discos, porianto, sao dispositivos de armazenamento de acesso direto.

-
As unidadespachamse l_ Disgosmvos perifericoschamados unidades de d1SCOS.
tador mas Os con_ 153 as pcrmanentemente ao processador do compu-
-—one“-—-in'— As caixas de conexao de mililtiplos acionadores, que permitern que mais de um
disco seja iido pelos usuarios ao mesmo tempo, sao particularmente flexiveis.
Ver o capitulo I0 sobre informacoes adicionais a respeito dc redes de cederrons.
_ , I | _[Ul'\[0S de discos sao, geralmente, intercambiaveis ou removi- Ha trés categorias dc discos opticos: --9
veis. maioria dos conjuntos do discos dc maquinas de grandc porte sfio inter- ."a

cambiaveis, ou seja, podem ser removidos da unidade de discos. Os conjuntos Discos opticos apenas de leitura - ‘ -.‘ ._;
'
que sfio fixos costumam possuir maior capacidado. Uma vez instalados, a uni- H-K
,bt.lflh-.d4hl. \
Nestc caso a editora codifica 0s dados no disco e o usuério final recebe um disco
iflgcgazdcoin quc os discos girem continuamente a uma velocidade muito alta. I que so serve para ieitura, que é colocado numa leitora especial, semelhante a um
fiCié1:10fld?SEg5f1:)[::3lBi1<;sa§ debgravacao/leitucga, em geral uma cabcca por super- toca-discos, onde serfio lidos os dados, textos e informacoes em audio ou video
disco mas flu,mam no colgpf racos movers e acesso. Ascabecas nao iocam no que neie estiverem gravados. Estes discos séo um meio de publicacao e vém
» _ ao dc ar criado por sua rotacao. A alternativa e usar encontrando enorme
uma umdade selada de disco, conhccida como Winchester ou disco rigido. . aplicacio. Ha
. varios tipos. de discos
. apenas de leitura
I .dque
550 utilizados em mumeras aplicagdes. Os vidcodiscos foram desenvo V1 os
Os discos flexiveis on disquctes sac amplamcnte empregados nos micro- para a distribuicfio dc imagens de video pré-gravadas. Os videodlscos hibndos
computadores. Atualmerite, os disquctes comuns tem 3'/1 polegadas de diame- armazenam, num mesmo disco, varios tipos de mformacoes, inclusive textos,
tro, e apresentam diferentes capacidades dc armazenamento. Um disquete dc dados e imagens de alta qualidade; a falta de padronizacfio e o alto custo do
alta densidade de 3‘/1 polegadas tem capacidado para 1,44 MB. equipamento tém restringido sua adocao. Os discos compactos (cedés) sao
produtos dc consumo muito populares no mercado dc discos musicais. Os discos
Discos opticos compactos dc memoria apenas dc leitura (cederrons) sao uma adaptacao direta
Nos sistemas de memoria optica emprega-sc um raio laser focalizado para criar do sistema cedé para a publicagao e aplicagoes em processamento de dados. O
umaidepressao ou cavidade num disco de modo que os dois estados de cavidade cederrom é também usado como meio de distribuicao de suites de programas,
ivazio) e nao-cavidadc (cheio) possam ser usados para armazenar um zero ou a q ue exiviriam
a muitos disquetes se fossern assim distribuidas. E cada vez maior
umdade. Vazios e cheios apresentam propriedades difercntes de reflexao da luz, o numero dc cederrons que sao multimidia (voltaremos mais tarde ao conceito de
as duals sao detectadas pclo raio laser ao fazcr a leilura do disco. Os pontos sao multimidia). Progressos mais recentes procuraram oferccer padroes que com-
muito naenores do que os gravados em disco magnético e, por isso, sao maiores portem informacoes multimidia em disco compacto, como o disco compacto
asdensidades de gravacao. Nap existe contalo fisico entre o disco e a cabeca de interativo (CD-I) e a arquitetura ampliada de cederrom (CD-ROM XA). O video
' 5
leitura. v Os meios opticos sao, portanto, mais robustos do que os meios diflital
D interativo (Dvi) é um sistema potente dc compressao e descompress o
magncticos para o armazenamento de informagoes a longo prazo. para video e audio digitais, que permite gravar num iinico cederrom mais de 60
rninutos dc video com Lela completa e imagcns em rnovimento.
8'
I
I
i

EQUIPAMENTO la) Lu

32 nurnooucao A TECNOLOGIA oa INFORMACAO


do procossador, ha niemorias intermediarias que funcionam como interface
O cede": de video e o cede dc video digital (DVD, devedé) sao meios de arma- entre os perifericos relativamente lentos e o procossador. As memorias inter-
zenar videos compleros de filmes_ Os devedés, por exemplo, tém capacidade de 1,-vr~.Qi-ysy_~|»euz.\»-‘,.Qr-i,a.“ w mediarias guardam os dados de entrada (e de saida) até que 0 processador ou o
P610 MBHOS 4,7 GB, que pode ser dobrada com discos de face dupla. E provavel dispositivo de saida esteja pronto para manipula-los.
'~I'
a-.=i=s:=‘m _." *-'~i'r~':
que suas apl lCa(,:6eS ocorram principalmente no setor do entretenimento, e talvez Os dispositivos de entrada sao os meios pelos quais tanio os dados quanto os
ii o devede venha a substituir os videocassetes e respectivos aparelhos dc ‘-'“.'-=$41 programas sao inseridos no sistema, e, em geral, sao responsaveis pela con-
gravacao/reproducao na exibicao de filmes. Os devedés também comportariam versao dos dados para um formato legivel por computador. As pessoas lidarn
unico disco arquivos retrospectivos completos de grandes bases de dados com letras, nfimeros e palavras, mas os dados sao armazenaclos no computador
1
bibliograficos, como ERIC e MEDLINE. como digitos binérios. Os dispositivos de entrada servem dc ponte, atuando
como tradutores ou interface. Ha varios e diferenres dispositivos de entrada, e a
Discos opticos gravéveis - (WORM e CD-R) natureza dos dados a serem inseridos no sistema é que definira qual o mais
Os discos WORM (Write Once Read Many) [escreve uma vez, lé muitas vezes] adequado para determinada aplicacao. Os dados podem ser caracreres, nume-
1
sao_usados para arquivamento, feito no local, de dados que as organizacfies ros, grzificos, video ou voz, e sua quantidade pode variar bastante. O método
queiram armazenar e consultar, mas nao alterar. Os usuarios dos discos WORM especifico a adotar depends da configuracao do computador instalado e, em
gravam seus proprios dados no disco, que seré lido quantas vezes for necessa- i certa medida, da natureza da operacao a ser executada. Por exemplo, ao regis-
iit trar as transacoes de ernpréstimos numa biblioteca, é importante que o acesso
rio. lim bibliotecas, por exemplo, os discos WORM tém sido utilizados para o
arquivamento de jornais. As editoras podem também desenvolver bases de da- seja ern linha, porém a quantidade de dados a serem inseridos seré relativa-
dos de imagens em discos WORM e distribui-las ern cederrom. inente limitada. Outras operacoes, como a criacao de bases de dados, podem
Uina presenca mais recente no mercado é a do cede gravavel (CD-R), tec- envolver a entrada de um grande volume dc dados. ' . -l ._
nologia que é basiante barata para ser usada por fabricantes de programas de Alguns dispositivos de entrada inserein os dados diretamente no compu-
-Mew,-<-“F
coiiiputador destinados a pequenos niclios de mercado, produtores de multi- tador, enquanto outros primeiro irisercm os dados num suporte intermediario.
I
midia e publicacao de material institucional. O cede gravavel comparado com a I Por exemplo. cenos dispositivos portateis permitein ao usuario armazenar os
prensagem de cedés rorna acessivel a criacao de um cederrom. O cede gravavel 1
5-
dados inicialmente em disco. Esse disco pode em segiiida ser colocado numa
é um meio de arinazenamento seguro e facil de guardar. unidade de disco de um computador e os dados dali transferidos para a unidade
central de processamento. A selecao do método apropriado pode ter urn im-
Disco compacto apagéve! pacto scnsivel na exatidao, velocidade e eficacia da entrada de dados. Eis al-
i
r guns dos dispositivos de entrada cornuns:
E possivel gravar, ler, apagar e regravar dados em discos compactos apagaveis
[C.D-E: COHIIIOHCI disk — erasable], para que sejain usados em aplicacoes que hoje Teclado
utilizam discos mzigneticos. O CD-E emprega, como suporte de gravacio, uma
liga de mudanca de fase quaternaria, baseado no principio de muclanca de fase O tcclado é o dispositivo mais comuin dc entrada de dados. Pode apresentar-se
do material de gravacao entre urn estado cristalino altamente reflexivo e um no padrao QWERTY ou ser desenhado para atender a apiicacoes especilicas. Os
estado amorfo de baixa reflexao. E produto relativamente novo. teclados sao freqiientemente utilizados junto com uma tela na qual sao mostra-
dos os dados que vao sendo digitados. Os teclados sao usados para:
i
Reflexéo E'm ouais tipos de aplicagao os discos opticos podem subs- u
1 ' entrada de dados a partir de uni documento-fonte, como uma fatura
4 tituir os discos magnéticos? - uso interativo em que o usuario, por exemplo, insere comandos ou termos
c
de busca, a fim de consultar uma base de dados
2-5 Dispositivos de entrada, meios e métodos de captura de dados - entrada de dados textuais, como em processamento de textos
l Q5 dispositivos de entrada c saida, junto com a nienioria auxiliar, sao conlie- - criacao de imagens e graficos
cidos como perifericos. Os dispositivos de entrada levam dados ao processador ' o uso de graficos
para que seiam pl'OCESSfldOS, enquanto os dispositivos de saida apresentam os - entrada de dados numa base de dados.
resultadosdo processamenro aos usuarios. A velocidade de operacao dos perifé-
ricos e mais lenta do que a do processador. A fim de obter o maxiino de proveito
5-

i
D
EQUIPAMENTO 35
34 ri\iTRoou¢Ao A TECNOLOGIA oa INFORMACAO
gindo equipamentos capazes de reconhecer maior variedade de fontes e ate de
dO 5dr561-'¢1d05 tem
“ ampla utilizacao
- - ~ porque sao- urn método flexivel
. de entrada de textos manuscritos. Em geral, quanto mais padronizado e de melhor qualidade
=1 0?, sendo empregados na rnaioria das aplicacoes da informatica, apesar de for 0 orieinal, melhor sera a copia por escaneamento optico. O5 indices de erro
D
Suas imitacoes‘, pois a digitacao é uma forma lenta de inserir dados, sujeita a ainda sao inaceitaveis em algumas aplicacoes, mas o OCR tem grande potencial
erros, alem de as vezes sair cara. para entrada de textos e criacao de documentos eletronicos. A entrada de dados
R n ....... ..... .............. . . . . .. por OCR sai muito mais barata do que a digitacao, chegando a ser mais rapida.
9fl¢X-H0 Quais sao as limitacoes dos teclados como dispositivos de Usa-se microfllme como meio de entrada de dados em computador, se forem
entrada de dados? codiiicados numa fonte dc tipos OCR ou outra que seja apropriada.
m’""'"‘-“*'Rf1-w#~qu |-v''irnumwa-n sqg
_.,.-v,. -_. .
R econhecimento
' de caracteres impressos
- com tinta
- magnetica
, . leitoras de codigos de barras
O recorthecirnento de caracteres impressos com tinta magnética [MICR: mag- Os codigos dc barras sao ernpregados exrensamente ern lojas de varejo e biblio-
rienc ink character recognition] é um meio empregado para decifrar caractereg tecas. Cada codigo de barras representa um niimero. E formado por um padrao
impressos coin tinta feita com material magnetizavel. Antes de sua leitura, L
s de barras espessase finas separadas por espacos espessos e finos. Somente sao
passa-se o documento sob um dispositivo que cria um campo magnético; estas importantes as separacoes e espessuras relativas das barras. Os codigos de bar-
W»-
magnetizacoes sao entao detectadas pelo aparelho de leitura. Os caracteres ras podem ser impressos em diferentes tamanhos e cores. Sao lidos passando-se
32:21;fiesziiiIf-hglfgorjfzleghp especial. OdMICR é amplamenteadotado em “-we- uma caneta optica sobre eles on passando-se os codigos sobre um escaner plano.
Os codigos de barras prestam-se para a entrada de dados quando se trata apenas
é o El3i3.
meme fit“ Outro
no casoformato- gaiaiirés temprega
de docplmcmoin ernacionacigelo sistemaO_MICR
e o CMC7. barman?e especial-
bman'lc0 de identificar um item, e os dados compreendem simplesmenie urn codigo. A
“dos por Compumdor também s-resposta, que, embora SB_]Bl'Il produzidos e 1‘ leitura do codigo dc barras registra uma transacao, e a informai;ao-correspon-
I , podem ser lidos por seres humanos. Nos bancos, r
E dente é repassada para uma base de dados em computador. Os sistemas de codi-
os cheques sao impressos com o emprego de MICR com tinta feita com material gos dc barras sao faceis de operar e apresentam indices de erros muitdbaixos. Se
mfigflfifllavel. Assim, a codificacao do numero seqtiencial, banco, agéncia e as leitoras estiverein ligadas a um computador, sera facil alterar dejtas infor-
nurnero da conta do cliente se da antes de a trarisacao ser feita, evitando demora macoes e controlar as transacoes; por exemplo, os precos podem ser_modii'ica-
no processamento. Quando um cheque é utilizado como pagamento, a quantia é dos de modo centralizado, ou, numa ‘oiblioteca, os prazos de emprést-imo conce-
codificada por meio de urn codificador MICR de cheques. Assim, apenas um didos aos leitores podem ser alterados. As transacoes tambérn atualizam a base
campo de dados é pos-codificado depois de a transacao ser efetuada. de dados e indiretamcnte proporcionam informacfies gerenciais.
docsmlvgnctzse gliglpggflzfio rapida e barata quando se tem um grande volume de K
E presentar baixa incidencia de erros, e so nao e mais em- Leitoras opticas de marcas »
pregado devido ao alto preco do equipamento e as fontes de tipos nae serem de
facil leitura. E bem-aceito nos bancos porque todas as partes envoividas chega- As leitoras opticas de marcas {0MR: optical mark readers] sao similares as lei-
ram a acordo quanto aos padroes adotados, o indice de erros ser baixo e as fal- toras de reconliecimento optico dc caracteres, exceto pelo fato de reconhecer
sificacoes dificeis devido a dificuldade de alterar os caracreres sem rasuré-los. marcas, mas nao caracteres, colocadas dentro de quadriculos posicionados de
forma apropriada. Normalmente, prepara-se um documento impresso que ofe-
Leitoras opticas dc caracteres - rece varias alternativas ao usuario_ O documento a ser marcado divide-se em
colunas, cada uma com dez digitos impressos. O usuario marca os quadriculos
O reconhecimento optico de caracteres [OCR: optical character recogniribrr] é l
correspondentes a dererminada alternativa, e, depois, o documento é passado
conceitualinente similar ao MICR e, do mesmo modo, logo encontrou aplicacao por uma leitora optica de marcas que faz a varredura dos quadriculos e cletecta
em documentos-resposra, como nos sistemas de emissao de contas de consumo onde as marcas foram feitas. Em prega-se o sistema de reconhecimento optico de
§[1l:)CE:Eii'lCld3d6 eagua. Os caracteres de uma fonte especial sao impressos no marcas em levantamentos e testes de miiiltipla escolha, folhas de ponto, for-
| ento, que e escaneado por uma leitora, para localizar certos padroes dc luz mularios de encoinendas e nos volantes de apostas de loterias. Presta-se bem
ffiflfitidos, os quais sao traduzidos para um padrao de sinais eletricos que sao para aplicacoes padronizadas quando e’ possivel fazer uma escolha entre poucas
v

transferidos para a memoria do computador. OCR-A e OCR-B sao exemplos de alternativas. Nessas circunstancias, é facil de usar, rapido e relativamente isen-
fontes-padrao. Sao recusados os caracteres que nao sao reconhecidos. to de erros.
Comecou-se a perceber o potencial real do OCR a medida que foram sur-
EQUIPAMENTO 37
36 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
atrativos, nfio apenas porque liberta o usuario da necessidade de usar o te-
Reflexao ldentifique algumas aplicagoes das Ieitoras opticas de mar- clado, mas tambérn porque ele fica com as mfios livres e pode rnovlrnentar-
CH5: Exollque por que esta tecnologra é mteressante nessas se. A entrada de dados também é potencialmente mais rapida e mais barata
aplicagoes. do que outros métodos. Entretanto, os slstemas de voz ainda se acham em
desenvolvimento e existem difi culdades para projetar slstemas que reco-
Escfineres de imagens nhecam de modo adequado os sotaques e dialetos dc uma lingua.
O mouse é um pequeno dispositivo, com uma esfera na parte inferior e um
$8 uma pagina de textojé existe, que talvez também inclua desenhos e fotogra- ou dois botoes seletores na parte de cima, que rnovimenta 0 cursor ou pon-
fias, ela pode ser colocada diretamente no computador por meio de um escaner. teiro no espaco da tela. Quando o ponteiro e posicionado no local apropria-
A0 escanear um texto, o aparelho compara cada caractere com uma forma ou do, seleciona-se 0 item ou a opcao desejada pressionando-se urn dos bo-
Padfifl Cflflhflflido, dc modo que 0 codigo apropriado a esse caractere possa dar toes. Normalmente o mouse cléssico é movimentado sobre uma superflcie
entrada no computador. Trata-se, de fato, de um sistema de reconhecimento plana ao lado do monitor. Foram desenvolvldas diversas variacoes do mou-
optico de caracteres mais aperfeicoado. se basico, principalmente para ser usadas com computadores portateis.
de LAToaescanear graficos, _o escaner converte o padrfio de luz e lmagens escuras Neste caso, normalmente, 0 mouse é seguro na mao e a esfera é movimenta-
‘ pagma numa sene de pontos denommados elementos de imagem ou da com os dedos, ou faz pane integrante do teclado na forma de uma esfera
pixéis. Tais elementos podem entéo ser armazenados como digltos binérios na rotativa e dois botoes. O mouse é um componente essencial das interfaces
rnernoria do computador e em memoria auxiliar, e recuperados quando neces- graficas. Normalmente usa-se o mouse conjugado com o teclado;
sano. Essa é a base da tecnologia de processamento de imagens. O principal As mesas gréficas funcionam de forma parecida com a das canetas opticas,
problema esta em que as lmagens ocupam muita memorla. Assim, os aperfei- com a excecfio de que o movlmento é felto com uma caneta elétrica sobre
coamentos nesse campo tém avancado a passo acelerado, a medida que os uma lousa plana especialmente preparada e instalada diante do rnpnltor.
disposmvos de armazenamento se tornam mais disponiveis. Os escéneres pos- As telas sensiveis ao toque permitem ao usuério selecionar um item no mo-
suem atualmente ampla variedade de aplicacfies, inclusive 0 escaneamento de nitor ao toca-lo com o dedo. O toque é detectado ao interceptaruma trama
fotografias e logomarcas em bases de dados e documentos. de raios lnfravermelhos horizontals e verticals. Essas telas forarn testadas
Os escéneres acham-se disponiveis em versoes portateis e de mesa. _ nas primitivas aplicacoes de catalogos em linha de acesso publico e, mais
O dtgitalizador é um dlspositivo que permlte que uma imagem seja escanea- recememente, tornaram-se populates em varios amblentes de acesso publi-
da, convenendo-a em dados digitais para armazenamento em computador. co, como ern quiosques mullimidla (voltarernos aos quiosques multimi-
A prancheta de cligitalizacéo lncorpora uma caneta especial que permite ao dia mais adiante nests capitulo).
usuario desenhar ou tracar imagens de modo que possam ser convertidas em Alavancas de comando, manches [joyszicks], esferas de rastreamento
formato legivel por computador. As mesas de digitalizacio sao empregadas em [rrackerballs], etc. sao bastante usados emjogos de computador para movi-
'“" "“ -''?"“- "~w“-0n»-grad- vqun-q -"1,i.- _
projeto assistido por computador [CADI compztfer aided design] e fabricacao mentaro sensor no espaco da tela.
assistlda por computador [CAMI computer aided manufacturing]. Os cartoes ou crachas magnéticos apresentam-se em forma de cartoes
plasticos do tamanho de um cartéo de crédito. Os dados sio codificados
Outros meios de entrada numa tarja magnética. S50 usados como cartoes de crédito em slstemas de
1 A entrada de dados porvoz ou fala envolve sua captacfio por meio de urn terminals de ponto de venda e em caixas eletronicos que permitem aos clien-
microfone, a converséo desses dados em sinais eletronicos e sua conversfio tes efetuar transacoes bancérias, como consulta de saldo ou saque de di-
final em forma eletronica. As palavras ao serem enunciadas sao reconnect- nhelro. Devldo a facilidade de falsiflcacao, foram desenvolvidos substi-
das com o emprego de uma técnica de coincicléncla, em que o computador tutos na forma de cartoes inteligentes, nos quais as informacoes sao codi-
compara o padrfio da fala corn o padréio armazenado na maqulna. Mostra-se ficadas num microprocessador emiautido na estrutura do cartao. Os car-
na tela a colncidéncia mais proxima. Se estiver incorreta, a palavra devera toes inteligentes também podem comer saldos de contas e dados de transa-
ser enunciada de novo. O computaclor somente reconhece sons para os coes anteriores. Esses canoes estfio cada vez mais sendo usados como meio
quais possui dados em sua memoria, e as pessoas portanto devem pronun- de identificacfio.
-. -. _»->.—-,w_.f—-.
ciar a palavra de modo lgual ao dos dados de referéncia, de modo que a pa- As fitas e discos magnéticos e discos opticos podem ser considerados
lavra S6_jEl reconhecida corretamente. A entrada de dados por voz tem seus meios do entrada e saida, pois os dados sao neles reglstrados e, em seguida,

-._lWjߢ4U4
l
EQUIPAMENTO 39
38 mraooucao A TECNOLOGIA oa INFORMACAO
if‘I lmpressoras
Iransferidos para urn computador diferente. Os dados por eles manipulados
ja estao em formato legivel por computador e, portanto, sao diferentes dos . _-av,‘ A saida impressa e’ importante no caso de reglstros perrnanentes, havendo certas
outros meios de entrada. aplicacoes em que uma copia impressa constitui requisito de ordem legal. Alérn
.“-._._:.<;‘_;|:»-I.
8 Entrada por tclefone. Muitos slstemas bancarios permitem hoje que da- disso, a copia em papel é portatil e, se possivel, que seja de facil leitura. A saida
dos sejam inseridos diretamente em seus computadores por meio do um te- impressa provavelmente continuara existindo ainda por algum tempo. Uma das
lcfone de torn. Em resposta a instrucoes recebidas por audio o clients re- ironias do cornputador é a de ter conseguido gerar uma enorme quantidade de
gistra o numero da conta, a senha e inforrnacoes sobre a operacao. papel. Nao se devem negligenciar os custos do papel ncm seus efeltos sobre 0
-:4.- \-
meio arnbiente no que tange a sua utilizacfio em computadores.
|l
E possivel adotar varios critérios na selecao de um meio de entrada ou saida: Existem diversos tipos de impressoras. Suas principals caracteristicas, e que
‘a devem ser levadas em coma, sao as seguintes:
.i;
‘,- 1 A natureza dos dados de entrada e saida, inclusive se ja se encontram em
weu_;4:__;_w-_mqc
;.1:
fonte dc tipos legivel por OCR, se se trata de textos ou graficos e se o usuario - velocidade
esta consultando uma base de dados exlstente ou se esté criando uma nova. ll
ll ' qualidade da saida
-__ , ; -.=-
A saida exige cores? Qual a qualidade apropriada da apresentacfio da saida? ‘l
' variedade de fontes de tipos disponlveis
1. 2 A velocidade e volume dos dados de entrada e saida. - recursos para lidar com graficos
if‘ 3 O am biente no qual sera executada a entrada ou saida do dados. Trata-se dc - possibilidade de lmpressao colorida
um ambiente publico e barulhento, ou privado e silencioso? Havera difi<:ul- - niveis de ruldo
- -__-1.
dade de concentracio mental? Uma impressora barulhenta incomodara ou- - opgao de produzir multiplas vias
tras pessoas? Existem aspectos especiais relativos £1 seguranca que interferi- - custo de aquisicao 1: p .
ii rfio nos meios de entrada e saida‘?
- - custo operacional. __, l
4 O custo, especialmente o equilibrio entre custos iniciais de implementacao
e custos operacionais. No processo de selecao 0 ponto crucial normalmente consiste em conciliar o
5 A tolerfincia a erros da aplicacao. Qual a gravidade dos erros? orcamento com outros requisitos. _,
ll
6 A compatibilidade com outros equipamentos, slstemas operaclonais e pro- l; Existem duas categorias dc impressoras: de impacto, nas quais os caracteres
gramas. l.‘.
sao formados por um dispositivo que bate contra uma fita, e impressoras sem
7 A freqiiéncia de entrada e saida de dados. impacto. As impressoras dc impacto costumam ser barulhentas, mas podem
8 A velocidade dc processamento ou tempo de resposta aceitavel. produzir ao mesmo tempo mais de uma via do mesmo texto, enquanto as im-
pressoras sem impacto sao silenciosas, mas se limitam a uma unica via de cada
Reflexao Aplique os critérios acima para avaliar a adequabilidade de vez (embora possam ainda ser rapidas).
um mouse para uma aplicagao com que esteja familiariza- Classiflcam-se as impressoras segunclo 0 volume dc dados impressos por
do, como uma aplicagéio de escritorio, ou 0 uso de um sis- meio de um unico comando: as impressoras dc linhas imprimem uma linha de
tema de recuperagfio de informagao. cada vez; as serials imprimem um caractere por vez; e as impressoras de paglnas
4 -_—-._~-_o-| .-,

l
l
r
imprimem uma pagina por vez. As impressoras dejato dc tinta ej ato de bolha sao
2.6 Dispositivos de saida exemplos de impressoras serials. As de jato de tinta possuem minusculos es-
guichos de vaporizacao que lancam a tinta na pagina no lugar certo. As impres-
Os dispositivos de saida sao os meios pelos quais os computadores se cornu-
soras a laser sao impressoras de paginas. A imagem a ser impressa é digltallzada
nicam com as pessoas. A comodidade de seu uso e a qualidade de sens resulta-
e usada para modular um raio laser que faz uma varredura sobre um cilindro
l dos tem consideravel impacto na eflcacia dos computadores. Os dispositivos de
saida aceitam dados do processador e os convertem para o formato de saida
desejado. Em outras palavras, os dlspositivos de saida traduzem os dados do
fotocondutor, formando uma imagem eletrostatica que em seguida é transferida
para o papel com 0 emprego de um toner in base de carbono.
processador para um formato que se presta a ser usado pelas pessoas. P‘
l Saida de computador em microforrna
As saidas impressas em geral sao necessarias quando é preciso ler ou pro- l
l
cessar um grande volume do dados. As telas sao boas para consultar o sistema e l A saida de computador em microforma [COM: computer output microform] é
identificar fatos, como precos e quantidades, ou se uma transacao foi felta.
_- —;,_T=_|:.<_=;|

EQUIPAMENTO 41
40 RNTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
forrna de fala. Essas unidades armazenam frases pré-gravadas enunciadas por
outro meio dc produzir grandes quantidades de dados. A microforma nfio é urn
voz humana ou empregam um simulaclor de voz. Consuitas ou transac oes podem
meio de saida direta do computador. Este reune e edita as informacoes, gravan-
ser apresentadas ao processador por meio de tela sensivel ao toque ou teclado.
do-as em seguida em fita magnética ou mostrando-as diretamente no monitor.
Quando o programa esta pronto para responder, o dispositivo seieciona as
Quando é usada fita, estaé colocada num gravador ou transcritor COM, que exibe palavras apropriadas e transmite uma mensagem para o usuarlo, possivelmente
a saida no monitor. A saida é fotografada em microfilrne. O COM é entao por linha telefonica. Esses slstemas sao uteis no processamento de transacoes a
produzido a partir da fita, num processo fora de linha. A saida COM tanto pode distancia quando 0 volume de saida é pequeno.
ser urn microfilrne quanto uma microfiche. E mais barata e de producfio mais
rapida do que uma saida impressa, e seu armazenamento é facile de baixo custo. Quiosques multimfdia _ .,
O COM também armazena diagramas, graficos e cores, sendo facil gerar copias
multiplas. Sua unica desvantagem é exigir uma leitora, para se ter acesso ao Os quiosques multimidia sao estacoes de trabalho proj etadas para 0 acesso por
conteudo da microforma. Para a recuperacao é preciso que os microfilmes sejam parte do publico. Podem ser inciependentes ou estar ligadas em rede a um
indexados. A saida COM tem sido usada na producao de catalogos de bibliotecas ~,_ -. -. -.4p cornputador maior. A expressao multimidia implica que apresentam a infor-
e indices, bem como em catalogos de pecas de reposicao. ' macao numa variedade de meios, inclusive, por exemplo, texto, som, graticos,
imagens e video. Em varios arnbientes onde convem oferecer 0 acesso pitblico
Monitores a uma base de dados, 0 quiosque, com a estacao de trabalho apenas mostrando
a tela para o usuario, é um formato robusto e atraente. A tela em __geralé do tipo
O monitor e um dos componentes de uma estacao de trabalho, e é um dispo- sensivel ao toque. Alguns quiosques também possuem teclados compactos e
sitivo de saida cornum porque apresenta as informacoes de forma raplda e prati- leitoras de cartoes. Os quiosques multimidia sao um meio atraentee interes-
4.
camente sem custo. A tela mostra tudo que é digitado no teclado, alem de men- sante de apresentar informacoes, e comecam a encontrar ampla aplicacao na
sagens enviadas pelo computador. Algumas maquinas, como os notebooks, tem publicidade, comércio, bancos, educacfio e capacitacao proflssional,'forneci-
l.
telas acopladas, mas, na maioria dos cases, elas sao independentes. mento de informacoes e orientacao, bem como acesso publico a informacao
O monitor classico consiste num tubo de raios catddicos. Elétrons sfio dis- comunitaria e catalogos em linha. Os fornecedores de slstemas para bibliotecas
parados na tela e fazem brilhar, por um curto periodo, miniasculos pontos de estao colocando quiosques (as vezes multimidia) com telas sensiveis ao toque
fosforo. Cada ponto é chamado elemento de imagem ou pixel. A qualidade da em servicos de acesso publico e auto-atendirnento, que também podem-conter
imagem, ou sua resolucao, dependc do numero de pixéis na tela. Os monitores recursos dc impressio, funcionar com moedas ou cartao, controles do acesso
i
coloridos possuem trés canhoes eletronicos e trés fosforos diferentes que bri- At (por exemplo, por meio de uma leitora de craclta de leitor) e mensagens. As
lham nas cores vermelho, verde e azu]. Uma vez que 0 fosforo brilha apenas por s informacoes multimidia exibidas podem incluir audio, documentos, fotogra-
um momcnto, a velocidade com que 0 canhao volta a disparar o mesmo sinal é fias, objetos, jornais, mapas e video. Embora essas telas em geral utilizem me-
uma outra caracteristlca que a tela dcve apresentar. A isso se denomina indice do nus, algumas possuem teclados integrados na tela que permitem dialogos mais
renovacao, normalmente medido em Hz (hertz) ou ciclos por segundo. Um flexiveis, como, por exemplo, na entrada de termos de busca. Al guns quiosques
indice de renovacao baixo provoca o aparecimento de imagens tremidas. também possuem teclados e teclados numéricos integrados. Terminais dc auto-
Em geral os monitores possuem placas de grzificos, que suportam a exibi- atenclimento para empréstimo podem empregar uma caneta optica ou um
cio de lmagens graficas, ou seja, imagens nao-textuais. O padrao é o Super VGA. escaner piano, que também serve para escanear imagens para a base de dados.
As dimensoes fisicas da tela variam para mais desde o tamanlio comum de 12 ou Esses terminals liberam os funcionarios das atividades de rotina, permitindo-
14 polegadas. lhes que participem de modo mais amplo de servicos para os usuarios, como
A tecnologia de telas planas é utilizada em computadores portateis, que prestar orientacao e informactio. _
empregam telas de cristal liquido e de plasma de gas.
i Realidade virtual
Reflexéo Quais as limitagoes dos monitores como dispositivos de l

saida? O maximo em matéria dc entrada/saida e’ a realidade virtual, em que 0 usuario


vivencia a experiéncia da biblioteca ou escritorio virtual. Na biblioteca virtual
Saida do voz nao ha livros e a experiéncia é totalmente eletronica. A realidade vivenciada pelo

Existem terminals de resposta de audio que apresentam saidas para o usuario em


l
i
EQUIPAMENTO 43
42 rrrraoouciio A TECNOLOGiA DA INFORMACAO
resultados seriio impressos ou os arquivos atualizados estarao disponiveis para
usuario é simulada ou virtual. Ha muitos anos vém sendo desenvolvidas consulta. O processamento em lotes continua servindo para aplicagzoes em que
simulagoes com diversos graus de eomplexiclade para, por exemplo, trema- seja processada uma grande quantidade de dados; os tempos de processamento
mento dc pilotos dc aviagao. Existem agora iniciativas que visarn a criar mais sejam relativamente longos; a eficiéncia de processamento seja obtida com esse
experiéncias dc realidade virtual para o mercado consumidor. Os jogos de tipo de processamento; ou uma seqiiéncia dc programas deva processar um
computador empregam técnicas de realidade virtual. Poderemos tambérn ter E conjunto dc dados. O processamento em lotes é utilizado para classificar, inter-
ll
bibliotecas, educagao e férias viituais. A questao é quais as experiéncias que @a calar e atualizar arquivos, e para aplicaqoes que necessitem de processamento
merecem ser vividas no estado virtual? A simulaqfio e 0 treinamento sao inega- em periodos determinados, como, por exemplo, folhas de pagarnento, emissao
velmente benéficos, mas em que medida 0 sao as experiéncias simuladas de cle avisos de atrasos na devolugao de livros de uma biblioteca, faturamemo e
prazer e lazer? emissao de encomendas de aquisigoes.
Para se experimentar a realidade virtual é necessario usar um dispositivo de
exposigao visual. Isso se consegue com: Refiexio Relacione alguns servigos que se prestariam a ser proces—
sados em lote numa aplicagao que seja de seu conhecimen-
- o uso de visores e luvas de captura de dados . to. Quais caracteristicas esses servigos tém em comum?
' pr0je<;6es de imagens em grancle tamanho, inclusive animagao que permite
aos clientes ver o que esta acontecendo quando se movem para a esquerda Processamento em linha
ou a direita ou se aproximam das imagens
- dispositivos que empregam animagfio numa tela-padrao ou mesmo num O processamento em linha oferece a oportunidade de comunicarao ou dialogo
computador de mac, para usuarios que preferem assistir a realidade virtual, com 0 computador, além da recepgao imediata ou quase irnediata de uma res-
ao invés de estar nela. posta. O processamento em linha é a técnica dc processamento informatizado de
dados por meio de terminais ligados e controlados por um procossador central.
A animaqao necessaria é um desafio para os designers graficos. A criaqfio dc A principal vantagem dos sistemas em liriha é seu rapido tempo de resposta e,
imagens toma tempo e é um trabalho especializado, mas a medida que os pro- por isso, é possivel formular e apresentar um peclido de informac;6es'_e_receber
gramas de criagtao e rotaqfio, corte e colagem do imagens ficam mais elabora- uma resposta imediata. Uma base de dados de controle dc circulafqao numa
clos, a criaoao da realidade virtual fica menos cara. Ainda falta realizar grandes biblioteca, na qual os empréstimos sao registrados no modo ern linha, oferece ao
avangos em matéria de entrada e saida de som c outras sensagoes, como incli- usuario a oportunidade de veriflcar a existéncia de ernpréstimos anteriores. A
naqao, vibragao e odores. Outra possibilidade é compartilhar experiéncias de comunicagao com 0 computador para o processamento em linha requer a
realiclade virtual, talvez com dois ou mais usuarios longe um do outro. existéncia de uma esragao de trabalho e conexiies adequadas por telecomu-
nicac;6es com 0 processador principal. Um sistema como esse oferece as
2.7 Modos de processamento seguintes vantagens: "
Os computadores podem funcionar segundo varios modos. Em muitos sisremas
!
ii - centralizagfio e integraqao de arquivos, fungfies e decisiies que se achem
determinado modo se prestara a uma fi.inr;5o, e outro modo a outra fungfio. A0 separados
optar por um modo dc operaeao, deve-se ter em mente o tempo de resposta ~ bases dc dados mais atualizadas
exigiclo para diferentes fungfies, bem como o custo para obter esse tempo dc - encaminhamento de informaqoes para quem delas necessite
resposta. - alteragoes e leitura mais répidas das informa<;6es, além de entrada de dados ‘k

mais eficienie
Processamento em Iotes - um maior numero tie localidades tera acesso aos recursos da informatica, e
dc forma mais barata
A maioria dos computadores de grands porte mais amigos funcionava no modo
- redugao das rotinas burocraticas.
de processamenro em lotes. Hoje em dia, geralmcnte se aclota este tipo de
processamento ‘nos bastidor_es'_ dando-se prioridade a todas as atividades em Sistemas de tempo real sao sistemas em linha cujo tempo de resposta é extre-
linha executadas pelo computador. No modo de operaqao em lotes, a entrada dc mamente rapiclo. Sao usados, por exemplo, no controle de processes quimicos,
dados e seu processarnento se fazem de forma agrupada, quando 0 computador V
1I no acompanhamento do fluxo de trabalho numa fabrica e no controle do trénsito
nao csta totalmenre ocupado com outra atividade. Concluido 0 servi<;o, os
‘I
% -.

. EQUIPAMENTO 45
44 - iNT_RODUC.7\O A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
tema distribuido é aquele em que existem varios processadores diferentes,
com'sema‘foros. Em certo sentido, por exemplo, os microprocessadores de porém interativos, e/ou arquivos de dados em diferentes localizaeoes geografi-
aparelhos eletrodomésticos funcionam em modo de ‘tempo real. A expressao cas. Assim, urn sistema distribuido compreende diversos processaclores e uma
‘tempo real’ refere-se a sistemas em que os arquivos sao. atualizados com os rede que os interliga.
dados de transacoes tiio logo se da 0 evento a que se referem. f p Sen objetivo é processar 0 maior numero possivel de tarefas no procossador
que se encontrar mais perto da atividade do usuario, e transferir services maiores
Multitarefa ou guardar arquivos maiores em outro processador. Dessa forma os usuarios
Significa que os usuarios podem acessar uma base de dados da biblioteca en- exercem maior controle sobre seus proprios dados. A estagao de trabalho ou
quanto, por exemplo, um programa de planilha eletronica realiza calculos ou um processador local pode ser um terminal inteligente, um inicrocomputador ou um
programa de editoracao eletronica reforrnata uma tela. E possivel gerar l minicomputador. Normalmente, o procossador local fica incumbido de: verifi-
relatorios de gerenciamento do sistema nos bastidores enquanto o usuario tra- cagao e compilaeao de programas; edicao de arquivos; manipulagao de arqui-
balha em outra aplicaqfio. Varios modules diferentes, como catalogagfio, buscas vos; consulta local de arquivos;‘impre_ssz'io local agrupada; pequenos servicos; e
e circulacao, podem conviver a0 mesmo tempo, de modo que 0 usuario pode l servigos locais. Bxistem vérios tipos de sistemas distribuidos, que se classificam
transitar rapidamente entre essas tarefas. segundo a escala do equipamento, a configuracao da rede e a aplicacao de
inteligéncia rernota.
Entrada remota de dados ou processamento remoto em lotes Como as estaooes de trabalho em sistemas de processamento distribuido
tornarain-se mais complexas, eles passaram a ser vistos como sistemas cliente- 7‘-.
Técnica na qual 0 processamento em lotes é realizado com dados que ingressam servidor. O sewidor é uma grande estacao de trabalho, ou um computador de J1
num terminal remoto em modo fora de iinha e que depois sao transmitidos grande porte, ique hospeda o recurso central, que inclui, por exemplo, uma base
agrupados para 0 processador central. de dados e periféricos mais aprimorados. Os clientes sao microcomputadores ou I
4 1
estacfies de trabalho que se conectam ao servidor por meio de uma rede. Os
Multiprogramagzio _ clientes tanto executam processos isoladamente quanto recorrem ao servidor p.

Esquema em que um ou mais programas sao mantidos simultaneamente no para usar os recursos centrais. Aplicativos originalmentc escritos para compu-
procossador. Quando este nao consegue executar um dos programas devido a tadores de grande porte estao agora sendo reescritos para arquiteturas cliente-
lentidao do periférico (por exemplo, porque esta aguardando a resposta de um servidor. Muitos dos aplicativos que rodam na Internet o fazern no modo
usuario numa estaqao de trabalho), ele pode mudar para outro programa e mais cliente—_servidor, inclusive varios sistemas de gerenciamento de bibliotecas e de
tarde voltar ao primeiro. 'A multiprogramacao é adotada na maioria dos compu- recuperagao em linha. Uma configuracao cliente—servid0r eficaz reduz o
tadores de grande porte, porérn exige um complexo sistema operacional que a volume d'e dados que precisa trafegarentre a estagao dc trabalho e o servidor, _e,
suporter Uma das funcoes desse sistema operacional sera realizar o escalona- portanto, torna a comunicaeao mais rapida e mais eflciente. ‘
mento do traballio, isto e, efetuar 0 servico que, em qualquer momento, tiver
prioridade de processamento. ' ‘RESUMO ~
it
Este capitulo apresentou alguns conceitos bésicos sobre_o_ equipamento
Tempo compartilhado empregado em sistemas informatizados. A configuragzio beisica do computador
Sistema de tempo compartilhado é aquele em que varios usuarios situados em compreende: unidade central de processamento, disposilivos de entrada, saida
pontos remotos tem acesso ao computador central de modo praticamente simul- e memoria ou armazenamento. A unidade central de processamento
téneo, por intermédio de estacoes de traballio ligadas ao computador por linhas compreende uma unidade aritmética e logica, uma unidade de controle e a
de comunicacao. A cada estaeao de trabalho é alocada uma ‘fatia de tempo’ memoria principal. Esta é importante para definir a capacidado do computador.
muito breve durante a qual ela detém o uso exclusivo do processador. Um gran- Os dispositivos externos de armazenamento constituem um meio mais
de numero de estacoes de trabalho pode ser atendido em cerca de um segundo. permanente de armazenar dados. Os dispositivos de entrada e os métodos de
r captura sao usados para inserir dados nos cornputadores. Os disposilivos de
Processamento distribuido saida, como impressoras e monitores, permilem que as informagoes sejam
/'\
l extraidas do computador. Tecnologias recentes, comoos quiosques multimidia e
Os computadores cada vez mais incluem o processamento distribuido. Um sis-

r
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Ir

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46 nuraooucito A.-TE_CNOl..OGiA on turoamacao J" t'»‘ '
4- -. :I‘~4-—- 1 .

a realidade virtual, fazem parte dos métodos. de entrada ejsaidaf O capitulo


. .
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~. 3;;
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I

: " 1
termina com um breve panorama dos modos _de processamento doxcomputador, "A wt“)-P 4‘
.i_1",.
inclusiverespecificamenteconfiguragoesclien‘te—servidor. ’ 5;.- If )1.

QUESlTO§_ I1 or REVISAO ' '__’_ ' Sistei-i1as e redresgig


J _; .

Qual a funcao da meméria principal do computador? . , Fr


Quais os critérios a serem aplicados‘ an escolher um teclado?
r
I Yg2=,J-\$,_r._t*;Lo.: - I-Tl '11
'2
' ‘OBJETIVOS Sr‘
jltelacione trés aplicacoes diferentes de leitoras de codigos de barra. l .' 4:,-1
at
‘Z.
fl9.’
'5<Iv ~ uh?
J>\.,JI\Ju—- ‘Adore os criterios sugeridos no finalda secao 2.5, eiplique por que: ‘Os computadores funcionam comogsislemas interligaidos. potencial que tém para
.»""
_-4
,5 ‘ziuma leitora de codigo de barras e"um bom dispositivo dc entrada l
5 l
l
'I.. revolucionar os negocios e a sociedape depende em”grand_e medida dos recursos de
de dados num supermercado ,_ ‘ Pi.
oomunicacao entre computadores. Etsle capitulo exanjina os diferenles tipos do compu-
‘H
1r
T
"I F‘
o escaneamento cle imagens E um dispositivo de_entrada apro- Jr tadores e as caracterislicas das"redeEs que sao usadas_para‘interliga-los, formando um
-1? priado para gerar arquivos-eletronicos de docurnentos em es- ,. sistema. Depois de ler este cap'itulo_§1:océ teré: 2;;
?" critorios. j 15. {xx . P. 1» or ,
£3‘, 3"" compreendido o significadadastpenominacoes pompulador de grande porte, mi-
5 Quais os critérios que vocé aplicariaiao escolher uma impressora? E3‘.
l 6 1Por que é importante uma imagemestavel e de alta res_ol_ut;5o na i nicomputappr e microcompg£ado_r~ Q, _
tela do monitpori. A =7 - enlendidoijmportzéncia das caracteristicas das redesiem matéria de transmissao
7 O que é Ram? *5 an Q. ;_,_de dados"ff":’_ ,3 .
S Qual a diferen<;’a'entre um cederrom e um disco WORM? Que impli- - fconhecidcjas diferentes fa'§etas_que caracterizanilos sistemas de comunicaoao de

9
cac6e’§ isso tem. para 0 uso respectivpo dos dois dispositivos?
Descreva algumas aplicacoes dos quiosques r_nulti|fn_idia.
-states s
- 3’-_;reconheci_til_o as caracteristicas basicas de uma rede local
c t
l0 Quai§as vantagens das configuracoes clientep-servidor? - ’ aprendidti-como se empregam as redes de§onga‘dislancia
‘.5 :2 ~' -- » =.;tconhecido§;outros
ii sistemas deicomunicagao de_ dados, como as redes cie va-
-3 :2 - r. ~< _ .
Bibliografia r _ p _‘V _ ‘. ii-._lor agregapo, a transmissao defac-simile_s]‘ videolexto, transferéncia eletronica
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1‘
e intercambio5 eletronico
y '
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mente, das redes dc telecomunicagoes ou conexoes entre computadores. Uma
analise dos Fundamentos da transmissao de dados, como velocidade de trans-
missao de dados, transrnissao duplex e semicluplex, modos dc sincronizacao,

l West, C.; Lording, R. Information technology applications. Oxford: l-IcinemannNew-


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Zokorczy, P.; l-leap, N. information technology: an introduction. London: Pitman,
I995.
l
multiplexagao, modems e comutacao de redes é seguida de consideragoes sobre
algumas das caracteristicas dos sistemas de comunicacao do dados. Isso inclui
arqoiteturas e protocolos de redes e tipologias de redes. O capitulo termina com

l
r .--‘I

43 INTRODUCAO
I-' ' _»'
IECNOLOGIA DA INFORMAQAO
.. -“’ _.}, _ SISTEMAS.. E REDES 49
i -0‘
: 01" -

um breve exame das redesjocais e de longa disténcia e outras aplicacoes de noun_., . Ir|u:i_ _
putador q'ué_se,p_reste a determinada aplicacao, é comurn hoje em diaprojetar um
redes, como videotexto, redes de valor agregado, transmisséio de fac-similes, sistema_formadoipor uma série de unidades de processamento interligadas. Uma
transferenciaieletronica de»~fundos e intércambio _e1etronico_'de dados. _pafijt_e dET.proces‘_samento s_er_a,-feita em_estac§5,es;de trabalho individuals, outra
-,-.- 1;" __-’ - -. _; J _ _ ,- Ipalite em 'n6s_§f"t>:rocessadoresZ£;ue se coritunicairmcom um grupo de estacoes do
3.2
2? 7:, . . -7- j.
Comp_utadoresh-de'_-grande porte, minicomputadores e ,,tralJalho, e '§in‘da uma o§itra"parte do;3-prd_ce'ssamento sera executada num no
-~ > " ' '1’. . ' '1' ' :3 -'3‘ -': - '
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microcomputarlores
. ""- , 5'1
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‘J __ centralideigréanclfie; porte._ O p1'O_]6lI0 do sistema
P " I d
., 51- ' .- - Tf _-. ,- precisa leva§jern_conta oridee quais basesjdqdados serao armazenadas, e. on e
A historia-Zia -informat-ica,»p_ode ser vjsta em termos das geracoes de computa- . 'i.‘9s?_-diferente's
-J; ) x tipos dc proceslsamento
, sera_o
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"v- exec_utados
-1 com mais eficacia. S e
-'Z,l, - . 1*. __ 1; ~ " .. . .—-- . ~..‘ie .- ‘:1 ‘ . -1‘ ‘=‘
dores. AS:*fl'€§':pl"llT1Bll'fl_$\-géFHQOCS podem ser claramente identificadas em ter- ltarnbem lemlzrannos que ~qualquer corr_tputad_t2r de grande porte, ou mesmo um
mos das unidades eletronicas basica‘s'que alimentam_sua,capacidade aritmética iiiiticirocompfitador aut6no,rn5?lpode ser lilgaiiofpor interméclio das redes de
elogicaegcitiefsfio,respeciivarnentezi ii» fr-' -1 '- -. ,»telecomunica};r"l.es, a outros computadt)lr_jes§I'+la;s [ézes situados do outro [ado do
n. =-"»~ ‘I . =1: . ' '
.-5 ",. _. :L., :';.,_s. 'mt]n'd@ —- Portia-se evidenteI.a clificuldad_e‘de:identificar os limites de um
primei'rajge_racao valvulas eletronicas‘ f :-'- 5-'.: "" - . :"‘ ” 31- -"' ~ -
"oomputador-.’tMa,is tarde voltaremos neste'capnn_lo a qnestao das redes e suas
i
segundatgneracao 1'» ‘ftransistores', ; ,. '
_ vs ._ . . - - ' j, ifeaiiacteristicas.-Em prime'iio;’lugar, apesaiiiiiajilifiiiuldade de identiiicar as dife-
l terceira-'geracao
_ i.
..."Clt'C|.1l[OS-lflI8gI'fid0S.'Q-
Mv ",
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" :9
A transicao .de_ uma geracaq'para_outra trouxe beneficios',em‘termos de:
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§é_oinputadores_de".grande
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mlnicomputadores
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Eencas, vale‘_a' pena exam'ina_rium pouco Ifl_‘l_fllS‘8S§CaFflClBflSilCflS essenciars dos
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,5“. . j(;)s;ijomptttad;o*res de grande-porte sZ_io,.corno;§ ngme mdica, 0 “PO m-3101', que,
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W'ifi*iuito§;c.';iso's:§ constittifixoiriircleoicentral de,'.u_m sistema acessivel a partir de
- mai0:r’ve,lo_cidade déftrabalho "1 _._ _ ' ,.._' , :_; 1.3 -re . . ,. ~ ."?- .@ - -
__ lfll ou micropoinputaclores distribuiclos. Euncionam a uma velocidade tgual ou
' menoresrcustos de: cornpra e menores desp__e§asij0peracio_nais. _> .. J3 ,. .15. ;' .__ ; -3‘ i-J 3* .- P-"1 "' =- -
\-; .-1; ,1‘?-<_. -~‘. .}_ ' Q, .» “ 5"‘ I" I».-. - ,s;tJpgi'10r lljoés de irlsttggogps.p0r\SB!gtJ11d0iE pé}SSU8II3;glgabyI8S ou terabytes
Simultariearnente corn o'§,avancos"que s_e verificafaminafis tinidadés basicas de O. e riiemoriatdeiarmazenarnento co£nplem_entar§,Os computadores de grande
1 " ;' ,.. 1.‘ i-» .1‘ -1‘ -p, ml __ , .
processa'r'neijit0,:'l1ouv§ m_el_horas nos periféricqs‘, dissofré§ult_ando,;f:rn especial, piorte sao Iczapaziide supoflariprocessapientosrnuito vo_lc_rnosos e normalmente
!_1"}'lrE'I4i"\§;>' -Y' ego;-p_mprjeiga:c‘l;os_s,parai§ irnst:a£lacao5der'grand§s{bases Lde dados e programas
maior vel__ooijda_5le,de entradae sai_da e_m‘aior ca‘pap_idade‘lde armaz_e_namento.
II»
Os fabri_cantes témjpifocgrado idefttificar noiiosfmodelos que pertenceriam a ppdeiosos-.i Eiri geral édnsegdgm supoijLar§.ui-pr: ampla ‘\/ariedade de diferentes
5:‘ -. 3-,, _ _- .1 ‘L’, *7. 1-_ 1». ... ;-‘ '- "=
quarta e Quinta Zgerac-aoicle compiitadores. Noientanto, lrifio existe uma ampla so §l?l1Cfl(}0€£ lipma adrninistracao t11‘_l;lI1l'(2_'lp_§1‘l pip estadual, por exemplo, podem
aceitacaoidesse conceitode quar_t_a'o_u qointa geracao dc computadores. Ha quem if fuportar__§irs_t_e'ii‘1as de‘_pr_%t:,essamer_t_go dexirripostos locals, pessoal e folha de

alegue qiiezos cornpgtadores depquarta geraoaio sao. os que so baseiam na ,,


gamen't'o‘;1"
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bem;c’or_p'd_§istemas
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espec1alizados,como
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integracao em escala 'r,ntii_t'ko_ grande, Os computadoresdefquinta geracao seriam encian'ie'nt;c;de biblrotepas. Sao Ll_l'lllZ8.d:9S pielos servicos de buscas em linha
em-v.:—
aqueles qt1e§a'present:ii;*rit;ii-na interface de inteligéncja artificial desenvolvida de Tra
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¢-Q;
mt» instailir r::;§o_rnar ac_eHss'i.\'/eis_muit_as pasis ttiuflrcontém enorme quanticlade dc
modo mais ‘cbinpletof-Cdntudo, aie agora nao iseldeo nenhum salto quantico QIJUados. Para ;.-_s1uportar Ital-_,,variedade do raplicacoes de forma _ eficiente, os
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ras.\‘ .' __1|_ , -" ....‘ --, _ ~.‘ _, _ ‘, . , .
desde a t§rc_eira Qg'era¢:€ji€o*:"cle .compifitaclpres queicomor-é em geral aceito, justifi- >32- computadoresrdei ~=, - y ._'j‘ V" _
gran_de"portc
3, -.r ,
preqisapt de -_uma ampla
—., - L-5» 'r= '
gama de perifericos,
. ,9-
»-
casse a identificacao dc -uma novaigeracao. " U ‘ -r...‘ alguns doscqugiis tem finalrdade especifica,-como as plotadoras, e outros, como

Ha alguns anos, era possivel disringuir trés categorias de computadores, as impressoras de ltnhas, que servem a muitas finalidades. Os sistemas ole grande
r
tomando-se por base a capacidade ou poténcia do microprocessador. As maqui- porte constituem configuracoes de equipamentos complexas, que suportam .1.-'

s nas mais poclerosas eram chamadas de grande porte, as maquinas intermedia- lnumeras e volumosas aplicacoes, e, por isso, exigem um numero consideravel
l
rias eram os rninicomputadores, e as pequenas, os microcomputadores. Como de pessoas para sua geréncia. Os computadores de grande porte sao sistemas dc
todas essas maquinas, mas principalrnente os micro e minicomputadores, se tempo compartilhado e multiprogramaczlo.
tornaram ll'l6ll1OI'BS com o aumento da poténcia do processador, ficou cada vez Os supercomputadores sao poderosos computadores de grande porte que
-—-_-a_~v.- mais dificii tracar a linha divisoria entre, por exemplo, um supermicrocompu- processam bilhoes de instrucoes por segundo e podem lidar com 10 000 ou mais
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tador e um minicomputador pequeno. Especialmente, ao se cogitar de um com- estacoes de trabalho. Os supercomputadores sao utilizacios por orgaos de é
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SISTEMAS E REDES 5i
- 30 lNTROD_UCAO_A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
-at('. —"?~ . . ..»\ ‘
governo e-sgrapdes centres de p€SQ|_.l§Sa,*'prlt1_ClpBlm6n(C no setor dadefesale na _rnont_ad_a numa 'plac_a cleicircuito junto__con_1_microprocessadorcs dc lnfimfififl
area espacial em grandes aplicacoes ‘dei_/oradoras de numeros’,_como_as que sao ffnicrtfiprocessaddreside1§.?oM‘eiRAM).lnterfaces piermitem a coriexao do impres-
.i1.
‘H-._ necessariais ernlprojetos de aeronaves,}"eiculos espaciais e pesguiszinuclear. Qsorasfiunidades de discos; streamers dé fita; unidadés El<§§3B¢§6;‘l;r0H1, lTl°l15B5,
A maioria dosacomputadores atiiais execupta siias operacoes urna aposa outra. jcaneta_',s opticas e outros7iierit"éricQs. Np inicio,§a'm§ioria;,;'c:los r£iicrocomputa-
l ;_d0re§3era do tipo autonoino, €:_:hoj§"em_»clia predofninadgseu gmprego 001110 Pane
Os pr0c_es'sadlSre‘s paralelos empregam .?ltllflfl'1SéFl€ de:." processadoresi que
L#5‘-J.7¢-_
Sn.
funcionain emjparalelo, a fim_de acelerar as operacoes: Cen_tcna_$ deliflilhares de l ‘Ele uma rede. As redes njais s_ii‘npl,ei§ do ,mi¢§i‘JCopgputfiilortisivioidfiidfi duflfi 0L1
I'- processaclpreshseparados podemjtoperar em paralelo. 7-Por exer_i_1plo,‘;cada ftiés ate‘ uma centena de_-haqtiinasifinterligadasievquielse gomugjcam Com Um
\
processadpr p_o'.§ie avaliar, defrnodg inelependente, uma pane diferente deuma .7§'<-:rvi,<_lor dc arquivosfouefontrpla a'rede. E555; proprioservidpr delarquivos pode
1 equacao complexa, e os resultadosem seguida ser reunidos para 0 exame final. ;'_s_er microcomputadof, mais po_t'_enteTj'En3;;_'out__rps aplicapoes, .5-fssa redelpode
Ha umaidisctlsjsfio sobre qual seria a melhor arquitetura para iesses sistemas. ‘3‘ejstar'f_conectada a p:I;0C8f:';E_fldOl‘i~_C8ilJlF3l:[:tI|Ll8lE8t1lI% pode um minicom-
Foram explorados dois enfoques fundamentalmente difereptesf O Fputador quanto l.1I’fl-.(EOl'!'li|iLllEl.§laOl' dei,graride pone; q'rr,¢a1r¢Erlativa_mente, m1crQ_
"J?_.'._\ - compiitadores individuziias li§adosl;_aogininicomputador ou'ao._t;_omputad0r dc
' SIMD ‘('_smg1e instruction it-iultiille data {uma instrucfidj miiltiplos daclos]),

l
~§rand_e_ porte. A lnt§rlig§§r;fio'1de r_nicrcicoinp_i1tadore§'§:m rede oéferece a opor-
em que o pro:essador.cons,iste”em l_c{tes de processadores cada ui-n dos quais -t‘unid;icle'de
“" 1,.’
¢r$i;"rp5r§ttii1‘5*rdr_ia_<>s
-.1 .I.._:_ of F;
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de_idii1@s.§'
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Psrifétim
ocupado deiuma irnigi instr*uca_o _ f-_ _ LI; ’ ‘como, por exemplo,»-_|mpgesso5.as m_a1sicaras__e dgmelllor qualidade.
" r at- ' ‘ ‘ ' /' ’ "" '
' MlMtj':(rnu;'tiple' instfiuction pizritipjie data@[5mt'1l'tipl'a_s instrugioes, multi- _rni_cr0_t:0:i'11pti__tadjr_i_i-es irjjtirtiiteis sao cbmpiitad_§r_es lives compactosque
. -3.‘ .. , ,_, '3 ~, _ -~ _ A,‘ .,. .
plos Elados]), em quelcada corri_pon_ente_se oc_upa.de varias_7.“instrug:_5'eS.7 Yfuncionamligados-a reiie-de;elei;r1cidade ou a;.;ua=}q;,batB§lfl regarreeflvel que_
-(fl _ ,’_’,, lg t .t-"_ \,: $, --n f, -_ -1, P .
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Encontram~se‘-dispomveis maqu1na_s de processamento paralelo que._c_omet;am a
Tjdos
- sans Iaprbp, I51_5ret;_?3ak-,ou ,, pqlmmp. C_§om._t1rn_&;;J_l&Céi;fl6
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1 ter impac_t_o no-quadro dominanteda informatica: -. ' p -
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I Os sistemas baseados e|n;mi_n]computadores furicionam com processadores dc Efdeo Epelhor, pgra entrada e sgiidafde daglos-‘no processadorge Inflfiéfifl 5° ecllll"
médio porte. Os minicoinputadores sao empregadosipor__gestapelecimentos de ;-: re 1* >3 as . "t “F -o 5? If 1 2.;
ensino, imobiliarias, bibliotecas .'_e_*esta;bele'cimentos__comerciai_s, rip" suporte a
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estoque 81'-I-0ll'tfl_ClC pagamento. minicoriiputadores podem'ser ujilizados de :7‘ 1., -rnativo, finale ilQ(_J'dE?‘-l"|1&gU|I]__;2 qtgé-v0,C:e usalpara acessa-
modo ‘aut6nom0', a fir_n"de spportar uuma apiicacao especit'ica,_'gomo, por_exern- Q? .' ' 3 qrié fuiiicioria co'ino=servidorade a_'"r,quiv'os?
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plo, umhsistema de gerenciamenito debibl i6teca's. Nesta aplicat;ao‘o advento dos L‘?! Q3 E “' 5;! ""‘ "Y \‘*_ .1 5*
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minicoinputadores permi__tiu aos gerentes de bibliotecas‘reali_aar urn controle
mnito mais rigoroso de siitas p’ropr_ias necesslidades de computapao e r_e'spect_ivos tabela 3.1 reifumefalgpmasftias principais-caracterisgicas-dos computadores de
'1' -r. . _ ‘-1. -'- “ - - '- - ";
sistemas.;;."l'ais sistemassforam denominados sistemas 'pronto_s'para usar, ”fg,rande porte, minicpmpuutadgresre microcomputadorgs. -fig
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porque em geral_as orgaiiizaitioesiusuarias §_idquiriam 'uma‘:soliiE:ao -‘num pacote if ' er- iii" é as -
integraddique ja incluia~tant_o'i 0 eciuipameiito qiianto osiprogramas. Os mini- }E:3.3 Comun|_cag_a0 da,-1nforma*§ao_*_e l'§dE$‘-‘,=t F
U
5,‘? j 3
computadores podem tairHibém"ser usados como terminals remotos piincipais ou A combinacao entre mformatica e telecomunicacoes — telematica -— e pre- '92*-w{$1

processadores auxiliares [front-ena"] de computadores de grande porte, po- requisito indispensavel a uma sociedade desenvolvida baseada na mformacao.
dendo ainda ser interligados para que se tenha 0 equivalente aos recursos de Originalmente as telecornunicacoes cuidavam da transmrssao de mformacoes, e
r
processamento cle um computador de grande porte. os computadores se dedicavam ao processamento de informacoes. Hole em dia,
r
os sistemas de comunicacao de dados conectados a computadores-'processam
Microcomputadores informacoes e transmitem dados para qualquer lugar instantaneamente.
*""~‘M-"W0 sor?’ §"'l'\H\0E emu 7| "1 — ‘tr .._ _ _ . _
Os microcomputadores ou computadores pessoais‘sao‘maquinas de pequéno mg"-512 Ademais, 3tCOmbl[121Q50 entre computadores e telecomunicacoes melhorou a
porte que consistem num procossador instalado numa (mica pastilha de silicio, tecnologia de ambas as areas, passando a oferecer novos meios de comunicacao

“ t
u
-
I SISTEMAS E REDES 53
52 mraooucfito A TECNOLOGIA on INFORMACAO
s . . I - .- ' ,, .. 1"
, u e arrnazenamento de dados, como correio eletronico, periodicos eletr_ontcos_e
Tabela 3,1 Caracterrsticas dos computadores de grande porte, _ _,
videotexto. O emprego conjunto- dessas.~ . tecnologias oferec‘_t-:;"rum§'i"irri_'"po;rtante
' minicomputadores e microcomputao‘ores ~ -~ l
. .. 5' .2 .
r
oportumdade de influir sobre arforma como as mformacoesisao [t‘lat'tlptllEtdfl§€'
l
hp»?
at
Microcomputador r - -‘I armazcnadas, processadas e comfunicadas. 1‘-
Caracteristica Grande porte Minicomputador
- Todos os sistemas de telecomrinicacoes tem certos componentesiesisericialsrg
Dimensao
'
1 Crande Pequena, p.‘ex., uma 7
~.
Menor ainda, p:-ex, '- D - " -'12*-1 =w
5": ‘*.. --Lilli P‘
_ configuragao grande “ do tamar1hOA4 para cima . - um transmissor que envia inf0'rma<;oes‘r
.
-,,‘,_ - gr?
a"“*3 :._
Q.
*1‘! I I
caberia em 3 ou 4 m’ - urn receptor que as aceita _‘ L) 53 -- :__;_ 0
ii:
:9: Capacidade de Depende da natureza da aplicagao, rnas~em“ geral as de grandg porte‘ "__¢ L 3 - um meio de transmissfio atriivefs dorquiil a mensagem trafeg =12 coo:
i:.r:»/nan
ll‘
processamento sao os mais poderosos, seguidos dos mini e=m icrocomputadores . . , .
- .s1na|s e codigos que representarn a mensaaem
R“ T-’ is ;-=
,1‘; E
l?$L or'14" cw.-‘=5
s 2'
Processador _ Miiltiplos micro- Mrlltiplos micro- .," Um urrico microproces-,. ' l ' F-1 3-‘ r! ~ ~. 9
sador .< - '
- controles de rede que garantem-que
/» it
a mensagem
5*
chegue=a
.~‘ '7 .1.§l__ D6?‘-It
processadores processadores _f
Periféricos Maior variedade Menores, mais lentos. Mais baratos e ainda
=<' Q ;. ~2 sf ,:_1 : .= DCE
5,
J ‘ O
As redes de computadores poss'ije_p_1 uma’-iariedade de t'_r:an§miss;_>_'r§ 1 .l.P% =t
e menos complexos, __ menos complexos, e - i'
- mas muito buns __, em geral adequados » tores, meios de trarismissao, sinai§,"€§6digos;§e controles_de_§_retle. gr S “
Boa variedade de certos '
4| .
Os computadore§mais elemei1t_air;es sao §'s modelos au:£6n8mos;,p%m§;monig1
Frogramas Grande varieclaple Também grande '
p de utilitirios e apli- variedadé-de .1‘ tipos de programas, mas ,._ tores de video inteigrados, co1no?§a<‘@ntece ,rc:om os microcjoiniputadgres at uso:
;: - calivos, confornjie
I
utilité.rios'e ' __. costumam nao ser tic I- <.
‘ I
;
‘F _
l I-‘~-. . ..pessoal. Qpjpndoipassamos‘-para :tiin_~;_comprliEad0r maior, s;1port;tE §;;a;r§5 ter;
- 5 '
H [Tl cptina I.‘ r r
ap ICB lV?fi :11’ —.: - especializados quant0'0s..,
,\- miriais, ltorkna-se negessaria *umaT:ifr‘e§d_-e de teT§7minais,,dever:iEidi'ser 1i:'s'adas‘§cone;-;'
das méquinas grandes ~
i .. ‘ -..= ' Vt 1»
Sem problerpas, ernbora
iiioespdr meio de taeplecomunicaqfoefsfparai liigja-los ac:comp_utador_.Elgilialiijenteé
Operacao “ Requer operadores Mais simplgsf porém gt;
-' ' em tempo integral, 0 grau desupervisao seja provave|_ que o ge- ': J umgrupo d_e microgomputadoregqiié tenhafri dc se comun:ica:r#;_entre'sizogfcomg-
- qualificados _~ exigiclo depend: do ta- rentejusuario p_recise._ler partilhar uriaaimprgssora deveracfszer interllgados por reds; 'P_ambep1Té pgreciso‘.
“I. .-
. e experientes - manho da instalagio w_ nogoes laisicas de mann- . ¢ J.‘
J’ .
uma rede piara con'§:c'ta_i/puin term__in:al*a um icomputador r8kt:tlliE_£:>§_?Eii\;1‘pr6g:§n’tl-Sp‘;
tencao de sistemas, etc. ta
varios tipos‘_.de red@, conforms as civrcunstaiicias. Os fatoigs §u§dete;Erni_na§1 ' -'
Nfimero de Multiusuario Multiusuirio "_.. Monousuario (a nio ser_;§ \-
.| ' .- mais apropriada pafa deterrningadaaplicacaoiséio os seguinftesiafi gf. "’ 2
- - ‘
usuarros i4' ~
_-_, . - \ ,2. quando em rede) I
. . . 1 ' .'
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air -1‘1 _1'_
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.' - ‘ear.-~ _.,
Ambiente e Deperrdéncias es- Escritorio c0murn,‘etc., Resrdencia ou escrttorio E
VOlLllT‘l€E§lB trafego e capaciiiafielfexigidaii‘ ‘N L" :
\ 1'4'-1IO,.1-U“"s:euM:8
localizagao - peciais; ar-condiri- corp diyisorias para ria- comum '~ . ‘ - _- .5; k .-1 . H
3 _

onado, pisos e|eva- duzir o ruido de peril'_é- . Tr ‘ " L" 7 1 - velocidaiie exig:i_‘da_\, " Q _ ~ _ r, _ _
dos para passagem ricos, étc.,~ e ar-condicio- _.; -5-‘ ~n - l fidelidaie exigi§_a 7 ‘~'-¢ 3 if -. rIN, its aset3'-Gfl_?$t7 er:'_‘~&.{"3lL.4$l\:"§,$3
_ l '- custo a€5itavel.‘;" ‘l’I - *3 tr-I.. ‘til
de cabins _ _ nado simples em instala- _ - _ ',, .v._. If
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gées grandes -4- ..- -'.' ntgl

* s - : r < l ‘_)
~i" - t ‘e ,. *-=“ -" U! 5 ~"F'
Manutencio Contratos, corn Contratps, com visitas -- Contritos, ei-n geral “'3” _ "J11-,.- ll- As organizaeoes erripregam djferentes elemépttos das l?_Cl€ O51;:-.;_'-g=""M1 cQ
,e-§?_ '.:-2"
t:8.:,Li'$'i1.-'”.*'-+it2 'on;;t;_r1iE;_at;§§S1es;’_
21;we
visitasisemanais mensais ou rnenos ‘ com direito a chamadas - para atende'f'a diferentes nriaiiEiaBe_=_§e Eis algtins exemplos: Q ' "'" '"‘ L“ ‘""
freqiientes no caso de de emergéncia
lo; .
IJSD II'l€I'lOf 6 fl"lQ|‘lOS
, l _- .. rede local interligando as estacops de trabalho defptro de um edificto de mo_-;_,
-LIDflnMno‘|\1-_—.-¢a'°U_u7.$-rLa|7-»,-. 1-M.‘-_ c ' equipamenlo .
» -.,7
I

Mesijnos distribuidores L1
. do a suportar o acesso a sislemagde processamenfogde transaeoes, como
Disponibilidade Fornecimenlo ex- Fabricantes, pacotes I

clusivo pelo fabri- de sistemastpara tipos de minis e também sistema de gerenciamento dc bi;b_l_iotecas_=, i_i"_l;
canle de aplicagaol, fornece- varejistas e vendedores ,,t -' redes de longa distiincia de dados nacirinais e iniernacionais e nacionais'§
dores de sistemas ' de equipamenlos dc
escritério
para acesso a co rreio eletr6nic§},fornecl_inento dgilocumentos, boletins de_F_';
(para determinados
notlcias e bases de dados 5'2"" M‘ if ’“
lI usuariosl
De 700 a 7 O00 - redes nacionais de dados e voz para acessar servicos de videotexto
r Preco (em USS) De 150 000 at _ De 15 000 a 70 000
3 000 U00 ' redes de voz nacionais e internacionais para chamadas telefonicas
5 e ’ as ‘Z - servicos dc radiodifusao para a recepcfio de teletexto.
i
l O resto desta secao trata de algumas caracteristicas das redes de telecomunica-
l
coes.
l
SISTEMAS E REDES 55

54 INTRODUCED A TECNOLOGIA DA FNFORMACAO


fegarn pela linha telefonica como um tom moduiado numa freqiléncia, e retor-
3.4 Transmissao e comunicagao de dados nam em freqiléncia diferente, antes de serem canalizados para a tela. Portanto, 0
que se vé na tela é exatamente 0 que chegou ao computador remoto, que pode ser
Transmissfio de dados é 0 movimento de informa<;6es com 0 emprego de uma ou n50 o que foi digitado. Nos canais semidtlplex os dados trafegam pela linha
forma de representaqfio apropriada ao meio de transmissao. Isso pode incluir nos dois sentidos, mas nao em ambos os sentidos simultaneamente.
sinais elétricos, sinais opticos ou ondas eletromagnéticas. : :o4--—i_- _ ',._ o: Se o computador remoto estiver esperando dfiplex complete e 0 terminal
A comunicaqfio de dados inclui a transmissfio de dados, porém é mais estiver configurado para semidfiplex, 0 mesmo caractere aparecera duas vezes
ampla, pois também diz respeito a: natela, a primeira vez vindo diretamente do teciado e a segunda quando 0 com-
putador remoto ecoa-lo.
- circuitos e redes de transmissao fisica
Muitas redes que, na realidade, nfio exigem que os dados sejam transrnitidos
- o equipamento e os programus que suportam a comunicaeao de dados
em arnbos os senticlos simultaneamente, utilizam, nae obstante, canais de dados
- procedimentos para a cletecefio e corregao de erros
diliplex completos, pois o tempo de retomo do canal causaria tempos de resposta
- padroes para interfacear equipamento do usuario com a rede ou meio
do computador excessivamente longos. Este é um problema especifico de
~ regras e protocolos para controlar 0 intercambio de informagfies.
sistemas que precisam ser cornpativeis com canais de satélites de comunicaqao,
Esta segao examina algumas caracteristicas da transrnissfio de dados, enquanto ii que possuem retardos de transmissao relativamente longos e, poitanto, -n50
ii
a segfio seguinte trata das caracteristicas do sistema de cornunicagao de dados. i podem ter um retorno rapido; isto significa que a maioria utilizara técnicas
dfiplex completas. -
Velocidade de transmisséo de dados Os sistemas simplex empregam transrnissaosomente num 1'1nico sentido.
Quando informaqties digitais sao enviadas por meio de uma rede comutada, a
A velocidade de transmissfio de dados por uma linha de telecomunicagoes é uma sincronizagao deve ser mantida para que o receptor receba o fiuxo de bits da
importante caracteristica das coriexfies por telecomunicaqoes. Essa velocidade foi-ma como foi transmitido. ~
é medida em bauds e expressa como taxa de bands. A taxa de bauds é igual ao
mimero de elementos de sinais transrnitidos a cada seguntio. O termo ‘baud’ Modos de sincronizagao
deriva do norne de Henri Baud, criador de um antigo codigo de comunicagzao. A
taxa de baud é, em geral, 0 mesmo que quantidade de bits de informagao trans- E necessério que 0 receptor de dados possa separar em grupos de bits dc infor-
mitidos por segundo, uma vez que o elemento do sinal é normalmente um bit. magao 0 fluxo de bits que recebe, de modo a traduzi-los em dados. Existem dois
Assim, por exemplo, uma linha de 2 400 bauds transmite um maximo de 2 400
¢--¢-- _,?-._
meios de realizar isso, que se designam como modos de sincronizagao: trans-
bits por segundo. Linhas de voz, como as dc teiefone, podem transmitir dados a missao assincrona e transmissfio sincrona.
600 ou 1 200 bits por segundo (bps). Com modems mais rapidos e possivel A transmissao assincrona é mais simples, destinada a sistemas onde a
transmitir até 4 800 bps nessas linhas. Em linhas de banda larga podem ser informagfio tem de passar por extensos enlaces de comunicagtfio. A transmissao
alcangadas velocidades de 50 000 bps. assincrona exige que na ponta onde ocorre a recepgao exista um método para
A velocidade de transmissao depende da largura de banda do canal. A detectar o comego de cada caractere, a fim de garantir que nenhum pulso se per-
largura de banda é medida em hertz, on cicios por segundo. Velocidades relati-
n
ca. Consegue-se isso circundando cada caractere com um cédigo de inicio e um
varnente lentas sao aceitaveis para correio de voz e ontros sistemas de rnensa- ou mais codigos de parada, a saber:
gens, mas serao necessarias velocidades mais altas se 0 volume de dados a
- codigo de inicio caractere 1
transmitir for maior, como no caso de transferéncia de arquivos ou na transmis-
- codigo de parada caractere 2.
sao de dados muitimidias. Se as velocidades de transmissao n50 forem altas, 0
grande volume de dados usara toda a capacidade da rede durante um longo - .‘_. _. Tanto os codigos de inicio quanto os de parada sao representaclos como um bit
periodo de tempo, deixando-a atravancada para outros usuarios. de dados cada um. Assim, natransmissio de dados assincrona, um caractere que
F
1 seja representado por urn codigo de 8 bits (ver capitulo 4) seré transmitido corn
Transmissio compieta e semidfiplex 10 ou ll bits. Desse modo, por exemplo, 300 bands equivalem a cerca de 30
Os termos completa e semidnplex referem-se a forma como os dados sao envia- caracteres por segundo, e 1 200 bauds, a 120 caracteres por segundo.
dos entre computadores. No modo diiplex completo os caracteres digitados tra-

l
SISTEMAS E REDES S7
we-_<\.-..: ;»;.
56 INTRODUCAO A TECNOLOG IA DA INFORMACAO
Modems
1
Alguns sistemas assincronos empregam inicio-parada no comegzo e no tim
dos blocos e nao dos caracteres. Um bloco é um grupo de bits que é tratado como O termo ‘modem’ é uma contragao de modulador/demodulador. O processo de

i uma unidade logica de dados.


A sincronizacao sincrona resulta em transmissao de dados mais rapida, mas
i
il
modulacao/demodulagao implica a conversao de sinais digitais, geralmente
oriundos de um terminal de computador, para uma forma adequada a trans-
depende da contagem e sincronizagao exatas dos bits transmitidos. Consegue-se missao em sistemas analogicos. Por exemplo, emprega-se um modulador para
a transmissao sincrona sincronizando-se os relégios internos dos equipamentos converter os codigos digitais do computador para a fomia analogica adotada em
de recepgao e transmissao. Por exemplo, os primeiros oito bits transmitidos sao muitas redes publicas de telefonia. Um demodulador na outra ponta faz a recon-
reconhecidos como o primeiro caractere, os oito bits seguintes, como o segundo versao dos cédigos, de analogicos para digitais. Os modems sao dispositivos
caractere. Naturalmente, isso depende de sincronizagao exata, e de que os dados instalados em ambas as pontas de uma conexao analogica, de modo a permitir
sej am transmitidos segundo uma taxa fixa. Um bit defeituoso resultaria na que os dados digitais sejam comunicados. Funcao similar é executada pelos
deturpagao de toda a mensagem. E claro que este modo de sincronizacao nae é acopladores acfisticos, que diferem dos modems pelo fato de nao estarem liga-
bastante robusto para redes publicas de telecomunicapoes de longa distancia, 4e:_»a. - dos permanentemente a rede de telecomunicaqoes. Sua principal limitagao esta
nas quais nao é rara a ocorréncia de ruido. A sincronizagao sincrona, porém, E em que as velocidades de transmissao corn que funcionam sao relativamente
lentas, podendo, no entanto, ser conectados a qualquer telefone, pelo que en-
presta-se as redes locals, onde um grande volume de dados tem de ser como-
nicado rapidamente. O equipamento de transmissao sincrona é mais caro do que contram algumas aplicacoes especiais em condicoes de campo.
0 equipamento de transmissao assincrona. Existem trés tipos bésicos de modulaeiio analogica: amplitude, freqiiéncia e
l
l fase. As modulagzoes de amplitude, freqliéncia e fase sao simplesmente formas
Multiplexagao e modos de transmissao diferentes de empregar as ondas sonoras para representar os digitos 0 e l. A
modulacao digital é chamada modulacao de pulso, e uma de suas forrnas co-
Multiplexacao é 0 emprego de uma iinica conexao de telecomunicacoes para muns é conhecida como modulaeao de codigo de pulso (PCM). Na PCM os dados I
transmitir varios sinais. A multiplexaeao simples oferece uma conexao transpa- sao transmitidos como uma fileira de pulsos distintos codiflcados.
rente entre terminais remotos e as portas do computador as quais esses terminals Os modems podem ser unidades independentes, porém, hoje em dia, estao
se acham conectados. Em geral, exige-se a presenga de multiplexadores em fiequentemente integrados aos microcomputadores como uma placa de mo-
ambas as pontas de uma linha telefonica ‘compartilhada’. I-la dois tipos de multi- dem. Ha modems com diferentes caracteristicas. Por exemplo: funcionar em
plexacao: por divisao de freqlléncia (FDM) e por divisao de tempo (TDM). A FDM modo duplex completo ou semidtiplex; fazer transmissao sincrona ou assim-
implica varias mensagens paralelas que partem de diferentes terminals em fre- crona a diferentes velocidades, como 14 400/9 600/4 800/l 200 bps; funcionar
qtléncias diferentes. As freqiléncias diferentes permitem ao receptor distinguir em circuitos privados ou redes publicas de telefonia; e também suportar multi-
entre as mensagens. A TDM intercala bits ou caracteres que partem de diferentes i plexagao. Existem normas relativas aouso de modems para transmissao a dife-
terminais. A TDM é mais popular do que a FDM nos sistemas atuais. Obtém-se a li
rentes velocidades. Por exemplo, V22 aplica-se a 1 200 bps em duplex comple-
utilizacao mais eficiente de canals por meio de TDM estatistica ou multiplexa- to, V32 ate 9 600 bps e v32bps ate 14 400 bps.‘ Ao escolher um modem é impor-
dores estatisticos (STDM). Um STDM é um dispositivo inteligente capaz de ava- tante avaliar qual sera sua finalidade c as redes em que sera utilizado.
liar as demandas instantaneas de cada terminal quanto a capacidade de linha, e
alocar 0 tempo de linha correspondente. Os multiplexadores vém muitas vezes Reflexao Quando os modems se tornario obsoletosl
integrados aos concentradores e modems.
A multiplexacao foi originalmente introduzida para se obter o emprego mais -2_-=¢.—_.<-
Comutagéo de redes
eficiente de canais de comunicacao, tendo, porém, se tornado um componente 1:
l
importante em redes de longa distancia. ii As mensagens trafegam entre transmissor e receptor com 0 emprego de técnicas
Os concentradores ajudam na plena utilizaqao de linhas de dados de alta comutadas ou nao-comutadas. Sao trés as principals técnicas de comutaoaoz
velocidade. Ha discrepancia notavel entre velocidade de linha e velocidade de comutacao de circuitos, comutaeao de mensagens e comutagao de pacotes.
digitagao do operador, mesmo em redes de baixa velocidade. Dessa discrepan-
’,_? ~_. - .an
cia resultam espagos brancos na sucessao de bits. O concemrador atua como um
‘ Em maio de 2002, havia recomendagoes adicionais da Uniao lntemacional de Telecomunica-
armazenador ternporario ao reunir bits de cada terminal ou grupo de terminais e ones, a saber: v34 até 33 600 bps, v35 até 48 D00 bps e v90 até 56 000 bps. (N.'r.)
guarda-los em sua memoria intermediaria até que haja bits em quantidade sull-
ciente quejustifique a transmissao.
-new

b
$8 INTRODUCAO A IECNOLOGIA DA INFORMAQAO ‘SISTEMAS E REDES 59

A emissao a partir de um tinico transmissor para muitos receptores que --A


._ - _ ~.; _-; de comutacao de pacotes: 0 método de datagramas e a técnica de circuito vir-
possam ‘sintonizar‘ as mensagens constitui a rede nao-comutada mais comum. tual. No método de datagramas cada pacote é enderecado individualmente, e os
Outro método nao-comutado é quando um terminal se acha diretamente ligado datagramas podem percorrer diferentes caminhos da rede. Na técnica de circui-
a um computador central. to virtual, todos os pacotes sao encaminhados através do circuito virtual.
A rede nacional de comutacéio cle pacotes da companhia britanica Telecom
5 Reflexao Por que a comutagéo é necessaria em redes de te|ecomuni- é a Packet Switch Stream (PS5). As tarifas baseiam-se no uso e nas velocidades
Q.
cagoes? dc transmissao, independentemente da distancia. A PSS proporciona acesso ao
International Packet Switched Service (IP55) para a transmissao intemacional de

i
5
A comutacao de circuitos é aclotada nas redes publicas tradicionais de telef0-
nia. Neste caso, o mecanismo de comutacao estabelece uma conexao fisica, par-
tindo do transmissor para 0 receptor. A fim de alcancar seu destino uma cha-
dados. ' '
A comutacao de pacotes utiliza as redes de modo mais eficiente do que a
comutacao de circuitos, pois as mensagens podem ser intercaladas para elimi-
nar os espacos vazios. A sincronizacao é também manipulada pelos nos da rede.
mada pode ser roteada por intermédio de muitas estacoes (ou nos de rede). As No entanto, a comutacao de pacotes requer mais recursos de computacao em
primitivas centrais telefonicas eram manuals e, mais tarde, dispositivos eletro- cada no.
mecanicos passaram a conectar as chamadas em cada no. Desde a década de Em algumas da estacoes mais recentes, tanto a rede de comutacao quanto a
I970, acham-se em operacfio estacoes totalmente informatizadas. Estas tanto
fazem as conexoes de circuito comutado quanto executam varias funcoes de
i. estacao sao inforrnatizadas. Este tipo denomina-se estacao de comuta cao digi-
tal, e em todas as estacoes desse tipo todos os sinais, inclusive 0 de voz, estéio em
controle, como completar uma chamada, acionar os sinais de discagem ou de forma digital. A maioria das empresas de telecomunicacoes planeja converter as
ocupado, monitorar e registrar despesas. Essas estacoes sao chamadas estacoes
de controle por programa armazenado (SPC). O sistema X da British Telecom é
i atuais redes analogicas de transmissao de sinais em redes totalmente digitais. A
conversiio, entretanto, é gradual, devido a escala e ao custo do empreen-
do tipo SPC. dimento, e podera levar de 20 a 30 anos.
Algumas grandesfi organizacoes contam com suas proprias centrais telef6-
nicas, conhecidas como PABX (private autornaric branch exchange) ou PBX Reflexio Explique, com suas proprias palavras, a diferenga entre co-
(private branch exchange). E possivel clispor de linhas alugadas ou dedicadas mutagao de circuitos e comutacao do pacotes.
nas redes pitblicas de telefonia.
Os sistemas de comutacfio de mensagens superam o problema das linhas I 3.5 O sistema de comunicagao de dados
ocupadas a0 permitir que as mensagens sejam enviadas para o centro de comu- r
tacao e ali armazenadas temporariamente. Elas sao depois transferidas, por meio .t
Esta secao examina trés caracteristicas importantes das redes: os meios de
de uma chamada, do centro de comutacao para 0 numero que foi chamado. transmissao, as arquiteturas de redes eos padroes de protocolos, e as topologias
=> de redes. _
A comutacao de pacotes é um tipo de comutacao de mensagens que envel- l
ve a comutacao e a transmissao de dados em quantidades distintas chamadas
pacotes. A0 contrario de um sistema de circuito comutado (como a rede publica Meios de transmissao
'l
i
de telefonia), nao se exigem carninhos de transmissao ponto a ponto, penna- As redes de telecomunicacoes usadas para a transrnissao de dados compreen-
nentemente alocados, durante o periodo de uma chamada. Cada pacote contém dem um ou alguns dos seguintes meios fisicos detransmissaoz
em si mesmo tanto os dados quanto as informacoes necessarias para seu enca-
minhamento pela rede. t .-4._ _;~ _1 Fios ou cabos trancados de cobre, como nas linhas telefénicas comuns.
._._ . _i _ ,i_
Todos os centros de comutacao de pacotes ou nos sao informatizados. Eles Um cabo de pares trancados é um pouco mais barato do que um cabo coaxi-
interpretam as informacoes de controle incluidas em cada pacote. Os pacotes sao al, porem é vulneravel a‘ruidos. Ainda é amplamente empregado e é satis-
I
l
armazenados durante um breve periodo na memoria principal de cada no, antes fatorio com baixas velocidades de transmissfio de dados.
A
de serem encaminhados para 0 no ou receptor seguinte. Embora a mensagem -2 Cabo coaxialzpossui muitos fios isolados no mesmo cabo, com maior ca-
original seja fragmentada em pacotes que podem chegar em momentos pacidade do que o cabo de pares trancados, sendo utilizado para transmitir
diferentes, o sistema de comutaciio de pacotes garante que todos chegarao ao diferentes servicos em diferentes bandas de freqiiéncia. Assim, um tinico
destino exato e serao remontados de modo correto. Existem duas modalidades
- -.0-.’-_
l
SISTEMAS E REDES 61
60 TNTRODUCAO A TECNOLOGEA on INFORMACAO
capacidado (isto é, a taxa com que os dados sao transmitidos sem erro), fideli-
cabo serve para transmitir dados, voz e video. O cabo coaxial é usado como dade de transmissao, e custo. Na pratica, uma rede intemacional de comunica-
s-"""'nao-\'=n§iE.'n“‘a1*-¢.»"&1-i._-‘\“-
meio de transmissao para a comunicacao de dados local e intemacional. cao tie dados vale-se de uma combinacao dos meios acima citados. Os dados
i 3 Fibra optica, formada por fibras de vidro da espessura de um tic de cabelo,
através das quais se transmitem ondas luminosas que representarn impulsos
i _i._._. ;.
podem passar por fios trancados de cobre on cabo coaxial ao sairem da estacao
de trabalho, dai por um cabo de fibras opticas e em seguida por uma rede de mi-
i elétricos. A luz provém de uma fonte luminosa, como, por exemplo, um croondas, antes de serem transmitidos para um satélite por uma estacao dc radio.
laser, e é vermelha ou infravermelha. Um cabo forte e impermeavel contém O satélite podera entao retransmitir a mensagem para a estacao receptora. A
grande numero de flbras paralelas, por onde passa a luz que é recebida por seguir, a mensagem passara por outra série de redes de microondas, fibras
um dispositivo conhecido como transdutor, que converte os impulsos ele'tri- opticas e cabo coaxial antes de chegar ao destino.
cos em luz, e vice-versa. A fibra optica apresenta varias vantagens em com- Ao escolher um meio de transmissao para uma dada aplicacao, é imponante
paracao com os fios trancados de cobre ou o cabo coaxial, e que sao: buscar alta capacidade e boa fidelidade, além do cusio—eficacia. A capacidade
' grande largura dc banda, de varias centenas de megabits por segundo de um canal é dcterminada por sua largura de banda. Diferentes tipos de infor-
- baixa atenuacao ou pequena perda de sinal; a luz pode viajar por ate macao (por exemplo, voz, transmissao de televisao colorida) requerem o envio
cinco quilometros sem necessidade de repetidor que reamplifique a in- cle diferentes volumes de informacoes. A largura de banda do canal, portanto,
tensidade da luz deterrnina os tipos de aplicacoes que uma rede pode executar.
-. -._ ‘.=._:; _
- nao ha interferéncia de equipamento externo elétrico ou eletronico
- alta confiabilidade Arquiteturas de redes e normas de protocolo
' economia, pois o vidro é material mais barato do que o cobre. As redes de computadores buscam interligar varios equipamentos e sistemas
-a.,4-—1,.‘;e-_4.'r;_+4.-_~ -
infomiatizados. A eficacia potencial da tecnologia da infonnacao depencle
A fibra optica pode ser usada em computadores como condutor para comu- grandemente da eflcacia das redes dc telecomunicacoes. Uma das principais
t
,.
l
mcacoes dc alta velocidade bem como para comunicacao de longa distancia finalidades de uma rede é oferecer compatibilidade ponto a ponto, de modo que
entre computadores. ‘ qualquer terminal ou sistema possa conectar-se com qualquer outro. A fim de
4 Microondas. Uma conexao de microondas é uma transmissao de radio de examinar este topico mais detidamente, convém tratarrnos antes das arquitetu-
freqiléncia ultra-alta (UHF) entre dois pontos situados na linha de visao. ras de redes. Uma arquitetura de rede consiste numa deftnicao sistemética:
Esses pontos possuem transmissores e receptores de radio (transrecep- - da topologia da forma como as unidades se distribuem através da rede
totes) conhecidos como estacoes repeticloras. Essas estacoesnormalmente - do controle e fluxo das informacocs na rede
estao situadas em morros, de modo a proporcionarem o maximo de distan- - dos protocolos e normas dc codificacao e transmissao de dados.
-=_-.“ »q-
cia de linha de visao. As microondas possuem freqiiéncia alta e grands l
largura de banda e, por isso, sao capazes de transmitir sem distorcao. A arquitetura adotada por um fabricante costumava ser incompativel com a ar-
quitetura adotada por outro fabricante. O conjunto de formatos e procedimen-
5 Satélites de comunicaczio utilizados para transmissoes telefonicas e de tele- tos, estabelecidos de comum acordo, que governam o intercambio de informa-
l visao. Os satélites de comunicacao eliminam a exigéncia de posicoes na*li-
ll coes entre sistemas é denominado protocolo. Os protocolos, por exemplo,
nha de visao. Principalmente, devido a exigéncia de linha de visao, as micro- referem-se a métodos de deteccao de erros, regeneracao apos a ocorréncia de
1.-, —,-..2-4:
ondas nao podem ser usadas na comunicacao transoceanica. Para superar erros, velocidades dc transmissao, formato dos dados e iniciagao, transferéncia
1
esse problema, sao instaladas repetidoras em satélites. A repetidora do sate- I
i e término de mensagens. Cada fabricante possuia seu proprio protocolo. Por
l lite recebe transrnissoes de radio de cada estacao na Terra, amplifica a men- ,: exemplo, a IBM desenvolveu 0 Systems Network Architecture (SNA). Outros
sagem e a retransmite. A mensagem procedente do satelite é captada por =l
|| fornecedores que desejassem fazer conexao com equipamento IBM tinham de
estacoes terrestres, que, em geral, sao antenas parabolicas. desenvolver recursos compativeis com a SNA. Desde entao, na tentativa de re-

l i
6 Fiacao da rede de eletricidade comum pelaqual podem ser enviados sinais
de controle por um computador para ligar e desligar dispositivos comutado-
res (por exemplo, interruptores elétricos).
Os diversos meios de transmissao variam quanto a forma fisica, velocidade,
solver essa situacao, foram elaboradas normas nacionais e internacionais. A re-
comendacao da Organizacao lnternacional de Normalizacao (ISO) sobre inter-
conexao de sistemas abertos, conhecida pela sigla OS} (Open Systems Intercon-

l _.
62 mraooucao A TECNOLOGIA on INFORMACAO f SlSTEMAS E REDES 63

Tabela 3.2 Os niveis da ISO para interconexao de sistemas abertos (OS!) ,.


l
ii
Outra realizacao da 051, de especial relevancia para as bibliotecas, foi o
estabelecimento dos protocolos de empréstimo entre bibliotecas baseados no
Grupo Nivel Fungio de Tipo de atividade neste nivel ii trabalho desenvo_l_vido pela National Library of Canada, e o protocolo de busca
OSl controle e recuperacao. A norma 239.50 e o protocolo de busca e recuperacao (SR) serao
examinados _de modo mais completo no capitulo 4.
Usuario 7 Aplicagao lnicia e executa tarefas do aplicagao
com a informagzio captada pelo
usuario, como transieréncia de arquivos, Topologias,de redes
processamento de mensagens e emulagao A topologiaié um dos aspectos da arquitetura de redes. A topologia da rede é a
de terminal forma como os enlaces de comunicacoes conectam o equipamento. A figura 3.1
6 Apresentagio Apresenta a informagao para 0 usuario, mostra algumas topologias de redes comuns. Na pratica, muitas redes sao com-
' numa forma apropriada do aplicagao,
talvez convertendo os caracteres de
postas, interligando redes de diferentes topologias e protocolos. A interface
l.
it
controle empregados por diferentes entre redes é proporcionada por um comutador de passagem [gateway switch].
tipos de terminals, usando os protoco- As redes em estrela tom em seu centro um onico no de rede, o qual esta
los DCA-DIA e x-400 diretamente ligado a varias estacoes de trabalho de assinantes. As estacoes de
S Sessao Estabelece, mantém e encerra as cone- trabalho nao podem se comunicar diretamente entre si, devendo comunicar-se
xoes logicas e a interagao para transfe- -u.4_e,4—: por intermédio do no central. Essa tipologia é adequada quando as estacoes de
' réncias de dados vistas pelo usuério trabalho precisam acessar uma base de dados central. E, porém, vulrgeravel a
Transporte 4 Transporle Gerencia as transferéncias de dados defeitos do processador central ou da transmissao. A -' 5
entre os nos da rede, inclusive endere- -. ._..
‘+-

gamento do controle de fluxo


As redes em anel ou laco sao aquelas em que todos os nos sao -intgrligados -$1
'-1"
3 Rede Encaminha mensagens e executa outros em base igual. Os dados sao enviados por meio de qualquer no e cornunicados :3
__;_

controles minuciosos de gerenclamenlo a toda a rede. O no apropriado aceita os dados. e f, '


da rede (a norma X.25 encaixa-se neste As redes de multipontos contam com muitas estacoes de trabalhoque dis-
nivel) putam entre si enlaces com um no central. A multiplexacao permite ope muitas
2 r Conexao de Controla a transmissio de sinais e forma- estacoes de trabalho compartilhem o mesmo canal. Esta tipoiogia reduz os
clados tos de mensagens em conexoes entre custos de linha porque emprega somente um circuito ramtficado para conectar
terminals e redes todos os nos. Presta-se para conectar estacoes de trabalho a um cornputador
1 Fisica Lida com interconexoes elétricas, maca-
nicas e outras de natureza fisica; certos
hospedeiro ou servidor. Os nos nao podem se comunicar diretamente entre si.
fatores sao definidos, como meio de Uma rede em barra é constituida de um tinico cabo ponto a ponto, a partir
transmissio, niveis de voltagem e do qual sao feitas conexoes com os periféricos. Todas as estacoes de trabalho
ntimero de pinos da tomada estao em contato direto entre si. A topologia é adequada para redes locais por-
que os nos podem ser ligados e desllgados a vontade.
nection), é constituida de sete camadas e sintetiza recomendacoes concementes Numavrede, como uma rede local, é preciso assegurartransmissoes de dados
>
a VISIEO que o usuario tem do sistema (niveis 5 a 7) e os controles de teleco- isentas de erros. Nas redes locals ha tres sistemas que proporcionam acesso A
l
municacoes (niveis l a 4), como mostra a tabela 3.2. O modelo da ISO foi rede por pane de cada estacao, on protocolos de acesso: um sinal de pennissao;
irnportante para facilitar a comunicacao sobre norrnalizacao entre diferentes conector vago; acesso moltiplo de deteccao de portadora/deteccao de colisao
fabricantes e usuarios de redes. O Comité Consultivo lnternacional de Telegra- (CSMA/CD). Nos dois primeiros, uma estacao da rede ou recebe (regularmente)
fia e Telefonia (CCITT) estabeleceu importantes normas neste campo, com seu um sinal que a autoriza a transmitir, ou espera ate que passe um conector vago
protocolo X25, por exemplo, que cobre os niveis I a 3, para redes interconecta- e o preencha com um pacote de dados. O método CSMA/CD baseia-se em que to-
das de sistemas abertos por comutacao de pacotes. Esta norma cobre 0 meca- das as estacoes estejam ouvindo a rede e transmitindo quando o trafego esta
nismo atual de passagem de um pacote de um no para outro, a maneira como os livre. Quando transmitem continuam ouvindo e, se detectam uma colisao (duas
pacotes sao reunidos e segmentados, 0 estabelecimento das conexoes entre os ou mais estacoes transmitindo simultaneamente), param de transmitir e voltam
nos e o método de conectar o terminal ao computador hospedeiro. a tentar dai a pouco.

I-q‘<~¢-.,_ -.~< .- ._, :A


SISTEMAS E REDES 65
64 INTRODUCED A TECNOLOGIA oa INFORMAC/3.0

A
Reflexio O que vocé entende pela expressio topologia de redes?
. Qual a diferenga entre arqultetura de redes e topologia de
l:
\. redes?
--rléil k

3.6 Algumas aplicagoes das redes


ll} Compucador/max
<2 rede cm estreia Esta segfio trata sucintamente dos diferentes tipos de aplicaooes de redes.
l.
i O estaoao do trabalho
i
i
Redes locais
Redc local é uma rede de comunicagao de dados empregada para interligar
‘In- varios computadores, terminals, impressoras e dispositivos dc armazenarnento
secundario instalados numa area geogréfica limitada, normalmente de l0 qui-
1
lémetros quadrados, no méximo. A area limitada possibilita altas velocidades dc
transmissao. O objetivo fundamental é compartilhar recursos de computagao,
como processadores, memoria em disco, impressoras e portas de comunicagfio
E 5. l com outras redes, entre um grupo de usuarios. As conexoes sfioéeitas direta-
‘ Iv. mente por cabos, que podem ser dc fios tranoados, coaxials ou degbra optica.
rede multlpontos
Cada dispositivo ligado £1 rede local é chamado no. Para que um-microcom-
° estaefio dc trabalho
putador possa ser conectado a uma rede local é preciso instalar nel_e_ uma placa
de interface de rede. Para controlar o funcionamento da rede local 5 necessério
-.1-‘ _. , _.- ~ um sistema operacional dc redes. Emprega-se uma ponte ou roteador para
conectar duas redes locais diferentes, cle modo que um no de um_a rede local
possa se comunicar com um no dc outra rede local. Uma ponte cabégda conecta,
rede em anel ou laqo por exemplo, uma rede local com um computador do grande pone."
O estagao de lrabalho Os recursos compartilhados numa rede local sao controlados por proces-
sadores conhecidos como servidores de arquivos. Existem programas especiais
l l
para controlar as redes locais. Muitas vezes, cleterminada organizagao pode
possuir mais do uma rede local. Essas redes locais podem ser interconectadas
por meio dc uma ponte ou roteador.
Da¢se o n0§'ne de topologia ao projeto fisico dc uma rede local. As topologias
possiveis (mostradas na figura 3.1) sao em estrela, em anel e em barra.
El; algumas das aplicagfies comuns das redes locals:

- transferéncia e acesso dc arquivos


_’ _ _ i:_;,4'|.:_ .V: .; ‘._u-r. .-A - processamento de textos
__ i I _ rede em barra - manipulagao do mensagens eletronicas
L ‘ ° estaoao de trabalho - manipulaoao do arquivos e informagfies pessoais com programas de base dc
dados
- criagfio dc infonnaeoes gréficas
- acesso a base do dados remota
- transmisséio e armazenamento digital dc voz.
Figura 3.1 Topologias de redes
_,\. ., .
r

i
i SISTEMAS E REDES 67
66 INTRODUCAO A TECNOLOG [A DA INFORMACAO
~.»a|w<4'.:-as‘.-qt'»¢-awnr-
Redes de longa distancia
As redes de longa distancia empregam enlaces de telecomunicacoes para possi-
i Transmissio fac-similar (fax)
Um aparelho de fax parece-se com uma fotocopladora pequena. Coloca-se o do-
11 cumento a ser transmitido na maqulna e se dlsca 0 mimero do aparelho dc fax d0
--. ,- .~3».-
bllltar aos computadores que se comunlquem entre sl lndependentemente de sua i
localizacao. As topologias em estrela, anel e barra podem ser adotadas para tal destlnatarlo. Em segulda, o aparelho faz a varredura do documento para
. convelté-lo a forma digital. Concluida a transmissao, 0 original é recomposto na
fim. As redes locals e de longa distancia podem ser interligadas formando uma
outra ponta como uma copla exata ou {ac-simile. Podeni ser tra11$m1Ild05 IBXI05,
J-"F
»-, .- {mica rede universal. A Internet é uma série de redes de longa dlstancia
gréficos, documentos manuscrltos e desenhos. O fax e uma opcao deacesso a
lnterllgadas. (No capltulo 8 examlnam-se mais detalhadamente a Internet e a
documentos de bibliotecas. Com uma placa dc fax mstalada no microcom-
recuperagao de informacao.)
putaclor é possivel transmitir textos e graficos gerados por ele sem neizesssdade
de criar antes uma copia em papel. O CCl'lT desenvolveu vanos Padmes Pa-Ta 3
Reflexao Quais as dlferengas entre redes locals e redes de longa
<1-In»
r-»‘v~l,<~\e-<'~F4-'4»? transmissao de fax que especlficam lnfonnacoes como:
disténcia?
- 0 sentldo da varredura
Transferéncia eletrfinlca de fundos - 0 tamanho e o nfimero dc linhas a serem varridas
- técnlcas de compressao de dados
Os sistemas de transferéncla eletronica de fundos permitem aos usuarios do al dc texto do
- a velocidade com que a maquina transmlte uma pagtnfl norm
computador transferlr, eletronlcamente, dlnheiro de suas contas para outra
tamanho A4. . -—.’?
4
conta. Por seu interméclio os empregados podem reccber seus salarlos, podem .1
=2
ser pagas as faturas dos fornecedores, e efetuados os pagamentos em pontos de A principal desvantagem do fax é a lentidao de conversao. Uma P51-Elna A4 lava
venda a varejo. Os servlcos de cornpensacao lnterbancarla lldam com alguns r
i dc 40 segundos a varios mlnutos para ser convemda, poroue exrste uma grande
milhoes de transacoes por dia dtil, muitas das quais envolvem a preparacao e » quantidade dc dados quando a pagina é registrada como lmagem.
manlpulacao de documentos de papel. A transferéncla eletronica de fundos per- Q-,1,
?‘f
mite que as informacoes sobre as transacoes financeiras sej am representadas por Videotexto -n
2.
meio eletronlco ou magnético ao invés de documentos de papel. Além disso, as
contas sao atualizadas simultaneamente na memorla do computador. E possivel A denominacao videotexto aplica-se a uma gama de sistemas eletronicos que
fazer a transferéncla eletronlca de fundos com um cartao magnético de crédlto ii utillzam um receptor de televisao adaptado ou outro tipo de terminal para a
§I 0u déblto, que é inserldo num temtinal de ponto do vendas de uma loja de varej 0, a resentacao dc lnformacao textual e grafica dlretamentelpara os ustlarlos fi-
ou usado a partir de casa, por meio de um microcomputador ou televisor ligado nlais Os slstemas cle videotexto que também empregam llnhaf» !6l¢f0I11¢a5 011
JH\h!$fli“"‘ a Internet. A transferéncia eletrénlca de fundos felta da resldéncia é em geral outros canals de cornunicacao para oferecer uma conexao bidireolonal sao C0-
denominada banco em casa [home banking]. E também importante componente nhecidos como vldeotexto lnterativo (ou as vezes slmplesmente v1deotexto)ou
dos slstemas eletrénicos dc compras entre empresas. slstemas de -videodados [viewdata]. Os sistemas de transmlssao sao conhecldos
como teletexto.
.. O primeiro sistema de teletexto a ser implementado, POT lniciafiva da Bmlsh
Redes de valor agregado
i.1. Broadcasting Corporation, em 1973, foi o Ccefax. O Ceefax oferece um HHFHCFO
Uma organlzacao que oferece servicos de comunlcacfio ao pilblico em geral é de pavlnas
5
de inforrnacfio para o piiblico em gflrfll
.
5051'? 160135
r
alUfli5, BSPOWBS,
'
‘denomlnada transportador comum ou empresa postal, telegrafica e de teleco- previsao do tempo, dados financelros, relatonos sobre o trafego de V6lClll0S e
rnunicacoes. Quando uma organizacao aiuga llnhas de um transportador co- programacao de televlsao. _
mum e acrescenta a esse servlco melhoramentos inforrnatlzados denomlna-se a O primeiro servlco do videotexto foi 0 Prestel, criado pelo servlco de cor-
isso uma rede de valor agregado. Entre os melhoramentos mais comuns tém-se: reios do Reino Unldo em 1979.0 Prestel for lnicsalrnente mtroduztdo como um
melhor deteccao de erros; tempos dc resposta mais rapidos; e resolucao de service piiblico, porém, hoje em dia, é utillzado prmclpalmente para fins 'c0-
incompatlbllidades entre dlferentcs tipos de equipamentos. Esses melhoramentos merclais ' além de ser amplamente usado na lndfitstrla de viagens.
. Muitos parses
simplificam o lntercamblo de dados eletronlcos entre os usuarios do servico. O desenvolveram seus slstemas nacionals de vldeotexto, inclusive:
usuario simplesmente llga-se a uma interface e a rede resolve quaisquer incom-
patibllidades de protocolos.

-. _-.,;Q-.aA_.-,a4».-,_,'.
I

E.

-e'.-F.2-' W1-7 SISTEMAS E R.EDES 69


68 INTRODUCAO A TECNOLOGIA pa INFORMACAO i.
~:-\ w.:-<\_.q
' Telidon, no Canada
RESUMO
- Captain, no Japao
' Bilclschinntext, na Alemanha. A maioria dos computadores opera como parte de um sistema on rede. Os
computadores podem ser de grande porte, minicomputadores e microcom-
O sistema francés, conhecido como Minltel, foi particularmente bem-sucedido. putadores. Essas unidades de processamento interligam-se por meio de redes ou
Isso se deve principalmcnte ao fato de o govemo francés, por intermédio de sua enlaces de telecomunicagoes. Sao varias as caracteristicas das redes que influem
1 empresa estatal de correios e telefones, ter fornecido gratuitamente tenninais de em seu funcionamento, a saber:
ii
videotexto aos usuarios do scrvlco e passado a distrlbulr as listas telefonicas da
--1 Franca como um servlco do videotexto. - velocidade de transmissao dos dados
i
' opgao de enviados dados em duplex completo ou semidtiplex
I
':
.
Correio eletronico i ~ modos de sincronizagao
I
i
' uso de muitiplexagao
O correlo eletronlco permite que se enviem mensagens por uma rede de teleco-
' necessidade de modems
municacoes, entre dois computadores, sem precisar dc papel. Um sistema de
i correio eletronico pode ser um sistema local que faz com que as mensagens cir- iE ' técnlcas de comutagéo das redes.
ii
culem num lugar onde exlsta uma rede local, ou Um sistema nacional ou inter- il I? importante examinar o sistema de comunicagao de dados, 0 meio de trans-
naclonal que utilize a rede do servlco nacional de telecomunicacoes. A princi- >1 missao, as arquiteturas de redes e os padroes de protocolo, bem como a
pal vantagem do correio eletronlco em comparacao corn 0 telefone é que as topologia. As redes locals e as redes de ionga distancia sao importantes meios de
mensagens podem ser enviadas e recebicias pelo computador estando ou nao comunicacio dentro das organizagoes ou entre elas. A transferéncia eletronlca de
presente o destinatario. Este pode ler as mensagens segundo sua conveniéncia.
‘L fundos, as redes de valor agregado, a transmissao fac-similar, videoconferéncias
e teleconferéncias, correio eletronico e intercambio eletronico de dados, tudo
Videoconferéncia e teleconferéncia isso contribui para comunicagao eficaz da informagao.
Em muitos contextos, as conferéncias por telefone podem ter interesse. Esse re- 5i
curso encontra-se disponivel em muitas centrals telefonicas privadas e tarnbém
QUESITOS or REVISAO
na rede publlca. A teleconferéncia envolve a conexao de mais de duas partes
Li numa unlca chamada. Uma teleconferéncia pode ser combinada com uma co-
nexao de videoconferéncia (por teievisao), de modo que os partlclpantes podem
l Faca um quadro que mostre de forma sintética as diferencas entre
computadores de grande porte, mini e microcomputadores.
MLNAETELM:
A"PROF.Bl LiOTUFMGdaEC”lAndafOénci'oderEsconaacaoa
ver-se mutuamente e assistlr as apresentacoes. Atualmente, 0 custo das video- 2 Quais os componentes essenciais de qualquer sistema de telecomu-
conferéncias é alto, porém, com a mais ampla utilizacao de redes dlgltais de nlcacoes? _
inf_»:ma11:-;?'LT-;‘.-,' .»_;a._,:'T.%G 1'- banda larga e centrais telefonicas informatizadas por parte da rede piibllca de iV 3 Expllquc o significado dos seguintes termos:
telecomunlcacoes comecam a crescer as aplicacoes nas empresas. Esta tecno- - taxa de baud
logia pode vir a mudar a forma como nos comunicamos. _ - déiplex complete
' transmissao sincrona
lntercambio eletrfinico de dados ' multlplexacao
O lntercarnbio eletronlco de dados é cada vez mais ernpregado como um meio de ' modulacao
compra de mercadorias. O intercamblo eletronico de dados permite que o - comutacao de pacotes.
computador de um comprador se comunique diretamente com 0 computador do 4 Por que a norma Ost é importante?
fornecedor por meio de umaconexao de telecomunicacoes, de modo que as S Desenhe os diferentes tipos de topologia de redes. Dé alguns exem-
compras sao feltas dlretamentef (Para maiores informacoes sobre compra de plos de quando determinadas topologias podem ser apropriadas.
documentos e fornecimento eletronico cle docurnentos ver 0 capitulo 15.) 6 Explique o significaclo dos segulntes termos no contexto de uma
rede local:

_" >.—:.-=4—:1-7.:-.? :-‘T’


70 INTRODUQAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO
* no [node]
~ ponte [bridgel l
l
4
~ roteador [router]
' porta [gateway]. .
7 Qual a dlferenca entre viodeotexto e teletexto? Estrutura da informagao e
8 Por que 0 lntercambio eletronico de dados pod-era ter um efeito im-
portante nas Operacoes comercials‘? i
programas de computador
l
Bibliografia
OBJETIVOS
Nata: Varios dos livros relacionados no final do capitulo 2 contém uma introducao basi- l
ca sobre os topicos tratados neste capitulo. ' Este capitulo abrange dois topicos afins: os meios de representar os dados nos
computadores e os programas e linguagens de programagao. Os programas sao as
Breeding, M. (ed.) Library r.4Ns: case studies in practice and application. London:
Meckler, 1992. .
instrucoes que dizem ao computador quais as tarefas que deve execuiar. No final deste
Devargas, M. Local area networks. Oxford: Blackwells, 1992. capitulo vocé tera:
Harries, S. Networking and teiecommunicationsfor information systems. London:
Library Association, 1993.
-
1 - compreendido como os dados sao represeniados nos computadores
1
Hudson, P. Local area networks. London: DP Publications, 1992.
l - entendido a natureza das linguagens de programacao
Marks, K.; Nielsen, S. Local area networks in libraries. London: Meckler, 1991. - compreendido a diferenca entre disiintas categorias cle linguagens de programa-
National Computing Centre. Handbook ofdata communications. Oxford: Blackwells, can
1992. ' ~ oonhecido as etapas do desenvolvimento de prograrnas e a importéncia da progra-
l
Pastlne, M.; Kacena, C. Library automation, networking and other online and new macao esiruturada
technology costs in academic libraries. Library trends, v. 42, p. 524-536, 1994. - entendido a funcao de um sistema operacional
Robinson, L. Installing o local area network. London; Asllb, 1995. - conhecido as funcoes de alguns tipos importanies de programas aplicativos
Zuck, G.; Flanders, B. (ed.) Wide area networks in libraries: technology, applications - examinado algumas das questoes relativas a selecao de prograrnas aplicalivos
andrrends. Westport; London: Meckler, 1992.
~ conhecido algumas das questoes fupdamentais relatives ao proielo de interfaces
entre o homem e o computador.

4.1 lntrod ugao A


Quaiquer sistema, seja de uma biblioteca ou de uma empresa, é representado no
computador da seguinte forma:
- as informacoes aserem processadas
- as instrucoes sobre como essas informacoes serao processadas.
Tanto as informacoes, ou dados, quanto as instrucoes devem ser codificadas do
uma forma que o computador possa armazena-las, lnterpreta-las e processa-las.
Isso exige a codificacao das instrucoes e também dos dados em forma legivel
pela maquina. Em geral, essa codificacao também requer que as informacoes ou
dados sejam estruturados de uma forma que facilite seu processamento pelo
i
computador. Este capitulo comeca tratando da codificacao baslca cle dados e
lnformacoes a serem armazenados no computador, e em seguida trata da codifi-
cacao de instrucoes em programas. Os programas contém as instrucoes empre- <
1 . Q-
ESTRUTURA DA INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 73
72 nsraoouc/10 A TECNOLOGIA on [NFORMACAO
digos dc sete bits e o cédigo EBCDIC. O codigo ASCII dc sete bits comporta I28
gadas pelos computadores para informar 0 equipamento sobre a tarefa a ser diferentes caracteres (27 = 128). Também existe um codigo ASCII de oito bits.
executada. Os programas levam aos computadores as instruooes, tracadas por Um codigo de oito bits permite a representacfio de 256 (2‘) caractcres diferentes.
seres humanos, que sao necessarias para que realizem determinada tarefa. Muitos tipos diferentes de dados podem ser representados por um byte de
A uma introducao sobre linguagens dc prograrnacao segue-se uma analise de Il
l
informacao. Um byte de armazenamento pode conter:
alguns tipos importantes de aplicativos e um exame das caracteristicas a levar em
conta quando da selecao dc aplicativos. Por fim, tecem-se consideracoes sobre - urn ou mais caracteres
alguns aspectos da interface entre seres humanos e o computador. ' uma instrucfio ao processador
- 0 enderego de algum outro item de dados
4.2 A representagéo dos dados em computador - 0 endereco dc uma instrucao
- um ntimero inteiro
A unidade mais simples de dados com que 0 computador pode lidar é urn digito
- urn I'l0l'I'lE1'O de vlrgula flutuante.
binario simples chamado bit. Um bit pode ser zero ou um. Como cada célula é
um dispositivo dc dois estados, é preciso empregar um grupo de células para Uma palavra é um grupo de bits que representarn um ntimero em forma binaria,
cornportar um simbolo. Todos os dados presentes no computador sao represen- uma instrucfio ao computador ou um ou mais caracteres. Os diversos modelos de
tados em grupos de bits. O bit é armazcnado no computador tle forma cletr6ni- computador possuem diferentes niimeros de bits por palavra. Uma palavra pode
ca, magnética ou optica, e é transmitido pelas linhas dc telecomunicacoes como ser dividida em grupos de bits, de modo que, uma palavra de 24 bits por exem-
sinais sonoros, elétricos, magnéticos ou épticos. Por exemplo, um pulso ele'tri- plo, pode ser dividida em trés bytes. Quanto mais longa a palavra, mais potente
co representa um ‘I’ e a auséncia de pulso representa um ‘O’.
II
sera a instrucfio que ela pode conter. A
Um grupo de oito bits constitui um byte. A capacidade de armazenamento Bits de pa ridade sao bits adicionais, acrescentados a cada caractere na me-
dos computadores (inclusive meméria, fitas e discos) é comumente expressa em méria do computador, para permitir que ele realize uma verificacao rudimentar
bytes. Como se trata de mimeros grandes, sao expresses em quilobytes (KB) ou quanto a exatidao da representacfio dc dados. Quando um simbolo é gravado
megabytes (MB). Neste contexto da informatica, quilo = 2"’ = 1 024, e mega = 21° pela primeira vez numa localizagio dc memoria, o bit de pariclade para essa
= 1 048 576. Um byte é em geral empregado para armazenar um caractere. Isso localizacao é fixado em zero ou um. Na paridade impar:
ocorre porque os caracteres sao armazenados como codigos que abrangem um
nflmero dc bits; sao comuns os codigos de sete ou oito bits. - se 0 niimero de bits de dados no caractere que forern fixados em ‘l’ for um
Assim, um disquete com 1,44 MB de capacidade pode armazenar I 048 576
I nfimero impar (1, 3, S, 7), entao o bit de paridade sera fixado em ‘O’
>< 1,44 = 1 509 949 caracteres. Um computador com 32 MB de RAM pode conter ~ se o nilirnero de bits de dados no caractere que forem fixados em ‘ 1’ for um
na memoria 32 >< I 048 576 = 33 554 432. niimero par (0, 2, 4, 6, 8), entao o bit de paridade sera fixado em ‘l’.
Avanoou-se bastante na padronizacao de sistemas de codigos alfanumé-
Objetos, como graficos, figuras, clipes de som e video, sao armazenados como
ricos. Dois cédigos importantes para a representacfio de caracteres sao o Ame-
arquivos de imagens. As iinagens escancadas de documcntos, que incluem
rican Standard Code for Information Interchange (ASCII) e 0 Extended Binary
leiaute de pagina, também podem ser armazenadas como arquivos dc imagens.
Coded Decimal Interchange Code (EBCDIC). O ASCII é um codigo de sete ou oito
Ha varios formatos de arquivos de imagens. Um e’ 0 arquivo bitmap (.bmp), no
bits A figura 4.1 mostra alguns exemplos de caracteres no formato ASCII de co-
qual a imagem é fragmentada em ll'10l'11Bl’0S quadriculos diferentes, sendo regis-
trado um valor para cada um deles. No caso de reproducoes em preto-e-branco
Tabela 4.1 Alguns exempios de cédigos ASCII e EBCDIC
é preciso registrar somente 0 preto ou 0 branco, porém no caso de reproducoes
Letra ASCII EBCDIC coloridas é preciso registrar também a cor do quadriculo.
1000001 11000001
Reflexfio Quantos caracteres uma memoria cache de 512 KB con-
1000010 11000010
segue armazenar?
1000011 11000011
1000100 11000100
" 'Ufi53> 1000101 11000101 I

.i _-. _._-._
ESTRUTURA DA TNFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 75
74 INTRODUCAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO
Cédigo de maquina
4.3 Programas — algumas definigoes
O codigo ou linguagem de maquina é a mais fundamental das linguagens de
Os computadores sao maquinas de uso genérico que, em principio, podem rea- prograrnaqao. Trata-se de uma codificacao binaria de instrueoes no mesmo for-
lizar ampla variedade de tarefas, desde registrar 0 empréstimo de livros, pro- mato em que as instrucoes serao rnantidas no computador. Assim, um prograrna
cessar estatisticas administrativas, escriturar despesas e até manter 0s registros cm codigo de maquina é simplesmente uma seqiiéncia organizada de zeros e uns.
do pessoal. Para executar as tarefas especificas deles exigidas em rnomentos Tanto uma operacao quanto um endereeo dc localizacéio de memoria podem,
determinados, é preciso fornecer~1hes instrucees apropriadas, que indicam as portanto, ser armazenados como uma seqtiéncia de zeros e uns.
tarefas a executar, e que sao conhecidas como programas ou software. Os pro- Os programas escritos em codigo de maquina sao especificos de determi-
gramas especificam, por exemplo, como as informacfies sao armazenadas, for- - nado modelo ou série de modelos de computador, porque a rnaneira como os
matadas, ordenadas e processadas para atender aos requisites da saida. zeros e uns serao interpretados num detemiinado cédigo dependera dos circui-
As instrucoes de programa sao mantidas na memoria principal e passadas tos internos do computador. Isso significa que:
uma por vez para a unidade de controle, onde sao decodificadas, de modo que
esta unidade ative os circuitos e unidades apropriados para que a instrucao seja I Programas escritos em codigo de maquina n50 sao portziveis entre diferen-
cumprida. Os computadores cumprem essas instrucoes a uma velocidade de tes maquinas.
milhoes por segundo, sendo comum indicar-se a velocidade intema do compu- 2 Para programar em codigo de maquina 0 programador deve ter um profi.In-
tador em mips (milhoes de instrutgoes por segundo). E importante, porém, reco- do conhecimento do modo de funcionamento do respectivo computador.
nhecer que um mesmo calculo pode levar um [10lTlCl’O diferente de mips, depen- 3 Os programas sao em geral mais longos do que os prograrnas equivalentes
dendo tanto do processador quanto da linguagem de programagao em que esteja escritos em linguagem de alto nivel. '
i
4 0 codigo de maquina é dificil para as pessoas lerem e escreverem.
codificado. I 5 O codigo de maquina é rapidamente processado pelo computador e utiliza
Um pacote dc programas é um conjunto de programas destinados a executar
uma funcao especifica ou um conjunto de funcfies. Normalmente, um pacote I de forma economica sua capacidado de processamento.
I
desses incorpora diversos programas e, com freqiiéncia, abrange um grande
niimero de diferentes funcoes. Existem muitos pacotes a venda no comércio. Cédigo de rnontagem ou linguagens de baixo nivel
As linguagens em codigo de montagem empregam seqiiéncias mnemonicas de
4.4 Linguagens de programagio letras que designam codigos de maquina e localizaeoes de memoria de referen-
Todos os programas sao escritos numa linguagem de programacao, que consti- cia. Assim, num exemplo similar ao que foi citado acima, se
tui um meio dc representar agoes que serao executadas pelo computador. A lin- INC representa uma operagfio, como ‘somar l a’,
guagem de programacao é formada por uma série de cddigos que sao interpre- e B representa um endereco de localizacao de memoria,
tados pelo computador como instrucoes relativas ao processamento dos dados. entéio INCB significara somar l'ao niirnero armazcnado no endereco B:
Como os dados sao annazenados como pulsos elétricos, a linguagem de progra- por exemplo, converter 6 em 7 no enderego B.
As linguagens em codigo de montagem nfio sao, portanto, interpretaveis
macao é um dispositivo de codificacéo de instrucoes relativas a passagem de
pulsos elétricos pela maquina, de modo que o padrao de pulsos, em determina- diretamente pelo computador. Um programa em cocligo de rnontagem (progra-
do ponto no tempo, seja reinterpretado numa forrna inteligivel para 0 usuario. ma-fonte) deve ser traduzido para 0 codigo de maquina (programa-objeto)
Ha uma variedade tie linguagens de programacao, cada uma delas elaborada antes de ser rodado. Os programas em linguagem cle codigo de montagem sao
com o objetivo de facilitar a codificacao de uma modalidade de aplicacfio traduzidos em codigo de maquina por meio de uma linguagem de programagfio
especiiica. Existem basicamente trés tipos de linguagens de programacao: conhecida como assembler.
Uma vez traduzido, ocorre a execuoao por meio do programa-objeto. O pro-
- codigo de maquina, que os computadores entendem, mas nao as pessoas grama-fonte, no entanto, é preservado para permitir que se faeam mudancas.
(sem aj uda) " Qualquer atualizagao do programa é feita no prograrna-fonte, que é entao
~ linguagens de alto nivel, que as pessoas entendem, mas nfio os computado- remontado para gerar um novo programa-objeto.
res (sem ajuda) Embora 0 codigo de montagem seja mais rnnemonico do que o codigo de“
- codigo de montagem, que fica num nivel intermediario entre o codigo de maquina, ele ainda é especifico dc um grupo dc maquinas.
maquina e as linguagens de alto nivel. ->

.,._ 4_ _,. ¢ _. -_. ,s_. _.


I

ESTRUTURA DA INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 77


'16 _ INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
Linguagens de terceira geragzio ou de alto nivel gravado num meio de arrnazenamento e podera ser colocado na mernoria prin-
cipal quando for necessario executa-lo. Assim, depois de traduzido, poderé. ser
A maioria dos programas aplicativos sao escritos em linguagens de programa- executado por meio do programa-objeto.
cao denominadas linguagens de alto nivel ou de terceira geraeao. ‘Alto nivel’ Ainda que, em principio, possa liaver tantas linguagens de programaeao
refere-se ao fato de as linguagens estarem muito distantes do codigo de rrIaqui- diferentes quantos programadores houver, felizrnente nos defrontamos com um
na no que concerne at maneira como codificam instmcoes. E bastante grande 0 razoével grau dc padronizacao no que concerne as linguagens de prograrnacao.
numero dc linguagens de programacao dc alto nivel, cada uma delas tendo sido O quadro 4.2 apresenta uma lista com algumas das linguagens mais aceitas,junto
elaborada para uma area de aplicaqfio especifica. Cada linguagem codifica as com a area de aplicacao para a qual foram projetadas. Algumas linguagens
operacoes de forma diferente, e cada linguagem costuma executar corn mais existem ern varias versoes diferentes. Naturalmente, uma linguagem que venha
rapidez as tarefas que sao comuns na area de aplicacao a qual se destina. As lin- sendo usada ha 20 on 30 anos tera passado por revisoes e dela estarfio sendo
guagens de programacao sao elaboradas tendo em vista a comodidade do usua- usadas versoes antigas e mais recentes; as versoes mais novas contarao com
rio e para que o prograrnador possa lé-las e compreendé-las com relativa facili- caracteristicas adicionais e talvez sejam dc utliizacfio mais facll. Além disso,
dade, embora haja programas em algumas linguagens de programacao que sfio certas linguagens, como BASIC e COBOL, poderao existir em diferentes versoes
mais faceis cle compreender do que outros. ou dialetos. Evidentemente, é irnportante dispor do compilador para a versao da
Antes de ser executado, um programa escrito em linguagem de alto nivel linguagem que estiver sendo utilizada.
deve ser convertido para o codigo de maquina. Essa conversao é efetuada com Os programas escritos em linguagens de alto nivel sao:
0 auxilio de um compilador ou interpretador. Assim,
' menos extensos do que os programas escritos em linguagens de baixo nivel
Programa em lingua- compilador on Programa em (normalmente, uma declaracao numa linguagem de alto nivel pode desdo-
gem de alto nivel a Interpretador 9 codigo de rnaquina brar-se em varias instrucoes em linguagem dc maquina)
- mais faceis de usar e, portanto, menos propensos a erros, além de serem
Um compilador ou interpretador converte as Iinguagens de alto nivel em codigo tarnbém mais faceis de manter (a capacitacao do programador e’ menos peno-
de maquina. Assim que o programa estiver em codigo de maquina ele sera sa)
Tabeia 4.2 Algurnas Iinguagens de programagéo - independentes de maquina, o que acarreta boa poitabilidade entre maquinas
e permite que partes do programa sejam reutilizadas em aplicativos dife-
T611188.
Linguagem de programagéo Area de aplicagao

Algol (ALGOrithmic Language) Problemas matematicos e ciéncias


Por outro lado, devido a que os programas nae permitem ao programador aco-
BASIC, QBASIC, CW-BASIC, VBASIC Iniciantes modar as peculiaridades do computador em que o programa sera executado, os
(Beginners' All-purpose programas-objeto produzidos por urn compilador nao serao tao economicos em
Symbolic Instruction Code) termos de memoria principal utilizada e tempo dc execueao quanto um progra-
COBOL Aplicagoes comerciais, inclusive muitos ma em codigo de maquina ou codigo de montagem.
(Common Business oriented sistemas para bibliotecas
language) Linguagens de quarta geragao
Fortran (rcmmula TRAN5|aI0r) Problemas mateméticos e ciéncias
Pascal, Turbo Pascal Iniciantes Embora muitos dos sistemas atuais estejam escritos em linguagens de alto nivel,
PL/1 (Programming Language 1) Aplicagoes comerciais e cientificas, textos existem trés problemas concernentes a essas linguagens:
use (List Programming) lnteligéncia artificial (inclusive sistemas
especialistas) ~ altos custos da producao de programas
PROLOG (rnogramming in Locic) lnteligéncia artificial (inclusive sistemas - a necessidade dc produzir sistemas rapidamente
7' especialistas) - a necessidade de os sistemas atenderem aos requisitos exigidos pelo usua-
C e C++ Programagao de sistemas no.
MODULA3 Programagiio de sistemas I
lava Aplicagoes graficas, Internet As linguagens de quarta geraeao procuram sanar os problemas das linguagens de
VRMK Aplicagoes de realidade virtual
ESTRUTURA DA INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 19
'13 INTRODUCAO A TECNOLOGIA oa INFORMACAO
ramente funcional, que pode ser adotada para escrever aplicativos que nao
alto nivel. N50 ha uma definicao consensual sobre o que constitui uma lin- tenham relacio com a Intemet, porém a neutralidade de sua arquitetura (que
guagem de quarta geracao, embora uma diferenca importante que se pode tracar significa que ela pode rodar em qualquer platafomta de equipamento ou sistema
entre as linguagens de quarta geracfio e as linguagens anteriores é que estas sao operacional) e suas caracteristicas de seguranea tomam-na atraente para ser
linguagens procedimentais. Nos programas escritos em linguagens procedi- usada em ambientes da Internet. O interpretador Java, usado para interpretar o
rnentais, 0 programador emprega a linguagern para instruir o computador passo codigo Java, esta clisponivel atualrnente na maioria dos navegadores da Rede.
a passo exatamente sobre como executar uma dada tarefa. As linguagens de Isso significa que 0 codigo executavel, muitas vezes na forma de miniapii-
quarta geracao sao essencialmente linguagens nao-procedimentais ou decla- cativos [applets] Java, que podem ser importados da Intemet e usados para criar
rativas. Os prograrnas escritos nessa linguagem dizem amaquina 0 que ela deve paginas dinzimicas na Rede, Como exemplos, podemos ter uma faixa que pisca
fazer e a linguagem formula como fazer. A maior parte das linguagens de quarta
atravessando a pagina, outra que mostra as ultimas noticias, e um mapa meteoro-
geracao gira em torno de aplicacoes de bases de dados e pode ajudar na espe-
logico ligado a uma base de dados meteorologicos; ao se passar o cursor sobre
cificacao cle telas rte entrada e saida, relatorios, conteiido de registros, menus e 0 nome de uma cidade, aparecem no alto da tela a temperature, urnidade e
interfaces, e como tal inclui recursos para descricao de dados, elaboragziio de velocidade do vento dessa cidade.
relatorios e desenho de telas. As linguagcns sao projetadas para 0 rapido
desenvolvimento de aplicativos e muitas destinam-se a serem usadas pelo Reflexfio Qual a diferenga fundamental entre uma linguagem de
usuario final experiente. As linguagens de quarta geracao trouxeram para 0 programagao orientada a objetos e uma linguagem de pro-
usuario final um certo grau do capacidade dc projetar sistemas, mas sao de gramagao de quarta geragaoi
execucao lenta e exigem processadores potentes.

Tabela 4.3 As geragoes das linguagens de programagéo


_ _ ,__ I 4.5 Programagio
Geragio Linguagens tipicas Possibilidades Em geral, um programa de computador é criado por um programador que se vale
da especificacao, feita por um analista de sistemas, da tarefa a ser executada.
Prlmeira Cédigo de mriquina Orientado para a méquina; linguagem Antes de comeear a escrever as minuciosas instmcoes do programa, o
especifica para um tipo de processador programador escrevera um projeto de programa ou uma representacao estrutu-
Segunda Linguagens de Mais féceis de ler do que o codigo de mé- rada daquilo a ser programado. Os programas sao em geral altamente com-
montagem quina embora orientada 5 maquina e es-
pecifica dela
plexos, contendo muitas instruqoes.
Terceira Linguagens cle Orientadas a procedimentos e tarefas;
O desenvolvimento de programas constitui uma tarefa normaimente exe-
alto nivel mais fziceis de programar e ler; progra- cutada em equipe. O processo comeca com a solicitacao pelo usuario para que
mas portaveis se faca um aperfeicoamento nos sistemas ou, no caso de uma fabrica de pro-
Quarta Linguagens de Desenvolvimento r:-ipido de aplicativos; gramas, numa evidente necessidade do mercado. Os analistas de sistemas exa-
quarta geragio algumas vezes orientadas ao usuério minam e coditicam o que o novo sistema deve executar e tracarn uma especifi-
finai cacao de programa. A especificacfio de programa funciona como um docu-
Quinta tinguagens orien- Orientadas ao usuério final; facilitam apli- mento de consulta durante a fase de desenvolvimento e a vida operacional do
tadas a objetos cagoes graficas; aplicziveis a redes e 5 In- programa. Ela contém especificaefiesz
ternet; independem do tipo de plataforma
- do contexto do programa, inclusive suas funcoes principals
- dos dados de entrada do programa
Linguagens de programagio orientadas a objetos - dos dados de saida do programa
I
Foram desenvolvidas varias linguagens orientadas a objetos. A C++ é impor- - dos arquivos-mestre lidos e atualizados pelo programa
tante para aplicativos destinados a organizacfies, mas provavelmente a lingua- - do processamento executado pelo programa
gem mais relevante é a Java, que esta hoje revolucionando os recursos da Inter- I: - dos controles do programa '
net e da Rede. Java é uma linguagem orientada a objetos, autonoma, intei- - das lnformacoes sobre 0 teste do programa.
ESTRUTURA DA mroamcéo E PROGRAMAS DE comeunooa 81
80 INTRODUCAO A recuoroom DA INFORMACAO
exemplo, uma soiicitagao de fatura pro-forma é urn tipo de especializagzao de
E_m seguida, os programadores elaboram os programas identificando a sequen-
uma encomenda geral.
cia logica das operagoes. Pode-se usar um fluxograma para ajudar na identi-
3 Atributos sao itens de dados que descrevem o objeto.
ficagao de todas as agfies necessanas para a tarefa a ser executada. Em seguida
4 Operacoes sao acoes que criam, mudam ou apagam os atributos do objeto.
os programas sao codificados, compilados e testados, antes de serem imple-
S Métodos (as vezes chamados servicos) sao proced1mentos,aIgorn;mos ou
mentados e, se for 0 caso, comercializados.
calculos que executam a atividade dentro dos objetos. Os métodos sao a par-
Os programas precisam ser compreensiveis, porque muitas vezes exigem
te processante dos objetos, e sao especificados em inglés estruturado ou
rnudancas durante seu ciclo de vida, e é importante que outros programadores
pseudocédigo.
possam perceber a mtengao do programador original. A _fim de tomar os pro-
6 As mensagens sao comunicadas por objetos. As mensagens podem comer
gramas mais facers de compreender e modificar, surgiu 0 conceito de progra-
dados a serem processados pelo objeto ou solicitacoes de servicos.
magao estruturada. Os programas estruturados consistem em vérios modules.
Estes modulus sao grupos de instr_u<;6es ou declaragoes aflns. O objetivo é que Os conceitos de hereditariedade, encapsulamento e polimorfismo sao também
esses modulos devam, tanto quanto possivel, ser independentes um do outro. importantes para a compreensfio dos métodos orientados a objetosz
Reflexao Dé alguns exemplos de situagées em que uma especifica- 1 I-Iereditariedade. As classes de nivel inferior herdam propriedades (como
gao de programa seria fitil. atributos, operagiies e métodos) das classes de nivel superior; isso facilita a
reutilizacfio de objetos mais gerais de nivel superior por especiaiizagzao, o
Programagao orientada a objetos que cria uma nova classe mediante o acréscimo de novas informacoes. As-
sim, por exemplo, um codigo poderia ser escrito para um botfio SEGUINTE.
A programacao orientada a objetos (POO) exigiu o desenvolvimento de rnetod0-
O botfio OK podera entiio ser simplesmente escrito, sendo ele definido como
logias especificas de analise de sistemas e projeto orientadas a objetos. Essas
um caso da ciasse de objetos botfio, quando entao ele herda todas as proprie-
merodologias sao relativamente novas, mas provavelmeme se tornarfio cada vez
dades da classe botao. O codigo de um botao somente precisa ser escrito
mais importantes. Em certo sentido, a programacao orientada a objetos é uma
uma vez. Se, em etapa posterior, o prograrnador decidir mudar alguma
extensao da programacao estruturada. A motivagao fundamental da POO é
caracteristica, como cores predefinidas, sera possivel fazé-lo para todos os
facilitar 0 desenvolvimento de programas por meio da criagao de componentes
botoes mudando-se as propriedades da definicao da classe botéo.
que possam ser reutilizados. O método basico consiste em criar objetos, agrupa-
ios em hierarquias de classes e deflnir suas propriedades e métodos. As lin- i 2 Encapsulamento é 0 conceito segundo o qual os objeros devem ocultar, de
outros componentes dos sistemas, seu conteudo intemo, a fim de melhorar
guagens de POO contém caracteristicas tais como hereditariedade, encapsu-
a manteneabilidade. As partes encapsuladas dos obj etos sao ocultadas para
larnento e polimorflsmo que as tornam particuiarmente adequadas para 0 desen-
isola-las dos efeitos de modificacfaes nos objetos de nivel superior.
volvimento de interfaces. Permitem a facil construgao de obj etos de teia com 0
3 Polimorfismo refere-se 51 capacidade de definir procedimentos gerais; por
emprego de codigo existente, sao menos propensas a erro, e 0 programador nao exemplo, IMPRIMIR, sem a necessidade de definir parametros especificos. 0
precisa dominar nos minimos detalhes como é que 0 codigo funciona. Em ambi- mesmo comando é interpretado dc modo diferente segundo 0 contexto e 0
entes visuais, de manipulacao direta, isso per-mite ao desenvolvedor concentrar-
destinatario do comando. Assim, embora as operagoes detaihadas relativas
se no PIOJBIO das interfaces.
a irnpressao, digamos, de um grafico, uma planilha ou um arquivo de texto
-. Talvez valha a pena definirde modo mais explicito alguns dos termos que
sejam muito diferentes, nos aplicativos do Windows todas podem ser execu-
foram usados acima:
tadas escolhendo-se 0 icone ou opcao IMPRIMIR.
1 Objetos sao uma combinagao de entidades com métodos (ver a seguir).
A virtude dos métodos orientados a objetos esta em que a especificacao torna
ASSIITI, um objeto inclui tanto uma entidade quanto os processos aos quais
se a impiemeutagao. A anaiise e o projeto avangzam pelo acréscimo gradativo de
ela pode estarsujeita. Um objeto pode ser um formulario, tabela, relatorio ou
informacoes aos objetos. O sistema é modelado como uma colecao de objetos
controle, como o botao na tela que se pode manipular como se fosse uma
conectados por canais de passagem de mensagens. Os objetos passam rner1sa-
unidade.
gens de um para. 0 outro, a fim de. solicitar urn servigo, como a_atualizagao def'
2 Cdasses sao categorias as quais pertencem os objetos. Classeslde nivel infe- , . > - f
atributos do obieto, ou para pedir um relatorio. Acrescentam se mais in or-
I'lOI' sao especializacoes de classes de nivel superior, de modo que, por
l
l
l

82 INTRODUCAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO ESTRUTURA on lNFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 83


macoes aos objetos até que a especificacao se tome suficientemente detalhada > rido nos ultimos anos, levou ao preclorninio de dois sistemas operacionais: LNIX
l
para ser programada numa linguagem orientada a objetos. e Windows (em varias versoes). O Solaris, da Sun Microsysten-1s,também ocu-
pa posigao de destaque. As geracoes antigas de computadores dc grande porte e
4.6 Pacotes de programas minicomputadores dcpendiam de sistemas operacionais de propriedade dos
Um pacote de programas é urn conjunto de programas que sao embaladosjuntos fabricantes, sistemas csses que somente rodavam numa série especifica de
maquinas do mesmo fabricante. No campo dos microcomputadores, o MS-DOS e
porque executarn uma funcao especifica. O conceito de pacote de programas
aj usta-se mais a um arnbiente comercial, onde os prograrnas sao empacotados e PC DOS (as vezes mencionado como DOS) sao padroes fistabfllfirfiidofl 115 m\1iT05
vendidos. Os conjuntos de programas desenvolvidos no proprio local podem anos e, de di-ferentes formas, servem de apoio asistemas baseados no Windows.
passar por uma evolucao continua, sendo talvez dificil identificar as fronteiras
de um conjunto desse tipo. Programas utilitarios
Ha trés tipos diferentes de pacotes de programas: Os programas utilitarios sao desenvolvidos por fabricantes dc equipamentos de
informatica ou empresas de desenvolvimento de programa com a finalidade de
' sistemas operacionais possibilitar a execucao de determinadas funcoes basicas, comuns a muitas apli-
' programas utilitarios cacoes. As vezes é dificil diferenciar uma funcao de sistema operacional dc uma
- programas aplicativos. funcao de utilitario, e, na realidade, alguns sistemas operacionais incluem fun-
goes de utilitarios. Os programas utilitarios incluem, por exemplo:
Sistemas operacionais
- classificacao -— reune os registros numa seqiiéncia -
O sistema operacional constitui um tipo de pacote de prograrnas. E formado por - intercaiacao -— intercala dois arquivos ‘ _
urn conj unto de programas-mestre que supervisiona a operagao e uso de todos os ' copia de arquivos —— copia num meio um arquivo mantido em outro I‘l'1Bl0._;-_
outros prograrnas, além de controlar a entrada e a saida nos periféricos e a - manipulacao e processamento de arquivos — apresenta os arquivos em or-
compilacao de programas. (Em sistemas de grande porte isso é fornecido pelo dem alfabética ou outra ordem, renomeia arquivos, exibe arquivos
fabricante.) Destina-se a controlar as atividades da configuracao do computa- - rotinas de descarga e reiniciacao —- para armazenar dados duranto uma lon-1
dor como um todo. Em certo sontido, 0 sistema operacional é o conjumo de I
l
ga rodada de processamento, a firn de garantir que os dados nao se pcrcam
programas que ‘diz ao computador como trabalhar‘ e gera um ambiente em que . durante uma pane
l
o computador corneca a compreender e executar outros programas mais orien- l - rotinas de edicao — convene dados de saida para 0 formato exigido pela
tados a apl icacoes. O sistema operacional pode variar, dependendo da fungzao do saida visual on impressa
computador. Por exemplo, se 0 computador estiver conectado a outro com- - rotinas de diagnostico ou rotinas de depuracao e recuperacao de arquivos
putador por meio de linha telefonica, 0 sistema operacional tera de conter um - prograrna antivirus —- detecta vims e desinfeta os discos.
prograrna para estabelecer esse enlace. O usuario do sistema comunica-se com
o sistema operacional por intermédio de um conjunto de comandos do sistema Reflexao Resuma a diferenga entre sistema operacional e programa
operacional que pertencem a uma linguagem especial. Normalmente, esses co- utilitério.
mandos instruem o computador a mostrar um diretorio de arquivos, copiar ar-
quivos de um diretorio em outro diretorio, enviar arquivos para impressao, lis-
tar arquivos na tela, etc. As funcoes do sistema operacional podem ser agru- Programas aplicalivos -
padas em: Provramas aplicativos sao programas escritos exclusivamente para gerir pro-
U
cessos e sistemas especificos, tais como sistemas de contabllidade, do folhas de
- comunicacao com o operador
pagamento, de controle de estoques, de controle de circulacao em bibliotecas, de
- controle de entrada/saida .
processamento de tcxtos, etc. Encontram-se alguns programas aplicativos no
~ programa de comunicacao‘
mercado sob a forma de pacotes oo pacotes de programas. Emalgumas
- gerenciamento de programas.
aplicacoes ha varios requisitos que sao comuns a varios usuarios diferentes.
lndicam-se, a seguir, alguns tipos comuns de pacotes de programas que se
O movimento em prol da conectividade e padronizacao de plataformas, ocor-
revestem de interesse para os gerentes da informacao.

@-rv!<-* v—
ESTRUTURA DA ENFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 35
84 FNTRODUCAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO
requisitos do usuario. Sua aceitabilidade depende da facilidade com que 0
Ao procurar um pacote de aplicativos, temos as seguintes opcfiesr
pacote ou os requisitos podem ser modificados para que se chegue a uma
- adquirir um pacote de programas previamente escritos, prontos para usar solueao satisfatoria.
- adquirir um pacote fechado integrado por equipamento e programa 2 O usuario depende da competéncia e da confiabilidade do fornecedor de
~ escrever os proprios programas programas, tanto no que conceme ao pacote inicial quanto a manutencfio e
- encomendar extemamente a elaboracao dos programas suporte subseqilentes. A qualidade do suporte pode variar durante 0 tempo
- parricipar de um empreendimento cooperativo que ofereca acesso a progra- de vida t'1til do sistema.
mas e/ou equiparnento e/ou bases de dados. 3 Existe a possibilidade de o pacote de programas ser menos eficiente do que
x
t
outro desenvolvido sob medida, em termos de tempo de processamento do
Em muitas situacoes, é mais sensato escolher um pacote disponivel no corner- computador e utilizaeao do processador.
cio, pois sai muito caro desenvolvé-lo na propria instituicao ou encomenda-lo a
alguem, apesar de um pacote sob medida, projetado para determinada aplica- Mesmo quando um pacote de programas ja esta implementado, é irnportante
eao, talvez atender melhor a todas as necessidades dessa aplicacao. lembrar que ainda existe a necessidade de pessoal treinado e experiente, que o
As vantagens de utilizar pacotes promos sao as seguintes: conheca profundamente, e que continua sendo necessario reconhecer a impor-
tancia de uma abordagern sistematica do estudo e implementaeao dos sistemas
1 Sao economicos, pois o custo do investimento inicial com sua criaeao e pos- conforme vimos no capitulo 6.
terior manutencao se dilui entre diversos usuérios. Existem varios tipos de pacotes de prograrnas. Limitar-nos-emos aqui a al-
2 O pacote é fornecido como um conjunto de programas satisfatoriamente guns aplicativos e pacotes de programas de uso genérico. .4-
testados, e 0 fornecedor conta com um numero suficiente de clientes que
justifica a existéncia de esquernas de manutericao adequadosl Programas administrativos
3 O produtor provavelmente é um especialista nesse tipo de programa e deve,
Os programas administrativos de caréter geral incluem processadores de textos,
portanto, criar um produto de melhor qualidade com caracteristicas uteis
planilhas eletronicas, graficos, editoracao eletronica, e programas de bases de
cuja importéncia talvez 0 usuario inexperiente nao viesse a perceber.
dados e comunicacao. Os programas de bases de dados e comunicagao sao
4 Os pacotes sao fomecidos com boa documentacao, inclusive com especifi-
tratados brevemente mais adiante. Prirneiro, identificaremos as funcoes dos
cacao minuciosa do sistema, identiflcacao dos requisitos de equipamento,
prograrnas de processamento de textos, planilhas eletronicas e de recursos gra-
especificacoes sobre entradas, saidas e arquivos, além de sincronizagao dos
ficos. Os programas administrativos genéricos encontram ampla aplicacao em
sistemas e manuals para os usuarios.
todas as organizacoes e oferecem a possibilidade de ser utilizados em bibliote-
5 Os pacotes sao entregues pouco tempo depois de encomendados e, assim,
cas ao lado de produtos espeeiaiizados para o gerenciamento de funcoes tipicas
0 sistema pode ser implementado mais rapidamente.
de bibliotecas e servicos de informacao.
6 O fornecedor do pacote deve colocar a disposigiio dos consumidores servi-
i
cos de suporte e orientacao. iI Programas de processamento de textos
7 Os pacotes incorporam conhecimentos especializados que sao de dificil ob-
tencao e que, de outra forma, nao estariam disponiveis paraa instituicao. Destinam-se a suportar a criacao de documentos textuais, seu armazenamento,
8 Os pacotes podem ser avaliados numa situaeao de usuarios e comparados posterior recuperacao, modiflcacao e eventual reutilizagio. Entre as aplicacoes
com outros. comuns esta a elaboracao de correspondéncia, relatorios, formularios, listas e
manuais, Os programas de processamento de textos devem suportar a manipu-
Reflexao ?ense um exemplo, baseado em sua experiéncia, em que 0 lacao de textos, inclusive, por exemplo, alinhamento das rnargens, apagamento
curto prazo de entrega de um pacote de programas pelo e insercao de palavras, linhas e paragrafos, criacao de arquivos de seguranea,
fornecedor era uma caracteristica particularmente atra- sublinhamenlo de palavras, diferentes familias de tipos, plariejamento visual e
ente desse pacote. diagramaeao de documentos em geral. S50 comuns nos pacotes atuais os corre-
tores ortograficos, tesauros e uma rica variedade de caracterlsticas concernen-
As desvantagens dos pacotes sao: tes ao projeto grafico do documento.
1 E provavel que o pacote nao se ajuste exatamente ao sistema atual ou aos
ESTRUTURA DA INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 87
86 [NTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
desvantagem desses pacotes é que nem todos seus componentes sao neces-
Programas de planilhas eletronicas
sariamente tao bons quanto os programas existentes isoladamente para cada uma
Suportam 0 armazenamento e tratamento de dados numéricos. Uma planilha de suas funcoes. No entanto, muitos pacotes atuais oferecem um poderoso
eletronica pode ser empregada para armazenar dados financeiros e de producao conjunto de aplicativos de alta qualidade com caracteristicas comuns dc inter-
e também para avaliar a situaeao existente ou planejar para o futuro. Uma pla- face que suportam a facilidade de uso. Além disso, esses pacotes oferecem a
nilha eletronica é uma grande tabela que contém varias células dispostas em l
l transferéncia direta de dados entre, por exemplo, as fungoes de processamento
l
fileiras e colunas. Numeros, textos e formulas podem ser inseridos nas células da de textos e de planilha eletronica.
planilha. O programa permite ao usuario reorganizar os dados "e realizar
operacoes matematicas com eles. Cada vez mais os pacotes de planilhas ele- Refiexao Quais dos tipos de programas acima encontram-se num
tronicas oferecem recursos para apresentacao grafica dos dados. computador que lhe seja acessivel?

Programas graficos l Prograrnas para bases de dados e sistemas de gerenciamento


de bases de dados
Destinam-se a atividades administrativas, suportam a criacao de graficos, his l
togramas, graficos em forma de pizza e outras anzilises graficas de dados. Os l Os programas para bases dc dados suportarn a criagao de bases de dados e
dados podem entao ser empregados em documentos e outras formas de comu- l
arquivos. Em geral, os dados sao mantidos na forma de registros compostos de
nicacao, como, por exemplo, conferéncias. campos. A qualidade de uma base de dados reside na sua capacidade de sele-
cionar registros conforme critérios determinados e, em seguida, imprimir on
Programas de editoragéo eletronica exibir os dados segundo diferentes ordenacoes e forrnatos. O capitulo seguinte
analisa, mais detidamente, as bases de dados e os formatos de registro, particu-
Servem para aplicacoes no campo editorial, como, por exemplo, a preparacao de
larmente sobre suas aplicacoes em bibliotecas e servicos de informacao.
revistas de empresas, material de publicidade, folhetos, prospectos e trans-
Ha uma variedade de programas genéricos para bases de dados. Alguns dos
paréncias para retroprojetores. Os pacotes para editoracao eletronica permitem
sistemas mais baratos para microcomputadores podem ser descritos como sis-
ao usuario criar documentos, que incluam texto e ilustracoes, ou irnportar docu-
temas de arquivo simples: somente processam um {mice arquivo por vez. Os
mentos, por exemplo, de um pacote de processamento de textos. O prograrna de
programas mais complexos assumern a forma de um sistema de gerenciamento
editoracao eletronica permite ao usuario definir a pagina e outras caracteristicas
de base de dados, que oferece a possibilidade de relacionar entre si duas ou mais
do projeto graflco do documento, de modo que 0 mesmo seja preparado para
bases, de modo que seja possivel, por exemplo, examinar simultaneamente os
impressao na propria instituicao ou entregue a uma grafica comercial. Muitos
dados de mais de uma base, para impressao de uma nota fiscal. Um sistema de
pacotes de processamento de textos oferecem atualmente algumas caracteris-
gerenciamento de bases de dados suportaria. por exemplo, a criacao de duas
tieas de ‘editoracao eletronica’.
bases relacionadas entre si, sendo que uma delas conteria as informacoes sobre
fornecedores e a outra conteria as especificacoes completas dos itens enco-
Pacotes de apresentagéo audiovisual mendados. A0 lancar mao sirnultaneamente de dados de ambas as bases, infor-
Apoiam a criacao de recursos audiovisuais que animam conferéncias e outras macoes sobre os itens solicitados apareceraojunto com 0 nome e o enderego do
apresentaeoes, como leitura de relatorios ou apresentacoes de marketing. Estes fomecedor, por exemplo, num formulario de encomenda.
pacotes estao se tornando mais populares para a criacao de conjuntos de pro- Os sistemas de gerenciamento de bases de dados podem ser considerados
jecoes e exibicoes automaticas de diapositivos. como ferramentas de desenvolvimento de sistemas. Muitos ‘deles incorporam
uma linguagem de quarta geracao que permite aos usuarios clesenvolverem seu
Pacotes integrados cle programas administrarivos proprio sistema. Alguns sistemas de gerenciamento de bibliotecas contém um
sistema de gerenciamento de bases de dados.
Normalmente abrangem, num unico pacote, varias funcoes dos programas
administrativos, tais como processamento de textos, bases de dados, planilha
Programas de comunicagao
eletronica e graficos. Os principals atrativos de um pacote integrado sao a
facilidade de criaqao de documentos que contenham texto, niimeros e graficos, Os programas de comunicaczio sao usados tanto no interior de uma organizacao,
bem como a interface comum a todas as areas de aplicacao. Em geral, a principal
l
l

ESTRUTURA DA INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 89


88 INTRODUCAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO
Essa comparacao talvez seja dificil devido ao fato de que alguns programas sao
numa rede local, quanto também para ligacoes com computadores externos. vendidos separadamente, enquanto ou’u'os sao vendidos como parte de um
Numa organizacao onde houver muitos usuarios interligados em rede, é pacote fechado que tarnbém inclui 0 equipamento. Além disso, é importante
provavel que seja usado um prograrna de correio eletronico intemo. Outros admitir que o preeo de um pacote é somente um elemento menor no custo global
programas de comunicacao acessam computadores externos, como os que se da instalacao de um sistema. Aos custos do equipamento devem ser somados os
acham ligados a Internet. Quando um pacote de comunicacao faz parte dc um l custos corn a criacao da base de dados e com a instalacao e implernentacfio do
l
conjunto de programas que também engloba urn pacote para base de dados, este l
sistema, os quais provavelmente superarao 0 preco do pacote.
pode ser utilizado para reformatar, armazenar e recuperar dados importados.
Produtor
4.7 Critérios para escolha de programas aplicativos
E importante ter em conta 0 conceito da empresa responsavel pelo desenvol-
As estratégias para escolha e implementacao de programas e equipamento sao virnento do pacote de programas. Na avaliacao de um novo pacote talvez seja
examinadas no capitulo 6, que trata da analise e projeto de sistemas, bem como util a experiéncia com outros pacotes da mesma procedéncia. Algumas empre-
de questoes relacionadas com a implernentacao de sistemas. Aqui, enumeram- sas de desenvolvimento de programas gozam de boa reputacao e dispoem de
se, de modo genérico, os fatores principais que devem ser levados em conta ao pacotes dc renome no mercado, e outras sao menos estaveis. Uma empresa con-
se examinarem os programas e escolher um pacote de aplicativos. Especifi- solidada certamente tera condicoes de proporcionar um suporte permanente.
camente, é importante aplicar esses critérios de modo que sirvam para identi-
ficar a coincidéncia entre aquilo que o pacote oferece e os requisitos do sistema. ll Fornecedor _-
Naturalmente, também cxistem outros fatores especificos a considerar quando
da escolha de determinado tipo de pacote, como, por exemplo, um sistema de As vezes, o fomecedor é a mesma empresa que desenvolveu 0 pacote, mas, prin-
gerenciamento de bibliotecas ou um sistema de gerenciamento de documentos, cipalmente quando se trata de programas administrativos para microcompu-
que sao determinados pelas funcoes que 0 sistema precisa desempenhar. tadores, o fornecedor pode ser uma empresa de vendas a varcjo. Essas empresas
de vendas podem ser especializadas em certos tipos de programas e/ou vender
Aspectos gerais sistemas completes. Naturalmente, 0 fornecedor é um intermediario-entre usu-
ario e produtor, e pode criar obstaculos a uma comunicaeao direta entre eles,
Em primeiro lugar, existem diversas caracteristicas gerais comuns a qualquer embora os melhores fornecedores e produtores ja clefiniram suas respectivas
pacote de programas que devem ser verificadas e levadas em conta. responsabilidades, de modo que o cliente conta com suportc satisfatorio.
il

A experiéncia de outras pessoas Caracteristicas técnicas


Em geral, deve-se dar preferéncia a urn pacote suflcientemente cornprovado na Além dos aspectos gerais, os pacotes apresentam varias caracteristicas técnicas
pratica, que tenha renome no mercado e que tenha sido aplicado em varias que é preciso examinar, tanto quando da escolha de um pacote quanto ao avaliar
situacoes similares a que se tem em mira, e que possam ser estudadas. E menor se determinado pacote se presta a determinada aplicacao.
a probabilidade de um pacote assim apresentar defeitos, e é quase certo que
conte com suporte adequado. A experiéncia alheia serve para chamar a atencao Linguagern
para o potencial e os problernas de um pacote de programas, e as outras pessoas
podem oferecer ajuda e orientacao na adequacao e implementagao do pacote. O programa pode estar escrito numa linguagem dc programacao de alto nivel ou
em assembler, ou, frequentemente, numa combinacao das duas. E importante
Custo que a linguagem empregada permita que o aplicativo rode corn eficiéncia (tanto
em termos de tempo de maquina quanto de requisitos dc memoria).
Naturalmente, o custo é uma preocupacao fundamental quando da compra de
qualquer pacote de programas. Por exemplo, pacotes para gerenciamento de E Sistema operacional
bases de dados tem um preco que varia de US$ 150,00 a mais de ‘USS 75 000,00.
E obvio que os pacotes mais caros proporcionam maior variedade de caracte- O pacote deve prestar-se para rodar num sistema operacional que rode no equi-
risticas e recursos, porém, a aplicacao que estiver sendo projetada talvez so pamento que estiver sendo utilizado.
mereca um gasto mais limitado. Os precos dos pacotes devem ser comparados.
ESTRUTU RA DA INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 91
90 mrnooucao A TECNOLOGIA on INFORMACAO
Equiparnento implementacao de um pacote dc programas. Principalmente no caso de grandes
sistemas, o contrato de compra devera incluir vzlrias horas de assisténcia pres-
E preciso que os programas se apresentem em versao que rode no equipamento tada pelos fomecedores, a fim de auxiliar no estabelecimento de bases de dados,
existente. Alternativamente, se os programas forem escolhidos antes do equi- formularios de entrada, relatorios de saida, e outras atividades.
pamento, talvez seja importante optar por programas que rodem em maquina
para a qual exista uma grande quantidade de programas, de rnodo que mais tarde Treinamento
seja possivel selecionar programas adicionais que se tornern necessaries.
Pode ser ministrado pelo fornecedor do sistema ou por centros de treinamento
Facilidade de uso por ele licenciados. Outras instituicoes, como os estabelecirnentos de ensino,
também podem oferecer treinamento introdutorio sobre 0 uso de alguns paco-
Naturalrnente, a facilidade de uso do programa é um item importante. Muitos tes. No caso de grandes sistemas, a maioria dos fornecedores oferece tanto trei-
dos fatores para os quais se deve atentar tém a ver com a qualidade da interface nan-lento no proprio local quanto fora dali. Ambos os tipos de treinamento sao
hornem—maquina. Entre eles temos 0 projeto do modo de interacao ou dialogo e adequados para diferentes grupos de pessoal. Um problema é que os custos
o projeto da imagem na tela. Este tema sera mais bem examinado na seeao desses cursos podem ser proibitivos. E irnponante admitir que um treinamento
seguinte. E claro que a facilidade de uso sera influenciada pela existéncia de apropriado evitara que se perca muito tempo com experiéncias e aprendizado na
suporte na forma de sistemas de documentaefio e ajuda. base de ensaios e erros.

Suporte Manutengao _
E importante contar com suporte quando da utilizacao do programa, caso o A manutencao de um pacote de programas envolve duas areas de atividade:
usuario pretenda explorar ao maximo suas caracteristicas. Em geral, é natural
que exista mais suporte no caso de pacotes mais dispendiosos, quando a tarefa ' a elirninacao de defeitos ou erros que se manifestem nos programas a medi-
de implementacao provavelmente serti mais temeraria. E logico que ha uma da que forem sendo utilizados numa grande variedade de aplicacoes
diferenca importante entre 0 estilo e volume de documentacao exigidos, por ' melhoramento do programa para que incorpore novos recursos econceitos
exemplo, por um sistema simples para microcornputador, voltado para uma it medida que se modiflquem os padroes e os requisitos. l _
unica fungao, e o que é exigido por um sistema para grande porte, de multiplas Ambos os tipos de manutencao sao importantes. Muitos dos fornecedores
funcoes e multiusuario. A documentaeao, nao obstante, é importante em todas renomados de programas oferecem contratos de manutencao a um preco que
essas circunstancias. O suporte pode assumir varias formas. corresponde a um percentual do custo do pacote original. Atualizacoes de
pequena monta sao colocadas a disposicao dos usuarios nesses contratos de
Documentageio manutencao. Mudaneas substanciais, novas versoes e novos moclulos fire-
Inclui tanto a documentaeao impressa quanto os sistemas de documentacao e qlientemente sao oferecidos aos ja usuarios com descontos no preco.
ajuda em linha. O ideal é que diferentes tipos de usuarios contem com diferen-
tes tipos dc documentacao. No minimo, a documentacao deve incluir uma ana- Clubes de usuérfos
lise introdutoria das caracteristicas bésicas, uma descricao completa de todas as Muitos dos pacotes importantes de programas e alguns dos menos importantes,
caracteristicas e um sistema de ajuda em linha. Também se deve dispor de su- de reconhecida reputacio, contam com clubes ou grupos de usuarios, que pres-
porte adicional na forma de tutorials, em disco ou em forma impressa, por tele- tam assisténcia na utilizacao dos programas. Os clubes sao grupos de usuarios de
fone ou correio eletronico, que ajudem o usuario inexperiente. Se for um pacote pacotes de programas que desempenhain duas funcoes principals:
realmente cornplexo, havera sistemas de ajuda e suporte na forma de tutorials em
diferentes versoes, e o usuario ou o sistema escolhera o nivel de assisténcia - cornpartilhar entre diferentes usuarios conhecimentos e experiéncias acer-
conforme o nivel de experiéncia-que o usuario tiver com o sistema. ca da aplicacao do pacote
- negociar a formacao de um grupo articulado que se apresente perante os for-
Orientagaio durante a instalagéo necedores para tratar de eventuais problemas e reivindicar a introducao de
progressos e aperfeicoamentos.
Além do suporte na forma de tutorial, é natural que baja alguma ajuda quando da
92 INTRODUC/5.0 A TECNOLOGIA DA INFO RM/\<;Ao ESTRUTURA on INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 93

tantes a natureza da interagao, e o desenvolvimento do novos dispositivos fisi-


Reflexao Por que a confianga de que goza 0 fornecedor é um as pecto cos oferece novas oportunidades para diferentes estilos de interagao. A varie-
importante a ser levado em conta quando da escolha de um dacle de dispositivos de interacao continua a crescer, e cada um deles esta en-
pacote de programas? contrando seu nicho de mercado. O objetivo de qualquer avaneo nesta area e’
criar dispositivos de entrada e saida que maximizem as vantagens das caracte-
4.8 Projeto da interface homem-méquina risticas fisicas e cognitivas dos seres humanos, e, assim, promovam uma intera-
Em todos os sistemas de informacao, 0 projeto da interface é essencial para 0 uso cao com 0 sistema que seja eficiente, confiével e, se possivel, até agradavel.
eficiente do sistema. O objetivo do projetista é criar uma interface que supone
toda a variedade de usuarios potenciais com a gama completa de tarefas Componentes e estilos de dialogo
potenciais que 0 usuario podera procurar para executar com esse sistema. Um Grande parte do que se tem dito sobre 0 projeto de interfaces do ser humano com
bom projeto de interface resulta em: a maquina tem focalizado 0 estilo da interacao, em que a tela é 0 principal dis-
positivo de saida. Ha varios estiios diferentes de projeto dc dialogo. Varios de-
- aumento da aceitaeao do sistema por parte do usuario
- aumento da freqtiéncia de uso do sistema ies podem ser usados em qualquer sistema, possivelmente para atender a dife-
rentes funeoes on diferentes grupos de usuarios. Além disso, as categorias nao
- diminuieao dos indices de erros cometidos pelo operador
sao exclusivas ou mutuamente dependentes. Os sistemas de voz pocierao vir a
- redugfio do tempo de treinamento do operador
tornar-se uma forma de interface em linguagem natural, e os icones sao uma
- aumento da velocidade de desempenho.
forma diferente de apresentar menus. O projetista deve ponderar sobre qual
Em geral, o proj eto de interfaces para o ser humano lidar com a maquina tomou- combinacao de estilos de interface usara e como aplicar os componentes desse
se mais importante nos ultirnos l0 0u.l5 anos, a medida que se expandia 0 estilo no projeto dc uma interface eficaz. Isso deve ser examinado no contexto
numero e a variedade de usuarios. Os primeiros usuarios dos computadores eram do usuario e da tarefa que ele cleseja executar com 0 sistema. .
geralmente programadores ou projetistas, que assim podiam ser classificados
como usuarios especialistas, enquanto que hoje em dia a maioria é formada por Linguagens de comandos
pessoas de quem nao se exige requisito algum. As linguagens de comandos sao um dos estilos de dialogo mais antfgos e mais
Inexiste uma teoria unificada ou quadro elucidativo sobre a interface do ser utilizados. Nos clialogos baseados em comandos os usuarios inserem as ins-
humano com a maquina. Nao obstante, admitem-se varios conjuntos de diretri- i
trueoes na forma de comandos. O computador reconhece tais comandos e exe-
zes gerais para 0 projeto de dialogo. Shneiderman (1987) sugere oito regras: cuta a aqao apropriada. Por exemplo, se 0 usuario digitar IMPRIMIR l—2, 0 com-
putador responclera com uma mensagem, indicando que o comando foi exc-
1 Os dialogos devem ser consistentes_ '
cutado, ou uma outra informando por que 0 comando nao pode ser executaclo. A
2 Os sistemas devem permitir aos usuarios utilizar atalhos em algumas partes l
linguagem de comandos para determinado sistema é uma caracterlstica do
de dlalogos bem-conhecidos.
programa em que 0 sistema roda. Ha linguagens de comandos ligacias a sistemas
Os dialogos devem reagir com respostas informativas.
operacionais e a programas aplicativos. Os serviqos de buscas em linha utiiizam
As sequéncias de dialogos devem ser organizadas em grupos logicos.
amplamente interfaces baseadas em comandos e muitos dos primeiros sistemas
Os sistemas devem oferecer uma possibilidade simples de lidar com erros. r
l de recuperacao de textos baseavam-se em comandos.
Os sistemas devem permitir a reversao cle acfies.
As linguagens de comandos devem incluir comandos para todas as funooes
\lO\U’i-Rb-I Os sistemas devem permitir que usuarios experientes se sintarn como se
que o usuario queira executar e, portanto, uma vez que sistemas diferentes exe-
estivessem exercendo controle, e nao o sistema.
ii cutam funcoes cliferentes, é inevitavel que as iinguagens de comandos variem de
8 Os sistemas devem ter como objetivo reduzir a necessidade de descargas na
um sistema para outro. Foram feitas algumas tentativas para adotar linguagens
rneméria temporaria. Em outras palavras, nao e’ natural que os usuarios te-
nham de se lembrar de algo corn "muita frequéncia. de comandos paclronizadas para sistemas que executem funcoes similares, e
'2
M. como resultado disso surgiu a Common Command Language utilizada por
E importante recordar que os dispositivos fisicos pelos quais pode ocorrer a in- alguns dos servieos de buscas em linha. A normalizacao, no entanto, é dificil, e
teragao — isto é, os dispositivos de entrada e sai'da— irnpfiem restrieoes impor- uma caracteristica inerente aos dialogos baseados em comandos é a neces-
ESTRUTURA DA INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 95
94 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
sidade do os usuarios se familiarizarem com a linguagern de comandos utilizada. dirigida muito de perto para o usuario. Isso envolve cuidadosa analise da estru-
Uma opcfio intermediaria, amplamente utilizada, sendo apropriada para usua- tura do menu, toques de teclas necessaries e técnicas de atalho de menus. Por
rios que tenham algum dominio do sistema, consiste no-uso de comandos em exemplo, os usuarios especialistas devem contar com a opcao de acessar deter-
menus, em que estes lembram aos usuarios 0 uso dos comandos. Isso, contudo, minada tela ou fazer uma selecao sem terem necessariamente que passar por
nao é eficiente quando se trata de usuarios neofitos, porque eles mal podem todas as selecoes de menus anteriores.
adivinhar qual é o significado dos comandos mostrados nos menus, Quando existem muitos comandos possiveis e a exibicao de todos pode ser
As linguagens de comandos sao potencialmente a interface mais rica, mas dificil, eles as vezes sao organizados em estruturas hierarquicas. Ern outras
isso implica o sacrificio da dificuldade dc aprendé-las. O usuario deve aprender palavras, um menu pode nao so conter comandos, mas tambem caminhos para
nao apenas os comandos propriamente ditos mas também sua sintaxe, inclusive outros menus. Por exemplo, um comando FORMATO num pacote de processa-
a ordem em que devem ser escritos. O posicionamento e a escolha de separa- mento de textos, ao ser selecionado dentro de um menu, podera mostrar um outro
dores, como espacos, vlrgulas, pontos-e-virgulas e dois pontos, sao muitas vezes menu em que se acham relacionadas as opcoes de itens a serem formatados,
cruciais para que o sistema aceite e execute um comando. Por exemplo, para como, por exemplo, caracteres ou paragrafos.
mostrar na tela o arquivo invertido de nomes de autores que circundern 0 autor Embora os menus possam ser muito uteis na recuperacao, eles de fato pos-
J. Keen, no banco de dados DIALOG, 0 consulente precisa saber que a sintaxe suem algumas limitacoes:
correta desse enunciado de busca é ‘AU=KEEN,J‘.
1 Nao se prestam para entrada de dados como numeros ou textos.
As principals vantagens das linguagens de comando sao: economia de
2 Sao muitas as informacoes que aparecem na tela, que tomam tempo para
espaco da tela, enderecamento direto cle objetos e fungoes pelo seu nome, e a
serem lidas. ; I
flexibiiidade de funcoes de um sistema que uma combinacao de comandos pode 3 Numa tela somente pode ser apresentado um numero limitado deopcoes, e
proporcionar. a fim de oferecer um mimero maior de opcoes é preciso elaborar uma hierar-
quia de menus. ;
Interfaces baseadas em menus 4 Quando se inclui uma hierarquia dc menus e submenus, é importante forne-
Os menus apresentam ao usuario varias alternativas, ou entao um menu na tela, cer os menus ao usuario para que ele possa saber onde se encontram e assim
e lhe pedem que selecione uma opcao, a firn de prosseguir. As opcoes dos menus l tracar seu caminho na hierarquia. . ‘_
sao nonnalmente exibidas na forma de comandos, o que é particular-mente
adequado para usuarios mais experientes, ou como breves textos explicativos. As interfaces atuais valem-se de varies tipos diferentes de menus, muitas vezes
Figuras ou icones sao também empregados para representar opcoes do menu. combinados entre si. Os tipos de menus mais comuns incluem:
Seleciona-se a opcao apropriada digitando-se um codigo (em geral um numero 1 Menus de uma unica opcao, em geral usados para solicitar a confirmacao
ou letra) correspondente aquela opcao, ou apontando-se a opgao desejada com de uma resposta apresentada pelo usuario.
um mouse ou outro dispositivo apontador. Em geral, admite-se que os menus sao 2 Menus instantaneos, que surgem subitamente, muitas vezes no centro da
um método razoavel para 0 usuério eventual ou novato. Rararnente se precisa de tela, solicitando que o usuario dé uma resposta ou faca uma selecao.
ajuda suplementar e se exige pouca entrada de dados por parte do usuario. O 3 Menus descendentes encontram-se com freqiiéncia ligados a um menu
projetista do sistema restringiu 0 total de opcoes e, assim, o usuario novato tem principal no alto da tela. Quando 0 usuario clica numa opcao do menu na
menos propensao a cometer erros. lgualmente, os usuarios que nao dominem a barra principal de menus, surge um outro menu com varias opcoes.
terminologia da interface podem receber auxilio, pois os menus limitam o 4 Menus em cascata sao uma série de menus. Assim, por exemplo, o usuario
conjunto de opcoes. Se forem estruturados de modo adequado, e os itens clica numa opcao da barra principal de menus no alto da tela e exibe um
cuidadosamente selecionados, os menus podem ser dc uso rapido e fécil, menu em cascata; As opcoes neste menu que remetem para a exibicao de ou-
geralmente exigindo apenas que se acionem uma ou duas teclas ou 0 mesmo tros menus poderao estar identificadas, por exemplo, por reticéncias: ‘Ad-
numero de cliques no mouse para completar uma selecfio. Além de tudo, uma vez quirir imagem...‘ A0 clicar nessa opcao chegamos a outro menu. Isso é co-
que qualquer que seja a entrada ela deve corresponder a uma das opcoes nhecido como menu em cascala. Esse tipo de menu é particularmente {nil
oferecidas, os sistemas baseados em menus sao faceis de programar. quando ha uma série dc aooes para serem executadas, pois podem lembrar
Para usuarios mais experientes, os menus podem ser frustrantes e limita- ao usuario a seqiiéncia em que essas acoes devem ser completadas.
dores. As interfaces baseadas em menus devem ser definidas com a atencao
l

ESTRUTURA DA INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 97


96 INTRODUCAO A TECNOLOGIA oa INFORMACAO
5 Barras de menus principais surgem na pane superior ou inferior da tela Dialogos por meio do preenchimento de formuizirio
e ali permanecem enquanto 0 usuario executa outras funcoes e exibe outros Neste tipo dc diaiogo o usuario trabalha na imagem de um formulario na tela, que
menus. Podem conter, ligados aos principals, menus descendentes, como tera rotulos e espacos livres para neles serem inseridos dados. Convém que se
mdicado acima, ou podem simplesmente exibir algumas op<;6es comuns de possa mover o cursor para qualquer posicfio adequada para a entrada dc dados.
menus, como ‘ajuda’, ‘salvar’ e ‘sair’, Em geral, os rotulos sao protegidos contra alteracoes ou a possibilidadede outro
texto se sobrepor a eles, e certos usuarios podem estar autorizados para alterar
Reflexao Examine os d iferentes tipos de menus usados num paco- alguns campos enquanto outros permanecem protegidos. O preenchimento de
-te de programas ao qual vocé tenha acesso. Explique as formulario é uma forma util de dialogo para insercao de registros e blocos tie
vantagens desses tipos para a aplicagao correspondente. dados, sendo usado em interfaces do tipo consulta por meio de exemplo em
operacoes de busca. Todas as entraclas de dados devem ser validadas e os erros
Teclas de fungoes comunicados ao usuario. Como o preenchimento de formulario envolve, as
As teclas de funcoes sao um equivalente dos menus, proporcionado pelo equi- vezes, grande volume de entrada de dados, pode tomar muito tempo e causar
pamento, com opcoes atribuidas a teclas especiais do teclado. As tcclas de fun- frustracao e erros. Nos dialogos por meio do preenchimento de formulario 0
usuario exerce pouco controle do dialogo, mas esse método tem a vantagem cle
‘E585 Pfldfrm, por exemplo, abranger opcoes como ‘copiar’, ‘inserir', ‘apagar‘,
‘ajudar’, ‘exibir registro’ ou ‘chamar menu’. 0 usuario raramente precisar lembrar-se de comandos ou sua sintaxe.
lhegigizrécio gem codigo fechado ou rifgido exercem uma funcao que
Interfaces grzificas e manipulagao direta _-'_-
das teclas de cddi 0 o permanente e sao iocalizadas desta maneira. l\1o'caso
go aberto ou flexivel, a chamada de comando e atribuida a A idéia de manipulacao direta e que as acoes do usuario devem afetar direta-
tecla de funcao pelo programa aplicativo. A maioria dos teclados possui de 10 mente o que acontece na tela, no sentido de haver a sensacao de estar manipu-
a l2 funcoes, de modo que é extremamente limitado o numero de opgoes que lando flsicamente os obj etos na tela. Em geral, os sistemas de manipulacao direta
podem ser abrangidas por essas teclas. possuem icones que representam objetos que podem ser movidos e mani-
pulados ao se controlar o cursor com o mouse. E possivel, por exerriplo, mover
Dizilogos de perguntas e respostas um arquivo clicando no icone que o representa e arrastando-o para outro local.
O usuario do dialogo baseado em perguntas e respostas é orientado durante a Uma interface grafica nao é o mesmo que interface de manipulaqfio direta.
mteracao por meio dc perguntas ou mensagens mostradas na tela. O usuario Em sentido estrito, significa interface que usa imagens mapeadas em bits e nao
responde com a insercao de dados pelo teclado. Em geral, as perguntas exigem caracteres. Muitas vezes os termos sao usados de forma reciproca, embora seja
umasimples resposta afirmativa (‘sim’) ou negativa (‘nan’), mag em Outras possivel haver uma interface grafica que nao adota manipuiacao direta, e algo-
ocasioes o usuario sera solicitado a fornecer alguns dados, como um codigo, uma mas das interfaces de acesso publico mais facets, baseadas em telas sensiveis ao
senha, seu nome ou outros dados textuais. Em geral, no entanto, o natural é as toque, sao interfaces graficas sem recursos de manipulacfio direta.
respostas constarem de uma so palavra. A0 receber a resposta do usuario, o As interfaces de manipulacao direta, lideradas pelo Windows da Microsofi,
computador a avaliara e agira da forma adequada, o que pode envolver a exi- tornaram-se amplamente difunciidas. Shneiderman (1982) identifica as segu1n-
bicao de dados, perguntas adicionais ou a execucao de uma tarefa, como salvar tes caracteristicas positivas dos sistemas de manipulacao direta:
um arquivo. A informacao contida na mensagem e facilmente personalizada
l Os novlatos podem aprender rapidamente o essencial do funcionamento do
conforme os requisitos do usuario, e este estilo de dialogo pode ser util, portan-
sistema (de modo que podem comecar facilmente e irem aprendendo mais
to, para usuarios inexperientes e ocasionais. Sua principal desvantagem esta em sobre o funcionarnento a medida que vao trabalhando).
que a interacao pode ser lenta, pois todo item a que se der entrada deveré ser
validado a cada passo antes de continuar o dialogo. O dialogo por meio de per- i 2 Os usuarios experientes podem trabalhar de modo extremamenterapido
para executar uma ampla variedade de tarefas.
gllfltas e respostas é muito utilizado, numa forma simples, em interfaces graft- 3 Os usuarios podem ver rapidamente se suas acoes estao ou nao levando aos
cas, em que uma pergunta pode ser apresentada numa caixa de dlalogo e o usua- objetivos que tem em mira, e, se preciso, adotar as medidas corretivas.
rio deve responder clicando o botao de ‘sim’ ou ‘nao’.
4 Os usuarios sentem-se menos ansiosos porque o sistema é compreensivel e
as acoes sao reversiveis.
1

98 mraooucao A TECNOLOGIA DA INFORMACAO ESTRUTURA DA ¥NFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 99

5 Os usuarios adquirem confianca e proficiéncia porque podem iniciar uma normalmente mostrados como pequenos circulos. Quando clicados e sele
acao e prover as respostas do sistema. .' cionados, o circulo vazio é preenchido comum circulo rnenor cheio. '
Caixas de confinnacao sao visualizadas como pequenas caixas. A0 ser sele-
As interfaces graftcas sao especiaimente uteis quando se sabe que a populapao cionada, a caixa aparece preenchida com um X, e ao ser clicada, liga ou desliga
de usuarios contara com alta proporcao de neofitos, ou alternativamente quan- a opcao. Muitas vezes, uma série de caixas de confirmacao pode ser mostrada na
do contém uma mescla do novatos e usuarios mais experientes. caixa de dialogo para o usuario selecionar varias opcoes ou configuracoes.
I As ferramentas disponiveis para o desenho de interfaces em ambiente
Windows e outros ambientcs baseados em interfaces graficas sao determinadas ICOTIES
pelos componentes classicos desse tipo de interface. Esses componentes sao
empregados para projetar o programa em seu estado nativo e no projeto de Os icones sao representacoes graficas de varios elementos numa interface gran-
quaisquer interfaces em aplicativos baseados nesse programa. Os componentes ca, tais como unidades de disco, aplicativos, objetos e documentos incorpo-
classicos das interfaces graficas sao janelas, caixas de dialogos, menus e co- rados e vinculados. Pode-se escolher um icone clicando-se duas vezes sobre ele.
mandos, botoes e caixas dc confirmacao, e icones. (Os menus e comandos foram Por exemplo, a janela principal do Windows mostra os principals aplicativos
vistos anteriormente neste capitulo.) incluidos no Windows, como gerenciador dc arquivos, painel de controle,
gerenciador de impressao, visualizador da memoria temporaria, aviso do Ms-
Ianelas DOS, instalacao do Windows, editor PlFe leia-me. icones de grupos representam
outros grupos de icones. '
Janela é uma area retangular da tela em que se pode ver um aplicativo ou um l

documento. A maioria dasjanelas podem ser abertas, fecnadas, movidas e au- Dialogos em linguagem natural r» V . _
mentadas ou diminuidas. Varias podem ser abertas simultaneamente, e quase
todas podem ser reduzidas ao tamanho de um icone ou ampliadas para encher As interfaces em linguagem natural permitem aos usuarios comunicarem-se em
toda a tela. Aigumas vezesjanelas sao exibidas dentro de outrasjanelas. I-la dois sua lingua materna, como o portugués, por exemplo. O sistema pirecisa estar apto
tipos dejanelas: lado a lado e em cascata. Asjanelas lado a lado ocorrem quando tanto a interpretar entradas feitas pelo usuario em linguagem natural e reagir a
a tela aparece dividida de forma regular em subtelas sem qualquer superposicao. elas, quanto, preferenciaimente, _ também gerar enunciados em linguagem
natural em resposta aos do usuario. A fim dc conseguir manter esse dialogo o
As janelas em cascata podem ser acomodadas uma em cima da outra. Asjanelas
tém multiplos usos. Areas da tela podem ser separadas para apresentar sistema deve incluir recursos tanto de compreensao quanto de geragao do
mensagens de erro, menus de controle, area de trabalho e ajuda. portugués. Em geral, ainda nan é possivel projetar interfaces em linguagem
natural que interpretem corretamente qualquer solicitacao que lhes seja feita,
Caixas de diélogo porém podem ser utilizadas de modo eficiente em ambientes mais estruturados
onde seja conhecido o conjunto de toda a terminologia, seu uso, fraseologia e os
Caixa de dialogo é uma janela especial que aparece temporariamente para soli- pedidos mais comuns. Assim, foram projetados alguns sistemas de recuperacao
citar inforrnacao. Muitas delas possuem opcoes que se podem selecionar para de informacao em que o usuario faz as buscas mediante a entrada de frases em
comunicar ao programa que execute um comando. Uma caixa de dialogo solici- linguagem natural. O sistema possui algoritmos para decompor essas frases nos
ta infonpacao ao usuario.IPor exemplo, os usuarios podem precisar selecionar termos de b_usca que as compoem, realizar buscas e fomecer respostas para os
certas opgoes, digitar um texto ou especificar determinadas configuracoes. usuarios sobre o conjuntode documentos recuperados.
Ainda ha muitas dificuldades para gerar interfaces que possam lidar com a
Botoes e caixas de confirmagao ‘ linguagem natural. Entre elas temos:
Botoes e caixas de confirmacao sao similares, pois clica-se neles para sele- 1 Ambigiiidade. Os seres humanos podem dar-se ao luxo de ser ambiguos
cionar uma opcio ou escolher um comando. porque empregamos diferentes formas de comunicacao, como gestos, lin-
‘ I-Ia dois tipos de botoesz de comando e de opcao. Os botoes de comando per- guagemi corporal e relacoes pronominais antecedentes que auxiliam na co-
mitem-nos escolher um comando, do tipo ‘salvar’ ou ‘ajuda’. Aparecem como municacao. ' ,,
tmagens de teclas. Botoes de - comando exibidos com ‘._.’ 2 como em ‘instalar’ 2 2 Multiplos significados..As palavras possuem multiplos significados,-do
mostrarao outra caixa de dialogo ao serem clicados. Os botoes de opcao sao pendendo de sua posicao na frase ou do contexto da comunicacao. .
J
ESTRUTURA DA INFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 101
100 INTRODUCAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO
3 Imprecisao. Ha intimeras palavras empregadas na linguagern natural, Esses componentes precisam ser integrados de modo que, por exemplo, as cores
como ‘em media’, ‘um bocado dc’, ‘poucos’ e ‘muitos’, que sao imprecisas complementares do desenho sejam empregadas para se combinarern com uma
e dificeis para 0 sistema interpretar como um numero especifico on determi- imagem fixa, ou a iluminacao de uma seqtiéncia de video se combine com a
nada faixa de numeros. aparéncia e a impressao transmitida pelo resto da producao do trabalho.
l-la muitas perguntas ainda nao respondidas sobre como as pessoas usariam
As interfaces em linguagem natural sao, em geral, vistas como sendo titeis para as interfaces multimidia. lsso pode depender da natureza da aplicacao para a
usuarios pouco informados, porque eles podem acercar-se do sistema sem qual se esteja usando multimidia. As areas de sua aplicacao abrangem entrete-
conhecimento algum a-seu respeito, do conteudo da base de dados ou das nimento, vendas, fomecimento de informagzoes e educacao.
estratégias dc recuperacao que o sistema empregara. Usuarios mais experientes
talvez achem frustrantes as interfaces em linguagem natural, caso queiram es- Combinagao de estilos de projetos de interfaces com 0 usuario
pecificar a gama de recursos de recuperacao usados numa busca. Por exemplo,
Um sistema deve ser projetado para:
podem querer especificar se sera usado truncamento. Os usuarios muitas vezes
precisam de assisténcia para expressar suas hipoteses ou questoes como um ' abranger todas as tarefas que precisam ser executadas com o sistema
enunciado de busca, mesmo com interfaces em linguagem natural. - ser utilizado por diferentes tipos de usuarios.
Alguns sistemas de recuperacao de informacao, como os que utilizam cedar-
Dialogos baseados na voz rons ou servicos externos de buscas ern linha podem em algumas aplicacfies se_r_;,
!

Todos os dialogos vistos até agora referem-se a comunicacao baseada em telas efetivamente autonomos, pois as tinicas tarefas que o usuario executara serao;
com auxilio de teclados, mouses, telas sensiveis ao toque e dispositivos simila- orientadas para a recuperacao. Outros sistemas de recuperacao de inforrnacao;-1
res. Ha muitas circunstancias em que um dialogo baseado na voz seria mais principalmente os catélogos em linha de acesso publico, podem fazer parte as;
conveniente para o usuario. lsso seria atraente para o usuario ocasional que um sistema maior. E preciso adotar um método coerente para o projeto cle inter-.1
estivesse inserindo apenas respostas monovocabulares, como ‘sim’ e ‘nao‘ e faces em todos os componentes do sistema. Um sistema de gerenciamento de,"
também para quem inserisse grande volume de dados textuais. Esses dialogos bibliotecas, por exemplo, suporta as operacoes de rotina dc empréstimo e devo-i
podem ser voz—a-voz (isto é, o computador e 0 usuario conversam entre si) ou lucao de livros, além da entrada de dados relativos ao catalogo e registros do '
tela—a—voz (isto é, o computador fala e o usuario opera o teclado). leitor e a recuperacao da informacao no catalogo em linha de acesso publico.
Nos dialogos voz-a—vo2, a comunicacao pode ser remota, de uma estacao de As interfaces graflcas lancam mao de uma ampla variedade de diferentes
trabalho, por meio de um receptor telefonico e uma conexao de telecomu- estilos de interface e demonstram que é possivel combina-los entre si. No en»
nicacao. Todas essas modalidades tém suas aplicacoes, e os modos dc dialogo tanto, é importante utilizar uma metodologia apropriada para projeto de inter-
esbocados acima (por exemplo, menu, comando, preenchimento de formula- faces, a fim de garantir que o estilo da interface combina com a gama de usua-
rios) seriam usados num dialogo baseado na voz. Embora haja algumas aplica- rios e com as tarefas que provavelmente haverao de querer executar.
coes para esses sistemas, sao limitadas, e se devem aguardar novos progressos. A tabela 4.4 resume algumasdas vantagens e desvantagens de diferentes
estilos de projeto do interfaces.
interfaces ,multimidia ' -
Cor no projeto de interface
As interfaces multimidia apresentam desafios interessantes para seus proje-
tistas no que concerne a como melhor incorporar som, video, imagens fixas, A cor encontra uma de suas aplicacoes fundamentaisno fundo de tela e no texto
graficos, texto, numeros e animacao. Pode-se dizer que as interfaces multimidia ali exibido. Muitas aplicacoes também fazem amplo uso de cores nas barras de
possuem dois componentes: status, menus e outras areas da tela. A cor pode ser um mecanisrno eficaz para
comunicar mensagens de alerta, chamar a atencao e clefinir relacoes. Em varios
' a interface de navegacao, que exibe muitas das caracteristicas de uma inter- sistemas dc bases de dados a cor é utilizada para atrair a atencao para partes
face grafica, como botoes e janelas especificas dos registros. Em geral, a cor pode ser usada para: a
- os elementos graficos que contribuem para a aparéncia do aplicativo, inclu-
sive fundos cle tela, texturas, cores, a forma como a ti pografia é mostrada na - chamar a atencao para mensagens de adverténcia .
tela, e como as imagens flxas, graficos e videos sao exibidos. _ §
i

ta‘-1-,

I02 INTRODUCRO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO ESTRUTURA DA INFORMACRO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 103

- melhorar a legibilidade e reduzir 0 cansaco visual Nao obstante, as cores devem ser utilizadas com cautela, reconhecendo as
- destacar diferentes partes da imagem na tela, como barras de status e menus diferencas que os usuarios potenciais apresentam na fonna de ver as distincoes
- agrupar elementos em menus ou barras de status, dc modo que, por exem- cromaticas e obter informacoes das cores. Se usada de modo inadequado, a cor
pode ser urn elemento de distracao, confusao on desagrado.
plo, uma instrucao seja associada ao miimero de sua tecla de funcio.

Tabela 4.4 Estilos de projeto de interfaces Normas Z39.50 e SR


239.50 e SR sao normas relativas a recuperacao da informaefio. A Z3950 é um
Estilo Vantagens Desvantagerls
protocolo nacional none-americano desenvolvido pelo ANSI (American Nati-
De uso lento em sistemas gran- onal Standards Institute), enquanto a SR, ou ISO 10162/3 Search and Retrieve, é
Menus Féceis de aprender; faceis de
usar; faceis de programar; des; opgoes limitadas por a norma internacional oriunda da International Standards Organisation. A
adequados para novatos menu; custo de transmissio; 239.50 e a SR sao compativeis, mas a 239.50 é utilizada com mais freqiiéncia
ao acessarem as opgfies podem ser irritantes para devido a sua maior funcionalidade.
do sistema usuarios experientes A 239.50 constitui um protocolo de camada de aplicacoes que suporta a
icones Muito faceis de aprender; fa- Antieconomicos em matéria de construcfio de aplicacoes distribuidas de recuperagao da inforrnacao (ver 0 mo-
ceis de usar; independem da espago da tela; precisa de su- delo 05! no capitulo 3, em que a camada de aplicacoes é a camada superior, cu
lingua; relativamente faceis porte textual; requer equipa-
a camada que processa os dados). A implementacao da norma Z39.50 permite a
de programar; adequados mento grafico; precisa de pro-
usuarios de diferentes produtos de software se comunicarem entre si e inter-A
para usuarios novatos no grama de criagao de icones
cambiar dados. E, 0 que é mais importante, a interface local, plenamente co-__
acesso ao sistema e em
interfaces de comandos nhecida, pode ser utilizada para fazer buscas em outras bases de dados remotas.'
Pergunta e Facil de usar; facil de apren- Sem complexidade; uso lento Isso significa que o usuario, por exemplo, pode fazer buscas num catalogo em
resposta der; facil de programar linha de acesso publico remoto, montado num sistema diferente de gerencia-
Preenchi- Raipido de usar; faicil de usar; O formulario somente serve mento de bibliotecas, adotando a interface disponivel na biblioteca local. '
rnento de facil de aprender; serve para para entrada de dados i A 239.50 fimciona em ambiente de cliente—servidor (ver capitulo 2), con-.
formula- todos os tipos de usuarios, texto em que 0 cliente é a origem e 0 servidor o alvo. Do lado do cliente, urn
rios entrada de dados, visualizagao peclido oriundo do apticativo do usuario é traduzido para a Z3950 na origem e
e interfaces de recuperagao enviado para 0 alvo. Do lado do servidor, 0 alvo traduz 0 pedido para uma fomia
Linguagens Répidas de usar; complexas; Diffceis de aprender; dificeis
de usar por novatos; dificeis de compreensivel pelo aplicativo da base de dados, que processa o pedido, localiza
de coman- adequadas para usuarios
dos com necessidades complexas programar a informacao e a devolve ao alvo, que, por sua vez, devolve-a a origem. O pro-
Linguagem Comunicagao natural; n50 Dificil de programar; requer cesso reciproco de traducao contem informacfies de retorno.
natural requer aprendizagem; adequa- base de conhecimentos; Muitos fornecedores de sistemas, mas nem todos, oferecem clientes elou
da para usuarios novatos rlum entrada prolixa; pode ser servidores 239.50. Esta norma é utilizada em varios sistemas dc gerenciamento
dominiorestrito ambigua de bibliotecas, no servico FirstSearch do OCLC (fornecimento de documentos e
Multimidia Facil e interessante de Requer mernéria do tipo de empréstimo entre bibliotecas) e nos servicos dc buscas em linha oferecidos por
usar; atrai a atengio; disco optico e canais de comu- Mead Data Central e DIALOG; a SilverPlaner incorporou-a em sua Electronic
suporta aprendizado e nicagao de grande Iargura de
banda; relativamente caro
Reference Library. Embora a 239.50 permita 0 uso de uma interface local de
compreensao num modo
para criar bases de dados e busca, isso nao significa que todos os recursos tie busca norrnalrnente ofere-
multidimensional
interfaces de boa qualidade cidos por essa interface estejam disponiveis. Uma vez que a aplicacao da base de
dados remota executa a busca, o usuario esta limitado aos recursos desse
sistema. Também ha algumas limitacoes impostas pelo proprio protocolo. Por
Reflexao Use a tabela 4.4 para comparar duas interfaces que este- exemplo, o protocolo nao abrange a classificacao por ordem de relevancia.
jam facilmente disponfveis para vocé.
\
I

l. r
1

ESTRUTURA DAINFORMACAO E PROGRAMAS DE COMPUTADOR 105


104 mtnooucfito A TECNOLOGIA DA mroamncfito
Referéncias
RESUMO Shneiderman, B. The future ofinteraction systems and the emergence ofdirect manipu-
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I Este capitulo iniciou explicando a maneira como os dados sao representados no
computador. As linguagens de prugramagao com as quais podem ser enviadas
Z. Designing the user interface: strategiesfor eflecrt've humon—c0mpu1er interac-
tion. Reading, MAI Addison-Wesley, I987.
instrugoes para 0 computador incluem codigo de mziquina, linguagem de mon-
tagem, linguagens de alto nivel, linguagens de quarta geragao e linguagens orien- Bibliografia _
tadas a objetos. O desenvolvirnento de programas precisa levar em conta os prin-
Nota: A maioria dos livros citados no final do capitulo 2 contem uma breve introducao
cipios da programagao estruturada. Os sistemas operacionais respondem pelo
sobre os temas abrangidos neste capitulo.
gerenciamento do funcionamento basico do computador. Pacotes de aplicativos
foram desenvolvidos para atender a diferentes aplicagoes, como gerenciamento Booth, P.A. An introduction to hn1nan—canipuIer interaction. Hove: Erlbaum, 1939.
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4 Por que uma instituicao deve sempre levar em conta a possibili- Viclcery, B.; Vickery, A. On-line search interface design. Journal ofdocumentation, v.
dade de adotar pacotes de programas aplicativos ja existentes 49, n. 2, p. 103-187, 1993.
antes de decidir-se por desenvolver um pacote especial para suas
necessidades?
5 O que é programa utilitario e quais as funcoes que executa?
6 Descreva os diferentes tipos de prograrnas administrativos.
7 Quais as formas de suporte que existem quando se adotam
programas aplicativos?
8 Quais as diferentes formas de componentes no projeto de inter-
faces?
9 Diferencar entre maiiipulacfio direta e interfaces graficas.
‘A
10 Quais as caracteristicas especiais do projeto de interfaces em
multirriidia?
ll Explique a importancia do protocolo 239.50. 1.

i
F

BASESDEDADOS 107

importante que 0 gerente de informaqao C0l'kh€i;8. os tipos de basesde dados que


5 existem, quaisquer formatos-padrao de registros que sejam encontrados, bem
como os métodos de estruturagao de bases de dados.
Este capituio, portanto, apresenta algumas definiqfies basicas relativas a
Bases de dados bases de dados e depois examina os tipos de bases de dados. Em seguida, trata
dos formatos-padrao de registro, e a parte final explica algumas idéias funda-
mentais sobre estrutura de bases cle dados.
OBJETIVOS 5.2 Definigées bésicas
Em sentido lalo, bases de dados sao 0 modo como os dados sao armazenadas em Arquivo e uma colegao de registros similares, com relagfies definidas entre si.
computadores. Elas podem ser: Um sistema de base dc dados pode compreender vzirios arquivos interligados.
Examinamos isso mais detidamente na segao 5.5 que trata das estruturas de
- uma colegéo de dados sobre as atividades de uma organizagéo, que assim permite bases de dados. Para dar inicio a nossa analise focalizaremos a base de dados ou
o contrqle dessas atividades arquivo tomado isoladamente.
- uma colegao de dados disponiveis publicamente, mantidos num computador Registro é a informagao contida na base de dados e que diz respeito a um
hospedeiro ou servidor acessivei por meio de rede de telecomunicagfies ou em documento ou item. Por exemplo, numa base de dados catalograficos 1_1m regis-
eederrom. tro contera todas as informagbes acerca de determinaclo livro. Numa base de
dados dc fontes, um registro mostrara o C0nl6l'ldO do verbete de um cadastro, ou
Ao término deste capitulo vocé: 1
artigo dc periédico. Numa base de dados de inventério, 0 registro contera todas
as informagées pertinentes quanto ao estoque de determinado item. Os regis-
- estara conhecendo os conceitos de registros e campos
tros compfiem-se dc varios campos. Os tipos de campos utiljzados, suaextensao
- podera reconhecer os diferentes tipos de bases de dados que podem ser impor-
e a quantidade de campos de um registro sao escolhidos de acordo com a aplica-
tanies para os gerentes da informaqéo \
r
gfio especifica. A figura 5.1 relaciona os tipos dc campos que se endontram no
- tera compreendido a natureza do foimato de registro MARC para bases de dados
arquivo de um sistema de controle de inventério, e a figura 5.2 mostra os cam-
bibliograficos
pos que se encontram num registro bibliografico.
- tera compreendido a diferenga enire estruturas fisicas e légicas de bases de da-
dos
N." do item
- tera conhecido a necessidade das eshuluras de bases de dados. Saldo i
Nivel para fazer nova encomenda
Nivel de perigo
5.1 lntrodugio Prego tie venda _. 1
Descrigio do item - . 1
Os gerentes de bibliotecas e serviqos de informaqfio sempre compilaram arqui- Localizagio
vos de inforrnaqzfies, fossem catalogos ou listas de leitores registrados. Os Quantidade disponivel
amigos sistemas informatizados dc muitas empresas conservavam arquivos- ‘ Cédigo do fornecedor do item
mestre, queem geral continham dados relatives a folha de pagamento, vendas, 1 Fornecedor do item
compras e inventario. Essas aplicagfies compreendem uma série de registros ‘ Unidade de encomenda
relacionados entre si e formatados de modo semelhante. Bases de dados exter- Nfimero/unidade
nas podem ser acessadas por interrnédio dos servigos de buscas em linha ou Ultimo custo
Prego unitario de venda ‘
adquiridas em cedenom. O gerefite dc informaqao podera imponar partes des- Valor do estoque atual pelo filtimo cuslo ii
sas bases de dados, desde que disponha das licengas necessaries, a fim de
integra-las em bases de dados locais. Em virtucle de as bases de dados serem
Figura 5.1 Alguns campos comuns de um arquivo-mestre de inventairio
essenciais para a forma como os dados sao armazenados e recuperados, é 5.
l l

BASES DE DADOS 109


I08 ENTRODUCAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO
estudadas neste capitulo empregam uma misrura cle campos fixos e variaveis, a
-i USMARC record fim de poderem comportar os diferentes tipos de dados. Além disso, objetos
001 $a94-790547 como fotografias e videoclipes podem ser armazenados como arquivos separa-
005 $a1995010613D3D4.3 dos ligados a registros que contenham campos cle tamanho essencialmente fixo
O08 95010651994####dCun#######rn########eng##
040 $aDLC$cDLC$clDLC ou variavel.
050 00$aZ&95.615 ‘
0&2 1os.1025.3s212 l Reflexao Examine os campos do registro bibliogréfico dafigura5.2.
111 'Z$aSeminar0nCa1a|t1ging Digital Dc>cumentsSdl1994 ; 5cUniversityofVirginia ‘
Libraryand Libran/ufCongress) I Por que cada um deles foi incluido? Quais desses itens de
245 10$aPruceedingsoftheSerninaronCata|ogingDigita|Docurnenls,October12- dados poderiam ser acomodados satisfatoriamente em
‘ ‘M,‘l994$h{com|1ulerfile} _ ‘
/Scuniversity oivirginia Library, C.harlonesville,ar\d the Library of i campos de tamanho fixo?
Congas
256 5aComput.erdataanrJpro_gram.
260 $a{Washin5ton, D.C. :$bLibraryofCongress,$c1994}. Dentro de cada campo, os elementos especificos de dados ou unidades de
‘ S35 $aAct:ess;lnternet.Address: informaqao podem ser denominados subcampos. Estes subcampos precisam
l help!/$cwel2.lcr:_gov/catdirlsemdigclocs/seminar.html. ser sinalizados, a fim de que possam ser identificados pelo computador.
l 500 $aTitlefromtidescreen.
l S00 5a"Sponsor: SarabThomas, clirectorforcataloging LibraryofCongress“ -- Home Os registros de uma base de dados podem ser recuperados por meio da
I-351 insergao de series dc caracteres e solicitarido-se ao computador que as localize.
520 #$aText, graphics, and audio flies, inciudinga summaqroltheserninarby Sarah
Thomas, color photographs ofdie presentersandvarious events, textsof the Isso permitirzi que sej am selecionados subconj untos da base de dados c_onforrne
presentations, nots taken by Libra ry'0iCongre5S stalf, records of die panel um critério de consulta. Evidentemerite, 0 que se pode recuperar -depends do
discussion, an action plan, and a Iistoi participants.
650 #0$aCatalogingof computer files $xCongresses 5xDalabases. que existe na base de dados e da forma como as informaofies tiverem sido estru-
700 1# $aTho|-nas, Sarah. turadas. Comumente, sao feitas buscas em certas panes dos registros e seu
710 2#$aUniversityoi\firginia. $bLibrary.
.710 2#$aLibrary 0-iCOn5ress.
contetido é usado como chaves de busca. E comum haver uma gama razoavel
856 7$t|hnp:r'r'k:web.loc.g0v/midir/semc!2gdot:,"seminar.htmi$2htlp de tipos de chaves de busca, bem como diferentes maneiras pelas quais se pode
fazer uma busca numa base de dados. Também é possivel, usualmente, selecio-
nar os campos de um registro que sao apresentados numa determinada aplica-
Figura 5.2 Campos de um registro bibliogréfico (USMARC; ver também eao e formatar essa apresentaqao de varias maneiras diferentes.
segao 5.4)
5.3 Tipos de bases de dados
Existerri dois tipos de campos: campos dc tamanho fixo e campos de tamanho
variavel. Um campo dc tamanho fixo contém 0 mesmo ndmero de caracteres As bases de dados podem ser armazenadas em meios magnéticos ou opticos,
em cada registro. Como os tamanhos fixos sao previsiveis, nao é preciso sina- como discos, e acessadas local ou remotamente. Isso inclui o acesso a base de
lizar para o computador onde comega e termina cada campo. Os campos dc dados da instituigao, que abranja transaeoes e registros financeiros, ou a outras
tamanho fixo permitem um armazenamento economico e os registros que 0s bases de dados que possam ser acessadas a distancia. Algumas dessas bases de
adotam podem ser codificados rapida e facilmente. N0 entanto, 0s campos do dados cortteriio informaqoes de acesso pflblico, como resumes e indices, textos
tamanho fixo talvez nao comportem de forma adequada dados de tamanho va- completes de relatorios, enciclopédias e cadastros, enquanto outras serao com-
riavel. Os campos dc tamanho fixo sao excelentes para serem usados com codi- partilhadas no ambito de uma instituiqao ou grupo de instituigoes.
gos, como lSBNs, cédigos de leitores, codigos de produtos, ntimeros de contas
bancarias, datas e codigos de idiomas, cuja extensao da informagao sera igual Bases de dados de referéncias e de fontes
em cada registro. Quando se trata de dados de tamanho variavel tomam-se ne- Classificam-se como de referéncias e de fontes as bases de dados disponiveis
cessaries campos de tamanho variavel. Um campo de tamanho variavel tera para os usuarios da informagao em ambito ptiblico e que sejam acessadas a dis-
diferentes tamanhos em diferentes registros. Neste caso, 0 computador nao téncia, por meio de um servigo de buscas em linha, ou localmente em cederrom. I
-t
pode reconhecer quando um campo termina e outro comega, tornando-se neces- As bases de dados dc referencias remetem ou encaminham 0 usuario a on
sario, portanto, sinalizar o inicio e 0 fim dos campos. A analise do formato de tra fonte, como um documento, uma pessoajuridica ou pessoa fisica, para que
registro MARC trata de uma das formas de se realizar isso. As bases de dados C
.“l

il
l
BASES DE DADOS l ll
1 10 INTRODUCAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO
As bases de dados bibliograficos contem uma série de registros bibliogréficos
obtenha infomiagoes adicionais, ou 0 texto compieto de um documento. Como
ligados entre si, onde cada um em geral apresenta uma combirtaqao dos seguin-
exemplos temos: -
tes componemes:
1 Bases dc dados bibliograficos, que inciuem citaeoes ou referéncias biblio-
graficas e, as vezes, resumos de trabalhos publicados. Informam ao usuario ' ntimero do documento
sobre 0 que foi publicado e onde se publicou (por exemplo, se num perio- - titulo
dico, nos anais de um congresso) e, na hipotese de a base comer resumos, ' autor
aptesentarao uma sintese do conteiido do documento original. - referéncia da fonte
2 Bases cle dados catalogra ficos, que mostram 0 acervo dc determinada bi- - resumos
- texto integral T
blioteca ou rede de bibliotecas. Cornumente, essas bases de dados relacio-
- ten-nos ou expressoes de indexaeao
nam quais os livros, titulos de periodicos e outros itens que a biblioteca
' citaqoes on quantidade de referéncias
possui em seu acervo, porém nae proporcionam informagoes adicionais so-
bre o contetido desses documentos. As bases de dados catalograficos sao urn ' instituigao de origem do documento, ou enderego do autor, ou arnbos
- lingua do documento-fonte
' tipo especial de base de dados bibliograficos, porém, em virtude de sua ori-
entaofio ser bastante diferente cla de outras bases do dados bibliograficos, - informaeao de uso intemo, como nfrrneros dc classificagao ou localizagao.
merecem ser identificadas como uma categoria a parte. Esses componentes podem ser denomiriados como uma referéncia ou citagao
3 Bases de dados referenciais, que referenciam informaqoes ou dados, como documental, e cada um deles geralmente sera representado por um oampo dife-
nomes e enderegos de instituieoes, e outros dados tipicos de cadastros. rente. Ha notavel variabilidade entre os formatos de registro de bases de dados
bibiiograficos, de modo que a lista acirna menciona apenas os coinponentes
Reflexio Examine um dos registros encontrados no catéiogo da bi-
mais comuns, que nao fornecem as infonnagoes ou 0 texto do docurriento-fonte,
blioteca que Ihe seja‘ mais acessivel. Quais os campos que
mas somente indicam onde as informagoes podem ser encontradasfili possivel
ele apresenta e que podem ser visualizados por vocé como
tarnbém encontrar em muitas bases dc dados um resumo junto acada refe-
usuario?
réncia, que, se for um bom resumo informative, proporcionara, iniediatamen-
te, informaeoes fiteis, mesmo se tratando de uma base de dados bibliograficos.
As bases de dados de fontes contem os dados originais e constituem um tipo
Empregam-se alguns desses componentes, mais comumente, como chaves
de documento eletronico. Apos ter feito uma consulta bem-sucedida numa base
de recuperagao prirnarias (por exemplo, nome do autor, palavras do titulo,
de dados de fontes, o usuario tera em mans as inforrriagbes de que precisa, sem
termos de indexagao), enquanto outros serao mais titeis como chaves de recu-
ter de ir busca-las numa fonte original (como seria obrigado a fazer no caso das
peraqao secundarias (por exemplo, para iimitar 0 conjunto de registros recu-
bases de dados de referéncias). Os dados encontram-se disponiveis tanto em
perados numa busca sobre um termo de indexaqao tematica). As chaves de
formato legivel por computador, quanto em formato impresso. As bases de
recuperaeao secundarias usuais sao: lingua, informa<;6es dc uso interno, titulo
dados de fontes podem ser agrupadas, segundo seu contefldo, em:
de periodico. Os elementos restantes do registro so sao exibidos novideo ou
1 Bases de dados numéricos, que contem dados numéricos de varies tipos, impressos para oferecer ao usuario informaqoes adicionais sobre 0 documento,
inclusive dados estatisticos e de levantamentos. sendo titeis na avaliagao da relevancia ou na localizaeao do documento-fonte.
2 Bases de dados de texto integral, que contem noticias dejornal, especifica- Embora, ha mais de vinte anos, haja imimeras bases de dados bibliografi-
goes técnicas e programas de computador. cos informatizadas, seus elementos basicos ainda retém a marca de sua origem
3 Bases de dados textuais e numéricos, que contem uma misrura de dados tex- no produto impresso, o qual, geralmente, era uma publicaeao de resumos ou um
tuais e numéricos (como, por exemplo, relatorios anuais de empresas) e da- indice aos quais essas bases estavam vincuiadas. Muitas vezes foram original-
dos de manuais. A mente construidas para servir de apoio a produgao mais eficiente de um servigo
4 Bases de dados multirnidia, que incluem informaqoes armazenadas nu- de resumos ou indice impresso, e, com freqiiéncia, e’ ainda 0 produto impresso
ma mescia de diferentes tipos de meios, inclusive, por exemplo, som, vi- que responde por uma parcela significativa da receita do produtor da base de“
deo, fotografias, textos e animagao. dados. Uma das vantagens da manutengao de registros em formato legivel por
computador era a possibilidade assim criada de se gerar uma série de produtos
"I

BASES DE DADOS 1 13
I 12 INTRODUCAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO
SciSearch
l indices multidisciplinares Social SciSearch
Science Citation index Ans and Humanities Search
Social Sciences Citation index y Computer and Mathematics Search
Arts and Humanities Citation lndex i . ISTP Search
Disponiveis nos formatos: impressos, acumulagoes impressas, discos compac- r$TP&a Search
tos, discos compactos com resumos, fitas magnéticas, em linha, Intranet
, Sumarios correntes (Current contents) em diversos campos, por exemplo, l
CompuMath Citation Index ciéncias da vida; agricultura; biologia e ciéncias arnbientais 3
Disponfvel nos formatos: impresso, acumulagao impressa, em linha, cederrom impressos, disquetes, cederrons, em linha, fitas magnéticas, -lnternet
indices especificos de uma disciplina em disco compacto Outros produtos que incluem:
Biochemistry and Biophysics Citation index 1 The Genuine Article (lornecimento de docurnentos) '
Biotechnology Citation index l lsr Document Solution - ‘
Chemistry Citation index i REQUESI-A-Pflflt tcartoes impressos de pedidos de separates) ‘
s
Neuroscience Citation Index Pro-Cite e Reference Manager (pacotes de prograrnas bibliogrzificos)
Materials Science Citation index 1 , lournal Citation Reports
‘ Social SciSearch
indices do corrteticlo de livros, anais e recensoes Arts and Humanities Search
index to Scientific Book Contents Research Alert
index to Scientific and Technical Proceedings
lnclex to Social Sciences and Humanities Proceedings Figu ra 5.3 Continuacao
index to Scientific Reviews
Servigos por encomenda que incluemz Tabela 5.1 Algumas bases de dados bibliograficos do STN international
Research Alert l Base de dados Pirodutor Contetido
Medical Documentation Sen/ice
Contract Research ABI-INFORM University Microfilms Inc. Negocios e administragao
Science Watch BIOSIS Pr€Vi€WS BIOSIS Biociéncias
Produtos na area da quimica que incluem: 1 CA CA5 (Chemical Abstracts} Quimica
Current Chemical Reactions (impresso) l COMPENDEX Engineering Information Inc. Engenharia
Current Chemical Reactions in-House Database (fitas magnéticas, acumulagao DISSABS University Microfilms Inc. Bibliogrrifica especializada em
em fitas magnéticasl ‘ teses da América do Norte
Index Chemicus (impresso e em cederrom) l EMBME Elsevier Science Publishers Biomedicina e farmacos
Che-mPrep on CD—ROM EVENTLINE Elsevier Science Publishers Congressos e eventos multi-
disciplinares
Fitas magnéticas que incluam: INPADOC European Patent Office Patentes internacionais
Current Contents Search INSPEC Institution of Electrical Engenharia, fisica e eletronica
SciSearch Engineers
Social SciSearch ICRIP The japan Science and Pesquisas multidisciplinares de
‘ Arts and Humanities Search Technology Corporation instituigoes pfi blicas do Japan
l Research Alert i MEDLINE U5 National Library of Medicina
, Bases de dados em linha que incluam: Medicine
l Current Contents Search SCISEARCH Institute for Scientific Ciéncia e tecnologia, bibliogra-
S Continua ao lado information fica de citagoes -
W0 RLDCAT OCLC Oniine Computer Multidisciplinar, com os cata-
Library Center tzilogos integrados de biblio-
Figura 5.3 Produtos de um grupo de bases de dados afins de um produ-
tecas de varios paises
tor: 0 institute for Scientific information (J5!)
PW

1 14 i
INTRODUCRO A TECNOLOGIA on mroamacao BASES DE oaoos 115

Tabela 5.2 Algumas bases de dados de fontes do Questel-Orbit Titulo: Primary ovarian non-Hodgkin's lymphoma: Outcome after treatment with
combination chemotherapy.
Base de dados Produtor Conteudo C Author(s): Dimopoulos, MA. {a,b,c}; Daliani, D. {d,e,f}; Pugh,W. {g,h}; Gershenson,
D. {j,l<,l}; Cabanillas, F. {m,n,o}; Sarris,A.H.
EDOC European Patent Office Aplicagoes de patentes Corporate Source: {3} Section Lymphoma, Box 68, Univ. Texas M.D.Anderson Cancer
Center, 1515 Holcombe Blvd., Houston, TX 77030, USA; {d} Dep. Exp.Clin.
FMARK tnstitut National de la Marcas francesas Oncol., Aarhus Univ. Hos p., Noriebrogade 44, DK-8000 Aarhus, Denmark;
Propriété lndustrielle
{g} Div. Neurosurgery, UCLA Med. Cent., Los Angeles, Ca 90024, USA; {j}
ourvs United Dun & Bradstreet Informagoes sobre empresas do Rei- H.H.McGuire vamc, Dep. Radiol. (114),1201 Broad Rock Blvd., Rich-
Kingdom no Unido mond, VA 23249, USA; {m} Dep. Otorhinolaryngology, Univ. Tamper
itsro Agence France-Presse Noticias esportivas francesas e inter- Med. Sch., PO Box 607, HN-331D1Tampere, Finland {b}http://www.
nacionais, reportagens, resultados, utah.ed u/lymphoma/-— mmdimopoulos; {e} http://www.aarhushosp.ed./
- resumos e biografias na area espor- eco//-ddal iani; {h} http://www.uclamed.edu/neuros urg;"-wpugh;
' tiva {lc} http://wvvw.hhmvami.edu/radiology/~dgershenson; {n} http:
//www.utampermededulotorhm/-fcabani|las {c}mmdirnopoulos @ utmed.
LOGOS Documentation lnformacao com texto integral sobre edu; {f}ddaliani@aarhushosp. edu;{i} wpugh@uclamed.edu;{l} dgersh
Frangaise politica, sociedade e economia da enson@ hhmvarnc.edu; {o}fcabanillas @utampermed.edu '
Franga y
Source: Gynecologic Oncology 64(3) [cited August 21, 1997], 1997. 446-450.
PROMT Information Access Artigos sobre produtos, mercados e http://www.gynecology.com/
Company tecnologias Document Type: Article: Research Articie . *__ ,‘-

Who's Who in Gale Research Inc. lnformagoes sobre figuras de desta- ISSNZ 0090-B256 1
Technology que da tecnologia norte-americana Language: English (EN) Q

Descrigoes de bases de dados dispo- . Abstract: Because the outcome of patients with primary ovarian non-i;Iodgkin’s
Gale Directory Gale Research Inc. 21
<1
niveis em cederrom, em linha e lymphoma (NHL) is controversial, we retrospectively analyzed eigpnerience "E
of Databases with adults seen at the University of Texas M. D. Anderson Cancer Center from
outros formatos
1974 to 1993. Patients were included if at least one ovary was pathologically .1.
Chemical SR1 International Dados de pesquisa de mercado para involved, and if combination chemotherapy was used thatmust havge inclu-
Economics a inclustria quimica ded doxorubicin for intermediate grade histologies. We identified 15'p_atients
Handbook who constituted 0.5% of all untreated um. and 1.5% of untreated ovarian neo-
plasms that presented to our institution duringthis time. One patientii-efused
therapy, leaving 14 assessable for response. Nine patients had intermediate-
diferentes para diferentes mercados a partir de um unico conjunto de registros
grade, 5 had high grade, and none had low-grade NHL. One ovary was invol-
(ver figure 5.3). Tais produtos incluem amiude servicos de notificacao corrente ved in 4 patiennts, and both in 10, in 7 of whom additional sites were involved,
e de buscas em linha, concessao de licencas para iinportagao de partes de bases includingsupradiaphragmatic nodes in 2. Four patients had MS I and 1 0 had AAS
de dados, e servicos impressos de resumos e indices. IV. Favorable (0 or 1) and unfavorable (gt 1) |r| scores were seen in 5 and 9
patients, respectively. The complete remission rate for all patients was 64%, and
As bases de dados de fontes sao documentos eletronicos. A tabela 5.2 mostra 5- year survival and Fis for all assessable patients were 57 and 46%, respec-
alguns excmplos. O conteudo dessas bases cle dados pode ser tao variado quanto tively. We conclude that thecornplete remission rate and FFS of patients with
0 conteudo de um livro impresso, e pode ainda incluir textos, numeros, tabelas, ovarian NHL treated with appropriate chemotherapy appear to be similar to that
figures e graficos. Na realidade, muitas dessas bases de dados aproveitam-se do of patients with other nodal NHLs. Further work is required to determine prog-
nostic factors in ovarian NHL.
fato de nao se acharem restringidas pelas _mesmas limitacoes fisicas dos mate- Major Concepts: Oncology: Human Medicine,MedicaiSciences; Pharmacology
riaisnimpressos, sendo multirnidia, pois incluem, além de textos e dados nume- Super Taxa: Hominidae: Primates, Mammalia, Vertebrate, Chordata, Animalia
ricos, programas de computador, imagens, som, mapas e graficos Elas podem Organisms: human (Hominidae); adult, female, patient
ser acessadas em linha por meio de servicos de buscas em linha; em cederrons Taxa Notes: animals, chordates; humans; mammals; primates; vertebrates
Diseases: primary ovarian non-Hodgkin's lym phoma: blood and lymphatic disease,
ou por meio de videotexto e teletexto. O cederrom é o meio que suportou as rea- combination chemotherapy, endocrine disease/gonads, neoplastic diseases
iizagoes iniciais das mais ambiciosas bases de dados multimidia, pois nfio é outcome, reproductive system disease/female; malarial infection
preciso transmitir imagens por ineio de redes externas de comunicacao. Chemicals & Biochemicals: bl€0myCin: antineoplastic-drug, combination therapy;
As bases de dados de fontes sao tao variadas quanto a sua natureza e origens cyclophosphamide; antineoplastic-drug, combination therapy; dexamethasone:
I’
que se torna diticil fazer generalizagoes. Anteriormente, neste capitulo, dividi-
mos as bases de dados de fontes em numéricas, de texto integral, e textuais e Figura 5.4 Registros de uma base de dados
-,.s, .

BASES DE DADOS I17


1 16 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA 1Nr0RMA¢Ao
l
l
encetados esforcos visando a desenvolver alguns forrnatos padronizados dc
antineopiastic-drug, combination therapy; doxorubicin: antineoplastic- 1
registro. Esses formatos seriam especialmente iiteis em aplicacoes catalogré1fi-
drug, combination therapy; etoposide: antineoplastic-drug, combination the- cas, onde um formato-padrao, que também incorporasse um acordo quanto aos
ra py; methotrexate: antineoplastic-drug, com bination therapy; prednisone:
antineoplastic-drug, combination therapy; vincristine: antineoplastic-drug,
elementos do registro bibliografico, seria particularmente atraente por permitir
1 combination therapy; Dithranol; lrontll) 0 intercambio de registros catalogrzificos. Esse intercambio diminuiria a neces-
Registry Numbers: 9041-93-4:BU8OMYClN; 1143-33-OQ:D|THRANOL; 15438-31-0 sidade dc catalogaeao nas proprias bibliotecas. Por conseguinte, uma das areas
Methods & Equipments: radiotherapy: therapeutic method em que 0 formato-padrfio de registro mais se consolidou foi a da cria<;ao de
Alternate indexing: MeSH: Lymphoma, Non-Hodgkin’; Ovarian Neoplasms
Notes: This journal has 16 issues per volume.
registros catalograficos. O trabalho realizado nesse campo levou ao surgimento
Record Type: Abstract do fom-iato de registro MARC.
Title: Su rvival rates and their relationship to life-history traits in some C0mm0n British
birds. O formato de registro MARC
y Author(s): Dobson,A.{a}
‘ Corporate Source: {a} Biology Dep., Univ. Rochester, Rochester, NY 14627, USA O formato de registro MARC emprega um formato de diretorio para lidar com
Source: Current Ornithology, E. Power, D.M.: Ed.7l990, 115-146 campos de tamanho variavel e de tamanho fixo. A posicao do caractere no
Document Type: Book Chapter; Review inicio de cada campo é especificada por um diretorio no comeco do registro.
ISSN: 0742-390X O formato de registro MARC foi desenvolvido pela Library of Congress e a
ISBN: D-306-43307-9
Book Publisher: Pienum Press, New York, New York, USA; London, England, UK British Library para a comunicagao de descricoes bibiiograflcas em formato
Language: English (EN) legivel por computador, de modo que os regislros pudessem ser reforrnatados
Major Concepts: Ecology: Environmental Science; Mathematical Biology; Models para atender a qualquer objetivo imaginavel. Os primeiros ensaios iealizados,
and Simulations; Computational Biology; Morphology; Physiology; Reproduc- por volta de 1966, pela Libraiy of Congress, utilizaram o formato MARC I; este
tive System: Reproduction; Systematics and Taxonomy
‘ Super Taxa: Aves - Unspecified: Aves, Vertebrata, Chordata, Animalia
formato, porém, foi posto de lado em 1967, sendo substituido pelo MARC II ou
Organisms: bird (Aves); Aves (Vertehrata) MARC, como é denominado comumente. R -
Taxa Notes: animals, birds; chordales; nonhuman vertebrates; vertebrates A medida que um maior niimero dc paises passou a utilizar 0 MARC, surgi-
Geopolitical Locations: UK: Europe, Palearctic region ram variagoes de procedimentos que levaram a uma multiplicaoaode discre-
Miscellaneous Descriptors: adult; banding data; body weight; britain; fecundity; ‘
haldane’s mathematical model; lack‘s mathematical model; life-history trait; pfincias em relacao ao formato original. Surgiu entao 0 formato UNIMARC para
migratory strategy; population studies; survival rate 0 intercambio internacional de registros MARC. As instituicoes nacionais pro-
dutoras de registros MARC adotavam normas locais, em seus paises, e reforma-
Figura 5.4 Continuagéo tavam seus registros em conformidade com 0 UNIMARC, para intercambio inter-
nacional. Recentemente, porém, varios fomecedores importantes dc registros
nurnéricas. Nesse contexto, também temos dc conternplar as bases de dados MARC concordaram em ernpregar o formato USMARC, de modo que é provavel
referenciais. Estas, embora possam ser classificadas como bases de dados do que, muito rapidamente, este venha a se tomar 0 padrao internacional. Portan-
referéncias, no sentido de que oferecem uma indicacao para se chegar a infor- to, 0 texto que se segue examina 0 formato USMARC.
macoes adicionais, freqiientemente sao também bases de dados de fpntes, pois O formato MARC inclui até 61 elementos de dados, 25 dos quais sao recupe-
podem contar 0 texto integral de um cadastro que fosse consideraclo como um rave is diretamente durante as buscas. O formato é compativel com a ultima edi-
documento-fonte. As bases de dados de fontes, portanto, podem incluir 0 texto gao das Regras de Catalogacfio Anglo-Americanas e a edieao mais recente da
integral de artigos de periodicos, boletins, noticiarios, dicionérios, cadastros e Classiflcacao Decimal de Dewey, sendo previsivel que venha a softer modifi-
outros materiais-fonte. Muitas, mas nao todas, possuem equivalente impresso. cacoes, a fim de se adaptar a novas edicoes destes instrumentos de trabalho.
Algumas nao abrangem 0 conteudo completo de seu equivalents impresso, pois O formato MARC compreende duas segoes: a secao 1, que contém informa-
oferecem somente uma cobertura seletiva. coes clescritivas dos dados bibliograficos; e a secao 2, que contém os dados
bilJllOg1'§lfiCOS'p[‘OpriBl‘l”l€l'i[€ ditos: V
5.4 Formatos de registro bibliografico
- rotulo do registro
Todos os registros num arquivo possuem um formato-padrao. A tim de facilitar ~ diretorio
o intercfimbio de registros entre diferentes sistemas informatizados, foram
BASES DE DADOS 119
1 18 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA n~1FoRMAcAo
das secundarias de titulo, indicar 0 numero dc caracteres a serem desprezados na
~ campos dc controle ' alfabetacao dos titulos, e mostrar se certas informacoes, como edicao e im-
~ campos do dados dc tamanho variavel. prenta, se relacionam com uma parte ou com 0 todo dc obra em mtiltiplas par-
tes. Por exemplo, no campo destinado ao cabecalho de entrada principal dc au-
Os campos abrangidos pela secao 2 e que, portarito, contém os dados bibliogra-
tor-entidade, utilizam~se os seguintes indicadoresjunto com o paragrafo 110:
ficos, sao todos dc tamanho variavel. Por isso, é preciso sinalizar 0 comeco e 0
fim dc cada campo. Assim, cada campo é precedido de um paragrafo [tagi de 110.00 Entrada invertida de autor coletivo
trés caracteres e dois indicadores numéricos, e termina com um delimitador 110.10 Entrada de governo
especial. Os paragrafos consistem em trés algarismos, situados na faixa 000- 110.20 Entrada em ordem direta dc autor-entidade.
945, c tem uma estrutura mnemonica, pois obedecem a mesma seqtiéncia do
registro cataiogréfico, e os paragrafos das entradas secundarias refletem os Muitos campos num registro catalografico contém unidades distintas menores,
paragrafos dos cabecalhos principais. Os campos dc tamanho variavel sao conhecidas como subcampos. Os usuais na area de pubiicacao (imprenta) sao:
agrupados cm biocos de acordo com o primeiro caractere do paragrafo: lugar dc publicacao, publicador (editora) e data de publicacfio. Todos os sub-
campos sao precedidos de um codigo de subcampo, que consiste num iinico
lxx Entradas principais simbolo (por exemplo, ‘S’) e uma Cmica letra. Uma area dc publicacao seria
2xx Titulos e parégrafo do titulo (titulo, edicao, imprenta) codificada assim: ‘260.00 $21 Sac Paulo Sb Melhoramentos Sc 1993’.
3xx Descricao fisica, etc. Os codigos de subcampo sao definidos no contexto do campo em que sao
4xx lndicacao dc série empregados, mas codigos similares sao usados em situacoes paralelas. Por
Sxx Notas exemplo, os codigos de subcampo para um nome pessoal sao consrtaantes, inde-
6xx Campos dc acesso de assuntos pendentemente dc ele ou ela ser autor ou assunto, principal ou secijndario,
7xx Entradas secundarias exceto assunto ou série Concluida esta explicacao sobre campos de dados dc tamarilio variavel,
Sxx Entradas secundarias de série voltemos a secao I. Os campos de controle sao a iinica pane da sfi:<;5o 1 que e’
9xx Dados cle local. inserida pelo catalogador. Contém dados como: mlimero de co_ntrole"do rcgistro
(por exemplo, ISBN), lingua do texto, codigo de nivel intelectual, codigo do pais
Criam-se paragrafos para campos especificos pela insercfio dc digitos nas duas
dc publicacao, e o controle do acesso ao registro principal.
ultimas posicoes. Assim, por exemplo, adotam-sc os seguintes paragrafos:
Cada registro comeca com um rotulo e um diretorio, ambos fornecidos pelo
programa. O rotulo contém informacoes sobre o registro, como, por exemplo,
100 Entrada principal de autor pessoal
seu tamanho e situacfio (novo, modificado, etc.), tipo e classe. O diretorio é uma
110 Entrada principal de nome-entidade [autor coletivo]
lista de localizacao que relaciona, para cada paragrafo, o paragrafo, o nfimcro
240 Titulo uniforme de caractcres do campo e a posicao do caractere inicial dentro do registro.
245 Titulo e indicacao de responsabilidade A estrutura do registro MARC é deliberadamente complexa, para pennitir 0
250 Edicao e indicacao de autor, organizador, etc. da edicao maximo de flexibilidade. Quase todo elemento pode ser usado como ponto de
260 imprcnta.
acesso, é cada eiemento ter qualquer tamanho. Tal complexidade foi prevista
Além disso, 0 nome de_ um autor pessoal em geral leva ‘O0’ na segunda e numa época em que a norma eram os catalogos impressos ou em microfilme.
terceira posicoes, de modo que, por exemplo, Esse formato dcu enorme contribuicao a padronizacao e it cornunicacao por rc-
des, mas ha quem creia que chegou a hora de reavaliéi-lo. Talvez um formato
I00 é usado para uma entrada principal de autor pessoal diferente seja mais apropriado num ambiente onde predominem os catélogos
600 é usado para uma entrada de autor pessoal como cabecalho de assunto em linha dc acesso publico. A figura 5.2 (p. I08) mostra um registro MARC.
700 é usado para uma entrada secundaria dc autor pessoal.
Reflexao Qual a funcao de cada um dos itens de codificacao do for-
Cada um dos campos principais contém também dois indicadores de campo, mato de registro MARC?
que sao algarismos de um digito colocados em seguida ao parégrafo e exclusi-
vos do campo ao qual sao atribuidos. Empregam-se os indicadores para distin-
guir ti pos diferentes de informacoes inseridas no mesmo campo, acolher entra-
1l

BASES DE DADOS 12]


120 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA 1NFoRMA¢Ao
encontram-so duas categorias diferentes de sistemas: bases cle dados que so
O Formato Comum de Comunicagzio acham disponiveis para 0 publico e sistemas dc uso localizacio suportados por
Existem muitos forrnatos dc registros bibliograficos. As descrigoes bibliogra- pacotes de programas.
ficas adotadas por esses formatos difercm grandemente entre si, dependendo dc No caso das grandes bases dc dados acessiveis ao publico, sao poucas as
sua origem. Os servicos dc indexacao e resurnos empregam regras de descricao pressoes no sentido de que seja aceito um formato-padrao, e cada produtor,
bibliografica difcrentes das adotadas na cataiogacao feita em bibliotecas. O geralmente, escolhe um formato de registro que seja adequado a essas bases de
formato MARC, que é utilizado como formato de intercambio por importantes dados. Até mesmo pode ocorrer que uma mesma base dc dados se apresente
bibliotecas, pressupoe como norma a Descricao Bibliografica Intemaciorial com diferentes formatos de registro conforms o servico dc buscas em linha que
Normalizada [International Standard Bibliographic Description (1SBD)]. Por a torne disponivel. As decisoes cm cada caso sao tomadas tendo em vista os
outro lado, os services de indexacao e resumos (mas nao todos) adotam o campos a serem incluidos c a indexacao temzitica oferecida. Contuclo, outra va-
manual dc rcferéncia UNISIST, que prescrcve seus proprios designadores de riavel que se coloca é a presenca de bases dedados dc texto integral, e, mais
conteudo para as descricoes bibliograficas dc varios tipos do materiais. Esses recentemente, de multimidia, que pedem um formato de registro um tanto difel
dois importantes formatos definem, organizam e identificam os elementos de rente dos registros bibliograficos para que as informagoes sejam apresentadas
dados dc modo diferente c se baseiam em diferentes conjuntos dc codigos. dc forma adequada.
Dessa forma, tern sido dificil ou praticamcnte impossivel reunir num imico ar- Os formatos de registro que se encontram em sistemas locais suportados por
quivo registros bibliograficos procedentes de origens distintas. O Formato pacotes de programas sao intimeros e variados. A maioria desses pacotes de
Comum de Comunicacao [Common Communication Format (CCF)] foi proje- programas oferece sistemas de catalogacao que aceitarao um formato dc regis-
V ‘a
- sin2.
taclo, entao, com o objetivo de facilitar a comunicacfio de dados bibliograflcos tro MARC ou que produzirao registros que sejam compativeis com o mesmo
entre sctores da area de informacao. Em comum com 0 MARC, 0 CCF constitui formato MARC. J a outros nao oferecem essa opcao. Praticamente todos os paco-
uma implementacao especifica da norma ISO 2709. Assim, ele: tes de programas oferecem a seus compradores a oportunidade de desenvolver
um formato de rcgistro que seja adequado a uma aplicacao especifica. Assim,
- especifica um pequeno numero de elementos de dados obrigatorios, aceitos é possivel haver em sistemas locals uma grande variabilidade de formatos de,.
como essenciais para a identificacao dc um item registro, a medida que se implementam projetos dc acordo com os parametros
- proporciona elementos obrigatorios que sao suficientementc flexiveis para estabelecidos pelos varios pacotes de programas. *- » v
'_ .
comportar diferentes maneiras adotadas na descricao bibliografica 1
- proporciona varios elcmentos optativos l.
Metadados
- permite a instituicao onde se origina o registro incluir elementos nac-
padronizados mas que sejam considerados uteis em seu sistema Metadados quer dizer dados relativos a dados. Os registros bibliograficos sao
' proporciona um rnecanismo para ligacao de registros e segrnentos dc regis- um tipo dc metadados. Cada vez mais, porém, eles vém sendo empregados no
tros sem impor a instituicao que lhes da origcm um método unifonne rela- contexto mais especializado de dados que se referem a recursos digitais dispo-
tivo ao tratamento dc grupos dc registros ou clementos de dados afins. niveis numa rede. Os rnetadados também diferem dos dados bibliograficos ou
catalograficos porque a informacao dc localizacao acha-se contida no registro
No Formato Comum de Comunicacao, cada registro compreende quatro panes: de modo a possibilitar 0 fornecimento direto do documento a partir de pro-
gramas aplicativos apropriados, ou, em outras palavras, os registros podem
- rotulo de registro contar informacoes detalhadas quanto ao acesso e enderecos da rede. Além
- diretorio disso, os registros bibliogrzificos sao projetados para que os consulcntes os
- campos dc dados utilizem nao apenas quando estiverem avaliando a relevéncia e dccidindo se
- separador dc rcgistros. desejam localizar 0 recurso original, mas também como um identificador imico
do recurso, de modo que possam solicita-lo —- rccurso ou documento —- numa
Outros formatos de registro bibliografico em aplicacoes forma que tenha sentido para a pessoa a quem a solicitacao. for entregue. Essas
néio-catalograificas 1 funcoes continuam sendo imponantes. Os mecanismos de busca da Internet
Além das aplicacoes em que se adotam formatos padronizados, existem vzirias (ver capitulo 8) empregam metadados nos processos de indexacao que adotam
outras que lancam mao de formatos nao-padronizados. Fundamentalmeme, para indexar recursos da Internet. Os metadados precisam ter condigoes do

. ._. -,._, ‘_r


i

122 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO BASESDE DADOS 123

descrever loclalizagfies e versoes de documentos que estejam em pontos re-


motos, bem como adaptar-se a faita de estabilidade da Internet, dados redun- Registru Apontadur Registro Apumador Registro kpunmdor
dantes, perspectivas diferentes quanto a granularidade da Internet (0 que é um
documento, ou um rec urso?), e localizaeoes diversas em varias redes diferentes.

5.5 Estruturas das bases de dados Registro Apontador ‘Regime Apontador


A forma mais rudimentar de busca numa base de dados é percorré-la, regisrro
por registro, a procura do elemento de dado apropriado. No caso de grandes
arquivos, na etapa atua! dos conhecimentos, isso seria moroso, pelo que foram Figura 5.5 Uma iista eniagada unidireciona!
desenvolvidos métodos alternatives para a Iocalizaeao de registros especificos.
Os servigos de buscas em linha e outras aplicagtoes que empregam sistemas varios indices para apontar registros no campo principal. Muitos de tais siste-
de gerenciamento de documentos sempre utilizaram 0 método de arquivo in- mas empregam arquivos invertidos.
vertido, descrito mais adiante, e que é iitil nas buscas em bases de dados textuais
complexas, pois quem faz as buscas ignora a forma como a chave dc busca foi Arquivos invertidos
inserida na base de dados e, fundamentalmente, precisa adivinhar aquela que
parece ser a mais apropriada. O arquivo invertido é similar a um indice. No método de arquivo invertido pode
Os sistemas de processamento de rransaeoes, como os de gerenciamento de haver dois ou trés arquivos separados. Aqui, tendo em vista a apreensfio do
bibliotecas, reservas de passagens e informagao de vendas e mar/cet-ing podem conceito basico, descreveremos 0 método de dois arquivos, que ernprega 0
I
também empregar esse método para localizar registros especificos numa base arquivo de texto ou impresso e o arquivo inverso ou de indice.
de dados, os quais, porém, também precisam de um mecanismo que faqa a O arquivo de texto contem os registros propriamente ditos. O arquivo de
ligaqao entre uma série de d istintas bases de dados, de modo que as informagoes indice proporciona acesso a esses registros. O arquivo de indice contérn um
sejam extraidas de mais de uma base para serem exibidas no monitor ou im- registro de cada um dos termos indexados de todos os registros constantes da
pressas. Este requisito imposto aos sistemas de processamento de transagbes base de dados, dispostos em ordem alfabética. Cada termo é acompanhado de
acarretou o desenvolvimento de estratégias de otimizapiio do projeto dc bases inforrnagzfies sobre sua freqiiéncia de ocorréncia na base de dados, 0 arquivo
de dados. A seguir descrevemos alguns desses métodos. onde se acha locaiizado, 0 registro no qual esta inserido, e possivelmeme Outras
infonnagoes quanto a localizagfio, como o paragrafo (ou campo) no qual se acha
Listas enlagadas unidirecionais presente. Ao acrescentar um novo registro a base de dados, é precisa atualizar
o arquivo de indice. .
As iistas enlagadas unidirecionais sao uma forma simples de iocalizar um re- Esses arquivos sao empregados de modo conjunto durante as buscas na base
gistro especifico. Tratamos deias aqui com 0 objetivo de oferecer uma base para 1 de dados. Se 0 usuario estiver interessado em fazer uma busca, por exemplo,
0 exame, mais adiante, dos arquivos invertidos. As listas enlagadas unidire- sobre a palavra ‘mums’, digitara 0 termo no teclado e o sistema proeurara esse
cionais usam um campo-chave, por exemplo, 0 campo dc autor, para localizar termo no arquivo de indice. Se o termo nio estiver presente no arquivo de
um registro especifico. Os registros podem ser dispostos em ordem peio campo- indice, o sistema responderé. indicando que nao existem ocorréncias desse ter-
chave, embora isso seja inconveniente numa area sujeita a mudangzas. O mais mo. Se for encontrado, o usuario seréi informado sobre quantas ocorréncias, ou
comum é os registros serem arrnazenados numa ordem diferente, empregan- langamentos, do termo existem na base de dados. Para que os registros sejarn
do-se um sistema de apontadores para representar 0 arranjo. O processamento exibidos, utiliza-se a localizaqfio no arquivo de texto para iocalizar registros
e’ feito seguindo-se esses apontadores. A figura 5.5 contém um diagrama disso. l
nesse arquivo.
Este método baseia-se numa (mica chave e nao sera satisfatério se a busca No caso da utilizaeio de trés arquivos, existe um arquivo intermediario que
for realizada em outro elemento de registro. Por exemplo, quando 0 campo- permite que a digitagao dos termos de busca no teclado seja conferida rapidit-
chave é 0 de autor, os apontadores nfio suportarao buscas nos campos de titulo mente, e apresentado na tela 0 mimero de ocorréncias. lsto é particuiarrnente
ou assuntos. Exige-se que muitos sistemas suponem buscas em mais de uma Util no caso de buscas complexas que envoivam o uso dos registros do arquivo
chave, pelo que foram desenvolvidos sistemas multiindexados que empregam de indice para vérios termos de busca.
5
1
I
I
-l

BASES DE DADOS 125


124 mraoouclio A TECNOLOGIA oa INFORMACRO
I Uma base de dados é uma coleeao bera0 1 e intevrada
U de dados junto com a
u.r _.-_.-'.-.
-a
O objetivo da descrigao acima é oferecer uma introdugao simples ao con-
ceito basico de arquivo invertido. Na pratica, as estruturas de arquivos podem descrigao deles, gerenciada de forma a atender a difeffintfis I1¢C@55idfld¢5 dB
ser mais complexas. Por exemplo, para que seja possivel fazer buscas de tennos seus usuarios.
que guardem proximiclade com outros termos (por exemplo, termos separados 2 U lTl sistema de gerenciamento de bases de dados (SGBD) é o sistema que
por duas outras palavras), o arquivo de indice devera conter informaqao sobre l gera opera e mantém bases de dados, e, como tal, deve incluir todos os
l

as posiobes das palavras dentro de um campo para cada termo. programas necessarios para essa finalidade.
Muitas vezes os arquivos invertidos sao criados para varios campos dentro 3 Um modelo de dados esp ecgflca as 1-eo1'ElS
D
segundo as quais os dados sao
de um registro. No entanto, nem todos os campos sao em geral indexados, pois estruturados, bem como as operaqoes correlatas que sao permitidas. Po-
cada indice ocupa espago de memoria no disco; os indices sao criados para de ser tambem visto como uma técnica para a descrigao formal de dados,
aqueles campos em que regularmente se reaiizam buscas. Usualmente criam-se relagfies entre dados e limitaebes de uso.
arquivos inverticlos para nomes cle autores, palavras dos titulos, termos de
Caracteristicas das bases de dados
indexaoao de assuntos e formas abreviadas de autor e titulo.
A estratégia de recuperagao acimadescrita depende de sua possibilidade de Uma das finalidades principals de uma base de dados é que 05 dados due ela
recuperar registros especificos e subseqllentemente identificar campos dentro l contérn sirvam a uma variedade de aplicaqoes distintas. Para que isso 5€]8 pos-
-l
desses registros. Extensos registros de texto integral precisam ser subdivididos sivel é importante que a base de dados apresente as seguintes caracterlsticas:
7

em paragrafos e a estes devem ser atribuidos identificadores, antes de se come-


gzar a indexar. Alternativamente, as posigzoes de palavras especificas no arquivo 5
I Ser substancialmente nfio-redundante, isto é, possuir 0 minimo Ide duplici-M
a dade de dados idénticos, de preferéncia nenhuma. Essa duplicidade acar-7%:
podem ser usadas como identificadores. _
Algumas bases empregam arquivos de autoridade, na forma de listas de en- reta dificuldade para se manter a consistencia de dados, prmcipalmente du-g;
tradas de autor ou cabeealhos de assuntos, ou tesauros. Neste caso, havera uma rante a atualizaoao, e o desperdicio dc espaeo de armazenamento.
Eigaeao entre o arquivo de indice ou 0 arquivo de termos e a lista de autoridade, 2 Ser independente de determinado programa (conceito conhecido. como '3}v1.
independéncia de dados), de modo que os dados possam ser transferldos ou _
de modo que sejam exibidos os termos autorizados e as rela<;6es entre eles. -t<-<. ¢,. .
reestruturados sem a necessidade de fazer alteraooes nos pr0g,rHmflS-
Reflexéo Silo necessaries arquivos de autoridade para criagao de 3 Ser utilizavel por todos os programas.
indices de documentos textuais? 4 Incluir todas as inter-relaeoes de dados que forem necessarias, de modo a
c
-
s "P ortar a variedade de usos que podem ser atribuidos aos dados.
O desenvolvimento de estruturas de bases de dados 5 Possuir um método comum de recuperaqao, insergfio e correeao de dados.
I
Nos primordios da informatlca, os sistemas destinados a empresas e bibliotecas DIH lq.u’e. eaishtelal ptossibilidade de a duplicidade de dados
funcionavam com uma série de arquivos-rnestre especificos, abrangendo, por causar lnconsisténcias nos registros de dados? (Pense no
exemplo, no caso de bibliotecas, leitores registrados e livros do acervo, ou, no processo de atualizagéo.)
caso de empresas, folha de pagamento, vendas e invenlario. Quando as empre-
sas utilizavam computadores em diferentes aplicapoes e nem todas as ativida-
des que poderiam ter sido estavam infomtatizadas, isso funcionava satisfato- Dados logicos e fisicos
riamente. No entanto, logo flcou evidente que programas destinados, por exem- N 0 método de base de dados, embora a base propriamente dita possa estar arma-
plo, ao controle de circulaeao numa biblioteca precisavam acessar dois arqui- zenada fisicamente como um conjunto de arquivos, os usuarios e os apllflfltv/08
vos diferentes, ou até mais, e que seria apropriado comeear a examinar as rela- nao precisam saber sobre o arrnazenamento flsico dos dados. Armazenada com
goes entre esses arquivos. lsso levou a introdueao do conceito de base de dados, os dados encontra-se uma descriqao da base de dados que permite ao SGIZD
junto com o programa destinado a gerencia-la, conhecido como sistema de recupera r informaeoes e armazenar novos dados em lugares apropriados
_ E1
gerenciamento de bases de dados. Tornou-se entfio necessario estudar a melhor base estabelecendo relagzoes com outros dados, se forem penlnenies 08
I

maneira de estruturar os dados ou desenvolver modelos de dados que super- aplicativos nao acessam diretamente a base de dados; ao contrario, transferem
tassem aplica<;6es especificas. De modo mais fonnal: as consultas ao SGBD para que recupere ou armazene os dados. Em essencial °
SGDB e orientado aos dados. Essa mudanga para a orientagao aos dados atribuiu
¥ 1

126 mrnooucflo A TECNOLOGIA DA INFORMACAO BASES DE DADOS 127

muito maior importéncia a modelagem de dados e ao projeto de base de dados, Bases de dados relacionais
ficando o armazenamento fisico dos dados por conta do SGBD e nao do proj etista As bases de dados relacionais empregam um tipo de estrutura de base de dados
de aplicativos do sistema.
l que tem sido amplamente utilizado em sistemas de bases de dados. Nos siste-
mas relacionais, as informaeoes sao mantidas num conjunto de relagoes on
Reflexao Explique a diferenga entre estruturas fisicas e légicas de
tabelas. As fileiras das tabelas equivalem a registros, e as colunas, a campos. Os
bases de dados.
dados nas varias relaeoes sao interligados mediante uma série de chaves. A
figura 5.7 mostra um exemplo simples de uma relagzao conhecida como
Estruturas logicas de bases de dados
catalogag;fio—livro. Nesta relagao 0 ISBN e’ a chave primaria e pode ser usado em
Quando é preciso acessar uma série de arquivos interligados, como num sistema outras reiagoes para identificar um livro especifico. Por exemplo, se manti-
de gerenciamento de bibliotecas, deve-se dispor de diretrizes para alocar dados vermos a relaeao encomenda—livro, o ISBN funcionara como um vinculo com a
a arquivos especificos no sistema da base de dados e definir os melhores l; relaeao encomenda—livro. Se desejarmos preencher um forrnulario de enco-
vinculos ou chaves entre os arquivos. Sao trés os principais tipos estruturais de I menda com informagoes do arquivo de encomendas, sera possivel extrair do
bases de dados e SGBD correlate: hie:-arquicas, em rede e relacionais. arquivo de catalogo dados relativos a cada livro, que serao impressos nos for-
mularios de encomendajunto com dados oriundos do arquivo de encomendas.
Bases de dados hierérquicas As bases de dados relacionais sao construidas com o ernprego de uma
l
técnica de anzilise de dados chamada ‘normalizacao‘. A normalizacao é usada -9 .
As bases de dados hierarquicas sao estruturadas como um arranjo arborescente. F para decompor os dados em tabelas de modo que os campos de cada tabela~ <55-
\ 5”"

Cada item de dados localiza-se num item de dados de nivel superior. Assim, se \ u.
-t
a base de dados contiver informaeoes sobre os empregados da empresa, elas sejam depenclentes apenas do campo-chave e nao se vinculem a qualquer outra in‘-%
chave. As rela<;6es sao representadas por duplicagéio dos itens de dados. A
U serao organizadas por fabricas, departamentos e em seguida os empregados dos l
l normalizaeio permite que sejam feitas insergoes, eliminagoes e correcoes de
diferentes escaloes. Tal método permite a rapida recuperagao dos dados, desde a.-iJ.-v_~?s
dados sem conseqiiéncias indesejaveis.
que se conhecam as inforrnagoes de nivel superior, como o departarnento onde‘ l -P1
0 empregado trabalha. Se essas inforrnaeoes nao forem conhecidas, sera dificii ;j;
fazer buscas numa estrutura hirarquica. Para todo livro catalogado havera in-
Ocorréncias da reiagio catalogagao-livro
formagoes relativas a cada exemplar e cada reserva no primeiro nivel da hierar-
quia. Para cada exemplar do livro, havera informaebes sobre empréstimo bem ISBN Titulo Aulor Ano
O-B2112-462-3 Organic chemistry A.j. Brown 1989
como sobre a pessoa a quem 0 livro foi emprestado, que incluirao dados sobre 1987
D-34131-460-7 Alchemy R.M. Major
a situacao do empréstimo. Para cada reserva havera informaeoes sobre em 1.
S. Estelle 1988
U-69213-517-3 Expert systems"
nome dequem foi feita a reserva, e, novamente, dados sobre a situagfio do em- l:
D-93112-462-1 Computer science S. Estelle 1989
préstimo. Nesse modelo os dados serao acessados por intermédio cle ‘livro 9-71143-S26-6 Bibliography I. johns 1991
catalogado’. Para encontrar dados sobre determinada pessoa, por exemplo, sera
preciso vasculhar a base inteira, pois nao havera acesso direto pela pessoa. Ocorréncias da relacao encomenda—|ivro
Pedido n9 ISBN Quantidade encomendada
Bases do dados em rede 678 O-82112-462-3 1 l
678 U-84131-460-7 4
O método de rede baseia-se em vinculos explicitos ou apontadores entre enti-
678 0-69213-517-8 20 i
dades afins. O modelo de rede mais conhecido e’ o Codasyl. Esta abreviatura
679 U-93112-462-1
signiflca Committee on Data Systems Languages, que é o orgéio responsavel
680 O~82112-462-3
pela concepqiio desse modelo. No modelo em rede existe entre os itens cie dados O-71143-526-6
681 IUD-|I\J
nos varios niveis um vinculo mais direto do que no modelo hierarquico, por
meio do emprego de apontadores que ligam os dados em niveis diferentes. O
Figura 5.7 Duas relacées simples
método de rede requer um grande niimero de vinculos entre os itens de dados,
que ocupam uma parcela considerzivel de espaeo de armazenamento.
BASES DE DADOS 129
I28 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO

Estruturas de bases de dados multimidia QUESITOS or nevisiio


As bases de dados multimidia colocam novos desafios no que tange a sua estru- 1 Explique a diferenga entre estruturas de rcgistro baseadas em
tura. Como fotografias, animacao, som, texto e tabelas de dados possuem ne- campos de tamanho variavel e as de campos dc tamanho fixo.
cessidades de armazenamento muito diferentes, os sistemas de gerenciamento 2 Relacione os diferentes tipos de bases de dados bibliogréficos.
cle bases multimidia procuram empregar uma gama de teenologias, como a tec- 3 Por que 0 formato MARC é importante?
nologia relacional para tabelas, bases de dados textuais para docurrientos, e 4 Descreva sucintamente:
dispositivos de armazenamento de imagem para graficos e animacao. Um pro- - uma lista enlacada unidirecional
blema crucial é processar itens nao-textuais, como desenhos e imagens em - um arquivo invertido.
movimento. Em midia de tempo variavel, os padroes de video digital interativo 5 Quais as principals estruturas logicas de bases de dados? Quais as
proporcionam acesso por quaclros. Para acesso mais elaborado, as imagens tém vantagens e desvantagens cle cada uma?
de ser indexadas com palavras-chave, como se fossem documentos textuais.
Bibliografia
Estruturas de bases de dados orientadas a objetos
Formato de registro MARC
Os slstemas de gerenciamento de bases de dados orientadas a objetos (SGBD- Anderson, D. Siondordproctices in the preparation ofbibliographic records. London:
O0) oferecem recursos para armazenamento de itens criados por programas [FLA UBCIM, I989. (UBCIM Occasional Papers 13)
orientados a objetos. Uma vez que objeto é uma coleciio complexa de itens de BED15. Report ofthe Working Party ofthe UK Book Trade Electronic Dara Interchange
dados, que se definem como estanclo relacionados com outros objetos, os SGBD- Standards Committee. London: Whitaker, 1990.
00s precisam oferecer recursos para grandes objetos que sao organizados em Bierbaum, E.G. MARC in museums: applicability ofthe revised visual mat¢tifil$ f0l'm@1l-
hierarquias segundo suas relaeoes com outros objetos. Essas estruturas Information technolog and libraries, v. 9, n. 4 p. 291-299, Dec. I990.
possuem algo em comum com 0 modelo hierarquico. A tecnologia SGBD-OO Boume, R. UKMARC - a format for the 21st century. New library world, v. 93, n. l I01,
ainda esta em desenvolvimento, sendo improvavel que venha a tomar o lugar p. 4-8, 1992.
Gredley, E.; Hopkinson, A. Exchanging bibliographic data: .MA/((1 and other inierriar-
da tecnologia relacional nas aplicacoes comerciais tradicionais. pois nao
ionolformnts. Ottawa: Canadian Library Association; London: Library Association,
oferece as mesmas vantagens de gerenciamento de dados. No entanto, quando 1990.
os itens dc dados sao complexos e heterogéneos, como ocorre nas bases de Holt, B.P. et al. (ed.) UNIA/L4l<‘(I manual. Londoni IFLA UBCIM, I987.
dados multimidia, talvez 0s SGBD-O0 sejarn uma possibilidade interessante. McCa]lum, S.H.; Roberts, W.D. (ed.) tINImR(.' in theory and practice: popersfionz the
(INIMAMF Workshop, Sydney, Auslra/Ia, August 1988. London: IFLA, 1989.
RESUMO Plessard, M.-F. The Universal Bibliographic Control and International MARC Program-
me. international cataloguing and bibliographic control, p. 35-37, 1990.
Os dados no computadorsao armazenados em arquivos, que abrangem uma sé- Sweeney, R. Survey of the use of UKMARC 1991: selected results. New library world. V.
rie de registros subdivisiveis em campos. Chama-se base de dados um grupo des- 92, n. 1097, p. 5-9, 1991.
ses arquivos ou determinado arquivo que suporte aplicacio especifica. Ha viirios
tipos de bases de dados, inclusive as bibliograficas e de fontes. As bases de dados Outros formatos de registro e estruturas de bases de dados
de referéncias incluam as de dados bibliograficos e de dados catalograficos. A es- Asbford, J.A.; Willet, P. Text retrieval and document databases. Bromley: Chanwell
trutura do registro influi na forma como os dados serao posteriormente recupe- Bratt, 1989.
rados. Os formatos MARC e CCF sao formatos de registro especiais encontrados em Diericl-;_x, H. The U'N1SlST reference manuals and UNIBID standardisation for develop-
bases de dados bibliogrzificos. Ha vairios formatos de registro em outras aplica- ment. Program, v. 17, n. 2, p. 68-85, 1983. .
t;6es. Para recuperar os dados é preciso que as bases sejam estruturadas e inde- 1% Hopkinson, A. Reference manualfor machine-readable bibliographic descrip-
xadas adequadamente. Os arquivos invertidos sao bastante adotados em siste- tioris. Paris: Unesco/General Information Programme and UNISIST, I981.
mas de gerenciamento de bases dedados, que adotam um de trés métodos na es- Flynn, R. An introduction to information science. New York: Dckker, 1937-
truturagao logica das bases: hierarquico, em rede e relacional. As bases multi- Kemp, A. Knowledge based systems. London: Aslib, 1990.
Oxborrow, E.A. Databases and database systems: c0ttCepl.r and issiies. Bromley:
midia e orientadas a objetos sfio imporlantes em aplicagoes especiais.
Chartwell Bratt, 1991.
PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAC/KO 131

dc 0 plancjamemo do sistemas estar totalmente integrado com 0 processo do


planejarnento estratégico da organizagéo. As questoes especiais relativas a
acesso pflblico, sistemas e produtos muitimidia serfio abordadas sucintamente.
Uma segéo final focaliza algumas das questoes bésicas do dia-a-dia do geran-
ciamento de sistemas, como sua manutengéo e 0 suporte aos usuzirios.
Projeto e gerenciamento do sistemas
de informagéio 6.2 O ciclo de vida dos sistemas
Pode-se visualizar um sistema como se ele tivesse um ciclo de vida que passasse
por vérias fases uniformes. Em cada uma dessas fases exigem-se diferentes
OBJETIVOS atividades dc gerenciamento. A figura 6.! mostra as fases bésicas. Em primeiro
lugar, é feita uma anéiise com a finalidade de estabclecer os requisitos do sis-
Este_capiiu|o tra_£a de questoes ligadas é instalagéo e manutengéo de sistemas do infor- tema e as opgoes disponiveis em termos do projetos de sistemas. Em seguida, na
maoao.'O olanejamento eficaz desses sistemas é essencial para sua operagéo eficien- fase do elaboragfio do projeto, desenvolve-so um sistema especifico que sirva é
te. Ao lermmo deste capitulo vocé estaré aplo a: aplicagfio desejada. A implementaofio leva £1 evolugzio operacional, durante a
qual 0 sistema alcanga seus objetivos e é modificado de tempos em tempos, a firn
- reconhecer as etapas do ciclo de vida do sistema do se ajustar a pequenas mudangas de requisitos. Por fim, 0 s1stema acaba se
- revelar fam:I|ar|dade com as c|nco etapas do desenvolvimento de sistemas tornando menos eficaz do que era inicialrnente, seja devido a falhas mecamcas Em
3*‘:-r

- compreender a n|atu.rez‘a da especlflcaoao de requssitos de um sisiema ou do outro tipo, seja porque 0 ambiente sofreu modificagoes e o sistema néio -4% -=2
- reconhecer as pnnopass etapas da fase de |mplementa:;éo consegue evoluir de modo a dar conta dessas mudangas. Também é possivel
'-n

- reconhecer a nocessldade de levar em conta caracteristicas ergonomicas e 0 deixar que a deterioragio siga seu curso enquanto se planeja um novo sistema. Wt’!
pF0]8lO da estagao de trabalho e do Iocal do trabalho I A etapa final do ciclo vital do sistema é representada por sua substituigiio. A u',_*
- reconhecer a fungéo do projetista de sistemas \_ iv duraoiio dc cada uma dessas etapas variaré ole um sistema para outro. Na reali-
- avahar a fungéo das metodoiogias de sistemas de informagéo e ferramentas CASE M dade, embora seja desejzivei que a fase de evolugio operacional tenha sempre a , |
- recoohecer o conoelto de plonojamenlo estratégico de sistemas de informaoéo maior duragfio possivel, peio menos de alguns anos, algumas das outras etapas,
- >:~

~ avahar ao ouestoes esoec:a|s llgadas ao pf0]8t0 de sistemas e produlos de como a de anélise, podem durar apenas algumas horas ou chegam a durar moses
acesso pubhoo e em muihrnidia e até anos. A vida dos sistemas informatizados é relativamente breve. Mudangas
' _e lera exafnmado algurnas das questoes ligadas ao gerenoiamento rotineiro de sis- tanto no ambiente quanto na tecnologia contribuem para a deterioraofio e a
temas de mformagéo. i substituigfio dos sistemas informatizados.
6.1 lntrodugéo
1! Anélise —> Projeto -> Implementagio »> Evolugéo operacional —>
' Deterioragéo -> Substituigio
Os sistefnas de informagzfio precisam ser gerenciados de modo eficaz, a fim de
proporcnonar SBl"Vl(}0S fiteis. Este capitulo trata de alguns dos principais pro-
blemas e métodos relativos ao gerenciamento de sistemas de informagfio, com Figura 6.1 O ciclo de vida dos sistemas
especial destaque para as etapas reiativas é implementagfio do um novo sistema
informatizado, uma vez que isso representa, com certeza, um projeto de certa Reflexéo Trace 0 ciclo de vida de um sistema informatizado que vocé
envorgadura. No entanto, também é necessério gerenciar 0 sistema em seu dia- conhega, mostrando a duragio de cada fase.
afdla. Este capituio comega, especificamente, analisando 0 ciclo de vida dos
slstemas. Em seguida, trata do projeto de desenvolvimento do sistema, como 6.3 Desenvolyimento de sistemas
fundamento para a anélise metodica dos requisitos que dele so exigem, e para a
elaboraofio do projeto e implementaqfio de um sistema novo. Apresenta-se o O desenvolvimento dc sistemas abarca tanto os aperfeiqoamentos baseados no
conceito dc uma metodologia dc sistemas do informagio, e, numa segfio sobre projeto quanto as mudanoas do natureza evolutiva. Nos sistemas amigos, as
planejamemo estratégico de sistemas do informagzfio, salienta-so a necessidade incompatibilidades entre diferentes geragoes do equipamentos e programas
PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMACAO 133
132 mraoouc/10 A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
geralmente significavam que se encarasse a substituigzao do sistemas como um 1 Definigio de objetivos
projeto de grande envergadura, com o desenvolvimento de metodologias basea- Efaboragao dos termos do referéncia; a anélise das necessidades iniciais, como
das fundamentalrnente no projeto. O método baseado em projeto continua sen- P uma proposta de estudo, leva ao estudo de viabilidade, inclusive a avaliagao de ‘
do um elemento importante no desenvolvimento de sistemas, quando as orga- ll opgoes e anélise de sistemas existentes. ‘
nizagoes implementam a Ultima geragao de urn sistema. O enfoque dos sistemas = 2 Definigao de requisitos do sistema
abenos e o uso mais intenso do padrfies significam que é realista antever um Especificagao dos requisitos dos sistemas.
desenvolvimento evolutivo de sistemas, em que eles serao substituidos e
3 Fase de elaboragio do projeto ’
atualizados de modo incremental. Mesmo que isso venha a ser 0 cenario domi- Modelo Iogico dos sistemas; mod elo fisico dos sistemas; escolha e encomenda ‘
nante, ainda havera ocasioes em que uma atualizaoao dc sistema tera vulto da configuragao de equipamento e programas. ;
suficiente para merecer que seja gerida como um projeto distinto. Ademais, \
mesmo em evolugao, muitas das etapas descritas abaixo poderao ser aplicaveis, 4 Fase de implementagio ‘
§ Planejamento e preparagao; formagao e treinarnento de pessoai; criagao de
embora possivelmente possam ser executadas numa esoala menor.
bases de dados; instalagao dos sistemas; conversao do sistema anterior para o
No caso de projetos ligados a introdugao ou substituioao de sistemas infor- novo.
matizados que sej am de certo vulto, em geral faz-se um estudo formal, a fim de
investigar a natureza e 0 potencial dos novos sistemas disponiveis. 5 Fase de avaliagéo
E provével que as mudanoas nos sistemas do informagiio afetem os padroes r Avaliagéo inicial, monitoragao constante, manutengao e evolugao.
de trabalho e as vezes a natureza do servioo pdblico oferecido pela organizaqfio Y 1-:

a seus clientes. Assim, é do vital importancia 0 criterioso gerenciamento de


i\ Figura 6.2 Resumo das etapas de desenvolvimento de sistemas -L
I."¢
‘. .
qualquer programa dc informatizaoao. Um projeto organizado de desenvolvi-
mento do sistemas contribuira para a implementagao bem-sucedida do sistema. - definigfio de objetivos 0

Geralmente, 0 gerente de informaqao nao se envolve“ com a elaboraoao do - definigao de requisitos do sistema ‘Q

projeto do sistema, mas, sim, com a selegao do sistema ou pacote de programas ~ elaboragao do projeto
que seja mais apropriado. E cada vez mais infreqilente o gerente dc informa<;ao 1 ~ irnplementagao
achar-so gerenciando um projeto inicial de informatizagao, mas, sim, um proje- ' avaliaoao.
to de atualizagao de um sistema ja existente. Em suma, a analise e projeto de A fungao de cada uma dessas etapas encontra-so resumida na figura 6.2.
sistemas sao adotados nos seguintes cases: Nenhuma dessas etapas é independente e tampouco tem fronteiras deli-
- substituiqao de um sistema manual por um sistema informatizado 4 mitadas rigidarnente. As erapas do projeto e implernentagzao, em particular,
- mudanga ou migrapao de um sistema informatizado para outro sistema infor- voltarao a examinar questoes que foram estudadas durante as duas etapas ini-
matizado ciais. E provavel que so volts atras, por exemplo, quando ocorre uma recEab0-
- mudanoas, atualizagoes e ampliaqao do sistemas informatizados existentes. raqao parcial dos objetivos durante a etapa do eiaboragio do projeto. As duas
primeiras etapas — definigao de objetivos e definioao dos requisites dos siste-
Essa metodologia pode ser aplicada para: mas —— podem ser agrupadas como analise de sistemas.
Uma estratégia de projeto do desenvolvimento de sistemas contribui para
- ajudar na escolha e implementaoao do um sistema disponivel no cornércio que haja melhor comunicagao dentro da equipe, além dc proporcionar urn
' para ajudar no projeto e implernentagfio do um novo sistema feito especifi- quadro de referéncia para os novatos que irao participar dos projetos. Etapas
camente sob medida. definidas com clareza ajudam na alocagao de tarefas e no estabelecimento dos
prazos finais. Um piano facilita a avaliaqao do andamento do projeto e contribui
Os gerentes de informagzao em geral lidam corn a primeira dessas duas situa- A4 +._-= v_ para um controle gerencia! mais fzicil.
goes. Nessa contexto 0 foco recai sobre a especiflcagao dos requisitos do sistema
Francamente, so as primeiras trés etapas [evarem a conclusao de que a opgao
e a implementagao dos sistemas. Embora as mctodoiogias do desenvolvimento
mais conveniente é um pacote ou sistema pronto, que inclua tanto equipamcnto
do sistemas possam variar, comumente da-se destaque as seguintes cinco etapas
quanto programas, nao havera necessidade entao de um projeto detalhado. N50
principais:
obstante, mesmo neste caso ha necessidade de so elaborar um projeto, ainda que
-—»- <1- _‘@-
134 mraooucao A TECNOLOGIA DA INFORMACAO PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMACAO 135

talvez 0 mesmo venha a estar orientado principalmento para ajustar um sistoma - quaisquor problomas oncontrados no sistema atual
pronto aos roquisitos do uma organizaoao ospecifica. Do mesmo modo,’quor so - soluooos possiveis
venha a desonvolvor um sistema novo a partir do zoro, quor so vonha a adotar o - ordom do magnitude dos custos das soluqoos possivois
adaptar um sistema ja comprovado, continua sondo importante que haja - bonoficios dos novos sistemas
implomontaoao e avaliaoao cuidadosas. - trabalho nocossario antes quo so possa escolher um sistema
E importante lombrar quo muitas organizagoos roalizam varios projotos do - cronograma aproximado para implementagao do novo sistema
sistemas, ou partes dolos, om diforontos momontos o com rolaoao a diferontes - impaCt0 em matéria do ospaoo, possoal o outras questoes.
areas do atividado. E claro quo uma analiso relativamonto abrangento das ativi-
dados da organizagzao contribui para que so visualize a gama dessas atividados O passo soguinto destina-so a comooar a reunir informaooos sobre como atingir
como um todo, aumentando a probabilidade do os varios subsistomas, que os objetivos idontificados durante a primeira faso. Esta etapa consiste essencial-
oxecutam diferentes funooes, serem compativois entre si. Qualquor que seja a mente om coletar informagoes, tanto do fontos internas quanto oxtornas. As
situaoao, a oscolha, olaboraoao do projeto o implomontaoao do sistema sao informaooos coletadas devem facilitar a tomada do docisao quanto ao tipo do
atividados que domandam tompo. o osso tempo dove sor alocado, rnosmo que o sistema que so acho disponivol para satisfazer aos roquisitos da organizagao.
sistema a ser implomontado soja relativamonto modosto. Dontre as conclusoes possiveis temos:
- é prociso desonvolvor um sistema especifico da organizaoao
Definigio de objetivos ' a opgao mais atraonto é o dosenvolvimento do um sistema cooperativo junto
A sugestao do que um novo sistema resolverai problemas o dara ensojo a novas com outra organizaoao
roalizagoos nao constitui argumonto suficionto para so emproondor um projeto - dovo-so selecionar um pacote do aplicativosja consagrado.
do informatizaoao. A primeira otapa dove sor a roalizagao do discussoes que de-
E improvavel que esta etapa lovo diretamonto a seloofio do um sistema ospoci-
finam os objetivos do qualquer sistema novo. Esta faso servo tanto para a elabo-
raoao do dirotrizos e requisitos, que serao inostimévois mais tardo para o proje- fico, embora, so houver requisitos. muito ospociais, talvez so oxista um sistema
que soja satisfatorio. Normalmonto, serao idontificados, para oxame mais pon-
to, quanto para dar partida ao procosso do comunicaoao o garantir que todos os
dorado, oriontaooos gorais o um grupo do possivois sistemas. E importante rou-
pontos do vista estojam sendo levados em conta desde o principio, e quo so
nir o maior ninnero possivel do informaooos, do maior nfimoro possivel do fon-
chogue logo a um acordo o a uma atitudo do apoio as mudanoas. E ovidonte-
monto importante, nesxa etapa, que sojam criadas as varias comissoos do pro- tos, e proparar dossiés bom-organizados com essas informaooos para consulta
por parto do todos os mombros das comissoes o demais partes intorossadas.
jeto, para quo inioiem as discussoos com os organismos do ropresontaofio dos
E claro que, nosta etapa, sao importantos as empresas do dosenvolvimonto do
omprogados o envolvam todas as partes interossadas. Nesta fase devem sor
programas o outros fornecedores do sistemas. Uma ajuda fitil pode vir também
ostudados os procodirnontos e as praticasja estabelecidos, procurando-so iden-
do cadasrros quo analisam sistemas oxistontos o varias outras fonres espo-
tificar ondo, quando e como uma mudanoa no sistema seria fitil. Dove sor feita
cializadas. S50 iltois 0s sominarios oferecidos por associagoos profissionais,
uma analiso inicial do necessidados, com a cooperagao do possoal cujas ati-
ostabolocimontos do onsino, exposigoos o congresses. So possivel, serao feitas
vidados provavelmento serao afetadas por quaisquor mudanoas, analiso essa quo
visitas, contatos telofdnicos o consultas em geral a outros gerenres que tonham
culminara com uma ospocificaoao por oscrito dos termos do roforéncia para um
exporiéncia em sistemas in formarizados, sempre que surja a oportunidado.
trabalho mais minucioso, na forma do uma proposta do ostudo.
So a proposta do ostudo for acoita pola geréncia, a invostigaoao mais doma-
Reflexao Vocé conhece alguma fonte do informagao que fornega in-
lhada do sistema oxistento ou area-problorna assumira a forma do um ostudo do
formagoes que possam ajudar na selogao de um sistema do
viabilidado. A finalidado desto ostudo do viabilidado é ostabolocor as opooos do
gorenciamento do bibliotecas?
sistemas quo so acham disponivois o definir os recursos que sao nocossarios para
levar a cabo as posquisas minuciosas que vierem a sor foitas. O resultado do
O fornocodor do um sistema concoituado poderé colocar cliontos potonciais om
ostudo do viabilidado sera um rolatorio, que, normalmente, abrango os seguintos
contato com outros usuérios. Em dado momento, duranto a colota do informa-
pontos:
ooos, quando fica razoavolmente claro o que podora estar disponivel, seria do
- uma doscrioao geral do sistema atual born alvitro produzir, a partir dos objotivos identificados na primoira faso, uma
'1

PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMACKO 137


R36 ENTRODUCAO A TECNOLOGIA DA ZNFORMACAO
mides numa especificagao de sistema ou especificaqiio de requisites opera-
lista preliminar de caracteristicas dos sistemas que sejam de maior interesse.
cienais. A natureza exata da especificagfio dependeré de como seré usada.
Catalogos de pacotes de programas, sistemas prentos para serem usados e equi-
Centudo, normalmente, essa especificaoao incluira:
parnentos contém listas de caracteristicas bésicas, que podem ser usadas come
modelo para elaboragao de uma lista local, que facilitaré um exarne minucioso ' antecedentes acerca da organizaeée
e util das infonnaqees reunidas, bem come a tomada de decisoes. Devem ser - inferma<;6es sobre os recursos a serem propercienados pelo sistema infor-
levados em conta es aspectos relatives ao equipamento e aos pregramas. matizado, identificando os que sao obrigaterios e es que sao opcionais
Além de reunir informaeees concernentes as opgees de sistemas, esta fase - informagoes sobre 0 ambiente em que o sistema funcionara, inclusive quais-
pode incluir o desenvolvimento de uma descriefio de sistema logico para 0 quer normas, protoceles de cemunicaqao e regularnentos concementes a
sistema existente. Se este jé estiver bem compreendido e bem documentade, ou, saude e a seguranga
alternativamente, vier a ser substituido por um novo sistema que ofereqa filo- - as dirnensees do sistema em termes dos numeros de registros e transagoes
gees completamente diferentes das do sistema antigo, talvez entfio seja desne- a serem processados, a quantidade de estagees de trabalho e as taxas do
cessario estudar mais a fundo 0 que existe. Se, no entanto, 0 novo sistema tiver crescimento
de executar muitos dos mesmes processes do antige, entfio uma analise do - um cronograma de implementagao do sistema
sistema existente seré um pré—requisito iitil para 0 estudo em profundidade dos - questoes que devam ser obrigatoriarnente respendidas pelos fornecedores,
requisites dos usuaries, 0 qual leva ao projeto legico do novo sistema. Case um tais como 0 tamanho do equipamento, requisites em tennes de eletricidade,
novo sistema deva ser projetade, um estudo de viabilidade inciuira a avaliagao mecanismos dc suporte ao sistema, custes, etc. -1.,
de aspectes especificos de qualquer sistema potencial e, pessivelmente, a - informagees relativas a quaisquer limitagees especiais, tais como proble- .2’:
criagfio de pequenes subsistemas de carater experimental. p mas com 0 cronograma
5!

‘\
- informagees quanto a expressfies constantes do contrato ou a forma deste,
Definigie dos requisites do sistema (estudo e especificagae de bem como testes de aceitagéie.
requisites)
S50 trés as funeees bésicas da especificaefio dos requisites do sistema:
Dispondo-se de um cenhecimente mais complete quanto as epgees disponiveis
e de uma certa percepgao sobre come as vérias soluqzoes se aplicariam ao aten- 1 Trata-se de documento destinado s comunicagao e que serve de apoio a
dimento dos requisites de uma aplicagfio especifica, é precise dar um passo atras qualquer discussfio e aprofundamento por parte daqueles envelvidos com 0
e desenvolver uma especificaeao completa do sistema. Normalrnente, a fase de sistema.
definiqae deve precurar responder a questoes do tipo: 2 Trata-se de documento para consulta durante a implementaeao, a manuten-
Q50 e a revisfie. -
- Quais as operaeoes que 0 sistema deve abranger‘?
3 Pode ser urn documento de valor legal, uma vez que fagza parte do contrato
- Quais as bases de dados que precisam ser criadas? com 0 fornecedor.
- Como serao criadas essas bases de dados?
- Quais es tipos de registros que a base de dados contera? Diferentes niveis de informagoes podem servir a diferentes especificaeees, mas
- Quais as informaeoes que serao precuradas na base de dados? a especificagae em si constitui sempre urn documento essencial. A fase de
- Como seréio apresentadas as informacgfies encontradas na base de dados? definigfio levara naturalmente i1 fase dc elaboragéo do projeto.
- Quais as caracteristicas imprescindiveis e quais aquelas que sao simples-
rnente acréscimos opcienais? l Reflexie Explique por que a especificagae de requisites do sistema
-
-
Quem usara regularmente 0 sistema?
Qual 0 nivel de experiéncia que se deve esperar dos usuaries?
l poderé ser fitil como documento de consulta durante aim-
plementagfio. '

Especificagao dos sistemas Fase do projeto (detalhamento do projeto e programagio)


O ebjetive da fase do analise de um exeroicio de anélise e projeto de sistemas é Case seja precise escrever um novo programa, a fase de elaboragao do projeto
o estabelecimento dos requisites que deve ter o sistema a ser adquirido, desen- estara voltada para a anaiise, elaboragao de fluxogramas e outros graficos das
volvido e instalado. A anélise e 0 projeto logico do sistema podem ser resu-
l er

PROJETO E GERENCIAMENTO DE SlSTEMA_S DE INFORMACAO 139


13 8 ruraooucfiio A TECNDLOGEA DA FNFORMACAO
houver sido executada uma analise exaustiva durante as etapas iniciais do
funcoes e operacoes que o sistema devera executar, antes de es prograrnas serem exercicio de analise de sistemas, muitas das dificuldades, preblemas e outras
escrites. Em geral, quando se trata de escolher urn sistema ou um pacote de questees relativas £1 instalacao jé terao side identificadas e planejadas. A essa
aplicativos ja existente, nae é precise fazer uma analise tao minuciosa, embora altura é precise mentar um quadro quantitative dos trabalhos a serem exe-
uma especificacae detalhada do sistema seja essencial para servir de base para cutados para se atingir a implementacao, e identificar as responsabilidades
a selecéo final do pacote e alicercar a implementacao do sistema. A especi- especificas do pesseal.
ficacae detalhada delineia todas as caracteristicas que se exigem do sistema, E necessario chegar a um acordo conclusive quanto a um cronograma
sendo importante nas negeciacoes corn o femecedor. A especificacao de requi- detalhade das atividades de treinamento, instalacao e outras. O cronograma
sites do sistema desenvolvida na fase anterior desernpenhara essa funcao. abrangera os varies aspectos da implementacfio, examinados a seguir. A se-
Se se estiver cegitando, por exemplo, dc um grande sistema para o geran- quéncia em que sao aberdados nae é importante. De fate, muitas dessas ativi-
ciarnento de um sistema de biblioteca, uma carta-convite sera enviada nessa dades podem ocorrer paralelamente.
etapa a um numere limitade (por exemplo, de trés a seis) de fornecedores de
sistemas, com a selicitaeae de que apresentem, dentro de determinade prazo, Preparagéo e planejamente
uma cotacao para es itens especificados. Quando partes isoladas de equipamen-
to e pregramas estiverem sendo adquiridas de diferentes fornecedores, talvez Varias atividades preparatérias serao necessarias. Embora a maioria dessas
seja precise censeguir varias cotagoes. Algumas organizacoes, como as do seter questoes tenha sido analisada exaustivamente, sera precise examinar quaisquer
pi'1blice,adotam um processe de licitacao especifico, de carater obrigatorio, que fatores eu opcoes novas que ficaram em aberto; concluir es fennularios de
pode vir a exigir assessoramento juridico na redacao dos contratos. reglstros e os arquivos para varias aplicagoes e bases de dados; preparar, se for
o case, es locais para instalacao do computador central e das estacoes de tra-
e
Recebidas as propostas, ou, no caso de sistemas menores, a medidaque as 1%
cetacoes estejam sendo negeciadas, cabe aos fornecedores fazer demenstracees balho, bem como fazer as ligacees adequadas com a rede de telecomunicacees.
dos respectivos sistemas. As demonstracoes de grandes sistemas devem, de
preferéncia, ser feitas in loco, e, evidentemente, permitir que varies membros do lnstalagée do equipamento
pesseal, que serao afetades pelo novo sistema, possam inspecionar aquele que Inclui tanto e computador propriamente dito quanto as varias estacoes de traba-
estiver sendo proposte. lho, além de outros periférices e as ligacoes com as redes de telecomunicacoes.
As demonstracoes facilitam a comunicacao e podem sen/ir de enseje para
que e pessoal que panicipara da operacao diaria do sistema aprenda um pouco lnstalagao do programa
sobre e ele e faca perguntas. Depois das dernonstracees, novas discussoes leva-
rao a escelha do sistema, inclusive equipamento e pregramas, e, posterior- Uma vez instalado o equipamento, a etapa seguinte sera instalar 0 programa;
mente, serao feitas as encemendas, assinados es contratos, etc. roda-lo e testa-lo em pequenas bases de dados de carater experimental.

Reflexéio O que uma demonstragao permite que o gerente de infor- Criagéo das bases de dados
magae aprenda sobre 0 pacote de aplicativos? Faga uma Tendo side verificado que o equipamento e es programas estao funcionando
lista de algumas das perguntas que vocé faria durante essa satisfatoriamente, da-se inicie a construcae das bases de dados completas para
demenstragao. o sistema. Quando se esta migrando de um para outro sistema, é importante
converter as bases de dados que estavam em forrnatos anteriores. Os registros
Fase de implementagao para essas bases de dados podem ser extraides dc uma variedade de fontes
‘Nermaln1ente,feitas as encomendas, havera um periode de calmaria enquante o diferentes. Devem ser definides precedimentos para a eriagao de registres de
gerente de informacao aguarda para ver se as datas de entrega serao cumpridas. novos itens, inclusive, por exemplo, de lelteres novos, livros novos, citacoes
Esse tempo seré ocupado com o plane] amente da instalacae e implementacao do novas, pessoal novo. Se um sistema de controle de empréstimes estiver sendo
sistema. A implementacao pode ser demorada e é importante nae subestimar 0 implementado pela primeira vez, a etiquetagem dos livros (com cédigos de
impacto que a implementacao de um novo sistema podera causar nas retinas de barras) sera um trabalho de vulto. '
trabalhe e no service aos clientes. A fase de instalacao tem inicio com uma
revisao da forma como o sistema afetara as atividades atuais da instituigao. Se
- —-

PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMACAO 141


140 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO
apes a implementacfio a centente, é precise cencluir a tarefa retemando-se a
Treinamente de pessoal especificacao e avaliando a extensao com que e sistema esta atendende aos
A preparacao de listas de itens a conferir, bem come manuals de instmcao e objetives propostos. Essa avaliacae pode resultar em meihorias e aperfeit;oa-
referéncia apropriados, é importante para a implementagao bem-sucedida do mentos na forma como 0 sistema é utilizado.
sistema. Talvez o pessoal venha a necessitar de sessees erganizadas com dife- A participacao em grupos ou cooperatives de usuarios (de pacotes de
rentes objetivos, dependendo de sua fungao. Talvez seja precise desdobrar o programas e sistemas promos) também pode ajudar no processo de formulacao
treinamento em varias fases durante urn periode extenso de tempo. de cornentaries, que reflitam uma avaliacao do sistema, e no exercicio de pres-
soes em prol de mudancas a serem implantadas pelo projetista ou fornecedor do
Entrada em ope-ragéo do sistema sistema. Esses grupos tambem sao um meio para manter uma relacao cerreta
com e fernecedor do sistema.
Ha varias estratégias que podem ser adotadas para a entrada em operacao do
sistema novo em iugar do antigo. As epcoes incluern:
6.4 Consideragoes de ordem ergonomica
1 Mudanca completa. lmplica que o sistema antigo sera substituide pelo Embora a situagao seja hoje melhor, antigamente es proj etistas de sistemas nem
sistema novo em determinada data. lsso é arriscado se o sistema for essen- sempre davam a devida atencao as questoes de ordem ergonomics: quando do
cial ao funcionamento da organizacao e somente deve ser censiderado se planejamento de estacoes dc trabalho e ao ambiente em que se situavam. Em
todos es aspectes do novo sistema heuverem sido cuidadosamente testades geral, 0 ample exame das questoes ergonemicas exige investimentos adicionais
e a mudanca houver side criteriesamente planejada. na compra de mebiliario novo e outros ajustes dispendiosos no ambiente. Ao
2 Método gradual. Em que o sistema total é dividido em secoes, cada secao introduzir estacoes de trabalho num arnbiente de trabalhoja existente, talvez seja
sendo instalada de modo independente e uma de cada vez. Este métode per- dificil atender inteiramente as consideracoes de ordem ergonomica, pois isso
mite ae pessoal adaptar-se gradativamente as mudancas, perém ha eca- pode acarretar a compra de novo mebiliario, novos leiautes de salas e diversas
sioes em que podem ocorrer dificuldades causadas pela manuteneao de obras no prédio. Em escritorios e outros ambientes, como em esrabelecimentos
partes do sistema antigo enquante se introduz o sistema novo. de ensino, muitas vezes o pleno atendimento das exigéncias ergonomicas deve
3 Funcionamento paralelo. Em que ambes es sistemas, e velhe e 0 novo, aguardar a referma eu a construcao de novos prédios. Ha dois grupos principals
funcionam de modo paralelo durante certe periodo de tempo, até que se de consideracees ergonomicasz o projeto da estacao de trabalho e 0 arnbiente do
tenha adquirido confianca no sistema novo e o antigo possa deixar de fun- local de trabalho em sentido amplo.
cionar. Embora seja um rnétodo segure, é care e e pessoal pode facilrnente
impacientar-se por ter de operar dois sistemas. Consideragoes gerais quanto ao projeto da estagée de trabalho
4 A operacao-piloto de um sistema num ambiente mais controlado, como um
departamento pequeno, antes de sua introducao em todos es tugares. O Sao trés os principles para um bem projeto de estacao de trabalho:
funcionamento-pilote permite que o sistema seja testado em ambiente con- 1 A estacao de trabalho deve adaptar-se ao usuario, embora usuarios criatives
trelado, onde 0 pessoal por ele responsavel possa concentrar sua atencao, e ocasionais sejam mais tolerantes quanto a uma adaptacao insatisfatoria do
como forma de testar o sistema antes de ser liberado amplamente. que o pessoal que trabalha com digitacao de dados, que talvez tenha de ficar
preso a uma tarefa repetitiva durante longes periodos. O projeto de estacoes
Reflexao Quais as partes dos sistemas de informagéo de uma facul- de trabalho que se adaptem ao usuario pode suscitar determinados proble-
dade que vocé acha que serao afetadas pela introdugio de mas quando sejam destinadas a multiples usuarios.
um sistema de cartae de identificagae? Quais as implica- 2 As estacoes de trabalho devem levar em conta as tarefas que serao executa-
goes de mudanga no contexto da introdugao do sistema de das pelo usuario. Por exemplo, se o trabalho exigir 0 manuseio de muita pa-
cartae de identificagao? pelada, sera necessaria uma mesa de tampo grande.
3 As estacoes de trabalho devem permitir que a pessoa mantenha uma boa
Fase de avaliagao (manutengéo e revisao) postura. Uma postura ruim causa dores lombares, de cabeca, no pescoco e
A iiltima etapa dc um trabalho de analise de sistemas esta muito distante da nos ombres, além de problemas digestives e circulaterios.
definicao inicial dos requisites, mas, nae obstante, é importante salientar que,
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PROJETO E GERENCIAM ENTO DE SISTEMAS DE INFORMACAO 143


[42 mraeeucao A recnoaoem ea INFORMACAO
trafego exteme. Os niveis dc ruido dependem das caracteristicas acusticas da
Isso significa que é precise levar em centa a cadeira e a mesa que fazem parte da
sala. Normalmente, carpetes e mobiliario estofade abservem o ruido e ajudam a
estacao de trabalho. A ajustabilidade é importante, pois nem todos os usuarios
reduzir a reverberacao senora.
sao do mesmo tamanho eu querern se posicionar da mesma forrna na estacao de
trabalho. Entretanto, o projeto de estacao de trabalho nae deve restringir-se a
Reflexie Quais os tipos de ruido que, a seu ver, podem distrair 0
ambientes fechados de escriterie. Por exemplo, com quiosques multimidia de
usuério de um catalege em linha numa biblioteca? Quais
uso do publice, eu caixas eletrenices dc bancos, é importante ter em conta a
as possiveis censeqiiéncias?
questao de acesso, por exemplo, de usuarios em cadeiras de rodas.

Consideragoes mais gerais acerca do projeto de estagéo de trabalho


Calefagao e ventilagéio
Além das caracteristicas da prepria estacao de trabalho, varias outras conside-
Calefagfio e ventilacao também contribuem para um ambiente de trabalho con-
racoes de ordem ambiental influem no cenforto ligade ao use de sistemas infer-
forravel. Temos aqui quatro fateres importantes: a temperatura do ar, o caler
matizados. lluminacae, ruido, caler e ventilacae sao aspectos a censlderar.
radiante, a umidade e e movimento do ar.'
lluminagae
6.5 Pessoas e tarefas no desenvolvimento de sistemas
Especialmente no caso de edificies ja existentes, talvez nem sempre surja a Q.
Os projetes de desenvelvimente de sistemas podem ser realizados com relacfie --
oportupnidade de fazer uma revisao nos niveis de iluminagao para se ter a garan- ‘B
a sistemas de diferentes tamanhos e estender-se ao longe de diferentes periodes,
tia de que sejam apropriades para otrabalho com sistemas informatizados. Se 1:
além de exigirdiferentes niveis de participacao dc pessoal. Ne entanto, em cada _.*-i.
houver a epertunidade, sera importante mandar realizar uma inspecfio na rede u
situacao deve haver pessoal que seja respensavel per: p
elétrica. Ao se examinar a questao da iluminacao é importante levar em conta:

~ tomada de decisees
' niveis de iluminacae recomendados para diferentes services
- censeguir que 0 trabalho seja feito.
- fontcs de iluminacfio, inclusive luz anificial e natural
- cor da iluminagae (varia do brance brilhante estenteante ao amarelo acon- Ne caso de projetos grandes e especificos, norrnalmente 0 controle central sera
chegante) » atribuido a uma comissae, geralmente batiiada com 0 nome de comissao de
- reverberagio (causada pela luz reflelida por superficies de alta reflexfio). gerenciameme do projeto, na qual estara representada a adrninistracao supe-
rior, alem de varias outras partes interessadas. Os representantes serao escolhi-
Reflexao Quais as superficies que podem reverberar a luz quando se dos de acordo com e projeto que esteja sendo realizado e em diferentcs niveis da
usa 0 computador num ambiente de escritorie? estrutura administrativa. Também pode ser importante a presenca de repre-
sentantes do sindicato de empregades se houver a possibilidade de as mudancas
Rufdo _ no sistema colocar em risco eu acarretar alteracoes nos postos de trabalho. E
Ruide e o som que o ouvinte julga desagradavel eu perturbader. Os ruides claro que é também conveniente que o gerente do prejetoide sistemas seja
raramente ocorrem de modo isolado e nae devem ser censiderades a parte. Os mernbro dessa cemissae. Embora se empenhe para se manter como um grupo
problemas que causam sao: cempacto, é precise que a comissao de gerenciamente do projeto seja tarnbém
representativa e colha experiéncias junto ae maior grupo possivel. As funcoes
- atrapalham a cemunicacae dessa comissao sao:
- estresse devido a distracao prevocada por ruidos intermitentes
~ danes ao sistema auditivo causades por niveis elevados de ruido ' dirigir o projeto
- auséncia de ruido (muitas vezes as pessoas precisam de um ruido de fundo - menitorar o andamento do projeto
e se sentem desconfortaveis com 0 siléncie total). ' facilitar a comunicacae sobre e andarnente do projeto.

As fontes de ruido incluem conversas, transite de pessoas, campainhas de 'Acrescentc-se, para regiees dc lcmperatura naturalmenle alta, e ar-condicionado, (~.T.)
telefone, impresseras, ar-cendicionado e caiefacao, fetecopiaderas e 0 ruido de
_. _-. _-.

I44 INTRODUCAO A recnoroom DA INFORMACAO PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMACAO 145

A instituiqae pode escolher a criacao de uma cemissao de gerenciamente de cionais e também na execucae de encargos para es quais o pessoal do quadro nae
projetos que lide com cada um dos projetos individuais, ou alternativamente dispoe de tempo. Também ecupam uma posicao que lhes permite ser imparciais
uma comissao ou grupo de trabalho, com papel consultivo ou decisorio, que trate e muitas vezes estimular o pessoal do quadro a aclarar detalhes que talvez nae
de todos es projetos. Nests caso, é provavel que determinadas pessoas sejam queiram explicar para um colega. A onica grande desvantagern dos censultores
cenvidadas para o grupo quando este for examinar projetos especifices. esta em que nae tém um cempromisso permanente com a ergamzacao, sendo em
O cumprimente no dia-a-dia das decisoes tomadas per um grupo decisorio, geral contratados para executar um service, rompendo e vlnculo corn a insti-
como a cemissao de gerenciamente de projetos, constitui tarefa do projetista de tuicao assim que o service tennina. isso pode implicar que:
sistemas ou da equipe de sistemas, que trabalhamjunto corn outros rnembros do
- seus conhecimentos semente estarao disponiveis para a instituigao durante
pessoal cuje trabalho sera afetado per eventuais mudancas no sistema. O espe- um breve periedo
cialista em sistemas é importante como fente de experiéncia em sistemas infor- - 0 consultor precisara de algum tempo para se familiarizar com a instituicao,
matizades e suas aplicacoes, e oferece orientacao e infermacao a comissao de sua cultura e seus objetivos.
gerenciamente de projetos ou seu equivalente.
Exceto nas organizacoes muito pequenas, pelo menos um membro do qua- Essas desvantagens petenciais podem ser reduzidas, quando conveniente, se a
dro de pessoal, de tempo integral, precisa ser designado como responsave! pelos instituicao desenvelver um vinculo duradouro com o consultor.
sistemas de informacae. Numa grande empresa ou numa administracao munici-
pal, talvez haja todo um departamento dedicade ae desenvelvimente de siste- 6.6 Metedelegias de sistemas de informagie
mas. Podem ser contratados censulteres para colaborar com projetos especi-
ficos. lnumeras organizacoes tém utilizado amplamente e recurso da terceiri- Uma metedolegia de sistemas de informacao é um enfeque metodico do plane-
jamento, anaiise e projeto desses sistemas. Inclui recomendacoes sobre:
iacao. A terceirizaeao consiste em utilizar uma organizacao externa que, neste
case, é especializada na manutencae e desenvolvimento de sistemas de infor- -' fases, subfases e tarefas
macae. E negociado um contrato com a instituicao externa que prestara es ser- - quando usar uma delas e em qual seqtiéncia
vices de fornecimente e suporte dos sistemas infermatizados. Isso elimina a - qual o tipo de pessoal que executara cada tarefa
necessidade de a instituicfie envolver-se com es sistemas. O unice cenhecimento - quais es decumentos, produtos e relatorios que resultarao de cada fase
de informatica exigido da instituicao é aq uele que for necessarie para manter um - gerenciamento, controle, avaliacae e planejamente de mudancas futuras.
dialogo eficaz com a organizacae contratada.
Os encargos de um desenvelvedor de sistemas sao: As metedolovias
U
de sistemas de informacao foram elaberadas por desenvol
.
vederes e proj etistas come uma ferrarnenta auxiliar na medelagem de sistemas
- pesquisar e assimilar informaeoes sobre a forma come e sistema funciona dc informacae e no desenvolvimente de proj etos de sistemas informatizades que
atualmente atendam aos requisites dos usuzirios da infermacao. Contribuem para uma
~ analisar seu desempenho a luz dos objetivos do sistema que sejam identifi- analise de sistemas eficiente e eficaz e para o projeto e desenvolvimento efica-
cados pela administracae zes de sistemas e pregramas. As metedologias de sistemas de inferrnagao nap
' desenvolver e avaliar idéias sobre come 0 sistema pode ser melhorado eu foram elaboradas com a finalidade dc aj udar e usuario de um sistema informati-
reorganizado ' zado a especificar requisitos. Existcm, porém, boas razoes para que e usuarie
- projetar detalhadamente um novo sistema que atenda aos requisites que lance mao dos instrumentos e métodos das metedologias aceitas como auxilio
hajam sido identiflcados numa analise sistemética dos requisites e da especificacao de um sistema.
- implementar o novo sistema que river sido desenvolvido. Com certeza, quando se trata de urn sistema grande e cemplexo,-a‘ adogao de
uma metodolegia claramente definida resultara em sistemas mais eficazes.
A funcae basica do analista de sistemas é atuar como intermediario entre usua-
Existem varias metodolegias no mercado, cada uma delas com caracteristi-
rie e sistema informatizado. Nesta funcao, e especialista em sistemas deve ser
cas diferentes e englebando diferentes aspectes do precesso de analise, proj eto
um catalisador e agente de mudanca, um orientador, educador, vendedor e
e implementacao de sistemas. O emprego desses métodos toma-se dificil sem e
comunicader. A fim de ser bem-sucedide, 0 especialista em sistemas precisa ter
apoio da informatica para o desenhe dos grafices necessaries e 0 projeto legice
uma mescla aprepriada de qualidades pessoais, habilidades e conhecimentos.
do sistema. Para tal finalidade foram desenvolvidas ferramentas CASE.
Os consultores podem ser uma solucao util para obter experiéncias adi-
146 INTRODUCAO A TECNOLOGIA DA INFORMACAO PROJETO GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAC/3.0 147

Os métodos do analise e proj eto de sistemas dividem-se em duas categorias: da maioria das ferramentas estruturadas éque se baseiam no conceito de arvore.
rigidos e flexiveis. Normalmente, os métodos rigidos procuram desenvolver Muitas dessas ferramentas sao componentes caracteristicos de suas respectivas
uma soiueao técnica para os problemas por meio da implantaofio de um sistema metodologias de desenvolvimento de sistemas, e algurnas sao diagramas hie-
inforrnatizado. Pressupoem a possibilidade de um enunciado claro e consensual rarquicos, diagramas de fluxo de dados, diagramas de relagao entre entidades,
tanto da situagao atual e seus problemas quanto do estado de coisas que se almeja historicos da vida das entidades e dicionarios de dados. Mais especificarnente:
P
alcanoar. Para 0 desenvoivimento de sistemas considera-so que 0 problema
consiste em projetar uma soluqao que nos levara do ponto onde nos encontramos 1 Graficos hierzirquicos mostram a estrutura organizacional. Registram a
agora para onde queremos estar no futuro. Os usuarios sao tratados como fontes divisfio de responsabilidades e funeoes no seio da organizagao.
de informagao sobre 0 sistema e vistos em fungao de seus requisitos de 2 Diagramas de fluxos de dados representam sistemas em termos dos fluxos
infomqaoao e como dispositivos de entrada de dados. O papel do analista e 0 do do dados entre memorias, processes e fontes ou receptores de dados.
especiafista que é responsavel pelo projeto do sistema. 3 Dicionarios de dados sao simplesmente dicionarios de dados on coletaneas
Os métodos flexiveis reconhecem 0 impacto dos seres humanos na area de de dados sobre dados. Normalmente, um dicionario de dados contem infor-
anélise e projeto dc sistemas. Em primeiro lugar, estas metodologias negarn a magoes sobre memorias, fluxos de processos, elementos e estruturas de da-
premissa de que seja facil especificar as solugoes atuais e as almejadas, e afir- dos, e em cada caso armazena um nome e informaqoes adicionais no verbete
mam que as situaooes problematicas sao complicadas. Em segundo lugar, o do dicionario. A figura 6.3 mostra os dados que um eiemento de dados com-
papel do analista é mais o de alguém que participa de uma equipe, e 0 papel dos portaria.
participantes do sistema existente e indispensavel para que seu desenvolvi- 4 Historicos da vida das entidades proporcionam um meio de representar
mento seja bem-sucedido. Com 0 advento de ferrarnentas de proj eto mais elabo- como as entidades mudam dentro de um sistema com o passar do tempo.
radas e em face das especificaooes de projeto mais complexas exigidas por cer- Esses historicos comegam com a criagfio da entidade, registram a seqiiéncia
tas interfaces, como as interfaces graficas e multimidia, tornaram-se mais im- de mudanoas que ocorrem durante sua existéncia no sistema e terminam
portantes as metodologias que integram analise e projeto, como as de prototi— com sua retirada do sistema.
pagem e as orientadas a objetos. 5 Diagramas de relagoes entre entidades constituem um meio de represen-
tar as entidades num sistema e mostrar as relagoes entre essas entidades.
Metodologias estruturadas de sistemas de informagao
Descrigio do nome - do elemento de dados
As metodologias de sistemas mais renomadas podem ser consideradas como Outros nomes - termos alternatives usados para 0 mesmo elemento de
rnetodologias estruturadas. dados _
As metodologias estruturadas apresentam algurnas caracteristicas em co- Tipo — isto é, numérico, caraciere ou aifanumérico
mum. Todas utilizam modelos graficos, dao énfase a comunicagao com 0 usua- Formato
rio e incluem a repetigao da(s) fase(s), passo(s) e revisao(oes) anterior(es). Na Valores — a gama de valores que 0 eiemento pode assumir
Seguranga - quem tem permissao para modificar, acrescentar ou apagar
analise e projeto do tipo estruturado os modelos representam as funooes do
determinado item de dados
sistema, ao invés de mostrar como executa-las. A énfase esta nos componentes Edigao
Iohgicos do sistema, e nao em seus componentes fisicos. Mais especificarnente, a Comentzirios ~ qualquer informagio especial.
maioria dos métodos apresenta os seguintes componentes:
- um conjunto de modelos, normalmente expressos como diagramas que ser- Figura 6.3 Componentes de um verbete refativo a elemento de dados
vern de apoio a especificaeao e ao projeto num dicionério de dados
- técnicas para realizagao da anaiise e especificagao
- diretrizes e procedimentos para realizagao da anaiise e do projeto Reflexao Por que é Entil empregar uma metodologia estruturada no
- procedimentos para gerenciaro processo de desenvolvimento dos sistemas. desenvolvirnento de sistemas?

Todas as metodologias sao inconfundiveis, porém existem algumas caracte- Anaiise de Sistemas e Metodologia de Projeto Estruturadas (SSADM)
risticas que lhes sao comuns. Todas utilizam ferramentas estruturadas, muitas Para exemplificar a natureza das metodologias estruturadas de modo mais de-
das quais tém em comum a propriedade de serem graficas. Outra caracteristica
148 mrnooucao A recwotoom oa INFORMAQAO 2 PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE FNFORMACAQ 149

talhado, esbocaremos as etapas de uma metodologia. A SSADM talvez seja a nacao da visao de cima para baixo da organizacfio, obtida na terceira etapa, ¢Qm
metodologia de sistemas de informacao mais usada no Reino Unido em virtude a visao de baixo para cima, obtida dos agrupamentos de dados.
deter sido adotada pelo govemo britanico. Foi originalmente desenvolvida pela
Learmouth and Burchett Management Systems para a Computer and Tele- Sétima etapa: projeto do processo
communication Agency (CCTA). E uma metodologia orientada a dados que des- Executa-se junto com a etapa de projeto de dados. Define-se 0 processamento
taca a modelagem de dados, mas também recomenda a analise e especificacao de logico Iigado as consultas e atualizacao. O projeto logico é validado por meio da
aspectos do processo com diagramas de flux-os de dados e comportamento com reviséo de comprovacao de qualidade antes de se passar para 0 projeto fi$ic0_
o emprego de historicos de vida das entidades. _A SSADM estrutura-se em trés
fases: estudo de viabilidade, anélise dc sistemas {projeto de sistemas. Cada uma 1
l Oitava etapa: projeto ffsico
das tres fases subdivide—se em vérios passos. A SSADM abrange oito etapas,
cinqiienta passos e cerca de 230 tarefas. As oito etapas, resumidamente, sao: Traduz-se o proj eto logico em programas e no conteitdo da base de dado5_ Atuai
liza-se 0 dicionario de dados e se ajusta 0 projeto para atender aos objetivos de
Primeira etapa: definigéo do problema desempenho. Testam-se os programas e sistemas. Criam-se as instrucoes ope-
Seu objetivo é obter uma definicao precisa do problema global ou resolucao pelo racionais. Elabora-se plano de implememacao e define-se o manual de proce-
sistema a ser desenvolvido. Séio feitas descricoes gerais dos sistemas e estrutura dimentos.
de dados existentes, além de identificados os problemas atuais.
Metodologias holfsticas e prototipagem _ “'4
Segunda etapa: identificagéo do projeto O enfoque convericional de desenvolvimento de sistemas adota'_os tipos de
Tem por objetivo criar varias opcoes para lidar corn os problemas identificados métodos esbocados acima, muitos dos quais exigem cuidadosa comunicacao
na primeira etapa. As opgzoes sao avaliadas e formalizadas para inclusao no entre usuario e desenvolvedor. Quando a comunicacao nao é bem-sucedida
relatorio de viabilidade. torna-se muitas vezes necessario imroduzir mudancas em aspectos do projeto
anterior, 0 que pode originar varias versoes do projeto. A prototipagem é um 4_ .-_ 4_. A_.; ,“ ,; .

Terceira etapa: analise do sistema e problemas atuais conjunto de técnicas que facilitam 0 entendimento dos requisitos durante 0 pe-
riodo dc estudo do sistema e durante o projeto dos sistemas. As ferramenrag dc
Analisa o sistema existente e 0 documenta na forma de diagramas de fluxos e prototipagem permitem ao desenvolvedor criar rapidamente um protoripo, de
estruturas logicas cle dados. Além disso, a identificagao do problema é aprimo- modo que os usuarios possam testé.-lo c corrigi-lo. Os prototipos ensejam uma
rada além da segunda etapa. boa comunicacao entre desenvolvedor e usuario, e sao especialmente L'|{ei3 em
aplicacoes muito novas quando é dificil para o usuario visualizar 0 sistema e,
Quarta etapa: especificagéo de requisitos portanto, apresentar uma cspecificacao eficaz e completa.
Nesta etapa os requisitos do usuairio, determinados na etapa anterior, sao defi- As ferramentas dc prototipagem incluem qualquer uma que permitaarapida
nidos mais detalhadamente. Define-se uma estrutura de dados baseada na do-
l construcao de prototipos. As linguagens de quarta geracao e as ferramengag a
cumentaeao produzida na terceira etapa. Definem-se os aspectos dc auditoria, elas associadas, como pintores de tela, graficos e geradores de relatorios, sao
seguranca e controle. Como produto disso tem-se a especificacao dos sistemas. exemplos de ferramentas de prototipagem.
O ciclo de vida em forma cle estrela (figura 6.4) é a base de uma mctodologia
em que a ordem das etapas e atividades e irrelevante. O desenvolvimento do sis- i
Quinta etapa: sefegao das opgoes fisicas \
tema inicia em qualquer etapa (indicada pelas setas de entrada) e é seguido por
Envolve os usuarios e o pessoal de sistemas no objetivo de selecionar um siste- qualquer uma das outras etapas (setas de duas pontas). O modelo também admi-
ma fisico adequado. Na maioria dos casos, é possivel decidir sobre a configu- l te 0 papel central da avaliacfio e é bastante adequado para os métodos holisticos
racao do equipamento e as caracteristicas do programa apropriado. de elaboracao de projetos, como a prototipagem, onde ha um desenvolvirnento
l
l
incremental do produto final, também conhecido como projeto interativo.
Sexta etapa: projeto de dados Os enfoques holisticos procuram encarar a elaboracao de projetos como um
Projetam-se as estruturas de dados para o sistema proposto mediante a combi- todo. Essa é uma atividade frouxamente estruturada sem uma seqiiéncia rigoro-

i
152 mraooucao A TECNOLOGIA DA KNFORMACAO PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMAQAO 153

macao, mas a diferenca esta em que sua atencao se concentra no rraramemo da


Pesquisar o mercado infomuacao como recurso estratégico. Os sistemas de informagio estratégica sao
Conceituar 0 projeto, inclusive aspectos técnicos
ldentificar recurso, por exemplo, contefido disponfvel orientados para as atividades economicas e se concentram no ambiente em que
Estruturar 0 produto . elas ocorrem. Mais especificameme,-os_ sistemas de informacao estratégica;
Frojetar a interface
Reunir recursos inclusive equipe e contefido ~ sao voltados para fora, dando destaque ao servico aos clientes
§ Construir prototipo - oferecem beneficios concretos aos clientes
= \|O'\uAw . | Testar junto ao usuzirio ‘ - sao capazes de modificar a percepcao que o mercado tem da empresa.
‘ 9 Rever 0 projeto
10 Criar componentes multimidia O planejarnento estratégico de sistemas de informacao é uma metodologia que
11 Programa e aulor procura desenvolver sistemas de informacao estratégica. E 0 processo de esta-
12 Testar e fixar a funcionalidade belecer um programa para implementacao c uso de sistemas dc inforrnacfio que
I3 Teste beta otimize a eficacia dos recursos informacionais da organizacao e os utilize em
14 Criar a matriz apoio, tanto quanto possivel, dos objetivos da empresa. Os resultados desse
i 15 Fornecer ao mercado planejamento sao, cm geral, um plano de curto prazo, para um periodo imedia-
to de 12 a 18 meses, e um de Iongo prazo para trés a quatro anos. Esse tipo de
Figura 6.6 Etapas de metodologia para projeto de interface multimfdia planejamento tem natureza dllpllC€, pois abrange minucioso planejamento e
minuciosa elaboraqfio orcamentaria dos sistemas de informacao, num nivel, e,
4 A criacao de audio, video, fotografias, graficos e animacao implica conside- em outro, questoes e formulacoes eslratégicas.
rével Lrabalho de projeto. _ O planejamento estratégico de sistemas de inforrnar;§.o é uma atividade
complexa que requer uma pequena equipe dc projeto, apoiada por ingumgs
Planejamento estratégico de sistemas de informagao trazidos por um numero relativamente grande de membros do pessoal e pos-
Nenhuma das metodologias acima adota uma visao estratégica da funcao dos sivelmente consultores. Em geral é executado corno um projeto que dura dc trés
sistemas de informacao na empresa. Podem assumir como pressuposto que os a seis meses. E importante definir desde o inicio o aicance do projeto, que pode
obj etivos comerciais sao relevantes. O planejamento de sistemas de informacao abarcar toda a organizacao ou, dc modo mais restrito, referir-Se a um produto
estratégica é importante devido a seu foco especifico no uso de sistemas de especifico. O planejamento estratégico de sistemas de informacao oferece um
inforrnacao para alcancar os objetivos da organizacao, possivelmente em rela- amplo contexto para se examinar e planejar 0 desenvolvimento dc pmdums
cio com 0 fornecimento de inforrnacoes gerenciais ou servicos aos clientes. informacionais que darao a organizacao uma vantagem C0mpelitiva_ Embora
A utilizacao inovadora da tecnologia da informacao nas atividades produ- diga respeito basicarncnte a sistemas de informacao no seio das organizacoes,
tivas levou a criacao de novos produtos, melhores servicos e drastica reducao de pode ser tarnbém adotado para informar o planejamento de sistemas ou produ-
custos. Em outras palavras, essa tecnologia alterou 0 modo de fazer negocios e tos que apoiam servicos aos clientes, pois engloba a consideracao de fatores cle
a posicao competitiva da industria. Por exemplo, normalmente as empresas mercado, como fatores criticos de sucesso e analise de custo—beneficio.
pagam suas contas com cheques ao receber as faturas. Com a tecnologia da A figura 6.7 relaciona 20 passos que podem levar a criacao de um plane-
informaciio é possivel ao comprador enviar uma ordem eletronica de paga- jamento estratégico de sistemas de informacao. Tais passos podem ser agra-
mento para seu banco ao receber a mercadoria. O valor é debitado ern sua conta pados em sete fases:
e creditado na do vendedor. Nesse contexto, a tecnologia elimina a burocracia e
- Os passos I a3 referem-se ao desencadeamento do planejamento estratégico
em geral permite antecipar o pagamento, com as implicacoes dai decorrentes. dc sistemas de informacao.
Esses tipos de uso da informacao podem ser denominados estratégicos e sao
' Os passos 4 a 8 referem-se a identificacao e formulagao de metas, objetivos,
geralmente gerenciados por sistemas de informagfio estratégica, que permi-
missoes e estratégias da organizacao. O processo inclui a identificaoao dc
tem as atividades economicas conquistar vantagem competitiva.
fatores criticos dc sucesso ou que sej am capitais para 0 éxito da organizagao.
Os sistemas de informacao estratégica destinam-se a proporcionar as ativi-
' Os passos 9 a l 1 examinam os sistemas de informacao existemes por meio
dades economicas uma vantagem competitiva. Tecnicamente, esses sistemas
de uma auditoria de sistemas.
podem ser muito parecidos com sistemas tradicionais de tecnologia da infor-
l l

154 INTRODUCAO A TECNOLOGIA on INFORMACAO PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMACAO 155

- Os passos 12 a 14 identificarn tantas oportunidades de sistemas de informa- 6.7 Cerenciamento de rotina


cao quantas forem possiveis, com atencao para a forma como os sistemas
Antes, neste capitulo, deu-se atencao ao planejamento de sistemas de informa-
sao usados para alcangar a vantagem competitiva. Essas oportunidades sao
cao e as etapas do projeto que devem levar a implementacao bem-sucedida de
filtradas para identificar as que oferecem o melhor retorno de investimento.
um sistema novo, cuja instalacao representa um investimento de peso e deve ter
- O passo 15 leva a producao dc um plano de acao.
um impacto importante na organizacfio. E, portanto, nao so inevitavel rnas
- Os passos 16 a I8 referem-se a implementagao e adocao do plano de acao. também conveniente que se dé grande atencao ao planejamento. No entanto,
- Os passos I9 a 20 focalizam a manutengao do planejamento estratégico do
um sistema bem—sucedido também precisa de gerenciamento de rotina.
sistema de informacao.
Uma unica pessoa tera a responsabilidade global pelo sistema. Quantas
mais estarao envolvidas em suporte e manutencao depcndera das dirnensoes do
sistema, de quantos usuarios e da localizacao das estacoes de trabalho, Os siste-
Reflexao Em quais circunstancias 0 planefamento estratégico de sis- mas originam cinco tipos de atividades: documentacao, manutencao, seguran-
temas de informagao resultara em sistemas de informagao ca, suporte ao usuario e planejamento, coordenadas pelo gerente de sistemas.
estratégica?
Documentagao de sistemas
Vinte passos do planejamento estratégico de um sistema de informagio l A documentacao é importante em todo 0 processo dc projeto e implementacao T
de sistemas: "Q
‘ Obter autorizagao. . .=1,
Formar uma equipe e obter local apropriado, recursos, etc. l Apresenta uma imagem nitida do trabalho realizado.
P
"v
Distribuir responsabilidades e criar um cronograma. 2 Fundamenta a boa-comunicacao entre todos 0s envolvidos com o sistema.
l Estabelecer as metas, objetivos, missoes, etc. l
3 Funciona como um arquivo de consulta.
‘ U1-IBUQIQH4 Estabelecer, implicita ou explicitamente, a estratégia corporativa da
empresa. A documentacao deve incluir: c
_ Definir os fatores criticos de sucesso.
l Estabelecer os principais indicadores de desempenho. * relatorios, principalmente os enderecados a administragao, a serem produ-
l Definir 0 conjunto de dados criticos. zidos durante o desenvolvimento dos sistemas, e que tratem de objetivos,
lncorporar os formularios de arquiletura de tecnologia da informagfio. ‘ custos, economias e uma descricao do sistema proposto
Realizar uma auditoria dos sistemas. - instrucoes para os usuarios
‘ _s_s -‘¢©®‘-IO‘! Classificar a situagio em que se encontram os sistemas atuais e colo- ‘ - especificagtoes que descrevam as funcoes do sistema
i car em ordem de importancia as propostas sobre os sistemas atuais. i ~ instrugoes para 0 pessoal de operacao e controle de computadores em rela-
‘ 12 Realizar discussoes sobre os sistemas novos e criar uma Iista de gao ao processamento de servigos.
oportunidades de tecnologia da informagio.
l 13 Realizar analises de risco e de custo—beneficio.
14 Realizar oflcinas para depurar as sugestoes. Manutengao
15 Preparar um plano de agao. A manutencao de sistemas tem como objetivo manter em funcionamento o
16 Comunicar 0 plano de agao a todo o pessoal pertinente. equipamento e os programas, o que implica:
17 ldentificar e designar os defensores do projeto.
18 Conseguir com que a administragao superior se comprometa publica- - monitorar a qualidade e integridade das bases de dados
mente com.o planejamento estratégico. ' lidar com qualquer problema de funclonamento, como, por exemplo, esta-
19 Criar mecanismos de retroalimentagio.
<;6es de trabalho defeituosas
20 Atualizar o planejamenlo estratégico.
' zelar para que sejam mantidos arquivos de seguranca adequados
- corrigir quaisquer situacoes em que o sistema nao funcione a contento
Figura 6.7 Exemplo de planejamento estratégico de sistemas de
- implementar versoes atualizadas de programas e cquipamentos
informagao
- manter contatos com os fornecedores de equipamentos e programas.
PROJETO E GERENCIAMENTO DE SISTEMAS DE INFORMACAO 157
156 JNTRODUCAO A TECNOLOGIA op. ENFORMACAO

Seguranga areas problematicas precisam ser identificadas, e monitoradas as mudancas na


tecnologia e no mercado de sistemas. Tao logo os problernas sao idemificados,
E facil negligenciar a seguranca durante a implementacao, quando a prioridade é preciso encarninhar propostas de meihorlas a administraoao. Aprovadas, sera
esta em garantir 0 funcionamento do sistema. Sua operacao permanente Clepcn- desencadeado o planejamento para implementacao dessas propostas. isso pode
de, porem, da seguranoa dos componentes. A perda de seguranca deve-se a levar a melhorias modestas ou a introducao da proxima geracao do sistema.
Zmteaoas acidentais ou propositais. As acidentais resultam de caracteristicas
e icientes do sistema, como sobrecarga nas redes ou defeitos de programas. As RESUMO
propositais devem-se a dolo, como furto, fraude, vandalismo e outras tentativas
de interromper o funcionamento do sistema. Em geral essas ameacas causam: ll
A fim de que possam proporcionar servigos confiaveis E-1'It€lS, os sistemas ode
l informagao devem ser gerenciados de modo eficaz. O ClClO de vnda do sistema in-
' a interrupcao da preparacao e entrada de dados .ll clui analise, projeto, implementagao, evolugao operacional, deterioragao e subs-
- a destruicao ou corrupcao de dados armazenados tituigao. Quando se passa a examinara possibilidade de um sistema novo, deve-
- a destruicao ou corrupcao de programas se realizar um projeto de desenvolvimento de sistema cujas fases sao: definigao
' a quebra do sigilo de informacoes pessoais de obielivos, definicao dos requisitos do sistema, projeto, implementagao e ava-
' danos ao pessoal liagio. Foram desenvolvidas metodologias de sistemas de informagao que ofere-
- retirada de equipamento ou informacoes. cem uma abordagem metodica da anzilise e projeto de sistemas. Um desses
métodos é 0 SSADM. Tornam-se cada vez mais importantes a prolotipagem e melo-
A fim de evitar a exposicao a riscos a seguranca, as organizaqoes precisam de dologias especiais que suportam 0 projeto de aplicagoes multimidia e baseadas
uma politica de seguranca que: em_ ob'etos.
I 0 planejamento estratégico procura garantir que 0 planejamento de
sistemas de informagao seja um componente essencial do plano estraleglco da
- identifique os riscos aos quais o sistema se acha exposto
organi1agao.Por fim, implementado o sistema, ele exlge manutengao em seu dia-
' avalie a probabilidade de qualquer ameaga vir a ser concretizada e as possi-
a-dia. lsso implica que se contemplem questoes como documentagio, ma-
veis consequencias de qualquer arneaga
nutengao, seguranga, suporte ao usuario e planejamento de sistemas futuros.
' selecione as contramedidas que possam fazer face a ameacas com base na
eficacia, custo e exigéncias de seguranca
QUESITOS oz REVISAO
' defina as medidas de emergéncia para lidar com situacoes ern que a perda
de seguranca S8jE1 mevitavel. 1 Descreva as etapas do ciclo dc vida dos sistemas.
2 Qual a funcao da especificacao de sistemas?
E tambem importante ter a garantia de que todos os que tenham alguma ligacao 3 O que precisa ser contemplado durante a fase de implementacao de
com o sistema reconhegam sua responsabilldade em matéria dc seguranpa. um projeto de sistemas‘? H
- 4 Identifique algumas questoes ergonomicas que precisam ser levadas
Suporte aos usuarios em conta quando do desenvolvin-lento de um projeto de sistemas.
O suporte aos usuarios consiste basicamente em garantir que saibam utilizar o 5 Quais as caracteristicas de uma metodologia estruturada de siste-
sistema do modo mais eficaz e eficiente. O treinamento é o fulcro do suporte. mas?
E provavel que algum treinamento haja sido ministrado durante a implemen- 6 Compare a prototipagem como enfoque dc projeto de sistemas com
tagao, mas os sistemas sofrem alteracoes, ha mudancas de pessoal, ha pessoas uma metodologia rigida de sistemas.
que se esquecem e pessoas que adquirem mais experiéncia e estao dispostas a 7 Qual a irnponancia do planejamento estratégico dc sistemas de in-
aprender mais. O treinamento pode ser feito mediante cursos ou de forrna indi- formacao para os gerentes da informagao?
vidualizada durante 0 trabalho. Outras importantes ferramentas de suporte sao 8 Esbocar sucintamente como a seguranca pode ser gerenciada num
a documentacao e servicos de atendimento por telefone cm casos de duvidas.
A4-‘_. .44,?
ambiente de sistemas de informacao.

l Referéncia
Planejamento fuluro
Vaughan, T. Multimedia making ir work. Berkeley: Osborne McGraw-Hill, l994.
O pessoal de planejamento examina o funcionamento global do 5l5l1ema_ A5
l
-7"" \

158 ENTRODUCAO A TECNOLOGEA DA INFORMACAO


Bibliografia
Nota: Alguns dos tcxtos relacionados no final do capitulo 2 contém uma introdugflo
simples e: iiitil sobre anélise e projeto dc sistemas. Parte 2
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ll
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I990.
l
T
——- —.-_4-1=~;\1-st-—
if

7
Fundamentos da recuperagao
da informagéo

OBJETIVOS

Este capitulo introduz as conceitos basicos relatives a recuperagao da informagzéo. A0


término da leitura deste capitulo vocé:
- estate ciente dos componentes basicos de qualquer sistema de recuperageo de
informaqéo '
- [era conhecido as diferentes fungoes dos sistemas de informagao da organizagéo
e os que Ihe sao extemos
l
- estaré ciente das caracterlsticas basicas dos diferentes tipos de sistemas de re- :2

l cupéragéo da informaeao '>-


- podera dislinguit entre os diversos tipos do linguagens de indexagao e busca
- compreenderé a logica booleana e classificagéo porordem de relevancia
- estaré a par dos recursos de recuperagéo que sao comuns a maioria dos sis-
temas de informagéo
- estara ciente dos vénos métodos de desenvolvimento de estratégias de buscas
- tera compteendido que usuarios diferenles possuem necessidades diferentes.

7.1 A natureza da recuperagéoda informagzlo


Os sistemas de recuperagfio cla informagfio quase chegaram a ser sinonimos de
computadores, no entanto, os sistemas baseados em papel, como os de fichas e
arquivos de documentos ainda existem e, é obvio, ja estavam em evidéncia
antes do advento da inforrnzitica. Este e os capitulos 8 a 12 examinarfio os re-
cursos voltados para a recuperacao e disseminagao de informagoes ou docu-
mentos, diferentemente dos sistemas que suportam atividades dc gerencia-
mento dc bibliotecas que serao o tema central dos capitulos l3 a 15. Os sistemas
de catalogaqao sao vistos como parte dos sistemas de gerenciamento de biblio-
tecas, embora os catélogos ern linha de acesso piiblico sejam considerados espe-
cificamente como categoria especial de sistema de recuperagao da informaeao.
Todos os sistemas de recuperagao da informaqao podem ser compreendidos
como se fossem foimados por trés etapast '
- indexacfio

l
""""'i"- - .__ _ .-H7», __. _:~...‘ __ ~l '7 _'— — ;—' — ____ _ _ ___ ____ _.
I.
FUNDAMENTOS on RECUPERACAO DA WPORMACMJ 163
I62 RECUPERACAO DA INFORMACAO
usuérios serao mais bem-sucedidos se reconhecerem algumas das llmila-9535 a
' armazenamento
- recuperacfio. eles inerentes. Os computadores ainda sao empregados na produgao dc indices
impressos e a contribuigao por eles prestada is recupera<;5O dfi 1I‘lf01Ti1a¢?10 I150
lndexagao deve ser subestimada. No entanto, a recuperaqao numa base de dados em com-
putador se faz nonnalmente mediante consultas em linha a essa base. As con-
Indexagao é 0 processo dc atribuir termos ou codigos de indexaqao a um regis- sultas em linha introduzem uma flexibilidade nas buscas que seria impraticavel
tro ou documento, termos ou codigos esses que serao titeis posteriormente na rios sistemas impressos. Por conseguinte, torna-se mais necessario que 0 LtSL1&—
recuperagao do documento ou registro. A atribuieiio dos termos de indexacao rio se familiarize com uma ampla gama de recursos dc busca e seu potencial, a
pode ser intelectual (ou seja, realizada por um ser humano) ou feita automati- fim de otimizar a utilizacao do sistema. _ _ _ _
camente pelo computador, que, no entanto, somente pode selecionar termos de Pode-se imaginar a recuperaqfio como se envolvesse tres etapas pl'll'1Clp3lS.
indexaeao de acordo com um conjunto de instmeoes. A seleeao dependeré da
ocorrencia das palavras. Os termos de indexaqao passiveis de serem atribuidos - aceitaeao de uma consulta como insumo (como uma representagfio da ne-
serao extraidos de uma lista-padreo on tesauro instalado no computador, com cessidacle de inforrnacfio) formulada pelo usuario I
base na oeorréncia de palavras num registro ou documento. Alternativamente, - execueao de uma comparagao da consulta corn cada um dos reg1stros(repre—
os computadores podem ser também utilizados para por em ordem termos de sentaeoes dos documentos) existentes na base dc dados I
indexaceo atribuidos por seres hurnanos. Esses termos serao selecionados e . producfio como resultado, a ser submetido ao usuano, de um COt1_]Ul'l[0 de re-
atribuidos por indexadores com base nojulgamento subjetivo que fazem acerca gistros recuperados e que foram identificados com base nessa compflI8§a°-
do conteudo do documento, ou escolhem tennos que tenham a probabilidade de
virem a ser procurados por um usuario no futuro. Os termos podem ser extrat- Muitos usuarios passarfio por essas trés etapas varies vezes antes cle concllllr tag:
+1;
dos dc uma lista controlada de termos ou poderfio ser livres de controle. Muitos uma busca. ‘ 4=1:
4.-
O restante deste capitulo esta voltado prmcipalmente para os aspectos que
sistemas incorporam elementos tanto de linguagens de indexagiio controladas
quanto néio-controladas. O computador funciona como um burro de carga con-
caracterizam os sistemas de recuperaeao da informagfio. OS estilos adoladflfi F10
projeto de dialogo, as linguagens de indexaeio 6 bI1S¢fi._a l9E,i¢fi das 995935 9 95
fiavel que organizara os verbetes do indice em ordem alfabética para sua apre-
recursos do busca disponiveis, tudo isso lnflui na eficacia da recuperagao. Capi-
sentaeao na tela ou para a impressao de um indice.
tulos posteriores exarninam esses aspectos nos diferentes ambientes da recupe-
Armazenamento raqao desde os servioos de busca em linha, a Internet, os sistemas de gerencia-
I

mento e publicagao de documentos, ate o cederrom e outros produtos. A tabela


Os sistemas de recuperaefio da informagao utilizam o proprio computador para 7.1 resume alguns dos fatores importantes desses sistemas. Além disso, é im-
aimazenar tanto os arquivos de documentos quanto os arquivos de indices, bem portante lembrar que, embora a consulta a bases d_<-3 Clfl<‘1°$ Sela Um Plyodll-‘£0
como para a manutengfio de bases dc dados. As estruturas de bases de dados que importante dos sistemas de recuperaqao da infonna<;fl°, “Ina das caractensticas
sao usadas para suporte desses proeessos foram estudadas no capitulo 5. fundamentals dos sistemas mformauzados de recuperacao da infonnazgao esta
em que a base de dados que ocupa 0 ponto central do sistema pode tambem ser
Recuperagéo usada como base para uma multiplicidade de fllferenm PF°dl1l°5, (505 999"‘
rons, passando pelo acesso a um servigo de buscas em linha, ate indices im-
A questao crucial é que 0 processo de recuperagao depends muito das etapas de
indexaeao e armazenamento, as quais detenninam, em grande medida, a estra- pressos e boletins de notificacao corrente. Essa gama de produtos e.exem-
5 5 . 3 no que concerne a uma base cle dados e seus denvados.
pliflcada na fivura
tégia melhor possivel para as buscas feitas num sistema de recuperaeio da
informagfio. Outro fator, porém, que influi no processo de recuperaoao perma-
nece constante, independentemente do projeto do sistema. O usuario e as con-
7.2 Bases de dados e sistemas locais e externos
sultas feitas ao sistema em geral nfio sofrem alteraeocs de um sistema para Todos os tipos dc bases de dados de inforrnagoes e muitos dos produtos delas
outro. As necessidades do usuario nfio se alteram devido a existéncia de deter- derivados podem ser mantidos e produzidos localmente ou obtidos de “um
minados sistemas, ainda que possam tomar-se mais elaboradas a medida que ele provedor externo. Os produtos locais sao gerados P610 P655051 d6 1I1l0F111fl§~'=1° "-‘
adquirir mais experiéncia com esses sistemas. possivelmente por outros especialistas de uma organizagfio e se destmam a seus
A natureza dos indices produzidos por computador varia enormemente e os

l
__ ~ __ '_ __ _ 7 7 _ _. .. -_—-in - -.- —- T _ . rwin 7
T

164 RECUPERACAO DA INFORMAQAO FUNDAMENTOS DA RECUPERAC/KO DA INFORMACAO 165


préprios usuzirios. Os servieos externos derivam de bases de dados que sao
comercializadas e normalmente se acham disponiveis em zimbito mundial por N -_ _
\ =
iniciativa de produtores dc bases de dados, editoras e servigos de buscas em Pa‘ r'O podem
linha e outros servidores na Internet. Os gerentes de informagfio tém a respon-
% ho
aba
C3
sabilidade de gerenciar 0 acesso a ambos os tipos de fontes dc infonnaeiio, espe-
cialrneme (e amifide de modo mais problemético) a interface entre as informa- tee
que,
ados ha
hogmas
a centce
pro-ra gumas
np
ca- ponla
n Sgrim:
05,eHS sambér
com n
e fif'c
<;6es procedentes das duas categorias dc fontes. Organizaeoes e usuairios indi-
de
gfius
r
viduais precisam ter acesso a uma grande variedade dc recursos infdrFnati'io- g21
esl-agfies com’
gurant
gascom
agbes 'de scomecado,
de
ado re vcp
d'0acom
oser
go ag6es
ponta; usnaernnl 0|’
E
ITIOLISC
nais, que possuem diferentes origens, muitas vezes utilizam programas dc de
cadorrmesaoecnmpues
Ba?‘-1 t
eqinte
nuaienem
mid
recuperagfio diferentes e terfio muitas caracteristicas diferentes. O gerente de Tccnu
0 vared ha
ho; masav'ncu Fr ntgr.a
moerfuascee M porté e mon Ksvaezes scaoo
le nsive's espec'
sma a dc
aporme0
ccqu'
es o de
menlescro‘lc6omumZlIO USQI
Q53
C'QCSSOl'TIOOQ F d'feren1es dc
Es
agées
ra umapuderocsaeas amenlu; de
goes
seria
informaeéio tera‘ um papei fundamental no
den-
' gerenciamento e coordenaqéo dos mecanismos destinados a manter informa- magic
3
ac 0
da a equipe comercial sobre as mudangas no mercado, além de assumir res- b’'dade
idas- ‘ga-
tarcfas
ponsabilidade por uma anélise mais ampla do ambiente nfo for ou transferéncia on 'nefor da
0empre-
ad
- projeto, implementaefio e, quando necessério, monitoramento e atualizagfio d de
O
de sistemas de Enformaeéio, bem como a utilizaefio, na tomada dc decisoes ve
ndas aarqu
v
de
ecugfio ho
rnha
adequadas, da informagio disponivel em sistemas de informaefio. UV05

Em certos contextos, como os das instituieoes académicas, onde 0 acesso é base Tarefas ragiodde
Racrumpeagoes mporagio
enrnagécstrns
enl
com egrdaogéocumenlos 62$
mporagfio
nform enl
Receunpfeorargmfio gfies, com egrdocagios
outrs uomen Compor
corue2-
nicraeg'éo tron
co de
arq Esramenl
def' te'f'ca;:5o de
n da
d'sp 'vros,bus: Consu
ta sanaex
das
ao
agéo
dos conhecimentos existentes é indispensével és suas atividades de dissemi-
nagfio desses conhecimentos e :31 criagtfio de novos, essas fungoes podem ser PI’

geridas de modo separado. Neste caso, é provével que 0 servigo de biblioteca e


res'dénca, E
infonnaefio tenha a responsabilidade bésica dc prover acesso a bases de dados de
'0nform 6-
unvcrs agioem
e-
externas, enquamo os serviqos de geréncia da informagzéo taivez tenham de 0r/res'dén car os
spfib
cos
gerir os sistemas que refinem e disseminam informagzfies gerenciais, além de as- d nmbém, araoperméveagflo
maspode
de
ades
produqin
-. ¢;<_:i.-<__;~.-?,_--,,.,‘._ _ _
segurar que toda a organizaeéo seja permeada por uma comunicagéio cficaz. A B.
tr

tabela 7.2 resume diferengas importantes entre sistemas dc informagfio locais (e


p.cx.
os recursos aos quais proporcionam acesso) e sistemas de informagio externos, s'dénc
da perspectiva do gerente de informaefio. Além dessas duas principais catego- sara IQ otlzescfca,lé ca,on
b
B rosoca' De
6r' tender-se e
escro esp uemun'
so deEH5Q
m,

rias de informaefio compartilhada, os usuzirios individuals tambérn desenvol-


HS
verfio seus proprios sistemas de informagfio pessoal. Os gerentes de inforrnaeiio ?= := _-'We—=:.- 5.
cnrn CD‘ I've;
IJHD
precisarfio compreender a relagfio entre esses sistemas e sistemas locais ou S
E!“ 0b'e
externos e ter condieoes de dar treinamento e orientaqio que possam encorajar 01 E

a boa prética. Os principios de recuperagfio da informagfio que se seguem apli- estese


udan
UCDl'l3

cam-se a todos esses trés contextos: sistemas Iocais, sistemas externos e sistemas ed d usu Oulr §
-
s'slema comuns
gera snit cxper
enca
pessoais individuais. ncu deb'b
oseca0— depends
po eca _
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de

de
Dift
espos
renczuepsertaegma as zados
eas de
ntaprer
Lugar
nn'o
erenaustuoldedoc
:|-aha entdo Usuér pen-f‘b domum laerefas
Reflexéo Faga uma lista do alguns dos diferentes sistemas de recu- acler feonlse Usb'b
CaAmi
dos
stcas
rusuér Escrspec
ast
u0,
fioef'nt6star ase
dgare\9fr‘acent
'onrefQmnt|ag5o'fe|1s re basede
Depende
dados
B'b r 't|5r deb'
aotaer-eoca,porlo, cpangas,
rusué-
escr0ode oemrolsec {ar'bpébcas,
espec
os epessoas
ssexomasc '0b Usufir
0 HBIJITIJ

peragéo de inforrnagiio que vocé jé usou. A ._ -=ua.=r_


em
'b
‘co
8
de
emas
nha nternet nha essopu
dc =-enc deen0
S'st er8
ocumenios
Tabe
7.1
a gos buscasem
Serv
dc Cedcr om Cat0os
é BC I11 d

———— ._.." _ _ r -'-- .-.._F


166 RECUPERACAO DA TNFORMAQKO FUNDAMENTOS DA RECUPERACRO DA rNFoRMAt;.-5.0 167
Tabela 7.2 Sistemas locais versus sistemas externos Tabela 7.3 Ceragoes desistemas de recuperagéo da informagéo
Aspecto Sistemas locais Sislemas externos
Prirneira geracio Meladados Interfaces baseadas em comandos, usuarios
Coberlura Inclui tanto documenlos Provavelmente cobrem um maior mimero ' especialistas eintermediirios; mimero limitado
produzidos Iocalmenle de documentos da bibliografia publicada, de sistemas em linha nas instituigoes e
quanto dados de transagoes, oferecendo uma perspecliva mais ampla disponiveis externamente por meio de
e documentos externos da discipline. servigos de busca em iinha
Cuslos Os cuslos s50 prefixados, inclu- Em termos gerais os custos incidem sobre Segunda geragao Dados com interfaces baseadas em menus e comandos;
sive os custos de rnanutengao, o uso embora haja ampla variedade de texto integral recursos de recuperagio adicionais, como
que podem ser muito altos e eslratégias de pregns desde pagamenlo hipertexto e buscas em texto completa; inter-
é mais provével que se refirarn por consulta até assinaturas faces baseadas em DOS; previsto 0 acesso
mais a0 tamanho da base de pelo usuario final, mas nem sempre possivel
dados do que 5 amplitude de ou alcangado; sistemas em linha, com os
seu uso primeiros sistemas baseados em cederrom
Recursos Serao adequados aos Podem ter uma garna similar 5 da base
Terceira geragio Mullimidia Interfaces grzificas; foco no acesso pelo usuario
de recupe— requisitos iocais, no que de dados local, sendo, porém, mais
final; orienlada para o mercado e com énfase
ragéo tange a termos de indexagéo, provivel que exista um Ieque maior
de recursos mais elaborados; 0 usuério em pacotes de produtos; armazenamento e
campos recuperéveis e
precisa cle mais pericia na seleczio; distribuigio em cederrom ou em redes de alta
_ formato dos regislros
us esquemas de lreinarnento gozam capacidade; multimfdia; intermediario com a
de boa reputagéo, mas sao caros fungio de instrutor; maior uso no lar e em -'1
/
Treinarnento Variari a depender do Os esquemas de treinarnento lém boa ambientes de acesso pinblico
dos usuzirios amhiente local; pode ser reputagao, mas sao caros
uma fungéo importante dos 7.3 Projeto de interface
profissionais da informagao ti#i=+<i%J
Produtos Comumenie uma gama de Uma variedade de produtos tio ampla O capitulo 4 tratou dos estilos de dialogo basico on de projeto de interface que I-I:
produtos mais limiiada, uma quanto forem as possibilidades do
vez que as necessidades dos mercado podem ser adotados em sistemas inforrnatizados. Hoje em dia, a maioria dos sis-
usuérios podem ser menos temas funciona com uma interface gréfica que inclui:
diversificadas
Us uérios Urn grupo manor, mais homo- Crupo maior, muitas vezes classificado ' manipulaeao direta
géneo com rnenor diversi- por disciplina e grupo empregador
- selegfio cte menus
dade de interesses
- linguagens de comandos
Geracoes de sistemas de recuperagéo da informagio - preenchimento de formularios
' perguntas e respostas.
Os sistemas informatizados de recuperaeao da informaefio, em comum com
muitos outros sistemas, passaram por vérias geracoes nos filtimos 20 anos, as Ainda existem algumas aplicagzoes que ernpregam um on varios desses estilos
quais fizeram~se sentir em todos os tipos de sistemas cle informaeao. A tabela de diélogo em interfaces nao-gréficas. Nos sistemas amigos predominavam as
7.3 resume algumas caracteristicas das geragoes. Embora a filtima ou a terceira interfaces baseadas em comandos e as baseadas em menus. Ate ha poucos anos,
sejam de interesse primordial, “as geragoes anteriores sao importantes porque todos os sistemas de recuperaeao da informagfio baseavam-se em comandos.
Tais sistemas eram considerados impenetraveis pelo usuzirio inexperiente. A
- varios sistemas operacionais podem estar baseados em tecnologia antiga e necessidade de aprender a linguagem de comando era agravada pelo fato de que
pertencem a segunda geragao quase todo pacote de programa adotava uma diferente Iinguagem de comandos.
' constituem os alicerces dos sistemas mais avaneados de hoje em dia. As interfaces baseadas em menus surgiram como um meio de tomar os sistemas
_mais acessiveis para 0 usuario inexperiente e ocasional. Surgiram primeira-
Cada uma dessas geraeoes que se sucederam no tempo baseou-se na tecnologia meme em bases de dados em cederrom e em catélogos em linha de acesso pn-
mais avaneada de sua época, 0 que acarreta implicaeoes para a maneira como blico, além de algumas aplicaeoes especializadas em linha. Mais tarde, foram
os sistemas sao utilizados. Assim, como cada geragao surge da anterior, os tipos adotadas pelos servioos de buscas em linha como interfaces desses services
de dados armazenados nos sistemas, a conectividade de sistemas, a interface do comerciaiizados diretamente junto aos usuarios finais. Os primeiros sistemas
usuario e a natureza do grupo de usuarios passaram por mudancas gradativas.

_ -—- _ ' ~ -.—1 _.-_'———_—.—'—— A —4__,1,,_1... 7 7 .___ _,_ _ __ _-1


sit?’
ii. FUNDAMENTOS DA RECUPERACAO DA INFORMACRO 169
168 RECUPERACRO DA FNFORMACAO
if
-‘.
baseados em menus eram constituidos de menus muito simples de tela com- uma necessidade de busca. Se os termos ou codigos forem atribuidos por um
pleta, porém muitos sistemas, atualmente, contam com interfaces graficas. Os indexador quando a base de dados é criada, entfio a linguagem de indexacao
sistemas baseados em menus as vezes trazem embutido o emprego de comandos estara sendo usada na indexacao. Os mesmos termos ou codigos também po-
num ambiente baseado em menus, proporcionando ao usuario uma Iista de dem ser empregados como pontos de acesso aos registros durante as buscas.
comandos dentre os quais ele pode selecionar os que forem apropriados. Isso Ainda que a linguagem de indexacao possa ser diferente da linguagern de bus-
ainda exigetdo usuério que ele possua alguma nocao do efeito que tera a apli- ca, e’ evidente que, para que a recuperagfio tenha éxito, as duas devem estar inti-
cacfio de determinado comando, porém elimina a necessidade de ele ter de lem- mamente relacionadas. Mais tarde voltaremos a esta questio.
brar a forma exata de urn comando num‘ dado sistema de recuperacfio da'infor- As iinguagens de indexacao podem ser de trés tipos diferentes: linguagens
macao. Nas aplicaeoes de recuperacao da informacao, as caracteristicas de controiadas de indexacao ou sistemas de termos atribuidos, Iinguagens naturais
interfaces gréficas que facilitam 0 processo de busca incluern as seguintes: de indexacfio ou sistemas determos derivados, e Iinguagens livres de indexa-
gao. A seguir, examinaremos brevernente cada uma delas.
1 A facilidade de mover-se mais faciimente entre aplicacoes, de modo que,
por exemplo, com a mesma interface 0 usuario’ possa realizar buscas numa Linguagens controladas deiindexagio ou sistemas de termos atribuidos
base de dados extema, imponar algumas informacoes, entrar no pacote de No caso destas Iinguagens a pessoa controla os termos que sao empregados
processamento de texto para reformatar essas informacoes e, finalmente, como termos de indexacfio. As linguagens controladas podem ser utilizadas
enviar os dados reformatados a um colega por meio do correio eletronico. para nomes e outros rotulos, porém da-se mais atencao as que descrev;_rn assuri-
2 A utilizaciio de janelas, de modo que 0 usuario possa construir uma estra- tos. Comumente, uma lista de autoridade identifica os termos quetpgidem ser
tégia de busca numajanela enquanto consulta urn tesauro ou um sistema de atribuidos. A indexacao requer que uma pessoa atribua termos extragdgis dessa
-1’
ajuda em outrajanela. Terminada a busca, ajanela com a estratégia de bus- lista a documentos especificos, tomando por base interpretacoessubjétivas dos
ca pode permanecer ativa na tela enquanto os registros vfio sendo exibidos. conceitos presentes no documento. Nesse processo, o indexaclor pféflica uma
3 O emprego de manipulacao direta e a possibilidade de clicar em vinculos de certa discrirninaeao intetectuai ao escolher os termos que julga apr_cfp:riadosi -:1-(Y.~

hipertexto num -documento. Ha dois tipos de Iinguagens controladas de indexaeao baseadas=§:"rii assun-
4 O emprego de interfaces visualrnente mais atraentes e de facil compreenséio. tos: linguagens alfabéticas de indexacao e sistemas de classificac5o§_~j‘;Nas lin- '*7wIv
5 Faciiidade de navegacio em diferentes menus e aeoes disponiveis no siste- guagens alfabéticas de indexacio, como os tesauros e listas de cabecalhos de
ma. p assuntos, os termos que correspondem aos assuntos sao os nomes dos assuntos
6 Oportunidades para a exibicfio de documentos multimidia com, por exem- postos em ordem alfabética. Exerce-se controle sobre os termos a serem usados
plo, apresentaciio na tela dc fotograflas e videos. e se indicam as relacoes entre termos, mas os proprios tennos sao palavras
usuais. Nos sistemas de classificacfio cada assunto é representado por um
Em geral, portanto, as interfaces gréficas tornaram os sistemas de recuperacéio
codigo ou notaeao. Eles tém como principal finalidade iocalizar os assuntos
da informacao muito mais amigaveis para 0 usuario, mas existem al guns ambi-
dentro de uma estrutura que cristaliza as reiacoes que eles mantém entre si.
entes de acesso publico, principaimente onde um quiosque é empregado com
Os tesauros sempre foram uma caracteristica dos sistemas de gerencia-
essa finaliclade, em que a utilizacfio de todos os recursos de uma interface gra- memo de documentos projetados para a gestao de grandes acervos. Cada vez
fica seriam considerados confusos por uma grande proporcao de usuarios. mais se destacam em catalogos em linha de acesso publico e outros ambientes
de recuperacfio cla informacfio, despertando interesse sua utiiidade em apli-
Reflexéo Faga uma Iista dos aspectos da interface gr:-ifica que, em
cacoes na Internet. Os tesauros normalmente mostram o termo controlado de
sua opiniio, poderiam apresentar dificuldades para 0 usu-
indexacao, junto com termos relacionados, especificos e genéricos. Podem ser
zirio que fosse inexperiente no uso dessas interfaces.
exibidos numa janela durante a formulagfio da estratégia de busca para ajudar
0 usuario na escolha dos termos. Muitas vezes é possivel escolher os termos na
7.4 Linguagens de indexagio e busca lista do tesauro simplesmente clicando sobre eles. Nos tesauros é possivel usar
vinculos de hipertexto a fim de nos movermos entre diferentes ocorréncias do
Define-se uma linguagem de indexacao como sendo os termos ou codigos que
mesmo termo na lista. Outra apiicaeao dos tesauros e’ como base para a inde-
podem ser usados como pontos de acesso num indice. Define-se uma lingua-
xagao automatica. Todos os termos dos clocumentos que aparegam no tesauro
gem de busca como sendo os termosusados por um consulente ao especificar
‘*5
‘.

_ FUNDAMENTOS DA RECUPERACAO DA INFORMACAO . 171


170 RECUPERACAO on [NFORMACAO _
faz em cederrons ou por imermédio dos servioos de buscas em linha, em siste-
gerarao uma entrada no arquivo invertido. Encontram-se aplicaqoes dos tesau-
mas de gerenciamento de documentos e em canilogos em linha de acesso publi-
ros na criaeao de redes e bases semanticas de conhecimcntos.
co. Os exemplos do buscas realizadas nesses ambientes, mostrados em capi-
tulos subseqiientes, demonstram a utilizagao dessas Iinguagens. Alega-_se que
Linguagens naturais de indexagéio ou sistemas de termos derivados
as linguagens controladas dc indexagiio sao mais sistematicas c, ponanto, mais
Nao se trata efetivamente de linguagens precisas on invariaveis em si mesmas, eficientes e dc facil compreensao para quem faz a busca. As experiéncias feitas
mas da linguagem ‘natural’ ou corrente do documento que estiver sendo inde- a esse respeito nao conseguiram, no entanto, comprovar ral alegaqao de modo
xado. Falando dc modo estrito, os sistemas baseados em linguagem natural sao convincente. O dilema com que se defroniam os projetistas de sistemas esta em
apenas um tipo de sistema dc termos derivados, que é aquele em que todos os que, se oferecessem, no contexto dos gigantescos bancos dc dados disponiveis
termos dc indexaoao sao extraidos do docurnenlo que esta sendo indexado. Por na Intemet, algo além da indexaoio baseada em linguagem natural, 0' custo
isso, os indices de autorcs, indices de titulos e indices dc cita<;6es, bern como in- disso seria proibitivo. Por outro lado, a indexagao com linguagem controlada é
dices de assuntos baseados em linguagem natural, sao sistemas de termos deri- considerada util num ambiente estimulante para os usuarios neofitos porque
vados. Quaisquer termos presentes no documento sao candidatos a termos de nao terao que navegar por todas as variantes inerentes a linguagem natural.
indexagao. Tradicionalmente, da-se preferéncia aos termos presentes nos tim- Grandes esforgos vém sendo feitos no sentido de desenvolver interfaces de
los e resumos, porém, cada vez mais se utiliza o texto integral do documento sistemas que lidem com essa variabilidade, tanto implicita quanto explicita-
como base para a indexaqao. A indexagao baseada em linguagern natural que mente, em beneficio do usuario. Muitas bases de dados incluem tennos extrai-
se vale do texto integral do documento pode resultar muito minuciosa. Ha dos de linguagens controladas de indexagao (com freqiiéncia incluindo nao so
sistemas em que convém adotar um mecanismo que decida quais termos sao os linguagens alfabéticas de indexagio, mas também esquemas de classificaofio),
mais importantes na indexaoao dos documentos. Esses rnecanisrnos muitas além dc suportar a realizaeao de buscas nos textos dos registros, abrangendo
vezes se baseiam na analise estatistica da freqiléncia relativa de ocorréncia dos assim todas as opqoes. A tabela 7.4 relaciona as opgoes.
termos. A indexagfio baseada em linguagern natural pode ser realizada por um
indexador humano, ou automaticamente pelo computador. O computador inde- Tabela 7.4 Comparagao entre linguagens de indexagao controladas
xa cada termo presente no documento, exceto os de uma lista de termos prol‘- e néo-controladas '
bidos, de extensfio limitada, com palavras muito comuns, ou indexa apenas os Vantagens Desvantagens _
termos que so encontrem num tesauro armazenado em sua memoria. -
Linguagens de Baixo cuslo; processo de buscas Maior carga de trabalho para o
Linguagens livres de indexagao indexagio simpiificado; possivel fazer indexador; podem-se perder
nan-controladas buscas no conleuido total da informagoes que estejam in-
Uma linguagem livre de indexagfio nao pode ser conticla numa lista. A indexa- base de dados; toda palavra ciuidas implicita mas nio ex-
tem valor de recuperagio igual; pllcitamenie no texto; ausén-
qfio éplivre porque nao existern limitagoes quanto aos termos a serem emprega-
sem erros humanos dc indexa- cia de vinculos do genérico
dos no processo de indexaqao. A indexaoao baseada em linguagem livre difere géo; sem demora na incorpo- para o especificn; é preciso
da baseada em linguagem natural devido a que esta é determinacla pela lin- ragao de termos novos conhecer 0 vocabulirio da
guagem do documento que esta sendo indexado, enquanto a primeira nao o e’ — disciplina
qualquer termo apropriado serzi atribuido. A indexagao baseada em linguagem Vocabulirio Resolve muitos problemas sen1€m- Cuslo alto; possiveis inadequa-
controlado ticos; permite que relagées de goes de coberiura; erro huma-
livre pode ser feita por um indexador humano, quando a qualidade do indice género-espécie sejam idenlifi- no;possibiIidade de vocabula-
dependera em muito do conhecimento do indexador sobre 0 assunto e sua ter- cadas; mapeia areas do rio desatualizado; dificuldade
minologia. A indexagao livre informatizada é, para efeitos praticos, o mesmo conhecimento de lncorporar sistematicamen-
te todas as relayées relevantes
que indexaoao baseada em linguagem natural, uma vez que 0 computador pre- entre os termos
cisa ter uma base a panir da qual os termos serao atribuidos. Ta! base é cons-
tituida norrnalmente pelo texto do documento que esta sendo indexadoa
7.5 Légica de buscas
A indexaeao baseada em linguagem natural e a indexaqao baseada em lin-
guagem controlada sao amplamente empregadas em muitas aplicagoes no cam- A logica de buscas constitui o meio de especificar combinapoes de termos que
po da recuperaqao da infonnaoio. Ambas sao utilizadas na recuperaefio que so devam ser obticlas para se chegar a uma recuperagao bem-sucedida. A logica
<

u
FUNDAMENTOS DA RECUPERACAO DA INFORMAQAO [13
I72 m§:cu1>aaAcAo DA INFORMACAO
representar E e 0 sinal + para representar OU. E comum usar-se mais de um
booleana’de buscas é utilizada na maioria dos sistemas. Pode ser empregada para
operador num enunciado de busca, como, por exemplo, em:
ligar termos de linguagens controladas ou de linguagens naturais de indexaeao,
ou ambas. A logica é empregada para ligar os termos que descrevern os conceitos _i PROCURAR TELENOVELA? ou TELE( )NOVELA E POLlTICA
presentes no enunciado de busca. De vinte a trinta ou mais termos de busca i

podem ser ligados mediante a logica de busca, a fim de expressar o enunciado de i Uma vez introduzida uma seqiléncia de operadores, é preciso levar em coma a
busca. A légica de buscas permite a inclusao no enunciado de busca de todos os 1 prioridade de execuoao. No exemplo acima, convém especificar se a busca deve
sinonimois e termos relacionados, além de espeoificar combinagoes aceitaveis e ‘ser realizada assim:
inaceitaveis de termos de busca. A-s estratégias do busca-muitas vezes precisam
ser mais gompiexas, no caso de termos da linguagem natural, a fim de expressar A PROCURAR rsusnovam? ou (TELENOVELA E POLlTlCA)
todas as possiveis variantes ortograficas e os quase-sinonimos. Os operadores '. QU HSSIITII
logicos booleanos sao E, OU e NAO. A figura 7.2 emprega diagrarnas de Venn
para rnostrar como se usa cada um desses operadores. PROCURAR (TELENOVELA? OU TELE( )NOVELA) E POLTTICA
Numa busca em linha os enunciados dc busca sao apresentados um de cada
vez. havendo a possibilidade de retroalimentaeao a cada etapa. A pessoa que faz iCada pacote de programas (ou serviqo de busca) possui suas proprias regras de
a busca especifica um enunciado de busca e o computador responde indicando gprioridade (por exemplo, E pode ser sempre processado antes de OU), e uma
a quantidade de registros relevantes. Com esse tipo dc recurso de busca, a ibusca, para ser bem-sucedida, vai depender da observancia dessas regras ou do
estratégia pode ser reflnada para se chegar a uma saida satisfatoria. ;uso adequado dos parénteses. Os parémeses foream a prioridade e muitas vezes
Eoferecem uma especiflcaoao clara da perspectiva de quem faz a busca.
Opera- Tipo de - Diagramas de Venn Significado
dor busca
>
ikeflexéio Analise os dois enunciados de busca acima e explique a di-
E Conjunliva y Produlo légico, simbolizado pom E a, A, B, A x B ‘ ferenga entre eles.
: 25%? ou (A) (ll). Ambos os termos A e B devem ser atri-
buidos ao documento para ele ser recuperado,
5 gl
p. ex., Palcn x |iuminil§50 1 Salio de bails Logica de busca com classificagao por ordem de relevancia
implica que todos esses termos foram alribu|'- ,|e maior coincidéncia
dos ao documento para que fosse recuperado
lNa maior parte dos enunciados de busca é possivel indicar que certos conceitos
OU Soma légica, simbulizada por A ou a, nu A + a. isao mais importantes do que outros que estejam proximos. A iogica dc termos
Adm“
I 4:-“E;‘.j<§=>,.~f :5;-=':Yf""?;:_ Apenas um dos dois termos do indexagio, A ou
=
I er
%>
><:”"‘~i =5 a, deve estar associado ao documento para ser
recuperadc. Este operador é comumenle in-
iponderados pode ser inciuida na formulaqao de perfis do buscas, desempe-
,nhando, por si rncsma, a funeao de logica de busca ou servindo de meio para
cluido quando A e a sao considerados equiva-
F lenles para 0 objelivo da busca, p.ex., Bilhar + idiminuir ou ordenar (classificagao por relevéincia) 0 resultado de buscas cuja
Sinuca recuperaria 05 documento; a que hou- ilogica basica é booleana. _
vesse sido atribuido o termo‘Bilhar’ ou Sinuca’.
H Numa aplicaeao em que a logica de termos ponderados seja a principal logi-
. Diferenga logica, simbolizada por A NAO B, ou
§ca de busca, a cada termo de busca dc um perfll do busca sera atribuido um peso.
NAO Sublraliva __\,_\:’_;
§Este peso pode ser atribuido pela pessoa que faz a busca, porém o mais comum
A -- B. O ter:-no de indexa<,'fi0 A deve ser alribui-
do, e alribuidu na aiuséncia do lermo a, para gé ser atribuido automaticamente. A atribuigao automatica de pesos baseia-se
que 0 documento seja recuperado, p.ex.,
I "I’»i1-iii5:‘
logos dc bola --Golfe pede todos as documen-
iem geral no algoritmo de freqiiéncia inversa que pondera os termos de acordo
i1 los sobre jogos de bola exceto aquelas onde gcom a freqtléncia inversa de sua ocorréncia na base de dados. Assim, palavras
‘Golfe' lambém foi atribuido. icomuns sao desprezadas por niio terem serventia alguma na identiflcaeao
i
Figura 712 Operadores logicos booleanos iprecisa dc documentos. Se os pesos forem atribuidos por quem faz a busca eles
isao ligados a uma classificaoao da relevancia do documento que for encontrado
;contendo esse termo como termo de busca. Os perfis de buscas combinam os
Os operadores booleanos E, OU e NAO também estao sujeitos a algumas 'tennos e seus respectivos pesos numa soma simples, e os itens classificados
variagoes. Por exemplo, alguns sistemas utilizam E NAO. Também muitas vezes como adequados para recuperaoao serao os que apresentarem pesos superiores
podem _ser_abreviados, de modo que, por excmplo,~um asterisco * é usado para l__._.
1
.-. - - _ __ _ _ -._ _.. 7_ _=_ _ _‘_ _ ___
1,.

FUNDAMENTOS DA RECUPERACAO DA INFORMAQAO 175


174 RECUPERACAO DA ENFORMACAO
selecionados para exibicao ou impressao. Nessa aplicaoao, a classificaeao por
a deterrninado limiar de ponderaqao. Mostra-se abaixo um perfil simples de
ordem de relevancia é mais comumente alcancada por meio de uma analise do
disseminacao seietiva de inforrnacao que adota a logica de termos ponderados:
numero de ocorréncias de termos de busca ou acertos no documento.
Descricfio da busca: O emprego de isotopos radioativos na medigao da S50 diferentes os indices invertidos que precisam ser criados para suportar
produtividade do solo. Um perfil de busca simples (que nao explore todos os buscas booleanas e classificaeao por ordern cle relevancia, respectivamente. Um
sinonimos possiveis) seria: indice invertido pode ser armazenado na forma dc uma grande rnatriz, em que
cada fileira corresponds a um nnico termo, e cada coluna a urn dnico registro.
Solo Plantas Uma busca booleana exige simplesmenie que cada uma das células dessa rna-
Radioisotopos Alimento triz tenha valorligual a um ou zero. Um mecanismo que adote algum tipo de es-
Isotopes Meio ambiente quema dc ponderacao de termos precisara que a célula da matriz tenha um va-
Radioarivo Agricullura lor, digamos, igual a n, sendo n o resultado de uma funcao mais complexa de
Radiaeao Produtividade diversas variaveis. Esses valoros podem ser calculados com base nas ocorrén-
V\LIlO\- l -IO Quimica agricola - —-\)|\.)u.»-IA Agua. cias de termos. Cada registro é considerado um vetor ou seqiiéncia de valores.
Deve-se estabelecer um limiar dc peso que seja apropriado a especificidade da 7.6 Recursos de buscas
consulta formulada pelos usuarios. Por exemplo, um limiar de peso igual a 12
recuperaria documentos que teriam as seguintes combinacoes de termos atri- A maioria das aplicagoes dc recuperacfio de informaeao dispoe de recursos usu-
buidos, e esses documentos ou registros seriam considerados relevantes: ais de recuperaeao, desenvolvidos com a finalidade de atender a um ambiente
baseado em textos, onde o usuario nao sabe de antemao quais sao os documen-
Solo e Plantas tos ali existentes e/ou desconhece os termos a partir dos quais osi registros
Solo e Radioisotopos podem ser recuperados. Em outras aplicaeoes de bases de dados, 'en'1;que os re-
Solo e Quimica agricola gistros sao recuperados por meio de codigos atribuidos previamenrejiquitos dos
Radioisotopos e Quimica agricola recursos relacionados a seguir nao sao necessaries. Esses recursos atendem a
Solo, Alimento e Agricultura. l incerteza encontrada em sistemas baseados em documentos, corno os de ser-
vicos extemos de buscas em linha, sistemas de gerenciamento de doeumentos,
Seriam rejeitados os documentos que contivessem os seguintes termos alri- muitas aplicacoes em cederrom e catalogos em linha do acesso pfiblico. Na
buidos, em virtude de os pesos combinados de cada um dos termos identificados tabela 7.5 encontra-se uma lista dos principais recursos e suas fimqoes. Nos
nos registros nao ultrapassar 0 limiar preestabelecido: sistemas baseados em comandos tais recursos sao acessados por meio de um
Produtividade e Agua comando apropriado; em interfaces graficas, as opcoes podem estar embutidas
Alimento e Solo em menus descendentes, botoes ou caixas de verificaeao em caixas de dialogo.
Radioativo e Agricultura.
Recursos de configuragao -
Alternativamente, é possivel nao usar qualquer limiar de ponderacao e, nesse Configuram o ambiente no qual ocorrera a busca e, portanto, dependem dele.
caso, os usuarios simplesmente receberao registros em ordem clecrescente de S50 comuns recursos de aj uda e mensagens, bem como de conexao, as vezes na
valores, podendo fazer sua propria opcao sobre ate’ onde poderao chegar no
forma de recursos de entrada [log-on] e saida [log-ofl]. Interfaces baseadas na
exame da lista desses registros. Rede muitas vezes tambem oferecem acesso a informacoes sobre o sen/ico de
Pode-se também adotar a logica de busca com termos ponderados para com- buscas, suas bases de dados e condicoes para prestagao de servigo aos clientes.
plementar a logiea booleana. Ai, a logica de temios ponderados constitui uma A selecao da base de dados geralmente representa outra fungao preliminar.
forma de lirnitar ou classificar os resultados de uma busca feita com 0 ernprego
de um perfil de busca formulado em termos de operadores logicos booleanos. Selegéo dos termos de busca
Na busca, e antes do ser exibida no video ou impressa, as referéncias ou regis-
tros sao classificados pela ponderacao alcaneada, e os registros que apresen- A exibicao de listas de termos de busca ajuda a identificar estes termos, e pode
tarem classificaeoes suficientemente altas serao julgados mais relevantes e mostrar lIBflTlOS de indexacao ou busca e as vezes o numero de lancamentos.
‘"7’

I-‘UNDAMENTOS DA RECUPERACAO DA INFORMACAO 177


176 RECUPERACAO DA INFORMACAO
Tabela 7.5 Recursos de busca usuais auxillo de uma logica de busca, conforme vimos na secao 7.5. E comum adotar
a logica booleana de buscas ou a classificagao por ordem dc relevancia.
Recurso Fungi‘;

1 Recursos de configuragio, p. ex., Configura 0 ambiente Especificagao dos campos


ajuda, noticias, saida do sistema A especificacao das secoes de documentos ou campos de registros que serao
2 Selegio dos termos de busca Permite a quem faz a busca identificar
possiveis termos de busca ao exami-
objeto de buscas, isto é, a possibilidade de fazer buscas sobre a ocorréncia de
nar listas de termos de indexagao ou tennos em determinada secao do um documento ou campos especificos dc um
- tesauros ' -' ~ - registro, facilita a realizacao de buscas mais precisas. A fim de-poder especifi-
3 Entrada de termos de busca Permite a quem faz a busca inserir cs car rotulos dc campos apropriados, é preciso conhecer os campos presentes na
termos de busca base de dados e quais aqueles que sao indexadas para que as buscas baseadas
4 Cornbinagéio dos termos de busca Perm ite 0desenvolvimentodeestratégias em campos sejam bem-sucedidas. Muitas vezes é possivel fazer buscas numa
de busca com o emprego da Iogica de
buscas
combinacao de campos ou segoes.
5 Especificagéo de campos Perrnile escolher os campos nos quais
aparecem termos de busca Truncamento e seqiiéncias de termos de busca
6 Truncamento Permite que as buscas sejam feitas em
cadeias de caracteres que n50 formam
O truncamento serve para fazer buscas em radicais de palavras. Ao empregar
palavras completas o caractere indicativo de Ktruncamento, no comeco ou no fim de uma palavra, o
7 Buscas por proximidade, adjacén- Requer que as palavras estejam presentes sistema é instruido a fazer uma busca de uma seqiiéncia de caracteres, inde-
cia e contexto em determinado contexto pendentemente de essa seqfiéncia forrnar ou nao uma palavra completa. Por I
1
=
8 Buscas e iimitagao de amplitude Realiza buscas numa faixa de amplitude exemplo, se o usuario solicitasse uma busca sobre Livr* isso recuperariaregisl
9 Exibigéo dos resultados das buscas Mostra ao usuério quantos documentos tros que incluiriam palavras como Livro, Livros, Livraria e Livreiro. A utili-
e referéncias com os termos de busca
foram encontrados zaeao do truncamento elimina a necessidade de especificar cada variante de
10 Exibigéo dos registros Mostra os registros na tela uma palavra, simplificando assim as estratégias de buscas. Isso é particular-
11 Gerenciamento das buscas Permite rever as buscas feitas mente util no caso de sistemas de recuperaeao da informacao baseados na lin-
12 Opgoes avangadas de exibigao Para comportar registros em bases de guagem natural, em que as variacoes terminologicas nao sao controladas.
dados de texto integral O truncamento mais importante é a direita, no qual sao ignorados os
13 Consultas conjugadas ou combi- Agrega os resultados de buscas de caracteres situados a direita da seqiiéncia de caracteres. O truncamento it es-
Midas grandes conjuntos de acervos disper5OS querda sera util em situagoes onde ocorrem diversos prefixos. Isto é especial-
de documentos
14 Exibigio do lesauro Exibe os termos controlados de indexagio mente util quando se fazem buscas em bases de dados na area da quimica. Por
e as relagoes entre os termos exemplo, “‘aldeido recuperaria registros de ‘aldeido’ combinado corn diferentes
15 Hipervinculos Permite aos usuarios navegar entre prefixos (acetaldeido, monoaldeido, paraldeido, etc.). O truncamento, ou mas-
ocorréncias de termos em diferentes cara, como é denominado neste contexto, as vezes existe para ser usado no meio
registros ou entre conceitos interligados das palavras, quando serve para atender a formas ortograficas alternativas.
por vinculos de hipermidia '
Assim, por exemplo, D|RE$(,‘AO buscara registros de DIRECAO e DiREC¢AO.
Em alguns sistemas, a fim de controlar a série de palavras variantes que
Entrada de termos de busca _ seriam recuperadas por causa de um truncamento, e’ possivel especificar o nu-
mero de caracteres que aparecerao depois da seqdéncia onde houve o trunca-
Apos selecionar um termo de busca, deve-se inseri-lo. lsso implica simples-
mento. Por exemplo, S-EMPLOY??? seleciona registros que tenham um maximo
mente que se clique o termo numa lista de termos de busca, se digite o termo,
de trés caraeteres adicionais.
on se use 0 termo como componente de um enunciado mais complexo.
Buscas por proximidade, adjacéncia e contexto
Combinagéio dos termos de busca
Muitas vezes a descriefio de um assunto fica mais clara com o emprego de uma
Os termos de busca podem ser combinados em enunciados de busca com o
l78 RECUPERACAO DA INFORMACAO FUNDAMENTOS DA RECUPERACAQ DA INFORMAQAQ 179
expressfio composta de duas, trés ou mais palavras. Certos assuntos, como Exibigio dos registros
lnformagao Cientifica ou Vantagem Competitiva, precisam de duas palavras
para serem expressos. Convém que seja possivel fazer buscas dessas expres- Concluida com éxito uma busca, é precisa exibir os registros correspondentes.
sfies. Uma opgiio ébvia é fazer uma busca em que as duas palavras estejam Os catalogos em linha de acesso pirblico exibem em primeiro lugar uma linha
unidas por E. Por exemplo: de cada registro, deixando que o usuario determine a exibigfio do registro com-
plete. Os serviqos de buscas em linha oferecem uma variedade de comandos
Informaqfio E Cientifica para a exibigfio dos registros na tela, impressao fora de linha e importagiio dc
dados. A norma $50 os fomratos predefinidos, porém estfio ficando cada vez
Assim seriam recuperados registros com essa expressio, mas outros também mais comuns os formatos definidos petite usuério. Além de especificar 0 formato
seriam recuperados onde ocorrem as duas palavras, mas nao juntas uma da de registro, é preciso que os usuarios possam especificar os registros que devem
outra. Este método, ponanto, sé permite uma busca rudirnentar dc expressfies. ser exibidos. A tendéncia dos catélogos em linha dc acesso pirblico é deixar que
Outra opgzfio é annazenar esses termos unidos, por exemplo, com hifens, os usuérios selecionem os registros c fargam sua exibigao um a um. Os cederrons
que assinalam que os.mesm0s formam uma expresséo. Assim, Inf0rmac;€x0— e os servigos dc buscas em linha possuem comandos ou op<;6es que permitem
Cientifica seria armazenado como um finico termo no arquivo invertido. Este indicar qual conjunto de registros sera exibido.
método é satisfatério, mas se aplica principalmente a indexagzfio controlada; as
expressfies sao assinaladas na etapa de entrada, e quem faz as buscas deve inse- Gerenciamento das buscas
rir 0 termo obedecendo exatamente a mesma forma com que ele originalmente
teve entrada na base de dados. O gerenciamento das buscas inclui a possibilidade de rever a es_5t_ratégia dc
"Uma opqfio mais flexivel consiste em usar operadores de proximidade. Ha busca que foi adotada e salvar, permanente ou temporariamente, urg perfil de
vzirios tipos de operadores de proximidade. Eles podem determinar que: busca para utilizagao subseqtiente. p . '5“F
1?"
an
° duas palavras se encontrem uma em seguida a outra Op<;6es avanqadas de exibiqfio
- duaspalavras se encontrem no mesmo campo ou paragrafo Os registros de bases de dados dc textos integrais sao longos, sendo comum um
' duas palavras se encontrem a uma disténcia especificada uma da outra, registro completo ocupar vérias telas. Em tais circunsténcias, recursos espe-
sendo indicado 0 mimero méximo dc palavras que devem estar entre elas. ciais de exibigfio servem para que se passem os olhos em partes relevantes do
texto. Convém contar com 0 recurso que permite que 0 texto fique parado na
Buscas de amplitude e limitagao de amplitude tela assim que ela é totalmente ocupada, bem como recursos que permitam ler
As buscas de amplitude sao especialmente ilteis quando se selecionam registros 0 documento para diante e para tras_ Se 0 texto for dividido em parzigrafos
com base em campos numéricos ou de datas. S50 empregadas, por exemplo, numerados, sera possivel selecionar. alguns desses parégraf0S para exibigzao.
para seiecionar registros de acordo com um campo de prego ou de data de publi- Outro método consiste em empregar um recurso do tipo KWIC que mostra
cagao. Operadores de amplitude razoavelmente comuns 550: termos dc indexaefio pertinentes junto com pedagos de textos adjacentes em
pequenasjanelas. Outra opgao que pode ser ritil é a possibilidade de colocar em
EQ igual a LT menos que ordem um conjunto de registros antes de sua exibiqfio. Uma forma mais con-
NE nfio iguai a NL 1150 menos que veniente de apresentar dados numéricos ou financeiros é em ordem inversa ou
GT maior do que WL dentro dos Iimites decrescente. Algumas bases de dados financeiros oferecem a possibilidade de
NG néo maior do que OL fora dos limites. apresentagio e anélise estatistica.

Exibigio de buscas ou conjuntos de resultados Consultas conjugadas ou combinadas e buscas em mfiltiplos arquiyos
Mostra ao usuario quantos documentos e termos de buscas e referéncias foram Se houver varias bases dc dados que gerem registros pertinentes em resposta a
encontrados, indicando, assim, quando seria apropriado especificar ainda mais uma consulta, como acontece nos servigos de consulta em Einha, talvez valha a
a busca. - pena dispor dc recursos cte buscas em mfiitiplos arquivos. A opqao de busca em
mfiltiplos arquivos mais amigavel para 0 usuério é a que permite que se fagam
buscas em diversas bases dc dadosscm ser precise reformular a estratégia ori-
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FUNDAMENTOS DA RECUPERACAO DA INFORMACAQ 181
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oamroamacao ~
'--5+ V‘ :51’ . O * ' ' mais metodicas do que outras na formuiagao das estratégias de busca, porém, 0
i; p ginal._Isso exige que osisrema faea os ajustes necessaries nos termose campos
"'-7":-'*" Ii" ‘jj deibusca a serempesquisados. As técriicas mais aperfeigoadas dc buscas em objetivo de cada uma deve ser:
fim';l_tiplos arquivos produzirao, entao,-,um oonjunto integrado de registros ex-
-*'frl-1'!‘
-,l‘»'l=“*-1~>—?-i 5£~i-*=":i~~ ‘;€3’11- 7 - " traidos. >de varias bases-de dados, "sendo eliminados os - registros em duplicata. - recuperar um rifimero suficiente de registros reievantes
f“~»‘:,?-71'"->I.‘.~'»a~"
-"iv -'5‘ '1 ',.--'.I“'fi ‘- .“ ~ >1 -. - .
.- »
r ‘ - ' ' evitar que sejam recuperados registros irrelevantes
' evitar recuperar urn nfimero excessivo de registros
'*.1_-‘1t;_;k-fie;-§§.'."_pf;-Y-_A
-1' ‘=-‘W1-*~.<.r.-€ _ 2 Exsblcao
. » do
_ tesauro- . » . _ A, - _ - _ I - -
> *1 w ---- '_..: - ' evitar recuperar um ruimero insigniflcante de registr0s_
~'l‘1 11 " r ,.. ...
,5.-;fl__-i Quando se adot_a uma iinguagem §p_ntrolada' dc ir1de_>_<_a<;ao para a obtcngao de
‘_,\:'.f.,*i-(5%;-_L';_-5-;f~:_~_;-;_ V,-_3§_'_-'_-_;-;r_/,;"'-'», ' _ ' -1; ~.» ~ ;_, I ~ , :.__.._. 1 ‘- _ _ . _ , . ..
.*.~_;.;r,;;;,-s<;¢'-,1":-‘;»_-15+ ' r .ten7nos de mdexagao, e precrso, em geral, que i’_1fl]8 urn tesauro dispomvei em _ V Muitas vezes Era preciso ampliar odresrririgir uma buscavcom base no éxito do“.
F-~:_ ~:a~¢e*.=.. -_='.i;.. 7‘
--XL
(Q, ' l
. I“ . - '-
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' - - _ ~‘ . . ‘
'" -- f0rmat0_1mpresso ou em lmha. Ele contem 0 vocabulario controlado e_mpre_-
r
. - "enunciado de busca inicial. Isso é feito com o emprego de varios dos recursos
- .. or . de recuperaeao examinados na segao 7.6 ou com a inclusao de termos dc busca —
gado E as relagoes emre terr'nos,§sendo, portanto, umalferramenta util para res-
? §"“*i'57*5r¥?7=i?5 - r tringir ou ampliar os assuntos “das buscas. Convérrrque o_t_esauro seja exibido diferentes. A formulaoao eficaz de uma estratégia de busca exige conhecimcnto
~l*:“§-iii "?‘- ' ‘ . . . . .a . . do assunto, das bases de dados e da bibliografia que é objeto da busca.
"'"l""”‘
.. ._..‘
1 1 -

-11l-.'J'.3-.3.=‘~.-
I I ‘ \-
l'lL1m3j&fl6lE para B._]L1Cl2ll' os usuarios na elaboraeao das estratégias de busca.
V-'_ —w-.-l ‘ ' '- ' - Diferentes estratégias de busca prestam-se a diferentes -tipos de buscas.
_~._r;-;¢~;;;|_- - ‘Alguris sistemas contam com tesauros de linguagem livre que most_rar_n_r_ela-O
"=§»§%3’é“' - Yr ’ <;<':'>_es'entre " -» Forarn propostos quatro tipos do estratégias de busca:
i _
1 .-, =,.,‘-,._w, Q -4-‘ _ v _ -_ .. V termos,
. . porérn -exigem consideravei
, . esforoos para- serem
- oriados;As
r i _ i interfaées graficasofeirecem possibilidades fascinantes para a exibi<;ao;de;tef-_ 5 1 Busca rapida é a que emprega E para recuperar apenas alguns artigos. Isso
a ri
'. _'§'_._=:..--._J.
H“
V“-.‘ v, -l-‘ _'__
* K_ k ' ’
. h' - sauros em forma de-diagramas, que mostram mfiltiplas estruluras hierarquicas l i atalvez corresponda a tudo que é necessario, ou 0 rcgistro_localizado pode ser .
*. .~-.-.e':.~_-“s .
§il;"T,;j¢;¢?.~
i s.‘ I -‘ _".”" '- .' - . e op<;6es de aberrura automatica de conjuntos de classes e subclasses .
X »

V usado como base para uma busca subseqiiente. '
, .
;'1-[\eg.-‘
._I. :~'..f-"*' _=_\‘l;3:‘3»
. Y _' 2 Element0s_c0nstrutiv0s é aquela em que a consulta origirial é expandida »
__ 3-_-_f-_::_»i ‘-\__ l l - Hi pervinculos i .
’rl.1"'-47'“->-' ~ --
~-gr"--=-,;‘,'.;.. .‘v~
MU-_ .1; ,,,- _ .
tomando-se cada um dos conceitos numa consulta sucessivamente e in- 1 -'
f _ _ A . Muitos sistemas,_inclusive a Rede Mundial, oferecem buscas baseadas em cluindo seus sinonimos e termos relacionados usando OU. Todos os concei- »
,':=i='-1* 1 - hipervincuios, Asyerdadeiras buscaspem hipertexto dependern do estabele- l p tos sao em seguida cotejados por meio do operador E, afim dc chegar ao‘c‘on¥
¢.‘-~_.,-¢__'~_i_;l\_,-
ph ' O - cilfientoi por parte dc um indexador,*de irirreulos coriceituais entreos docu- ' jtmto final. Esta estratégia é exaustiva, mas torna tempo. __"
Fl‘i - .s_ ' I mentos. Os'1criadores' de paginas da-Rede muitas xfezpesiajdotamp-isso quan‘do'.in- ' ' 3 Fra(;6‘es’sucessivas é um método para diminuir um conjunto grande me-
2.!-.‘;..’.T';’.¢.‘E--*.=<.~* . » p l diante a selegao a que é submetido com o emprego de E e NAO.
35-jr_:_; = r _ dieaifioriais os termos que deveinser usados como-ligaqoescom-outras pagihas.
1’ 17'-aa; j-:_ , _Numa grande base do dados;'~eritretanto; essa é -ujrna atividade que requer mac» - 4 Desdobramento de uma citagao-matriz, que emprega um pequeno con-
i .'-1:-5"‘-_:“ '- r ." ' . -- . ‘ '- -, -- - - . I - -
7?; - Ade_-jobraintensava. Uma _a1_te-_rnati_»va e_ apoiar-se no contaudo; "inclusive 0 texto e junto de registros ou somente um registro como inspiragfio de termos de
':'.‘:;€~f‘\§i_f,;'_i:;f:lL;'.:_*,_‘ * optrqs o_bjerosid_o-Aregistro, e usar a ocorréncia de objetos ou termos como base busca adequados, realizando-se enlao as buscas sob esses termos.
.._r.;,__, .
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.0 '* *r"?- '“_,
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J-» _ < Tparaios \ii1il:ui'o$ do ijiipefiriidiaz Assim, seo niesmotermo ou obj eto aparecer em
A-_-:2-r.=' ?»-Y ‘ ~
< i,->._;£_=_.'-;;',-'.‘- *; <4:
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[CglStl'QSZ0L1~Id0C'L!fIl§fl{QS,
_ ll _ ‘ _ . ‘ _
o._i_:suar_1o
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podera passar de um registro para . Reflexfio Apresente alguns exemplos de histéricos de buscas que
_;’__'_#“r\I-}=',§;=j_;'T=1s_*<i'.' * _ '-if-i--7 l 0-ut:'»'().>‘l3l~l-c,.3_l1;_(1Q_‘,fl0tfl1’t1'i0‘Qt{1_9bjQtO, sem voltar explicitamente ao indice.
é ~ - ..
ilustrem cada um dos quatro tipos de estratégias de busca
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> .. -11 '~ . - - ._ , , ,,
. . . . . . . . . . . . .. apontados acima.
~ " 1- Rafleitio Quais;dosrecursos do busca acima indicados que um usu-
s.- . V w- . l
.. ',-..~f»~~'=_.r-
-"1;-v,"~\'-;~<<1:*
“' 7.8 Usuarios
.. .. . . . =‘~ >
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. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . - - . . . - - - - - --
As segoes anteriores deste capitulo concentraram-se nos sistemas, especifica-
".'T .-’."-?,‘_,*:l| ' .. * ‘- '.j,3(='; 7.3-‘
f;i-;_;’. . 1: ' - ;>_ mente os elementos concementes ao programa dos sistemas de recuperagao da
f._"_?_-‘ i ;_'' 7.7;_ E_str_at_eg|as de buscas -- ~ - . informagéo. O objetivo dc qualquer sistema de recuperacgao da informagao é ser
..-r~p.'Z‘.I_~\."';.
,_-.-.1.--= l .. ‘- \-
‘ - ' .| .; l “As segoes ariteriores ekaminararn sucintamente os componentes de um sistema usado pelo grupo de pessoas para as quais foi projetado. Os projetistas defini-
—-*'3""-*i~= - >“ “ de recuperaoao de informaooesf As ferramentas oferecidas por esses sistemas ram o conceito de usabilidade, que reflete essa prcocupaeao com os usuarios:
4* Jr“: 'T§.;;;"‘7
“'-.' 0_i " . 5’ ' p devem ser usadaspelo consulente dc forma tal que lhe permita realizar buscas
A usabilidade do um produto é o grau com que usuarios cspccificos podem alcangar
.3: ~; -_: ,1 bem-sucedidas. O conjunto de decisoes e agfies tomadas durante uma busca é
metas especificas em determinado ambientc; com eficacia, eficiéncia, comodidade
-;g;....._-.-I-.k. - ‘s (conhecido como izstratégia do busca. Algumas pessoas que fazem buscas sao e de maneira aceitévcl. [Booth I989]
:5 ‘I-~i::="=-;+;, ' ' -
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, 1.'~-.-.I’.'-
aw‘ \ ~ l -
'-'-‘.¢‘1'¢‘s‘-’\
FUNDAMENTOS DA RECUPERACAQ DA INFQRMACAO
l 32 RECUPERACAO DA INFORMACAO
que podem ser porradores de deficiéncias visuais ou audifivag, on {er neces-
Mais especificamente, os componentes de usabilidade que foram identifica- sidades fisrcas especificas ou distdrbios dc aprendizagem Q sistema deve ter
dos por Bennett (1984) e mais tarde operacionalizados por Shackel (I990), de condicoes para suportara 1'l€CCSS.ldfldB especial do usuario. Assim, pof ex¢m_
modo que puclessem ser testados, podem ser expressos em termos de: plo, no caso de um usuario que seja deficiente audltivo a interface devera ofere_
- aprendibilidade ou facilidade de aprender -— o tempo e 0 esforco exigidos cer rnformacoes visuais nitidas.
para alcanqar determinado nivel de desempenho de uso Os gerentes e intermediaries da informacao, que fazem buscas em sistemas
- produqfio ou facilidade de uso — as tarefas concluidas por usuarios expe- em fmme de'°“"°5 “f“a1'1<f53 em geral $59 _\'I5i¢_>5 Como usuarios experientes,
rientes, a velocidade de-cumprimente da tarefa e os erros cornetidos - - porem tambem poderao exrgrr funcoes E1CllCIOI'lHlS, de modo que possam fa¢i|-
- flexibilidade — a amplitude com que 0 sistema pode comportar mudancas mente reformatar e comunicar informacoes para 0 usual-10 final] -
das tarefas e ambientes além dos que foram inicialmenre especificados
' atitude - a atitude positiva que 0 sistema-produz nos usuarios. 7.8 O futuro da recuperagéo da informagao ',
Cada um dos capitulos subseqtientes desta parte do livro ¢Qn¢1uj com 0 exame
Esses projetistas também reconheceram que existem categorias diferenres de
de progressos recentes e com a identlficacao de alguns rumos possiveis dc aper-
usuarios, sendo mais comuns as seguintes: novatos, experientes, ocasionais, f ' , .
escoamento. Qualquer analise que procure .rdentrficar
. _ _
as prlnclpmD A _
Eendenclas
fi'eqi1entes,criancas, idosos e usuérios com necessidades especiais. Muitos usu-
no campo da recuperacao da mformacao devera ter em coma esses progresses
arios podem encguadrar-se em mais de uma dessas categorias e nenhuma delas
em cada uma das areas de aplicacao. Contudo, muitos Ci€SS6S>p1'Qofe5§0S 550
é rnutuamente exclusiva. As categorias sao usadas como estereotipos para fai-
xas de experiéncia com sistemas de acesso ptrblico. Mais especificamente:
a esencadeados pelas mesmas monvacfies.
- -
O pesquigador E ° com O
pr¢0Cupa_5e
desenvolvrmento do melhor sistema dc recuperaoio e se esforcara por projetar
Os usuérios novatos sao os que nunca usaram deterrninado sistema. Preci-
novos sistemas e avalia-los. Os fornecedores dc SlSl£8ma_5 @5;;§0 ;m¢,e'Ssad05 em
sam aprencler como executar tarefas de recuperacao da informacao, com\rapi-
dez e facilidade. S510 preferiveis as interfaces simples e intuitivas. E importante oferecer um P3°°l@ de Pmgfflma W "T" 5°l'\’i§° que seja sriperior ao de seus
lembrar que sempre que um sistema passa por rnudancas todos seus usuérios se ¢°I1¢°lT¢I1I6$.
.
dB modo que possam auferir uma Vflfllflogm 5
comercial ' Ambos
tornam novatos relativos, embora possam acercar-se do novo sistema com um ¢°mP3l'l1lham de um mesmo em penho por melhores sistemas No entanto nes-
se esforqo é preciso levar em conta um fator ll’I'lp0l‘[an[g_ T¢ad}¢iOna|me;,;e 3
quadro conceitual baseado no conhecimento dc outros sistemas. Do mesmo recuperacao tem estado envolvida-com infommcoes razoaveliriente estrutura-
modo, usuarios novatos de urn sistema que tenham usado sistemas similares das contadas em bases de dados razoavelmente benrdefinidas IA atual BXpa11.
aportarao ao seu aprendizado um quadro conceitual subjacente. sao do acesso a redes por meio da Internet oferece uma vastaiqnanridade de in_
Os usuarios experientes utilizam 0 sistema regularmente e, portanto, estao formaeoes mal-definidas, que se alterarn rapidarriente, 5 um gram-13 mqmem de
familiarizados corn a maioria de suas funcoes e podem lidar com qualquer pro- usuarios que sao relativamente neofitos no campo da recuperacao cia infom1a-
blema que venha a surgir no sistema. O usuario experieme pode executar a can. E possivel alcancar melhores sistemas de recuperagao para esse ambieme
tarefa rapidamente, mas talvez fique frustrado com assistentes [wizards] e me- por meio de: |~
nus, bem como outras caracteristicas que retardam a interacao com o sistema.
Muitos sistemas tem mais de um modo de interaoao para atender a essas 1 l”\/Ielhor projeto de sistemas, onde exista um esforgo por melhor-3; a gflci-
diferentes categorias de usuarios. Por exemploz diversos sistemas de cat:-ilogos encra e a eficacia, inclusive caracteristicas tais como feqfijsjtos dc arn-]aZe_
em linha de acesso ptiblico e cederrons permitem a usuarios experientes uti- namento, velocidade de recuperacao e eficacia do sistema ()5 trabalhos
lizar reclas de atalho e nao menus, além de oferecer ‘modos para usuarios expe- nesta area procuram superar as limitacoes do arquivo jneemdo (ver mpg-
rientes’, de modo que as pessoas possam executar buscas complexes. tulo 5) ao desenvolver métodos rapidos dc exploragag dg wmegdo da base
Os usuarios ocasionais geralmente podem ser vistos como usuarios quase- de dados. Duas linhas de desenvolvimento vém sendo investisadas A pri_
. _ - _ =» -
novatos, pois utilizam o sistema de modo tao infreqiiente que, quando 0 fazem, meira corresponde aos aigoritmos de exploracao de texto, com O objetivo dc
precisam reaprender a usa-lo. Os usuarios freq ilentes, por outro lado, em geral melhorar a velocidade de busca em arquivos serials, A aflgfnaflva consiste
sao ridos como experientes, embora alguns continuem a il[TlllEl[' a variedade de em encontrar solucoes baseadas em equipamento, a'm3iQi'i3 das quais aCe_
funcoes que utilizam e, por isso, nunca se tomam usuarios verdadeiramente lera a exploracao de textos com o emprego de proggssadqres pa,-a|e105, dc
experientes. p modo que varias operagoes sejam executadas simulraneameme
Outra categoria importante é a dos usuérios com necessidades especiais,
'l

184 P.scuPER.A<;Ao oa nsrroamacao FUNDAMENTOS DA RECUPERACAO DA INFORMACRO 185

2 Recursos e estratégias aperfeicoados de recuperacao, a fim de melhorar de especificar com binagfies de termos que devem coincidir para se obter uma re-
os métodos de cotejo das descricoes dos documentos com as descricoes das cuperagao bem-sucedida. A logica de buscas booleana e a classificacao por
consultas. Uma importante linha de pesquisa é a procura de uma alternative ordem de relevancia sao duas das principais abordagens. Os principais recursos
para a logica de buscas booleana. Os trabalhos nesta area resultaram em de busca sao os que permitem: selegéo dos termos de busca; entrada dos termos
maior difusiio do emprego de buscas do melhor coincidéncia e vinculos de de busca; combinagao dos termos de busca; especificagao dos campos onde
hipermidia. Em ultima analise 0 usuario esta interessado em poder interagir serao feitas as buscas; truncamento; uso de expressoes, operadores de adjacen-
com 0 sistema empregando linguagem natural e quer um mecanismo de cia e proximidade; buscas de amplitude e limitagao de amplitude; exibigéo de
recuperacao que ofereca niio urn numero muito grande de acertos, mas uma registros; gerenciamento das buscas; opgoes avangadas de exibigio; consultas
proporcfio razoavel de acertos relevantes, mesmo em grandes bases de conjugadas ou combinadas e buscas em mfiltiplos arquivos; exibigao de tesauro;
dados nao-estruturadas. Ademais, cada resposta a interagfio nao deve durar e hipermidia. Os usuarios podem empregar varias estratégias de busca dife-
mais de dez segundos para ser completada, por assim dizer. Existem varios renles com o objetivo de obter um conjunlo relevante de registros ou docu-
produtos que empregam uma combinacao de consulta em linguagem nam- mentos. Usuarios diferentes possuem necessidades diferentes e em geral con-
ral, ciassificacao baseada no conteudo ou hierarquias conceituais e técnicas vém distinguirentre usuérios experientes e novatos. Sistemas melhores poderéo
de sistemas especialistas corn o fito de obter um ambiente de busca que de- vir a surgir das pesquisas orientadas para melhorar a eficiéncia e a eficécia dos
penda da indexacao automatica. sistemas, aperfeigoar os recursos e as estratégias de recuperagao, além de tomar
3 Melhor projeto de dialogo e maiores cuidados com a qualidade da interfa- mais aperfeigoado o projeto de dialogo. i
ce homem-maquina. Os trabalhos neste campo tém se concentrado em duas
areas distintas: interfaces graficas que sejam mais amigaveis, e sistemas Qursrros oz Rrvtsrlo
auto-explicativos e auxiliares ou interrnediarios que se interpoem entre 0 1 Quais sao as trés etapas da recuperacao da inforrnacio?
sistema e o usuario. Os trabalhos mais recentes tém focalizado sistemas 2 Por que as instituicoes precisam ter acesso tanto a sistemas de
auxiliares [from-ends] que simulam buscas baseadas na maior coinciden- recuperacao dc informacao locais quanto a sistemas externos?
cia, ou modelam as acoes de urn intermediario humano. Estas pesquisas 3 Quais as vantagens da indexacao com linguagem controlada para
empregam técnicas oriundas do campo da inteligéncia artificial e baseadas usuarios inexperientes de sistemas de recuperaciio de informagao?
no conhecimento. . 4 Na logica booleana de buscas, qual a diferenea entre a combinagao
de dois conj untos com o emprego de OU e a combinacfio de dois con-
E dificil prever qual dessas linhas de investigacao vira a ser a mais bem-suce-
juntos com 0 emprego de E?
dida a longo prazo. Ao fazer previsoes quanto aos avancos futuros, é também
S Explique 0s seguintes termos:
importante reconhecer que as bases de dados existentes e os servicos delas
- truncamento, _
derivados constituem uma forca inercial importante, e os progressos poderao
ser lentos. Nao obstante, essas trés linhas de desenvolvimento representam as
principais maneiras pelas quais os sistemas poderao vir a ser melhorados.
/.-seas5019 -
'
buscas por proximidade,
buscas por amplitude, e
' hipervinculos.
RESUMO Referéncias
S50 varias as caracteristicas comuns a todos os sistemas de recuperacio da infor- Bennett, l.L. Managing to meet usabflrry requirements. In: Bennett, J.L.; Case, D.;
macio, que incluem cederrons, Internet, servigos de consulta em linha, sistemas Sandelin, J.; Smith, M. (ed.) Visua! display terminals; usability issues and health
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temas de recuperagao da informagao encontram aplicagao tanto local quanto ex- Booth, P. An introduction to hzrman—c0mpu!er interaclion. Hove: Lawrence Erlbaum,
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Shackel, B. Humanfactors and usability. In: Preece, 1.; Keller, L. (ed) Human-c0m-
quais um grande numero de usuarios, cada um com uma formagio diferente, rea-
purer interaction." selected readings. London: Prentice-Hail, 1990.
liza buscas numa base de dados. Linguagens de indexagéio sao os termos ou codi-
gos que podem ser usados como pontos de acesso num indice. As opgées sao as
linguagens de indexagéo naturals, controladas e livres. A logica de buscas é 0 meio
I 86 RECUPERACAO on INFORMACAO
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merecido, apropriadamente, muita ateneao nos tiltimos anos. Muitos livros foram escri-
nal of documentation. v. 48, p. 45-64, I992. tos sobre a Internet. Oferecemos aqui uma breve introducéo, que visa a explicar um
----. Progress andproblems in information retrieval. London: Library Association pouco da terminologia essencial e algumas das questoes Iigadas ao acesso a Internet
Publishing, 1996. por parte das bibliotecas. A0 Iérmino deste capilulo, vocé estara:
--; Furner-Hines, l.; Willett, P. On the creation of hypertext links in full text docu-
ments: measurements of inter-linker consistency. Journal ofdocumentation, v. $0, - compreendendo a natureza basica da Internet
p. 67-98, 1994. ~ ciente dos tipos de services e recursos que estéo disponiveis na Internet
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Lancaster, F.W. Indexing and abstracting in theory and practice. London: Library - ciente das possibilidades que as intranets oferecem nas bibliotecas.
Association Publishing, I991. [Edicao brasileira: lndexaefio e resumos: teoria e
pralica. Brasilia: Briquet de Lemos I Livros, 1993] 8.1 O que é a Internet?
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ence, v. 20, rt. 2, p. 108-119, 1994.
Smeaton, A.F. Retrieving information from hypertext: issues and problems. European A Internet é um conjunto de redes de computadores, interligadas, on seja, uma
iournal afinformation systems, v. 1, p. 239-247, 199l. rede de redes. Atualmente conecta mais de um milhao de computadores e sua
Srinivasan, P. Optimal document indexing vocabulary for MEDLINE. Information pra- velocidade de crescimento em termos de uso e novos assinantes aumentaa cada
cessing and management, v. 32, rt. 5, p. 503-514, I996. mes. A Internet oferece conectividade mundial por meio dc uma malha de redes
baseadas nos protocolos TCP/IP e Open Systems Interconnection (OSI), que apre-
sentamos em capitulo anterior. Outros protocolos podem também ser enviados
pela Internet, inclusive Systems‘ Network Architecture (SNA), Decnet/Iv,
Appletalk e Novell IPX/SPX.
1-Iistoricamente, era, em esséncia, uma rede académica, mas seu uso em ati-
2€‘?7S vidades economicas cresceu tanto que deixou de ser uma rnera rede elitista de
' " I7 gomunicacao entre grandes centros dc pesquisa, tomando-se acessivel a peque-
as faculdades e empresas, além dc bibliotecas do mundo todo. A Internet abre
acesso em linha a uma miriade dc bases de dados, catalogos e acervos de biblio-
tecas, arquivos de programas de computador e documentos, além de servieos
de mensagens do uso freqilente, como UserNet News e eorreio eletronico.
Como surgiu a Intemet? Ela comeeou como uma rede exclusiva, chamada
q 4

A INTERNET 189
188 Recueenacfiio DA INFORMACAO
ARPANET, cuja origem esta numa experiéncia realizada, em I969, pelo governo Ligagfio com a Internet
norte-americano, na area de redes por comutacéio de pacotes. A DARPA (Depart- As redes Iocais podem se Iigar a Internet por meio da instalacao de programas de
ment of Defence Advanced Research Project Agency) inicialmente interligava redes TCP/IP no servidor de rede local e fazendo-se uma conexao entre essa rede
pesquisadores a centres de processamento de dados remotos, nos EUA, per- e a Internet. Uma ampla variedade de maquinas que sao conectadas a rede local
mitindo-lhes compartilhar recursos de informatica, como espaco em disco e podem acessar a Internet, inclusive computadores pessoais que rodem com DOS
bases de dados, além de programas. Outras redes experimentais que utilizavarn ou Windows, computadores Macintosh e estacoes de trabalho UNIX.
transmissao de pacotes por radio e satélite foram conectadas por intermédio da I-Ia trés tipos de conexao com a Internet: _ W
ARI-‘ANET com 0 emprego da tecnoloéia de interconexao de redes patrocinada
pela DARPA. No comeco, a interconexao de redes, experimentais e de caréter - conexao completa, quando ha uma Iigacao perrnanente por telecomuni-
comercial, recebeu a denominacao de DARPA Internet, depois encunada para cacoes, e 0 computador tem nome e endereco registrados na Intemet
Internet. A contribuicao mais importante que esse projeto trouxe para 0 futuro - conexao por discagem, por meio de uma ligagao temporaria por telecomu-
das redes de computadores foi a pesquisa e desenvolvimento de um conjunto de nicacoes com uma maquina que disponha de acesso complete
codigos de comunicacao que permitiam aos computadores da ‘rede’ ‘falarern’ - conexéo por meio de portal, quando a conexao é feita por intermédio de
entre si. Tais codigos foram denominados protocolo da Internet (Internet pro- outra rede ou provedor de servico como a CompuServe.
rocol, abreviadarnente IF). Na década de I980 0 IP e 0 sistema operacional UNIX
tornaram-se sinonimos. A maioria dos principais fornecedores adotava 0 proto- 8.2 Servigos e recursos disponiveis na Internet
colo IP protocolo-padrfio dc comunicacfio entre os sistemas UNIX interligados Os recursos disponiveis na Intemet mudam constantemente, de modo que qual-
em rede local. Isso suscitou a demanda pela possibilidade de conectar computa- quer Iista que se faga estara sujeita ii rapida obsolescéncia. No entanto, a fim de
dores Iigados a uma rede local com os grandes computadores da ARPANET e indicar 0 alcance das informacoes disponiveis na Internet, apresentamos um
outras redes emergentes que utilizavam o protocolo IP. rapido panorama dos tipos de bases de dados e outros servicos ali oferecidos.
O acesso a ARPANET estava inicialmente restrito as empreiteiras norte-ame- A Intemet presta-se a diferentes tipos de utilizacfio:
ricanas que atuavam na area militar e de defesa, bem como as universidades que
faziam pesquisas de interesse militar. Os avancos no fornecimento de sistemas ~ correio eletrfinico — permite aos usuérios enviar mensagens ou arquivos
em rede de alcance nacional possibilitaram maior comunicacfio entre computa- entre si
dores no seio da comunidade acadérnica de pesquisa. A criacfio da National Sci- ' noticias — informa aos usuzirios sobre informacoes disponiveis
ence Foundation Network (NSFNET) em I988 permitiu a ligacao de pesquisa- - ligacfio remota - permite aos usuarios a ligacao com sitios remotes
dores dos EUA com 12 centros dotados dc supercomputadores. A conexao com - transferéncia de arquivos - permite aos usuarios acessar e recuperar arqui-
a NSFNET geralmente se fazia por intermédio de centros regionais, cada um vos Iocalizados em sitios distantes.
servindo de suporte a uma rede regional. Essa solucfio teve tanto éxito que nfio
so permitiu a conexao com um centro onde havia um supercomputador, mas As informacfies e servicos dispeniveis em sitios remotes incluem:
também, inadvertidamente, possibilitou a conexfio de todos os centros regio- I Servidores de Iistas e grupos de discussao sobre uma ampla variedade de
nais. Assim, a Intemet surgiu como uma rede cooperativa de computadores temas. Ospparticipantes tem a oportunidade de trocar informacoes atuais e
sem um orgao central que supervisionasse suas atividades. A NSFNET passou a travar uma conversa. Alguns servidores de listas revestem-se de particular
substituir a ARPANET como rede de pesquisa, e esta acabou sendo desrnontada interesse para os gerentes de informaciio.
em 1990. Na época em que a NSFNET estava sendo construida, a Internet co- 2 Bases de dados tematicas, principalmente de instituicoes académicas. Um
rnecou a crescer de modo notavel, mostrando avancos exponenciais no ntimero nitmero cada vez maior de instituicoes, especialmente académicas e de pes-
de redes, participantes humanos e computadores. A Internet atual interliga quisa, esta colocando disponiveis na Rede bases de dados sobre temas de
mais de dois milhoes de computadores e mais de 10 000 redes, estendendo-se suas especialidades. A Indiana University, por exemplo, montou varios ar-
por mais de 50 paises. Calcula-se que atenda a mais de 15 miihoes de usuérios. quivos na area da biologia.
E precursora da ‘superauto-estrada da inf0rmat;50’,.a National Research and 3 Informacfio comunitéria. Em geral por meio de suas bibliotecas publicas,
Education Network, que interligara instituicoes dos EUA e do mundo inteiro, as comunidades proporcionam acesso, por discagem ou pela Internet, a
possibilitando-lhes compartilhar informacoes e realizar videoconferéncias. dados locais, como 0 catalogo da biblioteca ptlblica, visitas a galeria de arte,
I
190 RECUPERACAO on INFORMACAO A INTERNET 1 91

inforrnacoes turisticas, boletins meteorologicos e outras itiformagoes, in- - formato - que inclui o formato ASCII comum, ou com o leiaute fisico especi-
clusive clemogrétficas. ficado num arquivo PostScript ou Acrobat, ou com a estrutura logica assina-
4 Recursos de governo. Tanto os governos nacionals quanto locais fornecem lada explicitamente por meio de um esquema como 0 da Standard Genera-
informacoes. Por exemplo, a Indiana State Library montou um servidor, lized Markup Language (SGML) ou a I-lyperText Markup Language (HTML)
que proporciona acesso ao Indiana Code (a Iegislacfio estadual), e o governo - método de transferéncia — um documento pode Ser transferivel por meio de
federal norte-americano criou seu sitio na Rede. um dentre varios protocolos-padrao de transferéncia na Internet, como 0
5 Catalogos de bibliotecas. Um ntirnero cada vez maior cle bibliotecas esta File Transfer Protocol (FTP) ou o I-Iyper'1'ext Transfer Protocol (HTTP)
colocando a disposicfio do publico seus catalogos na Internet. Embora a - tamanho ou volume — que varia de uns poucos bytes on palavras ate muitos,
maioria dos catalogos disponiveis seja de grandes bibliotecas universita- megabytes
rias, as piiblicas também comecam a colocar na Rede seus catalogos. - assunto ou tema
6 Recursos comerciais. As bases de dados comerciais do informacao dispo- -i profurididade de cobertura
niveis na Internet incluemt DIALOG, Lexis/Nexis, Dow Jones News/Retrie- - freqiiéncia de atualizacao e atualidade
val e muitas outras. O DIALOG oferece ao usuério mais de 400 bases de ~ Hngua
dados sobre qualquer assunto e a Dow Jones News/Retrieval oferece a seus ~ origem — organizacoes comerciais, governamentais, profissionais e acade-
usuzirios 0 acesso a mais de 1 300 publicacoes e 70 bases dc dados. micas ou usuarios individuals
7 Quadros de avisos, ou 0 equivalente eletronico dos boletins de noticias. - publico — os documentos podem ser destinados a pessoas ou membros de de-
8 Compras e outras transacoes comerciais. Existe atualmente um grande terminados grupos on podem estar a disposicfio dc qualquer um.
niimero de centros de compras e outros sltios da Rede, criados por empresas
de vendas a varejo,'que oferecem aos clientes a possibilidade de fazer com- Além das ferramentas ou mecanismos de busca e navegadores que servem ao
pras sem sair de casa. E possivel comprar pela Intemet quase qualquer arti- usuario para encontrar seu caminho na Internet, existem numerosos cadastros
go, embora varias das empresas que foram pioneiras nesse tipo de negocio de recursos disponiveis na Intemet. Um dos mais Uteis é 0 BUBL (Bulletin Board
vendessem basicamente computadores e programas do computador, além for Libraries). O BUBL é um servico de informacfio cuja finalidade é atender a
cle outros produtos de informacao, como livros e acesso a bases de dados. profissionais de biblioteconomia e ciéncia da iriformacao. Entre a ampla varie-
Outros grupos de produtos importantes incluem discos musicals, presen- dade de servicos que oferece estao cadastros de recursos, usuarios e dicas,
tes, brinquedos e outras mercadorias que antes eram cornpradas por reena- sumarios correntes de periodicos de biblioteconomia e ciéncia da informacao,
bolso postal. bem como periodicos e textos eletronicos.
9 Fornecimento de documentos. Varias bibliotecas importantes e servicos
de fornecimento de documentos lambém oferecem servicos de localizacao e 8.3 Buscas na Internet _
fornecimento de documentos (ver capitulo 15).
Diante de tao grande variedade de bases de dados e outros servicos disponiveis
na Internet, tornou-se importante projetar interfaces que ajudem os usuarios a
Reflexao Quais dos servigos acima descritos vocé acha que Ihe se-
consultar as fontes e services de informacao disponiveis na Rede. Sabe-se que
riam Eiteis? ‘
a recuperacao constitui um problema sério na Internet, que possui bases de
dados numa enorme variedade de forrnatos, além de numerososprogramas dc
Diversos desses servicos oferecem acesso a registros ou documentos em bases recuperacfio diferentes instalados em diferentes plataformas de computador e
de dados. Esses clocumentos podem ser divididos em categorias ou colecoes oferecendo acesso, por intermédio de diferentes interfaces, a subconjuntos
com base nas seguintes caracteristicas (que também servem para demonstrar a dessas bases de dados. Varios similes impressos tém sido empregados para des-
diversidade dos d0cumentos):
crever a situacao, e um deles é que a situacao atual da Intemet pode ser com-
- localizacfio fisica — documentos agrupados com base em seu armazena- parada com a de uma biblioteca piliblica a qual cada um dos membros da co-
mento fisico numa area geografica ou em detertninado computador ou rede munidade doou um livro, largando-0 no meio do salfio de Ieitura.
de computadores As ferramentas usadas para fazer buscas na Internet muitas vezes funcio-
- tipo de dados — um documento pode ser constituido de simbolos textuais, nain no modo cliente—servidor. Em muitos computadores Iigados a Internet
numericos, graficos, visuais ou auditivos ou de uma combinacao deles foram instalados programas servidores que permitem ao usuario fazer buscas

1
I92 RECUPERACAO DA INFORMACAO A INTERNET 193

nas bases de dados de uma maneira mais intuitiva. O sistema do usuario local embutidas, essas fisncoes. Um plug-in num programa-Cliemfi dfl Rfide 6 0 H168-
roda o programa-cliente equivalente que se comunica com o programa-servidor mo que um add-on, exceto que esse plug-in nao pode rodar sozinho. Exemplos
e apresenta uma interface homogénea com os dados. O usuario nao precisa de add-on: sao o Adobe Acrobat e o Portable Document Format (PDF). Este é
saber onde os dados sao armazenados ou como gerir a estrutura do sistema de muitas vezes cmpregado para distrlbulr documentos em formato legivel por
arquivos do servidor. computador, com uma aparéncia de alta qualidade muito proxima da do origi-
S50 dois os tipos de instrumentos disponiveis para fazer buscas na Rede: nal em papel. O Microsoft PowerPoint Animation Player é outro add-on, que
navegadores e mecanismos dc buscas. Os navegadores suportam as buscas ao permite a publicacao de apresentacoes em Microsoft Power Point na Rede.
acaso, o que implica a recuperacao sucessiva de docuinéntos tendo como base Embora os navegadores estimulem que se percorra uma rede de documentos
alguma relacao existente entre um e outro documento. Isso é possivel por meio vinculados, esse tipo de consulta a esmonao constitui um rnétodo eficazlpara
de sistemas de hipertexto que oferecem a representacao dc vinculos. O sistema a identificacao de informacoes especificas. Para isso é preciso um mecanismo
de hipertexto mais empregado é a Rede. A consulta ao acaso é possibilitada por: de busca.
Um mecanismo de busca é uma ferramenta de recuperacao que execute 0
- um sistema de enderecamento que permite que a Iocalizacao de qualquer trabalho basico de recuperacao, a aceitacao da consulta, o cotejo desta com cada
objeto armazenado num computador ligado a rede seja identificada de mo- um dos registros existentes na base de dados, bem como a apresentacao, resol-
do inequivoco por um endereco conhecido como Uniform Resource Locator tante disso, de urn conjunto de itens recuperados. Ainda que a aplicacio prin-
(URL) cipal desses mecanismos de busca seja proporcionar acesso aos recursos dis-
- uma linguagem de marcacao (HTML) que permite aos autores de um docu- poniveis na Rede e armazenados em intimeros servidores diferentes, existe uma
mento identificar determinados pontos desse documento como fontes de area correlata de aplicacao, com probabilidade de crescer nos proximos anos,
vinculos, além de especificar a Iocalizacao do alvo desses vinculos que é utilizar mecanismos de busca como ferramentas de recuperaciio em am-
' um protocolo de transferéncia (HTTP) que possibilita que exemplares de bientes de intranet para a recuperacao de documentos de um acervo local. E
documentos-alvo armazenados em servidores remotos sejam reciiperados provavel que essa aplicacao direcione o desenvolvimento das funcoes dos
e exibidos mecanismos de busca até que reproduzam o queja é oferecido pelos Slslfimas do
- um programa-cliente ou navegador da Rede, como 0 Netscape Navigator ou gerenciamento de documentos.
0 Internet Explorer, que proporciona ao usuzirio 0 controle do processo de Uma vez que as ferramentas de busca precisam oferecer acesso a um enorme
recuperacao e dos vtnculos a serem ativados. acervo de documentos, disperso em varios lugares, o processo de recuperagao
Tanto as pessoas fisicas quanto as juridicas criam paginas onde apresentam deve ser eficiente. Essa eficiéncia é obtida pelas ferramentas de busca que
suas proprias informacoes ou servicos. Um conjunto de paginas Iocalizadas no atuam com uma representacao ou registro do documento e nao com a fonte
mesmo servidor recebe 0 nome de sitio [sire]. O acesso a essas paginas da-se por original. Esse registro pode conter dois tipos de dados:
meio do URL e com o emprego dc um navegador. Exemplos de navegadores sao - dados equivalentes as informacoes contidas no documento que 0 registro
Lynx, Mosaic e Netscape. Esses enderecos Iigam o usuario ao computador onde reptesenta
se hospedam os arquivos, os quais sao exibidos na estacéto de trabalho pessoal I
I. - metadados sobre 0 documento que o registro representa.
do usuario. Com programas adequados os usuarios podem ler documentos, ver
imagens, ouvir sons e recuperar informacoes. Sao hibridos os registros que contérn ambos os tipos de dados; os que contem
Quanto a indexacao, os hipervinculos na Rede, que constituem a base da apenas metadados sao registros bibliogréficos. Cada um dos registros contidos
navegacao, sao termos de indexacao nao-controlados porém atribuidos por na base dc dados mantida por um servico de buscas na rede mundial é criado
seres humanos. Em geral, nao ha controle algum dos termos que serao usados automaticamente por um programa denominado aranha. Toda vez que um pro-
como hipervinculos, mas cada hipervinculo é codificado um a um pelo criador grama-aranha é rodado, ele é inicialmente emitido com os URL5 de um pequeno
da pagina HTML da Rede que contém o liipervinculo. Um acessorio [add-on] de conjunto-matriz de paginas-alvo da Rede; ele recupera e importa copies d0S
navegador incluido num programa-cliente da Rede é um programa externo que alvos desses vinculos; em seguida ativa cada vinculo contido nessas paglr1H5; B
roda individualmente sem o auxilio do programa-cliente da Rede. Muitos cli- assim por diante, até que tenha importado copias de cada uma das paginas que
entes da Redc perm item um vlnculo com outro programa, a fim de representar pode encontrar. O conteudo de cada pagina é armazenado num registro que
0 conteiido de um arquivo em que o programa-cliente da Rede nao possui, também contem outros campos com metadados basicos, como o titulo do docu-

4
A INTERN ET 195
I94 RECUPERACAO DA INFORMACAO
mento, data da illtima alteracao, tamanho em megabytes e respectivo URL. Os disso, a possibilidade de 0 usuario avaliar a relevancia dc um documento depen-
valores desses atributos sao detcrrninados automaticamcntc a partir do docu- dc decisivamente dos metadados sobre o documento que sejam exibidos nas
mento. As buscas nesses registros sao facilitadas com a criacao dc um Indice telas onde aparece o conjunto recuperado. Varias tentativas estao ern curso para
invertido. A natureza desse Indice depende de as buscas serem feitas com avaliar o gran ideal desse conjunto de elementos de metadados.
operadores booleanos ou pelo método de maior coincidéncia (ver capitulo 7). O Tao logo a busca é processada, o servidor da rede responde ao pedido de
indicc invertido é armazenado com o emprego de técnicas de compresséio que ‘pesquisar’ com 0 envio ao usuario de uma pagina da Rede one sera exibida no
reduzem grandemente a capacidade de memoria que exigem. lugar do fomiulario de busca original, CLI_]O conteudo inclui 0 produto do pro-
A interface do usuario supofla a interacao entre ele e o sistema. Para a for- grama debusca: A apresentacao do conjunto recuperado comumente assume a
mulacfio de consultas, a pagina da Rede que é exibida ao usuario de um meca- forrna de uma lista de sucedfineos que representam os registros recuperados,
nismo de buscas comumente traz urn ‘formulario‘ constituido de uma caixa ordenados pela sua relevancia potencial para consulta e apresentados em cena
para insercao dc texto e que contém um convite para que 0 usuario ali coloque quantidade por vez, digamos, em grupos de dez; cada um deles incorpora um
os termos dc busca, possivelmente acompanhada de quadriculos para rnarcacao vinculo de hipertexto com o documento-fonte apresentado pelo registro e, ao
ou caixas de menus que permitem a inclusao dc delimitacoes dc campos ou o clicar nesse vinculo, cliamamos o documento-fonte. '
emprego de operadores. Uma vez formulada a consulta, aciona-se um botao Os mecanismos de busca diferem entre s1 no que concerne aos seguintes
denominado ‘pesquisar’, ou algo parecido, 0 que desencadeia um pedido- aspectos importantes:
padrao HTTP para procurar um documento de determinado URL do servidor do
1 Cobertura da base de dados. Alguns mecanismos somente proporcionam
Service de buscas. Os dados inseridos pelo usuario sao anexados ao URL como
acesso a recursos da Rede, enquanto outros 0 fazem para uma ampla varie-
uma seqijiéncia de caracteres que representam certos parfimetros e seus valores,
dade dc recursos disponiveis na Intemet. _
junto com uma especificacfio do programa de buscas a ser rodado e aos quais
2 Recursos e processo de busca. Os mecanismos de busca pesquisam em di-
esses valores devem ser passados, antes de ser atendido o pedido de pesquisar.
ferentes partes dos documentos HTML. Alguns fazem buscas apenas nos ti-
A maioria dos sen/icos cle buscas ria Rede utiliza um processo cle maior
tulos e cabecall-ios. mas nao no texto integral de docurnentos HTML. Tam-
coincidéncia, que envolve:
bém varia a gama de recursos de busca. Alguns mecanismos oferecem
- converter a consulta para 0 formato de urn vetor de valores, cada valor indi- apenas buscas simples com palavras-chave, enquanto outros oferecem bus-
cando presenca, auséncia ou ‘peso’ de deterrninado termo naquela consulta cas booleanas e ate mesmo buscas por pl’0XIlT11d&d6. ‘
' computar cscores com o emprego de uma de vérias formulas matematicas 3 Lista de resultados. Alguns mecanismos apresentam uma simples lista de
simples conhecidas como coeficientes de similaridade, a fim de expressar 0 recursos, enquanto outros incluem 0 contexto do que foi encontrado, resul-
grau de similaridade entre esse vetor de consultas e os vetores de registros tados ponderados e opcoes de ligacao com paginas similares.
que constituem o indice invertido da base de dados
Tabela 8.1 Algumas das mais importantes redes de pesquisa na Internet
- ordenar todos os registros da base de dados segundo seu escore e exibi-los
em ordem hierarquica, em primeiro lugar os de escore mais elevado. lll
Sigla Nome W
ll
O pressuposto em que isso se baseia é que, quanto mais pareciclo com a consulta
ACSNET Australian Computer Science Network
for o registro, maior sera a probabilidadc de o documento que ele representa vir BITNET Because It's Time Network
a ser relevante para a necessidade de informacfio do usuario. comer -Canadian National Network
Alguns mecanismos dc busca, como 0 Yahoo, atribuem esses valores por csutr Computer Science Network
meio de intervencao humana na atribuicao de cabecalhos de assuntos a re- om Deutsche Forschung Netz
gistros em bases de dados. Esse é um processo que exige muita mao-dc-obra, o EARN European Academic Research Network
que significa que o mecanismo de buscas precisa ser seletivo em face dos regis- ];\N£T joint Academic Network (Reino Unido)
tros que tem de indexar. No entanto, essa intervencio humana Ievaria a resulta- iuiurr Japanese UNIX Network
dos de buscas com maior grau de coincidéncia com as necessidades dos usua- NSFNET National Science Foundation Network
rios. Estao sendo realizadas experiéncias nas areas de bases seménticas dc co- Usenet Largely UNIX Network (US)
nhecirnentos e 0 uso de tesauros a fim de melhorar a eficécia das buscas. Além
1

196 RECUPERACAO DA INFORMACAO ' AINTERNET 197

Quando se procuram recursos na Internet é importante conhecer os pontos for- L 4 Acessibilidade do sitio. Alguns sitios sao de dificil acesso, seja porque se
tes e fracos dos diferentes mecanismos de busca. Se uma biblioteca estiver pro- encontram num vinculo sobrecarregado de uso, seja porque se encontram
jetando a colocacao de uma pégina na Rede, sera importante que esteja a par dos num vinculo lento na Internet.
-mecanismos de busca que os usuzirios podem usar para acessar esse sttto. _ 5 Os services pagos constituem um caso especial, sendo necessério avaliar os
méritos relativos do acesso a Internet e 0 acesso em cederrom. A tabela 8.2
Reflexfio 0 que é a World Wide Web e como ela funciona? >-‘“ML.
resume quais foram as principais questoes defrontadas ao se fazer essa es-
colha.
8.4 Avaliando recursos da Internet _ Q Recursos jé existentes em outros formatos. Vale a pena estimular o acesso
atais recursos‘? Os recursos da Internet precisam ser avaliados a fim de ve-
Uma biblioteca, se estiver interessada em lanqar mao dos recursos da Internet rificar 0 que podem proporcionar quejé niio esteja disponivel nos recursos
para atender a consultas dos usue'1rios,ou oferecer servieos que os orientem para existentes. Talvez as razoes potenciais para que sejam utilizados os recursos
recursos especificos da Internet, precisa avaliar 0s recursos da Rede. Apesar da da Internet se devam ao fato de oferecerem:
preocupaefio com a potencial falta de estrutura da informagao eletrénica, os
critérios tradicionais usados na avaliagao de produtos impressos aplicarn-se - inforrnacoes mais atuais
igualmente nesse contexto. Resumamos, primeiramente,_a]guns desses crite- - melhores recursos de busca
rios tradicionais que podem ser aplicados na avaliacao de recursos da Internet: - acesso mirltiplo e em rede
- alguma combinacfio dos itens acima.
Qual o pfiblico-alvo? E de nivel universitario ou formado de Ieigos?
Qual a freqiiéncia de atualizacfio? Mostra informacao sobre a atualizacao? | 8.5 Usos do acesso a Internet em bibliotecas
A qual instituicao esta Iigado?
Quais as areas de especializacfio do desenvolvedor do recurso? Existe uma
-&‘~b-lt~lr— As bibliotecas que instalam um servidor e um sitio na Rede podem oferecer
secao ‘sobre’ que identifique 0 autor/criador? qualquer combinacao das sugestoes que se seguem a fim de melhorar os ser-
5 Qual a relaeao entre esses recursos e outros recursos sobre o mesmo tema? vicos prestados aos usuarios:
Existem vinculos ou remissivas para esses recursos correlatos?
1 Informacoes bésicas sobre a biblioteca, como horério de funcionamento,
6 Existem criticas ou avaliacoes do sitio? O que dizem?
pessoas para contato, enderecos e normas regulamentares. Exists entfio 0
7 E necessaria perrnissao para ter acesso e ele é cobrado‘?
ensejo de tomar essa informagao mais interessante do que quando veicuiada
Yip (I997) oferece alguns critérios adicionais de selegao baseado em sua expe- por outros meios, incluindo, por exemplo, fotografias do pessoal, um breve
riéncia na Hong Kong University of Science and Technology. A0 identificar os arquivo sonoro ou vfnculos diretos de correio cletrénico que perrnitarn aos
recursos para os quais ofereceria acesso orientado na Internet, foi constatado usuarios enviar suas mensagens.
que seria (nil levar em conta os seguintes fatores:
,_. J,. ,. 2 Novas formas de acesso aos recursos da biblioteca, tais como:
1 Tipo de acesso ao sitio. Pode incluir sitios de I-TP, sitios de gopher, sessoes
de teienet e UseNet. Os usuarios preferiam sitios da Rede devido aos vincu- - formularios de pedido de aquisigao de livros que podem ser preenchidos pe-
los de hipertexto e as caracteristicas de multimidia desses sitios. los usuérios e depois convertidos em dados catalogréficos
2 Nivel de selegfio. Os usuarios deveriam ser orientados, por exemplo, para - acesso remoto a catalogos
sitios dejornais especificos ou para sitios que ofereciam acesso a um con- - melhores interfaces de busca em catélogos em linha dc acesso pitbiico
junto dejornais? E importante aqui ter em meme a coincidéncia entre as ne- ' exposigao dos recursos da biblioteca, como, por exemplo, visitas guiadas ou
cessidades dos usuarios e a forrna de apresentacao de recursos que estiver ».»- um video de hora do conto
disponivel, e decidir caso a caso. - novos sen/icos de informacao, como uma pagina vincuiada a uma colegao
3 Requisitos de programas. Foram evitados sitios que exigiam que os usua- é>
de textos eletronicos, bases de dados e outros recursos da Internet (esse
rios tivessem programas especiais em seus microcomputadores, como pro- I acesso pode ser destinado a grupos especificos de usuérios, como, por exem-
gramas para processar caracteres chineses, uma vez que 0 acesso a esses p[0, criangas ou adultos que niio podem sair de casa)
sitios nao seria possivel para todos os usuarios. - acesso aos recursos dos hospedeiros em linha.
*3"

A INTERNET I99
193 RECUPERACAO DA INFORMACIRO
disso, as Iinhas discadas nao sao de fato uma opeao para urn servidor. As Iinhas
3 Paginas interativas, que oferecem recursos como:
diretas podem ser alugadas ou obtidas por assinatura junto a um provedor
- fonnularios para preenchimento pelo usuario destinados a retroalimemaeao comercial.
e servioos
- pedidos de cornpras, reserva de material e sugestoes em geral para a biblio- Programas
teca S50 necessaries varios tipos de programas: l
- ernpréstirno entre bibliotecas e circulacao
- questoes de referéncia. ' programa servidor para fazer fiincionar a maquina servidora, perrnitindo
4 Vinculos com info rmagzoes remotas, bem como conexoes com recursos de que um programa dc cliente (navegador na Rede ou outra aplicaeao na In-
ternet) interajam com a infomiaeao de seu servidor
informacao do mundo inteiro. O pessoal da biblioteca pode identificar Iistas
de sitios interessantes e arquivos dc sitios favoritos, on seja, recursos usados l - programa de processamento de texto para 0 trabalho com HTML (os pro-
cessadores de texto classicos, como Word, WordPerfect ou UNIX sao ade-
em apoio a respostas dadas a perguntas que ocorrem freqilentemente.
quados, porém ha programas chamados conversores de HTML que conver-
Outras aplicaeoes da Internet suportam algumas das operaeoes das bibliotecas tem um documento processado por um processador de texto para HTML, e
e, portanto, tem um impacto indireto no servico aos clientes. Elas incluam: processadores de texto com recursos especiais de marcacao podem ser usa-
dos para criar documentos HTML)
1 Desenvolvimento de recursos humanos. A oferta de servigo na Rede pro- - programa grafico para criar imagens e icones
porciona ao pessoal a oportunidade de se manter a par dos avaneos ocorri- - linguagens de scripts e programagfio que permitem a ampliacao da intera-
dos em seu campo de interesse. cao entre 0 cliente e o servidor além da importaeao e transferéncia estaticas
2 Aquisicoes. A Internet proporciona acesso a bases de dados oferecidas por de paginas HTML (esta interacao pode ser alcancada por meio de scripts ou
editoras de livros e periodicos, livrarias e distribuidoras de revistas. programas, e ferramentas como a programaeao Java, Iavascript da Netsca-
3 Catalogagao e classificagao. As paginas da Rede podem ser usadas para pe e Visual Basic Script da Microsoft)
distribuir e permitir 0 acesso a regras, sistemas e recornendagoes sobre ca- - e, para quem for realmente ambicioso, a Virtual Reality Modeling Langua-
talogacao e classificagao. ge (VRML), um formato de arquivo para descricao de objetos interativos tri-
4 Empréstimo entre bibliotecas e fornecimento de documentos. A utiliza- dimensionais.
cao dos catalogos de acesso ptlblico de outras bibliotecas, que estejam dis-
poniveis em rede, servicos de fomecimento de documentos e outros servicos Tabela 8.2 Comparagao do acessoina Internet com acesso em cederrom
que sirvam para identificar documentos solicitados.
Atualidade Os recursos da Rede sao em geral mais atuais do que os ce-
Equipamento - 1 derrons
l Recuperagao Os cederrons em geral possuem melhores recursos de busca
Para montar um sitio na Rode nao é preciso equipamento muito dispendioso ou l Facilidade de Quando o acesso E1 Internet é lento isso afeta as bases de
complexo. Os componentes basicos de uma configuragao sao:
acesso dados da Rede, mas as redes montadas com cederrons sao
imunes a isso
Computador ' Manutengao O acesso 51 Internet requer menos rnanutengéo
Dependéncia A Rede independe de plataforma, enquanto os cederrons ro-
Um computador apropriado, em que rodem quase todos os sistemas operacio-
de plataforma dam em plataformas especificas.
nais, e que funcionara como servidor. Todos os sistemas que funcionam com
DOS, Windows, Macintosh e UNIX podem ser usados como servidores para a
criagao de documentos na Rede. » . A lista de problemas que Yip (1997) encontrou na seleeao dc recursos da
Internet também serve como lista de adverténcia para outros que estejam
Acesso a rede optando pelo mesmo caminho:

O acesso a rede pode ser feito por meio de linha discada ou de acesso direto. As - uma enorme quantidade de Iixo
linhas diretas dedicadas sao mais rapidas e confiaveis do que as discadas. Além
A INTERNET 201
200 ascupan.-tcAo on [NFORMACAO
Apresentagao
~ rapido crescimento do nitmero de recursos e, portanto, mudancas nos recur-
‘It

sos disponiveis A apresentacao constitui uma questao de estrutura e esti1o.A estrutura do espaco
15
~ recursos que desaparecern e mudarn de lugar da Itede é determinada pela maneira como as paginas sao ligadas entre si. E
a
1‘ ¢ - o tempo que se gasta na identificaeao e avaliacao de recursos, tanto da pri- prectso criar e aplicar um estilo comum de projeto.
1

~41, meira vez quanto sistematicamente nas ocasioes posteriores.


Y
Promogéo
Sua estratégia, que talvez seja adequada em outros contextos, consistiu em
A promogao diz respeito a atracao de visitantes para 0 sitio. Isso po<_:Ic__s§:r_conse-
selecionar um nitmero Iimitado dc fontes de alta qualidade que tivessem inte-=
guido por meio de oficinas, cartazes e na propria Rede.
resse potencial para os usuarios, toma-Ias facilmente disponiveis por meio da
interface, e em seguida oferecer oficinas sobre buscas de modo a permitir aos Avaliagéo
usuarios que desenvolvessem suas proprias aptidoes para identificar, avaliar e
selecionar fontes adicionais especificamcnte pertinentes para seus interesses. Trata-se de monitorar se o sitio na Rede esta alcancando seus objetivos. A
quantldade de vtsltas é uma das medidas de éxito, porém é possivel obter uma
8.6 C-erenciamento de um sitio na Rede melhor avaliagao das buscas por meio de avaliacao feita pelos usuarios.
Quais sao as principais questoes envolvidas no estabelecimento e ulterior ma-
n Manutengao . _ \ _
nutencao de um sitio na Rede para que tal sitio possa oferecer um service 1I1til "I
_.~|- aos usuarios e servir de vitrine adequada para os servicos da orgartizacao? As Pode ser uma tarefa de vulto. As infonnacoes precisam ser atualizadas, e, a me- 3.1
Zr-
1 questoes relacionadas sucintamente a seguir sao um lembrete de que urn sitio dida que isso ocorre, devem ser revistos os vinculos que remetem para outras '
_'v-
na Rede precisa ser administrado exatarnente como qualquer outra iniciativa ou paginas. Um projeto novo requer uma revisao completa do desenhe cl; todas as
servico promocional. Antes de se iniciar urn projeto de criacao de um sitio na péginas que 0 sitio contiver. i '
Rede é preciso identificar com clareza seus objetivos, que definirfio 0 contefido
............................. Y .
e desenho da pagina. Numa explosao de entusiasmo é facil imaginar um sitio Reflexao Identifique algumas estratégias que 0 gerente de informa-
na Rede como‘ um projeto que se faz de uma vez por todas. Para que tenha uma can possa adotar para equacionar algumas das quest0es'm .1,_, _‘$2?
eficacia permanente, é preciso que os recursos estejarn disponiveis para acima. .
atualizagao, avaliacao e manutenqao.
8.7 Intranets
Diretrizes A definicao genérica de intranet é: ‘sistema de comunicagao intema deiuma or-
ganizacao que ernprega tecnologia da Internet’. As intranets 'utilizam duas das
A criacao de um sitio na Rede comeca com a identificacao dos objetivos que ele aplicacoes principais da Internet: os navegadores da Rede, com suas interfaces
tera. Isso estara ligado a cobertura e aos servicos que oferecera. graficas, e 0 correio eletronico. Sao adotadas no apoio a uma grande variedade
de servigos de inforrnacao, que incluem, por exemplo, acesso a colecoes de
Envolvimento do pessoal documentos em sistemas de gerenciamento de documentos, e correio eletronico.
O pessoal devera estar identificado com 0 sitio e conscientc dos objetivos que
pretende atingir. Isso pode ser alcancado de modo mais eficaz se se mantiver 0 Beneffcios
pessoal comprometido corn 0 desenvolvimento do sitio. A tecnologia das intranets é atraente para as organizacoes porque:
Contetido 1 A interface é facil de usar; tambérn inclui 0 acesso a formatos em multimi-
dia, como texto, video, som e imagens graficas.
Talvez seja necessario extrair informacocs dc diversas fontes dispersas na insti-
2 Uma Ctnica interface para todos os formatos de informacao que empregam
tuicao, as quais precisam ser identificadas. Qualquer contetido novo prectsara
0 formato aberto da Internet elimina a exigéncia dc a rede de uma organi-
de urn projeto proprio. Contetidos que se act-tem em locais remotos precisam ser
zacao prover diversas interfaces dedicadas que tradicionalmente seriam ne-
localizados e avaliados antes de escolhidos.
\

AINTERNET 203
202 RECUPERACAO DA INFORMACAO
- boletins de notificagao corrente, boletins de alerta
cessarias para a interrogacao de sistemas proprietarios, como bancos de da- - fontecimentode periodicos eletronicos
dos, sistemas dc recuperacao de informacao bibliografica e sistemas de in- - listas por assuntos de recursos na Intemet
formacao gerencial. O usuério, além do que, somente precisara clominar 0 - horario de abertura e atendimento em bibliotecas e outras informacoes
uso de uma {mica interface. ' material dc suporte ao desempenho de atividades de informacao.
3 Comparadas com 0 custo da utilizacao dc sistemas de inforrnacao proprie-
As intranets interativas oferecem muitas opornrnidades para a comunicacao
tarios, ou groupware, as intranets sao de instalacao muito barata. Ademais,
bidirecional no atnbito da organizacao. Sua configuracao, porém, é urn pouco
- os pacotes proprietarios também utilizam protocolos proprips, que muitas
mais complexa. Quando o usuario quer enviar, mudar, responder ou encan1i-
vezes resultam em dependéncia do distribuidor do prograrna, além do que
nhar qualquer tipo de informacao a outro local ou pessoa, precisa dc um pro-
as atualizagoes e utilitarios so podem ser adquiridos do fornecedor original.
grama ou script especifico para processar essa informacfio. Esses scripts tém de
4 Oferecem melhor acesso em relacao a diversos pontos:
ser mantidos num servidor interno da Rede que use TCP/IP. Se a rede da orga-
- os clocumentos podem ser compartilhados entre as principais platafonnas nizacao nao rodar com TCP/1P, entao talvez seja preciso um gateway ou progra-
de redes rna de parede corta-fogo [firewall] como interface entre o protocolo de rede da
- a inforrnacao é acessivel independentemente da localizaeao do usuario organizacao e o protocolo TCP/IP. Aplicacoes com essa contiguragao incluem:
- uma estacao de trabalho configurada para ser usada numa intranet também
- correio eletronico, inclusive mensagens e documentos anexos ,_
encontra-se pronta para uso na Internet se os gateways necessaries forem
- treinamento e aprendizado informatizado (os pacotes podem ser produzi-
incorporados na rede
dos e ministrados no proprio local)
- é possivel rnonitorar 0 acesso e uso por grupos que estejam usando a intra-
- videoconferéncias
net, possibilitando avaliar a utilidade dos servicos e recursos oferecidos na
' servicos interativos, como sistemas de reservas, documentos dc encomenda
intranet
e compra, relatorios e Ievantamentos, facilitados pelos comandos HTML de l‘f¢-\..

- é possivel incorporar sistemas de autenticacao de usuarios, de modo que o


‘processamento de formularios’ e ‘encaminhar para’ T F
I.1“?.-IL
~,“r
acesso a infonnacao pode ser controlado.
- areas de quadros de avisos ou conferéncias em linha '§,-"-,_-.5“,;.\-*Q:i-',=y». t-;_f.'
all
5 Perrnitem a manutencao de documentos atuais, oferecendo acesso a docu- ' services cle suporte técnico
mentos eletronicos que serao sempre a versao mais recente. Isso elimina urn - servicos de consulta em linha
l grande volume de trabalho reprogratico, bem como 0 tempo despendido na - renovacao dc cmpréstimos
tentativa de encontrar documentos em papel. ' acesso a catalogos dc bibliotecas na Rede.

Aplicagoes das intranets 8.8 O futuro


As aplicacoes que podem ser dadas as intranets dependem de seu tipo, sendo Encontram-se, em numerosas fontes, projecoes sobre o crescimento do ntimero
dois os principais: intranets de contetido unidirecional e intranets interativas. de servidores e usuarios que acessam os recursos da lntemct. Essas estimativas
Nas intranets unidirecionais, os arquivos sao simplesmente solicitados a se alteram com tal rapidez que se toma inviavel resumi-las em livro. Por isso,
urn local on servidor onde flcam armazenados, recebidos no microcomputador nenhuma sera reproduzida aqui. Mas a Intemet podera vir a concretizar a etapa
e vistos com o auxilio do navegador da Rede. Eis algumas de suas aplicacoes: final da curva exponencial que era parte das especulacoes feitas por diversos
autores, ha alguns anos, sobre a explosfio da infonnacao. Isso em si colocara
- guias de viagens, mapas ainda mais problemas para a gestao da informacao. Entrementes, ha varias
- listas telefonicas outras questoes relativas ao intercambio dc informacoes na Internet que pre-
- boletins cisam ser enfrentadas. Algumas sao menos prernentes, ‘se a Internet for vista
- calendarios de eventos principalmente como uma ferrarnenta para uma comunidade de entusiastas da
- manuals dc diretrizes tecnologia da informacao e meio de comunicacao entre individuos. I-Ioje, po-
- sistemas dc qualidade rém, quando as aplicacoes comerciais se tomam mais importantes, tais questoes
- apontadores para ofertas de trabalho veiculadas na Internet terao inevitavelmentc de ser solucionaclas.
‘- distribuicao e atnalizacio de documentos
‘A INTERNET 205
204 RECUPERACAO DA INFORMACAO
de mecanismos de busca para atender as necessidades de ctiferentes grupos de
A ‘Rede Mundial da Espera' clientes. Elemento importante no desenvolvimento profissional dos gerentes da
Uma das caracteristicas mais enervantes da Intemet é a vetocidade com que as informaefio sera a abrangéncia e as caracteristicas dos mecanismos de busca.
péginas aparecem na teta. Os elementos graficos incluidos em initmeras pagi-
RFSUMO
nas exigem enorme capacidade de transmissao e ha infimeros servidores e cli-
entes que padecem de Iigagfies relativamente Ientas. Os atrasos podem piorar A |nternet— uma série de redes interiigadas —funci0na com base em protocolos-
devido ao trafego intenso em alguns setores da Internet. Isso pioraré ainda mais padréu deéredes. AWnrId Wide Wet_i— Rede Mundial [de computadores] — é um
se 0 volume de tréfego aumentar, a menosrque se tornem disponiveis ligagées componente importante da Internet. Entre os servigos e recursos disponiveis na
de maior capacidade em mais elementos das redes que constituem a Internet, el Internet temosz senridores de listas e grupos de discussio, bases de dados tem:i-
ou melhores algoritmos dc compressfio de dados perrnitam que uma quantidade ticas, informagéo cornunitéria, recursos governamentais, catélogos de bibliote-
maior de dados seja transmitida pela mesma Iargura de banda. cas, recursos comerciais, quadros de avisos, transagées financeiras e comerciais
e fornecimento de documentos. Com uma gama tan vasta de recursos e bases de
Reflexéo Descreva situagées em que tenha sofrido as conseqtiéncias dados disponiveis na 1nternet,torn0u-se importante projetar interfaces que aju-
de uma Iargura de banda inadequada na Internet. Quais
dem as usuérios a Iocalizar os recursos informacionais e senrigos disponfveis.
eram as caracteristicas dessas situagées?
Dois tipos de ferramentas — navegadores e mecanismos de busca — s50 utili-
zados para fazer buscas na Internet. Os navegadores servem para percorrer a
Seguranga e propriedade Rede e mover-se entre sitios e pziginas com base em hipervinculos, porém a iden- 1
'1 6
‘-11,.
As questfies relativas aos direitos autorais e a propriedade intelectual tém tificagio de recursos especificos requer um mecanismo de busca. As aplicagées e_.
'».
jl
particuiar relevancia para a indtlstria da infonnagio, pois os problemas de potenciais da lnternetem bibliotecas incluam: novas formas de acesso aos recur-
.___
propriedade 550 intrinsecos as questfies de direitos e responsabilidades e de sos da bibliuteca, paginas interativas, ligagio com informagfies remotas, desen- :3:
-;-'-
._.?
quem detém a autoridade para pactuar acordos comerciais concementes a in- volvimento de recursos humanos, aquisieéo, catalogagéo e ctassificagao. As intra-'
1‘.-‘Jr
.,.
formaefio. Tais questées devem ser enfremadas com base numa mescla de nor- nets refletem 0 empregu da tecnologia da Internet no sistema de comunicagio in- *-
-£-
mas Iegais que sejam pertinentes a uma rede internacionat (e isso, em si,ja é um terna das organizagées. Os tipos de aplicagfies dependem do que estiver sendo T
verdadeiro desafio) bem como a praticas, Iiceneas e tratados também interna- usado: intranets de contefido unidirecional on intranets interativas. Para que as
cionais. Além disso, para que as pessoas possam reatizar transaefies comerciais tecnologias incorporadas 5 Internet possam desenvolver-se mais seré precisa
pela Internet de modo eficaz, é crucial que exista a possibilidade de preservar buscar a solugén de alguns prohlemas, _c0m0 05 de seguranga, propriedade e
0 sigilo das informaefies flnanceiras e outras informaefies comerciais (como estrutura, além dos que a transformam as vezes numa ‘Rede Mundiai da Espera'.
informaqfies sobre compras) que trafegam pela Internet, bem como a necessi-
dade de autenticar a qualificaeao e a identidade do remetente. QUESITOS DE Revrsito
I I Qual a diferenga entre Internet e Rede Mundial [Worid Wide Web]?
Estrutura I 2 Exptique 0 signiflcado de HTTP, HTML e URL.
Os usuarios nao conseguirao Iocatizar a informagfio ou 0 sitio que desejarn na 3 Faea uma lista de algumas bases de dados e servieos disponiveis na
Internet se nao fizerern a busca com um endereeo especifico, e até mesmo esses Internet.
encteregos sofrem rnudanqas. Sabe-se que até mesmo os mais empedernidos 4 Qual a diferenga entre navegador e mecanismo de busca? Explique
tecnocratas ja andaram testando as maravithas da classificaqao de Dewey e como funciona urn mecanismo de busca.
outros sistemas dc ciassificaeao. Como vimos acima, alguns dos mecanismos S Relacione alguns critérios para avaliaqfio das bases de dados dispo-
de busca oferecem a possibilidade de avaliacgao, classificaqzao e inclexagio dos nfveis na Internet.
recursos da Internet. A funefio que os mecanismos de busca desempenham na 6 Explique como uma biblioteca podera utilizar a tecnologia da Inter-
provisao de acesso aos recursos da Internet havera de evoluir ao Iongo dos t
i net para oferecer acesso a informaefio para sua clientele.
prdximos anos. Cada vez mais eles serao essenciais para identificar quais os I 7 O que é uma intranet? Por que as organizagfies estao se vatendo da
sitios que 0s usuarios visitarfio; como uma espécie de guia para os consumi- tecnologia intranet?
dores seu potencial é muito grande. Além disso, sera preciso um niimero maior
fir.
I

"=*:PJT6-\B»'-" 'fi1 AINTERNET 207


206 RECUPERACKO DA I'NFORM_AC.3tO
Outros servigos implantados inciuem:
ESTUDO DE CASO DE IMPLEMENTAQAO: CAMBRIDGESHIRE
LIBRARIES AND INFORMATION SERVICE I O Cambridgeshire Libraries and Information Sen/ice possui uma pagina
dedicada a cada uma de suas bibliotecas. A pégina da Cambridge Central
Natureza do projeto Library inclui informagoes basicas sobre como usar a Internet e lista de
O projeto baseia-se no reconhecimento de que a tecnologia da informagéo e sitios preferidos. _ _
é essencial a gestéo, desenvolvimento e prestagéo de servigos em bi bliotecas 2 O Input Output Centre aluga computadores e vende cursos de trema-
publicas. A convergéncia de sistemas e a crescente predominancia de infor- mento. _
’ma<;6es em formato‘eIetr6nico‘sao fatores que tornarn"a'tecnol0gia da
e—_ -_—. -:
3 O pessoai do Input Output Centre podera ministrartreinamento gratuito
informagao cada vez mais viavei em bibliotecas publicas. sobre um sistema de informagao geogréfica que contém o mapa de Cam-
Isso suscita uma preocupagao corn a possibilidade cada vez maior de bridgeshire. _ g
virmos a ter grupos que sao ‘pobres em informagéo‘ e os que sao ‘ricos em 4 A Cambridge Central Library e seu pessoal tém enderegos eletromcos
informagao‘. As bibliotecas ptiblicas tém urn papel fundamental a desem- que permitem e estimulam os clientes a entrar em contato conosco por
penhar para garantir 0 Iivre acesso 51 informagao independentemente de seu esse meio.
formato. 5 Um terminal de auto-atendimento, para empréstimos, marca Plescon,
lsso levou ao desenvolvimento da seguinte politica: foi instalado em julho de I997.

1 A biblioteca Ianqaré méo da tecnologia da informagao sempre que isso Acesso pfiblico 5. Internet _ ‘-11’
-_;
contribuir para melhorar o servigo ou aumentar a eficiéncia. A Internet, simplesmente, mostra como a informagao sera coletada, '11‘
2 A biblioteca proporcionaré acesso a programas de computador que administrada e clisseminada no futuro. Se 0 publico nio dispuser de acesso ‘S;
ajudem as pessoas a ter acesso a tecnologia da informagao, disso obten- as redes, poderé deixar de ter acesso as informaqoes atualmente dISpDI1IV€!S
do 0 maior proveito. em outros formatos.
3 A biblioteca proporcionara acesso a computadores para aquelas pes- A Internet é apenas uma ferramenta — um formato. O publico deve ter ‘A

soas que, de outra forma, nao teriam acesso a eles. tanto acesso as informagées veiculadas na Internet quanto tem a qualquer "m.-.-i,
outra fonte de informagao disponivel.
t~we.<;i_~;-t
tn!"
4 A biblioteca ofereceré capacitagéo para aquelas pessoas que néio pos- ".

suam conhecimentos de informatica.


Serfio as bibliotecas ptiblicas 0 caminho apropriado? I
Fez-se uma comparagéo com as bibliotecas publicas de antigamente, que Sim, 5impl85mertt6 porque para a maioria das pessoas elassao a pF.ifl_CIPa|
proporcionavam acesso aos livros - 0 formato da época — e estirnulavam
fonte gratuita de informagoes imparciais que sao essenciais ao funciona-
0 altabetismo de modo que a comunidade usufruisse 0 méximo de bene-
mento eficaz da democracia e de uma sociedade Iivre. _
ficios da biblioteca. No futuro, a instrugao em informatica teré uma fungao
Deve continuar existindo o Iivre acesso a informagao, qualquer que S8jEI
a desempenhar téo importante quanto 0 alfabetismo.
seu formato. De fato, a Internet e a tecnologia das redes poderao coIoca_r um
Os servigos introduzidos em consonancia com essa poiitica incluem:
desafio para 0 futuro das bibliotecas. Embora 0 livro, como tal, possa n-'<10S_6
' rede de cederrons para uso do pessoal e do publico tornar obsoleto, podera, para certas finalidades, ser superado. Chegara 0 dia
' empréstimo de cederrons (por intermédio da empresa Ramesis) em que a informagao seré. distribuida a todos os lugares, do mesmo rfl0f30
~ banco de disquetes (shareware para venda, também por intermédio da que a agua e a eietricidade sao hoje distribuidas. O probiema entao sera 0
Ramesis) acesso e a cobranea pelo servigo. _ _
~ parceria com 0 projeto Cambridge Online City, a fim de proporcionar Os servigos que as bibliotecas publicas atualmente oferecem, inclusive a
informagéo local com 0 emprego de terminals publicos de acesso a informagio, estao em grande parte baseados num edificio. iimbora‘ uma
Internet, um deles localizado na Cambridge Centrai Library e outro na rede possa eliminara necessidade de a pessoa locomover-se ate um edificlfi.
Arbury Court Library 0 acesso at informagio propriamente dita precisaré ser mantido. Isso pode -—
' Oito terminals publicos Iigados at Internet para acesso so a Rede: quatro e deve -— fazer parte do papel futuro do sewigo de bibliotecas publicasr
na sala de referéncia e informagoes, e quatro no centro de aluguel de coleta, gestéo e edigao de inforrnagoes na Rede.
computadores.
A INTERNET 209

208 RECUPERACAO on INFORMACAO


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l
SERVICOS DE BUSCAS EM LIN!-[A 211

5e;-vigg, 0 que se consegue com 0 emprego cle um terminal ou estaefio dc trabalho


9 ligada ao computador do servigo de buscas por meio de uma rede de teleco-
mur1ica<;6es. O terminal geraimente e’ um computador pessoal equrpado <:0m_um
programa dc comunicaqfio e um modem, ou ligado a urn servndor onde estwer
Servigos de buscas em linha instalado um programa apropriado de comunicagfio. E p0S_5i\'f>1 U'll11Z_flI "mil
ampla variedade de redes diferentes, porém, cada vez mars, os 581“/1905 de
buscas $50 acessados pela Internet. O acesso pela Intemet a serv1<';0s Que eram
anteriormente acessados por meio de outras redes de telec0rl1ufl19fl€°¢§ I1Qfl5
OBJETIVOS dificultar a diferenciagfio entre um servidor lntemet e um sf!‘/l9¢: d5 l9u5°a5 fm
linha. Ambos oferecem acesso a bases de dados. A divers1ficagan das fun¢.;oe_s
Os servigtos de buscas em linha oferecem acesso a uma ampla variedade de bases de dos serviqos de buscas em linha também aumenta a C0l'I1plBXld3ClE. lAqu1,
dados e outros recursos. A0 término deste capitulo vocé: deflr1im()5 um servigo de buscas em linha como uma categoria especlal de
- estaré ciente da natureza dos servigos de buscas em linha servit;0 da Intemet, que pode ser assim descrito: _
- saberé quando esses servir;os podem ser Uteis Um servigo de buscas em linha tem como meta instalar verras bases de dados
- teré eniendido as diferentes funqfies dos intermediérios e usuérios finais destinadas a atender {as necessidades de determinado pflbllco. Furwlonfl COHIO
- teré uma viséo da ampla variedade de servigzos de buscas em linha intermedizirio entre 0 produtor da base de dados e 0 usuério final.
- estar;-'1 ciente dos critérios de avaliagzéo de um servigo de buscas em linha e suas
bases de dados Tabela 9.1 As Lrés geragées de buscas em linha
- teré compreendido a natureza de uma busca em linha
Primeira geragio Terminais burros, velocidades lentas de transmissio,
- estaré ciente de alguns dos problemas na gestéo de um servigo de buscas em (até 1981) bases de dados bibliogréficos, buscas por meio de inter-. >-
linha deslinado aos usuérios finais v mediérios, sistemas em linha comerfiais, como 0 DLALOGQPS»
- estaré ciente dos fatores que influiréo no futuro dos servigos de buscas em linha. Segunda geragéo Computadores pessoais como estagoes de trabalho, 3‘
(19324991) velocidades médias de transmisszio, bases de dados
9.1 lntrodugéo bibliogréficos, cadastrais e de te:fto_complete e_m f0rmalQ___;
ASCII, usuérios finaus e untermeduérios eSpeC|a||:FadOS
O que é um servigo de buscas em linha? Os sewlgos que rnereceriio toda nossa Terceira geragéo Computadores pessoais com multimidaa, \'Bl°¢ldad°5
ateneéio neste capitulo sfio aquelas que poderiamos denominar servigos tradi-. (1991- ) mais répidas de transmissio, bases de dados em formato
cionais de buscas em linha. Nos Liltimos anos, a esses servigtos somaram-se os ASCII e texto integral, usuérios finais qne sao es pr0pr_l0§
oferecidos por provedores dc acesso, como a America Online, CompuServe e consumidores, intermediérios e usuzinos fiIlalS espec|al|-
Prodigy, além de uma vasta gama de outras organizagzfies que hospedam bases de zados
dados em servidores ligados é Internet. Os servigos de buscas em linha aqui
focalizados Enstalam uma variedade de bases de dados num sistema de compu-
tadores deigrande porte eoferecem aos usuérios 0 acesso, geralmente pago, a Reflexéo ldentifique e relacione os Fritérios adotados para dif8r€'I1-
essas bases. Alguns servigos de buscas possuem um mercado de alcance inter- _ gar as trés geragfies menqonadas na tabela .9.1_. ‘ ‘ I . . _ _ D _
nacional e estimulam e oferecem Sllp0l18-21 usuérios de todo 0 mundo (ou, me- l
i - - - - cla e,
l
lhor dizendo, do mundo desenvolvido). Outros servigzos de buscas, ainda que A fungao dos servlgos de buscas em hnha encontra se atualmentc ame1i<€~'<‘
possam ter alguns usuzirios forande seus paises, funcionam essencialrnente como l -
por Conseuulme,
U
- - a transformaqoes.
5U]fil[3 ~ A tabela 9.l caractenza as tres g era-
.

servigos nacionais. Os primeiros servieos de buscas surgiram no final da década qfies de buscas em linha. O papel ongmal desses servlqos era lnstalard M565 dB
' 'stra-
de 1960 e no inicio da década de I970. Existem atualmente muito mais dc 10 000 dados P ara os produtores dc bases de dados que a eles clelegavam a a l"fllI1l ’
_ - > ctos tec-
bases de dados disponiveis por intermédio deles e instaladas em computadores eao do acesso a essas bases‘ Isso mclusa 0 trabalho soncernente aos asP@
Iocalizados em vérias cidades do mundo. O usuério que pretenda utilizar um nicos relativos ao acesso zis redes, 0 énus do investrmento de capital com a aqui-
. __ - ' d vrande
serviqo de buscas em linha deveré ter condigées dc acesso a0 computador desse 5|c;ao e desenvolvlmento permanente de slstemas de c0mput&d0rB$ B D
SERVECOS DE BUSCAS EM LINHA 213
212 RECUPERACAO oa FNFORMACAO
- o catélogo em linha cie acesso piiblico dc uma biblioteca préxima
porte, bem como a geréncia das operaeoes de faturamento e atividades - diversas fontes disponiveis na Internet, inclusive outros sitios da Rede.
financeiras conexas. Os produtores de bases de dados pagavam aos servicos de
buscas ern linha para que realizassem esse servico para eles. Hoje em dia, com A fonte primordial a que os sen/ieos de buscas em linha proporcionam acesso
equipamentos muito mais baratos, maior padronizagao e acesso mais amplo as sao as bases de dados. Elas incluem tanto bases do dados bibliograficos quanto
redes, quase qualquer pessoa fisica ou juridica pode lanqar-se no mercado de bases de documentos. Muitas das outras fontes relacionadas acima podem
venda de informacoes eletronicas e proporcionar acesso a suas proprias bases de oferecer acesso aos dados ou ao proprio documento, ou a locals, fontes ou docu-
dados. A sobrevivéncia de organizacoes que possam continuar atuando com mentos onde a informacao se encontrar. A lista 9.1 indica alguns dos principais
éxito como servicos clebuscas em linha depender2'1.de:_ fatoresra serem considerados quando da seleeao de uma fonte cle informagao.

- acesso a uma base definida e consolidada de clientes LISTA 9.1


- a qualidade e eficacia das atividades de marketing (a marca sera importante
como simbolo de qualidacle tanto do servieo quanto das bases de dados) Fatores a serem considerados ao selecionar uma fonte de informagao
' opooes no fomecimento de clocumentos e a rapidez corn que esses documen- 1 A cobertura de assuntos e fontes deve ser adequada.
tos sejam entregues ao cliente 2 Tipo de busca. Em algumas buscas é bom contar com flexibilidade na
' retomos altos para os produtores das bases de dados, combinaclos com baixo estratégia de busca e talvez seja conveniente poder muda-la ou altera-
prego para os usuarioslfinais la a luz dos conhecimentos adquiridos durante 0 processo de busca.
- acessibilidade, no sentido de que os servicos de buscas sejam faceis de aces- As estratégias iniciais podem ser modificadas 21 medida que a pessoa
sar na Internet que faz as buscas aprende mais sobre o assunto, os termos que sao efi-
' disponibilidade de facilidacles de buscas de modo a contemplar diferentes cazes na recuperagao e a bibliografia do assunto.
categorias de usuarios 3 Termos de busca. As buscas informatizadas podem ser feitas tanto nos
- disponibilidade de diversas opcoes de interface, inclusive a possibilidade cle termos controlados de indexagao quanto nos termos da linguagerri na-
acesso por meio de catalogos em linha de acesso na biblioteca local tural, nao sendo, portanto, limitadas apenas aos termos atribuidos pelo
- parcerias a fim de aprirnorar a qualidade e variedade do servico que os pro- indexador, podendo tarnbém valer-se de outros termos que ocorram no
vedores de servicos podem oferecer aos usuarios. texto do documento.
4 A necessidade de formular expressées de busca. Algumas buscas exigern
9.2 Quando acessar um servigo de buscas em linha enunciados de busca complexos, abrangendo vérios conceitos interli-
A situaoao mais evidente em que se deve examinar a possibilidade de acesso a gados, a fim de especificar um assunto de modo adequado. Por exem-
um servieo de buscas em linha é quando se suspeita que a informacfio de que se plo: oportunidades de mercado dairidiistria de servigos financeiros na
precisa foi publicada em algum lugar e nao se tem, localmente, acesso direto a Alemanha. Talvez seja impossivel procurar enunciados de busca desse
fonte que fornece essa informaqao. Falando mais claramente, existem prova- tipo num indice impresso, porém, sao faciimente procurados mediante
velmente varias fontes principais de informacao a serem consultadas durante a formulagao de uma estratégia que combine os termos numa busca
uma busca de informa<;6es: em linha. Ademais, se a primeira combinagao de termos nao der resul-
tado, poder-se-a, sem grande dificuldade, testar uma forma alternativa.
-> documentos impressos e publicados, corno periédicos, livros, anais de even- 5 Resultados esperados cia busca. Os resuitados das buscas em linha po-
tos e relatorios, que podem encontrar-se em seu proprio acervo pessoal ou dem ser impressos, muitas vezes de acordo com um formato e numa or-
numa biblioteca a que se tenha acesso dem especificada, ou importados. Uma vez importados, os registros
- um colega ou amigo podem ser moclificados e acrescentados a uma base de dados local,
- documentos eletronicos ou impressos, que sejam confidenciais, de uma ins- ou simplesmente reformatados e impressos para enviar aos usuérios ou
tituioao, como relatorios, corresponcléncia e arquivos internos, e que podem consultar. lsso é particuiarmente conveniente quando se precisa pro-
ser geridos por meio de um sistema de gerenciamento de documentos cessar uma grande quantidade de registros, que é 0 caso das bibiiogra~
- bases de dados disponiveis em cederrom ou outros meios opticos fias. Esses registros importados podem ser integrados com outros regis-
' bases de dados disponiveis numa instituiqao c que abranjam infonnaooes de tros de modo a formar o nocleo de uma base de dados pessoal.
uso intemo, como as de um sistema de gerenciamento de informagoes
SERVICOS DE BUSCAS EM LINHA 215
-r 214 RECUPERACAO DA INFORMACAO
9.3 Buscas feitas por intermediaries ou pelo usuério final
._-an-,. ! 6 Custo das buscas. Existem vzirios custos a serem examinados quando se
avalia o custo final de uma busca. A despesa faturada é algo dificil de Ate agora nos esquivamos da questao de quem é que faz as buscas. Ha duas
ignorar: alguém tem de paga-la! Outros custos dizem respeito ao tempo categorias potericiais de pessoas que podem fazé-las:
consumido pela pessoa que faz a busca e seu treinamento. Ademais,
talvez seja dificil estimar antecipadamente 0 custo de determinada bus- 1 O usuario final, lsto é, a pessoa que realmente quer usar a informacao. O
ca. O percurso mais eficaz em termos de custo para se chegar a recupe- usuario final, na condicao de quem faz a busca, deve ter uma boa idéia da
racao da lnformagao dependerzi do custo cia busca, do custo do tempo informaeao de que precisa e também compreender a terrninologia do tema
t - da pessoa que faz a-busca, da disposigao e capacidade do pagar do sobre oqual a busca sera feita. . .. . __,;
l.

usuério final, do grau de atualidade da informagao solicitada e da quan- 2 O intermediério, comumente um profissional da infomiacao, como um bi-
tidade de usuarios que utilizam 0 sen/ico. Embora o custo seja importan- bliotecério ou gerente de informacéo. O intermediario as vezes realiza a
1
te, cada gerente de informagao deve estabelecer politicas gerais e ava- busca para 0 usuario. O ideal é que o intermediario tenha um treinamento
liar cada busca no contexto clelas. adequado acerca dos recursos de busca dos servioos de buscas ern linha,
7 Acesso a recursos adicionais. O acen/o de todas as bibliotecas é limitado. mantendo-se a par dos melhoramentos introduzidos riesses recursos e da
As buscas em linha em bases de dados externas proporcionam acesso disponibilidade das bases de dados. O intermediario deve ser uma pes-
aos recursos de uma rede de bibliotecas, os quais nao se encontram soa experiente em buscas e estar apto a adotar estratégias eficientes e efica-
em sua totalidade numa unica biblioteca. Se os recursos com que conta zes, além de conhecer, tanto quanto possivel, a linguagem de indexacao
uma biblioteca forem particularmente limitados, as buscas em linha se- adotada pelas bases de dados que consulta regularmente.
rao uma dadiva especial para aqueles usuérios que precisam de outros O usuario final e o intermediério, portanto, aportam diferentes experiéncias ao
documentos, mas a biblioteca devera estar preparada para urn aumento contexto em que se realizam as buscas. Ambos tem algo a contribuir e ha muitas
no volume de solicitagoes de empréstirnos a outras bibliotecas e de pessoas que argumentam que as melhores buscas sao aquelas que se realizam na
encomendas de fornecimento de documentos. presenca dos dois, embora 0 dialogo que isso enseja tome mais lento o processo
8 Crau de atualidade e perfodo de tempo abrangido pelas buscas. Embora de busca. E claro que a experiéncia de ambos geralmente pode ser aproveitada
0 periodo de tempo coberto por muitas bases de dados seja hoje em dia por ocasiao das buscas.
bastante substanclal, ainda ha limitagoes, sendo importante verificar Este livro destina-se a profissionais da informagao e, por conseguinte, incli-.
qual a cobertura cronologica oferecida pela base de dados. Algumas, ll na-se por dar mais atencao ao papel desses profissionais. Assim sendo, neste
como as de dados bi bliograficos, cobrem longos periodos que remon- l
capitulo, tratamos um pouco da funqao do intermediario, se bem que muitas das
tam a 20 anos ou mais. Em outras, a atualidade é desumaimportancia. decisoes a serem tomadas, como, por exemplo, aquelas concernentes s selegao
No caso de algurnas bases de dados-financeiros e comerciais sua atua- de uma base de dados ou servigo de buscas, sejam da competéncia de quem faz
lizagéio se da em tempo real (isto é, a medida que as informagoes se as buscas, nao impofta quem sej a.
tornam disponivels), pois é importante para o usuario obter as infor- Nos primordios das buscas em linha os intermediaries eram aceitos pelos
magoes mais recentes. usuarios finais porque os sistemas eram muito complexos, além de haver outros
9 Experiéncia com buscas. Os usuarios podem apreciar as buscas em ll- obstaculos a superar, como as precérias ligagoes das redes dc telecomunica-
nha e nao estar dispostos a se envolver na magada de uma busca manual. goes. Além disso, so um nurnero relativamente limitado de buscas podla ser fei-
to em linha; outras dependiam das habilidades do profissional da infomiacao
Os critérios apresentados na lista acima podem ser aplicados para identificar que as fazia manualmente. Esse profissional era, com freqiiéncia, quem tinha
situagoes em que seja vantajosa a busca num servico de buscas em linha. Tendo melhores condieoes parajulgar se uma busca em linha seria mais frutifera. Na
em vista que a maioria dos critérios relacionadas também se aplica a outros am- década de 1990, os servicos de buscas defrontaram-se com a ameaqa que paira
bientes onde se fazem buscas em linha, como as feitas em cederrom e numa base sobre seu mercado, ameaga essa representada pelo cederrom, 0 qual é, de modo
de dados da propria Enstituieao, talvez também possam ser utilizados nesses ainda mais drastico, uma ferramenta destinada ao usuario final. Outro aspecto a
ambientes. Este tema sera examinado com mais atengao nos capitulos 10 e 1 1 considerar é que tem sido dada mais atencao ao projeto de dialogo nos sistemas
que tratam de cederrons e sistemas de gerenciamento e edicao cle documentos. informatizados em geral. Além disso, se muitas das primeiras bases de dados
eram bibliograficas e, diriam alguns, adoradas pelos bibliotecarios, mas miste-
E l

SERVICOS DE BUSCAS EM LINHA 217


216 RECUPERACAO on INFORMACAO
I Os servieos tradicionais de buscas em grande escala, estilo supermer-
riosas para os demais, hoje em dia encontra-se um niimero acenmado de bases cle cado da informagao, que oferecem tie 50 a 300 ou mais bases dc dados, por
dados de fontes. Os services de consulta em linha passaram a se concentrar em delegacao dos produtores. Exemplos: DIALOG, DataStar e Questel-Or-
grande medida no usuario finale nos servicos a ele destinados. Tanto a Internet bit. Embora esses servieos de buscas em linha possam oferecer muitas bases
quanto as interfaces graficas sao amigaveis para 0 usuario e muitos servicos de de dados, e alimentem a expectativa de serem notados como uma presenca
buscas em linha oferecem pacotes de servicos destinados a atender a uma parcela marcante na inrltistria da informacao, a continuidade de seu éxito cornercial
significativa das necessidades de inforrnacao de grupos-alvo especificos. Do depende da capacidade de segmentar seu mercado e desenvolver bases espe-
mesmo modo, as estratégias de definicao de precos foram simplificadas de modo cializadas que atendam a esses segrnentos. E cada vez maior o niimero de
a atrair o usiiari0_ _fi_na_l, tanto com opcoes de assinatura quanto de pagamento por services oferecidos sob medida, como o KR ScienceBase, bem comooutros,
servico prestado. i ‘ H baseados na Rede, corn acesso a varios services, como o DIALOG Web.
O papel desempenhado pelos intermediaries passa por constantes trans- 2 Servigos especializados de buscas em linha, como o DBE-Link. que oferece
formacoes, e a demanda e a necessidade deles variam, dependendo dos usuarios bases de dados em lingua alema e outras bases européias, além dos servicos
e suas necessidades de informacao. Algumas bases de dados sao notoriamente que proporcionam acesso a bases de dados comerciais e financeiras, como o
clificeis de consultar de modo eficaz, e neste caso é provavel que 0 usuario ICC, que fornece dados em linha (com uma interface Windows), fora de linha
sempre venha a atuar como responsavel pelas buscas. Uma das funcoes do. ou em cederrom. Alternativamente, os dados podem ser entregues por ataca-
intermediario é alertar os usuarios quanto a mudancas ocorridas nos recursos do para serem integrados na propria base de dados ou intranet do compra-
oferecidos pelos servicos, manter uma perspectiva abrangente e aclestrar os dor, em fita magnética ou por meio de fornecimento eletronico cle dados
usuarios no dominio dos recursos recém-incorporaclos as bases de dados, além (EDD). Alguns servicos de buscas, como a Information Access Company,
l
de capacitar os novos usuarios. ll
que tiveram inicio corn um catalogo de base cle dados centrado em urn assen-
l to. comegaram a diversificar.
Reflexao Havera, nesse contexto, um papel no futuro para 0 inter- 3 Editoras como servicos de buscas. Muitas editoras importantes ingressa-
mediario da informagaoi ram no mercado de servioos de buscas. Algumas haviam adquirido experien-
cia em edicao eletronica com a publicacao de cederrons, enquanto outras for-
9.4 Servigos de buscas em linha maram parcerias corn outros provedores de servigos ern linha, a fim de ofe-
Os servicos de buscas em linha, as vezes denominados fomecedores de sistemas recer uma soluqfio integrada para a questfio da informacao, abrangendo tan-
em linha, servicos de buscas ou distribuidores de sen/loos em linha, sao respon- to bases de dados bibliograficos para localizacao de informagoes quanto ba-
saveis pela instalacao de bases cle dados em computador e pelos mecanismos ses de texto complete para fornecimento de documentos. Exemplos: servico
necessaries para que sejam consultadas a partir de um grande nurnero de esta- de buscas EBSCO, Information Access Search Bank e ProQuest Direct da UM].
coes de trabalho remotas. Os servicos de buscas ern linha que oferecem acesso 4 Services de buscas que independem do tipo de plataforma, que propor-
a um grande nfimero de bases do dados convenem-nas para urn formato unifor- cionam acesso a bases de dados em cederrom, a Rede, bem como platafor-
rne, incluindo certo grau de padronizacao nos nomes dos elementos de dados, dc mas cliente-servidor, possivelmente por meio dc uma interface para usuarios
modo que os comandos basicos e as técnicas de busca sejam aplicados a todas que seja comum. A Ovid Technologies é um bom exemplo desse tipo cle ser-
as bases ofereciclas pelo mesmo distribuidor. A pessoa que pretende fazer buscas vico dc buscas. A Silver!-‘latter caminha nessa direcao.
numa base de dados precisa estar ciente da variedade de servioos de buscas que 5 Utilitérios bibliograficos que oferecem acesso, destinado a comunida-
existem. E cada vez mais comum uma base estar disponivel em varios services. des especificas, a uma gama selecionada de bases cle dados, muitas vezes
O acesso a ela pode ser sensivelmente mais barato num servico do que em outro, com a cobranca de tarifas especiais. Exemplos sao Firstsearch do OCLC e
principalmente se se levam em conta as tarifas de telecomunicacoes. Alternati- BIDS (para maiores informacoes ver o capilulo 15).
vamente, um servigo pode oferecer recursos dc buscas que suportam consultas
Em geral, os fornecedores de services em linha comecam a ter condicoes de
muito mais eficazes sobre determinado assunto do que seria possivel em outro
responder a necessidade, ha tanto tempo sentida, de interfaces comuns a
servico. Os servieos de buscas niao podem mais ser diferencados uns dos outros
diferentes ferramentas, como bases de dados bibliograficos e cadastros (inclu-
com base na ofena de bases especificas, mas, sim, pelos beneficios adicionais
sive cadastros de sitios da Rede) que mostrem a localizagao da informacao e 0
que oferecam ao usuario, como facilidade de execuqao das buscas, velocidade
texto integral do documento que contem a informagao. Estamos cada vez mais
de processamento e precos competitivos. Ha varios tipos de servicosz
SERVICOS DE BUSCAS EM LINHA 219
213 RECUPERACAO DA INFORMACAO
proxirnos da integragao, num servico inconstitil, da identificacao e fomecirnento uma solucfio integrada para todas as necessidades de infonnaeao da engenharia.
do documento. As propostas mais complexes oferecem acesso a outros canais de Os servicos ofereciclos pela Ei incluem:
informacfio, como bases de dados instaladas em outros servicos, conteiido de
outros sitios da Rede, acervos de informaqoes, como bibliotecas, e pessoas - Ei Village Directory, que proporciona acesso rapido a sitios pertinentes da
fisicas como canais de informaefio, Isso pode ser descrito como uma solucfio Rede
integrada em matéria de informaciio. ~ Ei Tech Alert - buscas cle novos progresses com base em conceitos em
linguagem natural _ I
Alguns exemplos -de solugoes integradas em matéria de informagéo - Filtered News — acesso a boletins de disciplines especiais
- Ei Corporate Gallery
Eis quatro exemplos cle servicos que procuram criar essa solucao integrada. Tais - Ei Spotlights - atualizacoes semanais sobre assuntos
solucoes devem ter como objetivo a satisfacao das necessidades d_e grupos espe- - Ei Annotation — guias de sitios da Rede
cificos, e 0 fomecedor deve compreender essas necessidades, nao apenas em - Articles on Call — acesso imediato a artigos selecionados e previamente es-
termos do tipo de base a ser acessada, mas também ern termos das caracteristicas caneados
especificas das interfaces e as estratégias de precos mais aceitéveis. ' EiDDS — fomecimento de documentos por correio eletronico
- Ei Connexion - interface facil e portal de acesso a 150 bases de dados do
KR ScienceBase for the www DIALOG
Este é um produto moldado sob medida_ que apresenta: ~ Ei Compendex*Web — acesso ilimitado por um preco fixo
- Ask a Librarian/Ask an Engineer W orientaeao sobre busca de informagao
' acesso a periodicos da incliistria, documentos de patentes, periodicos cienti- - Ask your Peers — servidores de listas e grupos de discussao selecionados.
ficos, trabalhos apresentados em eventos, manuais, documentos de referen-
cia e regularnentatgfio em ciéncias . O Ei Village com 0 Ei Compendex*Web podem ser adquiridos como um pacote,
- cobertura de noticias em quimica, bioquimica, ciéncia fisica, comércio e in- ou, alternativamente, ser comprados separadamente. O Ei também edita varias
dfistria de suas bases de dados em cederrom, e o Engineering Index Monthly e 0 Engi-
- acesso a bases cle dados, como BIOSIS, CA5, Derwent, Dun & Bradstreet, e a neering Index Annual em formato impresso.
National Library of Medicine.
Literature Oniine (Lion) from Chadvvyck Heaiey
DIALOC Web Lion oferece acesso a milhares de textos literarios, obras de referéncia, biblio-
Este é urn servieo disponivel na Rede que contém: grafias e catalogos em seu sitio na Rede. Textos adicionais estao sendo conver-
tidos para formato eletronico pela empresa Chadwyck I-lealey, e licencas vérn
- urn cadastro de base de dados que funciona como um mecanismo de busca sendo negociadas com outras eclitoras; estao sendo identificados textos e recur-
cia Rede para suportar a locaiizaeao de bases de dados sos em outros sitios da Rede, com a criacao dos vinculos respectivos e incluidos
- acesso a mais de 450 bases no DIALOG no Master Index. Atualmente, o Lion contem mais de 210 000 textos de poesias,
- instrueoes especiais (Web Bluesheets) que proporcionam acesso, atualiza— pecas teatrais e romances em formato SGML que permitem a realizacao de buscas
dissimo, ao conteiido do DIALOG, seus recursos e preeos erri todos eles. Além disso, oferece vinculos de hipertexto para aproximada-
- Electronic Redistribution and Archiving (ERA), que permite a distribuigfio mente 15 000 outros textos literarios localizados em sitios gratuitos na Internet.
por correio eletronico ou pela intranet local Contém dicionarios e outras obras de referéncia, bem como bibliografias reno-
- interface da Rede para Alert (um service de notificagao corrente) madas no campo da literatura inglesa e norte-americana, inclusive obras que
- um vinculo para KR SoureeOne, servico de fornecimento de documentos antes nao se encontravam em formato eletrénico. Proporciona acesso estru-
- retroalirnentacfio de correio eletrénico para comentarios e sugestoes. turado a grupos de discussao, periodicos eletronicos, metapaginas, paginas de
autor, sitios literarios da Rede em geral e catalogos de bibliotecas. O Master
Engineering information Village Index é uma lista abrangente de autores e obras disponiveis em formato eletr6-
Ei Village é uma cornunidade virtual com base na Internet, projetada para ser nico em Lion e na Internet como um todo. As buscas sao feitas com base no nome
SERVICOS D E BUSCAS EM LINHA 221
220 RECUPERACAO DA INFORMACAO
Fr Information Londres Mais de 406 lnformagfies em texto inte-
1
do autor ou palavra-chave do titulo, com operadores booleanos de proximi- gral, fontes sobre adminis-
clade. O acesso é perrnitido por meio de assinatura e os precos se baseiam na tragio inclusive os princi-

i quantidade de usuarios simultaneos e nas bases de dados especificas para as


quais se necessita de acesso. Ha reducoes substanciais nos preeos das assina-
turas para instituicoes que tenham adquirido licenga de uso de bases de texto
integral em cederrom ou fita magnetica.
pars ]Ol'|‘I3IS, outros servigos
internacionais de noticias,
revistas internacionais de
negécios, empresas, indt]5-
trias, mercados, paises
STN International Cerca de 200 Agricultura, biociéncias e
tecnologia, quimica, medi-
Reflexao Quais as caracteristicas comuns das solugoes integradas r "'=' cina, patentes, fisica e ci-
em matéria deinformagao descritas acima? I éncias em geral
Questel-Orbit Franga Cerca de 300 _ Negécios, informapao quimi-
Para ter acesso as bases de dados oferecidas por deterrninado servico de buscas, ca, energia e ciéncia da
Terra, engenharia, safide,
_,,.A:‘ t._ .:,_¢-:5T;-4 é preciso, na maioria dos casos, fazer 0 respective registro como usuario. A seguranga e meio ambien-
maioria dos consulentes comeea registrando-se junto a dois, trés ou quatro te, humanidades e ciéncias
hospedeiros importantes. Entre estes provavelmente estarao pelo menos dois sociais, ciéncia dos materi-
dos principais servigos em linha em grande escala, e possivelmente alguns ser- ais, noticias, patentes, cién-
cia e tecnologia, marcas
vicos especializados peninentes ao tipo de busca que sera realizada. Com a Alemanha Ciéncias biornédicas, com
DIMDI
crescente adequacao dos servigos a requisitos especiais, principalmente nas énfase em bases de dados
areas de informaciio comercial e financeira, é possivel que o usuario descubra em alemap
Londres 22 Registros bibliogréficos, bases
que um service de buscas em linha pode atender a maior parte de suas neces- BLAISE
de dados '_cataIograficos
E
sidades e, efetivamente, se sinta estimulado a se tomar um usuario muito mais Anélisefinanceirae industrial
ICC Hampton
eficiente da informacao. Os critérios apropriados para a selecao de um servico sobre empresas britinicas
de buscas em linha estao relacionados na lista 9.2. Alguns consulentes, depois de Information Access Varias Cerca de 30 Muitas bases de texto inte-
familiarizados com os recursos e técnicas de buscas oferecidos, evoluirao para gral, que incluem areas
como ensino e pesquisa,
uma gama maior de services. Feito o registro, 0 usuario recebe uma senha que negocios e indiistria, infor-
lhe da acesso a maioria senao todas as bases oferecidas pelo servico. mética e referéncia geral
LEXIS-NEXIS Londres 11 000 fontes Noticias, relatorios financei-
Tabela 9.2 Variedade de bases de dados oferecicias por alguns dos princi- ros, relatérios de empresas
-.—»—-. —~.-=¢n.- ius_.:1in=
2 e de mercado
pais sen/igos de buscas em linha Comércio, apoio a investi-
Dow-jones’ sun
memos
Servigo de buscas Sede Némero de Cobertura das bases de dados Texto integral, resumes e
Wi|sonWeb Nova York 36 bases de
bases de dados
dados indices
Ovid Technologies Londres BU bases de Sande, ciéncias biomédicas,
dados negocios, referéncia geral,
DlAI.OC Information Paio Alto, Mais de 450 Ciéncia e tecnologia, bibliografia,
ciencia e tecnologia, huma-
Retrieval Services California referéncia,comércio, noticias,
nidades e ciencias sociais
ciéncias sociais e humanidades
European Space Frascati, Mais do 130 Ciéncia e tecnologia, comércio e
Agency's Informati- ltélia finangas, informagées sobre A tabeia 9.2 relaciona alguns dos principais services de buscas, mostra 0 total
on Retrieval Service empresas, safide e seguranca
ocupacional, patentes, noticias
das bases de dados que neles podem ser acessadas e da alguma indicacao da
{ESA—iRS)
DataStar Suica Mais de 350 Comércio e finangas, quimica, cobertura das bases de dados que oferecem. Além da variedade de bases dispo-
engenharia, noticias e midia, niveis, muitos services de buscas oferecem outros services. Alguns sao indica-
medicina, alimentagao e agri- dos na descrieao de produtos e servicos, na tabela 9.3, que incluem servicos cte
cultura, direito , governs, ener-
gia e meio ambiente, ciéncia e
notiflcacao corrente, acesso a recursos da Rede, cadastros da Rede, fomeci-
tecnologia, ciéncias sociais mento de documentos e bases de dados em cederrom.
222 RECUPERACAO on TNFORMACAO SERVECOS DE BUSCAS EM LINHA 223
Tabela 9.3 Variedade de servi<;os disponiveis num grande servigo de
buscas: DIALOC lente experiente, por exemplo, estarzi habituado ao estilo da linguagem de inde-
xagao, 0 periodo de tempo abrangido pela base de dados e como é feita a selecao
DIALOG Servigo de buscas em linha dos itens;aii incluidos. Muitas vezes talvez nao exista uma so base dc dados que
DataStar - Servigo de buscas em linha proporcione uma busca exaustiva, quando entao sera preciso consultar duas ou
KR OnDisc Servigo de fornecimento de cederrons mais bases ate’ se chegar a uma busca que seja completa. As listas 9.2 e 9.3
DIALOG e DataStar Alert Services Servigos personalizados de notificagao apresentam alguns dos fatores a serem ponderados pelo consulente expertentc
corrente quando da selecao de uma base de dados.
KR ProBase Servigoem linha, baseado em Windows,
para usuérios finals LISTA 9.2
DataMail Servigo de correio eletronico
DataMai| Bulletin Boards Quadro de avisos A avaliacéio de servigos de buscas em linha
0neSearch e StarSearch Elimina duplicatas que ocorrem em buscas
feitas em mfiltiplas bases de dados
1 Bases de dados oferecidas. A quantidade de bases de dados oferecidas
D|At_0GLink Programa de comunicagoes que também pelos diversos servicos de buscas é varizivel, do mesmo modo due a co-
suporta a exibigio de imagens de algumas bertura temaitica e a lingua das bases de dados disporiivels. Alem disso,
bases de dados diferentes services de buscas oferecem periodos diferentes abrangidos
DIALOC ERA (Electronic Redistri- Cobre as questoes de direito autoral para pelas bases de dados disponiveis para buscas em linha. o
bution and Archiving) " irnportagao e redistribuigao de documentos 2 Recursos de busca. Os elementos de registros 8"" Q“? P°dE"" Se’ fems
Report Comando que facilita selegao e formatagao buscas variam de um servigo de buscas para outro. E certo que os for-
de dados, para fornecer resultados de bus- matos de campos podem variar e os nomes de campos ser diferentes.
cas, em tabelas, fax e correio eletronico Alguns sistemas oferecern recursos mais amplos no que Concerne as bus-
KR S0urce0ne/UnC0ver Forriecimento de documentos
DIALORDER Fornecimento de documentos cas contextuais ou por proximidade e truncamento. No caso de bases de
KR ScienceBase Guia inteligente de buscas baseado na Rede dados de fontes e de texto integral sao necessaries vzirios recursos espe—c
|)|At0cweb Servigo em linha baseado na Rede ciais. A KR ScienceBase possui interfaces que exigern apenas que 0 con-
sulente digite urn termo de busca. A resposta é apresentada em ordem
9.5 Revisao das bases de dados ‘em linha de relevancia. A desvantagem desses servigos esté em que 0 consulente
nao pode compreender 0 processo de busca, bem como a recu peragao
A variedade do bases de dados disponiveis nos diversos services de buscas em cle conjuntos de busca estritamente definidos pode suscitar problemas.
linha ex-pandiu-se grandemente nos ultimos anos. O capitulo 5 tratou dos tipos 3 As interfaces destinadas ao uso de especialistas ainda apresentam co-
basicos de bases de dados e mostrou exemplos de cada uma das categorias. As mandos de buscas. Houve época em que os consulentes precisavam me-
bases de dados podem ser de referéncias ou cie documentos, e a amplitude de sua morizar uma linguagem de comandos antes de comecar uma busca. Atu-
cobertura tematica varia desde um campo relativamente especifico até a inter- almente, é possivel embutir em menus ou oferecer como opgoes em
disciplinaridade. Certos tipos de bases de dados sao mais comuns em algumas interfaces graificas mensagens que pedem os comandos 8pl'0pl’|EldOS’.
areas do que em outras. Por exemplo, as bases de texto integral preclominam no Embora o consulente néo precise lembrar-se dos comandos, ainda e
campo dos negocios e do direito, sendo, porém, menos evidentes nas areas clen- necessério ter alguma nogao do efeito de sua aplicagao nas buscas.
tificas e tecnologicas. Os cadastros produzidos pelos grandes services de bus- Sen/i§05 de buscas diferentes possuem diferentes linguagens de co-
cas, disponiveis tanto em linha quanto em formato impresso, como 0 DIALOG, mandos, a depender do programa de buscas.
servem como listas importantes de bases de dados. it 4 Formatos dos registros. Existem vairios formatos de apresentagao dos da-
As primeiras etapas de uma busca em linha sao a escolha do servico de buscas dos das referéncias recuperadas. E possivel, as vezes, a pessoa que 1'31 HS
e a base de dados. Para a maioria das buscas apenas poucas bases sao pertinentes, buscas selecionar os elementos de que necessita, porem ha servigos de
e, por exemplo, uma vez identificadas as que cobrem a area tematica desejada, buscas que somente olerecem alguns formatos padromzados.
a escolha seguinte talvez se restrinja a duas ou trés bases. Em geral, nao se trata i 5 Recursos adicionais. Muitos servigos oferecem outras facilrdades alem do
simplesmente de conhecer a cobertura tematica de uma base de dados. O consu- recurso basico de buscas em linha. Muitas vezes incluem servigos de DSI
ou fornecimento de documentos (ver 0 capitulo 12 para mais detalhesl.
SERVICOS DE BUSCAS EM LEN!-IA 225
224 RECUPERAC/10 DA INFORMACAO
tipos de bases com contefido completa: arquivos ASCH (que incluem
Servigos cle suporte. A maioria dos servigos de buscas oferece suporte Q
somente texto} e bases de imagens [que incluern imagens, graficos e a
treinamento. Servigos de atendimento por telefone, cursos de treina-
formatagao original do anigo). O mesmo servigo pode mesciar ambos
2223:; T2';‘;Zlf;i‘§‘ilZ§'EZfcZ§°ilZ'£5E
tente e uma formagéo esmerada osslagllfazesl tlelnamento Compe-
os tipos de bases de dados ou, alternativame nte, 0 texto ASCII pode estar
disponivel para buscas e localizagao cle documentos, enquanto a base de
imagens é fornecida por meio de um pedido de fornecimento de docu-
fazem
em buscas
coma em sistemas e basesde
a disponibmdade dos Sen./I rnlali ejrcompexl
m e lcalclarrlnfismg
a e. E quaqdo Se
prec_|so ’ter mentos. Etambém importante constatar que os textos eletrénicos in-
(mice fawn Devem Sereficazes acessrgosl E2 suporte, mas este nao e p tegrais variam, mesmo no caso de um Unico titulo; a versao em texto
namemb “mos no pré ri0_|6ca,] do Slveis porexemplo, cursos dia trei- integral pode conter apenas artigos importantes ou apenas -aqueles dos
quais 0 autor cedeu os direitos autorais para a editora, ou artigos publi-
Custo.
base deE dados
dificil fazer
pois Oumpa estimativa
custo é formadclijeuano e mzoayelmeme
quan ecustara baratosl
uma busca numa cados durante deterrninado periodo de tempo; alguns graficos, Labelas
feremes Semgros de buscas adotam dpepor inumeroscpmponentes. Di- e fotografias podem ser omitidos. O problema mais sério consiste em
_ _ I ‘ rentes estrategaas de pregos. Al- tentar identificar o que foi deixado de fora.
guns estao disponiveis por meio de assinatura, enquanto outros cobram
Atualidade. Qual a atualidade da base de dados e a freqiiéncia de atua-
por transagao efetuada. Outros adotam uma mescla das duas modali-
lizagao? Algumas bases, como as que contém dados de cotagées de bol-
j:db‘:5;eiI‘tfl:JZj§§§€gn<;|LiF;l:,f:>FQgnas bibliotecas, fazem assinatura sas de valores, sao atualizadas em tempo real, isto é, a medida que as in-
so dasComo
de uso forrnagées sao modificadas, as cifras consrantes da base sao atualizadas.
naisl D5:menos assiduo Ha de
Ou fomecime-mo glrif
dasGa e pa‘ga‘mpara
especials pomansagao [1993-
servlgos adlclo- As bases de referéncias muitas vezes sao atualizaclas mensalmente. Elas,
custo das telecomunicagées ue Va ‘cu mtentosz E Preciso observar’0 assi rn como outras, sao acumulativas, mas existem algumas que contérn
Experiéncia A ex eriéncia d, q pa enbre palses e no rnesrno pals. apenas as informagées mais recentes.
Faciliclade de uso. Seré influenciada por varios fatores, inclusive a in-
fVista
tor deg;
im Orbpiézsganaé
t p diitggfsannaéapéiessua
‘e q-uem 32 a BEICHCIH.num $8“/Igo Ponto
Ass1m,’dQ pode ser
de terface, a linguagern de indexagao e a estrutura cla base. Outro fator
cmcas do Servigo Imas também ex Io ava ear as'car'acter1s_t|c_as especi- sera a experiéncia do consulente com a base de dados. -
. amlnar suas proprias apt|d0e5_ l Tipo de saida. éevidente que a saida proporcionada pela base de dados
dependera muito do tipo de informagao que a base contiver, porém,
além disso, pode haver opgées quanto ao formato dos registros de saida
LISTA 9.3
e a disponibilidade de forrnatos de impresséo e importagéo de dados.
Caracte nsticas
' ' a considerar
‘ quando da avaliagao
- - das bases de dados Linguagem de indexagao. Ha muitas caracteristicas da linguagem de in-
Cobertura tematica. A maioria dos cadastros de bases de dados indica
dexagao a serem levadas em conta. Na segao 7.4 trata-se brevernente
dessas caracteristicas. A linguagern é controlada ou natural? Qual a pro-
sua_d co bertura tematica.
' ' lsso 'identifica
- V claramente a area
» - -
principal ser-
fundidade e a exaustividacie da inclexagao? Encontram-se na linguagem
"" 3 Pela base de dadoi Porém talvez seja mais dificil estabelecerla de indexagao da base de dados os termos de busca que descrevem 0
qualidade ou profundidade de cobertura de areas periféricas. Talvez
tambem valha a pena examinar quais os critérios de selegao adotados assunto da busca?
Custo. As estratégias de preqo muitas vezes sao Q que clistingue os tipos
pela base de dados. Nas de referéncias talvez sejam incluidos todos os
de bases de dados. Por exemplo, os pregos de bases cle texto integral
T1305 publscados nos periodicos indexados, ou somente aqueles que podem depender cla extensao da base de dados que esteja sendo con-
u rapassern eertaextensao; cartas de lertores e comentarios da redagao
sultada ou impoftada.
serao ou flHO1flClUIClOS. Uma vez definida a cobertura da base de dados
Docurnentagao e instrumentos auxiliares de busca. Ta lvez haja varios
0 P3550 5e8Ul"t9 Consiste em comparar essa cobertura com a de outras instrumentos auxiliares de busca, principalmente para ajuclar em bus-
que abraniam a mesma area;
cas em grandee; bases de dados. Dentre eles temos os sistemas de classi-
-l-IEO de base de dados e tipo de informagfio que oferece Denim as P05-
ficagao, tesauros impressos ou visiveis na tela, e outros meios de ajuda.
siI ‘I'd
I 1 ades, tefl_105 '@_fe’e"¢la5,
* ' textos -integrals
- de documentos, aconte-
Viés. Deve-se avaliar se existe algurn tipo de viés, como, por exemplo,
::;§::l°51b8F3f'<él05, Irflagens e mpltimidia. Cum a utilizagao cada vez excesso injustificavel de informagées européias ou norte-americanas.
e ases e texto integral, e importante recon hecer que ha dois
'¢.
l
SERVICOS DE BUSCAS EM LINHA 227
226 RECUPERACAO DA INFORMACAO
estratégia de busca. O segundo passo scra a selegao da base ou bases de dados
10 Cobertura cronologica. O perfodo de tempo coberto pela base de da- e dos serviqos de buscas pertinentes. Depois de superadas essas etapas preli-
dos desde quando se acha disponivel em linha. minares de planejamento, a pessoa que faz a busca estabelece conexao com o
11 Sen/Igo de buscas. O sewigo onde a base de dados se acha disponivel. servigo escolhido, podendo, entao, ler eventuais noticias ou mensagens numa
tela de boas-vindas ou pagina de abertura. Uma vez selecionada a base de dados,
9.6 A busca em linha
ou conjunto de bases, a busca prossegue quando o usuario insere uma série de
O capitulo 7 apresentou os fundamentos das buscas em sistemas em linha. Nos- parametros de busca e o sistema responde mostrando a quantidade de registros
so objetivo aqu1 e simplesmente mostrar 0 caminho usual para fazer uma busca que coincidem com os critérios da busca. O usuario pode ter a opgao de fazer
num ser’\/1(_;o ele buscas em linha; bem como apresentar alguns exemplos de coin que sejam mostradas na tela as informaooes que os-registros contem. Se a
caractenstrcas dessas buscas. Esta seeao mostra o emprego de: Il busca for por uma infonnacio ou documento especiflcos, existe a possibilidade
de leitura em linha. O mais comum é o usuario avaliar a relevancia dos registros
- linguagens de indexagao e de busca com base nos resumos e registros bibtiograticos e so depois efetuar as outras
' logica de buscas operaooes, como imponaqao de arquivos, impressao dos registros ou exibiciio
- recursos de busca do texto completo. E preciso acrescentar aos comentarios introdutorios do
- interfaces. capitulo 7 outros comentarios sobre o uso dc alguns recursos importantes.
Textos cornolos de Armstrong e Large (1988) e Hartley er al. (1990) exarninam
Termos de busca ou de indexagao
com profundidade as estrategras de busca e a otimizagzao das técnicas de busca.
Alguns aspectos das buscas em linha merecem comentarios adicionais. O Os termos de busca ou termos de indexagao sao os termos empregados para
primeiro passo ao realizar uma busca consiste em preparar uma especificagzao descrever os assuntos durante o processo de recuperagaos Dependendo das bases
precisa das Informagoes solicitadas. Isso pode ser feito pelo usuario final sozi- de dados e do sistema do serviqo de buscas, é possivel fazer buscas de termos cle
nho ou coma cooperaqao de um intermediario. Talvez nao seja possivel, as indexaqao em diversos campos. Em algumas bases ha campos especiais onde se
‘/S1285, espeerficar exatamente, antes de fazer a primeira busca, qual a informa- encontrarn termos da linguagem controlada dc indexagzao, os quais sao comu-
qao que esta sendo procurada, porém, sempre é possivel fazer um esforoo para mente empregados para representar o assunto do documento. As buscas feitas
I
chegar a uma especificaofio tao precisa quanto 0 permitir o conhecimento de nesses termos costumam proporcionar maior precisao do que as feitas nos ter-
queclisponha no momento o usuario final. Essa especificagao pode incluir uma mos que aparecem, por exemplo, no texto integral ou no resumo do documento.
tentativa preliminail de expressar a busca com 0 emprego dos termos da lin- Em algumas bases de dados ha uma ampla gama de campos recuperéveis, que
guagem de indexaoao da base de dados a ser consultada, e assim formular uma incluem 0 campo de autor, o texto do resumo, o texto integral do documento e
varios elernentos da referéncia bibliografica, como data de publicagao e titulo do
Tabela 9.4 Exempfos de bases de dados acessfveis no Questei-Orbf[ periédico. A maioria dos serviqos de buscas permite ao consulente especificar o
campo onde deve aparecer um termo de busca.
Base de dados E Assunto
E As buscas, ponanto, baseiam-se numa linguagem controlada de indexaoao
ou na linguagern natural do documento. Muitas das linguagens controladas de
Duns Switzerland Negédos indexagio adotadas por bases de dados achlarn-se registradas e publicadas como
Derwent biotechnology Abstracts Biotecnologia
tesauros ou listas de cabeqalhos de assuntos. Assim, exists o tesauro INSPEC, que
M50“ (5C'e"Ce 3‘ Teshnologvi Energia e ciéncias da Terra relaciona os termos que apareceriio como termos de indexagao nos registros da
“SPEC Engenharia
RAPRA Trade Names Ciéncia dos maleriais base INSPEC. De igual maneira, o SHE -— Subject Headings for Engineering —
Chemical Abstracts |nf0rma§5Q qufmica contem os cabegalhos de assuntos adotados nas bases de dados Ei. A maioria
Predicasts Overview of Markets & Technology Noticias desses tesauros encontra-se em forma impressa e muitos podem ser consultados
ABI/Inform (Business & Management) Noticiag em linha durante as buscas. Com interfaces graficas é possivel exibir numaja.ne-
CLAIMS (us Patents) Patentes la panes do tesauro, podendo os usuarios clicar nas palavras mostradas, como
Derwent World Patents Index Patentes forma de selecionar a que lhe convier. O tesauro ainda pode oferecer termos
Welda5ea'ch Ciéncia e tecnologia afins adicionais, além de ajudar na escolha dos termos de busca pertinentes.
UKMARK (ut< Trademarks) Mamas
.-H

ssavicos DE euscas EM LINHA 229


228 RECUPERAQAO DA INFORMACAO
Tabela 9.5 Cornandos num servigo de buscas em linha: DIALOC linha. Essas linguagens de comandos tornararn-se cada vez mais complexas a
medida que o leque de recursos oferecidos peios servieos de buscas ern linha se
Comando Descrigao expandia. Ha algum tempo, Negus identificou 14 funcoes basicas para as quais
deve haver comandos em qualquer linguagem de comandos em linha:
T HELP OU ? Chama a ajuda '
SET NOTICE Prevé os valores a serem cobrados pela busca CONNECT [conectar] para fazer a conexao
LOGOFF Desliga 0 usuario do sistema ' BASE [base] para identificar a base de dados a ser consultada
2 E ART Exi be a parte do indice da base de dados onde esta FEND [encontrar] para inserir um termo de busca
= ’ART = '= r " =" DISPLAY [exibir] para exibir uma lista de termossinterligados alfabeticarnente
3 s }URY Cria conjunto de registros que contem 0 termo IURY RELATE [relacionar] para mostrar na tela termos logicamente afins
4 s MIME mo DANCE Cria conjunto de registros que contém MIME e DANCE l SHOW [mostrar] para mostrar referéncias em linha
s 53 AND HOME Cria conjunto de registros baseados nos do conjun-
to s3 e que contenham HOME PRINT [irnprimir] para imprimir referéncias em linha
S s AU=WOLFE,V Seleciona registros com woLrE,v no campo de autor FORMAT [forrnatar] para especificar o formato a ser exibido
s CABLE/TI,DE Seleciona registros com CABLE no titulo ou campo de DELETE [apagar] para apagar termos de busca ou pedidos dc impressao
descritor SAVE {saIvar] para salvar uma formulargao de busca que sera depois usada
6 s AU=WOLFE,V? Seleciona registros com w0tFE,v mais qualquer na mesma base de dados ou em outra base do mesmo sistema
nfimero de caracteres no campo de autor OWN [propria] para usar a propria linguagem dc comandos do sistema
s EMPLOY? Seleciona registros com EMPLOY mais qualquer quando a linguagem-padrfio de comandos nao atende a uma funeao
nfimero de caracteres especifica clisponivel em determinado sistema
S w0M?N Seleciona registros com um caractere que varia na
STOP [encerrar] para encerrar a sessao e desconectar
posigéo ?
Seleciona registros com um maximo de trés Carac-
MORE [mais] para pedir ao sistema que exiba mais inforrnagzoes, como, por
S COMPUT???
teres adicionais exemplo, continuar mostrando os termos em ordem alfabéticas
7 s SOLAR(W)ENERGY Seleciona registros com souuz e ENERGY adjacentes —_-_.—_ ,—!|~\r-.p_‘ HELP [ajuda] para obter orientagao diante de uma dificuldade.
e na ordem especificada
s SOLAR(3W)lENERGY Seleciona registros com SOLAR e ENERGY distantes Além dos comandos bésicos muitos outros podem ser ernitidos com diferentes
trés palavras de cada e na ordem especificada qualificadores. Assim, por exemplo, no DIALOG existe 0 comando EXPAND que
s SOLAR{S)HEAT Seleciona registros com SOIAR e HEAT no mesmo serve para exibir as segfies pertinentes do arquivo invertido. Dependendo de
subcampo qual porgfio do arquivo invertido seja exibida, o comando basico podera atuar de
B 5 DRUG(W)ADDlCf?/ENG Seleciona registros com DRUG adjacente a ADDICT? modo diferente. Assim, no caso de E para EXPAND é possivel especificar:
em documentos em Ifngua inglesa
S PY=1988:1990 Seleciona registros publicados entre 1988 e 1990
E TELEVTSION para exibir 0 arquivo invertido em torno da palavra
9 T S3/5/ALL Exibe todos os registros do conjunto s3 no formato 5
TELEVISION
PR S3/9/ALL Irnprime fora de linha todos os registros do conjun-
to S3 no formato 9 . -4_:.w— -.N7»-v=~ E AU=KEEN,J para exibir 0 arquivo invertido de autores em torno do no-
10 SAVE Grava a estratégia de busca desde o Ciltimo coman- me KEEN,J
do de BEGIN E (HOME COOKING) para exibir o arquivo invertido ern torno das duas palavras
D S Revé os conjuntos criados durante a busca HOME COOKING
11 BEGIN 28,96 Comega as buscas nas bases de dados 28 e 96. I5 1:4 para exibir os termos relacionados num arquivo de tesau-
ro para o termo rotulado E4.
Linguagens de comandos e interfaces
Embora muitos dos servicos de buscas em linha oferegam interfaces graficas e Para utilizar com eflciéncia um service de buscas em linha o usuario precisa
baseadas em menus, a linguagem de comando, ou um subconjunto dela, esta compreender o significado da maioria dos termos cla linguagem cle comandos. O
-._\-4uE,vs-.Or -iqr aprendizado necessario ainda se torna mais trabalhoso pelo fato de que cada
ernbutida na interface e continua a definir as caracteristicas disponiveis para
suportar as buscas. A tabela 9.5 mostra comandos num servioo de buscas em servigo cle buscas aclota sua propria linguagem dc comandos. A existéncia de
l
330 RECUPERACAO DA INFORMACAO srsavrcos DE auscas EM LTNHA 331
diferentes Iinguagens de comandos se deve em parte a historia e em parte a ar presso ou qualquer outro suporte. Uma vez identificadas as bases de dados,
gumentos mais préticos ou comerciais. Quando os primeiros servicos de buscas passa-se a examinar os senrigos em linha que oferecem 0 melhor acesso ao
lancaram seus sistemas tiveram de desenvolver programas de computador que conjunto de bases necessarias. Assim que se selecionam os primeiros dois, trés
atendessem aquilo que procuravam oferecer. A linguagem de comandos é uma ou quatro servigos de buscas em linha, passa-se a negociar os respectivos
funcao desses programas. Também reflete as funcoes ofereciclas pelo servico de contratos. E necessario, ainda, examinar uma série de outras questoesz
buscas, e embora existam muitas que sao oferecidas por todos os servicos, ha
algumas que sao exclusivas de determinados servigos. Ademais, preocupacoes Localizacao das estagées de trabalho
de cunho comercial indicam que, embora um servico cle buscas que ofereca uma
linguagem-padrao de comandos possa aliciar-os clientes do concorrente, tam- E preciso tomar uma decisio quanto a quantidade de estacoes de trabalho e sua
bém o contrario pode acontecer. Quem faz as buscas acha mais facil trabalhar localizacao. O local deve ser tranqiiilo,_ para facilitar a concentracao, e dispor de
com uma linguagem de comandos com a qual esteja acostumado. espaco para a guarda em seguranoa da documentagao pertinente,

Recursos de busca Pessoas que farao as buscas e seu treinamento


O capitulo 7 examinou sucintamente os recursos disponiveis para a realizacao de Quem serao? Os usuarios finais ou o pessoal de infonnagao? Se forem usados
buscas na maioria dos sistemas de recuperacfio da inforrrracao. A maior parte intermediaries, quantos receberfio treinamento e quem serao? Os usuarios finals
desses recursos e’ oferecida pela maioria dos principais services de buscas. precisam de treinamento? Como o numero de usuarios finais tem aumentado,
Alguns tipos de bases de dados também exigem caracteristicas especiais de ficou mais evidente a necessidade de um bibliotecario ou intermediario espe-
busca. Por exemplo, LEXlS-NEXlS oferecem as seguintes caracteristicas: cialista em informagao atuar como orientador ou instrutor, para guiar os usuarios
por entre a cornplexa mistura de sistemas comerciais em linha, recursos da Rede,
LINK para assinalar citacoes que aparecem no texto de documentos, tendo bases de dados em cederrom e bases instaladas no local. A organizacao e a
em vista o encaminhamento diretamente para 0 texto integral de coordenacao da assisténcia e treinamento sao uma questao séria.
casos juridicos, leis e amigos dc revisao no campo do direito
LEXSEE para possibilitar buscas baseadas nao num assunto, mas numa citacao Cobranga e tarifas
LEXSTAT para fazer buscas sobre uma citaoao e recuperar o texto integral de
As praticas de cobrar pelo servico sao variaveis. Algumas bibliotecas consi-
um codigo ou lei
deram que as buscas devem ser gratuitas para os usuarios, enquanto outras cur-
BROWSE para consultar um texto completo.
vam-se as pressoes para que os custos sejam ressarcidos. E preciso estabelecer
uma politica de cobranca. As esta<;6es_de trabalho que possuem recurso de paga-
9.7 O gerenciamento de um servico de buscas em linha
rnento com cartao de crédito facilitam a cobranga de tarifas pelas bibliotecas.
Este capitulo tratou de muitos dos aspectos que precisam ser considerados
quando se realiza uma busca em linha. A presente secao refine algumas das Registros administrativos
questoes com que se defronta 0 profissional da inforrnacao que tem de operar um
Devem ser mantidos registros das buscas realizadas, para coteja-los com as
servico de buscas em linha para usuarios tinais. Conforme vimos, as buscas em
faturas apresentadas pelo fornecedor. Esses registros também formam a base das
linha sao realizadas pelo usuario final ou um intermediario. Em muitas organi-
Informacoes gerenclals que servirao para monitorar o éxito doservico.
zacoes, parte do acesso a servicos em linha encontra-se centralizada, sendo ope-
rada pela biblioteca ou outro orgao intermediario, enquanto ha outros usuarios
Documentacao
que tem acesso direto a esses servicos. A centralizagao tem suas vantagens, no
que concerne ao controle flnanceiro e a coordenacao dos recursos utilizados Embora cada vez mais seja possivel acessar cadastros de bases de dados em for-
numa organizacao. E possivel desenvolver uma competéncia centralizada e rnato eletronico, ainda é preciso muitas vezes conservar documentos impressos,
coordenar o treinamento ou a competéncia ser compartilhada. por razoes de comodidade. Essa documentacao - Inanuais em folhas soltas,
Ha varios pontos a cogitar quando do estabelecimento desse servigo. Em tesauros, cadastros de bases de dados e boletins informativos — deve manter-se
primeiro lugar, é preciso definir quais as bases de dados que serao mais bem organizada, acessivel e atualizada_ Um manual cle procedimentos internos tam-
acessadas em linha, em contraposicao aquelas em cederrom, em formato im- bém serve para controlar a forma como as buscas sao feitas. Dele constarao:
SERVICOS DE BUSCAS EM LINHA 233
333 RECUPERACAO ea INFORMACAO
em linha de acesso piiblico. Ha certa preecupacae com a possibilidade de que as
- quais es services de busca dispeniveis interfaces do future carecam cia ferca exigida per pessoas experientes, a medida
- as retas de acesso que es projetistas de interfaces empenham-se per certejar es usuaries finais.
- senhas _ ' _
- a pelitica vigente relativa a cobranca a ser felta aos usuaries. Telecomunicacees
lmpacte sobre outros services A rede digital ls DN (Integrated Services Digital Network) eferece services mais
rapides e cenfiaveis de transnjpissae de dados. A rede deve__ra centinuar sendo
A realizacae de "buscas em bases de dadesbibliografices prevavelmente gerara melhorada e ter sua largura de banda aumentada, a fim de St1i1>0flflr urn eventual
uma demanda per decumentos que nae se acham dispenlveis no lecal. E natural aumente de trafege causade per um nfimere maior de usuarios, bem ceme a
ecerrer um aurnente no mlimere de pedidos de empréstimes finfré blbllflfews 6 de transmissae de decumentes multimidia. Redes hdedicadas avancadas, como a
femecimento de documentos. Super] anet para a comunidade académica do Reine Unido, também terae imper-
tante centribuicae a dar ae aumente da largura de banda. Alguns services de
9.8 O future dos services em linha buscas em linha cemecam a reconhecer que devem fazer investimentes consi-
O interesse per fentes de inferrnacae eletrénica tem crescido de mode explosi- deraveis em cenexees privadas e dedicadas de dados, para oferecer uma iargura
v0. Come parte da infra-estrutura da indfistria da infermacae, es services de de banda bastante segura e assim evitar es engarrafamentos na Internet.
buscas em linha prevaveimente se beneficiarae com esse aumente dB 1nI6r6S5B
pela infermacao. Per outro lado, novos cencerrentes surgiram no mercadee 0 Bases de dados
future desses services sera influenciade pela ¢0111P§>ti95° mm novos mews’ Espera-se que continue a crescer 0 niimere de bases de texto integral, além das
come cederrom, devedé e a pietera de recursos encentrades na Internet. ~ de dados estatisticos e outros dados numérices. A atualizacae em tempo real é
Os progresses que foram ate agera cencretizados e es que centmuarao a hoje muito mais comum do que eutrera. A atual divisae entre bases ASCII de texto
OCOITEF 110 fU|IUI'O CSMFEO COI'1C€I'lIl'3.dOS HHS S€gLli['ll€S dl‘@8SI integral e bases de imagens precisa ser superada, de modo que es services de
buscas em linha fornecam decu memos multimidia de forma retineira. Os servi-
Interfaces ces de buscas haverao de querer oferecer a possibilidade de visualizacio previe-
Os usuaries acestumaram-se a interfaces graficas, faceis de usar, presentes em e encomenda de artiges com imagens completas em todas as plataformas. Os
provramas cemerciais de computador e cederrens. Muites services de buscas usuarios precisarae de micrecemputaderes e modems dc aitas especificacees,
D .
em linha introduziram interfaces Web, tendéncia essa que prevavelmente per- para que possam utilizar tais services. As iimitacees de natureza financeira
sistira, dispende es usuaries de certa margem de escolhfl dfi lfllfiffacfi Aiem signiflcam que é precise tempo para que as bibliotecas e es usuaries atualizem
disso, 0 use da linguagem Java no pl'O]81IO de interfaces de bases de dados em as cenflguracees de seus computadores e respectivos pregramas. Outra questao
linha eferece a possibilidade de interfaces mais rapidas, que incerperem vfirla-$ que cencerne a base de dados sera a qualidade. Acabara sendo da maior imper-
caraeteristicas do Windows, come barra estética de ferramentas,exib1c5es com tancia a tarefa do biblietecarie de selecionar, avaiiar e sugerir bases com centen-
estrutura hierarquica, tesaures, mapas, funcfie €XjJl0dir/if¥1Pl0d“'= ¢amP°5 de de de autoridade e alta quaiidade. A ienge praze, tambem, es services proper-
busca e ajuda sensivel ae contexto. Per exempie, come Ovid Web Gateway, que cienarae nae apenas acesso a bases de dados e recursos, mas também terae
adota e protocolo 239.50, qualquer sitio pode escolher, para cada grupo dc interfaces para respostas factuais com esses recursos.
usuarios, uma interface, seja a Ovid ou uma ‘interface do catalego ere linha tie
acesso ptiblice local. Os alunes de graduacae poderiam entae usar as interfaces lntegracao de interfaces
de cataloges em linha dc acesso piiblico, enquante es ustiaries que prcClS&SSBm Inclui interfaces que sejam comuns a varies recursos de infermacae. Ha algum
de buscas mais cempiexas usariam a interface Ovid. E prevavei que outres tempo encontra-se em alguns services em linha e recurse de buscas cruzadas em
prefiram ernular a interface Requester distribuida pelo LEXlS—NEXtS que permlte diferentes arquivos, que permite ae usuarie transferir uma estratégia de busca
aos pesquisaderes fazer buscas em bases de dados com 0 ernprego C16 SBUS entre varies bases, nelas realizande a busca selicitada. O usuarie,perén1, precisa
clientes de correie eietrénice. Essas interfaces parecerae familiares para quem de um service muito mais integrade, no quai infermacees e registros possam ser
estiver habituade ae correie eletrenice. Cada vez mais es services de buscas em extraidos de uma variedade de fentes e integrades num arquivo em formato que
linha, em bibliotecas e empresas, serao reaiizados com interfaces de cataleges
= l
SERVlCOS_DE BUSCAS EM LINHA 33 5
234 Recureimcfiio DA INFORMACAO
ae avaliar services de buscas em linha e as bases a que oierecein acesso A5
suporte a criacao de bases de dados ou decumentes lecais. Um comeco disso buscas podem ser feitas per intermediaries eu pelos usuaries finals Os tipos de
esta na eliminacao de registros em duplicata que aparecem em mais de uma base, se_ rvices
' de buscas emlinha
‘ incluem
‘ e tradicienal
' - semce
- em grande escala, se,--
mas, em geral, essas questoes semente tem sido exarninadas em relacao a bases vices de buscas especializades, editoras e utilitérios bibliogréficos. Uma busca
de dados bibliograficos, ainda faltando muito trabalho a ser feito nessa area. As u ’lllZEl termos de busca ou indexacao e liriguagens de comandos e interfaces.
t‘ ' v - u _

novas solucoes integradas em matéria de irifermacae sao uma aberdagem que Varias qiiestees devem ser levadas em conta no gerenciamento de um service de
prevavelmente atraira as cemunidades de usuarios finais. buscas em linha. Os futures avances serao nas areas de interfaces, telecemuni-
cacees, bases de dados, integracao, definicao de preces e aliancas estratégicas.
A Estratégias de precos :
As estratégias de precos continuarae em evelucao. Houve mudancas impor- QUESITOS DE REVISAO
tantes a0 lenge dos iiltimos anos, uma vez que es services vém buscande, final- 1 Descreva as diferentes categories dc services de buscas em linha.
mente, ajustar es precos tanto as necessidades da biblioteca quanto dos usuaries 2 Quais critéries adotaria ao comparar services de buscas em linha‘?
finais. Prevavelmente acabara vingando uma mescla de precos baseados em 3 Explique como sao usadas as iinguagens de indexacae na realizacao
transacoes e assinaturas, mas ainda sebra muito espaco para que se apliquem de uma busca em linha.
descontes e arranjos especiais que cubram a licenca de acesso ae sitio e assi- 4 Quais as principais questoes relacionadas com O gei-enciamenio de
naturas com direito de impressao paraleia. Algumas das mudancas nas estraté- um service dc buscas em linha?
gias de preces sao relativamente recentes, e es services de buscas ainda estarao 5 Quais as mudancas por que vém passande as funcoes e os services
avaliando as censeqiiencias disso em suas receitas; A definicao de preco da in- prestados pelos services de buscas em linha?
formacae eletronica é uma area notoriamente dificil e nae se ternara mais sim-
ples enquanto autores, editores e editeras continuarem, de modo crescente, a ESTUDO DE caso or IMPLEMENTAQAO: A until-iA};;i5 56‘ _ ' . ' ' i I
fazer valer seus direitos ao lucro pelo use de sua propriedade intelectual. Firstsearch DO OCLC
Aliaricas e integracie Antecedentes
Aliancas e integracao andam de maos dadas. A fim de oferecer um service inte- Oxford é a mais antiga universidade do mundo de lingua inglesa. Sua data
grado es services de buscas em linha cada vez mais adquirem ou se fundem com de fundacfio é desconhecida, mas ali jé se ensinava desde 1096_ E formada
outras empresas da industria da infermacao. importantes entre esses outros par- por 36 colleges, seis halls permanentes particulares e uma School for Mana-
ceiros sao (e centinuarao sendo) os services de fomecimento de decumentos, es gement Studies.
fomecedores de sistemas de gerenciarnento de bibliotecas e as redes de biblio- Conta com uma populacao de cerca de1O 000 estudantes de graduacae,
tecas. Per outro lado, a relacao tradicional entre produter de base de dados e ser- 4 000 de pes-graduacao e um quadro de docentes e outros funcionarios que
vice de buscas em linha cemeca a parecer menos mutuamente benéfica. No chega a 6 SOD pessoas. Apreximadamente 3 O00 membres do cerpo dis-
future, es preduteres avaliarao cuidadesamente es canais de distribuicao, a fim cente provém de urn total de 110 paises estrangeiros. Cerca de 10 000 estu-
cie identificar es que sejam mais compensadores nas comunidades a que servem. dantes matriculam-se todo ano nos curses oferecides pelo Department for
Essa evolucae do formato do mercado de inforrnacao em linha produzira novos Continuing Education. Oxford conta com um service de bibliotecas exrre-
services dc buscas, como es lancados, per exemplo, pela SilverPlatter informa- marnente rico, diversificado e disperse, oferecide per mais de 100 biblio-
tion, e produtores de bases de dados. Fusoes, como a que ocorreu entre DIALOG tecas administradas de modo independente.
e Maid, além de aquisicoes, provavelmente serao uma caracteristica de uma
indiistria ciije mercado e cujos produtos estao em constante fluxo. A escelha do Firstsearch
O Oxford University Report on Technical Strategy afirma que:
RESUMO
Uma ""l‘/f3l5ld_fld@ C¢_>"'\0 OXi0rd.ql1\? aspira a lideranca na pesquisa, nas ciéncias
Um service de buscas em linha procura mentar uma gama de bases de dados para e_na publicacao edisseminacae de informacoes, deve situar-se na vanguarda
atender as necessidades de um pfiblice especifice, e atuar come intermediério nae so da utilizacao da tecnelogia da inferrnacao, mas tam bém do desenvolvi-
entre 0 produter da base e 0 usuzirio final. S50 varies es fatores a levar em centa mento de seu usO em novas areas.
SERVICOS DE BUSCAS EM LINHA 237
236 Recueeaaciio DA FNFORMACAO
As trés principais vantagens de se ter 0 Firstsearch em Oxford sao:
A universidade espalha-se por uma grande area de Oxford, em virtude de ~ facilidade de uso para ieitores muito ocupados
sua estrutura colegiada. Por conseguinte, os servigos de biblioteca sao neces- ' informagao muito atual com atualizagées regulares
sariamente organizados e distribuidos da mesrna forma. Como foi dito aci-
' excelentes telas de ajuda em linha.
ma, Oxford concentra esforgos para ser urn centro de pesquisa cientifica e,
por conseguinte, é grande sua demanda em matéria de informagao.
A implementagéo do Firstsearch
As bibliotecas tém fungao importante na oferta desses servigos e véem na
Como existem mais de 100 bibliotecas em Oxford, os bibiiotecarios foram
tecnologia da informagéo uma ferramenta que atende a demanda sempre
0 primeiro alvo, recebendo correspondéncia com informagoes basicas sobre
crescente por informagao. Devido a estrutura dispersa da universidade, é
0 servigo, instrugoes e senhas para fazer as conexoes. As informagoes foram
essencial que a informagéo esteja facilmente acessivel num formato comum,
ainda difundidas por meio eletronico no Oxford Libraries information Sys-
independente de localizagao, e que exija 0 minimo de suporte. Adernais, a
tem (OLIS), catalogo coletivo bastante usado pelo pessoal docente e discente.
implementagéo de uma solugao que atenda a tais requisitos deve erwolver
Dois contatos técnicos foram escolhidos para responderern a consultas
0 menor investirnento possivel de tempo de pessoal e ater-se aos limites da
dos bibliotecarios sobre 0 servigo em seu local de trabalho. junto com 0
infra-estrutura tecnolégica disponivel.
pacote veio um dia gratis de treinamento anual, ministrado pelo pessoal do
O Firstsearch foi avaliado durante os testes feitos, antes do langamento no
OCLC Europe, dia esse a ser organizado e ajustado segundo nossas necessi-
Reino Unido, em 1993, com a colaboragao do Combined Higher Education
dades. Foram organizadas, em junho de 1994, duas sessoes de treinamento
Software Team (CHEST), que é uma organizagao criada em 1988 com a finali-
com a duragao de meio dia cada, que tiverarn freqtiéncia muito boa. A
dade de atuar em nome da comunidade de ensino superior do Reino Unido
reagéo foi muito positiva e foram poucas as consultas de natureza técnica.
no sentido de obter dos fornecedores pregos competitivos para programas
Esses indicios sugerern que os usuarios estao sentindo muito poucas dificul-
de computador e conjuntos de dados. Por meio do CHEST, um prego de con-
dades com o servigo.
sorcio foi apresentado para certos conjuntos de dados pelo Firstfiearch.
Depois que os bibliotecarios foram apresentados ao FirstFearch e ja se
Oxford selecionou uma opgao, que continha aproximadamente 25 bases
sentiam seguros, 0 acesso foi expandido para a cornunidade universitéria.
de dados, que oferecia acesso a bases exclusivas, como worldwat e Hoje em dia, todos os membros da universidade podem ter acesso ao
Articlerirst do OCLC, bem como muitas bases sobre assuntos especfficos e
Firstsearch. Em algumas bibliotecas existe um terminal dedicado ao uso do
muito procuradas. Gragas ao mecanismo de pregos adotado, uma vez assi-
Firstsearch, oferecendo aos estudantes 0 acesso facil ao servigo.
nada determinada opgao surge a oportunidacle de ’acrescentar' outras bases
Os usuarios contam com ajuda adicional na forrna de guias instalados no
que sejam necessérias. Recentemente, tornamos disponivel no Firstsearch a
servidor do OCLC e descarregados e adaptados as praticas de Oxford.
Mm Bibliography. Assim que surgem, fazemos um exame de novos arquivos;
por exemplo, vemos com interesse a base de dados NetFirst do OCLC, que é Referéncias
um indice bastante completo de recursos da Internet.
Tomamos a decisao de implantar em Oxford 0 Fiistsearch, por inter- Armstrong, C.J.; Large, LA. (ed.) Manna! ofonlirie search strategies. Aldershot:
médio de assinatura, devido aos seguintes motivos: Gower, 1983.
Hartley, RJ. et al. Online searching: principles andpractice. London: Bowker-Saur,
1 O servigo é gratis no ponto de uso gragas ao contrato de assinatura ne- I990.
gociado com 0 OCLC. lsso significa que as pessoas podem usa-lo sem se
Bibliografia _
preocupar com 0 pagamento de uma fatura cada vez maior.
2 As areas tematicas abrangidas sao bem diversificadas, 0 que é adequa- Arnor, L. The online manual." a practical guide to business databases. Oxford: Learned
do para uma instituigao do porte de Oxford. A mescia de bases de dados Information, 1996.
da acesso, em toda a universidade, a informagoes sobre artes e hu ma- —-—. Online company iriformarion 1997: the directory offinancial and corporate data-
nidades, negécios, engenharia e tecnologia, ciéncias da vida, administra- bases worldwide, Oxford: Learned Information, I997.
Armstrong, C.J.; Medawar, K. investigation into the quality ofdatabases in general use
gao pfiiblica e direito, medicina e ciéncias da sadde, ciéncias sociais, etc.
in the UK. British Librarjv_re.rearch and innovation report, n. I I, p. l—l49, 1996.
3 O servigo complementa e se integra bem com os recursos em cederrom Basch, R. Annual review ofdatabase development. Database, v. 16, n.6, p. 29-4],
e acesso em linha ja existentes e disponiveis na universidade. I993.
233 RECUPERAQAO on TNFORMACAO
Bates, M.E. What's behind the pretty face‘? New user interfaces, v. I9, n. 4, p. 24-32,
I996. 10
Bates, Ml The Getty end-user online searching project in the humanities: report no. 6:
overview and conclusions. College and research libraries, v. 57, n. 6, p. 514-523,
1996. Cederrons
Bjorner, S. Get ready, get SET, go for more control on DIALOG. Online, v. 18, n. 1, p. 103-
108, I994.
Christi, S.I-1. CD-ROM vs online: a comparison of PsycLtT (CD-ROM) and Psyc1NFO
(DIALOG). Reference librarian, v. 40, p. 131-155, 1993. ' OBJETIVOS
Convey, I. Online information retrieval: an introductory manual to principles and
practice. London: Library Association Publishing, I992. Este capitulo passa em revista os tipos e aplicacbes dos cederrons. No final. vocé:
Foote, J.E.; Harrison, M.M.; Watson, M. Electronic library resources: managing the
maze. Resource sharing and information networks, v. 12, n. 2, p. 5-I7, I997. ' estara familiatizado com as configuracoes para colocagao de cederrons em redes
Foster, A.; Foster, P. On-line business sow-cebook. Headland, CL: Headland Press, - estara cieriie da variedade de tipos diferentes de produtores de cederrons
I990. ‘ - estara familiarizado com a variedade de bases de dados disponiveis em ceder-
Foster, P. (ed.) On-line business information. Headland, CL: Headland Press, 1990. runs
I-lead, AJ’. A question ofinterface design: how do online search service GUI'S measure
up’? Online, v. 21, n.3, p. 20-29, I997.
- estara a par de alguns dosproblernas enfrentados quando se fazem buscas numa
Jeffcoate, J. Multimedia in the business market: is there a multimedia market? informa- base de dados em cederrom
tion management and technology, v. 26, n. 5, p. 222-225, 228, I993. - {era examinacio aigumas das questoes fundamentals relativas ao gerenciamento
Online Information. Proceedings ofthe I7th—20th International On-line information de um service de cederrom para os usuarios finais.
Meeting, London December 1993-1996. Oxford; New Jersey: Learned Informa-
tion, 1993-1996. 10.1 Introdugio p-
Online Information. Online company information. Oxford: Learned Information, 1997.
Parker, N. On-line management and marketing databases. London: Aslib, 1991 (c Os discos opticos, especificamente na forma de cederrons, tornaram-se pro-
outros da mesma série sobre bases de dados tie construcio, engenharia e a.rquite- gressivamente importantes como meio de armazenamento e disseminagao de
tura, meio ambiente, medicina, direito e negdcios, e empresas). informacoes durante a década de 1990. Os cederrons podem ser comprados
Poynder, R. Elsevier moves full text onto the Web. Information world review, v. 119, pelos usuarios e consultados em suas proprias estacoes de trabalho. Seu preco,
n. 5, I996. atualmente, é dc tal ordem que os usuarios nao podem compra-los para seu uso
—-—. STN1nternational: the scientific and technical search service. Business information pessoal, porém organizacoes e bibliotecas tém conditgoes de adquiri-Ios para
review, v. I3, n. 2, p. 183-190, I996.
serem utilizados pelos usuarios finals. Neste contexto, 05 cederrons represen-
Rehkop, B.L. Cypress: aGU1 interface to Dow Jones NewslRetrieval. Online, v. 18, n.
tam um meio do acesso a informaefio que fiinciona como altemativa ao acesso
I, 72-75, 1994. ,
Scott, J. Online access to international newspapers & wires: a status report. Database, em linha a bases de dados externas por meio de redes de telecomunicacoes,
‘l inclusive a Internet. Quando a base de dados gravada em cederrom contérn 0
v. I9, n. 4, p. 42-49, I996.
Storey, T._; Dalrymple, T. On the Web with OCLC First Search and NetFirst. ucrtt: news- texto integral do documento, seja um cadastro ou uma enciclopédia, o disco
letter, n. 220, p. 34-35, 1996. passa a constituir um desafio la posicao que o livro impresso ocupa no mercado.
Tenopir, C. Generations ofonline searching. Libraryjournal, v. 121, n. I4, p. I28, I30, E provavel que todos os trés meios continuern coexistindo, cada um encontran-
1996. do seu nicho no mercado. A tabela 10.1 resume algumas das aplicacoes em que
Z. Moving to the information village. Libraryjonrnal, v. 121, n. 4, p. 29-30, hoje o cederrom constitui um meio apropriado, bern como outras em que 0 aces-
1996. so em linha e pela lntemet é mais apropriado.
Z; Bergland, S. Full text searching on major supermarket systems: DIALOG, DATA-
Este capitulo contem breve apanhado sobre as configuracoes de cederrons
STAR and NEXIS. Database, v.‘ I6, n. 5, p. 32-42, I993.
Vickery, B.; Vickery, A. Online search interface design. Journal ofdocumentotion, v. em rede. Segue-se uma secao que trata dos fornecedores e outra que examina os
49, n. 2, p. 103-187, I993. tipos de bases de dados a que se pode ter acesso em discos opticos. As duas
Webber, S. et al. UK(JLUG quick guide to online commands. London: UK Online User secbes seguintes versam sobre varies aspectos da realizacao de buscas e do
Group, 1994.
CEDERRONS 24 1
240 RECUPERACAO DA INFORMACAO

gerenciamento dc um servigo de informagao baseado em cederrons. Uma sepao Ligagio em rede de leitoras iocais de cederrom
final debruga-se sobre 0 potencial futuro do cederrom. Ha duas maneiras de ligar em rede leitoras independentes:

10.2 Configuragoes em rede - colocar as maquinas com suas leitoras internas Eigadas a uma rede; é preciso
que os usuérios, antes dc usar um disco, coloquem-no na leitora
As configuragoes em rede causam sensivel impacto no modo como o cederrom - rede nao-hierérquica, em que ha uma maquina hospedeira, com a leitora de
pode ser utilizado, especialmente em arnbicntc multiusuério. A estagao de tra- cederrom, e outros rnicrocomputadores podem solicitar acesso a base dc
balho basica, independente, proporciona a urn so usuario 0 acesso a um Linico dados; é solugfio facil de impiementar com o Windows for Workgroups,
dl5C0. E claro que tal configuragao é incompativcl com um ambiente em rede, mas talvez menos facil em outras plataforrnas; o desempenho também de-
quando os usuarios estao habituados a acessar bases de dados compartilhadas, pende das tarefas que o hospedeiro estiver executando.
a partir de suas prdprias estagoes de trabalho. A configuraeao ideal de ceder-
rons é a que oferece acesso multiusuario a muitas bases de modo a permitir a A utilizagéo de servidores de arquivos e caixas de conexéo
integragtao de bases em cederrom com outras bases utilizadas pelo consuiente.
Vejamos, em primeiro lugar, a configuragao basica independente. Pode-se utilizar 0 sewidor dc arquivos de uma rede para acessar os discos e
programas, ao invés de instalar os programas em méquinas independentes.
Leitora de cederrom ligada a um microcomputador independente Esse servidor de arquivos pode ser 0 servidor-padrfio de arquivos da rede, ou um
servidor dedicado de cederrons, ou um servidor optico de arquivos. Este pode
Os componentes basicos da configuragfio independente sao: ser ligado diretamente ao servidor ou ligado logicamente ao servidor por meio
da rede. E preferivel um servidor dedicado. Talvez a sobrecarga no servidor da
- um microcomputador independents '
rede seja muito grande e nem todos os titulos em cederrom ativarao o servidor
- uma leitora de cederrom
se nfio estiverem avisados da rede. Com um servidor de cederrons fica mais facil
' programa apropriado e, se necessario,
ter todos os discos e seus programas num lugar para atualizagao e manutenqfio
~ uma impressora.
geral, além do que a configuraqfio é expansive! e oferece suporte para sistemas
A maior parte dos microcomputadores possui leitora de cederrom, 1-nas, se isso de caixas de conexfio [jukeboxes] de maior capacidade. 1
nao ocorrer, 0 computador precisaré ter um encaixe de expansao onde se ligarzi Uma caixa de conexao é um dispositivo que oferece acesso a umgrande ml-
a leitora. Sera essencial uma impressora, se for preciso fazer copia em papel dos mero dc cederrons. A0 contrario das ieitoras comuns, as caixas de conexao 1150
resultados das buscas feitas em cederrom, e sua escolha dependera do ambien- possuem uma cabega de leitura disponivel para cada disco. Quando 0 usuario
te e das prioridades relativas quanto a ruido, qualidade de impressfio e pl‘E{;0. deseja acessar determinado titulo, este sera carregado e devoivido it sua posigao
Nos primordios do cederrom, a compatibilidade era um problema muito depois de usado, automaticamente, da mesma forrna que as vitrolas automa-
sério. Hoje em dia, porém, o grau de padronizagfio é muito maior, embora ainda ticas dediscos musicais. No entanto, se houver demanda simultanea por uma
seja dc bom alvitre confirmar se todos os componentes de equiparnento e pro- quantidade dc discos superior ao nfzmero de leitoras, a necessidade de trocar os
gramas podem funcionarjuntos. O caso dos programas é um pouco complexo. discos poderé tornar lento 0 desempenho do sistema.
Além do sistema operacional do microcomputador também é preciso ter:
Pré-armazenamento temporzirio de provisio
- programa controlador do dispositivo, que informa ao microcomputador que
existe uma leitora de cederrom conectada e como se comunicar com ela O pré-armazenamento temporario do provisao [pre-caching]é um método rela-
tivarnente novo que oferece acesso mais répido aos cederrons. Algumas edi-
- programa de: recuperagao, que suporta as buscas na base de dados, e que é
toras permitem que 0 usuério copie os dados do cederrom diretamente numa
fomecido pelo produtor do cederrom
unidade grande de discos rigidos. O pré-armazenamento temporario reduz a
- programa de instaiagao, que controla a instaiagao do produto no equipa-
necessidade de miiltiplas leitoras de cederrom, sendo possivel a mais usuarios
mento do usuario e supona a definigéio das opqoes de configuraeao, como
senhas definidas pelo usuério e especificagao do equipamento. acessar a base de dados a quaiquer momento. Ha, porém, certas desvantagens:
1 A permissao para fazer 0 pré-armazenamento temporério (a ser dada pe-
los produtores e editoras das bases dc dados) pode ser cara.
242 RECUPERACAO DA INFORMACAO CEDERRONS 243

iT“$1
‘E.§~§;&,-
2 Nem todas as editoras oferecem o pré-armazenamento temporario um numero limitado de editoras de cederrons, mas talvez se tome mais impor-
3 A b
é zmagzscde - ser atuahzadas.
dados precisam - ' 1550
Quando se usam cede;-yon; . tante. Esta solucao possui muitas das vantagens do pré-armazenamento tempo-
1 om uma simples substituzcao
' ' ~ do disco
- antigo,
- . num sistema
- de pre-
. ratio e, ademais, o departamento de suporte técnico da editora fica incumbido
armazenamento, 0 disco tem de ser copiado. de manter 0 sistema ligado e funcionando 24 horas por dia e setedias por sema-
na. A atualizacao das bases de dados é responsabilidade da editora e pode ser
Acesso pela Internet feita muito mais rapldamente e, quando conveniente, com maior freqiiéncia,

° *
num cedemirhr mas Z0 Contririo S22 comtc; errons,p_ols os dados nao estao
pois a editora pode simplesmente carregar os dados. A finica desvantagern é que
0 acesso aos dados flca sujeito a qualquer problema que ocorra na Intemet.

a editoras
de dados éouinstalado
a’um db seus a entes co
Iocalrieme autdn'and Osdum
nza os. Smo remote,
pcrograma que penance
para acessarabase 10.3 Editoras e edigao de cederrons

interface de recuperagfio estara procurando.


y m um apoma oi patra end? Haapenas
Internet A empresa Simba Information inc. relatou que nos EUA as vendas de unidades
Esta opcao e oferecida pora
de leitura de cederrons saltaram de 2 milhoes em I992 para 8,5 milhoes em
Reflexéo Vocé tem acesso a alguma base de dados em cederrom? 1993 e 27,8 milhoes em 1994. A Forester Research predisse que as vendas de
discos cederrons a varejo quase triplicariam, passando de 584 milhoes em 1994
Qual das configuragoes acima citadas é utilizada nela?
para l 4'/'6 milhoes em 1996 e quase 4 000 milhoes em 1999 (Tenopir I996).
Cerca de 95% de todos os novos microcornputadores vém equipados com leito-
ras de cederrom, do que resulta uma enorme capacidade instalada de unidades
Tabela 10.1 Comparageio entre cederrom e os servigos de buscas em linha
de leitura. O grosso das vendas de cederrons no varejo é de multimidia, sendo
Casos em que é melhor 0 cederrom Qasos em que é melhor a busca em os mais vendidos os jogos e titulos para criancas, seguidos de obras de refe-
hnha réncia para adultos. As bibliotecas complementam essas compras por pessoas
flsicas medlante a oferta de acesso a miiltiplos titulos. Cerca de 70% das biblio-
Multimidiar como livros, jogos e obras Grandes bases de dados bibIiogréfi- tecas possuem bases de dados bibliograficos em cederrom, 59% possuem outros
de referéncia cos usadas e atualizadas com titulos de referéncia e 32% contam com titulos especializados (Library Journal
freqiiéncia 1995). No Reino Unido, um relatorio encomendado pela Tinsley Robor previu
Titulos independentes, como livros Cadastros, especialmente os que que a producao de discos compactos (cedés) pelos fabricantes ingleses ailmen-
isolados sao atualizados com freqiiéncia taria de 272,8 milhoes de unidades em 1995 para 505 milhfies em 2000, com a
Colegées de livros em disco Texto integral ASCII, principalmente proporcao de cederrons aumentando de 25% para 35% no mesmo periodo. Os
grandes bases de dados
titulos para uso pessoal e ensino constituem a maior categoria de cede:-rons. O
Quando contefido, interface e técnicas Colegoes de imagens e textos fixos,
de busca estao interligados como artigos de revistas, se so fo- relatorio antevé mais avancos na hibridizacao do cederrom com 0 acesso em
rem usados poucos itens do acervo linha, em que 0 disco é utilizado para armazenamento de dados e o acesso em
Quando 0 aprendizado (e nio a mera Grandes bases de dados linha para as atualizacoes, e 0 disco digital versatil (devedé).
FEBPOSIII a questoes factuais) faz A edicéio em cederrom constitui mercado de facil acesso e, por conseguinte,
parte daexperiéncia ha grande numero de editoras desse suporte. A maior parte nao publica muitos
Quando atende a uma populagio rela- Muitos usuarios simultinegg titulos, e muitas contam com um finico produto. As editoras podem panicipar
tivamente homogénea, como numa de varios outros aspectos da inddstria da informacfio. Os fornecedores de
biblioteca escolar cederrons podem ser divididos, de modo geral, nas seguintes categories:
Quando as editoras nao pubiicam em Quando se pedem buscas complexas
outro formato, devido a razoes em arquivos cruzados 1 Editoras de cederrons de grande porte, que contam com um catalogo
de seguranga e direito autoral ' Ql1aI'Id0 I-"Tia populagao heterogénea muito importante de bases de dados produzidas por outras organizacoes.
requer grande variedade de fontes, Exemplos sao Information Technology Supply Ltd. e SilverPlatter. Outro
assuntos ou temas, como em
grupo é formado pelos servicos de buscas em linha, como o DIALOG com seu
bi bliotecas péblicas e u niversitarias
KR OnDisc.
>. |.»-my

CEDERRONS 245
244 RECUPERACAO op. INFORMAQAO
British Pharmacopoeia Social Sciences Citation Index _
i
Produtores dc bases de dados que, provavelmente, tarnbém estarao ofere- LSISS K
MED
cerido suas bases dc dados em linha e pela Internet. Exemplos sao CA (Che- Editors: Irisiinite for Scientific [nfomiation
mical Abstracts) on CD, Wilson Business Abstracts, Mintel CD e Biosis Editoni: H HMSO W
i(isi)
Assuntos: quimica; medicinaebiomedicina;
GenRef on Compact Disc. _ farmacologia;ciénciaveterinaria Assunto(§): .ciéncias sociais
Editoras como Blackwell, Wiiey e Chadwyck Healey, que comecaram pu- Plaiafoi-rna(s): rem-rc 486 ou éompativel, com 4 Platat'orma(s): microcorrlputadorcompativfllcum
IBM-PC, série 9300 da NEC; Apple
blicando suas proprias bases em cederrom, mas que agregaram outras, MB de RAM e sistema Windows
3.1 ou superior, executavel em
Macintosh, MS-DOS 3.1 ou supe-
como a do Her Majesty’s Stationery Office (HMSO) e documenios afins. rede rior; extensoes de MS-DOS em
Centros de fornecimento de documentos (como a British Library), que _-___|_ cederrom; NBC 9800; Apple -
Coberturai Reino Unido _ __
oferece em cederrom publicacoes seriadas, livros e anais de eventos. System 613.2 ou superior, 640K
Periodicidade: anual
com 4171: livres (Dos); I MB
Preco: £ 500,00
(Macl. executavelem rede
O £970,00 no caso dc primeira
O mercado ainda é instavel, com novos produtos surgindo e outros desapare- compra CObcrti.ira:' mundial i i
cerido, mas, continua a crescer a quantidade de titulos e respectivas editoras. Perioclfidadez trimestral _

Reflexfio Seré que a publicagao de enciclopédias em cederrom leva-


l Comém o texto integral da edicao impressa da Pfreco:
British Pharmacopoeia e British Pharmacopoeia
us$ 5 930.00 _

Proporciona cobertura de mais de l 400 dos prin-


ra ao desaparecimento do mercado de enciclopédias im- l I/eferfnary desde 1993. Acesso a mais dc 2 300
cipais periodicos de ciéncias sociais do mundo
monograflas,cadaumadasquaisdefineasnormas
pressas? Se vocé acha que isso podera acontecer, quais as legais vigentes para substancias e preparadas por palavra do titulo, autor citado, obra citada,
vantagens importantes que 0 formato cederrom apresenta médicos. Rodaem Windowseoferece vinculos de titulo do period ice, nome e endcreco do autor. A
hipertexto, graficos de estruturas quimicm c caracteristica chamada ‘Related Records‘ inter-
para 0 usuério e que propiciariam essa mudanga? liga e exibe todos os artigos que possuem uma
espectros do infravemielho, formulas quin-iicas
apresentadas cornonaversao impressa. ou mais de uiria referéricia em comum. Inclui
10.4 Bases de dados em cederrom itens de3 200 periédicos cspecializados.

As bases de dados existentes em cederrom sao extraidas da maioria das princi- Social Sciences Index
pais categorias dc bases que foram relacionadas no capitulo 5. Mais especifica- British Standards on CD-ROM Ls W _7 .
mente, as bases atualmente disponiveis em cederrom podem ser agrupadas nas C&T _ _
Editora: H.W. Wiison
Editora: Technical Indexes Ltd. i
seguintes categorias: Assuntos: normas 9 _
Assunto(s)1 V ciencias sociais W
P|ataf0rrna(s): microcomputadorcompativel
Pl:itaforma(s): {BM-I-‘C 4B6’ou compative1,Ms- cum lBM—PC, Macintosh 68020,
Bases de dados bibliograficos, com ou sem resumos, que proporcionain oos, executlivel em rede
68030, 68040 ou POWCIPC. MS-
acesso a bibliografia de uma area tematica ou cobrem determinado tipo de Pcriodicidadei rnerisal r DOS 3.1 oi.isupericr,485i< (nos);
documento, como patentes, por exemplo. Preco: enirar em contato com CD
2 MB (Mac), executavel em rede
Complete
Bases de dados catalograficos e da indiistria editorial sao um tipo espe- Coberturm niundial Q
cial de base de dados bibliograficos. As de dados catalograficos abrangem Periodicidadei mensal
Norrnas britanicas completas em cederrom. A
os registros constantes do catalogo de uma biblioteca importante. As bases inclusao das informacoes foi autorizada por acor- Preco: USS lW295,00 (assinatura anual);
US$ 975,00 (tarifa para escolas
de dados da indilstria editorial relacionam titulos publicados durante certo do especial com 0 BS1. Texto completo com ima-
primarias e secu ndaria)
gens dividido em I2 secoes.
periodo. Ambos ostiposde bases podem ser usados ou para identificar a lo-
calizacao dc documentos especificos ou para selecionar documentos duran- lndice, com recursos de busca, dc 400 periodicos
biisicos, desde fevereiro dc 1983, num 0l'1lCO disco.
te o processo de formacao de acervos.
Subcabecalhos espccifioos e abundanls rcrnissivas
Bases de dados de fontes trazem o conteticlo total do documento, inclusi- cobrem os aspecios teoricos e aplicados _de 18
ve, quando pertinente, programas de computador, imagens e registros so- especial idades, c os titulos cnriquecidos esclareoem
noros, mapas e imagens cartograficas, e dados textuais e numéricos. 0 conteiido dc artigos ou inclicam caracierisiicas
Bases de dados de consulta rapida sao umtipo de base de fontes. Oferecem especiais, Dados bibliograficos completes facilitam
oacesso.
0 tipo de informacao caracteristica de cadastros, como fatos e niimeros.
Os discos mistos, que podem ser incluidos em qualquer uma das categorias
acima porque contem uma mescla de dados bibiiogréificos, textos integrals Flgura 10.1 Bases de dados em cederrom: algumas informagées
l
CEDERRONS 347
246 RECUPERACAO on INFORMACAO
P‘-= -1 wxvr vue
Ultimate Human Body
Oxford English Dictionary (Second Social Sciences Index _ MED
Edition) on CD-ROM LS/SS _ Editora: Dorling Kindcrsley
Editora; SilverPlatter lnfomiation lItd. ' W C Multimedia
ENCY K O K (Reine Unido)
Editoia: i Oxford University Press, Electro- A§sTinto(s): anaton-iia
H nic Publishing Department Assurito(s): ciéncias sociais, sociologia Plataf‘orma(s): Appl?‘vi§_CifllO§h:i.Cll,Applti
P!alal'orma{s): microcomputadorcornpativel System 7.0 ou superior, minimo
Assunto(s): dicionariosjlinguas; lingiiistica
CDITIIBM i>c,Ms-oosll on supe- dc 4 MB (recomenclavcis 6 MB),
Plataforma(§): AppleMacintosb,processador
rior; Windows, 640 K, executa- _ microcomputador compativel
Motorola 68030, Apple 6.07 e
supcrior,2 MB (4:45 na impresso- - vel em rede _ com IBM PC
ra), executavcl em rede, micro- Coberturat H EUA, Europa, Australasia, Asia Preco: US$“79,95 ' i
computador compativel corn Periodicidadc: mensal 4 H
IBM-PC Preco: cntrar em contatb com CD Uma jornada interativa pelo corpo humano para
Preeo: fl*’*£*4'95 para usuario individuali Complete _ descobrir como se charnzt cada uma de suas
partes, sua localizacao, forrna e como funciona.
Contém a segunda edicao do Oxford English Oierecc indexacio rapidae precisa dcmais dc 340 Os usuarios podem estudar o corpo por meio dc
Dictionary, publicada em forma impressa em periodicos importantes dc ciencias sociais, em trés caininhos intuilivos dc busca; A Maquina do
1989, com algtimas modificacoes. Busca instan- inglés, proporcionando cobertura multifacete- Corpo, Os Orgéos do Corpo, Os Sistcmas do
taneadetodaocorrénciade umaouvarias palavras da c atualizada desse campo interdisciplinar, Corpo.
indicadas, abreviaturas, abonacocs, etimulogia, que abrange antropologia, esrudos regionais,
entradas dos verbetes e o texto complete. saiidc da comunidade e atencfio médica, econo-
mia, estudos etnicos, geografia, rclacoes inter- Figura 10.1 Continuagao
nacionais, direito, criminologia, estudos sobre
minorias,pla11ejamcnto. administracao piiblica, e dados de consulta rapida. Por exemplo, 0 McGraw-Hill Scientific and
e assim por diante.
Technical Reference Set contém tanto textos integrais quanto imagens. O
Nimbus Music Catalog contem textos e registros graficos e sonoros,
6 Bases de dados multimiclia, inclusive bases de dados nosforrnatos CD-I,
UK Markets-Limited Sector Editions Ultimate Frank I.dpyd Wright
CD-ROM XA, Dvi e CDTV. Estes produtos oferecem registros graficos em
BC ARCH W V
Editora; Taylor Nelson AGB Publications Editora: Microsoft Corporation movimento e sonoros, e, freqiientemente, a possibilidade de interacao
Assunto(s): iri1porta:;5o&exportacao;pesqui- Assunto(s): arquitetura i _ com 0 computador. _
sa dc mercado; marketing; infor- Platafonna(s): microcomputador compativel com
macao sobre prod utos_ IBM PC, Windows 3.1, Windows A figura I0. I traz informacoes ad icionais sobre um ntimero limitado de bases de
Platat'orii1a(s): microcomputador compativel 95,AppleMacintosh _
dados e identifica as principais caracteristicas que merecem ser levadas em
VV com IBM rt: Preco: £29,99 _
Periodieidade: trimestral
conta quando da selecao de bases de dados. Os critérios criticos dependerao em
Preco: entrar em contato com CD Estetitulo analisaavidacos projetos,construidas certa medida da natureza da base e do contexto em que serét utilizada. A lista
__C0l'l”lplet€ ou nao, do arquiteto Frank Lloyd Wright. inclui l0.l resume esses critérios, que tem muito em comum com os que podem ser
ilustracoes, fotografias, riarracao, milisica, video e
aplicados na selecao de uma base de dados para buscas em linha. Naturalmente,
Oferece selegoes dos dados interativos, divididos um passeiotridimcnsional porsuas estnituras.
em ambos os casos, a -questao primordial e mais crucial diz respeito a saber se
por grandes categorias dc indiistrias, por exemplo,
alimentoscbebidas, vestuario, construcao, papel, as bases contem as informacoes que delas se exigem. -
CI'l‘lbfll3g€l'l'1,VidfO & ceramica, produtos quimicos
bzisicos, produtos quimicos inorganicos, etc. LISTA 10.1
Producao e vendas dc manufaturados no Reino
Unido, exportacoes, importacoes e ofcrta li- Critérios para a selegao de bases de dados em cederrom
quida ao mercado do Rcino Unido e preco médio
de cerca dc 4 800 pr0du10S do Reino Unido. 1 Coritefido da base de dados. Cobertura e, no caso de bases de texto in-
tegral, se incluem ilustragoes e outras informagées.
2 Atualidade. A cobertura cronologica da base de dados. Quito atualizadas
Figura 10.1 Continuagao
CEDERRONS 249
248 RECUPERACAO DA INFORMACRO
sao as informagoes e com que freqiiéncia se fornecem as atualizagoes? Reflexao Explique,
! -
com mais
u
detalhes,
1 -
por que um prod uto comer-
Potencialrnente, as bases de dados em linha sao mais atualizadas do cializado por asslnatura e mais atraente para 0 gerente de
que as equivalentes em cederrom, uma vez que estas sao publicadas em informagéo do que um servigo page cada vez que é usado.
intervalos, por exemplo, de um més, e nio se atualizam em tempo real.
3 Arquivos retrospectivos. Os arquivos retrospectivos de uma grande base 10.5 A realizagio de buscas em cederrom
de dados podem ocupar varios cederrons. Todos os arquivos retrospec-
Os produtos em cederrom foram projetados especificamente para oferecer con-
tivos estao disponiveis? E de que forma estao subdivididos nos discos?
veniéncia do uso e facilitar as buscas para o usuario final. Muitos deles apre-
4 Programa de recuperagaooe indexagéo. O programa de recuperagéo
sentam interfaEe§ com modos para 0 usuario novato e 0 rusuario experiente.
deve ser arnigavel para 0 usuério, eficiente e eficaz, oferecer uma gama
Os recursos de busca sao similares aquelas que normalmeme se encontram
completa de recursos de recuperagao e ter condigoes de servir tanto a0
em qualquer produto deslinado s recuperaofio da informacao. Por exemplo,
consulente novato quanto ao experiente. A indexagao deve ser perti-
logica booleana, truncamento, buscas em campos especificos, buscas em ex-
nente e coerente, os termos de indexagao atribuidos representar ade-
pressoes e outros recursos 550 caracteristicas da maior parte dos programas
quadamente 0 conteiido do documento e serem acessiveis ao usuario.
adotados na recuperagio em bases de dados em cederrom. A caracteristica
5 Interface do usuario. Um dos aspectos do programa de recuperacéo é a
peculiar do cederrom é o projeto de interface e dialogo.
interface do usuério que ele oferece. Esse programa tem de ser nao ape-
Algumas bases de dados e grupos de usuarios requerem recursos especiais
nas potente, mas também de facil utilizagéo. O projeto de dialogo deve
de recuperaoao de informaqao. Por exemplo, 0 Disclosure Global Researcher
sen/ir a todas as categorias de usuérios, além de contar com um sistema
possui caracteristicas que suportam as atividades de buscas e analises que 0
adequado de ajuda.
pesquisador de uma empresa teria de efetuar, inclusive as que
6 Pos-processamento. Uma vez recuperadas as informagoes e mostradas
na tela, talvez se queira transferi-las para papel ou outro disco. Convém - identificam empresas pelo nome, codigos das agoes na bolsa de valores, 10-
dispor de recursos para importar e irnprimir os dados e, se possivel, tam- calizagao geogréfica, linha do riegocios ou critérios financeiros
bém integra-los com informagoes procedentes de outras fontes. - classificam as empresas segundo seu desempenho financeiro
7 Tempo de acesso aos dados. As buscas em cederrom talvez paregam len- - efetuam comparagoes instantfineas entre empresas similares
tas, pois as leitoras operam mais vagarosarnente do que as unidades - analisam dados financeiros com um programa complementar do Excel
cle disco rigido, e, além disso, podem ocorrer demoras na rede no caso ' criam relatorios e coeficientes clefinidos pelo usuario
de transmissao de dados gréficos. ~ exibem arquivos eletronicos em tempo real.
8 Custos. Ha dois tipos de custos a considerar em relagao ao cederrom:
05 custos de insualagao decorrentes da aquisigao do equipamento, e os LISTA 10.2 '
custos de assinatura necessarios a aquisigéo e atualizagao dos discos. Caracteristicas de recuperagio da informagao em cederrom
Os custos fixos reiativos as assinaturas sao mais féceis de gerenciar do
que 0s custos variaveis relativos ao acesso a servigos de buscas em linha. 1 fndice
As estratégias de pregos dos cederrons sao elaboradas de modo a refletir ' pesquisas no indice
0 grau de utilizagao da base cle dados. Em geral existem pregos diferentes ~ mimero de ocorréncias
para usuarios individuals, usuérios de uma (mica rede, outros gru pos de ~ remissivas
usuérios por tamanho (por exemplo, 208 usuérios, 9-12 usuarios) e li- ' tesauro.
cengas de uso local.
9 Padronizagao. lnicialmente, os padroes para cederrom constituiam um 2 Estrutura de busca
problema sério, e ainda hoje surgem dificuldades quando vérios discos - selegao de termos no inclice
de diferentes fornecedores sao colocados numa estagao de trabalho ou - selecao de termos no registro
em rede. E imponante verificar se todos 0s componentes de equipamen- ' distincéo entre maiilsculas e minfisculas
tos e programas funcionam satisfatotoriamente uns corn os outros. ' ti pos de busca
' combinagéo de buscas.
250 RECUPERACAO DA INFORMACAO CEDERRONS Z51

3 Caracterfsticas das buscas 4 Suporte


° booleanas ' tutorial em linha
' tru ncamento ' ajuda ern linha
' adjacéncia/proxirnidade ' mensagens de erro.
' posicional
' aritmética.
Reflexao Examine-a interface de um cederrom ao qual vocé tenha
4 Cerenciamento do perfil de buscas acesso. Relate suas observagoes sobre: _ _\
- velocidade de desempenho ' coeréncia dos avisos e menus
' salva buscas ' coeréncia no uso da cor
' expurga buscas antigas ' titulos das telas
' condicao da busca ' leiaute da tela e aparéncia geral.
' gerenciamento de conjuntos e consultas
' nfimero de conjuntos de buscas 10.6 Projeto de interface/dialogo
' exibigao do historico de buscas
Anteriomiente, mencionou-se 0 projeto de interface do cederrom como sendo
' modificagao de buscas
essencialmente amigavei para o usuario. A intencao dos produtores de ceder-
' selegao de buscas
rons tem sido projetar uma interface que permita ao usuario final fazer buscas
' acurnulagao estatistica. -
sem a intervencao de um intermediario ou quando nao temos qualquer expe-
--........_.............................-“V...--.. .......................... .-
riéncia anterior. Com este objetivo, a maioria das interfaces de cederrom usa:
...-.................... ¢ . .......... ... ............ .- ........................................... ..............

LiSTA 10.3 - menus, principalmente menus instantaneos em Windows, e muitas vezes


Caracteristicas de interfaces de cederrom com a apresentacfio simultanea de varios menus
- cores
1 Operacionais ~ recursos graficos (as vezes)
~ pausa - sistema de ajuda.
' escapar/sair/abortar
' opcoes de entrada (por exemplo, teclado, mouse, outras) Ademais, muitos cederrons trazem a opcao de interface grafica. Infelizmente,
embora a maioria das interfaces seja baseada em menus, a pouca padronizacao
2 De navegabilidade que existe nao passa disso, exceto no caso de produtos do mesmo fomecedor.
' navegagao entre registros Além da variabilidade de estilos de tela, falta padronizagao das funcoes do
' navegagao dentro de registros teclado, com diferentes teclas de funeao sendo utilizadas para uma rriesma
' opgoes classicas. finalidade. E comum, ainda que nae seja praxe universal, ernpregar a tecla F1
para ativar a ajuda. Os usuarios provavelrnente se defrontarao com um leque dc
3 De comunicagao programas diferentes, se fizerern buscas em mais de um cederrom. Esses
' titulos das telas pacotes de programas terfio diferentes recursos de busca e diferentes interfaces
' termiriologia e talvez sejam empregados para fazer buscas em bases com conteudo variavel
' leiaute da tela - aparéncia geral (por exemplo, bibliograficas e de texto complete) e estrutura variével (os textos
* instrugoes/avisos completes podem ser divididos ern segoes de diferentes maneiras). Ha duas
~ dialogo flexivel moldado segundo 0 nivel do usuario estratégias potenciais para aprimorar a usabilidade das interfaces de cederrons:
' coeréncia de avisos, menus e rnensagens de ajuda 1 Projetar interfaces amigaveis para 0 usuario que sejam bem auto-explicate
' coeréncia no uso de cores, tipografia e graficos vas no contexto da tarefa em que ele esteja envolvido de modo que achara
- coeréncia no uso da terminologia. bem facil aprender outras interfaces.
l

CEDERRONS 253
252 RECUPERACAO DA INFORMAQAO
2 Procurar introduzir alguma coeréncia nas interfaces, por meio de diretrizes
Fungées de alto nivel
Pad1'0"lZ=1¢l&$ 011 Com o emprego de uma configuracao cliente—servidor. Ajudar (apresenta informagoes explicativas)
Pesquisar no fndice (mostra termos nos indices)
F'lleram -Se alguns avancos com ambas as opcoes. As interfaces
- .
graficas, em Buscar (procura informagao que satisfaga ao enunciado de busca)
particular, oferecem uma variedade de menus, ajuda e suporte. As diretrizes do Mostrar (apresenta informai;6es na tela)
pecial interest Group on CD-ROM Applications and Technology (SIGCAT), lmprimir (orienta a saida para dispositivo de cépia em papel)
divulgadasfm 1992,‘ constituiram uma primeira tentativa de introduzir alguma lmportar (orienta a saida para um meio eletronico)
pacironrzacao no proJCIO de interfaces de cederrons, e pelo menos C()n5eo|_]i;-am Reiniciar (vai para 0 comego do aplicativo)
identf
cedellrlC8I' ' '
l3 funcfies basicas ' - do usuario
na interacao ' - ~ com 05 slstemas
- ° em Escolher (rnuda discos ou bases de dados)
Om, quefisao mostradas na figura 10.2. A tecnologia intranet e a'aclo<;ao Sair (encerra 0 aplicativo)
do PF°t°¢°l0 Z99-50 SI-I5tenta 0 emprego de configuracoes cliente—servidor. Isso Fungoes operacionais
permite s biblioteca oferecer uma interface-padrao para todos 05 Cederrons 5 l
Executar (alerta 0 aplicativo para iriiciar o processamento)
que “"5 "$U5Fi0$ ififlliam acesso, embora. se estiverem acessando os servicos de lnterromper (interrompe a atividade de um programa)
:31‘; ‘fie Uma blbcgimeflfl, possam ainda defrontar-se com interfaces diferentes; o Escapar (recuar um passo por vez}
_ rio conecta 0 em rede entao esta SUj€|[0 a se defrontar com uma grande
variabiiidade. Fungfies riavegacionais
O projeto de interfaces continuara a melhorar. Os recursos graficos e 05 Navegagio (movimerito numa base de dados ou conjunto de busca) l
icon es contem" potenciallque
' permite
" interfaces
- mais
- atraentes e abrangentes,
Figura 10.2 Funcoes Identificadas pelas diretrizes do SICCAT
livenftualmentrati usuario deseiara controlar certos aspectos do projeto de
inter 3%, e a utilizacao cia linguagem natural nos diélogos afetara muitos as- quer seja aiguma outra fonte de receita, ievando-se tambem em conta even-
pectos do desenho de interfaces.
tuais conseqiiéncias sobre os recursos disponiveis para outros services.
3 Impacto sobre 0 quadro de pessoal. A introducao do cederrom cria uma
-10.7 O gerenciamento de um servigo de informagao baseado em
oportunidade ideal para que 0 usuario final aprenda a executar suas pro-
cederroris
prias buscas em grandes bases de dados informatizadas. Cada vez mais 0
Séfigsbgagggigi gt; 5:25/::)o:16ténf0gm?E19i0 que ofereea services baseados em especialista em inforrnacao percebera que seu papel deixou de ser 0 dc urn
Hades na “Sta 10 1 uando da 8:6 Z Edi/flit‘) em cgnta todos os fatores relacio- intennediario, ou especialista em buscas, para ser o de um instrutor e educa-
das ar F - ,lq ‘c 0 e ases ‘e dados qiie SC_]flI'i"i apropria- dor. A fim de desempenhar adequadamente este papel, é importante capa-
' _p a sua c iente a. O desenvolvamento desse tipo de service também suscita citar convenientemente o pessoal, tanto no que conceme a utilizacao eficaz
2/2'13; ($132;gpspifeigugepgpiam selrlresolvijdas. Algumasséo questoes préti- do equipamerito e dos prograrnas quanto no que conceme a como ensinar.
Treinamento dos usuérios. Conforme mencionado acima, é provavel que
ficil para
' v o gerentefle
_ info rrnacao.
" neg laencla
Outras 3?, acarretar?
irnplicam decisoesuma Smiapaomais
gerenciais di- 0 pessoal de informacao se veja envolvido no treiiiamento de usuarios finais
i3r:;E1fri;glCflS e exigem que o gerente €X3I:1lfl€ como 0 servico com cedeflons 56 para a realizacao de suas buscas. As interfaces em cederrom sao relativa-
dos isuggigsotggpjsservicos dc iriformacao que a biblioteca coloca 5. disposicao mente amigaveis para o usuario, mas a maioria dos usuarios finals ainda
. questoes podem ser agrupadas nas seguintes categorias: tem a ganhar com algum tipo de suporte. Se houver a expectativa de que
muitos usuarios finais utilizarao 0 servico, sera preciso planejar e imple-
l Condicoes pa ra utilizagfio. Deve-se examinar a questao da propriedade do mentar um programa de treinamento destinado a eles.
cederroni. Muitos cederrons sao apenas arrendados pelos seus fornecedo- 5 Gerenciamento. Todos os cederrons precisam ser adquiridos, catalogados
res. Assim, se uma assinatura for cancelada, a biblioteca perderé nao so o e postos em circulacao. A aquisicao precisa cuidar do recebimento de atua-
arquivo corrente, mas também todos os arquivos retrospectivos. Também lizacoes regulares. Certamente seré necessaria alguma forma de controle e
pode haver restricoes quanto a importacao de dados. circulacao, para evitar que os discos sejam extraviados. Convém haver um
2 Recursos. Qualquer service baseado em cederrons custa dinheiro para ser sistema de reservas, se os discos vierem a ser muito solicitados.
mantido. Deve-se identificar a fonte dos recursos, quer sejam os usuarios, 6 Outros servicos. Constatou-se, em geral, que a implantacao de um servico
CEDERRONS 255
254 RECUPERACAO DA INFORMACAO
bfi_SflHd0 em cederronstraz conseqtléncias positivas para a imagem da bi- dutos diferentes. lsso em pane dependera do conteudo, de modo que, por
blioteca como clisseminadora de informacees. Essa melhoria da imagem exemplo, enciclopédias e dicionarios tenharn seu preco definido como pre-
acprreta outras oportunidades e recursos adicionais, sendo também preva- dutos de consume individual, enquanto as bases de dados bib1iograficeste-
Se que leve ao aumento da demanda dos services da biblieteca. Uma base rao seu preco definido para venda a bibliotecas e empresas. Os consumido-
edados bibliograficos em cederrom alertara es usuarios para documentos res exigirae maior transparéncia e sirnplicidade das estratégias de precos
CLl_]8 existencia, em caso centrario, passaria despercebida. Isso teré como para o caso de utilizacao dos cederrens em redes.
Epnsequencia uma utilizacao mais intensiva des recursos existentes na bi- 3 Maior integracao de tecnolegias, de modo que 0 cederrom seja usado para
_10i¢Cfl e maior demanda de documentes a serem obtidos por meio des ser- a previsao de infomiacoes essenciais, enquanto 0 acesso em linha, em geral
vices de fernecimente de documentes e do empréstimo interbibliotecarie. por meio da Rede, sera adotado para informagees mais atuais ou erntempo
Talvez i‘lH_]fl algum' impacte sobre a demanda de buscas em linha, porém real para atualizar os dados disporiiveis em cederrom. Os consumidores pa-
muitas vezes es dois services continuarfio funcionando simultaneamente, garao pelo acesso urgente a infermacoes que somente sej am necessarias de
atendendo a diferentes necessidades. ferma ecasional. O material de que se precisa com maior freqtiénciaja es-
7 lflfriigracao. liprovavel que o service prestado corn cederrons seja apenas tara page e dispenivel em disco. Além disso, a grande capacidade dos deve-
e'u1:na serie de ‘SCTVIQOS inforrnatizados de informacao que se acham a dés podera ser um atrativo em algumas aplicacees.
l d b , com sua adaptacao aos
ispesicae do usuario ou em funcienamerite na biblioteca. E importante in- l 4 Crescente aprimoramento das interfaces e uscas
tegrar 0 cederrom num ambiente mais amplo. O usuzirio talvez queira aces- requisites tie grupos de usuarios especificos e tipos de bases de dados. Um
iar um cederrom por intermédio cia mesma estacao de trabalho que ele uti- desses modelos para 0 future podera ser o Search Adviser da SilverPlatter
IZH 60m outrasfinalidades, como, por exemplo, para ter acesso a bases de que funciena com uma interface gratica. Sendo um cliente inteligente de
dados da pl'OpI‘l8.ll'lSl1IUl(}50. O gerente de inferrriacao talvez queira provi- recuperacae, o Search Adviser oferece asferramentas usadas por pessoal
denciar algumas interfaces comuns para reaiizar buscas nas diferentes ba- profissienal no desenvolvimento de estratégias de buscas, e assiste e pes-
ses de dados disponiveis para os usuarios. soal novato na utilizapao dessas ferramentas. As bases de dados em ceder-
rom estarao na vanguarda do aperfeicoamento do projeto de interfaces.
Reflexao Qual a melhor maneira de estimular es usuarios a avaliar a 5 Os fornecedores oferecerao a seus clientes suporte técnice cada vez mais di-
gama de fontes de informagao que existem a sua disposi- versificado. Per exemplo, a KR lancou recentemerite e Crossroads, um ser-
gao, ao invés de somente usar as que sejam de acesso mais vice instalado na Rede, que oferece um forum onde os usuaries podem com-
c6m0do? partilhar sua experiéncia e conhecimento, bem como um centre de ensino,
que liga seus visitantes a uma variedade de opcees de treinamento. Entre
10.8 O future dos cederrons elas estao sessees de treinamento-pela Rede, transmitidas ao vivo, além de
' modules didatices previamente preparados.
crescerite 0 numero de editoras e produtos no mercado de cederrons. Uma 6 A utilizacae da tecnologia intranet para proporcionar acesso a cederrons em
questao importante quanto ao future desse meio diz respeito ao continue de- rede. Per exemplo, a i<Rsite eferece acesso a colecao Knight Ridder de ce-
se nvolvimento
' do mercado consumidor.
- A tabela 10.! resume os pontos fones derrons por meio de intranets de empresas.
das tecnologias concorrentes.
_Os aperfeicoamlentos especiflcos que ja estao a caminho e que certamente RESUMO
terae continuidade incluem:
O cederrom é cada vez mais importante como meio de armazenamento e disse-
1 Flontinuo aumento do numero de titulos de cederrons. O crescimento mais minagae de infermagoes. As configuragoes de cederrons incluem: ' uma Ieitora
d e
importante nos ultimos aries foi o que ocorreu no mercado de negoeios e no ligada a um micrecomputador independente, servidores de arquivos em_ re e
flierctllfldo profissional; isso pode ter continuidade ou havera uma ressurgén- caixas de conexae, pré-armazenamento temporério e acesso pela Internet. As
Ia a en ase em titulos
C '
de multimidia
' ~ - -
e um desenvolvimento
.
renovado do editoras de cederrons incluem editoras em grande escala, produtores de bases de
mercado consumider. dados, editoras e centres defornecimento de documentos. As bases de dados dis-
2 E PFOV-ivel que as estratégias de precos se consoliclem de tal forma que ve- P oniveis em cederrom sao também variadas. Podem ser classificadas como. bi-
nha m a recenhecer a existencia
' ' " de setores diferentes
- de mercado para pro- bliogréficas, catalogréficas e da indifistria editorial, de fontes, de consulta répida,

l
CEDERRONS 25'!
256 Rscureaaciio oa INFORMACAO
Resposta _ _
mistas e de multimidia. Os recursos para realizagao de buscas em cederrom nio As instalagoes da biblioteca da faculdade compreendem duas bibliotecas,
diferem muito daqueles adotados em outras bases de dados, no entanto, os pro- uma em cada um dos locais ocupados pela faculdade, os campi de Alsager
dutos em cederrom tém mantido a lideranga no que conceme ao projeto de inter- e Crewe. A biblioteca pertencia antigamente ao extinto Crewe and Aisager
faces. As interfaces graficas estao se tornando comuns. E importante que os ge- College of Higher Education. Em 1 992, essa faculdade fundiu-se com a Man-
rentes de informacao levem em consideragio as principais questées concernen- chester Metropolitan University (MMU), tornando-se a Crewe and Alsager
tes ao gerenciamento de servigos de informagao baseados em cederrons, que sao Faculty of MMU. A biblioteca é agora, portanto, uma dentre vérias bibliotecas
produtos destinados aos usuérios flnais. Usuarios que nunca iograram éxito em universitarias que constituern 0 service de bibliotecas dfl Manchester
buscas feitas numa base de dados certamente so precisario de um minimo de Metropolitan University. No entanto, todas as demais faculdades da MMU
ajuda para usar um produto em cederrom. O papel do gerente de informagao baseiam-se em disciplinas. A Crewe and Alsager Faculty é multidisciplinar,
como intermediario fica menos dominante, com a funcao de treinamento assu- com departamentos responsaveis por cursos em educa§5°i “S0905 9
mindo a posigaio de honra. O futuro do cederrom dependeré do desenvolvimento administracao, arte, desenho e artes cénicas, humanidades, ciéncia social,
de outros meios de armazenamento e da economia relativa da utilizagéio de redes ciéncia dos desportos e ciéncia arnbiental. Um dos principais desafios para
nacionais e internacionais em comparagao com 0 acesso principalmente no local. 0 servigo de bibliotecas esté em proporcionar um acervo e u’m_ f1lVEl
apropriado de service que abranjam uma gama tao ampla de disciplmas.
QUESITOS DE REVISAO A biblioteca é 0 principal fornecedor de recursos de informagao e estudo
1 Relacione as caracteristicas das aplicacoes em que 0 cederrom é par- da faculdade. A prioridade é que esses recursos estejam disponiveis para os
estudantes e que haja relacées eficazes entre 0 pessoal e corpo discentei
ticularmente adequado.
2 Explique a diferenqa entre pré-armazenamento e caixas de conexao Pergunta '
_ como meio de acesso a cecierrons. Quais foram seus objetivos ao instalar os cederrons?
3 Dé alguns exemplos dos diferentes tipos do fornecedores de ceder-
rons. Resposta _ _ _
4 Descreva as caracteristicas de uma base dc dados em cederrom. Os cederrons foram implantados ern 1991, quando a biblroteca nao contava
5 Quais os principais critérios a serem adotados na selecfio de uma ba- com outras aplicagoes baseadas na tecnologia da informacao e os recursos
se de dados em cederrom. eram limitados. lnstalou-se uma estacao de trabalho com uma leitora de ce-
6 Explique as seguintes caracteristicas dc busca: derrom. Esta instalacao destinava-se a ressaltar a imagern de uma biblioteca
- exibicéo do historico de buscas informatizada numa época em que seu envolvimento com a tecnologia da
- modificacfio de buscas informacao em outras areas era muito débil. Por outro lado, a biblioteca
- truncamento arcava, naquela ocasiéo, com um nivel razoével de despesas coma aquisa-
' selegao de termos a partir do registro. gao de periédicos, e assim 0 cederrom foi visto corno uma oportunidade de
7 Cornente sobre 0 gerenciamento de um service cle informacio basea- estimular os estudantes a utilizar rnelhor os periodicos do acervo.
do em cederrons.
Pergunta d _ _ _ _
Quais bases em cederrom que voce coloca a drsposigao dos usuarios?
ESTUDO DE CASO' DE lMPLEMEl\lTAQAO: O CEDERROM NUMA Resposta _ I
PEQUENA BIBLIOTECA UNIVERSITARIA Foi dificil a escolha inicial. A estrategia consistiu em selecionar alguns tutu los
gerais que seriam titeis de modo amplo a muitos usuarios da biblioteca. lsso
Entrevista com Margaret Robinson, bibliotecaria, Crew & Alsager Faculty, inicialmente levou 51 selecéo de:
Manchester Metropolitan University - Business Periodicals index
~ General Science Index
Pergunta ' Sports Discus
Vocé poderia comecar fazendo uma breve descrigao do papel da biblioteca ' ERIC
na faculdade?
CEDERRONS 259

258 RECUPERACAO DA INFORMACAO


Resposta
' The Guardian e International ERIC (mais recentemente). O treinamento dos usuarios é importante. Assim que iangamos o programa
de cederrons, realizamos uma série de seminarios, para cerca de dez estu-
O custo foi um fator importante, tendo sido necessario escolher opcoes que dantes por seminario, duas vezes por sernana, mas nunca foi preciso repetir
trvessem melhor custo-eficacia. As despesas foram acrescidas devido a esse nivel de instrugao. Uma importante estratégia de aprendizagem é a
necessidade de se ter uma copia do ERIC em ambos os campi do College. monitoria feita por cola-gas, que dispensa incluir nos cursos especificamente
0 uso de bases de dados em cederrom. Ademais, os estudantes sao bem
Pergunta -
treinados no uso da rede da faculdade e sabem, com seguranca, salvar e
Como vocé resolve a questao do acesso multiplo?
imprimir arquivos. O pessoal da biblioteca oferece trés tipos dlferentes de
Resposta treinamento para os usuanos:
Partimos de nossa configuracao inicial sem rede. A maior parte dos ceder-
1 Apresenta-se aos estudantes a variedade de cederrons disponiveis como
ronsno campus de Crewe esta disponivel numa rede de cederrons que
parte de suas visitas de orientagao.
funcrona como parte integrante da rede da faculdade. Apenas o ERIC, Inter-
national ERIC e colecoes retrospectivas do The Guardian ainda se encontrarn 2 Os estudantes e o pessoal docente podem reservarsessoes individuals de
treinamento ministrado pelo pessoal da biblioteca.
em maquinas independentes, mas estamos prevendo transferir esses discos
para 0 acesso em rede em futuro préximo. O campus de Alsager esta (atua!- 3 Sao oferecidos services de buscas bibliograficas a grupos especificos de
mentel menos interligado por rede do que 0 de Crewe, mas estamos exami- estudantes. Tais servigos sempre incluem demonstragoes de cederrons.
nando as opgoes para ampliagzio da rede. Embora os cederrons so possam I? importante reconhecer que diferentes grupos de usuarios possuem dife-
ser consultados a partir de estacoes cie trabalho instaladas na biblioteca, as re ntes niveis de confianga em face da tecnologia da informagao. O pessoal
informagoes extraidas de cederrons na rede da faculdade sao automatica- docente e estudantes de tempo parcial, mais maduros, como os matricula-
mente importadas para 0 espaco destinado aos estudantes na rede. A dos em cursos de pedagogia e também trabalham, podem sentir-se mais vul-
proxima etapa de desenvolvimento consiste em procurar oferecer acesso a neréveis e precisam do razoavel apoio. A disponibilidade recente do Inter-A
cederrons, na rede da faculdade, por meio de estagoes de trabalho nos national ERiC propiciou-nos 0 enseio de oferecer seminarios aos docentes.
gabinetes do pessoal. Mais tarde, haveré acesso em laboratorios de informa-
tica nas bibliotecas, de livre ingresso, desti nados aos estudantes, e depois em Pergunta
laboratorios para os estudantes em outros pontos do campus. Antes de ofe- Quais os beneficios trazidos pelos cederrons?
recer_acesso mais amplo em rede sera preciso analisar cuidadosamente e
dinmir questoes relativas ao licenciamento. Outro ponto a ser examinado Resposta
diz respeito ao suporte aos usuarios, principalmente em estacoes de traba- Foram inumeros:
lho que nao estejam localizadas na biblioteca. 1 O cederrom oferece acesso muito maior a uma gama muito mais ampla
Pergunta de fontes de informacao e num formato de facil utilizagao.
Quais os tipos de usuérios que utilizam os cederrons? 2 Uma vez que os cederronspodem ser usados diretamente pelos usuérios
finals, servem, portanto, para aumentar 0 contato do pessoal docente e
Resposta discente com a tecnologia da informagao.
' . | ; - 4 1 - d

Todo mundo! O cederrom é popular entre todos os grupos de estudantes, 3 E muito mars provavel que os estudantes utilizem indices em ce errons
tanto os que participam de uma variedade de programas de ensino quanto do que seus equivalentes impressos. Em geral, o cederrom melhorou a
0s que sao estudantes de pesquisa. O corpo docente esta bem menos repre- imagem da biblioteca como um recurso de ‘alta tecnologia’ e ajudou a
sentado como usuario de cederrons, no entanto, esta comegando a incluir promover 0 estabelecimento de ligagoes com outros servicos de apoio.
nos trabalhos que pede aos estudantes a coleta de informagoes por meio de
cederrons. As vezes isso provoca um pico de uso, rnas é algo aclministrével. Pergunta
Quais os fatores que deterrninaram a escolha dos lugares para coiocagéo das
Pergunta estagoes de trabalho? .
Como voce oferece treinamento aos usuarios?
3

l CEDERRONS 261
260 RECUPERACAO oat nvroamaciio
Resposta dlsponivels na rede, de modo que serzi possivel carregar um numero maior
As estagées de trabalho foram colocadas, em cada um dos campi, no lugar de cederrons e também acessar discos dlsponivels em todas as estagoes de
mais perto possivel do balcao de circulagao da blblloteca. Uma questao im- trabalho ligadas a rede da faculdade. O MMU Library Service empenha-se em
portante era a disponibilidade de seguranga, supervisao e suporte. Além dis- reexaminar a questfio do acesso aos cederrons e 0s esquemas de licen-
so, era importante que houvesse tomadas elétrlcas e de llgagao com a rede. ciamento para a lnstltuigao como um todo, e futuros progressos que ocor-
rerem na faculdade serao afetados pelo resultado desse reexame.
Pergunta
Quais os fjfoblemas com que vocé se deparou? Entrevlstadora
Obrlgada por falar acerca da lmplementagao dos cederrons em sua
Resposta blblioteca. lsso de fato exempliflca inifimeras questoes que cercam a
Foram poucas as dlflculdades iniciais. Uma boa relagao com 0s servigos de implementagao de cederrons numa gama de bibliotecas diferentes.
informatica, forjada parclalmente por meio de um especlaiista em tecno-
A Entrevlsta reallzada em 1994
logia da lnformagao que faz parte do pessoal da blblloteca, fez com que nao
ocorressem problernas técnlcos graves e até mesmo questoes de somenos
eram rapidamente solucionadas. A lrnplantagao da rede de cederrom tor- Referéncia
nou-se atlva enquantoeram dados os retoques finals na reforma do prédlo Tenoplr, C. Has online made CD—ROM obsolete? Libraryjoltrnal, v. I21, n. 16, p. 33-
da biblloteca de Crewe. Era uma época atarefada: os problemas inlciais com 34, I996.
as impressoras foram rapidamente soperados orientando-se os estudantes a
salvar os resultados das buscas que tinham feito no espaco em disco de que ~ Bibliografia
dlspunham na rede e mais tarde imprlml-los em estagoes de trabalho no Adkins, S.L. CD-ROM: a review of the 1992 literature. Computer: in libraries, v. 13, n.
laboratorio de Iivre lngresso. 8, p. 2(%53, 1993.
Um problema mais perslstente fol a geragao de um numero muito maior Akeroyd, J. CD—ROM usage and prospects: an overview. Program, v. 23, n. 4. ll 357- UFMG
doaoéo
donforn
de pedidos de empréstimos entre bibliotecas. De lnicio isso absorveu 0 Il
376, 1989.
Armstrong, C.J.; Large, J.A. (fl)-ROM information products: an evaluative guide and
i‘-l*ML=NAlETELV
<o_A"i'=.@l
tempo do pessoal, mas deixou cle ser problema desde que se autornatizou Q
flC
0 servico de ernpréstimo entre bibliotecas. Tornou-se, porém, evidente que directory. Aldershot: Gower, 1990.
Batterbee, C.; Nicholas, D. CD-ROMs in public libraries: a survey. /lslib proceedings, v.
os estudantes nem sempre conseguem ser adequadamente seletivos na es-
47, n. 3, p. 63-72, 1995.
colha de itens a serem solicitados a outras bibliotecas. Atualmente, estamos Bevan. N. Transient technology? The future ofCD-ROM in libraries. Program, v. 28, n. __
I
fazendo uma experléncla em que os orlentadores fazem a trlagern dos 1, p. 271-28l, 1994. -
pedidos de empréstlmos a outras bibliotecas. ' Biddlscombe, R. Networking CD-ROMS in an academic library environment. British OTECA
BBL
Ce
de
Esco
a
journal ofacadernic librarianship, v.6, n. 3, p. 175-83, 1992.
Pergunta . Black, K. CD-Rom networking: the Leicester Polytechnic experience. Aslib informa-
Existe algo que vocé faria de outra forma caso estlvesse vlvendo de novo essa \ tion, v.20, n. 7/8, p. 288-290, 1992.
experiéncla? Brackel, P.A. Implications ofnetworking CD-ROM databases in a research environment.
South Africanjournal oflibrary and information science, v. 61. 11- ll P- 25-34»
Resposta 1 I994.
Nélo muito. Talvez tivéssemos podido prever os problemas com as impres- Bryant, G. Combining online and disc. Online ar1d(?l)—ROMrevr'ew,v. l7, n. 6, p. 396-
soras e evltado as diflculdades que ocorreram bem no iniclo nessa area. 398, I993. ‘
Budd, J.M.; Williams, K.A. CD-ROMS in academic libraries: a survey. College and res-
Pergunta . earch libraries, V. 54, n. 6, p. 529~»S35, 1993.
Quais sao seus pianos para o futuro desenvolvirnento desse servlco? Carlton, T. CD-R on the cheap? (.'L>-rcomprofésnonal, v. 8, n. 4, p. 20-27, 1995.
-|-¢-¢- .-M. _.v Cawkell,_T.,'lfhc multimedia handbook. London: Routledge, 1996.
Resposta CD-ROM indexing and authoring systems. Digitalpublishing technologies, v. 1, n. 12,
Publicamos recentemente alguns gulas sobre cederrom destinados aos 12-16, 1996.
usuarios. Em futuro proxlmo, esperamos aumentar 0 nfimero de conectores
Y
t. l

262 RECUPERACAO on INFORMACAO

Clarke, K. New OVID sofiware from CD PLUS Technologies. (‘D—R{)Mpr0fe'Sslorlt1l, v. 6,


n. 6, p. 230-232, I993. -
Desmarais, N. The librarian ‘s (fl)-ROM handbook. Westport, Conn.; London: Meek-
ler, 1989.
Diamond, S. Creating text and image CD-ROMSI getting it right the first time. CD-
R0l\/Ipr0feS.i'l0m1i', v. 6, n. 6, p. l28, l30—131, 1993.
Slstemas de gerenclamento de documentos
Falk, l-l. CD-ROM recording in every library. The electronic library, v. l2, n. 5, p. 304-
307, I994.
Hanson, T.; Day, J. (ed) (fl)-ROM in libraries: management issues. London: Bowkt-:r~ OBJETIVOS ’ ‘T
Sflur, 1994.
Iasco, P. The lnternet as a CD-RUM alternative. Information today, v. l3. n. 3, p. 29-31, Os slstemas de gerenciamento de documenlos suportam a criacéo, armazenamento e
E996. subseqtlente recuperacao e dissemlnacao de documentos elou represenlacoes ou
Kirby, H.G. Public library case study: CD-ROM at Croydon Central Library. In: Hanson, metadados de documentos. Neste sentido, sao complemenlares aos servigos de bus-
T.; Day, J. (ed) (fl)-HUM in libraries: management issues. London: Bowker-Saur,
i994, p. 25-37.
cas em linha e outros meios de acesso a informacoes externas. Este capitulo focaliza
Knight, N.H. information metering: issues and implications. lnformotion services and suas caracterislicas baslcas e seu uso em aplicagoes relativas a gestao de docurnentps
use, v. I7, p. 1-4, I997. nas organizacoes. Essa é uma funcao que os gerenles de bibliotecas e inlormacao
Koster. D.D. CD-ROMS: stand alone or networked. Library media quarterly, v. 21, p. 2, podem desempenhar. Eles precisam envolver-se no gerenciamenlo tanto de fontes
p. E27-128, 1993. internas quanto extemas de informacao. Além disso, as organlzacoes desejarao com-
l
Lambert, J. Managing CD-ROM services in academic libraries. Jottrnolofl1'brar'y and l parlilhar alguns documentos com inslituicoes fornecedores e compradoras, bem como
information science, v. 26, n. I, p. 23-28, 1994. l outras com as quais mantenham uma relacao de negocios, de modo que as organi-
Large, J.A. Evaluating online and CD-ROM reference sources. Journal oflibrori'ansl1ip, zacoes precisam ler condlgoes de tornar seus documentos acessiveis, mas com
r v. 21, n. 2, p. 37-108, I939. seguranca. Essa acessibilidade pode ser obtida por meio da utilizacao da Internet ou
-—. The user interface to CD-ROM databases. Journal oflibrarianship and information
tecnologias de intranet, ou cederrons. A0 término deste capitulo voce:
science, v.23, n. 4, p. 222-235, 1991.
Lyon, E. Spoilt for choice? Optical discs and online databases in the next decade. Pro- — tera compreendido a natureza baslca de um sistema de gerenciamenlo de docu-
gram, v. 25, n. l. p. 37-49, 199i.
mentos e seu horizonte de aplicacoes
McBride, J. CD-ROM authoring and mastering: searching for the tools to bring it all toge-
ther. t.'lJ-RUM world, v. 9, n. l, p. 53-55, 1994. ' estara ciente das principais dimensoes do mercado de sistemas de gerenciamen-
McSean, T. CD-ROMS and beyond: buying databases sensibly. Aslib proceedings, v. 44, to de documenlos
n. 6, p. 243-244, Jun. 1992. - eslara clente dos recursos de um sistema de gerenclamento de documentos
—-; Law, D. Is CD-ROM a transient technology? Library Association record, v. 92, n. - estara a par dos principais aspectos da gestao de sistemas de gerenciamento de
I, p. 261-263. Nov. I990. documentos
Richards, T. Proliferation of CD-ROM retrieval sofiwarez stability at last. Computers in - lera examlnado, com cerla minticia, esludos de caso de sistemas
libraries, v. 15, n. 10, p. 61-62, 1995. - estara apto a refletlrsobre algumas das questoes baslcas sobre o futuro dos siste-
Ronen, E. Internet CD-ROM suryey. The electronic library, v. I2. n. 6, p. 372-373, 1994. mas de gerenciarnento de documentos
Rowley, J. Issues in multiple use and network pricing for CD-ROMS. The electronic libr-
ary, v. 13, n. 5, p. 433-487, i995.
Stratton, B. The transiency 0fCD-ROM? A reappraisal for the 1990's. Journal oflibro-
11.1 lntrodugao
riansltip and information science, v. 26, n. 3, p. I57-164, 1994. Os sistemas de gerenciamento de documentos sao meramente sistemas que su-
Worley, J. The CD-word: reflections on user behaviours and user service. The electronic portam a criacao, armazenamento e subseqiiente recuperacao de documentos cl
library, v. l4, n. 5, p. 4i l—4l3, I996.
ou suas representacoes em formato eletronico. Os documentos que tais slstemas
Wiedemer, J.D.; Boello, D.B. CD-ROM versus online: an economic analysis for publi-
gerenclam encontram-se em qualquer meio, inclusive textos, graficos, som,
shers. (.7)-RUM professional, v. 8, n. 4, p. 36-42, 1995,
Yeardon, J. Experiences with SllverPlatter Electronic Reference'Library at imperial imagens estaticas ou em movlmento, video ou combinacao destes na forma do
College. Program, V. Z9, n. 2, p. l69—l'l5, i995. um documento multlmidia. Assim, adotam-se esses sistemas em vasta gama de
aplicacfies na recuperacao de informacoes, desde o acesso a documentos ele-
‘El’?
-\. V

SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS 265


264 RECUPERACAO rm TNFORMACAO
Tabela 11.1 Fases do processo de gerenciamento e pubficagéo de
tronicos na Internet e inn-anew até 0 acesso a bases de dados em cederrons e ar- documentos na Internet
quivos pessoais e institucionais. Muitas das aplicagoes vistas em outros capi-
rulos deste livro adotam sistemas de gerenciamento de documentos. Aqui, da-se Fase Descrigio Iniciada por
atengfio as suas caracteristicas e sua aplicaqao em organizagoes com o objetivo
dc gerenciar seus acervos documentais. Este é o contexto em que é muito pro- Identificar ldentificar um subconjunto de do- Administrador dos
0 contefido cumentos a serem indexad0S sistemas
vavel que os gerentes de informaefio tenham de tomar decisoes quanto a seleqfio
e gestfio de sistemas dc gerenciamento de documentos. Em outras aplicagfies, as e colocados na Internet
Criar a base Definir um modelo ou estrutura de n Administrador dos
caracteristicas do sistema, como os recursos dc recuperagfio a ele associados, sistemas
de dados base de dados para a base de
influem na eficacia com que se pode acessar um recurso de infonnaefio, mas a
textos que armazenaré os indices
escolha relativa ao sistema em uso esta nas meios do produtor da base de dados. dos documentos processados
Muitos sistemas dc gerenciamento de documentos se relacionam de perto Alimentar a Fazer a indexagio e aiimentar a Administrador dos
com os sistemas de gerenciamento de bibliotecas e surgiram dos primeiros siste- base de dados base de dados com os indices sistemas
mas de recuperaefio de textos desenvolvidos em bibliotecas especializadas e dos documentos processados
unidades deinformagz"1o.Eram programas usados em sistemas antigos, para criar Habilitari Assim que os documentos tive- Usuério/cliente
serviqos de ‘resumes e indexaeio e outras bases de dados institucionais. publicar na rem sido processados e feitas
Apesar da importéncia crescente das solu<;6es baseadas em multimidia, Internet as devidas conexoes na Internet
muitos documentos que constam desses acervos siio em grande medida dc na- (isto é, TCP/I?) serzi criado um for-
muiério de entrada MTML como
tureza textual. O volume dc informagfies desse tipo cresce a um ritmo alarmantc interface pela qual 05 usuérios po-
e sua diversidade de forma, desde 0 memorando, carta ou artigo dc periodico, dem inserir 05 pedidos de busca
que, relativamente, carecem de estrutura, até documentos formalmente mais Processar os Quando os critérios de busca Usuério/cliente
estruturados, como reiatorios, cadastros ou livros, vem se ampliando continua- pedidos de 550 fornecidos a0 formulério HTML,
mente. Os documentos textuais eram antes gerenciados com as primeiras gera- busca 0 mecanismo de recuperagéo no
<;6es dc sistemas de gestfio dc documentos, entao denominados sistemas dc texto faz uma busca no reposito-
gerenciamemo de textos ou sistemas dc recuperagao de textos. Os sistemas de rio, que comumente inclui a
gerenciamento dc textos diferengavam-se de outros programas de gerencia- construgio da légica para a busca
mento de bases de dados devido a um conjunto de caracteristicas que supor- e sua tradugao (se for SQL) numa
linguagem de programagao nativa
tavam a gestzio eficaz de aplicagoes baseadas em textos. Essas caracteristicas Moslrar os resultados da busca na Usuério/cliente
Apresentar os
ainda se aplicam a sistemas de gerenciamento dc documentos: resultados forma de uma lista de ocorréncias
na qual os usuarios podem fazer
- a capacidade de trabalhar com campos de tamanho variavel e a expectativa as selegoes a fim de ver determi-
do que muitos dos campos dos registros serao de tamanho variével nado documento
- 0 acesso aos registros é norrnalmente fcito por intermédio de um arquivo in- Ver/importar Quando 0 usuério seleciona um Usuério,/cliente
vertido de chaves dc indice ou palavras do texto dos registros que compfiem 0 original item da lista de ocorréncias, 0
a base de dados mecanismo de recuperagio de
* uma série de recursos, que suportam a recuperagfio por palavras dos regis- textos transmite 0 documento so-
tros, recursos que se fazem necessaries a fim de atender ao fato de existir um licitado desde sua localizagfio
controle Iimitado quanto £1 forma como a chave dc busca aparece no registro original e apresenta-0 ao clienle
num formato visivel; se 0 usuério
- énfase no gerenciamento do uma ou vérias bases diferentes, quando a capa-
quiser importar 0 documento, faz
cidade dc extrair dados dc vérias bases afins nfio é essencial a aplicagfio um pedido a0 servidor, que ajuda
- aplicaeoes relativamente fixas, que exigem recursos limitados de progra- 0 navegador na Internet do cliente
magfio ou desenvolvimento de sistemas. a descarregar 0 arquivo
O5 sistemas de gerenciamento de documentos sfio cada vez mais utilizados
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS 267
266 RECUPERACAO DA FNFORMACAO
registros das organizagoes encontra~se em formato eletronico. Com freqiiéncia,
para confeccionar publicagoes de instituiooes, bem como distribuir e armazenar a organizaqao e recuperagao adequadas desses registros sao facilitadas por um
documentos. As etapas do processo relativo a preparagao dos documentos para sistema de gerenciarnento de documentos. E igualmente importante reconhe-
que neles se faeam as buscas estao representadas na tabela 1 1.1. Em primeiro cer que esse sistema riao seré empregado isoladamente no ambito das ativi-
lugar, 0 criador do sistema projetara um ambiente de base de dados apropriado l1 dades dos sistemas de informaeao da organizaeao. Talvez seja necessario trans-
I
e implantara ferramentas de suporte as buscas dinirnicas e a indexaqfio, como os ferir mutuamente dados do sistema de gerenciamento de documentos para
tesauros. A seguir os documentos serao 1l'lCil.£ldOS marcados e convertidos aos
I . outras bases de dados e sistemas afins que também fimcionem na rnesma orga-
formatos apropnados. A seguir, a indexagao, provavelmente com texto integral, nizagao. O sistema de gerencian_1ento_de documentos é mera parte do ambiente
eriara ulna base de dados, que sera deseompactada e ajustada para sér'apre- global dos sistemas de informagao.
sentada no formato apropriado. Isso pode incluir a Internet, cederrom, uma rede
local ou uma de longa distancia. 11.3 Analise dos sistemas de gerenciamento de documentos
Os principais pontos para os quais deve atentar um sistema de gerencia-
Existem mais de 200 pacotes de gerenciamento de documentos nos mercados
mento de documentos sao
europeu e norte-americano. E dificil apresentar um total exato, uma vez que,
1
- a integragfio de plataforrnas mistas de computador numa mesma instituieao 1 embora alguns pacotes se enquadrem claramente na categoria de sistema de
- controle dos documentos a partir de quando sao publicados, inclusive ques- gerenciamento de documentos, existem outros que contem apenas algumas das
toes relativas a seguranga e atualizaqao caracteristicas desejaveis. Existe uma grande variedade de pacotes, que rodam
- acesso e recuperaeao eficazes quando os documentos sao solicitados. principalrnente em plataformas UNIX ou Windows. Alguns destinam-se a su-
portar 0 gerenciamento de grandes bases de dados, distribuidas e compar-
Reflexao Examine um conjunto de atas de reunioes de uma c0mis- tilhadas, de organizaooes intemacionais, além de possivelmente oferecerem
séo preparadas numa instituigéo que vocé conhega. Quais acesso a usuarios externos a organizagao. Outros destinam-se ao uso indi-
os tipos de controle que precisam ser exerciclos sobre 0 vidual. Alguns tém sua origem na criagao de bases dc dados bibliograficos e
acesso a esses documentos? posteriormente de texto integral, que antigarnente se denominavam sistemas de
gerenciamento de textos ou de reeuperagiio de textos. Outros tém uma linha-
11.2 Apiicagoes de sistemas de gerenciamento de documentos gem cujas raizes remontam a criagao de documentos e editoragiio eletronica.
A figura 1 1.2 relaciona alguns dos principais sistemas de gerenciamento de
A_ figura 11.1 relaciona algumas das mais variaclas areas de aplicagao dos sis- documentos, bem como os respectivos fornecedores. Muitas vezes 0 preeo é um
temas de gerenciamento de documentos. A figura 11.2 mostra as apllcagoes bom indicador do mercado potencial e do tamanho cia base de dados que o
clisponiveis de um sistema de gerenciamento depdocumentos. Cada instimieao programa consegue gerenciar. Pacotes baratos destinados a microcomputadores
é diferente e sua necessidade de gerenciamento e publicagao de documentos monousuério podem custar algumas centenas de dolares. Os sistemas multin-
sera exclusiva. Algumas instituieoes possuem vérias aplicagoes especificas, suario de grande porte, destinados a suportar imensas bases de dados, custam
como, por exemplo, manuals de manuteneao, que precisam ser atualizados e desde alguns milhares de dolares ate mais de cento e cinqiienta mil dolares.
publicados numa rede de centros de manutengzao ou fornecedores; outras Essa grande varieciade ressaita a ampla gama de aplicagoes para as quais um
possuem urn grande arquivo institucional de registros relatives a pessoas, como prograrna como esse é adequado. A maioria dos sistemas grannies nao é vendida
0s arquivos mantidos pelo servigo cia reeeita federal. Ambos os tipos de estru- por um prego fixo. Especifica-se uma faixa de pregos, mas 0 pre<;o final de
tura sao importantes para a organizaeao, mas, no segundo, 0 sistema pode ser deterrninada configuraeao dependeré dos requisites desse sistema. Com todas
mais essencial para seus processos operaeionais e de funcionamento. Ha tam- as complexidades que lhes sao inerentes, 0 preqo dos cederrons e do acesso em
bém aplicagfies de pequena escala que sao usadas, por exemplo, por pesqui- linha sao faceis de compreender quando comparados com os pregos dos pro-
sadores para criarem suas proprias bases de dados bibiiograficos. E importante dutos SGD. A grande questao é a necessidade que 0 desenvolvedor do programa
reconhecer que muitos dos dados com que lida uma organizagzao sao de natu- tem de abranger todo tipo de aplicagao para a qual pode ser usado um produto
reza textual, embora nem todos estej am disponiveis em formato eletronico. N50 com consideravel conectividade. A figura 1 1.3 mostra os pl'B§IOS do Personal
obstante, corn a ampla utilizaeao nos escritérios de praticas que requerem 0 uso Library Software. lsso mostra a necessidade de quotar pi-egos para cada um dos
cle equipamentos eletronicos, como 0 processamento de textos, correio eletr6-
nico e intercambio eletronico de dados (EDI), urn numero cada vez maior dos
l

SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS 269


268 RECUPERACAO DA INFORMACAO
Tabela 11.2 Alguns sisternas de gerenciamento de documentos 7*
Administragao Finanqag i Fornecedqr
- 1 Sistema ,
Localizacio de correspondéncia Antecedentes de crédito askSam AskSam Systems
Preparacio de manuais Pedidos de orgamento de capital BASIS information Dimensions lnc.
i Propostas e procedimentos Pianos de negécios 3 Cm; cams Text and Library Systems
DB/TextWorks Svulrvfl
Iuridica Fabricagéo Clearview and Clearnet Authoring and Retrieval Clarinet Systems Ltd
Suporte a questées judiciais Controle e planejarnento de projetos Insight Enigma-Sumitomo UK
‘ Anélise de controle Descrigio de processos - Tmnb - ~ .. EOS International
Preparagao de peticoes lnformacao para vendedores M115 El-ll'illS 5 A
Cumprimento de exigéncias legais Especificagfies FOUO FOLIO
Localizagio de leis Processes de garanlia de qualidade l Qua Fretwell Downing Informatics Ltd
i Hf_A[)FAs‘[ Head Software International
Marketing Pessoal ‘ QDAE lnfoware C-mbh
Analise competitiva Cadastro de competéncias Recall Plus |"5'-1“ Lid
Localizagao de clientes efetivos/potenciais Localizagio de curriculos
Muscat Muscat Ltd
Anailise de estuclo de atitude Politicas de beneficios para o pessoal pLWeb Systematic Datasearch Ltd
Descrigfies de produtos , Programas de auto-instrugio Zylmage Zyuls
Analise de questionério Analises de desempenho WELIVISION Abflius 5°ft\"/are Ltd
Reference Manager V V Research Information Systems _
Ciéncias e engenharia
Resumostécnicos
Artigos de periédicos r Pregos do PLS (em délares norte-americanos)
Remissivas para pesquisas Personal Librarian
Inform;-1§fiE:S sobre patentes 1-5 usuarios 495 cada
Resultados de reacées 6—30 175 cada
31-100 115 cada
>100 50 cada
Figura 11.1 Algumas are-as de aplicagéo de sistemas de gerenciamento Estagoes de recuperagéo adicionais
de documentos y 50-115 cada, dependendo do mimero de usuérios
i Estagées cle indexagaio adicionais
l Documentagio exigida por normas internas 50-175 cada, dependendo do nilmero de usuirios
Procedimentos e normas bancarias PiWeb S 000-15 000, dependendo da cru
lnformagées financeiras de empresas PLWe b-CD 5 000 alicenca, mais direitos a serem negoc iados portitulof disco ou usuario
Documentagio da manutengao de sistemas de defesa PL Sync Utililario de expansao para a Rede 2 000,00 _
Enciclopédia de safide e seguranga ocupacional Caltable Personal Librarian '
Conferéncia de cheques e arquivamento de assinaturas Ucenqa do desenvolvedor 20 000,90
Manuais de manutengéo e reparo cle trens sistemaoperacional adicional S 000,00
Anuario da bolsa de valores com estatisticas financeiras da empresa i Suporte an ual necessério 4 000,00
Manual interno de politica de crédito PersonalAgents
Documentagio de manutengio e reparo de turbinas a jato da série PW 4000 14 000,00—35 000,00, dependendo da cru
Manual médico de cirurgia e de medicina em gerat ‘ Licengas de cederrons
Experimentos de pesquisa e outras informagoes gerais sobre produtos agrfcolas Plano A
‘ 10 000 por titulo, como crédito para o pagarnento de direitos
15% de direitos sobre a receita liquida do disco
Figura 11.2 Aplicagées que utilizam o INSIGHT (de Enigma Information 1 S00 de taxa de suporte anual/atualizagio
Retrieval Systems) ‘ Piano B
10 000,00 por titulo, como crédito para pagarnento de direitos
diversos modulos, e abranger diferentes quantidades de multiplos usuarios, bem 25,00 de direitos por disco, mais 5,00 por disco de atualizacio (rI15X-1 5,09/a"°)
como de desenvolvcdores, administradores de bases de dados e estagoes de 1 500,00 de taxa de suporte anual/all-w|iZiI§50
trabalho para realizaeao de buscas.
Muitas vezes talvez seja mais convenientc comprar alguns modules e, pos- ' Figura 11.3 Estruturas de pregos do sistema PLS de gerenciamento de
teriormente, acrescentar-lhes outros. Muitos dos grande sistemas estao no mer- i documentos
WT"
¢

SISTEMAS DE GERENCIAMENTO 012 DOCUMENTOS 271


Z70 RECUPERACAO DA [NFORMAC /R0
lndexagéo
- Limitagées quanto aos termos de indexagao, por exemplo, tamanho
Reflexéo O que deve orientar os pregos dos_sistemas de gerencia- -_ Listas de palavras pruibidas
mento de documentos? - Listas de palavras permitidas
' Recursos para 0 tratamento de nomes pessoais e de entidades
cado ha mais de I5 anos, e gozam de certa estabilidade. Alguns sistemas para ' lndexagao com linguagem controlada e natural
microcomputador, principalmente aquelas para os quais existem outras versées ' Selegéo de campos para indexagéo e marcagao _
que rodam em méquinas maiores, também estao disponiveis ha vzirios anos. No - Definigao das caracteristicas de indexagao dos campos
entanto, surgem novos sistemas e outros morrem neste seior do mercado. - Controle de autoridade de termos de assuntos, indicando sinfinimos,
A lista 11.1 resume algumas das caracteristicas principais dos sistemas dc homénimos, termos genéricos e especfficos
gerenciamento de documentos numa forma que se presta para ser empregada
como uma lista basica de critérios quando da avaliagao desses sistemas. Mais Recuperagfio da informagéo
adiante faremos aIguns'comenté.rios sobre alguns dos pontos mais importantes. ' Operadores de busca booleanos
' Buscas limitadas a campos
LISTA 11.1 ' Buscas por proximidade
~ Truncamento
Critérios de avaliagéo de sistemas de gerenciamento de documentos ~ Buscas de amplitude
i - Histérico das buscas
1 Definigéo da base de dados - Gravar buscas
- Recursos basicos ' Recursos de ajuda em linha e documentagao
° Quais os parémetros que se acham especificados na definigao? - Exibigéio de indice
' Quais os parémetros que serao modificados depois que os dados ti- - Exibigéo de tesauro
verem sido inseridos? - Emprego de termos reiacionados durante as buscas
' Exibigéo da estrutura de dados ~ Hipervincuios
- Modificagao da estrutura de dados, tanto antes quanto depois de a ' Busca de notas
base de dados ter sido montada ' Modos de busca para diferentes tipos de usuérios
~ Base de dados relacional
Recursos de saida
2 Encrada de dados ' Exibigao de resuitados em tela pré-f0rmHt8d8
' Telas pré-formatadas ' Tela de resultados definida pelo usuério
' Telas definiveis pelo usuério ' Opgao de publicagéo em cederrom
- Recursos de edigao e processamento de texto - Opgao de publicagéo na Rede
' Alteragao facil de registros existentes ' Formatos de saidas impressas, tanto pré-formatados quanto defini-
' Eliminagao fzicii de registros existentes dos pelo usuério
' Recuperagéo imediata corn todas as chaves ' Formatos especiais de irnpresséo e outros recursos para DSI
~ \/erificagao de registros em duplicata ' Recursos para criagao de tabeias e analise estatistica
~ Campos definidos peio usuério
' Campos de tamanho variavel e fixo Seguranga
-
' Exter|s6e5 de campo flexiveis _
6 - Senhas
' Opgées de multimidia - Niirneros de identificagéo dos usuérios
- Ernprego
»
do Windows para prestar ajuda 'e exibir iistas de autoridade i
' Acesso apenas para ieitura
- Areas protegidas da tela, por exemplo, rotulos ~ Acesso restrito a certas bases de dados, registros e/ou certos campos
- Vaiidagao de dados i

__ i
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS 273
272 RECUPERAC./3x0 DA INFORMAQAO
7 Outros recursos Os termos de indexagao coristituem um dos elementos dc dados a serem
' Outros recursos, como interface arnigavel para 0 usuario, suporte inseridos. Certos campos do registro serao reservados para a entrada de tennos
da linguagem controlada de indexagao. Esses tenrios serao extraidos de u.m
adefluado 9 C0rT1patibi|idade de equipamentos, sao comuns a todos
tesauro ou obra similar. A indexaeao seré facilitada se 0 tesauro estiver em for-
_ .'__. PECOTBS dB progra mas e foram relacionadas no capitulo 4. mato eletronico e puder ser consultado durante a entrada cle dados, mediante,
por exemplo, a exibigao numa janela da parte pertinente do tesauro. A utiliza-
S"P°ft¢ B manuteneao sfio importantes para qualquer components de um sis-
eao de tesauros constitui um mecanismo de controle de qualidade que aumenta
§1;1;*;6IQsf0(;"::1'll@::)Z:1r<i(:‘.1;°; tggfa aineualfde manutengao riormalmente cobre as atua-
a coeréncia na atribuigao de termos de indexagao na base tie dados. A maioria
conceituados acbham-se emtzlontifiuirecq outros tipos deocorrer
suporte.uma
OS arualiza-
slstmjnas dos sistemas cria arquivos invertidos para esses termos. A indexagfio automa-
_ revisao e é comum
tica no texto de certos tipos de atributos, pode estar disponivel em atributos
930 Q0 programa a cada ano mais ou menos. Outras fonnas de suporte incluem:
"como texto, autor e data. A maioria dos sistemas emprega uma lista de palavras
$$£°e:;r?;i(<;'-n(C:1(iJIl:=;?1:1llt?)rp:g tilisfong, manuais, treinamento no l0cal,_lIeina-
proibidas, a qual 0 gerente dc iriformaefio pode acrescentar outras, para eiiminar
0 custo desses recursos sao img oggnte ubuanog Evldem‘emen'te: fa quahdade ‘e entradas supérfluas nos arquivos invcrtidos. Alguns sistemas empregam uma
oriasuportedos fornecedores de ranges 5'istes, lista de palavras permitidas como base da indexagao automatica, e sornente os
de mas admiwsegem emasemfcomo Sua c!lsp0mb'mdade‘
0 erece razoavel \r:3.l'1€d8d8 deA tipos
mal-
termos presentes nessa lista serao acrescentados ao arquivo invertido. Termos
s geral que, para os usuarios dc sistemas mais sim-
plesresolver seus problernas, basta o manual que acompanha esses sistemas. que nao aparegam na lista de palavras proibidas ou na lista de palavras
E preciso que a captura ou entrada de dados se fapa de modo eficiente e permitidas serao exibidos para serem estudados.
:’(:ll1°r;11elnF£lcf'=1S¢I;i:‘piintgiiiigi iggr as eititrada Elie documentos deve ser a definigao dos
Reflexao Explique a diferenga entre uma lista de palavras permitidas
cessa vimos-tipos de documsmtilemaj e gjrpnciamento de ciocumentos pro- e um tesauro.
msl O ti d d , ca a um e es com uma variedade de atribu-
S P05 e ocumentos normalmente inciuem comporientes tanto de docu-
gf2€piifi:;ug1;ag:(suq£:litgsmistos, com: tgxto, imaigens e objetos multimidia. Os fornecedores de programas com experiéricia maior em editoraefio do que em
gestao de documentos estruturados oferecem uma ampla gama dc recursos de
aos documentos , como autorsiitt Os meta editoraqao eletrfmica. Entre esses recursos podemos ter:
, ulo, data, acategoria,
OS que‘ saoresumo,
empregadof
versaopara écesso
e nivel de
seguranga. As opgoes normais para captura ou entrada dos documentos sao: - mesas de trabalho visuais onde 0s documentos podem ser facilmerite dispos-
tos para a ordenaeao dos capitulos
' Zmdmlljai pelo teclado ou outro dispositivo de entrada, como um escaner
Va os importados de outro sistema, como os dc um servieo de buscas em - catélogos de livros que gerenciam grupos de documentos
linha - facilidade de acesso a certos formatos, como processamento de Lextos, tabe-
I entraga, por processamento em lotes, de material de bases de dados externas las, diagramas e graficos -
jlnga a com pacote de processamento dc textos ou outro pacote dc base de - ferramentas avangadas que suportem a criaeao de graficos e imageris.
a os. Os pacotes mais completes possuem uma arquitetura orientada a objetos. O tra-
E imponante
~ . _ para atualizagao
contar com reetirsos de edieao, . s dos registros,
. e balho em grupo é SLlpO[‘E&dO por recursos apenas de visualizaefio, combinado
que ainda oferegam a possibilidade de rotulos e campos protegidos, bem como com anotagfio. Também é possivel dispor de suporte em varios idiomas e recur-
va 1'1d3(;30* de dados em atguns campos. Aiguns sistemas
~ apresentam restrieoes
_ - sos especiais que servem para a criagzao de documentos SGML, alguns dos quais
quanto ao tamanho do registro, o mimero dc campos por registro e outi-35 carac-
gerenciam objetos documento ao coritrario de documentos completes.
-

tderés' 1'icas do registro


' - - no caso de ' bases de
que podem causar problemas serios Outras caracteristicas que se tomam cada vez mais importantes em sistemas
[ha is dz texto integral. E preciso que tambérri existam caracteristicas seme- que gerenciam documentos ao coritrario de criarem registros incluem:
O an es‘ te supgrtz a entrada de dados num sistema de catalogaeao ou qualquer - controle de versao - gerencia versoes de documentos em seu ciclo de vida
u rno sis ema e _ase de dados. E preciso
- dispor
- tie mecanismo
- de detecgao
_ de - controle de acesso — permite difererites tipos de acesso e implementa politi-
registros em duplicata, para 0 caso de registros ou documentos extraidos de uma cas de seguranea para acesso seguro aos documentos
variedade cie fontes que, provavelmente, tenham cobertura parecida.
274 RECUPERACAO DA INFORMACAO
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO ore DOCUMENTOS 275
- rastreamento — rastreia o acesso e alteracao nos documentos, criando um
sitivo importante para determinar as visualizacoes de documentos que cada
historico que atende aos requisites de auditoria
- gabaritos — define tipos e fiingzoes padronizadas de documentos, bem como usuario tem na base de dados. Alguns usuarios terfio acesso apenas para leitura,
define propriedades coerentes de aplicaeao. enquanto outros terao permissao para alterar dados. S50 categorias importantes
de usuarios as de produtor, consumidor e administrador. Tendo em vista as
Assim que os dados tiverem sido inseridos e indexados deverao estar dispo- categorias de uso mencionadas, 0 consumidor pode ter acesso apenas ao autor
niveis para ser utilizados. As buscas em linha responderao por umaparte signi- e titulo, 0 produtor pode ter acesso tlambém a data, categoria e resumo, e o
ficativa do uso da maior parte dos sistemas. Neste contexto, é importante a administrador, a versao e seguranca. E importante que isso possa ser B51-‘@515-
gama de recursos para recuperacao da informacao. Quase todo recurso de bLE¢a cavel. As principais rriedidas de seguranpa adotadas sao as serihas e nurneros de
se acha presente em praticamente todos os grandes sistemas, porém existem identificacao dos usuarios. A entrada no sistema com seguranea é 11"] Pam
omissoes ocasionais das quais 0 comprador potencial deve estar ciente. Alguns registrar qualsquer tentativas de violaeao da seguranca. A criptografia d6 Clfid0S
incluem recursos especiais, como suporte a buscas em linguagem natural e bus- é caracteristica de alguns sistemas de gerenciamento de documentos.
cas difusas. Em sistemas pequenos, embora tenha havido um grande aumento Alguns sistemas também dispoem de programas que automalllflm 0 fl11X°
de funcionalidades nos ililtimos anos, talvez so se ache disponivel uma selecao de trabalho relativo ao gerenciamento de documentos e suportam escanea-
dos recursos possiveis de recuperaeao. O tamanho da base de dados, sua area mento e captura de documentos. _ _
tematica e as preferéncias dos usuarios devem ser levados em conta ao sele- O objetivo maximo é 0 gerenciamento total da inforrnaqao. lsso sigriifica
cionar 0 pacote com o subconjunto relevante dc recursos de recuperaeao. que 0 fornecedor cle um sistema de gerenciamento de documentos deve oferecer
O projeto de interface é fator importante para realizar uma busca de modo uma série de modules integrados ou garantir que os dados armazenados no
eficiente. A maior parte dos sistemas de gerenciamento de documentos oferece sistema sejam processados por outros programas. As interfaces com varies
agora interfaces grzificas, que apresentam as varitagens de recuperacao da in- tipos de programas administrativos, como os dc processamento de texto e as
formaqfio relacionadas no capitulo 7. Alguns sistemas oferecem interfaces dife- planilhas eletronicas, sao amplas. Muitos sistemas também funcionam com
rentes para categorias diferentes de usuérios, como, por exemplo, especialistas programas de correio eletronico, importacao de dados e recursos fgraficos
e novatos. Alguns contam com interfaces multilingiies. Alguns também tém interface com programfls de PF0<=@$$flm°"I° dc Im_a5¢"5,
Outros produtos de uma base de dados podem aparecer em formato impres- contabilidade, modelagem financeira, e estruturas quimicas. Ha urna impor-
so. Naturalmente, a variedade de saidas potenciais depende da natureza dos tante linha divisoria entre os sistemas que sao comercializados JUTIEO com
registros da base de dados. A maioria das saidas impressas serao listas forma- sistemas de gerenciamento de bibliotecas e que tem como alvo quem é e quem
tadas dos registros da base de dados. Alguns sistemas oferecem varies formatos nao é gerente de informacoes de empresas.
predefinidos que podem ser selecionados pelo gerente de informaeao, Outros
sistemas, além disso, permitem aos usuarios ou aos gerentes de informacao 11.4 Recursos de recuperagzio _
projetar seus proprios formatos. Alguns sistemas possuem uma complexa lin- Os recursos de recuperaeao concernentes a um sistema cle gerenciamenlo C18
guagem de relatorios, que permite grande flexibilidade na apresentaqao de documentos sao essenciais a seu funcionamento eficaz e, de fato, servem para
relatorios e até uma certa analise dos dados gerenciais. Alguns sistemas tarn- diferenca-lo de outros sistemas de bases de dados. Esses recursos eram antiga-
bém oferecem recursos destinados especificamente a suportar a geraeao de mente exclusives de sistemas de gerenciamento de textos elbuscas em lrnlra.
notificacfies de DSI e indices impressos. Ambos os topicos serao examinados Com 0 advento de uma conectividade cada vez maior, muito l'TlfllS uSuflrl05
mais detidarnente no capitulo 12. precisam de recursos complexes de buscas a ‘medida que procuram abrir
A seguranca é importante em qualquer ambiente multiusuzirio de base de caminho em meio a uma enormidade de conhecimentos. Por conseguinte, um
dados. O primeiro nivel de seguranea diz respeito a seguranca da base de dados. numero cada vez maior dos recursos dc buscas que antes eram exclusives dos
Certas caracteristicas, como a restauracao automatica apés uma pane do sis- sistemas de =verenciamento de textos encontra-se hoje em dia . HOS ITl¢¢a1'l1$m°5
tema, sao importantes para manter a integridade da base de dados. O acesso a de buscas na Internet e em sistemas de acesso publico a bibliotecas. No entanto,
base de dados é outro aspecto da seguranca dos dados. Os melhores sistemas os sistemas de gerenciamento de documentos continuam a‘aperfes<;_oar seus
proporcionam acesso selecionado, conforme 0 grupo usuario, a bases de dados, recursos de indexagao e busca. Alguns oferecem recursos de indexagao exclu-
documentos, registros ou campos que hajam sido devidamente especificados. sivos, como indexacao em qualquer campo, bem como combiriacoes de indexa-
Assim, a definicao antecipada de tipos e atributos de documentos é um dispo- can automatica, indexagao com marcadores (termos selecionados do texto
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENYOS 277
276 RECUPERACAO DA INFORMACAO
1 Producao da base de dados, inclusive a estrutura e compilaeao dabase; sao
manualmente), indexacao manual com palavras-chave e indexacao relacional. importantes a exatidfio e sistematizacao.
Sao importantes a construcao e mariutencao de tesauros, que podem, por 2 Implementacao em computador, ou especificarnente 0 sistema que torna
exemplo, possibilitar o lancamento automatico de termos preferidos e macro- os dados disponiveis.
terrnos (grupo geriérico). O ernprego de interfaces graficas facilita a edicao das
3 Recuperaciio e utilizacao em linha, ou 0 sistema pelo qual os dados sao
estratégias de buscas, recuperacao de conjuntos anteriores de buscas, pesquisa selecionados e empregados; isso sera afetado peia experiéncia do usuario fl-
a esmo, bem como seleeao e destaque de documentos relevanres para impressao nal nas areas de tecnologia, metodologia e corihecimento do assunto.
posterior ou importacao para uma base de dados pessoal.
Para aqueles sistemas de gerenciamento de documentos que antigamente 11.6 Gerenciamento e publicagio de documentos, e tecnologia de
riao ofereciam buscas de hipertexto, essa foi uma das grandes inovaqoes intro- intranet e Internet
duzidas nos iiltimos anos. Esse recurso é importante em qualquer interface dc
busca para clientes e em outros contextos em que o sistema de gerenciamento A mudanca de énfase, do acewo para 0 acesso, seguiu-se uma mudanca de foco
de documentos seja usado na Internet ou numa intranet. Normalmente, chega— nos aplicativos de gestao de documentos para publicacao. Muitas dessas
se ao hipertexto mediante um clique no vinculo de hipenexto. Numa base de atividades de publicacao ocorrerao agora em ambiente cle Intemet ou intranet.
dados multimidia, esses vinculos de hipertexto podem ser figuras, imagens, Que atrativo oferece um sistema de gerenciamento de documentos nesse
planilhas eletrénicas e documentos elaborados com processadores de textos. ambiente? Qual a diferenca entre esses produtos de recuperacao de textos na
Outros recursos recentes incluem a ‘busca dc anotacoes‘ [note search], que Internet e mecanismos de busca, como Yahoo e Lycos, os quais funcionam em
permite ao usuario coletar termos selecionados no resultado de uma busca e acervos de documentos HTML? Contudo, as ferramentas de indexacfio e recu-
utilizzi-los como base para outra busca. peracfio que funcionam excluslvamente com HTML térn limitaeoes. No ambiente
As fases identificadas na tabela 11.1 sao uma boa representacao dos ele- erripresarial, ha enorme quantidade de documentos que nae estao estruturados
mentos da edigao de documentos neste contexto, porém os elementosrda apli- em formato HTML, como os gerados com processadores de textos e planilhas
cacao do gerenciamento e edicao de documentos variam de um sistema para eletrénicas. Se tais acervos forem grandes talvez nae seja viavel conveité-los
outro. Elspecificamente, ha variacoes: para HTML, ou, se estiverem sendo mudados, nao convenha gerir um processo de
conversao em curso. Nesses casos, Yahoo e Lycos nfio podem indexar on reali-
- na localizagao dos indices dos documentos, que podem ser colocados local- zar buscas nos documentos. Os produtos para recuperacao de textos na Internet
mente no servidor do aplicativo ou remotamente com os dados suportam a inclexacfio de documentos nao-estruturados e oferecem aos usuarios
- na forma como as corisultas sao submetidas; os pedidos podem ser apresen- desses indices recursos de busca em texto complete. E possivel fazer buscas
tados num formato de pergunta que pode ser interpretada pelo mecanismo diretan-iente no formato original do documento que também pode ser posto na
de recuperacao dc textos, que varia desde bases de dados comerciais até Internet com um formulario de buscas em HTML. Tais recursos facilitam aedicao
bases que adotam a conectividade aberta para bases de dados (ODBC) que de documentos produzidos pela organizacao para uso na Internet ou intranet.
aceitam consultas-padrao em SQL . Os programas-cliente de buscas podem ser instalados em qualquer micro-
- no suporte de fiingoes administrativas, como seguranca, faturamento e en- computador remoto conectado por meio de rede a base dc dados central do sis-
trada no sistema e administracao de bases de dados tema de gerenciamento de documentos. Qualquer que seja a quantidade de
- apresentacao e visualizacao de documentos; os documentos seriam conver- clientes, eles devem poder realizar buscaslsimultaneainente na base de dados do
tidos para o formato HTML e entao indexados, ou convertidos de modo dine’:- sistema de gerericiamento cle documentos, sem que isso interfira na atualizacao
mico durante a recuperacfio, ou nao convertidos, mas visualizados com tec- ou outras atividades que estejam sendo executadas na base dc dados. Os siste-
nologia apropriada de visualizacao mas de gerenciamento de documentos, ao contrario de outros sistemas do recu-
- a gama de recursos de busca. peracao dc informacbes, como os catalogos publicos ou documentos eletronicos
publicados em cederrom (ver a seguir) e sistemas de buscas em linha, precisam
11.5 Qualidade da base de dados ter condicoes para suportar clientes que permitam a execugio de funcoes de ad-
A medida que se expande a quantidade de bases de dados, tomam-se cada vez ministracao da base de dados e dos sistemas. Além disso, cenas opcoes, como a
mais exigentes as expectativas acerca da sua qualidade, que deve ser alcancada seleeao, pelo usuario, dc cores e fontes, podem suportar variagoes no ambiente
em trés dominios: , de busca de modo a adapta-lo a um usuario especifico do microcomputador.
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS 279
278 RECUPERACAO DA INFORMACRO
11.8 A geréncia de aplicagbes de gerenciamento de documentos
11.7 Saida em cederrom
Os sistemas do gerenciamento de documentos estao sujeitos as mesmas fases de
Os modulos de saida em cederrom permitem aos produtores de bases do dados ciclo de vida de outros sistemas informatizados de infonnaqao. Como vimos no
criar uma versfio que possibilita buscas que serao armazenadas em cederrom. capitulo 6, essas fases sao:
Este produto pode ser comercializado, 0 que constitui caminho imponante dc
edigao eletronica para indmeras bibliotecas e outras organizagoes envolvidas - analise
;. <-__'-.I:‘._:.'.-‘. ¢,
i2
na criaeao dc arquivos de dados exclusivos que sejam comercializaveis junto a - projeto
1
pessoas fisicas e juridicas. Esse produto incluiré uma versao dqprograma do ~ implementagio
sistema de gerenciamento de documentos que permite ao usuario efetuar buscas - evolugfio operacionai ‘
I na base de dados. A edigfio de cederrons feita no préprio local foi facilitada pela - declinio
disponibilidade cada vez maior de unidades de cedés gravaveis. - substituigao.
'1 Existem alguns fatores especificos dc cedés que podem afetar a selegao dc
A geréncia de sistemas de gerenciamento de documentos abrange todas essas
um produto apropriado de gerenciamento de documentos:
fases do ciclo dc vida. Anélise, projeto e impiementaeao sao importantes, mas
I Nem todo programa que produza arquivos de trabalho no disco rigido do a evoluqfio operacional é a fase mais longa. Durante esta fase as principais
microcomputador presta-se a ediqao de cedés. questoes que se colocam para 0 gerente de informagtao provavelmente dirao
2 N50 ha necessidade de recursos que facilitem e acelerem a indexaqao, por- respeito ao monitoramento, manutengao e planejamento. Existem quatro com-
que o usuario final niio esta atualizando ou indexando a base de dados. ponentes em qualquer sistema:
3 Alguns pacotes de gerenciamento de documentos vém amarrados a ferm-
- usuarios
mentas de autoria. Isso deixa 0 editor preso a um imico produtor, porém essa
- programas
integragfio pode levar a uma maior eficiéncia.
- equipamento
- bases de dados. .
LlSTA11.2 7
Fatores exigidos de sistemas de gerenciamento de documentos para a Todos precisam ser obj eto de monitoramento e manutengfio para que o sistema
edigao de cederrons continue a funcionar de modo eficaz. Relacionemos algumas questoes especi-
ficas que exigem ateneao:
Capacidade de processar consultas compiexas
Se 0 contefido pode ou deve ser estruturado em arquivos, cada um inde- 1 Monitoramento e, quando necessério, melhoramento do desempenho do
xado separadarnente sistema‘ Isso exige a realizagao de testes que garantam que a configuraqfio
Se 0 sistema é de uso geral ou se foi projetado especificamente para aplica- do equipamcnto é satisfatoria e que foram adotadas estrururas apropriadas
gées em cederrom de bases de dados visando ao melhor dos desempenhos. Na medida em que
Quais os tipos de dados que podem ser importados, vinculados ao texto, e crescem as bases de dados e se alteram o mimero e a natureza dos usuarios,
editados no disco ‘ talvez seja preciso fazer aj ustes nos procedimentos ou amp!iar 0 equipa-
Quais as ferramentas de autoria que estao disponiveis mento. O monitoramento deve identificar quaisquer desencontros que este-
Qual 0 grau de facilidade para trabalhar com a tecnologia no proprio local jam ocorrendo entre o sistema e as necessidades da geréncia e dos usuarios.
Até onde é possfvei personalizar a aparéncia e 0 jeito 2 Monitorarnento e aj uste da qualidade da base de dados. A cobertura e atua-
Se as fungées de recuperagao e saida podem ser personalizadas lidade dos dados sao importantes. Outros aspectos a considerar incluem
Se existem vinculos corn prograrnas de contagem de uso exatidao e seguranga.
A possibiiidade de criar discos que rodarao em mais de uma plataforma de 3 Monitoramento da utilizagfio do sistema. Quem utiliza 0 sistema e quais as
computador, com verséo adequada de tempo de execugao para cada" informagoes que dele sao extraidas? Como os dados sao utilizados? Os
distribufve! no cedé usuarios do sistema sugerem areas que precisam ser mais desenvolvidas ou
A possibilidade de processar HTML e mover-se de modo inconslitil entre 0 areas probleméticas que exijam solugoes?
material rnantido no cederrom e a Internet/intranet.
280 RECUPERACAO DA INEORMACRO SISTEMAS DE GERENCIAM ENTO DE DOCUMENTOS 281

4 Manutengao da competéncia dos usuarios na utilizaeao eficaz do sisten-1a.E Ievantes, como os que visitam exposigoes. As bases cle dados também preci-
necessario que a documentaeao se mantenha atuallzada e que cursos regu- sam ser incluldas em cadastros de bases de dados e guias cle recursos dispo-
Iares de trelnamento estejam a disposigao dos novos usuarios e daqueles que niveis na Internet. Os discos de dernonstragao tem sua utilidade.
precisam atualizar seus conhecimentos. '
E dificil fazer generalizaqoes relativas a gestao de sistemas de gerenciamento de
S Manuteneiio de programas. Ha uma parelha de preocupaeoes nesta area: a
informacoes textuais devido a ampla variedade de areas de aplicacao, que vao
implementacao de versoes atualizaclas dos programas, e a negociaoao dos
desde pequenos sistemas de uso pessoal ate sistemas multiusuario muito maiores
problemas decorrentes das utilizaeoes desses programas corn finalidades
e que atendem a milhares de usuarios. Os grandes sistfmas funcionam em
um pouco diferentes daquelas para as quaisforarn testados e analisados.
ambiente onde outros sistemas de informaeao também séacham em funciona-
6 Manutengao do equipamento. E importante, para a conquista de conflanea
mento. Talvez disponham de processadores dedicaclos, mas as bases de dados
no sistema, que a reparacao dos defeitos que surj am se faea de modo eficaz.
suportadas por sistemas de gerenciarnento de informaqoes textuais quase com
7 Manutencao das bases de dados. E preciso incluir regularmente novos da-
certeza serao acessadas por intermédio de uma rede no ambito da organizagao,
dos nas bases que foram criadas. Uma das principais atividades durante a
através da qual os usuarios também acessam outras bases de dados e aplicaooes.
evolueao operacional do sistema sera a atualizagao, edigao e eliminaefio de
Neste contexto, a gestao do sistema de gerenciamento de informagoes textuais
registros das bases de dados. No caso de violaeao da seguranca ou se as ba-
devera estar integrada ou ter interface com a geréncia dos sistemas de inf0m1a-
ses forem avariadas, deverio ser envidados esforeos para sanar a situagfio.
cao da organizacao como um todo. O ideal é que a instituiqao se valha do plane-
8 O monitoramento dos avangos tecnologicos constitui uma das fases preli-
jamento estratégico de sistemas de informagao com a finalidade de desenvolver
minares do planejamento, visando a incorporar novas caracteristicas ao sis-
uma estrategia de sistemas de inforrnaeao que suportara os objetivos dessa ins-
tema local.
tituiqao. Os sistemas de gerenciamento de documentos ocuparao Iugar de desta-
9 O planejamento de qualquer sistema importante sofre alteraeoes a medida
que nessa estratégia de sistemas de informaeao.
que se alteram os objetivos da organizagao, e os sistemas precisam adaptar-
Num ambiente onde a instituiqao haja desenvolvido uma estratégia de siste-
se para incorporar essas muclangas.
mas de informaefio, a gestao de sistemas de gerenclamento de documentos esta-
Dentre as questoes especificas que precisam ser levadas em eonta quando da ra incluida na geréncia geral dos sistemas de informagao da instituieao. Isso
publicaeao de bases de dados na Internet temps: influira na atuagao do gerente de informaeao e no grau de controle passivel de
ser exercido sobre 0 sistema de gerenciamento de documentos, para melhor ou
1 Acesso. Garantir nao so que 0 acesso as bases de dados seja estavel, mas para pior. N50 obstante, as questoes relacionadas acima ainda precisam ser
também que os usuarios somente tenham acesso aos arquivos no servidor objeto de exame, caso se queira manter um sistema eficaz.
para os quais estejam autorizados. Deve haver seguranga que impeoa o aces-
so a informaooes sigilosas, como os registros de pessoal e de finan1;as.A 11.9 Dois exemplos de sistemas de gerenciamento de documentos
velocidade de busca é também crucial, o que exige um servidor de arquivos
CAI RS
suficientemente poderoso.
2 Qualidade e manutenqao da base de dados, inclusive indexaefio apropria- Ha muito tempo 0 CAIRS vem oferecendo recursos que abrangem tanto o geren-
da, precisam, no ambiente da Internet, exatarnente da mesma atengao que ciamenro de documentos quanto de bibliotecas. Suas 0pt;6eS abrangem:
merecem em outros contextos.
3 Suporte, muitas vezes na forma de ajuda em linha, mas possivelmente tam- - CAIRS-IMS — sistema de indexaeao e recuperagao em textos livres
bém acompanhado de documentagao impressa. Muitas vezes tambérn é ne- ' CAIRS-LMS ~ sistema de gerenciamento de bibliotecas
cessario que haja a opeao de contato por telefone ou correio eletronico quan- - CAIRS-MDS,C[L1C oferece um sistema de vinculos de hipertexto entre dados
do as coisas nao dao certo. E imponante, também, que haja comunicaeao mantidos num sistema CAIRS e um recurso multimidia externo no mesmo
com os usuérios acerca de novos avangos. computador ou rede local
4 Marketing. E preciso fazer a promoeiio das bases de dados. Os canais dis- - CAIRS-TMS e CAIRS-ARC — gerenciamento de textos e imagens Para coleeoes
poniveis para isso incluem mala direta e quadros de avisos eletronicos. Ou- de arquivos e museus _ ‘
tros canals. como as noticias para a imprensa e recepeoes, ainda sao impor- - CAIRS-TLMS - sistema combinado de gerenciamento de bibliotecas e de tex-
tantes, do mesmo modo que quaisquer contatos com grupos de usuarios re- tos para bibliotecas industriais, universitarias e ptlblicas de grande porte
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS 283
282 RECUPERAC/30 on INFORMACAO
BASISPLUS
- CAIRS-Retriever— programa de buscas para clientes baseado em interfaces
graficas O BASISPLUS foi desenvolvido e é comercializado pela Information Dimensions
' CAIRS-CDS — programa de criagao e buscas em cederrom como um sistema de gerenciamento e recuperagao de documentos destinado a
- CAIRS-WEB — suporra edicao na Rede. todos os setores de uma instituicao. O programa destina-se ao gerenciamento
de documentos eletronicos, numa variedade de formatos, e criados, por exem-
Muitas das caracteristicas do CAJRS sao compartilhadas por varios desses pro- plo, por aparelhos de fax, computadores de grande porte, microcornputadores,
dutos. O CAIRS-IMS é o sistema de indexaeao e gerenciamento de documentos. fotocopiadoras e até mesmo maquinas de escrever. Como um sistema abran-
O CAIRS-IMS é descrito como um sistema de indexacfio e recuperacao de tex- gente en integrado de gerenciamento de documentos:
tos livres, que se presta para aplicacoes em rede, em que muitos usuarios aces-
sarao a mesma base de dados. E possivel criar catalogos projetados pelo usuario - localiza documentos facilmente, independentemente de como ou onde te-
e indexados de varias formas. Além de autor, titulo e ISBN, qualquer campo su- nham sido gerados
porta indexaqfio, inclusive texto Iivre, frase, indexaoao automatica e marcada, ' realiza atualizaeoes instantaneas
indexaeao manual e inclexaeao relacional. E‘. possivel distinguir entre autores - encontra sempre a versao mais recente
multiplos e corporativos, e os titulos e resumos podem ser indexadas por cada - garante que outros tenham acesso a qualquer documento revisado
palavra com 0 uso de Iistas de termos proibidos que fazem parte do programa. - protege documentos sigilosos ou de circulaeao restrita
Conta com um sistema de construeao e manutengzao de tesauros, que permite - registra o historico dos documentos
o Iancamento automatico de termos preferidos e macrotermos. Também suporta - exibe simultaneamente graficos, imagens e textos
relaooes genéricas e especificas com recursos auxiliares de busca e termos - distribui documentos para qualquer numero dc aplicativos de apresentagfio
relacionados. Possui recursos de busca aleatoria integral e expansfio de busca - distribui 0 processamento para obter a maior utilizacao do equipamento.
automatica.
Os sistemas de busca para especialistas e neofitos servem para todos os A Information Dimensions alega que o “BASISPLUS baseia-se nos cinco pilares
niveis de usuarios. As caracteristicas comuns incluem buscas totalmente boole- do gerenciamento e recuperacao de documentos: localizacao, gestao, controle
anas, conj ugadas, edicao de perfis, revocacao, expansao, busca aleatoria, sele- e distribuieao de infonnacoes, em ambiente integrado”. A seguir examina-
qao e destaque. Outras caracteristicas incluem geraeao de boletins e indices, remos cada um rapidamente.
DSI, seguranea, modos de comandos e menus, edicao de dados, importaeaol
exportaeao e geracao de relatorios. Usado com o CAIRS-MDS 0 CAIRS-IMS pode Localizagao de documentos
gerar hipervinculos com fotografias, imagens, documentos gerados com pro- O BASISPLUS oferece toda a gama de recursos de busca que se espera cncontrar
cessadores de textos e planilhas eletronicas. num sistema de gerenciamento de textos. E pOSS1VCl fazer buscas de palavras e
O CAIRS-Retriever pode ser usado como um acompanhante-cliente do expressfies especificas no texto, e:
CAlRS—IMS, e ser instalado em qualquer microcomputador remoto conectado por
meio de rede a uma base de dados CAIRS. E possivel rodar simultaneamente - fazer buscas no sumario do documento
qualquer quantidade de clientes CAIRS-Retriever na mesma base de dados CAIRS. - fazer buscas em qualquer parte do documento, como titulo, autor, data de
E possivel instalar controles por meio de uma configuraoao protegida por senha, publicacao, revisao ou numero de edicfio
perrnitindo buscas cruzadas em bases de dados, buscas em campos e seleqao de - Iocalizar informacoes com base em qualquer palavra, expressfio, assunto ou
opcao de saida, formatos de dispositivos traclicionais de saida, opcoes de valor numérico
truncamento e descritor de campo. Junto com uma série de controles, que podem - fazer buscas mediante a grafia fonética das palavras
alterar 0 ambiente de busca para adaptar-se a usuarios especificos do micro- - consultar indices a iim de captar idéias quanto a possiveis termos de busca
computador, vem a possibilidade de 0 préprio usuario selecionar cores e fontes. - fazer buscas com prefixos, sufixos ou curingas incorporados em cadeia
Existe 0 recurso comutavel de busca de anotacoes que permite ao usuario coletar - expandir os termos de busca, seja com o emprego automatico de tesauros,
termos selecionados da saida, os quais serao depois utilizados em outra busca, se seja seietivamente com a criagao de tesauros personalizados ou com 0 em-
necessaria. Suporta buscas orientadas a conjuntos completes, os quais podem prego de tesauros comerciais.
ser incorporados a expressoes de buscas. O Retriever pode utilizar buscas, em
tesauro e indice, do tipo pesquisar e selecionar.
It l"

SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS 235


284 RECUPERACAODAINFORMACAO -
A terceira forma dc distribuicao é o processamento por cliente-servidor, no
Ceréncia da colegao de documentos qual os recursos de maquina sao compartilhados por uma rede. Os programas-
O BASISPLUS funciona como urn gerenciador de informacoes. Quando urn cliente no BASISPLUS incluam interfaces para usuarios, dicionarios de dados,
documento é modificado, o BASISPLUS automaticamente coloca a nova versao ajuda sensivel ao contexto e estratégias de busca clefinidas pelo usuario.
do documento na base de dados e imediatamente faz as alteracoes necessarias
no arquivo do indice. Também monitora quando e quem faz as rnodificacoes. lntegragao
I Na eventualidade de uma pane no equipamento, o BASISPLUS reconstitui a cole- A integracao tem varios aspectos. Uma questao importante é a possibilidade de
l can cle documentos segundo sua situacao original rnediante a repassagem dos
registros cronologicos da base de dados. Gararite que toda a coiecao de docu-
mentos estara intacta e que os documentos recuperados serao atuais e exatos.
suportar interfaces que rodem numa grande variedade de estacoes de trabalho.
As interfaces do BASISPLUS variarn desde uma poderosa interacao mediante
comandos até interfaces graficas.
Exibe e exporta o texto de qualquer documento em formato legivel, e tambem O BASISPLUS também oferece um conjunto de ferramentas para o desenvol-
suporta a norma de Formato de Intercambio de Documentos Digitais. Todos os virnento de aplicativos. Por exemplo, oferece uma linguagem de quarta geragao
documentos compostos que incluam atributos, como fonte de tipos e referéncias orientada a recuperacao de textos, um aplicativo completo de programacao de
a graficos, fotografias, ilustracoes e imagens, sao manipulados a contento. interfaces, e pré-compiladores de liriguagem principal para FORTRAN e COBOL.
As imagens também se destacam no documento totalmente integrado. Os
Seguranga sistemas de gerenciamento de documentos devem permitir sua integracfio com
O acesso controlado a uma colecao de documentos torna-a mais compani- sistemas de imagens. O sistema de gerenciamento de documentos é o elo entre
lhavel. O BASISPLUS permite que grupos de documentos ou documentos iso- a imagern e a pessoa que faz as buscas. Com 0 emprego do BASISPLUS sao locali-
lados sejam protegidos tanto contra leitura quanto copia. Uma protecao flexivel zadas imagens ao fazer buscas em:
dos documentos é especialmente importante quando existem varios colabo-
- etiquetas autogeradas, como, por exemplo, numeros em formato de irnagem
radores redigindo o mesmo documento. Os autores precisam conferir simulta-
- legendas de imagens
neamente as partes que lhes correspondem em busca dc modificacoes. Os
- palavras-chave que descrevem a imagem
leitores precisam saber quando estao examinando documentos que se acham
- texto integral associado a imagem.
em revisao, e as panes revisadas de um documento tem de ser colocadas ime-
diatamente a disposicao dos interessados, tao logo sua revisao esteja concluida. O BASISPLUS foi projetado para ser portatil entre plataformas dlferentes. Uma
parte de seu codigo esta escrita especificamente para utilizar os servigos nativos
Trabalho distribuido de entrada/saida, manipulacao de caracteres e gerenciamento de mernoria para
A distribuicao pode significar uma de trés coisas. E possivel distribuir: cada plataforma de servico de buscas. Assim, é possivel portar 0 BASISPLUS em
diferentes plataformas sem perda dos recursos do equipamento proprietario.
- documentos entre dispositivos diferentes
- partes de documentos entre pessoas 11.10 O futuro
- o processamento por uma rede.
A medida que um numero cada vez maior de organizacoes reconhece o valor do
E preciso que os documentos que contenham objctos mistos com texto, ima- gerenciamento eficaz de seus acervos de documentos eletronicos, torna-se cada
gens e graflcos sejam visualizados, desde que o terminal suporte sua exibicao. vez mais importante o papel dos sistemas dc gerenciamento de documentos. E
As estacoes de trabalho, desde os terminals mais simples nae-programaveis até provavel que um numero consideravel dessas aplicacoes sera suportado por
os altamente inteligentes, devem permitir a exibicao dos documentos. tecnologia intranet, em virtude de ela oferecer o enorme atrativo representado
Outta forma de distribuicao é a extracao de secoes formatadas dos docu- pela independéncia em matéria cle plataforma. Organizacoes de grande porte e
mentos a serem compartilhadascom uma populacao de usuarios. Por exemplo, de ambito internacional sempre contarao com uma mescla de plataformas e
com o BASISPLUS podem-se recuperar todos os documentos criados ao longo dos geracoes de estacoes de trabalho. Por conseguinte, a questao crucial que se
ultimos doze meses, e de cada um deles extrair 0 autor, titulo e data. Isso sera, coloca para os fornecedores de sistemas de gerenciamento de documentos é
entao, apresentado em formato de relatorio e distribuido por meio de correio saber se essas aplicacoes utilizarao as versoes mais recentes de sistemas conso-
eletronico ou exportado para um arquivo externo.
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS 287
286 RECUPERACAO DA INFORMACAO
Iidados de gerenciamento de documentos ou se os novos produtos intranet retarnente para as bases de dados. Para que 0 texto do documento seja reco-
absorverao uma parcela importante do mercado. nbecido caractere por caractere, a exatidao do processo de escaneamento é
bios uitimos anos, as preocupacoes com o desenvolvimento de novos recur- crucial. I-loje, as melhores maquinas oferecem boa precisao, mas, para al-
sos tem se concentrado em: gumas aplicacoes, talvez ainda seja preciso submeter o texto escaneado a
um trabalho de edicao e verificacao. O reconhecimento optico de caracteres
1 Projeto de interface. Ao longo de menos de uma década houve uma transi- esta alimentando a criacao de grandes colecoes de documentos eletronicos
sicao das interfaces extremamente hostis baseadas em comandos, acornpa- das organizacoes. Essas colecoes exigem sistemas de gerenciamento de do-
nhadas de manuals de instrucoes impressos iguaimente tediosos, para inter- cumentos que administrem nao so a publicacao e recuperacao, mas tambérn
faces coloridas, multimidia e graficas, que incorporam recursos de ajuda, os as funcoes de arquivamento e descarte.
quais podem vir na forma de um tutorial a ser ligado e desligado ao gosto Edicao na Internet e em intranets. Existe tecnologia que suporta a ampla
do usuario. S50 bastante comuns tipos diferentes de interfaces que supor- publicacao de documentos das organizacoes, nao so para os usuarios de
tam buscas feitas por néofitos e usuarios experientes. Embora os sistemas instituicoes globais, mas também para comunidacles de clientes e fomece-
atuais constituam um avanco importante em comparacao com os amigos, dores internacionais. A0 longo dos proximos anos as organizacoes haverao
ainda ha espago para a realizacao de pesquisas mais aprofundadas que re- de tomar decisoes sobre como utilizar essa tecnologia. Isso exigira a formu-
sultem em melhorias do projeto, a medida que se reunam mais informacoes lacao ou revisfio de politicas de acesso a informacfio, bem como cuidados
sobre as formas como os usuarios interagem com essas interfaces. Com o com as diretrizes e praticas relativas a seguranca.
tempo, certos conceitos, como o de logica booleana, serao do dominio até Edicao de trabalhos feitos em grupo. Os fornecedores comecam a reexa-
mesmo de usuarios novatos de determinado sistema, que terao menos pa- minar a faceta de criacao de documentos do gerenciamento docurnental e a
ciéncia com interfaces que nao oferecam total funcionaiidade no caso de incorporar caracteristicas que suponam a criacao de documentos baseada
buscas que exij am alta precisao e revocacao. Os usuarios estarao dispostos em equipes. A medida que cresce a demanda pela criacao de mais documen-
a aprender, e as interfaces deverao suportar o aprendizado que for neces- tos em formato rnultimidia, também deverao tomar-se mais complexos os
sario para que todas as pessoas que facam buscas iancem rnao de toda a fun- recursos para edicao de trabalhos de grupos.
cionalidade dos recursos de recuperacao. Sera necessario que 0 sistema de i 7 Aumento do uso de publicacoes hibridas, inclusive o emprego de caracte-
ajuda incorporada a interface avalie o nivel de compreensao do usuério e risticas encontradas ern discos e em linha, necessarias para suportar a inte-
reaja dc modo com pativei. gracao de acesso a dados em formatos diferentes. Isso incluira recursos de
2 Sistemas abertos. Os sistemas iniciais de gerenciamento de informacoes indexacao que deem acesso a dados armazenados nos diferentes forrnatos.
textuais rodavam numa gama impressionante de sistemas operacionais e As estratégias de precos dos sistemas de gerenciamento de documentos
plataformas de eqnipamento, e, para o fornecedor de programas, a manu- sao impressionantemente complexas, refletindo tanto os aplicativos de ges-
tencao de todas as versoes do pacote constituia verdadeiro desafio. A0 Ion- tao quanto de edicao desses sistemas. Outros segmentos da industria da
go dos iiltirnos anos verificou-se uma tendéncia geral no sentido de desen- informacao comecarn a reconhecer que a complexidade das estratégias de
volver sistemas que rodem sob sistemas operacionais padronizados como precos nao goza de popularidadejunto aos clientes, sej am eles empresas ou
UNIX e Windows. lsso facilitou a manutencao dos programas e aumentou a usuarios individuals. Essa questao precisara ser reexaminada.
portabiiidade entre diferentes plataformas de equipamento. Outro elemen- Crescente globalizacao, com apiicativos que suportem organizacoes que
to de portabilidade é a capacidade de mover documentos entre sistemas. funcionem em mais de um pais. E cada vez mais premente a necessidade
Aguardam-se novos avancos que suportem sistemas abertos. de gerenciar documentos em mtiltiplos idiomas.
3 Manipulacfio de multimidia e imagens. O armazenamento de dados em Maior integraeao dos recursos de edicao e gerenciamento de documentos,
cederrons e suportes afins melhora bastante as possibilidades de integracao a fim de criar um processo inconsiitil de reuniao, gestao, recuperacao, dis-
do armazenamento e recuperacao de textos, graficos, imagens e video. A tribuicao e publicacao. Para alguns produtos isso estara iigado a maior
maioria dos sistemas mais avancados oferece recurso de muitimidia. Area complexidade de recursos de entrada de dados e criacao de documentos.
de grande interesse para pesquisa, que trara inovacoes para os sistemas nos Maior integracao com a tecnologia de servidor da Web, para oferecer
proximos anos, e' a de indexacao do contefido de documentos multimidia. oportunidades na Rede que proporcionem acesso inconsilitil a informacao.
4 O reconhecimento optico de caracteres (ver capitulo 2) melhorou sensi- Por exemplo, a pona de comunicacao BASIS WEBserver é totalmente inte-
velmente nos iiltimos anos. Os documentos podem agora ser escaneados di- grada com 0 Microsoft lnternet Server (HS) e 0 Netscape Enterprise Server.
v"' “:2”

SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMBNTOS 289


288 RECUPERACIKO DA INFORMACAO
ESTUDO oz CASO ore IMPLEMENTAQKO: MERCK, SHARP AND
DOHME
RESUMO
A Merck, Sharp and Dohme (MSD), subsidiéria briténica da empresa norte-
Os sistemas de gerenciamento de documentos sao um ti po de programa de com- americana Merck and Co. inc., incorpora o Neurosciences Research Centre
putador destinado a suportar a criacao, imanutengao e utilizagao de bases de da- (NRC), em Harlow, divisao especializada dedicada ao descobrimento e de-
dos. Para suportar a recuperagrio répida em bases de dados textuais e multimfdia, senvolvimento de medicamentos para doengas neurologicas. O NRC é uma
os sistemas de gerenciamento de documentos caracterizam-se pela capacidade das mais importantes unidades de pesquisa da MSP. A0 defrontar 0 pro-
de manipuiar dados de tamanho variavel, indices baseados em arquivos inver- blema da gestao da informagao, 0 NRC solicitou 51 Information Dimensions
tidos, uma série de recursos de recuperagao muito aperfeigoados e aplicagoes implantar um sistema informatizado de gerenciarnento de Informa<;ao._
relativamente fixas. Os sistemas variam desde apiicagoes baseadas em micro- O sistema foi projetado com a adogéo do BASIS. O BASIS Intranet Solutions
computadores monousuario até aquelas baseadas em computadores de grande
é o acréscimo mais recente ao sistema e dota o MSD de uma rede de comu-
porte que servem a varies miihares de usuérios. As aplicagfies do gerenciamento nicagao interna segura, com busca Inconsfrtil em seu proprio acervo de do-_
de documentos incluem pubiicagoes eletronicas, arquivos de documentos de pes- cumentos internos bem como na Internet. Esse acréscimo do BASIS constitui
soas jurfdicas e sistemas de informagoes de pessoas fisicas. Aspectos importan-
uma integragéo do BASIS Document Manager da Information Drrnensrons
tes desses sistemas sao: preco, suporte, recursos de entrada e de saida de dados,
com o Netscape Server, e permite, no érnbito da empresa, 0 acessoa re-
recursos de recuperagao da informagao, interfaces e 0 gran com que esses siste-
cursos das bases de dados BASIS e IMAGE que armazenam e manipulam Infor-
mas podem ser integrados ou interfaceados com outros programas. Exigem-se
magoes textuais e materiais de pesquisa formados por imagens. Este melho-
caracterfsticas especiais para apiicagoes de Internet/intranet e publicacao de ce- ramento é 0 estadio mais recente do desenvolvimento do sistema de Infor-
derrons. As questoes relativas a geréncia concentram-se no monitoramento, ma- magao que comegou no Library and Research Information Centre. do NBC.
nutengio e planejamento. A estabilidade e 0 marketing sao questoes de interesse A ampla biblioteca local atende ao departamento de ousmIca,’bI0—
especffico das aplicagoes na Internet. O capitulo termina com a descrigao de dois quimica e farmacologia e gerencia os milhares de publicagoes cientificas
sistemas de gerenciamento de documentos: CAI RS e BASISPLUS.
soiicitadas pelos Ieitores. Além de gerir material existente na prépria b!b|I0-
teca, o pessoal coordena 0 acesso a materials existentes em bibiiotecas e
QUESITOS oe Rtvrsao centros de informagao fora da instituigao. Antigamente, os registros e proce-
dimentos internos para soiicitar materialjunto a outras fontes eram predomi-
1 Quais as caracteristicas que definem os sistemas de gerenciamento
nantemente baseados em papel, sendo o catalogo em linha de Iivrosda
de documentos?
biblioteca a Bnica base de dados. Apos os estudos iniciais da Information
2 Relacione as principais questoes envoividas rIa selecao de sistemas
de gerenciamento de documentos. Dimensions, o sistema de empréstimo entre bibliotecas foi totairnente Infor-
matizado em margo de ‘I993. O Information Dimensions BILLp|uS —ferra-
3 Quais as duas principais categorias de sistemas de gerenciamento de
documentos? menta de armazenamento e formatagao de dados do BASIS -_— Foi P860-
nalizado para atender as necessidades da biblioteca. Essa aplicagao obe-
4 Relacione algumas areas de apiicacao dos sistemas dc gerencia-
mento de documentos. Explique como um sistema desses seria em- deceu aos requisitos de formato do NRC e os de outras bibliotecas, embora
pregado para proporcionar acesso 2'1 base de dados ou documento
rodasse na rede vax existente. Essa fiexibilidade inicial facilitou ciesenvoiver
o sistema passo a passo. A partirdesse desenvolvimento, 0 BASIS tem geren-
criado com 0 suporte do sistema de gerenciamento de documentos.
gado pedidos de material que nao se acha disponivel internamente e pro-
5 Anaiise a questao da seguranga em reiagao a um sistema de geran-
porcionado aos usuarios da biblioteca uma interface simples WIt1d0W5
ciamento de documentos.
para fazer encomendas a fontes usuais externas, como a British Library,
6 Por que é preciso um sistema de gerenciamento de documentos no
Royal Society of Chemistry e British Medical Association. O pessoal tem
acesso a bases de dados peia Internet?
7 Identifique algumas das questoes a serem levadas em coma quando condigoes de utilizar 0 sistema para monitorar a situacao do ernprestimo e
da publicaefio de bases de dadosna Internet. dos pedidos. De modo crftico, a informatizagao facilitou muito mais a avalia-
gao do uso dos materiais, 0 que permitiu ao pessoal tomar decisoes funda-
8 Anaiise o desenvolvimento futuro dos sistemas dc gerenciamento de
documentos.
mentadas sobre quais periédicos e livros adquirir. A retroaIimenta§5° °feIe'
SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE DOCUMENTOS 29]
290 RECUPERACAO DA INI=oRiviAi;Ao
A implementacao do BASIS Intranet Solutions foi vista como 0 passo
cida pelo sistema BlLLpluS possibilitou avaliar as necessidades e servir de base natural seguinte no desenvolvimento do sistema de informagoes institucio-
para 0 desenvolvimento do BASIS Desktop implantado em 1995. nais da MSD. Novos avangos estarao centrados em recursos de recuperagao
O BASIS Desktop ofereceu a cada pesquisador do NRC 0 acesso a infor- de textos e outros aspectos de um servigo completo de Ifll0FF"a§a°-
macoes constantes de bases de dados por meio de uma tela fécil de usar, do
tipo 'pesquisar', baseada em Windows, que as apresentam com uma amos- Bibliografia
tra sumaria dos campos. Os pesquisadores podem consultar a lista de acervo
de periodicos a fim de verilicar a disponibilidade do material na biblioteca, Ashford, J.A.; Willet, P. Text retrieval and document databases. Bromley: Chartwell
Bratt, I989. '
bem como compulsar a lista de ‘livros novos’, atualizada regularrnente pelo
CD-ROM indexing/authoring system. Digital publishing techniques, v. I, n. 12, p. I2-
pessoal da biblioteca, a fim de tomar conhecimento dos materials mais re- I6, I996.
centes clisponiveis. O sistema é totalmente interativo, permitindo as pessoas Cox, I. Publishing databases on the Internet. Managing information. \’- 2, 11- 4, 13- 30-
comunicar os pedidos de empréstimos interrios e externos ao pessoal da 32, I995.
biblioteca mediante um simples clique no titulo solicitado. O beneficio mais Crane, .i.A. Selection of a text retrieval system in two user environments. Journal ofin-
admiravel de levar a informagao ao usuério final por meio do BASIS Desktop formation science, v. I7, n. I, p. 93-104, I991.
é constatado no ‘service de noticias’: um servigo abrangente que oferece Cunningham. S. Electronic publishing on CD-ROM. In: International Conference on
acesso em linha as ultimas noticias do mundo da medicina e da ciéncia. Digital Media and Electronic Publlslling. Weetwood Hall Conference Centre,
Compreensivelmente, a resposta ao amplo acesso a irilormagao essen- Leeds, December I994. London: British Computer Society, p. 56-74,‘ I995.
Granick, L. Assuring the quality of information dissemination: responsibilities of data-
cial a pesquisa oferecido pela empresa constitui estimulo que parte de todas
base producers. lnformation services and use, v. ll, n. 3. 11 I17-135. 199l~
as divisoes. Com o pronto acesso a informagoes sobre disponibilidade de Jasco, P. Who's doing what in the CD-ROM publishing realm. Computers in libraries, v.
materials de pesquisa, passou a ter sentido estudar a possibilidade de colo- I6, n. 9, p. 55-56, 1996.
car em linha mais inforrnagoes que interessassem a toda a empresa. Iden- Kimberley, R. Integrating text with non-text: apicliire is worth IX words: proceedings
tificou-se 0 BASIS Intranet Solutions como a resposta para as necessidades da ofthe Institute oflnformalian Scientists Text Retrieval '85 Con_/erencc. Lflfldflni
MSD. O BASIS Intranet Solutions, ja usado pela Merck and Co. na base de da- Taylor-Graham, I986.
dos do Clinical Literature Information Centre, foi implantado como ferret- -— (ed) Text retrieval: a directory ofsoftware. Aldershot: Gower, I990.
menta de uso comum. Destacam-se as caracteristicas relativas a informagoes —-— at al. (ed.) Text retrieval in context: proceedings ofthe Institute oflnformation
Scientists Text Retrieval '84 Conference. London: Tflylflf-Graham» 1935-
disponiveis na biblioteca, como material importante compartilhado pela
Luncleen, G.; Tenopir, C. Managing your information: how to design and create textual
intranet. Os usuarios finals acessam as informagoes pelo servidor da WEB em databases on your microcomputer. New York: Schuman, I988.
seus proprios terminals, compativeis com IBM-PC ou Macintosh. - Marcoux, Y.; Sevigny, M. Why SGML? Why now’? Journal ofthe American Societyfor
De uma perspectiva mais ampla, 0 BASIS Intranet Solutions também ofe- Information Science, v. 48, n. 7. p. 534-592, I997-
recia conexao com a Internet. lsso proporcionava aos pesquisadores vin- Nkereuwem, E.E. Theory and practice ofcataiogulng library material by using TINLIB
culos com periodicos disponiveis na Rede além de sitios especificos exter- software. International cataloguing and bibliographic control, v. 26. n. 3, p. 66-
nos na Rede, proporcionando fontes adicionais. O acesso a essas fontes 67, I997.
alternativas na Rede propicia a MSD uma extensa gama de recursos, inclusive Rittberger, M.; Rittberger, W. Measuring quality in the production ofdatabases. Jour-
nal ofinforrrration science, v. Z3, n. I, p. 25-23, I997.
fora do dominio cientifico, com informagoes sobre negocios e outros temas.
Rowlands, I. (ed.) Text retrieval; on introduction. London: Taylor-Graham, I987.
~ Outra vantagem importante do recurso intranet é proporcionar aos pes- Tenepir, C, Priorities ofquality. In: Basch, R. (cd.) Electronic information delivery:
quisadores o compartilharriento de relatérios, memorandos, analises e infor- ensuring quality and value, part III: Quality testing. Aldershot: Gower, I995, p.
magoes gerais pertinentes a comunidade de pesquisa da MSD, indepen- I I9—l39.
dentemente do lado do Atlantico em que estejam. Embutida no sistema, Wainwright, J. An enquiries management database at the House ofCommons Library
uma caracteristica de protegao de seguranga limita 0 acesso a alguns desses using BASISPIus. Program, v. 3i, n. 3, p. 21 I-226, 1997.
'grup0s de discussao’. junto com 0 correio eletronico, 0 BASIS proporciona Watson, J. Evaluating Internet text retrieval products. Document world, I996.
um métoclo inigualavel de comunicagao répida e grande alcance. Willet, P. (ed) Document retrieval .S‘}'Sl€fl1.§'. London: Taylor-Graham, 1988.
Além de recursos baseados em textos, do BASIS, é possivel também esca-
near para a intranet, a fim de serem vistas por usuarios individuais, imagens de
documentos e relatorios de pesquisas internos mantidos na base de dados IMACE._
TNDICES IMPRESSOS E SERVICOS DE NOTIFICACAO CORRENTE 293

grandes organizaqfies produtoras dc resumos e indices, a informatizapfio dos


12 I
indices e da indexaofio proporcionou notéveis ecorlomias no processo do pro-
dugao e acumulaqflo de indices. Originalmente, a produgfio de indices era uma
operaqao isolada, mas, hoje em dia, muitos constituem simplesmente um pro-
indices impressos e servigos de duto de uma série de produtos extraidos de bases de dados.

notificagéo corrente Reflexio Relacione alguns tipos de documentos que utiiizam indi-
e s e ces impressos. e —

OBJETIVOS | Apesar do crescimento das buscas em linha, por aigum tempo ainda haveré
E
:!
buscas para as quais a consulta a um indice impressa seré mais barata e mais
A tecnologia cia informagéo tem sido empregada em infimeras novas areas de aplicaoéo simples. Vairios pontos de acesso sao usados nos indices impressos. Os mais im-
com a finalidade de oferecer servioos especificos. Os indices impressos sao uma das portantes 550 assunto e autor. Outros possiveis pontos de acesso sao formulas
apllcagzoes em que a tecnologia da informagao é utilizada para gerar um produto quimicas, marcas comerciais, nomes de empresas e mlimeros de patentes.
impresso. Em outras aplicagfies, como nofificagéo corrente, 0 produto pode ser tanto Todos os indices consistem numa série dc termos de entrada, geralmente em
impressa quanto eletrénico. A0 término deste capituio voce: ordem alfabética. Cada termo pode ter um qualificativo, sendo preciso um elo de
ligagao que encaminhe 0 usuario a outras listas ou documentos. O indice de uma
- tera compreendido aigumas das maneiras como a tecnoiogia da informagao pode imica etapa é 0 que possui um elo de: ligaoao com dados bibliograficos sufi-
ser empregada para gerar indices impressos cientes para localizar 0 documento original, como, por exemplo, a referéncia
- 8SiH{é a par dos tipos de servigo de notificaoéo corrente e dos processes de sua completa de um artigo de periédico. Um elo de ligagao num indice do duas
cnaqao. - -. |=._ .;4_ _
etapas simplesmente BI‘lCalTlil'Lhfl 0 consulente para outra lista, onde geralmente
se enconiram inforrnaooes mais completas acerca do C|OCUmBr|t0 original‘
i
12.1 lntrodugfio Os indices gerados por computador podem estar baseados em termos de
indexagao atribuidos automaticamente ou por um processo dc anaiise intelec-
Este capitulo refine dois tépicos diferentes que merecem ser examinados nesta
tual. Cada uma dessas possibilidades sera examinada em seguida.
parte do livro sobre recuperagao da informaqfio. N50 ha espago suficiente, numa
obra desta natureza, para dedicar um capitulo a cada um desses topicos, porém
|<w|c, KWOC, KWIT E KWAC
os priricipios em que eles se baseiam nio podem ser deixados de lado. Este
capitulo, portanto, trata de indices impressos e serviqos de notiflcagao corrente. Um indice do tipo KWIC (Keyword-in=Context [Palavra-Chave no Context0]) é
Esses indices e servigos podem ser derivados de uma base dc dados que, por 0 mais elementar dos indices baseados em linguagem natural. Os indices KWIC
exemplo, esteja instaiada num dos servigos dc buscas em linha ou que seja ou KWIT (Keyword-in-Title [Palavra-Chave no Tituiol) sio populares por serem
mantida numa organizaoao com a ajuda de um sistema de gerenciarnento de de criagao facil e relativarnente barata. Nos indices KWIC mais simples, as
documentos. S50, portanto, produtos dc bases de dados. Os indices impressos palavras de um titulo sao cotejadas com uma lista de palavras proibidas, com a
sao, por definioao, produtos impressos. As notificaqfies correntes podem tam- finaiidade de impedir a geragzao de entradas imiteis. A lista de palavras proi-
bém ser produtos impressos, porém os usuarios podem optar por notificagfies bidas contem palavras sob as quais nae precisa haver entradas, como: eles, elas,
gravadas em disquetes, em cederrom, em linha ou peia lntemet. seus, suas, outros, e, etc. Cada palavra do titulo é cotejada com as da lista de
palavras proibidas, e sempre que ocorrer uma coincidéncia dar-se-a a supressao‘
4
12.2 indices impressos da palavra. Se, porém, n50 houver nenhuma coincidéncia, 0 termo sera desig-
nado uma palavra-chave. Estas paiavras-chave sao usadas como termos de
Uma das primeiras aplicagfies do computador na recuperaqzao da informaqfio
entrada, sendo atribuida a cada uma delas uma entrada reiativa ao documento. A
consistiu na produgao de indices impressos. Ele foi empregado tanto para a
palavra‘ é impressa no contexto junto com o restante do titulo (que inclui as
circulagao interna de indices dc listas dc relatérios, boletins internos de resumps
palavias proibidas). Os termos de entrada sao dispostos em ordem alfabética e
e indexaqao, listas de patentes, etc., quanto para a produgao dc indices publi-
alinhados pelo centro ou peia coluna da esquerda. Produz-se uma entrada forma-
cados dc muitos dos principais periédicos de resumes. No caso partieuiar das
iN0tcE_s IMPRESSOS E SERVICOS DE NOTIFICACAO CORRENTE 295
294 RECUPERACAO on INFORMACAO
de controle terminologico. S50 inevitaveis as entradas irrelevantes e redun-
Literatura e Iingua faladaj 00999 dantes. A mera ocorréncia de um termo num titulo nao expressa, necessaria-
juvenis nas literaluras de lingua portuguesa./Personagens 02543 amente, que determinado assunto mereceu tralamento de certa extensao no
bibliogrificas como linguagem de indexag5oJClassifica§;6es 00181 corpo do texto. Além disso, mesmo quando o termo atribuiclo é relevante,
Linguas naturais e linguagens documentzirlasl 00166 voltam a tona, na auséncia de controle terminologico, todos os problemas
‘ Bibliografia das linguas anglo-saxonicasj ' 01975 t
documenuiriasj Linguas naturais e linguagens 00166 ‘ que uma linguagem controlada procura contomar. Os assuntos estarao dis-
l Aplicagées da lingiiistica em documentagioj 00169 persos sob uma variedade de termos corn significados similares. N50 se in-
lntrodugfio 5 lingiiistica generative! 01234 cluem remissivas entre assuntos afins.
ciéncias sociaisj Ustagem dos periédioos em 00173
Dispersio da literatura agricola brasileiraJ 00095 Os programas mais aperfeiooados do tipo KWIC procuram superar essas quatro
lingua faladaj Literatura e 00999
Personagens juvenis nas literaturas de lingua portuguesaf 02543
limitagoes. E possivel melhorar a legibilidade com a simples alteraoao do for-
mato impresso. Um lndice KWOC (Keyword-out-of-Context [Palavra-Chave
Figura 12.1 Exemplo do formato de urn indice KWlC fora do Contexto]), por exemplo, extrai a palavra-chave do titulo, que e' usada
como cabeqalho a parte, vindo sob ela os titulos e os mltmeros dos documentos.
da por uma \'1nicalinha,que inclui o titulo e a referéncia-fonte, para cada palavra Um asterisco as vezes substitui a palavra-chave no titulo impresso. Os indices
signiflcativa do titulo. A referéncia-fonte em geral nao passa dc um mimero de onde a palavra-chave aparece tanto como cabegalho quanto no titulo sao, falan-
documento ou de resumo, mas pode chegar a seruma referéncia abreviada de um do estritamente, indices KWAC (Keyword-and-Context [Palavra-Chave e Con-
periodico. Altemativamente, uma descriqao bibliografica completa, com ou sem te:<to]), distingao raramente feita, sendo KWOC a designagao geralmente usada.
O subarranjo dos IBHHOS de entrada rnelhora ainda mais a consulta ao texto.
resumo, encontra-se numa lista 2'1 parte. As entradas sob uma palavra sao
dispostas em ordem alfabética de titulo. A figura 12.1 mostra um exemplo do O usuario do indice fica liberado da necessidade de examinar cada entrada rela-
fomiato de um indice KWIC. tiva a um termo de indexaoao, podendo selecionar entradas pertinentes segundo
a ordem alfabética dos termos qualificativos. Tanto os indices Permuterm quan-
Os méritos dos indices baseados em titulos derivam principalmente da pouca
to os KWIC duplos oferecem essa soluoao.
participagao humana em sua elaboragao. Uma vez que um indice KWIC simples
O indice Permuterm (adotado pelo Science Citation Index e pelo Social
é totalmente gerado pelo computador, é possivel processar rapidamente e a custo
Sciences Citation Index) baseia-se em pares de palavras significativas extraidas
reduzido uma grande quantidade de titulos. A eliminagtfio do interpretaqfies de
do titulo. Todos os pares de termos significativos de um titulo sao usados como
cunho pessoal melhora a coeréncia e a provisibilidade. A indexaoao baseada em
base das entradas do indice; esses pares sao clispostos em ordem alfabética um
palavras dos titulos reflete a terminologia corrente, e evolui autornaticamente
em relagao ao outro. Cada par é seguido do mimero do documento, mas nfio do
conforme o uso dessa terminologia. Ademals, com 0 processamento informa-
titulo. Os ndmeros dos documentos, titulos e outras informagoes sao impressos
tizado, a criagao dc indices acumulados (por exemplo, que abranjam cinco volu-
numa lista it parte. Também podem ser usadas listas similares do pares de termos
mes anuais) fica mais facil e nao requer esforgo intelectual adicional, a nzio ser
nas buscas feitas em bases de dados eletronicas vinculadas ao Science C'i!att'0n
um novo processamento pelo computador.
Index e outros indices de citagoes.
No entanto, apesar do todas essas vantagens, os indices baseados em titulos
0 KWIC duplo também apresenta subarranjo dos termos de entrada, sendo,
estao sujeitos a criticas que se baseiam nos seguintes argumentos:
porém, mais completo do que o indice Permuterm, pois o titulo é mostrado como
1 - Os titulos nao refletem com precisao 0 conteiido dos documentos. Sempre parte das entradas no indice. A primeira palavra-chave significativa é extraida
se encontram titulos ambiguos ou atraentes, mas nada infonnativos, como, do titulo e tratada como o principal termo cle indexaqao. A posieao deste termo
por exemplo, ‘A linha divisoria branco—preto’ (politica ou arte graficail). no titulo é entéo ocupada por um asterisco e as palavras restantes do titulo sao
2 Os indices Kwlc simples tém um visual desagradavel e de leitura incomoda, rotadas para permitir que cada palavra-cl-rave signiflcativa remanescente seja
devido a sua disposigao e aparéncia das letras corn que sao impressos. destacada, num formato clrcundante, sob o termo principal. Um processo similar
3 O subarranjo dos termos do entrada também melhoraria a qualidade dos em relacao a todas as palavras significativas do titulo gera uma série de termos
indices KWIC para fins de consulta e busca, ao subdividir longas seqtiéncias principais com subarranjos, para cada titulo. As entradas do indice sao dispostas
de entradas sob a mesma palavra-chave. em ordem alfabética pelo termo principal e, dentro do um termo principal, em
4 As outras criticas aos indices baseados em titulos dizem respeito a auséncia ordem alfabética de subtermos.
iwotces IMPRESSOS E SERVICOS DE NOTlFlCAC/‘KO CORRENTE 297
296 RECUPERACAO DA TNFORMACAO
qfiéncia que se segue faria com que os programas empregados pelo World Tex-
Pacotes de indexacao por computador mais elaborados introduzem um certo tile Abstracts gerassem o seguintc tipo de entradas:
grau de controle na selecao dos termos do indexaeao. A0 ampliarem 0 campo dc
indexacao, permitem que sejam acrescentados ao titulo termos extraidos de Seqtiéncia de indexacao A
vocabularies livres ou controlados, que serao tratados do mesmo modo que os <<Soil-resistant<finishing>>of<carpets>and<wall-coverings>.
termos do titulo. Alternativarnente, termos especificos constantes do resto do
registro, como, por exemplo, o resumo, podem ser marcados pelo indexador Entradas do indice
para serem usados como termos que ampliarao as opcoes. de termos de indexa- 1 Finishing-
cao no titulo. Pode-se ampliar 0 controle fazendo com que todas as palavras- _ soil-resistant, of carpets and wall-coverings
chave sob as quais serao encontradas entradas no lndice sejam designadas 2 Wall-coverings
manualmente, antes da insergao dos dados. A0 se pratlcar tal intensldade de soil-resistant finishing of
controle corre-se o risco de anular a maior parte das vantagens da indexacao 3 Carpets
baseada nos titulos. Por outro lado, isso permite que os termos sejam atribuidos soil-resistant finishing of
corn base no documento que esta sendo indexado e em seu conteiido, ao con- 4 Soil-resistant, Finishing
trario de se lancar arbitrariamente um termo como termo de indexacao simples- of carpets and wall-coverings.
mente porque aparece no registro. Além disso, com esse controle, podem ser
A estrutura das eapressoes é analisada e varios conectivos e preposicoes geram
assinalados remos que compreendem mais de um vocabulo, como, por exem- dtferejntes dtsposicoes de entradas. Observe-se que as preposicoes sao rhantidas
plo, ‘economia internacional’, uma vez que se torna possivel marcar essas duas no III ice.
palavras como se estivessem ligadas entre si.
Reflexao Escreva as entradas de indice que seriam criadas para 0 ti-
indices baseados em manipulagao de seqiiéncias
tulo segumte, adotando primeiro a indexagao KWIC e em se-
As linguagens controladas de indexacao (como as que se acham registradas em gutda a lndexagao articulada de assuntos: O uso de video-
tesauros e listas de cabecalhos de assuntos) ainda sao preferidas por muitos conferéncia em treinamento sobre saude e seguranca.
produtores de indices, inclusive, por exemplo, Index Medicus, Science Abs-
tracts, Engineering Index e a British National Bibliography. Nao obstante, 0 indices cle asssuntos baseados em deslocamento e rotagao
computador ainda tem sua funcao na producao de indices baseados em temios de
O PRECIS e 0 algoritmo de geracfio do indices usados no Abstracts in New Tech-
indexacao atribuidos intelectualmente. Além de imprimir e formatar esses indi-
nologies and Engineering (ANTE) sao indices rotados ou deslocados, e que so
ces, ele é de particular valia na preparacao de indices acumulados. Além disso,
basetam numa estrutura de analise conceitual mais rigida do que a indexacao
0 computador panicipa da geracao de indices baseados em manipulacao de
articulada de assuntos. Escoihe-se uma série de termos extraiclos de um vocabu-
seqiiéncias. Neste caso, o indexador humano seleciona uma seqiléncia de termos
lario controlado de termos uniconceituais para representar um documento. Esses
de indexacao a partir da qual o computador, com base em instrucoes apropria- termos saocombinados numa seqfiéncia, ou cadeia, de indiCB,ql1etambém pode
das, imprime umasérie dc entradas para o documento com que se relaciona essa l
lflCll.1ll' delimitadores que denotam a forma como cada termo sera tratado nas
seqiiéncia de termos de indexacao. entradas do indice, como, por exemplo, se devera aparecer como um termo-guia,
ou termo de entrada. .
indices articulados de assuntos O indice de ANTE é gerado mediante a rotagao dos termos no cabecalho do
Num indice articulado de assuntos, a entrada consiste num cabecalho de assun- assunto sob o qual os resumos foram mostrados na lista principal de resumos. A
to e uma expressfio modificadora, que podem ser combinados para format uma ~
lista principal de resumos é ordenada sob cabecalhos de assuntos numerados, e
frase sernelhante a um titulo. As expressoes modificadoras sao dispostas em or- a. sequencta de assuntos e empregada como um cabecalho de destaque nessa
dem alfabética sob um cabecalho de assunto. As palavras ou seqiiéncias de pala- lista. As entradas dc indice num indice separado remetem de volta para os
vras sao selecionadas pelo computador ou extraidas manualmente de um voca- numeros adotados na lista principal. O exemplo abaixo mostra as entradas de
bulario controlado. Na indexacao, as palavras ou expressoes que aparecerao lI'lCliCB que seriam geradas a partir de uma scqiiéncia de assuntos:
como termos de entrada serao indicaclas pelo indexador. For exemplo, a se-
lNDlCES lMPRESSOS E SERVICOS DE NOTIFICACAO CORRENTE 299
298 RECUPERACAO DA INFORMACAO
Existem trés posicoes numa entrada de indice —— Guia, Qualificador e
Seqtléncia de indexacao Exposicao—e os termos sao deslocados nessas posicoes, de modo a criara série
Computerized production management — Scheduling — Graphical methods de entradas do indice. Note-se que cada entrada mostra o termo-guia no
Entradas de indice e remissivas contexto, tratando-se, com efeito, de um resumo [précis, em inglés] do assunto
1 Scheduling do documento.
Computerized production management Tanto no PRECIS quanto no ANTE, é possivel inserir, como uma operacao
2 Graphical methods independente, remissivas do tipo ‘ver’ e ‘ver também‘ entre os termos de per si
Scheduling: Computerized production management e os termos relacionadas. Se essas relacoes forem indicadas da primeira vez que
3 Production management se usar um termo de indexacao, a partir dai a presenca desse termo acionara a
Narrower term: Computerized production management impressao das remissivas apropriadas. Por exemplo:
Preconceito ver também Machismo
O PRECIS é um conjunto similar de procedimentos; sua principal utilizacao deu- lmprensa ver também Jornallsmo
se nos indices da British Nationai Bibliography, onde foi empregado como Filatelia ver também Sclos postais.
indice de assuntos de um catalogo sistematico, porém seus principios prestam-
so a outros ambientes. Ele é mencionado aqui para ilustrar um método que se A indexacao PRECIS reprcsenta uma contribuicao importante a teoria da indexa-
baseia na analise profunda de conceitos e suas relacoes. As seqtiénclas de indice cao tematica. No entanto, os indices baseados no PRECIS exigiam muita mao-de-
do PRECIS sao construidas a partir de uma série de termos de indexacao (extrat- obra. Emjaneiro de 1991, ele foi substituido pelo COMPASS na Britishflational
dos de um vocabulario controlado), interligados de modo a formar uma seqi.ién- Bibliography, que se baseia no PRECIS, mas so emprega seus componentes
cia por meio de operadores dc funcoes. Estes operadores de funcoes definem a bésicos como um sistema de autoridade de assuntos. A maior parte da complexa
funcfio do conceito representado pelo termo ao qual se aplicam na seqiiéncia de codificacao foi abandonada. -
indice. Os operadores dc funcoes sao muitas vezes representados numa seqtién-
cia entre colchetes, e sao usados para ordenar os conceitos na seqfiéncia. Os Outros indices
principais operadores numéricos sao dispostos cm ordem numérica. Para exem-
Ha varios outros sistemas dc indexacao rotacional. Demonstraremos trés deles,
plificar este método, mostramos abaixo a seqtléncia de indexacao e as entradas
para lsso lancando mao de A, B e C que representarao trés termos de indexacao.
de indice para um trabalho sobre ‘O emprego de barcos na pesca de truta, com
A indexacao Selective Listing in Combination (SLIC) [Listagem Seletiva em
anzol, em aguas lacustres’:
Combinacao] envolve a combinacao de elementos somente num unico sontido.
Seqiiéncia de indexacao Em outras palavras, as entradas do indice extraidas de.uma seqijéncia de indice
ABC seriam ABC, AC, BC e C. A indexagao por alternacao [cyciic indexing]
(0) Aguas lacustres (l) Truta (2) Pesca com anzol (3) Barcos. baseia-se no deslocamento do termo dc entrada para a nltima posicao até que
Entradas de indice cada elemento tenha ocupado a posicao de entrada. As entradas seriam assim:
l Aguas lacustres ABC, BCA, CAB. A indexacao rotacional é obtida conservando-se a mesma ordem
Truta Pesca com anzol Barcos de citacao, mas sublinhando os elementos que funcionam como termos dc
2 Truta Aguas lacustres entrada. Por exernplo: ABC, AQC, ABQ.
Pesca com anzol Barcos A indexacao de citacoes é um meio cle produzir um indice eficaz mediante a
3 Pesca com anzol Truta Aguas lacustres utilizacao da capacidade do computador de arranjar e reformatar entradas. A
Barcos I entrada no sistema de indexacao compreende as referéncias de artigos recentes
4 Barcos Pesca com anzol Truta Agufli lflfll-15f1'B5 publicados numa lista basica de relativamente poucos periodicos, e, para cada
artlgo, a lista de trabalhos a que ele se refere. O indice de citacoes relaciona entao
Nota: Este exemplo fol codificado com operadorcs de funcoes de modo relativa-
os documentos ‘citados’ junto com uma lista daqueles itens que os citaram
mente simples. O emprego do operaclores diferenciadores permitma a geracao1 ll
(artigos citantes). Essa é uma maneira eficaz de abranger um campo de assuntos
de maior numero do entradas e, por exemplo, que palavras como ‘lacustrcs t
relativamente amplo, quase sem intervencfio humana. Os principais exemplos de
assumissem a posicao dc termo-guia. Nao obstante, esta codlficacao demonstra g
l
indices dc citacoes sao os produzidos pelo institute for Scientific lnformation
os principios basicos da indexacao PRECIS.
lNDlCES IMPRESSOS E SERVICOS DE NOTIHCACAO CORRENTE 301
300 RECUPERACAO DA ZNFORMACAO
tera um perfil individual. Alternativarnente, a notificacao pode ser agrupada em
(151), a saber, o Social Sciences Citation Index, Arts and Humanities Citation boletins, que atendam as necessidades dc certo nfimero dc usuarios, e se manter
Index e o Science Citation Index. Assim, conhecido um documento sobre assim um perfil mais genérico. Depois que os usuarios tiverem exarninado as
determinado assunto, 0 consulente podera localizar outros documentos com ele notlficacoes, o provedor do servico precisara conhecer a reacao deles quanto a
relacionados. No entanto, as inumeras incoeréncias das normas de referéncias utilidade ou pertinéncia do servico, a fim de que a cobertura da base de dados e
bibliograficas causam problemas, e, além disso, as razoes que levam a citacao de os perfis de interesse dos usuarios sejam alterados, de modo a cornportar
um documento nem sempre tem a ver com um conteiido tematico afim. Embora mudancas nos interesses dos usuarios. Estes solicitarao o fornecimento do texto
os indices de citacoes hajam surgido como produtos impressos, a maioria dos integral de documentos ou ~o acesso a outras fontes dc informacao tao» logo
usuarios atualmenre encontra citacoes em bases de dados (como as produzidas tenham iclentificado as notificacoes que suscitem seu interesse.
pelo Isl) que incluem vinculos de citacoes. Nesse contexto, os vinculos dc cita- Embora os componentes e processos basicos continuem estaveis, os ultimos
goes podem proporcionar um método adicional que é util para a identificacao de cinco anos presenciaram varias mudancas nas caracteristicas dos servicos de
documentos afins. notificacao corrente. Estes serao exemplificados com mais detalhes em partes
subseqiientes deste capitulo. Aqui temos uma visfio sucinta deles em termos dc
Reflexao Por que os vinculos de citagoes seriam uteis nas buscas em seus componentes:
bases de dados em linha?
Base de dados
12.3 Servigos de notificagio corrente
A gama de bases de dados que podem ser examinadas durante uma busca de
Os servicos de notificacao corrente sao servicos de informacao cujo objetivo notificagao corrente inclui atualmente bases de dados bibliograficos,'bases de
primordial é manter os usuarios da informacao a par dos progressos que ocor- dados dos sumarios de periodicos e outros documentos, bases de dados dc texto
rem em seu campo. A notificacao corrente e’ essencial para que as empresas integral, sitios na Rede e bases de dados multimidia. Muitos services de notifi-
possam conservar sua vantagem cornpetitiva e para que organizacoes do setor cacao corrente realizam buscas em mais de uma base de dados ou fonte e se
pdblico reajam corn eficacia as mudancas ambientais. Embora se encontre dis- vaiem de buscas em diferentes arquivos. Havendo a probabilidade de as fontes
ponlvel um grande volume de informacoes com noticias na forma de boletins, pesquisadas produzirem registros que sejam identificados como duplicados,
revistas, quadros de avisos eletronicos ejornais, as vezes pode ser muito traba- como acontece ern bases de dados bibliograficos, é possivel elimina-los.
lhoso para os usuarios examinar todas as fontes apropriadas. A fim de ajudar
seus funcionarios a se manterem atualizados, as organizacoes tem tradicional-
Registros 5;,“ de Regislros novos colcjados 3 Nulificagécs dc DSI
mente oferecido servicos de notiflcacao corrente. novos “ 7" ¢|_1d°5 —_" cam perfis dc inleresses J7. par-\ ms usufirios -
A escala dessa operacao varia tanto em termos da quantidade de usuarios a ‘ dos usufirios Q‘ uma por pcrfii

serem atendidos quanto em relacao ao volume da bibliografia ou dos dados


manipulados. Num dos extremos, servicos de grande porte, como 0 BIOSIS e o
Relroalimenlagéo para
INSPEC, vendem a uma clientela internacional servigos que abrangem uma am- definir mud.-ingisn _,________€_i
serem feilas nos perfis
pla variedade do assuntos no ambito de uma disciplina de grande extensao. No
outro extremo, unidades dc informacao de pequenas empresas talvez atendam
apenas a umas poucas centenas de usuarios, sobre um assunto relativamente Retrualimentngfiu para ch.-finir registros que si.-rio
restrito e bem-deflnido. - ncrcsccnmdos no futuro

Componentes de um servigo de notificagfio corrente Figura 12.2 O ajustamento dos perfis de interesses dos usuérios num
Os componentes dc um servico _de notificacao corrente sao mostrados na flgura sistema de notificagéo corrente
12.2. Qualquor sistema de notificacao corrente exige um mecanismo para cria-
cfio e manutencao de perfis de interesses dos usuarios, bem como da base de Perfis de interesses dos usuérios
dados com a qual serao cotejados e processados os perfis de interesses dos Tradicionalmente baseavam-se em buscas booleanas e talvez empregassem
usuarios. Se o serviqo de notificaciio corrente for individualizado, cada usuério outros recursos de buscas, como truncamento e proximidade. A ordenacao
4
\
u

INDICES IMPRESSOS E SERVICOS DE NOTIFICACAO CORRENTE 303


3 02 RECUPERACAO DA TNFORMACAO
Avaliagio dos servigos de notificagao corrente
segunclo a relevancia, baseada em complexes algoritmos estatisticos, que se
baseiam na freqiiéncia de ocorréncia de termos em documentos ou registros, é As caracteristicas que tomam fttil qualquer servieo de notificagio corrente
adotada por alguns servigos de notificaefio corrente. Além disso, quando estao variam de um usuario para outro. As mais comuns sao custo, atualidade e
sendo feitas buscas em bases de dados dc texto integral ou em sitios da Rede, cobertura. A maioria dos usuérios pesara esses critérios junto com outros ao
podem ser utilizados recursos de recuperagao de inforrnaqao que suportam avaliar os sen/igos de notificaqao corrente. Um exemplo comum é 0 apresen-
buscas nesses ambientes. Recursos de buscas aperfeigoados permitirfio que se tado na lista 12.l. O critério final — pertinéncia dos resultados para as neces-
consiga alcangar maior precisio na resposta aos i_nteresses dos usuarios. sidades do usuario — constitui 0 argumento definitivo. Se forem atendidos
todos os demais critérios, entao esse também estaré atendido, mas aindafvale a
Notiflcagfies pena especifica~|0 como um critério em separado.
Os serviqos de notificagfio corrente podem ser divididos, grosso modo, nos
S50 fomecidas, cle preferéncia, em formato eletrfimico, fieqtientemente envia- que sao administrados por uma organizagzfio em beneficio de sua comunidade
das para uma caixa postal eletrfinica, e menos usualmente em formato irnpresso. usuaria, ou notificaeéio corrente da institutigéo, e servigos extemos que podem
Isso facilita 0 aproveitamento das notificaqfies para criar bases de dados locais, ser adquiridos com a- intenqao de satisfazer as necessidades de usuéxios finais
de uso pessoal, aproveitaveis na criagiio dc outros documentos eletrénicos e, especificos. Normalmente, os servigzos de notificagzéio corrente da prépria insti-
especialmente, para contribuir para a criagfio de bibliografias de documentos e tuiefio estarao mais ajustados as necessidades dela, podendo incluir fontes que
fontes. A notificaqio eletrénica é facil de usar para encomendar um documento estejam disponiveis interna e externamente, tanto por meio de sua intranet
a um servi<;o de fomecimento de documentos, ou ser reencaminhada para quanto da Internet. Outro atrativo dos servigos de notificagio corrente da
colegas, de modo a servir de apoio a algum trabalho em grupo. instituieio é o sigilo e a seguranea. No uso de servi<;0s extemos é preciso tomar
pfiblico, fora da instituigiio, um perfil de seus interesses. Outro ponto a ter em
Retroafimentagéo meme é 0 custo da provisao de servigos apropriados a uma grande comunidade
Desde que 0 fomecedor do servigo de notificaqfio corrente esteja a par dos usuziria. Muitas instituiqzées utilizam, de aigum modo, tanto serviqos de notifi-
pedidos de fornecimento de documentos que sfio desencadeados pelo servigo de caefio corrente internos quanto extemos.
alerta, as encomendas de documentos podem constituir um mecanismp fitil de
retroalimentaefio. No entanto, ha veirias outras atividades que podem resultar de Reflexéu O que vocé entende pelos conceilos de ’novidade’ e ‘atuali-
um servigo de alerta e que talvez sej am muito mais dificeis de rnonitorar por um zag:5o'?
fornecedor de servieo. Os formulérios de avaliaqzao em linha sao um meio
relativamente simples de reunir inforrnaeées de modo ocasional. IJSTA 12.1
Avaliagio de servigos de notificagad corrente
Fornecimento de documentos
' Cobertura da base de dados, ou seja, os assuntos e (no caso'de bases de
A area de fomecimento de documentos e’ onde houve as mudangas mais nota- dados bibliograficos) a literatura abrangida pelo sewigo.
veis. O fomecimento rzipido e confiavel de documentos foi sempre um desafio ' Oportunidade ou atualidade da intormagéo fornecida.
para os primeiros sewieos de alerta. O fomecimento dos documentos era feito ' Custo do sen/igo.
por correio ou, na melhor das hipéteses, fax, e a cadeia de abastecimento entre ' Mecanismos de criagéo e manutengao de perfis, inciusive quaisquer Ii-
servigo de notificagéio corrente, usuario e servieo de fornecimento de documen- mitagées e 0 grau em que as interfaces que suportam essas atividades
tos era em geral um tanto fragmentada, de eficacia variavel, a depencler do do- sao amigaveis para 0 usuério.
cumento que era solicitado. A digitalizagiio de documentos permite hoje um - variedade de formatos em que os registros estao disponfveis.
atendimento muito mais rapido e eficaz, embora 0 servigo de correios e 0 fax ' Servigo de fornecimento de documentos, especialmente para suportar
perrnanegzam como opqfies. Ademais, os grandes fornecedores de servigos dc notificagéo corrente relacionada com bases de dados bibliogréficos.
aletta criaram vinculos ou aliangas estratégicas com serviqos dc fornecirnento de ' Pertinéncia dos resultados aos requisites dos usuérios.
documentos, vincuios que sao evidentes em certos serviqos, como 0 BIOSIS
Document Express e 0 Genuine Article do ISL Outros servigos sao 0 Document
Supply Centre da British Library, INDIVIDUAL Inc., lnfostore da UMI e UnC0ver.
304 RECUPERACAO DA INFORMACAO lNDlCES IMPRESSOS E SERVICOS DE NOTIFICACAO CORRENTE 305

Servigos de notificagéo corrente internos situacao competitiva da empresa. O l3 Live Alert monitora 0 recebimento cle
noticias, como as distribuidas pelas agéncias Reuters e Bloomberg, e alerta os
A notificagao corrente impressa, no contexto seja da DSI, seja de boletins, usuarios por coireio eletronico ou telefone celular assim que surge uma noticia
abrangendo, por exemplo, paginas de sumarios e recortes de jomais, esta se de interesse. - ,
tornando menos importante, pois é possivel confiar mais na pesquisa feita pelo Muitas versoes recentes de sistemas de gerenciamento de bibliotecas que
computador e usa-la como substituto de uma dispendiosa analise feita por oferecem acesso a Rede também incorporam recursos que suportam servicos tie
pessoas. No entanto, services basicos, como a circulacao de periodicos e bole- alerta. Por exemplo, no Inheritance da Heritage Library Management Sys-
tins internos, podem continuar a satisfazer a algumas necessidades de notifica- tems, os usuarios que consultam o catalogo em linha d_e acesso publico podem
cao corrente (e programas cle editoraeao eletronjca podem ser usados em-sua salvar buscas anteriores para que voltem a ser utilizadasi A
criacfio). E cada vez maior 0 numero de boletins que sao divulgados por meio A British National Bibliography em cederrom e publicada mensalmente e
de quadros de avisos eletronicos. serve para identificacao de titulos de livros novos. Pode-se fazer uma busca
O Personal Agent, do Personal Library Software, é um born exemplo do tipo New Record [registro novo] a fim de identificar publicacoes recentes, a serem
de programa que se acha disponivel para suportar servicos eficazeslde notifica- examinadas, na selecao de aqulsicoes, pelos usuarios ou o pessoal da biblioteca.
gtao corrente, baseados em perfis que os usuzirios podem facilmente criar e E possivel salvar as buscas, para que o pessoal cia biblioteca ou 0 publico
personalizar. O Personal Agent funciona com o PL. Web, sistema de buscas e disponham de atualizacoes regulares sobre determinado assunto.
edicao na Rede do Personal Library Software, para criar um servieo de notifi-
cagéo corrente baseado na Rede. O Personal Agent permite aos usuarios sub- Reflexao Tendo como objeto uma instituigao que Ihe seja conheci-
meter, por intermédio da Rede, ‘consultas inteligentes‘ em forma permanente da, quais os tipos de informagao nova que trarian_1,benefi-
chamadas agentes. Estes agentes fazem pesquisas, periodicamente, em bases cios para os usuarios se fossem avisados de sua existéncia?
de dados de texto integral, como noticiarios e textos enviados por correio ele-
trénico. O Personal Agent em seguida envia automaticarnente uma notificacao Servigos externos de notificagao corrente .
porcorrelo eletronico. O correio eletronico contém um URL onde se pode encon-
trar uma lista de vinculos para os novos documentos. Os usuarios utilizam seu Os services externos de notificacao corrente acham-se disponiveis em intima-
navegaclor na Rede para visitar o URL e visualizar os resultados das buscas. A ras fontes, dentre as quais ternos:
informaeiio pode entao ser compartilhada internamente na intranet da insti- - services de paginas de sumarios, disponiveis na British Library (inside) e
tuigao e externamente com os clientes, estimulando-os dessa forma a visitar 0 na Blackwell (Uncover)
sitio da instituieao na Rede se quiserem informagoes atualizadas e possivel- - , servicos disponiveis nos servicos de buscas em linha
mente personalizadas. [7-‘r servi<;0S disponiveis nos produtores de bases de dados.
O Personal Library Software também inclui recursos de consulta em lingua-
gem natural e buscas avancadas. Entre outros parametros que podem ser espe- Servigos de péginas de sumérios
cificados estao os relativos at quantidade de informaeao que se requer, a fre-
qfiéncia com que o usuario deseja manter-se atualizado e 0 limite aceitavel de Em 1994, surgiram no mercado novos servicos de notificaeao corrente, que, em
criticalidacle temporal. grande medida, valiam-se das grandes bases de dados de periédicos que seus
Dois produtos comparaveis sao o 13 Daily Briefing e l3 Live Alert que
proporcionarn notificacao corrente em intranets de empresas. Fornecidos pela
if fornecedores ja produzlam com outras finalidades. O Inside, do Document
Supply Centre da British Library, fornece uma lista sucinta dos principais
Autonomy Systems, monitoram e fornecem informacoes relevantes extraidas aspectos de cada artigo dos mais importantes periodicos cientificos do mundo.
das inumeras fontes acessiveis numa intranet de empresa, inclusive a Rede, “Iv,-=,__

‘“"Jfw
Swetscan, do Swets Subscription Service, alimenta-se da base de dados que a
Swets mantém como suporte a seu servigo de assinatura de periodicos. O
5
noticiarios, correio elelronico, memorandos da empresa, arquivos e depésitos
de documentos. O I3 Daily Briefing utiliza agenies de conceitos, detiniclos UnCover é uma lniciativa conjunta da Blackwell e CARL, oferecendo acesso a
pelos usuérios, a flm de monitorarem fontes especlflcas de informacao, internas uma base de dados multidisciplinar, alimentada pelos acervos de periodicos das
on externas. Na intranet de uma grande empresa isso poderia ser usado para bibliotecas participantes e titulos adicionais dos quais a Blackwell é a agéncia de
coletar e distribuir informacoes internas, como memorandos, normas de saude e assinatura uncover Reveal é o servico de alerta baseado na base de dados
seguranca, questoes regulatorias, noticias de pessoal e atualizacoes sobre a UnCover. Por uma pequena tarifa anual os usuzirios recebem os sumarios de até
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#'*~W4%1-
1-.
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an <5
Q I

306 aecuremcao ea INFORMACAO lNDlCES IMPRESSOS E SERVICOS DE NOTIFICACAO CORRENTE 307

50 periodicos e es resultados de até 25 estratégias de busca enviados automa- mentes do Isl. Esta empresa também oferece 0 Keyword Plus, que é um ser-
ticamente por correio eletronico de forma regular. O acesso propriamente dito vice de DSI que utiliza palavras do titulefnomes de autores e palavras-chave
a base de dados UnCover é gratuito, sendo cobrados es documentos encomen- dos nomes de autores na elaboracae de perfis avancados e buscas per refe-
dados. Nesse contexto, pode-se considerar o UnCover como um service de alerta réncias citadas. '
gratis que é utilizado para comercializar ou promover es recursos disponiveis 4 Services dos Current Contents, que eferecem es sumaries de fasciculos re-
por meio de um service de fornecimento de documentos. Um dos aspectos centes de periodicos, e que sao produzidos e comercializados pelo Institute
importantes desses services é que a notificacfio acha-se ligada a um service for Scientific Information. Os Current Contents existem para diversas areas
rapide de fornecimento de documentos. O -Swetscan, por exemplo, utiliza o tematicas e podem ser adquiridos ern diferentes formatos. . -=
service do Document Supply Centre da British Library. Esses services sao
oferecides com varias opcoes. O Swetscan, por exemplo, acha-se disponivel em A-tabela 12.1 relaciona os services de notificacae corrente disponiveis no CAS,
disquete, papel, FTP e (por meio da Dataswets) num service em linha, bem como que é um tipico produtor de base de dados.
podem ser formatades para_ se ajustar ao cliente institucional.
Reflexao Vocé preferiria um servigo de notlficagao corrente em esti-
lo de boletim numa area ampla que Ihe permitisgse com-
Produteres de bases ele dados pulsa-le aleatoriamente ou um servigo mais orientado ba-
Varies produteres de bases de dados comercializam services de netificagae seado em seu perfil individual?
. . . . . . . . . . . . . . . -..........
corrente diretamente para es usuarios finals. Embora services de notificacfio
corrente em formato impresso, como listas de sumarios correntes ou temas Tabela 12.1 Servigos de notificagao corrente de um grande produtor de
importantes, existam ha muitos anos, feitos por alguns dos principais produ- bases de dados: 0 CAS
tores de bases de dados, a experiéncia cemercial, veltada para usuarios finais.
Servigo ' Descrigio _
com informacao eletronica em formato de cederrom propiciou a varies produ-
teres de bases de dados um alicerce mais solido para o langamento de services CA Selects Servigo de perfil de grupoyl-quinzenal, que gera uma
destinados aos usuarios finals. O grande numero desses services significa que é gama de 231 publicagoes impressas
dificil generalizar, mas comumente abrangem tanto produtos basicos do tipo des Os Selects Plus Perfil de grupo quinzenal sobre uma gama limitada de
assuntos que apresenta a cobertura expressa de 1 300
boletins quanto 05!. Os produtos comuns sao: ~ periodicos
(A BioTech Updates Boletim qulnzenal sobre assuntos selecionados
1 Periedicos de resumes e indices, tanto em formato impresso quanto eIetr6- CA Surveyor Bases de dados lematicas em cederrom que abrangem
nico, e disponiveis em linha (por meio de um hospedeire ou diretamente do assuntos como ressonfincia magnética e sintese de
produtor da base de dados na Rede) e em cederrom. polimeros; atualizadas mensalmente -
CA Section Groupings ca Abstracts em cinco subconjuntos (impressos)
2 Services classicos de D51 que cobrem um conjunto de assuntos. Dois exem- Fasciculos semanais sobre temas Iigados a indfistria
Chemical Industry Notes
plOS sao Feed Science Alerts do IFIS e INSPEC Topics da Institution of Elec- Chemical Titles Titulos de artigos de B00 periédicos de quimica
~ trical Engineers. Boletins de cobertura mais ampla sao oferecides por al- Corporate Updates Boletins impressos personalizados
guns produtores de bases de dados, como Key Abstracts do INSPEC, Select Individual Search Service (lss) DSI individual com emissoes quinzenais
Plus do CAS (umasérie de I7 boletins semanais) e Bi0Tech Updates do CAS.
3 Também estao disponiveis services de DSI. O Corporate Alert, do Institute O Engineering Index langou recentemente um interessante produto inte-
for Scientific Information, envia as netificacoes pela Internet. Um especia- grado, chamado Engineering Village, que eferece acesso, numa aldeia metafo-
Iista em infermacao estabelece um perfil-mestre que contem todos es perio- rica, a um leque de bases de dados de erigenharia, outras fontes de informaeao
dicos que es usuarios queiram monitorar. A medida que os periodicos sao e sitios na Rede. Entre seus services estao Ei Spotlights e El Page One. O Ei
processades para inclusao nas bases de dados multidisciplinares, es suma- Spotlights oferece resumes atualizados semanais com referéncias bibliegrzificas
rios que coincidam com es perfis des usuaries individuais sao recuperados sobre avaneos nos temas presentes no perfil do usuario, e que sao entregues na
e encaminhados a eles pela Internet. Os usuarios podem examinar es suma- caixa postal eletronica do usuario. O El Page One re fere-se aos sumarios de mais
rios, Ier os resumes e encarninhar es pedidos dos artigos a sua biblioteca Io- I de 5 000 periodicos, anais de eventos, relatorios técnicos e publicacees comer-
cal, a um fernecedor de documentos eu ao service de fornecimente de decu- ‘r ciais. Dispenivel em cederrom on para licenciamento de use local, e Ei Page One
pode constituir a base de um service interno de notificacao corrente.
we
y A

lNDlCES IMPRESSOS E SERVlCOS DE NOTIFICACAO CORRENTE 309


RECUPERACAO DA INFORMACAO
goes ajque esse provedor oferecer acesso serao as iiltimas disponiveis. Os ser-
Sen/igos de busfias em linha vitgos dc alerta dividir-se-ao em duas categorias: os de suporte a consulta alea-
A terceira categoria de produtores de D51 sao os tradicionais servieos de buscas toria (boletins eletronicos) e os de suporte a buscas especificas (DSI eletronica).
ern linha, como DIALOG, Data-Star e Questel-Orbit. A maioria dos principais Tais servieos cobrirao todas as fontes as quais 0 provedor de servioos em linha
servigzos oferecelo recurso de D51. Como acontece com uma base de dados local, oferecer acesso. Os usuarios poderao modificar seus perfis em linha, bem como
a D31 pode obviamente ser compilada por um usuario diligente que reprocesse escolher o estilo e 0 periodo de tempo para recebimento do servieo de alerta. As
um perfil de buscas a intervalos regulares a fim de verificar se foram recupera- bibliotecas e serviqos de informagao poderao oferecer acesso institucional a
dos itens novos. A maioria dos servi<;os de buscas em linha oferece um comando esses servieos por meio de interfaces com seu sistema de gerenciamento de
que permite que, os perfis sejam salvos, e alguns oferecem um recurso especial bibliotecas. Sua seleqfio sera feita dentre aqueles servigos que possam atender
para DSI que garante que, se um perfil for salvo como um perfil de DSl, entao ele as nedessidades de seus varios grupos de clientes. Normalmente, um incentivo
sera rodado todas as vezes em que a base de dados for atualizada (por exemplo, importante para que os usuarios finals se utilizem da biblioteca ao contrario de
mensalmente). Esse tipo de recurso encontra-se em muitas das bases de dados se valerern direta e independentemente do provedor do serviqo em linha seré a
em que é possivel pesquisar por meio dos serviqos de buscas ern linha, mas possibilidade que a biblioteca tem de negociar tarifas mais competitivas, bern
normalrnente néo em todas as bases de urn dado hospedeiro. Os servigos de como garantir o fomecimento inconsfitil de um leque de servit;0s de informaeao
alerta do DlALOG e da Data-Star, por exemplo, fomecem infonnagoes correntes (inclusive -documentos impressos) ao usuario final.
a partir de bases de dados especificas e de acordo com um perfil determinado. Este é rim dos cenarios! O outroja se acha embutido no serviqo oferecido por
As notificagoes sao fomecidas diretamente a uma caixa postal eletronica inter- Uncover e Inside: Os servigos dc alerta poderao tornar-se 0 braeo promocional
na ou pelo correio. O Questel-Orbit oferece serviqo similar. A entrega eletr6ni- das editoras e servigos de fomecimento de documentos, chegando a ser ofere-
ca de resultados encontra-se tanto no sistema Questel quanto no Orbit, bem cidos gratuitamente. Uma editora ou servieo de fornecimento de documentos, se
como por correio eletronico. Nesses ambientes os perfis podem lanoar mao de forem: grandes e poderosos, haverao de compreender as necessidades dos varios
buscas em arquivos mfiltiplos e possibilidades cle busca por estrutura quimica. grupovs de clientes e terfio condipoes de ajustar os servieos as suas necessidades
Os documentos sao fomecidos pelos canals normais que mantém associagao especificas. O valor agregado gratuito, embutido num servigo de alena, talvez
com o serviqo em linha, como o recurso ORBDOC do Orbit e o ORDER do Questel. possa eliminar a necessidade de servigzos intermediaries, como as bibliotecas.
Com freqtléncia, os servigos de buscas em linha também oferecem acesso a
jomais e agéncias de noticias. Por exemplo, 0 New York Times, 0 Financial RESUMO
Times, Forrzmé, Asiaweek e PR Newswire podem ser acessados por meio do Os inllices impressos foram dos primeiros produtos dos sistemas informatiza-
DIALOG. O FT Profile, um hospedeire mais especializado na area de informa- dos. S30 utilizados em servigos impressos de indexagao e resumos, livros, perio-
<;6es financeiras, oferéce acesso a uma ampla garna de jomais e agéncias de dic0s?e uma série de outros contextos. S50 duas as categorias principais de indi-
noticias. Muitas dessas fontes sao atualizadas diariamente ou em tempo real. ces impressos: os baseados na manipulagio de termos constantes de titulos, e os
Outro tipo de servigo de alerta é mantido por hospedeiros de informaqoes baseados na manipulagao de seqiiéncias de termos de indexagao atribuidos inte-
empresariais, como a Dun & Bradstreet. Seus servieos de monitoramento aler- lectualmente. Essas seqiléncias também sao usadas nos mecanismos de busca da
tam os usuérios quanto a mudanqas na situagtao das empresas e no momento em Internet. Os indices de citagoes sao um tipo especial de indice impressa.
que ocorrem. Dow Jones, que oferece acesso a varias agéncias exclusivas de Os servigos de notificagéo corrente sao importantes no estabelecimento da
noticias, bem porno a uma ampla gama de outras fontes industriais e empre- intellgéncia competitiva. Os componentes basicos de um servigo de notificagao
sariais, tem 0.Cust0mClips, que é um servitzo de DSI baseado em palavras- corrente si0:;lj5ses de dados, perfis de interesses dos usuérios, notificagfies,
chave. O servigo é attializado continuamente e as noticias podem ser lidas em retrolalimgetitagio e fornecimento de documentos‘. Esses servigos podem ser divi-
linha ou por correio eletronico. A Dow Jones também possui um servigo no didos, géiiéliéarnlznle, em servigos de notificagao corrente internos e externos.
fonnato de boletim, Current News This Just In, que traz as mais importantes Os forne'cedofes"e>kternos incluem: servigos de péginas de sumérios, produtores
noticias do dia sobre economiae acontecimentos mundiais. de bases de dados e servigos de buscas em linha. 0 futuro dos senrigos de alerta
faz parte de uma solugfio inlegrada para a area da lnformagao.
O futuro dos servigos de notificagao corrente .
Os servigos de notificagao corrente desenvolver-se-50 como parte integrante
dos sen/it;0s oferecidos por qualquer provedor de servieos em linha. As informa-
nan:
1

INDICES IMPRESSOS E SERVICOS DE NOTIFICACAO CORRENTE 3Il


310 RECUPERACAO on INFORMACAO ¢r .

Servigos de notificagéo corrente , I


QUESITOS or REVISAO 1
Beesongj A. Text reformatting and current awareness services in a medical library using
IIdentifique trés tipos diferentes de indices impressos. Explique as Reform. Library micromation news, v. 34, p. I2-14, Dec. I991.
diferencas‘ entre eles. Cropley, .l. The practice of intelligence: adding value. The intelligent enterprise, v. l, n.
2 Que é um indice de citacoes? Como os vinculos entre citaeoes pode- I, pi. 25, Mar. I991. 9 -
riarn ser uteis num ambiente de buscas em linha? Ellis, E. Bulletin production using CAIRS. Library micromation news, v. 34,- p. 9-12,
3 Quais sao _os componentes basicos de um servieo de notificacao cor- Dec. 1991.
_ rente? _ _ g Hall, A.- The Social Work Information Bulletin: current awareness for social scientists.
ASS'lGnation." Aslib Social Sciences Information Group newsleller, v. 7, rt. Z, p, 30-
4 Que é um servico interno dc notificaciio corrente? Analise como um
31, Ian. I990. -i
servico desse tipo seria utilizado para atender as necessidades dos Kemp, A. Current awareness services. London: Bingley, I979.
__ usuarios de informaooes institucionais. Richards, D. Dissemination ofinformation. In: Dossett, Patti (ed.) Handbook ofspeciol
S Identifique os varios tipos de servico extemo de notificacao corrente. librarianship and information work. London: Aslib, 1992.
6 Qual a finalidade de services de alerta num ambiente baseado na Rowley, .l. Bibliographic current awareness services. Asiib proceedings, v. 37, n. 9, p.
Rede’? Como esse SEFVIQO se integraria com 0 acesso a recursos de 345.-353, Sept. I985.
,| .
informacao? -' * Z. Cnrrent-awareness services and the online hosts. In: Online information 92, 8-10
December 1992. London: I.-earned Information, I992, p. 251-262. ~
Z. Current awareness or competitive intelligence: a review ofthe options. Aslibpr0-
Bibliografia ceedings, v. 44, rt. ]Ill2, p. 36'!-372, l99Z._
Z. Revolution in current-awareness services. Jotirnol cflibrarianshzp and informa-
lrtdlCES impressos tion science, v. 26, n. l, p. 7-I3, I994.
Nota: A maioria das obras importantes que descrevem os conceitos relativos aos indices Whitehall, T. Practical cztrren!-awareness servicesfor libraries. Aldershot: Gower,
impressos foi escrita ha alguns anos. Os principios ainda permanecem validos. I986.
Wiggins, T.; Miller, N. Reference Update and Current Contents on Diskette: a review
American National Standards Institute. American standardfor library and information Of lwo new current-awareness services. Medical reference services quarterly, v. 9,
sciences and related publishing practices: basic criteria for indexes. New York: n. I, p. 1-12, Spring I990.
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11
13
Fungées dos sistemas de gerenciamento
de bibliotecas

OBJETIVOS

T| Este capitulo identifica as func;6es bésicas que costumam estar presentes em qualquer
sistema de gerenciarnento de bibliotecas, e examina a natureza das informagfies e dos
controles que um sistema desses oferece. O capitulo seguinte —cap|'tu1o14 —trata do
mercado dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas e focaliza mais detidamente
alguns exemploé desses sistemas. A0 término deste capitulo vocé estaré a par da
variedade de fungfies dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas em cada uma das
seguinles areas:
- encomenda 1-:3» aquisigéo
- cata1oga§éo
- catéiogos em linha de acesso pflblico e ouiras forma§ de catélogos
- controle de circula:;éo
- controle de pubiicagzées seriadas
- informaqbes gerenciais
' erfnpréstimos Entre bibliotecas
' informagéo comunitéria
* acesso é Internet.

13.1 lntrodugio
Os sistemas de gerenciamento de bibliotecas acham-se hoje consolidados como
ferramenta essencial no suporte a servigos eficazes para os clientes, gestio de
acervos e, em geral, administragfio dos servigos prestados por bibliotecas e ou-
tras instituigfies que provéem acesso a c0!e§r3es de documentos. O foco desses
sistemas estzi na manutengzio, desenvolvimento e controle do acervo. Suportam
seleqfio, encomenda, aquisigfio, confecgio dc etiquetas, catalogaqfio e controle
dc circulagéo do acervo da biblioteca, A lista 13.1 traz uma indicagfio mil de al-
gumas das fungfies que um sistema de gerenciamento dc bibliotecas precisa
possuir. Em muitas delas 0 sistema funciona basicamente como uma fonte de
infonnagfio sobre 0 estado do acervo e, por isso, conteré registros que descre-
vam os itens desse acervo e sua localizagfio. Essas informagfies servem para
responder a perguntas do tipo ‘O que exists no acervo?‘ ou ‘O que csté em-
FUNCOES DOS SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 3I7
316 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS

prestado e para quem?‘ Um sistema inforrnatizado as vezes controia reaimente - Empréstimo


0 acervo; por exempio, com um dispositivo de alerta, que aciona um sinal sonoro - Devoiugao
ou visual quando um livro reservado é devolvido ao baicéo dc circulapio. ' Renovagéo
Quanto mais atualizados forem os dados nos arquivos do computador, meihor - Multas
sera o controle da operaqéo. A maioria dos sistemas atende a maior parte do - Reservas
acervo. As publicagoes seriadas, porém, como sao continues, colocam proble- - Empréstirnos por perfodos curtos
mas especiais, principalmente na aquisigfio e controie dc assinaturas. - Manutengao do arquivo de leitores
Antes, o desenvolvimento dc sistemas era fragmentado, com algumas bi- - Consultas (relativas aos leitores ou fa situagao dos documentos) t
bliotecas primeiro desenvolvendo a catalogaoéo enquanto outras se concentra- - Notificagées
vam, por exemplo, na circulaqao. Os sistemas atuais sao integrados, baseados - Relatorios e estatfstjcas (sobre a utilizagéo do acervoi
em arquitetura de bases de dados relacionais. Neles os arquivos 550 inter1iga-
Controle de pubficagées seriadas
dos, de modo que exclusoes, acréscimos e outras mudangas num deles automa-
ticamente ativarn mudanoas apropriadas nos arquivos com ele rclacionados. - Encomendas (efetivagio e renovagao de assinaturas)
Este capitulo, portanto, descreve 0 que se pode considerar como caracteris— - Recebirnento (de cada fasciculo)
ticas comuns de um sistema de gerenciamento de bibliotecas na atual etapa de - Reclamagoes
seu desenvoivimento. Alguns sistemas também oferecem recursos adicionais, - Encadernagio (controle de voiumes que estejam sendo encadernados)
conforme se percebera nas descrigoes feitas no capitulo 14. - Contabilidade de custos
- Catalogagao (de itens novos)
LISTA 13.1 ~ Controle de circulagao (se os itens forem emprestados ou curcularem)
FUNQOES B§S|O\S DE UM SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS ' Consultas (relativas as publicagées seriadas)
' Relatérios e estatisticas
Reafizagao de encomendas e aquisigoes
- Encomendas lnformagoes gerenciais
4 I r
- Recebimentos ' Diversos relatorios e estattstjcas
~ Reclamagoes ' Ferramentas de anélise das informagoes estatisticas
- Contabilidade de custos
- Consultas (sobre a situagao das encomendas) Empréstimos entre bibliotecas {iguai ao controle da circulagfio, com menos
- Relatérios e estatfsticas (sobre as encomendas) opgoes)
Catalogagéo ' Entrada de dados
- Empréstjmo
- Entrada de dados - - Devolugao
- Contro1e de autoridade - Muitas
- lmp0rta<_;€1o (de registros de outras bases de dados) - Manutengéo do arquivo de leitores (pode ser 0 arquivo principal do con-
Catéfogos em linha de acesso pziblico e outras formas de cataiogos trole de circulagao}
- Acesso em linha ' Consultas
- Interface de acesso poblico - Relatorios e estatfsticas
- Outras formas de catalogos Informagéo cornunitéria
- Acesso a Internet
- Entrada de dados
' Acesso por parte de usuérios remotos pela Internet
- Acesso em 1inha
C Id ' I ' , .
Omroe ecjrcu agao - Interface de acesso publlco
- Definigao de pararnetros (conforme a politica de empréstimo, horario
de funcionamento, etc.)
v

318 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO oe BIBLIOTECAS Furwcoes oos SISTEMAS DE GERENCIAMENTO oa BIBLIOTECAS 319

..,- _,-_»_._- . 13.2 Sistemas de aquisicao registro dc encomenda de cada item normalmente inclui: nflmero do livro (por
exemplo, o ISBN), informagoes bibliograficas sucintas, mimero cie exempiares
ii
O processo de realizagao de compras presta-se muito bem a infozmatizaciio, uma encomendados, preco estimativo, moeda, livreiro, recursos orcamentarios. Es-
vez que se trata de procedimento administrativo relativamente simples, no qual
ses registros bibliograficos correspondem ao arquivo principal das encomendas
operaooes similares se aplicam a todas as categorias de bibliotecas. A maioria
em curso. Um segundo arquivo contera os nomes e endereqos dos livreiros que
dos sistemas de aquisicao Concentra-se em livros e outros tipos de material que
fornecem para a biblioteca, o qual deve permitir alteracoes. O arquivo de enco-
sao comprados uma tinica vez. p
menclas deve aceitar altera<;6es a medida que os livros vao sendo recebidos ou
As fungoes de um sistema de aquisicao sao especificadas basicamente da
que os iivreiros informem sobre a impossibilidade dc fornecé-ios, etc. Convém
seguinte forma:
que exista a possibilidade tie a biblioteca definir os !lpOS‘ClB encomendas, como,
~ receber registros de itens a serem adquiridos por exemplo, compras automaticas, livros para exame, assinaturas, doacoes,
- verificar se os itens solicitadosjé fazem parte do acervo ou se estao enco- intercambio e sugestoes de futuras aquisigoes. E possivel também dispor de
mendados controle das encomendas de mtlitiplos exempiares destinados a diferentes locais
- imprimir pedidos de compra ou enviar encomendas eletronicas aos fomece- e adquiridos com recursos financeiros de diferentes origens.
dores ou, entao, encomendar itens O processo tem inicio com a insercao dos pedidos no arquivo de enco-
' verificar se as encomendas estao em atraso e fazer seu acompanhamento mendas. isso aciona o despacho dos pedidos para 0 fomecedor, seja ern forma
- manter arquivo de registros de itens que foram encomendados impressa ou por via eietronica. Depois que o materiai é recebido, os registros do
- anotar a chegada de itens adquiridos e providenciar seu pagamento encomenda passam a constituir a base dos registros catalograficos. Num SIS-
' manter estazisticas e a contabilidade do orcamento para a compra de mate- tema integrado de aquisicao e catalogagao, os registros de encomendas sao
rial bibliografico. examinados e melhorados de modo a atender aos padroes cataiograficos. Nesta
etapa, também é possivel gerar os canoes do livro para utilizaofiio no sistema de
Algumas bibliotecas preferem que 0 sistema de aquisicfio notifique as pessoas, circulagao. A intervalos regulares o computador verifica quais sao as enco-
por via eietronica ou em papel, quanto ao recebimerito dos itens adquiridos e mendas que ainda nao foram atendidas. Em sintese, as saidas de um sistema de
produza varias listas de livros encomendados ou adquiridos recentemente. aquisicao sao comumente as seguintes:
Para que os dados inseridos num sistema de aquisicao atendam as fungoes
- listas impressas c eletronicas do arquivo de encomendas
acima citadas é preciso que incluam:
- listas de novas aquisicoes
- informacoes sobre as novas encomendas - balancetes contabeis
~ acréscimos on correcoes das encomendas feitas - reclamacoes _
' reiatérios dos livreiros - ~ sugestoes de futuras aquisicfies
- informacoes sobre os livros recebidos. ~ estatisticas
' canoes do livro
Todos os pedidos de compra feitos a biblioteca devem ser verificados, a fim de - papeletas para processamento.
se comprovar se o item respectivojé existe no acervo ou foi encomendado, além
de certificar que o registro bibliografico correspondents esta correto. Algumas A contabilidade de custos faz o controle das despesas. E preciso que o sisterna
dessas verificacoes sao feitas cotejando-se os itens pedidos com os arquivos verifique os saldos financeiros quando da criagao de cada encomenda. I-\‘bll3ll0—
residentes no computador relativos ao acervo existente ou com outros registros teca pode ter a opgao dc deixar que os recursos sejam gastos além do liinite. Sap
bibliograficos. A probabilidade de isso funcionar a contento depends de que a necessarios relatorios firiariceiros completes, e convém dispor de registros 1T1l-
referéncia fornecida pelo solicitante esteja pelo menos parcialmente correta. A nuciosos para fins de auditoria.
esse respeito, os ISBNS sao particuiarmente importantes. Com a ajuda do com- Nos sistemas de aquisioao, as operagoes processadas em lotes sao em geral
putador, os registros bibliograficos correspondentes a encomendas novas satisfatorias no que tange a certas atividades. A iniciativa de fazer funcionar em
podem ser extraidos de um arquivo de registros MARC, de um arquivo de itens linha os sistemas dc aquisicao so deu, geralmente, no émbito de sistemas inte-
que existam na biblioteca, de um arquivo de registros cooperativos, de um grados em linha. E bastante satisfatorio fazer as insercoes no arquivo de enco-
arquivo criado por urn fornecedor de livros, ou serem inseridos localmente. O mendas na forma de lotes, bem como verificar o andamemo das Blwomefldas *3
320 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS ' FUNCOES DOS SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 321

a situacao financeira-a intervalos, desde que 0 espaco de tempo entre 0 proces- se totalmente no MARC, outros aceitam registros nesse formato e os convex-tem
izzfglgrjiilfies HdJH'C8l'liE$AS6_]a.l'3ZOfl\iBltI'1BI1I€ curto. A entrada da encpmenda para um formato interno. Quando se dispoe de formatos altemativos, os sis-
linha de docu "1;[pt:5 1;'l[6ICaI‘l1l'JlO eletromco de dados facilitou os pedidos em temas comumente permitem que as bibliotecas definam campos para o registro
05 fornecedores de material para bibliotecas. bibliografico. A maioria dos sistemas atualiza automaticamente os arquivos de
indices assim que um registro é acrescentado ao arquivo, de modo que a recu-
Reflexao Ha diferengas entre os sistemas de aquisigao de material peracao seja feita imediatamente. E possivel que apresentem uma grande
para bibliotecas e os sistemas de compras em outros am- variedade de tipos de indexaeao.
bientes? . Os registros oriundos de bases de dados externas sao acrescentados a partir
de fita rnagnética ou por meio de importacao direta dos arquivos dos utilitarios
13.3 Sistemas de catalogagéo bibliograficos. Outra opcao é adquirir registros em cederrom e fazer a importa-
cao de registros a partir de bases de dados em cederrom.
O objetivo de qualquer sistema informatizado de caralogacao e criar cataiogos O controle de autoridade é importante quando for preciso controlar a forma
adeqpados. Com essa finalidade. os registros podem ser extraidos de uma das
dos termos de indexacao ou dos cabeqalhos, como os de autor, ou os termos de
seguintes fontes;
indexacao de assuntos. As bibliotecas mantém um arquivo de autoridade, a firn
' arquivos de registros MARC disponiveis comercialmente de melhorar a coeréncia da indexacao. Os registros constantes desse arquivo sao
' catalogo coletivo do acervo de varias bibliotecas, ou outra base de dados criados localrnente ou extraidos de arquivos disponiveis em outras instituicoes,
compartilhada como, por exemplo, 0s arquivos de autoridade de nomes pessoais e assuntos da
' arquivo dc registros mantido pela biblioteca (isto e’, os registros abrangidos Library ofCongress. O arquivo de autoridade normalmente é consultado durante
pelo catalogo existente na biblioteca) 0 processo de inclexacao e catalogacao, possivelmente visualizando-o numa
' sistema de aquisicio da biblioteca janela a parte, a ele acreseentando-se, imediatamente, novos cabecalhos, com a
- catalogacao local. possibilidade de, posteriormente, fazer-se sua revisao e validacao. As vezes é
também possivel acrescentar ao arquivo de autoridade remissivas ou termos
O5 registros pertinentes e apropriados, depois de modificados para se confor- relacionados, que serao mostrados no catalogo em linha de acesso publico. O
marem as necessidades locais (por exemplo, indicacao de entradas secundarias,
arquivo de autoridade de assuntos pode ter a forma de tesauro, que mostra toda
remissivas) e a inclusao de dados locais (por exemplo, niimeros de classifi-
a gama de empregos dos termos reiacionados, especificos e genéricos.
cacao, localizacao), sao acrescentados ao arquivo-mestre ou arquivo principal
dos registros catalograficos do acervo da biblioteca.
Perspectiva histérica
As principais caractcristicas de um modulo de catalogacao sao:
Ao longo dos ultimos 20 anos as bases de dados e os catalogos em linha de
- entrada de dados
acesso piiblico foram gradativamente substituindo os catalogos em fichas, em
' importacao
folhas soltas e em microfichas. O efeito dessa evolucao foi uma mudanca nota-
' controle de autoridade.
vel na natureza e funcao do registro catalografico. Vale a pena enumerar o im-
I? importante qiue a entrada de dados para a criacao local dos registros seja facil. pacto dessas mudancas, pois ilustra o impacto geral da informatica nos proces-
E comum os sistemas empregarem para a funcao cle encomenda e aquisicao o sos bibliotecarios:
Zietsrpo registro utilizado no modulo de catalogaciio. Faz-se a entrada por meio
1 Os registros catalograficos passaram a ser o registro bibiiograflco funda-
el as formatadas com recursos semelhantes ao do processamento de textos. E
mental do sistema de gerenciamento de bibliotecas. Esses registros sao uti-
preciso proteger 0s rétulos de campos e outras areas da tela, e a entrada de dados
lizados no subsistema de catalogacao, controle de circulacao e de aquisi-
em alguns campos, como 0 do ISBN, deve ser validada para assegurar que os
goes. inversamente, isso tornou necessario ter em coma os requisitos desses
dados inseridos estejam no formato (;Q[Te[Q_
sistemas quando se projeta a forma do registro catalografico.
No.que concerne ao formato do registro, o MARC merece especial atengao.
2 O intercfimbio de registros catalograficos levou a uma maior padronizacao
Os registros externos dos utilitarios bibliograficos apresentam-se geralmente
deles. As ferramentas empregadas como suporte a criacao de registros cata
num dos formatos de registro MARC. Os sistemas locais devem, pelo menos, ter
lograficos, como as Angi'o-American Cataloguing Rules, o sistema de elas
°°"d'9°@5 de mfifllpulfif 0 FOWMIO file registro MARC. Alguns sistemas baseiam-
FUNCOES DOS SISTEMAS DE GERENCLAMENTO DE BIBLIOTECAS 323
322 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS
apropriada dc acordo com a etapa alcancada na busca. Alguns sistemas também
sificacao decimal de Dewey, o sistema de classificacao da Library ofCon- permitem que a biblioteca define, para seu pessoal e o pt'1blico,quais os campos
gress, e as Descricoes Bibliograficas lnremacionais Normalizadas (ISBDs) a serem indexados. Muitas vezes 0 pessoal utiliza comandos como atalhos aos
foram adotadas dc modo muito mais amplo e muito mais fidedigno do que menus e para mostrar informacoes que nao estejam disponiveis para o ptibiico.
se deu com seus antecessores até o advento dos computadores. Ademais, A maioria dos sistemas oferece a possibilidade de buscas tanto por expres-
essas ferramentas tomaram-se mais importantes para a criacéo de registros soes quanto por palavras-chave. No caso de buscas por expressoes em geral
catalograficos eficazes e, por sua vez, passaram a ser aperfeicoadas de modo encontra-se implicito o recurso de truncamento a direita. No caso de buscas por
mais rigoroso do que o exigido por seus antecessores. palavras-chave, normalmente se insere, quando necessario, um simbolo indi-
3 A disponibilidade de catalogos coletivos em forma mais completa contri- cativo de truncamento. As buscas por palavras-chave podem existir para todos
buiu para empréstimos entre bibliotecas, politicas de aquisicao cooperativa os campos ou estar iimitadas a determinados campos. Ha outros recursos de
e iniciativas de armazenamento cooperativo mais eficazes, além de outras busca que sao variados e diferem bastante de um sistema para outro. O sistema
atividades de cooperacao no que tange aos recursos das bibliotecas e sua pode oferecer a possibilidade de uso dc operadores booleanos para a manipu-
utilizacao regional OLI nacional, que também se tornaram muito mais efica- lacao de frases e termos de busca formados de duas ou trés palavras. As vezes
zes. O registro preseme num catalogo coletivo é pre-requisito importante esses recursos sao aplicados de forma implicita— em outras palavras, quem faz
para o melhoramento dos sistemas dc fornecimento de documentos. as buscas nao precisa digita-los. Se inserir uma expressao formada por duas ou
4 Os catalogadores nao precisam fazer a intercalacao de flchas, nem qualquer trés palavras, 0 sistema automaticamente efetuara uma busca do tipo E [AND].
outra rotina de manutencao dos catalogos, exceto quando for preciso alterar Cada vez se tomam mais comuns os simbolos de truncamento e os qualificatio-
os registros do acervo devido a mudancas no proprio acervo. . res que identificam o campo no qual um termo de busca sera encontrado. Com
5 E possivel escolher diferentes formatos de catalogos para diferentes locali- o advento das interfaces graficas, tornou-se possivel incluir uma gama de recur-
zacoes, o que permite formatos de registro diferentes, acesso a diferentes sos de recuperacao da informacao em menus ou como opcfies em botoes ou
subconjuntos da base de dados e diferentes formas fisicas de catalogos. caixas de confirmacao.
6 O processo dc catalogacao tornou-se mais esrruturado, com uma grande Uma vez identiflcados os registros, existem varias maneiras de exibi-los.
parte do acervo sendo processada rapidamente. A amplitude do uso com- Alguns sistemas exibem o indice ou uma lista de registros abreviados antes de
partilhado de registros caralograficos significou tanto o compartilhamento exibir 0 registro completo; outros, no caso de so ter sido iocalizado um item,
de experiéncia profissional quanto uma rcducao do trabalho de catalogagao mostrarao diretamente o registro correspondente. Comumente a exibicio do re-
e, portanto, dos recursos financeiros destinados a catalogacao. gistro completo inclui informaeoes de acervo relativas a cada exemplar, bem
como os dados bibliograficos essenciais. N0 caso de estarem disponiveis para o
Reflexao Quais as caracterfsticas do processamento informatizado ptiblico, muitas vezes é necessario consultar outra tela para descobrir a situacao
de registros catalogréficos e de outros tipos que sao essen- do documento no que se refere a seulempréslimo. As exibicoes dos registros
ciais para as mudangas descritas acima em relacao a fun- podem ser definidas pela biblioteca. Sao adotadas medidas de seguranca para
gao do registro catalografico? ocultar informacoes sigilosas. Alguns sistemas, quando nao conseguem iden-
. . . . - . . . . - . . . . . . . . . . . . - - - - . . . . . . - . . . . ..................-.......
tificar documentos que coincidam com as buscas, mostram o indice. Como essa
13.4 Catalogos em iinha de acesso piiibiico e outras formas de situaoao pode ocorrer com relativa freqtiéncia, e’ comum oferecer-se o recurso
catalogos que permite compulsar o indice e/ou uma lista de registros abreviados.
O modulo de catalogo vem geralmente com um catalogo em linha de acesso Inovacoes importantes recentes nos catalogos em linha dc acesso piiblico
publico pre-programado que pode ser utilizado como ponto de partida. A maio- referem-se a terminais abertos ao pilblico, no formato de quiosques, e vinculos
ria das bibliotecas preferira aproveitar a oportunidade para adequar 0 catalogo com a Internet. Estes terminais geralmente funcionam com telas sensiveis ao
em linha de acesso piiblico a sua situacao especiflca, e para isso existe comu- toque. Essas interfaces em geral dependem bastante de menus em que o usuario
mente um recurso que permite a cada biblioteca projetar seu proprio catalogo em seleciona uma opcao ao tocar na tela. A gama de recursos de busca é mais limi-
linha de acesso piiiblico. A biblioteca pode identiflcar e projetar menus espe- tada do que no caso de terminals que incluam acesso por teclado. Os quiosques
cificos para uso de seu pessoal e do pfiblico, inclusive a definicao de dialogos e desrinam-se a ser usados em qualquer local onde haja bastante transito de pes-
mensagens, bem como qualquer informacao e textos de ajuda. A ajuda normal- soas, como bibliotecas péiblicas, centros comerciais e estacoes ferroviarias.
mente é especifica de um contexto, e assim é possivel exibir uma mensagem
FUNCOES DOS SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DEBIBLIOTECAS 325
324 SISTEMAS DE GERENCEAMENTO DE BIBLIOTECAS
As bibliotecas diferem quanto as prioridades que atribuem a cada uma dessas
Varias interfaces para catalogos em linha de acesso pdblico oferecem uma
funcoes, dependendo, em certa medida, do nivel de demanda a que estejam
opcao que permite acesso a Internet mediante a mesma interface utilizada para sujeitas e da urgéncia dos pedidos corn que lidam. Além disso, alguns grupos de
fazer buscas no catalogo da biblioteca.
material e de usuarios podem ser diferencados; as bibliotecas universitarias, por
Além do acesso em linha as bases de dados catalogréficos, a maioria dos
exemplo, muitas vezes aclministram colecoes destinadas a empréstimos de curto
sistemas também suporta a geracao de catalogos impressos em papel, que podem prazo, forrnadas por textos didaticos de elevada demanda, e oferecern periodos
ser usados como copia de seguranca ou em momentos de alta demanda, que sao
dc empréstimo diferencados para estudantes e professores.
iiteis em certos locais, como sucursais pequenas ou colecoes especiais siruadas
Além dessas trés funcoes basicas, também convém a maior parte das
em lugares afastados e que niio estejam conectadas a um sistema em linha.
bibliotecas que seus sistemas de controle de circulacao:
Normalmente, as copias em papel sao produzidas na forma de flchas, catalogos
impressos, indices e outras listas, possivelmente seletivas, e saida de compu- - reconhecam e possivelmente interceptem, quando de sua devolucao, livros
tador em microforma (COM). E importante que o sistema, no caso de listagens que foram reservados enquanro estavam emprestados
impressas, suporte a geracao de uma variedade de diferentes seqtiéncias cle - preparern (inclusive imprimam e despachem) notificacoes de atraso e pedi-
catalogos ou indices, por exemplo, por autor, titulo e assuntos. E claro que essas dos de devolucao
versoes impressas também precisam ser formatadas ou diagramadas na pagina - mantenham registros da quantidade de livros que se acham emprestados a
ou na ficha. E iitil contar com varias opcoes, cle modo que a biblioteca possa cada leitor e comuniquem quando o limite maximo for ultrapassado e infor-
definir seu proprio formato. Alguns sistemas contam com um recurso adicional mern acerca de leitores probiematicos
que oferece a opcao de criar um catalogo em cederrom. Isso sera ilitil para - facilitem as renovacoes de empréstimos
aquelas bibliotecas que queiram dar ampla divulgacao a seus catalogos, ou que - facilitem o calculo e o recebimento de multas
considerem que o cederrom oferece melhor relacao custo-eficacia do que o uso - retinam estatisticas sobre empréstimos feitos
extensivo das telecomunicacoes. - sej am confiaveis.

Reflexao Os catélogos em linha de acesso ptiiblico foram considera- Dentre os aprimoramentos das funcoes basicas de empréstimo, renovacao,
dos a vitrina da biblioteca. Quais as impiicagoes disso para devolucao, muitas e reservas, que suportarao uma biblioteca onde haja grande
o projeto desses catalogos? afluéncia, com miiltiplos pontos de atendimento, temos: '
- capacidade de cobrir multiplos pontos de atendimento, cada um deles com
seu proprio acervo, leitores e parfimetros de circulacao correspondentes
13.5 Sistemas de controle de circulacio
- definicao de periodos de empréstimo
Todos os sistemas de controle decirculacao tem a ver com uma das funcoes - definicao da localizacao dos registros do leitor
fundamentais da biblioteca: a disponibilidade dos documentos. O acervo da - pedidos de devolucao ou retencao de itens, edicoes ou titulos
biblioteca, sejam livros ou outros materials, deve ser colocado a disposicao de - impress?-io de recibos de devolucoes
todos os clientes imediatamente ou tao logo quanto seja possivel apos se - uma variedade de categorias de acervos e leitores, cada qual com seus pré-
expressar uma demanda. prios parfimetros de circulacao definidos pela biblioteca -
~ pagamento de muitas, complementado por um registro de informacoes so-
Principios do controle de circulagio ‘ore o pagamerito, como data, terminal e operador, além de recibos impres-
SOS.
A fim de alcancar a disponibilidade maxima de seu acervo, todas as bibliotecas
controlam a circulagao, mantendo registros que especiflcam, no minimo:
Reflexao Escolha trés dos recursos acima e explique por que seriam
~ qual o material que se encontra no acervo ou que esta prontamente acessivel necessaries num grande sistema de bibliotecas piiblicas
por meio de outros canais com varios ramais situados em diferentes lugares.
' qual o material que esta emprestado e de quem ou onde pode ser resgatado
- quando um material que se acha emprestado voltaré a estar disponivel na
_ biblioteca para outros clientes.
\

326 SISTEMAS 05 oeasucnuvnawro DE suauorsms FUNCCIES DOS SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 32']

Ao sc cstudar qual 0 sistema dc controle de circulagfio é mais adequado, assu- E comum manter as informagoes bibliograficas numa base de dados separada,
mem importfincia os seguintes fatores: exclusiva dos livros ou documentos; normalmente essa é a base de dados
- a quantidade dc itens disponiveis para empréstimo . _ _ _
catalogréficos. Fornece informagées sobre titulos, autores e dados de edigao
- a quantidade de itens emprestados e devolvidos todos os duas e a drstnbulgao utilizados nos avisos de atraso enviados aos usuarios. No entanto, quando a base
dos empréstimos ao longo do tempo dc dados catalogréficos nfio é totalmente abrangente e so cobre 0 acervo recente,
- a quantidade de reservas feitas diariameme outra alternativa é criar um subarquivo do catalogo, ou um minicatalogo, que
- a quantidade de leitores registrados inclua, para cada documento, por exemplo, apenas autor e titulo.
- a quantidade de sucursais e pontos de atendimento. Uma terceira base de dados contera mais informagfies sobre os leitores. E
fundamental, para a impressao de notificagoes de airaso e manter contatos C0m
Também é importante tentar fazer uma previsao de quais serao as mudanqas que os Ieitores, que se disponha de seus nomes e endereqos. Também podem ser uteis
ocorrerao nesses parametros ao longo de um perlodo dc alguns anos. No caso de dados administrativos adicionais sobre 0 perfil do usuario, como cargo, sexo,
um sistema mais abrangente também é precise especlflcar parametros que dlgam nivel educacional e idade. Essas informaeoes muitas vezes sao importadas de
respeito a: outra fonte, como os registros acadérnicos dos alunos ou os prontuarios do
pessoal.
- retiradas, renovagoes e atrasos
- a quantidade diaria de retiradas e renovagoes
Nrimeros de reglstro de documentos e de leitores
- a quantidade de atrasos _
' 0 prazo das notificagoes dc atraso, das sollcltagoes de devolugao, das nonfi- Jé se esclareceu que os mimeros de registro de documentos e de leitores cons-
caeoes de que os documentos se acham CllS[JOI‘llVBlS, etc. titucm um componente importante das bases dc dados e da alimentagao das
bases de dados de um sistema de controle de circulagfio. Tanto os mlmeros de
Considerados em conjunto, esses parémetros decidirao as caracteristicas basi- registro dos documentos quanto dos usuarios serao atribuidos dc modo a identi-
cas do sistema informatizado, tais como: ficar inequivocamente documento e leitor. Os mlmeros de registro de documen-
tos em sistemas inforrnatizados de circulaeéo adotam um dos seguintes estilos:
- 0 tamanho do processador
- a quantidade de estagoes de trabalho l Um mllmero de registro normalmente derivado de um sistema existente de
- a quantidade de pessoal que seré necessario para operar 0 slstema atribuiqfio de mllmeros de tombamento.
- a natureza das conexdes de telecomunrcaqoes. 2 Um cddigo alfabético ou mlmero aleatorio, muitas vezes atribuido ao acaso,
usando etiquetas onde os nirmerosja se acham pré-impressos; essas etique-
Valores diferentes para os parfimetros acima levam a ampla variedade de siste-
tas s50 facilmente coladas nos livros sem maiores preparos.
mas de controle dc circulaoao e,p0r1ss0,é1mprovavelque determmado SlSI€I'l'l2l
3 Um mimero de livro base-ado no ISBN. Todos os ISBN5 térn de ser comple-
seja sempre igualmente flpl'0pfl3dO a todas as sltuagoes.
mentaclos com um mlmero indicativo do exemplar, pois som_ente identifi-
cam de modo inequivoco o titulo e nao o exemplar. O ndmero dai resultante
Componentes de um sistema informatizado de controle de circulagio
talvez seja desnecessariamentc bastante extenso. Além disso, alguns titulos
Bases de dados nfio possuem ISBN, tornando-se necessério que a biblioteca atribua-lhes um
mimero que Ihe seja equivalente.
A espinha dorsal do sistema de controle de circulagao é_a base de dados de
transagoes ou empréstimos. Essa base compreende uma sene de reg1stros, sendo 4 Um nfimero estruturado que inclua informagzoes adicionais acerca do exem-
plar. Muitas bibliotecas pflblicas utilizam sistemas diferentes do ISBN ba-
um para cada transaeao. Cada registro deve especificar, no minimo, 0 segumte:
seados em nflmeros de nove ou dez digitos, que especificam 0 mimero de
- informagoes sobre 0 documento, por exemplo, seu mlmero de registro _ registro, o numero do exemplar e sua localizagao. Frcqucntemente esses
- informaqoes sobre 0 usuério, por exemplo, 0 mimero de reglstro do usuano nirmeros sao ligados aos lSBNs tao utilizados nos sistemas catalograficos.
- a data quando a transagao foi efetuada (a data de Ffitlfiidfl ou devolugao).
As opgoes quanto aos nfimeros dos usuarios sao similares, com excegao de que
inexiste 0 dilema ISBN ou nao-ISBN. Os nfimeros de registro de usuério assumem
uma das seguintes formasz
$1
\- l

328 SISTEMAS DE GERENCMMENTO DE BIBLIOTECAS


runcoas oos SISTEMAS DE oeaswcmmewro oz BIBLIOTECAS 329
13.6 Controle de publicagées seriadas
1 Um mlmero preexistente e que é utilizado em toda a instituiqfio, como, por
exemplo, 0 numero de matricula do aluno ou funcionario. A utilizagao desse Uma publicagao seriada, segundo definigéo do International Serials Data Sys-
niimero contribui para a integraeao dc todas as bases de dados que tratam de tem _(lSDS), de Paris, é “uma publicaeao edilada em partes sucessivas e que se
pessoal e/ou estudantes na instituigao. destma a continuar indefinidamente”. E ainda: “as publicagoes seriadas abran-
2 Um numero aleatorio exclusivo, que seja facil de atribuir. gem periodic0s,jornais, anuarios, revistas, memorias, atas e relatorios, etc. de
3 Um numero estruturado que contenha informagoes, como a sucursal onde 0 instituigoes, bem como séries monograficas. Uma publicaeao seriada pode ser
usuario esteja registrado e sua categoria (por exemplo, residente, nao-resi- impressa ou utilizar técnicas sucedéneas da impressao, e suas partes comumente
dente, estudante, etc.). apresentam designaeoes numéricas ou cronologicas." A maioria das bibliotecas
concorda, pelo menos em parte, com essa definiqao, porém a ex pressfio ‘publi-
Reflexéo Examine 0 numero de registro em seu cartao de matricula cagao seriada’ com certeza nem sempre é empregada por todos os proflssionais
na biblioteca e os mimeros de documento presentes em al- da informaeao para indicar precisamente as mesmas categorias cle publicaeoes.
guns livros ou outros itens que tenha retirado por emprés- As publicaeoes seriadas se distiriguem dos livros devido a sua natureza do
timo. Dos tipos de nfimeros acima mencionados quais fo- publicagoes continuas. Qualquer sistema de _c0ntrole de publicaefies seriadas
ram usados? nonnalmente, em comparaefio com um sistema do controle de livros, lida com
um numero menor de titulos, no entanto registraré mais lnformaeoes sobre cada
Os sistemas em linha oferecem bom controle do acervo. E possivel registrar os titulo e com certeza tera de se defrontar com um mimero maior de transaeoes por
empréstimos por terminal, com a imediata atualizagao das bases de dados. A titulo. Por esse motivo, entre outros, os sistemas de controle de publicagoes
consulta subseqiiente as bases de dados pode ser feita de imediato e elas infor- seriadas sao freqiientemente diferentes dos sistemas destinados a livros, vol-
marao a situaeao atua]. Assim, é possivel identificar no balcfio dc circulaoao os tando-se exclusivamente para os problemas tipicos dessas publieagoes. Um sis-
pedidos de empréstimo que ultrapassem a quota permitida, bem como os usua- tema integrado de controle de publicagoes seriadas_ nao obstante, apresenta
rios problematicos. As multas podem ser calculadas em atendimento a pedidos todos os trés subsistemasja mencionados para os livros, a saber:
dos usuérios, bem como é possivel fazer instantaneamente ou no momento mais
aP ropriacio as reservas e outras alteragoes nos registros dos livros. Os sistemas - sistema de aquisigfio — para controlar a seleeao, encomenda e recebimen-
em linha em geral dispoem de algum sistema de seguranqa para 0 caso de pane to das publicaeoe seriadas, pagamento e emissao de reclamaeoes quando os
nas telecomunicagoes ou no equiparnento de informatica. Esse sistema de indices ou alguns fasciculos nfio forem recebidos
seguranea devera contar com dispositivo que registre o que ocorre no terminal, - catalogaeao —— ou manuteneao de registros das colegoes
mostrando varios dados sobre os empréstimos, etc., em modo fora de linha. - controle de circulaqao —- ou manuteneao de registros sobre a disponibilidade
das publicagoes seriadas, inclusive circulagao e encadernagéio.
Dlspositivos de captura de dados .
Também E‘; importante que sejam geradas estatisticas de carater administrative.
Diversos dispositivos de captura de dados que permitem a leitura facil de nome- A fig,ura l ;.l apresenta breve apanhado das funeoes dos sistemas de controle de
ros de registro de documentos e usuarios, de modo que as diversas transaqoes, pubhcaeoe seriadas.
como as de empréstimo, possam ser efetuadas, sao importantes nos sistemas de
controle de circulaeiio. A captura de dados baseia-se, geralmente, em codigos de Problemas exclusivos das publicagées seriadas
barras, que sao empregados para eodificar tanto os numeros de registro dos
usuérios quanto dos documentos, e que podem ser lidos com um escaner de mesa Em tragzos germs, os slstemas de aquisieao e catalogaefio de publicaeoes seria-
colocado na superficie de uma estaeao de servigto do controle de circulagao, ou das tem I'l1Ul['O em comum com os que se destinam a livros. Contudo, os pontos
com o emprego de um escaner portatil ou uma caneta optica. que se seguem resumem algumas das caracteristicas que sao peculiares ao
- . . . . . . . - - . . . . . . . . . - . | . ...-i..~.............--..-....-........- controle das publicaeoes seriadas;
Reflexao Por que é importante, na administragao dos servigos aos 1 Easciculos sucessavos sao recebidos a intervalos regulares ou irregulares,
usuérios da biblioteca, que as transagoes de empréstimos sendo importante garantir que seu recebimento se dé tao logo tenham sido
sejam feitas rapidamente? publicados (verificar se os fasciculos foram efetivamente editados pode
ser uma tarefa ardua).
.
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~. FUNCOES DOS SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 33 I


330 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS
seriadas. As renovacoes devem ser definidas e encaminhadas no momento apro-
2' As assinaturas devem ser renovadas repetidamente. _ priado. Por isso, a encomenda precisa informar sobre as datas de renovagao e os
3 Os dados catalograficos descrevem tanto a publicaeao seriada quanto sua
niveis de assinatura, e 0 processamento deve incluir a possibilidade de exa-
colegao existente na biblioteca e, portanto, sao relativamente extensos.
minar os registros para veriflcar as datas de renovacao. Além disso, é preciso
4 As publicagoes seriadas mudarn de titulo, sao editadas com titulos variantes
incluir dados suficientes que facilitem a identificagao do fomecedor ou da ins-
(por exemplo, titulos traduzidos) e alteram sua periodicidade. E preciso in-
tituicao a qual a publicagao sera encomendada.
cluir remissivas para titulos de periodicos que tenham vinculaeao entre si.
Como os fasciculos se publicam regularmente, a aquisicao é uma das prin-
5 O sistema deve colaborar com 0 servieo de encademagao, mantendo e im-
cipais fungzoes cle qualquer sistema de controle de publicacoes seriadas. A fun-
primindo nas ocasioes oportunas instrucoes relativas a encademacao.
gao de aquislcao pode ser dividida em recebimento e r_ec_l_arnaga0. O recebi-
6 As publicaeoes seriadas mudam de editora.
mento implica um grande volume de verificacoes. A0 receber um fasciculo, é
7 Os indices, numeros especiais e suplementos devem ser controlados.
preciso examina-lo para se cenificar de que se trata do item coneto e entao alte-
8 Algurnas publicagoes seriadas sao recebidas nao por assinatura, mas, prin-
rar os registros-mestre para que dele constem as novas incorporaeoes. A funefio
cipalmente em bibliotecas especializadas e colecoes especiais, por meio
de reclamacao é uma atividacle menor, mas talvez mais cornplexa. O momento
de doacao ou pennuta.
em que se devem desencadear os p1'OC6SS05 de reclamaeao constitui matéria
E preciso manter uma grande quantidade de dados de cada publicaeao seriada, subordinada ao discernimento proflssional do gerente de inforrnaeao. O compu-
e ha necessidade tie registrar, freqtiente e repetitivamente, acréscimos ou alte- tador pode ajudar, fomecendo listagens com informaeoes de que 0 gerente de
racoes. so por esse motivo a inforrnatizaeao constitui uma proposta atraente informacao precisa para exercer esse discemimento.
para o controle das publicacoes seriadas. No entanto, os sistemas dc controle de Outra funeéio também ligada a de aquisieao e’ o controle de assinaturas. A fim
publicacoes seriadas tém sofrido menos influéncia das solucoes cooperativas e de desempenhar esta funcao, o registro-mestre deve incluir informacoes sobre
centralizadas, devido em parte ao fato dc se encontrarem no contexto de biblio- quando “as assinaturas serao renovadas. A intervalos regulates, uma lista de
tecas universitarias e especializadas. assinaturas que estejam no ponto de ser renovadas sera impressa para que o
O deseniqplvimento de sistemas de controle de publicacoes seriadas ficou bibliotecario a examine atentamente. Depois de tomada a decisao sobre as reno-
atrasado embomparacao com sistemas similares destinados a livros. Esse pro- vaeoes a serem feitas, serao geradas notificagoes de renovacao, impressas ou
gresso mais lento deveu-se em pane a eomplexidade inerente a um sistema eletronicas. Nesse contexto, a outra funeao do sistema sera a rnanuteneao de
completo de controle de publicaqfies seriadas, mas também resultou da menor registros contébeis e sua impressao, quando necessario.
prioridade dada ao controle dessas publicagoes em comparacgfio com 0 controle
de livros. O desenvolvimento de sistemas de controle de publicacoes seriadas Sistemas de catalogagéo . i
tem sido uma questao de maior prioridade em bibliotecas universitarias e espe- Os formatos dc catalogos, encomendas, processos, etc. sao basicamente simi-
cializadas, onde esse material representa uma proporgao do acervo maior do lares tanto para publicacfies seriadas quanto para livros. A partir do arquivo-
que, por exemplo, nas bibliotecas publicas que realizam empréstimos. mestre sao geraclas listas em diversas ordens, por exemplo, de titulos, assuntos,
localizacao, fornecedores. Os catalogos de publicaeoes seriadas sao impressos
Reflexéio Quantas lransagoes serao necesszirias por ano para garantir em formato de livro ou em microforma ou estao acesslveis por meio de catalo-
0 recebimento de todos 05 fascfculos de um periédico publi- gos em linha de acesso publico. A freqijéncia de atualizaeiio dessas listas é
cado mensalmente, com um indice anual, e que serzi enca- variavel, mas costume ser mensal ou anual, ou se situar entre estas duas fre-
dernado formando volumes anuais? qtiéncias. O contefido e o formato do registro bibliografico das publicaeoes
l seriadas variam consideravelmente entre os diferentes sistemas. Alguns cata-
Subsistemas de controle de publicagfies seriadas logos baseiam-se na 1SBD(S) e outros nos formatos ISDS, enquanto ha sistemas
Sistemas de aquisigéo ~- que adotam formatos proprios. Um dos problemas a serem resolvldos por todos
os catalogadores diz respeito as mudancas e variacoes de titulos. E preciso
A encomenda inicial de uma publicacao seriada é afim a encomenda de um livro. estabelecer remissivas entre titulos que guardem alguma relagfio entre si.
A efetivacao de uma encomenda inclui processos de solicitacao, aprovacao,
verificacao, pagamento e contabilidade, para cada novo titulo. As p1'll'lClp&lS
dificuldades se devem a natureza continua das assinaturas das publicagoes
Fuucoas oos SISTEMAS DE oeaencmmeuro os BIBLIOTECAS 333
332 SlSTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BlBLlOTECAS
Esses dados fomiam a base de um conjunto de listas, que auxilia no controle das
Controle de circulagéo e encadernagao varias funcoes, e que incluiriam registros de recebimento, controle de faturas e
A circulacao, no que concerne as publicacoes seriadas, adota freqtientemente do servico de encademaqao, lista de erros, reclamacoes e pedidos de renovaeao,
esquemas diferentes dos adotados para livros. Caso seja permitido 0 emprésti- listas de novas aquisieoes e de colecoes existentes e sinopses estatisticas.
mo de publicacoes seriadas, bastara adotar o mesmo sistema de controle de cir-
culacfio ernpregado para os livros. Muitas vezes, contudo, as publicagoes seria- 13.7 lnformagoes gerenciais
das destinam-se apenas a leitura no local. Em bibliotecas espeeializadas, é co- Os sistemas de gerenciamento de bibliotecas contém muitos dados que, se
mum encontrar sistemas especiais de circulacao, que, se forem suficientemente extraidos, resumiclos e analisados adequadamente, servirao de apoio ao proces-
grandes, poderao ser inforrnatizados. Certos periodicos circulam entre os leito- so decisorio administrative. A maior parte cios sistemas de gerenciamento de
res que expressaram seu interesse por eles. Um sistema informatizado de con- bibliotecas oferece trés tipos de recursos que produzem inforrna<;6es gerenciais:
trole dessa atividade tera uma lista dos periodicos retirados e outra de usuarios
e respectivos endereqzos, bem como alguma indicaeao das publicacoes a serem - recursos para processar consultas especificas
encaminhadas a usuarios especiflcos. Convém que 0 computador imprima uma - recursos para geracao padronizada de relatorios
lista de leitores, que sera apensa a cada fascieulo de cada titulo. - geradores de relatorios, ou melhor, modulos de informacoes gerenciais para
a criaefio de relatorios especificos ou definidos pelo usuario.
lnformagoes gerenciais
Selegao para aquisigao As consultas podem ser feitas em qualquer arquivo do sistema. Por exemplo,
Aquisigiio (inclusive renovagao de assinaturas) talvez seja util fazer uma consulta em linha no arquivo de aquisieao por autor,
Recebimento dos fasciculos e emissao de reclamagoes dos nao recebidos titulo, ou numero de encomenda, a procura de informacoes sobre uma enco-
Registro das colegoes existentes e possibilidade de acesso a suas listas mencla. Comumente existe a possibilidade, no arquivo de controle de circula-
Circulagio e empréstimo de fasciculos - eao, de acesso aos registros de usuarios pelo nome ou pelo numero, a procura de
Encadernagio dados sobre os documentos que se acham emprestados, renovados ou em atraso,
além de informaeoes sobre muitas e reservas feitas.
Figura 13.1 *Fung6es a serem desernpenhadas por um sistema de A maioria dos sistemas oferece um conjunto de relatorios padronizados
controle de publicagoes seriadas relativos a transacoes em varios rnodulos desses sistemas. A amplitude dos re-
latorios padronizados disponiveis é influenciada pela disponibilidade e quali-
Bases de dados dade de qualquer gerador de relatorios. Se este for de facll utilizacao, pode-se
A fim de desempenhar as funcoes acima, um sistema de controle de publicacoes argumentar que se torna menos necessario oferecer relatorios padronizados. No
seriadas contara com varias bases de dados que lhe sao essenciais. Todo 0 entanto, mesmo com um gerador de relatorios amigavel para 0 usuario, os rela-
sistema depende da base de registros-mestre, que inclui registros-mestre de torios padronizados continuam sendo uteis. Esses relatorios-modelo demons-
dados das publicacoes seriadas, mantidos numa série de arquivos interligados. tram os tipos de relatorios que sao comuns. Como exemplos temos:
Cada registro de um sistema abrangente de publieaeoes seriadas incluiré: - relatorios sobre fornecedores, que apresentam prazo de entrega, desempe-
- dados catalograficos (os registros baseiam-se no formato MARC ou outro for- nho, alteracoes de precos, custo médio por item e analise orcamentaria a
mato, provavelmente mais simples) intervalos
~ dados sobre aquisicao, inclusive datas de renovacao, nomes e endereeos de - relatorios sobre circulacao, com estatisticas de circuiagao, e analises por
editoras, codigos dos fornecedores, custos item, sucursal, categoria e usuario.
- dados sobre recebimento, tais como periodicidade da publicaoao, irregulari-
dades, critérios para emissao de reclamagoes Os geradores de relatorios sao ferramentas necessarias para que 0 gerente da
- dados sobre encadernagao, tais como cor e estilo, numero de fasciculos por biblioteca possa gerar relatorios especificos ou projetar relatorios pessoais para
tomo encadernado, tipo de encadernaoao uso regular. A complexidade dos geradores de relatérios existentes varia gran-
' dados sobre as colecoes existentes no acervo demente de um sistema para outro. Na avaliagao dos geradores de relatorios
- dados sobre circulacao, isto é. nomes e enderegos aos quais serao enviadas convém ter em conta as seguintes caracteristicas importantes:
as publicaeoes.
" J‘

5.‘— _
.,:,.

HFUNCOES DOS SISTEMAS DE CERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 335


334 SISTEMAS oE__oE'R_Et_~1c1AMaNTo DE BIBLIOTECAS ‘ix r“-“H___‘>~
-. . ' _‘
Sf

1mpre_s_sao,dos§av|sos de chegada.para_3uem solicitou 0 emprestimo e ano-


- serem amigaveis ‘para_b_.usl§.ério ' “ . :__
Jtagéessilsdbre qpais os itens qgé fQlT&j11'o§qtidos.
- a linguageni de consulta -5 ' -_,” _ ,-
‘F '., -V 2 - ~ J‘ ‘ ¢l.f4;Devplpg6es. Anotaeio das t;l,6\{Ql suaiizagfio de instrux;6e_s _espei:i-
- recursos para analise estattsttca dos dados.’ 7*" ‘
.1;
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1. , .|
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}-K-€JAA"E£aé§;9;_S> e advek;-tenc|as.LGeraeato L. U’S.aproprtadas.
. s 4.;a
51 H
4n.

Reflexéio ._G0mo?ojgerente
p Y _ da babliotega p0_den_a valer-se de um rela-
_§I~iRén'iQvai;6es. Processamentdjd ?3'i‘-"“’“¥gag:" de renovaqao para as bibliotecas
§@_t‘§irip§d'e_-cireulafgao que"coniiyesse estatisticas de circula-
§~§;io} ‘§i_esagr‘egatias poritem, sucursal, categoria e usuério
-_- :.= :_* .22"
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tileéepgprestaram 0 mate_rial_;_ l 2~"=,--0Q.'-i
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3 ,.~'_-L
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I.~;-r_i=:sp§l'l-A‘ci{tiv2i|“i1e|:3_te? Quais as sinteses estatisticas que ajuda- ,~;Il.~R€-:'c'la’r§i'a
?'_.um, - .i_.5ides 5"“ara as b"l5l"ot‘§'c':'
.~; . all 1"‘ 7?" at e“ dam a°s P edido 5*
L. 1 »- ._i‘f'.‘1“-°;‘1‘7f° ~- 5: 1::
L r'_iam“a inforinir a tomada de deijislfieis? ’ 8_=;%'CancéI'amento$. Anotagao,décancelamentos e geragfio de canas ou;mensa-
1; _ 5:14;? *' ~ . >‘* Q; 54»-*?' I 3 ;,¢_. =2:-i
. - N _’ -»--1;gens dc cancellamento. ,_ 1 §
9 C0n5ulta5,'p0lj<.n[1rn6r0 do pedido;.auto'r; titulo ou soltcitante. ;~‘
13.8 Sistenias de emprestimos entre bibliotecas,-. ‘F '-¢ 5 4: £3; *3 53’ 5.__edlif5“-rvs ')':l
.

U . . .;- 1 , ‘.._' . '*~ _ . . i’ “


Os sistemas dc empréstimos erjre bibliotecas execiuam o processamento decor- A_ ITIHIOTIH.' dosslstemas 1- _
tambem !j-
pro'p0rcrona_tnfpnnag:oes
‘~_‘ v.-s -_ V" .:_ V _
gCl'6I‘lC1E:llS
_
e;-alguns.-
rente de pedidos de empréstimii dc material pertencente a outros acervos. Isso 4
-r podem ate mesmojtdar COI1'Lj§_i]'1p£§Sl_lfl30S feitos_"a optras _l)llJlIOlEC35. E‘ _
inclui a geragao de pedidos iniiziais a outras bibliotecas, a notificagao dos usua- 4 - E claro que um sistema eficientelde empréstimo entre bibliotecas CQ1'1Sll_1l.‘Ul
~ ¢~. 2’ 1‘.—.*.-' .1‘ '.- _ " DR -'1
rios sobre a disponibilidade do material, a manuteneio de registros do material -»' '4.
xx components essencial de qualifuer ativiclade de companilliamento dc recursos e,
,~ . - . . ' ~ _» A I" _
solicitado, a manutengfio de registros do material que se acha émprestado, o a IT1€Cll(.l8. que as redes se consolidam, esses ststegasjprovavelmente passarao a
controle de devolueoes, e 0 monitoramento em geral dos usuérios e dos pedidos. sertmais fundamentals para o funcionamento _de uma r;ede de bibliotecas. A nu‘
.7 _ - s.» ~ , sr. 1-' . . --,
O desenvolvimento des sistemas de empréstimos entre bibliotecas temsido mtegraeao com outras fungoes, como os catalog<_>s.em linha de acesso pubflléico, '3
.‘ 5-‘
J
relativamente lento. A fun<;z"1o;_do empréstimo interbibliotecario presta-sep para esta se tomando mais importante, e a utilizat;fio’de_ — < redes:_, --\tie ‘,7
telecomunica¢6es r=— '_ ,,-1*
l. t
ser processada de fonna isolada e nao precisa estar integrada as principais bases ':

para a transmissacg de pedidos cada vez mais siibstitui a remessa de cartas.__,
-‘.fi....."-.. . . . -E;..._.i.
L . . . . . _ . . . ..:..’-.. - . . . ..‘..;__..‘.'....._.
F il l _ ‘J - ‘i’ Fl-rd-I
de dados da biblioteca. E_n_tret_anto, a integrapao pode efetivamenlteacarretar
algfrgns benefipios. E possiifelaisar 0 modulo de controle de_'ciri:ulag:5o de um ‘r E Reflexao Ifiom 0 acesso mais facil a bases de daiios-Texternas;eni.ce-
-F l
sistema integrado, e assim'§_|§'tillI_zar 0 mesmo arquivo de leitores, com seus dados - *‘ '- ll; Qijlelirom, na Internet e por meio d§.sewig0s'-em linha, ojv0-
- "F Z1‘! . , *.- ’ "- - . , s. . .c_\'_
basicos e informagoes sobr<_:_a pategoria e a confiabilidade dos _le_itores. Também "~' . .~l__}urm-2 de pedtdos de empres§_|_mo* entre bibliotecas pro-
é possivel utilizar um catélogii em linha de acesso ptiblico para solicitar um ~' i ' ‘icessados
\.:
por muitas .
bibliotecas “ '."-
universitérias .
tem
.,
au~
.
empréstimo a oL1tra_bibli0te'ca§Uma das razoes pelas quais os fomecedores de
4:-
\
-mentado
vi. . progresstvamente. Quais _, as grandes implsgagoes
sistemas de gerenciamet_1_to"'de;bibliotecas tém mostrado reluténcia em se envol- l
<1 --' ~ _-gdegsa mudanga? 71>, 9
ver com sistemas de ernprestimo interbibliotecario talvez seja por que os siste- l - ...A.,......-“.153.
A ./ - .2.". . . . . . . . . . . . . . . . . . < . . . . . . . . . . . . . . . , . . ..". . . . . ..
Q
- "1. =2‘-1-, -1., ._.
mas se pautam pelos req'i1i_§_.'_ito§ do Document Supply Centre da British Library, 13.9 __Ouitro>s_ recursos ":75,
no Reino Unido, enquantolemfoutros paises adotam-se praticas diferentes. 'Alémidosgr1ridulps padromzados tipicos de um sistema de gerenciamento de
A maior parte dosflusparios encontra-se em bibliotecas especializadas e '-.bibli0teca§; a!?rne"dida que 0 mercado se tomou mais competitive muitos siste-
‘..- pi, _;g _- . . . _‘ A
universitarias, e_os sislemas tie empréstimos entre bibliotecas amitide pressu- ,mas forarrrigagsesgeniando outros recursos, que podem ser d_1v1d1dos_>em tres
uh '>='..;;._..... _ .,- . .,- .
poem 0 proeessamenloyi Eentrlalizado desses empréstimos. Alguns sistemas \>-
»
:;'categorias.prmcipa|s: mformaqao comumtarla, boletins e escritorio elentromco.
contam com reeursos pa_ra'§mtiltiplos locais. _:;:'Al§Qns}si§er_§as.;incluem um modulo de informagao C01T1Ul"lltal’13., que e
Normalmente p'_sFsi's\tég:1asfde empréstimos entre bibliotecas oferecem as 5 jfrequejifemente similar ao modulo do catalogo em linha de acesso ptiblico, no
seguintes fun'§6es: 'é;de"1=oa¢emé£as buscas e visualizaefio dos registros. E preciso que 0 foiinato de
registro apresente certa flexibilidade, de modo que comporte diferentes tipos dc
1 So_licitaez'io ao Docu_rnen__t Supply Centre da British Library e comumente informa'§6_esL“_'As;buscas podernser feitas em varios campos dolregistro; Por
também a outras bibliotéeas. exemploi j(oaE:§s;§'o a inforrnatzfies locais pode ser feito pélo nome'Ela instituigao,
2 Transmissfio dos pedidos e a existéncia de urn pacote de comunicagao para palavra-chave dentro do nome ou categoria de assunto. ~ -
a transmissfio desses pedidos. Alguns sistemas, principalrnente os que tém origem em bibliotecas especi-
3 Recebimento e empréstimo. lsso implica a estimativa da data apropriada,
t
336 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BEBLIOTECAS

alizadas, oferecem recursos especiais para a criagao de boletins, como os de no-


tificagao corrente ou listas de novas aquisigoes, tanto em papel quanto em
formato eletronico. Também se encontram recursos que aj udam na produefio de
indices impressos e na geragiofde notificagoes eletrénicas ou impressas de D51.
Estes recursos foram exarninados mais detidamente no capitulo I2. '
Panorama do mercado de sistemas de
Outros sistemas possuem recursos de escritério eletronico, com processa- ' ' pgerenciamento de bibliotecas
mento de textos e correio eletronico, que facilitam efetuar os processos basicos.

RES UMO OBJETIVOS


Os sistemas de gerenciamento de bibliotecas compreendem varios médulos. As
fungoes desempenhadas por esses médulos sao essencialmente: Este capitulo examina a natureza do mercado dos sistemas degerenciamento de biblio-
tecas. Identificam-se tendéncias atuais e futuras, bem como se utilizam esludos de
- encomenda e aquisigao casos para exemplificar essas tendéncias e as fungoes relacionadas no capitulo 13. Ao
- catalogagio término do capitulo vocé:
l 4 I ll

' catélogos em linha de acesso publico e outras formas de catalogos l


' controle de circulagao - estara a pardas caracteristicas das geragoes de sistemas de gerenciamento de
- controle de publicagoes seriadas bibliotecas s . _ _
- empréstimos entre bibliotecas - podera ideniificar novos desenvolvimentos e tendéncias dos sistemas jje geran-
' informagoes gerenciais ciamento de bibliotecas 1 '
- informagao comunitaria. - podera avaliar algumas das questoes relativas a geslao de um sistema de geran-
3"
9'
43-
\-
ciamento de bibliotecas » ‘* I
As qinco primeiras fungdes representam as atividades essenciais. ' tera examinado mais pormenorizadamente exemplos de sistemas espeolficos de
gerenciamento de bibliotecas. _
QUESITOS DE REVISAO \

1 Quais as vantagens dos sistemas integrados de gerenciamento de bi- 14.1 lntrodugao '
bliotecas? No capitulo 13 examinaram-se as fungfies que os sistemas de gerenciamento de
2 Quais as funqoes essenciais de um sistema de aquisieao? bibliotecas devem desernpenhar, c neste estudarn-se os que se encontrarn dispo-
3 Qual o efeito que a informatizagziio verificada nos flltimos vinte anos niveis nomercado e a natureza dos desenvolvimentos atuais e futuros. Traz
teve sobre a funeao dos registros catalograficos? ainda uma breve seqiio que exarnina algumas das areas de maior interesse para
4 Quais métodos sao adotados para garantir que buscas feitas em cata- a gestao do sistemas de gerenciarnento de bibliotecas. Este capitulo inclui al-
logos em linha de acesso piiblico sejam amigaveis para o usuario? l
| guns estudos de casos, que mostram como sao tratadas algumas das fiingoes e
S Por que os ntimeros de registro dos documentos ou de matricula dos questoes vistas em outros pontos deste capitulo e no capitulo I3. Este capitulo
usuarios sao titeis no controle de circulaeao? concentra-se;n0s sistemas de gerenciamento de bibliotecas disponiveis comer-
6 Quais cs com ponentes de um sistema de controle de publicaeoes se- l cialmente.- Ainda ha algumas bibliotecas que desenvolvem localmente seus
riadas? . proprios sistemas, pois dispoem dos recursos necessaries e teriam as conclieoes
7 Quais as funeoes de um sistema comum de empréstimo entre biblio- para desenvolver um sistema talhado para atender a seus proprios requisitos. Os
tecas? sistemas disponiveis comercialmente sao sempre uma solueao de meio-terrno,
8 Relacione alguns dos fatores que precisam ser levados em conta mas, nfio obstante, um meio-termo que atende satisfatoriamente a muitas biblio-
quando as bibliotecas oferecemacesso a lntemet. tecas. /3. medida que esses sistemas se tomam mais e mais complexos e oferecem
um maior nflmero cle opeoes, que permitem a biblioteca ajusta-los a suas pré-
Bibliografia prias necessidades, a opeao de desenvolvimento pela propria instituigfio passa a
As referéncias pertinentes estao relacionadas no final do capitulo 14.
!
U} La) O0 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 339

se tomar adequada apenas para aquelas que apresentem requisitos muito raros. Sistema; os Ltd . cuss 2000
Este capitulo, portanto, nao se detera nesses sistemas. pequenos Dolphin Computer Services lexicon
Eurotec Consultants Librarian
14.2 O mercado Head Software International IELROND
Floyd Ratcliffe ucou
O mercado dos sistemas de gerenciarnento de bibliotecas esta hoje amadure- Micro-LibrarianSystems MICRO LIBRARIAN
Softlink Europe Ltd Alice
cido, com elevada saturagzao no que concerne aos grandes sistemas. Quase todas Micoll Computing Ltd LIMES
as grandes bibliotecas universitarias adotaram um sistema informatizado. A
maioria das bibliotecas publicas também se informatizou, embora varios gover- A tabela 14.1 mostra os principais competidores nos mercados de sistemas
nos locais de menor pone tenham sido mais lentos nesse processo. N0 mercado grandes, rnédios e pequenos. Varios dos sistemas pequenos sao c0mercializa-
de grandes sistemas ha uma crescente concentragao de fomecedores, que con- dos especificamente no setor de bibliotecas escolares. Originalmente os siste-
servam os clientes atuais e continuam a melhorar seu produto, de modo que essa mas se dividiam em sistemas destinados a computadores de grande porte e
clientela néo muda de sistema. Certamente os administradores de bibliotecas minicomputadores, e os destinados a microcornputadores. Com a crescente
mudam de sistema e provavelmente continuarfio agindo assim, mas somente se importancia dos sistemas UNIX, esta categorizagao deixa de ser totalmente vali-
tiverem uma fone razao. F5 claro que qualquer biblioteca pode fazer uma avalia- da. Ainda e’ possivel, porém, classificar, gr-osso modo, os sistemas em relagao
<_:ao dos sistemas e decidir melhora-los, mudando dc fornecedor de tempos em
aos setores do mercado onde predominam e os conj untos de funeoes oferecidas.
tempos O mercado de sistemas de porte médio para baixo é onde ainda Iriz-'1 lugar Os fornecedores cada vez mais conhecem 0 mercado e procuram orientar com
para expansao. Bibliotecas universitarias pequenas e bibliotecas especializadas maior precisao a funcionalidade de seus sistemas para setores especificos desse
de vérios setores ainda estao ingressando no mercado, havendo mais instabili-
mercado. De fato, diversos fornecedores oferecem produtos diferenqados que se
dade entre os fomecedores. Mesmo ai, porém, alguns dos atores de renome estao
coadunam corn requisitos de diferentes setores do mercado. .- "
consolidando nao so seu produto, mas também sua posioao no mercado.
Reflexao Como as fungoes exigidas de um sistema de geren'ciamen-
Reflexao Por que voce acha mais instavel o mercado de sistemas pe- to para uma biblioteca escolar podem ser cliferentes das
quenos? que se exigem de um sistema destinado a bibliotecas publi-
- cas de porte médio? -'-. O
Tabela 14.1 Alguns sistemas de gerenciamento de bibliotecas V 14.3 As quatro geragoes de sistemas para bibliotecas
Fornecedor siglema
Todos os fornecedores continuam a rnelhorar seus produtos. A tabela 14.2
Sistemas Automated Library Systems L{d_ Mei-itug apresenta um resumo util das difereneas entre as quatro geragoes de sistemas
grandes BLCMP TA|_|§ para bibliotecas. As ultimas versoes em geral situam-se em atgum ponto entre
os Ltd. ‘ Galaxy 2000
DYNIX Library Systems UK Ltd. DYNIX, Horizon
os sistemas de terceira e quaita geragao, dependendo da complexidade de seus
GEM PLUS, ADVANCE recursos para integragao e interconectividade. Em _certa medida a quarta gera-
Information Dimensions TECI-ll.IBplUS gao ainda nao chegou a se completar. Este esboco sobre as quatro geragoes de
SL5 (Information Systems) Ltd - uaenras sistemas de gerenciamento de bibliotecas oferece uma sintese util cia maneira
Sistemas was cA|R;.;M§, W5, -mg I
médios Inheritance Systems Heritage library Management System
como eles se desenvolveram ao iongo dos ultimos anos.
Soutron Sydney r|.us A primeira geragzao de sistemas de gerenciarnento de bibliotecas desenvol-
ns Ltd cam 2000 veu-se modulo a modulo. A integraeao entre os modulos era muito limitada,
MISYS Education and Library sendo dada prioridade ao desenvolvimento do controle de circulagao ou a cata-
Systems Ltd _ Genesis
logagao. Assim, a primeira edigao do presente livro dividia os sistemas segundo
Fretwell-Downing Informatics Ltd Olib
Dvi (Great Britain) Ltd surmwxx Library Solution sua fungzao mais importante. Gradativamente os fornecedores passaram a
SIRS! UNICOIIN desenvolver um conjunto de modulos, e, no curso desse processo, comegaram a
Soutron C2, Soutron Library System perceber os beneficios que adviriam da interligagfio desses modulos. Os
sistemas desenvolviam-se a partir de um ponto focal inicial, como, por exem-
MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 341
340 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS

plo, 0 controle de circulacao. As estrururas de bases de dados diferiam entre si, a partir de uma interface multimidia. Essa interface do usuario bastante melho-
podendo ser descritas como proprietarias. Era dificil fazer qualquer generaliza- rada simboliza a mudanca na atencao dada aos usuarios ou clientes ao longo das
cao sobre a estrutura da base de dados. Os sistemas de terceira e quarta geracao geracoes dos diferentes sistemas. Os sistemas primitivos eram projetados
sao integrados e se baseiam em estruturas de bases de dados relacionais. essencialmente para serem acessados pelo pessoal técnico. Os catalogos em
Também em outros aspectos, os sistemas de primeira geracao deixavam linha de acesso ptiblico comecaram a surgir com os sistemas de segunda gera-
evidente sua origem. I-laviam sido desenvolvidos para rodar em plataformas de cao. Os sistemas de terceira geracao trouxeram interfaces graficas muito mais
equipamento especificas e utilizavam linguagens de programacao e sistemas elaboradas. Os catalogos em linha de acesso publico da quarta geracao de siste-
operacionais proprietarios. Alguns sistemas foram projetados especificamente mas sao acessados por meio de uma variedade de interfaces que so dependem da
para serem vendidos como parte de um pacote integrado de equipamentos e estagao de trabalho cliente e do usuzirio. Essa variedade abrange tanto os termi-
programas na forma de um sistema pronto para ser usado. Os sistemas de segun- nais de acesso publico com funcoes limitadas quanto as complexas interfaces
da geracao rodavam numa maior variedade de plataformas, mas foi so com 0 graficas que contam com poderosa gama de recursos de busca.
aparecimento dos sistemas baseados em UNIX e DOS que eles se tornaram muito
mais portaveis. Os sistemas de quana geracao baseiam-se geralmente em UNIX Tabela 14.2 Sistemas de gerenciamento de bibliotecas, por geragéo
ou Windows. Earacteristica 1"! ge racio 2! geracao 3! geragao 4'! geragiéyo WW
Geralmente inexistia comunicaciio entre os primeiros sistemas. As ligacoes
linguagem de Proprietziria c, Assembler Linguagens de Llnguagens orientadas a
entre sistemas voltadas para funcoes especificas foram uma caracteristica dos programagao quarta geragao objetos
sistemas de segunda geracao. Era entao possivel lmportar ou exportar dados UNIX, windows
Sistema Proprietfirio Especifico do umx, oos
entre sistemas especiflcos, mas nao de forma genérica. Os sistemas cle terceira operacional fornecedor
geracao incorporavam uma série de padroes que representavam um passo Sistema de ge- Proprietzirio Proprietfirio Relacional de Orientada a objelos
importante rumo a interconexao de sistemas abertos, mas ainda restavam inu- renciamento entidades
meras questoes relativas ao acesso do usuario final, e interfaces que estavam a de bases de
dados
exigir uma solucao. Além disso, a implementacao de sistemas que empregavam
Comunicacio Limitada Algumas Maiores possi- Conectividade total
todos os paclroes apropriados ocorria apenas de modo gradativo. Os sistemas de l na Internet
interfaces biiidades de
quarta geracao apresentam arquitetura de cliente—servidor e modulos que padroes e
facilitam o acesso a outros servidores na lntemet. I interfaces
A medida que os sistemas foram evoluindo, ao longo dessa série de geracoes, lm portagiol Nenhuma Limitada Presente Totalmente integradas;
a interacao do usuario com eles também se tomou mais proveitosa e direta. Para exportagio registros acrescentados
com um mero clique
as necessidades dos administradores, nos sistemas primitivos os retatorios eram
Plataforrnas de Fechadas Familia do Vririos forne- Varios fornecedores
muito limitados e havia reduzida possibilidade de os usuarios definirem seus
equipamento fornecedor cedores
proprios relatorios. Nos sistemas de terceira geracao ha uma ampla dispo-
Relatorios Formato Formato Definidos pelo Definiclos pelo usuério;
nibilidade de relatorios padronizados, e, além disso, os usuarios podem definir fixo fixo usuano também recursos de EIS
seus proprios relatorios. Os modulos mais recentes do Executive Information Cor Nenhuma Nenhuma Sim Muitimidia total
System permitirao aos administradores manipular dados e investigar varios Limitada Melhorada llimitada lnconsfitil
Capacidade
cenarios, o que lhes proporcionara o potencial de uma ferramenta completa de Pontes lnconstitil inconstitil
lntegragio Nenhuma
suporte ao processo decisorioi de modulus
A interface com o usuario também melhorou, superando todas as expecta- Arquitetura Compani- Compani- Distribuida Cliente-servidor
tivas. As cores sao uma caracteristica comum nos sistemas de terceira geragao. Ihada lhada
Caracteristicas de interface grafica, tais como janelas, icones, menus e manipu- Interface Baseada em Baseada em Baseada em Escolha de interface,
lacfio direta, passaram a ser a norma. lsso contrasta totalmente com as toscas comandos menus interface inclusive da Rede, e
grtifica interface gréfica que
interfaces baseadas em comandos dos primeiros sistemas em linha, em que os l incorpora multimidia
usuarios precisavam envolver-se com o processamento em [otes e relatorios l
impressos. Os sistemas de quarta geracao permitem o acesso a mflltiplas fontes
MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 343
342 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS
Criagéo mais répida de catzifogos
Reflexio A qual geragio de sistemas pertence 0 sistema de geron- A melhoria da conectividade e das interfaces suporta a execucfio mais répida das
ciamento de bibliotecas adotado nas bibliotecas cujos re- atividades dc gerenciamento dc bibliotecas no que conceme a varias funcoes.
cursos vocé utiliza? Para a criacfio de catélogos isso leva :1 melhoria da captura do registros MARC.
Por exemplo, é possivei acessar uma base de dados desses registros em
14.4 Alguns topicos especiais cederrom. Ao se dar entrada a um ESBN, por leitura ou digitagfio do correspon-
dente codigo do barras, 0 registro MARC é instantaneamente exibido para que
O capitulo I3 apresentou uma sintese das principais fungoes dos sistemas de
nele sejam feitas as necessarias alteragoes. Em seguida é automaticamente
gerenciamento dc bibliotecas. Apesar da extensao desse capitulo, seu texto con-
acrescentado a base dc dados. O aperfeicoamento desse processo constitui gran-
sistia essencialmente numa visao sucinta de caracteristicas, e nao foi possivei
de contribuicfio para toda coleqao dc biblioteca e recursos dc infonnagao que
tratar de desenvoivimentos ocorridos recentementc no que concerns as fungocs
proporcionadas por esses sistemas. Quaisquer gencralizacoes estao sujeitas a ainda precisam converter seus regislos catalograficos para um formato MARC.
excecoes, uma vez que alguns sistemas implementaram,ja ha algum tempo, os
Meihor controle de autoridade
recursos dcscritos a seguir, enquanto outros ainda so acham as voltas com a
introduoao de recursos apropriados. De qualquer modo, as areas dominantes Ao mesmo tempo em que se trava 0 debate incessante, suscitado pela existéncia
podem ser agrupadas em: dc recursos de buscas em linguagem natural, sobre a necessidade dc controlar os
termos e cabegalhos de indexacao, varies sistemas rnelhoraram seus recursos dc
- questoes relativas ao melhoramcnto da eficiéncia e eficacia das atividades controle desses termos e cabecalhos. O controle do autoridade pode ser exercido
das bibliotecas em rclacao a esses termos e cabeqalhos, sejam teméuicos, de titulos e autores ou
- questoes relativas ao melhoramento do servigzo aos clientes. pontos de acesso. Alguns fornecedores oferecem sistemas dc controle dc
Cada uma dessas areas sera anaiisada sucintamente. autoridade, enquanto outros aperfeicoaram sistemas de qucja dispunham. Por
exemplo, atualmente, alguns sistemas permitem que se use no tesauro uma maior
Melhoramentos nas atividades das bibliotecas gama de relagoes. Quando so usa um tesauro, o que ocorre principalrnentc nos
sistemas comercializados para 0 setor de bibliotecas especializadas, ele é muitas
Aquisigéo em linha vezes apresentado em secoes com 0 emprego dc janclas, podendo, assim, ser
A seofio 15.6 explica a utilidade do intercfimbio eletronico dc dados para o mun- consultado durante a indexacfio ou as buscas dc modo muito mais fécil do qué
do do livro. As bibiiotccas fazem parte desse mundo e podem beneficiar-se do antes. O controle dc autoridade mais aprirnorado permite (como nos sistemas
intercambio eletronico de dados de varios modos. A interface entre os sistemas mais avancados) multiplos arquivos de autoridade e a validaqao de uma série de
dc gerenciamento de bibliotecas e os sistemas especificos dos fornecedores dc difcrentes tipos dc cabegalhos no morriento da entrada. Também é possivel usar
livros teria dc tomar-se mais eficaz antes de as encomendas serem colocadas no tcsauros que possuam remissivas VER e \/ER TAMBEM.
computador do um desses fomecedores por meio do sistema dc gerenciamento
da biblioteca, e antes do os rcgistros sobre a tramitagfio da encomenda serem Controie de circulagao
mantidos em ambos os sistemas, para que 0 pessoal da biblioteca e 0 usuario, Nas interfaces gréficas é possivel ter acesso mais direto a fungoes especificas,
bem como o fornecedor, se inteirassem sobre os itens encomendados e as en- por meio apenas de um clique, 0 que evita a necessidade dc percorrer menus
comendas atendidas. Muitas bibliotecas térn varios fomecedores, e, por isso, é seqiienciais. Adernais, as estagoes dc trabalho dc auto-atendimento permitem a
importante que possam se comunicar com 0 maior numero possivel deles. renovacao do empréstimo e a reserva dc itens feitas pelo proprio interessado.
O intercimbio eletronico dc dados beneficiou as bibliotecas de varias ma-
neiras ao lhcs proporcionar: Empréstimos entre bibliotecas
- acesso fécil a registros biblidgréflcos Alguns sistemas hoje incluem modulos dc empréstimos entre bibliotecas, que
- melhor controle das encomendas com base no acesso a base dc dados do proporcionam todos ou um subconjunto dos recursos mencionados na segao
fornecedor 13.8. O estudo dc caso do DYNIX, na secao 14.5, contém maiores infonnaqoes
- um ciclo mais répido dc processamento (em geral). ' quanto a funcionalidadc desses modulos.
MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 345
344 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS
vidos. Continuava sendo dificil compulsar a esmo os registros c era preciso
Informagéo gerenciai
percorrer diferentes telas de menus, enquanto as granules dimensoes e a variada
Em geral, como os sistemas de processamento de transacoes alcancaram certa cobertura das bases de dados catalograficos muitas vezes acarretavam intima-
estabilidade, a atengao volta-se agora para as informaqoes gerenciais que tais ras recuperacoes erradas.
sistemas podem produzir. Alguns sistemas cle gerenciamento de bibliotecas in- Os catalogos em linha de acesso publico de terceira geracao empregam uma
troduziram modulos separados de informacao gerencial. Em outros, as infor- interface em linguagem natural, de modo que os usuarios podem apresentar
macoes e os relatorios gerenciais estao associados com cada um dos modules, suas estratégias de busca na forma de uma frase em linguagern natural. As
cle modo que, por exemplo, ha um conjunto de relatorios padronizados que interfaces e os recursos de buscas comecaram a melhorar com o aparecimento
podem ser gerados em associacfio com 0 modulo de controle de circulacao. Os dos primeiros catalogos em linha de acesso publico baseados em interfaces
sistemas sempre ofereceram alguns relatorios padronizados, porém, cada vez graficas. Os cataiogos clesse tipo mais recentes oferecem tanto telas sensiveis ao
mais, tem aumentado a variedade de relatorios, e os geradores de relatorios tém toque quanto interfaces graficas completes com total funcionalidacle para usua-
evoluido rumo a um sistema mais complexo de informacoes gerenciais. A gera- rios mais experientes que desejem executar estratégias de buscas complexes em
cao de relatorios antes exigia urn conhecirnento profundo de uma iinguagem de varias fontes diferentes. Esta se tornando comum um amplo leque de recursos
consulta baseada em comandos. Os sistemas agora empregam cada vez mais de buscas, como buscas por truncarnento e proximidade; embutidos na inter-
um sistema de informacao gerenciai baseado em menus que é facil dc usar e face encontram-se 0 acesso a esses recursos bemcomo avisos sobre seu uso.
pode estar baseado numa interface grafica. E provavel que esse tipo de sistema As interfaces gréficas oferecem os recursos de apontar e clicar, icones, me-
de informacao gerencial ofereca uma gama de recursos estatisticos para a nus descendentes, fungoes de recortar, copiar e colar, bem como dc multitarefa.
analise de dados que identifiquem tendéncias e correlacfies entre variaveis. Assim, conforme foi explicado no capitulo 4, os usuarios podem desenvolver
uma estratégia de busca numa janela, chamar uma parte do tesauro noutra
Questoes relativas a servigos para os clientes janela, consultar a funcao de ajuda, ou visualizar os resultaclos de sua busca
numajanela aclicional. Ao ser concluida uma busca bem-sucedida, os compo-
Catélogos em linha de acesso priblico, interfaces gréficas e conectividade
nentes dos documentos podem ser integrados em outros documentos por meio
Ha pelo menos dez anos que os catalogos em Einha dc acesso pfiblico estao dis- de um pacote de processamento de textos, ou alternativamente é possivel en-
poniveis em al-guns sistemas, principalmente o GEAC. Durante esse periodo, comendar documentos mediante um servico de fomecimento de documentos.
eles atravessaram trés geracoes. Os da primeira geracao derivavam dos catalo- Os catalogos em linha cle acesso publico podem ser melhorados ainda mais
gos tradicionais ou de sistemas informatizados de circulacao. O acesso se dava com a oferta de interfaces multimidia e acesso a informacao multimidia. Isso é
por autor, ou titulo (na forma de uma frase), numero dc classificacao e possivel- conseguido com objetos multimidia ligados a citacoes bibliograficas de modo
mente 0 cabecalho de assunto (na forma de uma frase), e chave cle abreviaturas, que tais objetos multimidia sejam chamadas com o ciicar de um botao nessas
como as abreviaturas de autor—titulo. Os catalogos em linha de acesso publico citacoes. '
da primeira geracio contavam com que houvesse a coincidencia exata de ter- As opcoes de multiplos clientes, que signiflcam que o cliente pode variar
mos e eram intolerantes aos erros dos usuarios. Esses catalogos eram aceitaveis desde um terminal burro, microcompulador ou terminal de rede de configu-
para buscas de itens conhecidos e ofereciam acesso baseado em menus, que, racao limitada até um microcomputador de configuracao maxima, com progra-
porém, empregava limitados recursos de busca. ma-cliente, facilitarfio o acesso a partir de uma variedade maior de estagbes de
Os catalogos em linha dc acesso publico de segunda geracao comecaram a trabalho ligadas em rede. A interface se mostrara de modo diferente para cada
sanar algumas das limitacoes dos primeiros sistemas. Os projetistas dc sistemas cliente, mas, por outro lado, o cliente podera acessar varios aplicativos por meio
passaram a incorporar alguns dos recursos encontrados ern outros sistemas de cla mesma interface, facilitando assim para o usuério familiarizar-se com a in-
gerenciamento de informacoes textuais e nos programas utilizados pelos servi- terface que estiver disponivel em seu cliente especifico. Em compensacao,
qos de buscas em linha. Os catalogos de segunda geracao ofereciam recursos quando os usuarios movem-se entre estacoes de trabalho para ter acesso a
muito melhores, baseados em buscas com palavras-chave e pos-coordenacao de mesma base de dados, essa variacao pode causar confusao.
palavras-chave. Usualmente, esses catalogos eram consultados tanto por meio
de uma linguagem de comandos quanto por meio de uma interface baseada em lnformacéo comunitéria
menus. Embora os catalogos em linha de acesso publico de segunda geracao
Muitas bibliotecas, principalmente as pubiicas, vém proporcionando a seus
tivessem sido um grande avango, ainda restavam dois problcmas a serem resol-
l
346 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 347

usuarios um servico de informacao comunitaria, que consiste, muitas vezes, - filas e tempo de espera menores para a maioria dos usuarios
basicamente, em listas de nomes e enderecos de instituicoes, como organiza- - diminuicao da carga de trabalho para os funcionarios
coes locais, que tenham informacoes a oferecer. Esses arquivos podem incluir - independéncia quanto a localizacao, de modo que os pontos de atendimento
muitos tipos dc outras informacoes, como, por exemplo, oportunidades de lazer podem ser situados de modo mais logico e mais perto do local de atividades
em amblto local, empregos, atividades para criancas e inforrnacoes sobre cida- aflns
dania. Um modulo de informacao comunitaria permite a biblioteca desenvolver v o auto-atendimento é prezado especialmente pelos usuérios deficientes da
sua propria base de dados contendo todo e quaiquer tipo de informacao que audicao.
queira proporcionar a sua clientela. Esse modulo nao passa de um modulo dc
gerenciamento de base dc dados, capaz de suportar uma ou varias bases defini- Aspectos negativos
das pela biblioteca e oferecer uma interface com outras bases, que é similar a Na atual etapa de desenvolvimento, persistern varias questoes relativas aos sis-
usada no catalogo em linha de acesso publico da biblioteca. O acesso a infor- temas que ainda precisam ser resolvidas, inclusive:
macfio comunitaria é muitas vezes oferecido pela mesma interface adotada no
catélogo em linha de acesso publico. Para as bibliotecas realmente empenhadas - as limitadas opcoes de sistemas disponiveis no mercado
em proporcionar um servico de informacao comunitaria esse modulo contem - 0 projeto ruim, para o usuario, das estacoes de trabalho, que muitas vezes
muitas possibilidades de utilizacao. Esse tipo de informacao pode ser uma das apresentam problemas para portadores de dcficiéncias fisicas e visuais
primeiras categorias cle informacao que as bibliotecas almejem tornar acessi- - vulnerabilidade a furtos r
veis na Internet ou em quiosques de acesso publico. - falta de privacidade dos usuarios se seu nome aparecer na tela.
Auto-atendimento As mudancas no sentido de ampliar os servicos de auto-atendimento colocam
As interfaces melhores agora disponiveis para os usuarios de sistemas de geren- varios problemas, que, com diferentes pretexios, ocorrem em muitos ambientes
ciamento de bibliotecas, junto com a utilizacao muito mais direta dos recursos de informacao eletronica.
inforrnacionais possibilitada pelos documentos eletronicos, contribui para a
tendéncia favoravel a recuperacao de documentos e informacoes feita pelo pro- Questoes de gerenciamento
prio interessado. Nas bibliotecas, 0 livre acesso a grande parte do acervoja é um Essas questoes dizem respeito especialmente ao gerenciamento das mudancas.
grande passo rumo ao auto-atendimento, que ainda ficou mais proximo com a Especiflcamente, com o auto-atendimento, tanto as funcoes do pessoal quanto
introducao de estacoes de trabalho ou quiosques em que os usuarios podem do usuario sofrem alteracoes, havendo necessidade de realizar treinamento de
interagir com 0 sistema de gerenciamento da biblioteca. Esses quiosques per- ambos os grupos. Ademais, o auto-atendimento pode trazer conseqtiéncias para
mitem ao usuario realizar sozinho certas funcoes, como empréstimo e devolu- as estruturas de pessoal. No aspecto do gerenciamento da informacao e servico
ciio de obras. Teoricamente, o usuario também poderia procurar documentos ao cliente, o auto-atendimento reduz a interacao dos usuarios com os agentes
que nao existissem em sua biblioteca e encomenda-los, sem mudar de interface. humanos que prestam servicos. lsso talvez os leve a se mostrarem mais relu-
Em geral, o auto-atendimento apenas tera éxito se forem adequados os tantes em apelar para esses agentes, quando necessario. O pessoal também perde
ambientes social, economico e técnico. Os clientes precisam acostumar-se com a oportunidade de reunir informacoes sobre as necessidades dos clientes.
o Iivre acesso. Fatores economicos, como altos custos da mao-de-obra e maior
nivel de demanda, tornam 0 auto-atendimento mais atraente da perspective do Questoes de seguranga
provedor do servico. Os dados e os recursos de telecomunicacoes sao requisitos
Abrangem tudo, desde a seguranca do acervo da biblioteca até a privacitlade das
técnicos para o funcionamento eficaz de servicos de auto-atendimento.
informacoes sobre 0 usuario. Algumas das questoes mais importantes sao:
Lagerborg (1997) realizou uma pesquisa sobre estacoes de trabalho dc auto-
atendimento, tendo identificado os seguintes aspectos positivos e negativos: - autentificacao dos usuarios, de modo que somenre eles tenharn acesso a suas
proprias contas
Aspectos positives - seguranca do equipamento, a fim de evitar furtos ou vandalismo
~ alta aceitacao pelos usuarios, com poucos problemas do tipo ‘como usar’ - prevencao de invasao das redes por piratas que poderiam ter acesso a bases
de dados que nao sejam abertas para o publico
343 SISTEMAS DE GERENCMMENTO DE BIBLIOTECAS ‘ MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 349

- privacidade de dados no que concerne a inforrnacao sobre 0 usuario xao dedicada, as bases de dados do BLCMP, sendo também possivel importar
- identificadores de itens de modo a garantir que sejam exclusivos registros para 0 sistema local com urn simples toque de tecla.
- arquitetura dos edificios, a fim de aumentar a seguranca do equipamento e
dos usuarios. Sistemas expansfveis
Existe uma via aberta para melhoramentos, que permite uma implementacao
Reflexao Vocé, na qualidade de usuario, como procuraria resolver a escalonada com o minirno de redundancia de equipamentos. Ao ritmo acele-
questao do auto-atendimento? Qual a conseqiiéncia, em rado do desenvolvimento de novos equipamentos, 0 investimento neles torna-se
. sua opiniao, que isso teria sobre suas percepgoes acerca do cada vez mais compensador.
servigo das bibliotecas?
Base de dados em linha
Aumento da funcionalidade em sistemas .de médio porte
O BLCMP mantém uma ampla base de dados com l7 milhoes de registros MARC.
Ao descrever as funcoes que se encontram nos sistemas mais modemos de Toda a catalogacao da British National Bibliography da British Library desde
grande porte, é facil transmitir a impressao de que as mesmas funcoes existem 1950 encontra-se em linha,junto com os arquivos da Library ofCongress a partir
em todos os sistemas. Naturalmente, isso nao acontece, apesar de um dos avan- de l9"/5, além de toda a catalogacao fora do MARC feita pelas bibliotecas
cos importantes ocorridos nos ultimos anos haver sido 0 desenvolvimento dos participantes do BLCMP. Esta ultima categoria inclui uma quantidade conside-
sistemas de porte pequeno e médio. Muitos deles oferecem hoje em dia catalo- ravel de registros, muitos dos quais se referem a materiais audiovisuais, parti-
gacao baseada no formato de registro MARC além de recursos para lmportar turas musicals e publicacoes seriadas. A publicacao Whitaker ‘s Books in Print,
registros neste formato. Incluem uma série completa de modulos, inclusive dc também esta incluida na base de dados do BLCMP.
aquisicao e controle de circulacao, e possivelmente informacao gerencial. As A base de dados é consultada por meio de varias chaves de autor/titulo e
interfaces dos catalogos em linha de acesso ptibllco geralmente sao graficas e, numéricas. Opcionalmente, é possivel fazer buscas na base de dados completa
amiilde, existe uma opcao para a Rede, além de outros recursos que permitem ou em determinados arquivos. A base de dados pode ser acessada a partir dc
conectividade. O estudo cle caso sobre o Heritage, a seguir, ilustra as funcoes qualquer microcomputador ou terminal conectado ao TALIS, e ser usada como
presentes num sistema de porte médio. ferramenta de referéncia e também de auxilio a aquisicao e catalogacao.

Reflexio Compare o estudo de caso do Heritage |v com 0 estudo so- Conversao retrospectiva de catélogos
bre 0 BLCMP. Quais as caracteristicas que tém em comum?
Em que aspectos esses sistemas sao diferentes? A base de dados BLCMP pode ser utilizada para auxiliar na conversao, tanto no
modo fora de linha quanto em linha. No modo fora de linha os dados sao cole-
14.5 Estudos de casos tados com o emprego de microcomputadores compativeis com 0 IBM PC. O
BLCMP também oferece recursos de preparacao de dados para aj udar na conver-
BLCMP sio de catalogos em fichas ou entrada de fonnularios. _
O BLCMP foi fundado em 1969 como um esforco cooperative de trés importantes
bibliotecas de Birmingham: as das universidades de Aston e de Birmingham, Conjunto integrado e abrangente de moduios "
além da Birmingham Public Libraries. O BLCMP atualmente oferece servicos a O TALIS constitui um conjunto integrado de modulos que abrangem aquisicao,
um grande numero de bibliotecas de todos os tipos e tamanhos. Entre seus catalogacao, acesso em linha, controle de circulacao e publicacoes seriadas. Ha
participantes acham-se representadas bibliotecas publicas, universitarias e es- também um sistema de empréstimo interbibliotecario, e a contabilidade de re-
pecializadas. O BLCMP oferece uma série completa de aplicacoes informati- cursos orcamentarios serve a varios modulos, oferecendo, portanto, um enfo-
zadas e mantém uma ampla base deidados e uma rede de telecomunicacoes que que integrado do controle orcamentario. Um sistema flexivel de informacao ge-
suportam a bibiioteca eletronica. rencial permite aos gerentes obter dados administrativos. Além disso, o BLCMP
TALIS é o sistema para bibliotecas, baseado no UNIX, do BLCMP. Esta total- oferece um sistema de informacao comunitaria conhecido como TALIS Inform.
mente integrado com a base de dados do BLCM? que contém mais de l7 milhoes
de registros. Todos os clientes tem acesso ilimitado, pela Intemet ou por cone-
350 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 351

Suporte aos clientes - servigos dc catalogagzfio


- conversfio retrospectiva.
O BLCMP coma com uma segéo que proporciona suporte a cada novo cliente no
que conceme ao planejamento inicial e treinamento na utilizagfio dos varies
Circulagao
sistemas, até um completo servigo dc atendimento pos-venda depois que o
- sistema de circulaqfio totalmente em linha
sistema entra em operagao. Esse suporte acha-se disponivel fora do expediente
- captura de dados por meio de caneta optica
normal de trabalho. Também se empregam métodos de acesso remoto a cada
- atualizagio de arquivos ern tempo real
sistema para fins de diagnéstico e localizagzfio de defeitos.
- amplos recursos dc consulta
A documentagao do BLCMP é produzida com 0 emprego de técnicas moder-
- geragao automatica de avisos de atraso e pedidos dc devolugzao
nas, sendo regularmente atualizada. Oferece-se treinamento que abrange todos
- ampla fungzéo de manutengao do empréstimos de curto prazo
os aspectos dos sistemas do BLCMP. Realizam-se reunioes dc avaliaqao com
- controle por teclas cle funofio
cada cliente, ficando para os grupos de usuarios os assuntos mais gerais.
~ sistema de seguranga em microcomputador e para carros-biblioteca
- opgoes dc auto-empréstimo.
Funcionalidade
E dificil analisartodas as fungoes oferecidas por todos os modulos do TALIS, mas Acesso publico
a lista que se segue, com algumas das caracteristicas principais, extraida dos - escolha dc interface do usuario, inclusive a Rede
textos dc divulgaqao do BLCMP, contribuira para que se tenha uma idéia da - arquivo bibliogréfico baseado no MARC
natureza do sistema. Uma descrigzao completa dc todos os médulos ocuparia - 239.50
mais espago do que o dc que dispomos aqui. ' recursos dc auto-atendimento, inclusive reservas e renovagfio dc em-
préstimo
1 Aquisigfio - buscas por assuntos, inclusive palavras-chavc e recursos booleanos, além
- buscas répidas, antes de fazer as encomendas, nos arquivos dc deman- dc autores, titulos, etc.
das p0{8nCi3iS - consulta pelo leitor e reservas feitas pelo publico
- entrada de encomendas em linha ~ buscas do obras que tenham rclagao entre si
' encomendas impressas e eletrfinicas ~ recursos avangados para catalogos em linha dc acesso publico, inclusive
~ integragao com a catalogagao, catalogo em linha de acesso publico e classificagfio por ordem de relevancia e manipulagao dc conjuntos.
circulagfio
- conversao de moedas em linha Publicagfies seriadas -
- contabilidade automatica das receitas ~ registro rapido e flexivel dc fasciculos recebidos
- encomendas e assinaturas permanentcs - potente modulo de reclamaqfies
- arquivo de nomes e endere(;0s de fornecedores - previsfio das datas de chegadas de fasciculos futuros
- processamento dc faturas ~ buscas complelas sobre publicagoes seriadas no catalogo em linha de
- intercfimbio eletronico dc dados acesso publico _
' recurso dc compensagao de cheques. - controle dc assinaturas e encomendas permanentes dc publicagfies se-
riadas -
2 Catalogagao - fungfio versatil de encaminhamento de fasciculos para circulagfio entre
- catalogagao em linha com edi§ao em tela cheia os leitores
- extensa base de dados para buscas em linha inclusive de partituras mu- ~ processamento de faturas
sicals e multimeios - impressao de reclamagoes no local.
' formataoao sob medida
- integragao com a circulagao e a aquisigao l 6 Informagfies gerenciais
- controle de autoridade ~ gerador de relatorios flexivel corn acesso a todos os arquivos do TALIS
- relatorios feitos sob medida para todas as apiicagoes
1
l
352 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS i MERCADO DE SlSTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 353

' geragio automatica de relatdrios padronizados l coes pode processar as encomendas pennanentes de publicaqoes seriadas, além
' potente linguagem de consulta de também manter cadastro de enderecos eletronicos e URLs de fornecedores, os
- recursos de selecao e recuperacfio para arquivos baseados no MARC quais podem ser usados nas telas de encomendas para enviar mensagens ou
- formatagio de saidas impressas conforrne as necessidades da biblioteca. consultar sitios na Rede.
O VISTA permite criar vinculos de imagens com os registros catalograficos ou
7 Informacio comunitaria (TALIS Inform) dos leitores com a finalidade de melhorar as buscas ou aumentar a seguranqa.
' baseada na Rede Podem ser acrescentados aos registros catalograficos fotografias, mapas e
' buscas em texto completo com ordenacao por relevéncia examcs aplicados anteriormente. 0 Heritage pode entao abrir automaticamente
- montagem em linha dos registros pelos fornecedores da infonnagao 0 dispositivo apropriado de visualizacao no catalogo em linha de acesso pu-
- colocacao de datas nos registros e geracao de cartas de adverténcia. blico, como o Netscape no caso de um URL, Word no caso de um documento, e
Excel no caso de uma planilha eletronica.
Heritage IV
Catalogo em linha de acesso pziblico
Este estudo de caso do Heritage é aqui incluido a fim de ilustrar o nivel de
fungoes que se pode encontrar em sistemas de porte médio. O catélogo em linha de acesso publlco do Heritage possui um projeto de tela
O Heritage foi desenvolvido e é cornercializado pela empresa Inheritance simples, mas funcfies de buscas relativamente complexas que incluem: buscas
Systems, que surgiu com 0 nome dc Logical Choice, em I982, envolvida no em frases, buscas por proximidade, truncamento e curingas. Outras car_acte-
risticas do catalogo em linha de acesso publico incluem vinculos com outros as’:
desenvolvimento do Bookshelf. No perlodo subseqilente, ela desenvolveu e
comercializou 0 produto Bookshelf PC. Em I991, foi lancado 0 Heritage como sistemas, além de recursos que suportam 0 acesso do usuario, inclusive: 1%
sucessor do Bookshelf PC. O Heritage é um produto de porte médio, destinado - um mapa da biblioteca que permite ao usuario encomrar a localizacao dos
a bibliotecas que precisem de boa variedade de funcoes a um preco acessivel.
is
_ 3,»,
itens de seu interesse sem ter que se reportar ao sistema de classificacao ~21."
‘Bl-'
Seus modulos incluem: - boletins de alerta, baseados em perfis dos usuarios, sobre novos itens incor- J‘

- catalogaqao porados ao acervo }>-g


- catalogo em linha de acesso publico -' acesso do usuario por meio de um numero de identificaeao pessoal (NIP) a
- controle de circulacao certas informagoes, como empréstimos atuais e anleriores e mensagens en-
- informacao gerencial viadas pelos bibliotecarios
- aquisieoes. - acesso por intermédio do modulo WSTA a itens afins
- acesso £1 Internet; os usuarios ativamo Netscape ou outros navegadores a
Catalogagao partir da tela do catalogo em linha de acesso publico e visitam sitios na Rede.

E possivel catalogar uma grande variedade de suportes, com o nivel de detalhes Um modulo especial de catalogo em linha de acesso publico na Rede permite as
que for desejado. Outros dispositivos que poupam trabalho incluem arquivos de bibliotecas oferecer seus catalogos aos usuarios na Internet ou intranet. Os
autoridade, um tesauro que permite ao usuario consultar termos alternatives, um usuarios registrados podem realizar buscas, imprirnir resultados e reservar itens
recurso de calendario e um de calculadora que soma valores e faz ajustes de por correio eletronico.
imposto sobre valor agregado. O Quickcat é um cederrom com mais de um
milhfio de registros da British Library, recuperéveis pelo ISBN. Podem ser feitos Controle de circulagao
acréscimos e alteraeoes nos registros catalogréficos com a utilizacao dos arqui- Todos os aspectos da circulacao, inclusive enipréstirnos, devolucoes, reservas,
vos de autoridade, e os registros transferidos para o sistema da biblioteca. cobrancas, muitas, historico do cliente, eto, acham-se disponiveis a partir de
O recurso dc catalogagfio dc publicaqoes seriadas proporciona 0 meio de uma unica tela, que pode ser controlada mediante uma leitora de codigo de bar-
incluir informaqoes catalograficas em trés niveis diferentes: titulos, fasciculos e ras. A mesma tecnologia pode ser adotada para operar um sistema de auto-aten-
artigos. Quando se trata de artigos é possivel incluir palavras-chave. O modulo dimento sem teclado, que ainda conta com seguranca aperfeigoada. Existe se-
de gerenciamento de publicatgoes seriadas também oferece o controle de en- guranca adicional com a possibilidade de arquivar fotografias dos usuarios na
comendas, recebimento, reclamaeoes e circulaqio de itens. O recurso dc aquisi-
MERCADO DE SlSTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 355
354 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS
O ADVANCE compreende os seguintes modulos:
base Ude dados
co _ ' '
. E1 Sflrem vlsuallzadas » -
no local do emprestimo, . . 0
o que ehmma
ng :2§gnf“~t° 53115330 Dela exlgencla delcomprovacao de identidade. ' ~ catalogo em linha de acesso publico
avancados Hot; limp; oode resgrva permite ao Heritage oferecer recursos ' aquisicao e controle financeiro
. p - I s c I muns e reserva guardam 0 item
- .
para o leitor .
HSSIIII - circulacao e empréstimo entre bibliotecas
que o pl'lIl'lCll'O se toma dlsponivel. Este modulo ademais permite que 0 ieitqr - catalogacao e controle de autoridade
indique adataa Partirda q u al ele precisa
' do item
' ie 0 pertodo
- ’ em que sera. u53dQ_ * controle de publicacoes seriadas
~ redator de relatorios.
lnformagao gerencial
O PLUS tem os seguintes modules:
§nP°55i\’°l gifgfdunlia variedade de relatorios estatisticos. O Heritage possui
01'1Tl€L1&l'l1aBe
redafio " predefinidos.
38 relatérios relatorlols - -.
Alem d1SSO, ha. recursos para a * circulacao e contabilidade de empréstimos
acervo es . -
pectais, evantamentos sobre os usuanos . , .
e lnventano do - catalogacao e controle de autoridade
- catalogo em linha de acesso pilblico e informaeao comunitaria
- controle de publicacoes seriadas
DYNIX ' aquisiqao e contabilidade de receitas orcamenrarias
- informacao gerencial.
53:) 2:331iii?)pilagllglliaésfigriciczlgzégnpgeclpuamente 0 modulo de emprés-
_ ‘ _ ‘ parte do sistema integrado DYNIX, O GEAC possui trés modulos de catalogacao associados: GeoPac, Geocat e
due e comerclallzado pela Amentech Library Services, que também comercia-
llZfl€\ Horizon e outros produtos. oeoweb.
O GeoPac é um sistema de catalogo em linha de acesso publico baseado em
DYNI:@H1Tg?iCLL;lrp 2&2?-!ltll:v’;:1sTT;?;1tIeBnil;)sVg:(;(§?.rII:]i);'B:l[lm§) ipterbioliotecario Isuporra o interface grafica, que oferece a possibilidade de busca em qualquer quantidade
solicitacao e atendimento dos Bmpréstimgg 11: [$11.3-|'n OI-mam? as atividades ‘EB de bases de dados locais ou remotas em paralelo, com 0 emprego de uma {mica
a sistemas locais, catélooqs remotes dc biblim R lot??? niedlante su.a conexao
interface. lsso pode incluir 0 catalogo em linha de acesso publico local, os cata-
Sagens B fomecedores Cgmerciais de documemccas, u 1 rtarios de envio de ‘men- logos de outras bibliotecas e bases de dados bibliograficos e recursos em texto
face inconsfim permite que bibfiotecas os, corn 0 emprcé’-_° de uma1nter_ completo, em linha ou em cederrom. Recursos de multimidia permitem a inte-
_ _ _ I o ' I que adotam diferenres sistemas de em- gracao de recursos eletronicos, como clipes sonoros, imagens fixas, videoclipes
prestimo mterbibliotecario se comuniquem independentemenre de proorama Qu
e texto an' tee____ral , independentemente de sua localizacio. O Gt-:oPac pode ser
§Fl“lP3mefll0- 05 usuérios podem formular os préprios pedidos 0 Sue evita
0 "‘ . _ ' também emprevado para fazer buscas e recuperar registros de grandes utilita-
D
1E:3:gagioalizgfofllgzglocpeiioiégsdgtmggalagedado? no wl|€B_PAC (O catal0g0 em
rios bibliovraflcos,
-‘J como OCLC, RLIN e SLS. Os registros imponados podem ser
volvidos no préprio local no Hczrizon em SESEI1 omlu anos da Rede desen- editados ou imediatamente transferidos para o servidor local ADVANCE ou PLUS.
adores, no GCLC ILL Dgcnne B corgeio elet ‘mas DYNIX e de outros forne- O Geocat é um modulo de criaciio e edicao de registros catalograficos, que
. I _ ~ romeo comum da Internet. Os utiliza totalmente recursos dc interface gréfica, como recortar e colar, arrastar e
pedidos sao trgnsmmdos para a unidade colaboradora que faré. 0 empréstimo no
soltar, corretor ortografico multillngtie, além de poder definir, arrnazenar e

aarfiepii iaian;1r::;.:z*;?:;z;t;z‘°;:@;;z";:;**2“
ormato exivi r . .

10161 (protocolo de c°m""i°a§5° Para empréstimo entre bil;liote.cas,). P B ISO


,
inserir dados repetitivos por meio de seqtiéncias e opcoes de macro. As c_arac-
D
'
teristicas dc sefluranca incluem veriflcacao compulsoria no arqui
'vo dc autori
dade ao ser criado um cabecalho, veriiicacao de erros em registros MARC e ven-
-

GEAC
flcacoes de consisténcia. O controle de autoridade total permite que os caba-
' d’ esso
ca lh os sej‘am editados no local dc uso, ou independentemente, e a ac
Este estudo d ' ' ' ' _ . . com P leto la todas as obras relativas a qualquer cabccalho selecionado, de modo
catalovos
=. em lfiinifasgee aqui lm-:lbu1-dohpara, llustmr as fungoes dvsponivels
acesso pu lico em slstemas avancados de grande porte. Para
A que se pode estabelecer o uso correto. Os registros podem ser recuperados
emprfisfl GEAC Computers Ltd. produz dois sistemas de gerenciamemo de diretamente da base de dados local, de qualquer arquivo ISO 2709 (MARC) e de
bibliotecas"- ADVANCE 1 destinado a bibliotecas
' ' ' v ' t’ ‘ qualquer servidor ' ' como qualquer um dos prmc1pals
Z3990, ' ' ' utiTtzi
l rt'05 biblio-
bibliotecas pubiicas. um ers1ana5' e O PLUS’ para graficos.
356 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DEBEBLIOTECAS 357

O Geoweb oferece recursos completos de catalogo em linha de acesso pu- novatos quanto dos usuarios experientes. Existem opcoes separadas para pes-
blico para usuarios que tenham acesso ao sistema PLUS ou 0 ADVANCE por quisas livres e com palavras-chave. Existe um indice para texto complete. Os
intermédio da Rede. E possivel criar facilmente vinculos de modo direto a par- recursos dc busca incluem truncamento, operadores booleanos, relacionais, de
tir da pagina da instituicao ou da biblioteca. O usuario precisa apenas de um adjacéncia e proximidade. O modulo também inclui uma mesa de informacoes,
navegador da Rede baseado em formularios, como o Netscape ou o Internet uma mesa dc pedidos e uma mesa de atendimento aos usuarios.
Explorer. O Geoweb proporciona a traducfio entre as paginas baseadas em HTML
da Rede e 0 ambiente 239.50. O Geoweb pode ser também utilizado para que o Circulagéo
sistema de biblioteca se comunique e funciona como porta de acesso a outros
catalogos e servicos baseados na Z3950. Desta forma, as bibliotecas podem O controle de circulaciio abrange empréstimo, devolucao, renovacoes, suspen-
criar catalogos virtuais: uma colecao de servicos baseados na Z39.5Q em que soes e pagamentos, cada funcao destas estando disponivel imedlatamente.
I
podem ser feitas consultas de modo eficaz com uma [mica busca. lsso oferece um
potencial importante para abrir o catzilogo da biblioteca como fonte valiosa de > 14.6 A geréncia de um sistema de gerenciamento de bibliotecas
i
informacao e nao apenas como mera ferramenta referencial. A geréncia dos sistemas é influenciada por varios fatores. Relacionamos em
seguida, sucintarnente, algumas das qucstoes certamente peculiares a gerencia
UNICORN desses sistemas.
O UNKIORN é comercializado pela SIRSI. E um sistema integrado de gerencia-
mento de acervos, baseado no UNIX, em que todos os modulos funcionam de O arnbienle
modo inconsotil numa base comum de dados bibliograficos, que pode ser aces- As bibliotecas existem em varios tipos de organizacoes. As limitacoes impostas
sada por meio de uma interface de operador comum. A SlRSl possui varias op- pelos responsaveis pela politica dessas organizacoes influirfio nas opcoes rela-
coes de clientes, que podem ser terminals, computadores pessoais com Win- tivas aos sistemas informatizados e nos procedimentos a serem adotados no
dows ou navegadores da Rede. Entre seus modulos especificos remos: desenvolvimento e evolucfio dos sistemas. A maioria dos ambientes onde fun-
cionam as grandes bibliotecas, como govemos locals e instituicoes universlté-
Controle do catélogo bibliografico .v
r
I rias, contam atualmente com vasta experiéncia em matéria dc sistemas infor-
Além de recursos completos de importacao e exportacao de registros MARC, 0 rnatizados e estabelecerao padroes para diversas areas.
UNICORN inclui técnicas complexas para o tratamento de colecoes especiais,
itens nao-catalogados e titulos encadernados com outros titulos. . A biblioteca
Define-se uma biblioteca pelo seu acervo e seus usuarios. Acervo e usuarios
Controle de autoridade influem no sistema ideal para uma dada biblioteca. Os usuarios, por exemplo,
Este modulo estabelece uma unica forma de cabecalho. O suporte para autoria podem detenninar o tipo de interface apropriada para 0 catalogo em linl1a de
moltipla é componente obrigatorio, e qualquer tipo de cabecalho bibliografico acesso poblico, ou se ha ncccssidade de um modulo para services dc extensfio.
pode ser controlado, sendo feita a validacao imediatamente apos a alimentacao A natureza do acervo pode determinar a prioridade a ser dada ao acesso a outros
do clado. Para ajudar nas consultas ao catalogo, é gerado também urn tesauro recursos da Internet e os tipos de suporte que seriam oferecides aos usuarios
completo em codigo ANSI que executa remissivas do tipo VER e VER TAMBEM. 118556 COTITCXIO.

Smartport O gerente de sistemas


Este é um recurso totalmente integrado com o catalogo bibliografico e o arquivo A maioria das bibliotecas acha preciso identificar alguém que atue como ge-
de autoridade. Utiliza o protocolo 239.50 para facilitar a captura de registros rente de sistemas. Em grandes bibliotecas, essa geréncia talvez venha a merecer
MARC para a aquisicao e catalogacao. as atencoes de uma equipe, que desempenhara papel fiandamental no planeja-
mento de qualquer novo sistema ou aperfeicoamento dos ja existentes, e atuara
Acesso publico aprimorado na sua manutencao. Esta envolvera nao so a pane técnica, mas também suporte
ao usuario, por meio de servico de atendimento voltado para a solucfio de pro-
O catalogo de acesso publico destina-se a atender as necessidades tanto dos
358 SISTEMAS DE esruzucrameure DE BIBLEOTECAS MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 359

blemas, treinamento, documentacao e tudo que for essencial ao funcionamento Redes


do sistema. Uma das caracteristicas dos sistemas de gerenciamento de biblio-
tecas, que os tomam mais exigentes de suporte do que outros, é o fate de regis- Conforme se vera no capitulo seguinte, é cada vez maior o niimero de biblio-
trarem transacoes dc empréstimos, e por isso tem de estar disponiveis sempre l
tecas que participam de atividades que envolvem a interligacae per redes. Essas
que a biblioteca estiver aberta ao poblico. S50 necessaries certos recursos, como i atividades geralmente abrangem a comunicacao entre e computador local e um
unidades independentes, no case de panes infreqflentes (l) mas inevitaveis. computador extemo, como o de um ferneceder de livres, utilitarios bibliogra-
ficos ou services de buscas em linha. Para que seja eficaz, uma comunicacao
Educagao e capacitagéie de usuérios _ desse tipo implica a adocae de varies padroes. _
Os usuarios dos sistemas de bibliotecas situam-se em duas categorias: o pessoal Participagio no desenvolvimento de sistemas
profissional e es usuarios das bibliotecas. O treinamento destinado ao pessoal
profissional é sernelhante ae que acontece em muitos outros sistemas, embora, Os sistemas dc gerenciamento de bibliotecas Se desenvelveram corn 0 auxilie
devido as exigéncias dos pontos de atendimento, uma grande parte do treina- dos gerentes de bibliotecas. Os empreenclimentos de natureza cooperativa,
mento seja realizada de modo individual. Em muitas bibiiotecas, a capacitacio naturalmente, tiveram seus rumos definidos pelos participantes, mas também a
l maioria dos sistemas comerciais conta com um grupo dc usuérios e a maior parte
dos usuaries é muito mais dificil de ser executada. A situacao é melhor em bi-
bliotecas universitarias e especializadas do que ern bibliotecas poblicas, mas des desenvolvedores do ouvidos as propostas do grupe de usuaries no que
sempre ha uma certa instabilidade da clientela e, em geral, falta de interesse por concerne ao desenvolvimento de sistemas. Além disso, muitos sistemas permi-
treinamento sistematico. O ponto principal a merecer atencae, no caso des usu- tem que os gerentes de bibliotecas configurem seu sistema segundo suas pro-.
aries propriamente ditos, consiste no catalogo em linha de acesso publico e pre- prias necessidades. Em ambes os contextos, os gerentes de bibliotecas simples-
dutos afins em cederrom. Para que os usuaries tirem pro veito desses produtos é mente nae compram um produto pronto e o utilizam. Eles também contribuem
de suma irnportancia e projeto da interface, inclusive o sistema de ajuda. para e desenvolvimento do produto e, desse modo, para o futuro dos sistemas de,
gerenciamento de bibliotecas.
Atuaiizagoes
Reflexao Em que sentide a geréncia de um sistema de gerenciamen-'1‘
Heje, a maioria das bibliotecas conta com sistemas informatizades. Qualquer to de bibliotecas é diferente ou se integra com o gerencia--
novo progresso de um sistema estara baseado fundamentalmente em melhora- mento dos services da biblioteca?
mentos introduziclos no ja existente. Havendo contratos de manutencao ou li-
cenciamento aprepriados, es fomecedores cada vez mais preporcienam a todos 14.7 O futuro dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas
seus clientes versoes atualizadas, de forma rotineira. O gerente de sistemas deve,
entao, decidir como e quando implementar essas atualizacoes e analisar as Ae iengo des tiltimes anos, desenvolveu-se e amadureceu 0 mercado de sis-
mudancas necessarias em termes de documentacao e treinamento. temas de gerenciamento de bibliotecas. A maior parte dos grandes fornecedores
esta no mercado ha alguns anos, tendo passado a se concentrar mais recente-
Localizagoes mfiltiplas mente no aperfeicoamento de seus sistemas, num esforco de ampliar e conso-
lidar a ciientela. Verificam-se maiores mudancas no setor do mercado formado
Muitas bibliotecas abarcam varies locals diferentes, que, no caso das biblio pelas empresas menores, e varies sistemas novos surgiram em cena nos oltimos
tecas poblicas, podem achar-se geograficamente disperses. Em algumas situa- anos. Os melhoramentos des sistemas existentes concentraram-se em diversas
coes, as redes talvez nae sejam apropriadas para todos es locals, e, prova- areas, e estao deflnindo tendéncias que certamente terae continuidade. Na
velmente, outras alternativas independentes, come es catalogos em linha de realidade, levara algum tempo para que esses aperfeicoamentos sej am levados a
acesso ptiblico em cederrom, apresentem melhor relacao custo—eficacia. As pratica, pois as bibliotecas atualizam seus sistemas de forma gradativa. As
bibliotecas pfiblicas também precisam contemplar bibliotecas ambulantes, ce- Eiltimas versees de sistemas eferecem para o usuario cenectividade e acesso que,
lecoes especiais e outros services especiais, como os services de bibliotecas ha poucos anos, nae passavam de detalhes de um sonho. Ainda resta muito
escelares. A eperacao de um sistema que sirva atodos es pontos de atendimento trabalho a ser feito pelos gerentes de bibliotecas no sentido de identificar as
e a prestacao de suporte no que concerne a utilizacao do sistema suscitam uma estratégias de utilizacfio ideal das novas tecnologias, sem refinamentes adi-
variedade de dilemas operacionais. cionais dos sistemas. O capitulo lrefletc sobre algumas implicacoes desses
360 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 361

avaneos tecnolégicos para 0 futuro das bibliotecas e outras organizagoes que ~ de membros do pessoal
participarn da indfistria cla inforrnagfio. Esses cenérios também tém multas - dc assinantes da Inremet
implicagfies para 0 desenvolvimento futuro dos sistemas de gerenciamento de - dc mernbros de um clube local que publica péginas da Rede no servidor da
bibliotecas. Na realidade, a prépria natureza desses sistemas poderé vir a se l; biblioteca. .
modificar, £1 medida que as bibliotecas e organizaqfies selecionam médulos para
0 desempenho de funooes especificas e se concentram, dc modo mais acenru_ado Trabafho em grupo
do que hoje em dia, ern compras regulares anuais e atualizaefies de equ{pa- Muitos dos sistemas atuais pressupdem usuérios isolados. Seré necessério
memos e programas, ao invés das grandes atualizagoes de projeto que ocomam desenvolver ferramemas de trabalho em grupo, como, por exemplo, quando um
antes a cada cinco ou dez anos. As bibliotecas cada vez mais tendem a procurar gmpo estiver reaiizando uma busca complexa na Internet.
soluqfies talhadas sis suas préprias necessidades com 0 emprego de ferramfintfis
de programas para tarefas especificas, possivelmentecom participacgfio impor- Melhoramento das operagoes existentes
tante dos usuérios. Esses sistemas exerceréio muitas das fungfies atuais, como
As bibliotecas continuarfio envolvidas com aquisigio, catalogagfio e circulaqfio
aquisiofio e catalogagfio, mas terfio de realizé-las de modo um pouco diferente a
depender das fimgoes adicionais que passarfio a BXISIII‘. ou controle dc acesso, porém, num ambiente multimidia, que abarque tanto
fontes impressas quanto eletrénicas, hé Iugar para muitos aperfeigoamentos
z potenciais.
Fungées extraordinarias
Acesso a recursos comerciais Aquisigéo
Os sistemas devem facilitar 0 acesso do usuério a bases de dados comerciais, Ainda hé muito terreno para o aprimoramento da aquisigfio. Os usuérios pode-
recursos de outras bibliotecas e acervos documentais. Os sistemas devem riam submeter seus pedidos por via eletronica, incluindo neles a mengziio de
procurar resolver questfies relativas a responsabilidade, controle de d1T8ltO fontes apropriadas, como [ivrarias na Internet ou servigos dc alerta de editoras.
autoral, licenciamento e recebimento dos pagamentos correspondenles. Dfivfim Os pedidos serfio validados ao serem recebidos e os usuérios imediatamente
ser negociados, ao longo da cadeia informacional, acordos financeiros compen- informados sobre eventuais documentos que n50 sfio aceitos ou néo estéio dispo-
sadores. Esses sistemas também podem precllsar acomodar a avaliaofio de re- \
\ niveis, ou qualquer informagfio que esteja faltando. O intercémbio eletrénico de
cursos por parte de quem deseje adquiri-Ios. E preciso que os sistemas tenham I dados facilitaré a comercializagfio, inclusive 0 processamento, faturarnento e
condigoes do administrar a quem esté pennitido acesso a qué, quando, Por »r embalagem dos pedidos. O registro precisaré acomodar tanto documentos ele-
quanto tempo ou até uma despesa méxima, estratégia dc pagamento 6 d1re|tOS J trénicos quanto impressos. Os perfis perrnitirfio a notificaeio aos usuérios sobre
conexos. Precisarfio gerenciar questfies dc direito autoral, fungao que oeve ser novos itens. Os aspectos fisicos dos processes dc encomenda podem ser
inerente a eles, e teria de estar ligados a sistemas de empresas ednonaas, melhorados com o emprego do interczimbio eletrfinico de dados para sincro-
editores, indexadores, bibliotecas dc imagens e autores. nizar a informaeio em ambas as pontas de um vinculo de suprimento, de tal
modo que ambas possam compreender corretamente os cédigos de barras.
Merainformagdes sobre fontes da Rede
Catalogagéo '
Precisam ser de fécil acesso, possivelmente ao clicar de um botfio do. mouse.
Alouém precisaré manter estas informagoes e os slstemas deverao rhspor de
D E possivel melhorar mais a consisténcia da catalogagzéo por meio de corretores
recursos que suponem a manutenofio pelos ongmadores da lnformagfio. ortogréflcos e de estilo, e ferramentas de eliminagfio de duplicatas. Se os regis-
0 tros vierem a ser compartilhados seré preciso saber qual corretor ortogréfico foi
Registro personalizado do usuério usado. A qualidade das bases de dados catalogréficos seré melhorada com pro-
Os sistemas atuais costumam aloéar os usuérios a grupos ligados 3 CIIFEIFOS dc gramas de organizaefio e correqéo global de catélogos. A catalogagiio de docu-
circulagfio. O registro dos usuérios preclsaré ser mans complexof e preclsarao mentos eletrénicos ainda coloca muitos desafios, mas, também, oportunidades.
poder panicipar como membros de diversos grupos, como dc fatoja pamclpam, A busca por termos livres no texto dc documentos cletronicos oferece vias de
mas esses grupos tendem a estar vinculados a sistemas dlstmtos. Grupos co- acesso que nfio se encontram tradicionalmente nos registros catalogréficos de
muns seriam: documentos impressos. Hé ainda espago para novos aperfeigoamentos dos
MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 363
362 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS
Catalogue [catalogo para criangas], da Dynix. Recursos para deficientes fisicos
vinculos entre registros de citagoes e tipos de documentos multimidia, e em e, especialrnente, deficientes da visfio terao dc ser incorporados aos sistemas do
outros trabalhos no campo da indexaoao, por exemplo, imagens ou videoclipes. catalogos em linha de acesso plliblico. Em todos esses casos, 0 usuario tera de
contar com a opgfio de escolher a interface que usaré ao consultar 0 catalogo.
Evolugaio dos sistemas A maior pane das bibliotecas oferece hoje servigos de infomaagao comuni-
Os sistemas devem ser capazes de evoluir, e nao devera mais haver necessidade taria em paginas da Rede, ao invés de fazé-lo com um sistema de gerenciamento
do substituir completamente os sistemas depois de decorrido um certo nfimero de bibliotecas, 0 que pode implicar, cada vez mais, a publicaeao de documen-
de anos. Na realidade, a medida que os sistemas se tomam mais complexes, mais tos e até periodicos na Rede, exigindo a conversao de textos para 0 fomiato
interligados e com funeoes mais integradas, muda-los por completo de tempos HTML ou o uso de um sistema de gerenciamento dc documentos‘ A mesma mé-
em tempos sera procurar confusao. quina acessaré essas paginas, o sistema de gerenciamento da biblioteca e apli-
cativos na rede local, como cederrons, intranet e Internet. E importante haver
Cibertecérios’ coeréncia na aparéncia e funcionalidade das interfaces dos varios recursos.
O outro lado do acesso é a seguranga, que deve estar embutida no sistema e
O bibliotecario do futuro comeqa a se delinear, porém 0 fiituro dos biblioteca-
basear-se num sistema abrangente de direitos, permissoes, regras e parametros
rios no ciberespaoo somente estaré garantido se houver notavel adaptaeao e
de acesso. A seguranea também inclui amplo, eficiente e rapido sistema de
desenvolvimento. lsso havera de exigir um compromisso com 0 desenvolvi-
recuperagao e restauragao de dados perdidos. Cada vez mais a seguranea estara
mento profissional permanente, tanto por parte do individuo quanto por parte
vinculada a processos de eobranea. A provisio de acesso a vastidéio de recursos
das organizaooes que o empregam.
da Internet é dispendiosa. Canoes inteligentes que registrem as transagzoes fei-
tas pelo usuario provavelmente serao usados cada vez mais como. suporte ao
Melhoramento do acesso para 0 usuério _
processo de cobranga e poderao ser também adotados como dispositivo de
As bibliotecas estarao aptas a estimular a utilizaeao paga de recursos eIetr6- seguranga para acesso a uma variedade de recursos de informagao intemos e
nicos por parte de um grande numero de usuarios remotos, ou teriio condieoes de extemos. Podem ser usados em quiosques de auto-atendimento.
limitar o acesso a usuarios especiflcos. O usuario externo podera consultar o Em suma, 0 futuro oferece infimeras opeoes, mas nao é provavel que haja
catalogo em linha de acesso pfzblico de uma biblioteca, mas, além disso, o usu- soluqoes genéricas que sirvam para qualquer funqfio e tarefa do gerenciamento
ario da propria biblioteca poderé usar esse catalogo para acessar uma arnpla de bibliotecas e da informaeao. O usuério continuara a escolher as fontes de
gama de outros recursos da Internet‘ O catalogo em linha de acesso pfiblico infonnaeao com base na comodidade, acesso e custo. Embora os futuros siste-
podera funcionar como uma janela para o mundo dos recursos da informagio. mas venham a oferecer ao usuario muitas oportunidades de participar do pro-
Cada usuario dispora de uma ou varias senhas pessoais de acesso, que permitam jeto dos sistemas e personalizar as interfaces e 0 acervo de recursos a que tera
que preferéncias, direitos e atividades sejam armazenados para reutilizaoao. acesso, a localizagao do informagzoes boas, confiéveis e validadas esta, em al-
Enunciados do buscas poderiam ser compartilhados entre usuérios. Conceitos de guns casos, flcando mais trabalhosa e demorada, nfio mais facil, e ainda restara
navegaqao na Rede, como péginas favoritas estruturadas e procura retrospectiva um papel para 0 gerente de informaeao, para cujo arsenal os sistemas de
tomar-se-F10 bastante difundidos. O usuario utilizara 0 catalogo em linha de gerenciamento de bibliotecas serao uma ferramenra importante.
acesso piiblico como um de varios métodos para manter arquivos de uso pessoal
sem ter de redigitar dados, e precisara ter condigoes de armazenar e reutilizar RES UMO
enunciados e resultados de buscas. Documentos pessoais poderao ser vincu-
Ha uma variedade de sistemas grandes, médios e pequenos de gerenciamento de
lados diretamente a referéncias bibliograficas ou documentos eletronicos exis-
bibliotecas. Podem ser agrupados em quatro geragfies, com as Eiltimas versfies
tentes na biblioteca, bem como poderfio ser submetidos como uma aquisigio
dos sistemas de grande porte caminhando rumo 51 quarta geragao. Os melho-
potencial pela biblioteca ou fornecidos em resposta a um pedido de documento
ramentos recentes introduzidos nesses sistemas podem, em geral, ser agrupados
da biblioteca. A arquiletura cliente-servidor perrnitira ao usuario selecionar
nas areas de: aquisigio em linha, criagéio mais rapida de catalogos, melhor con-
uma interface de busca para detenriinada tarefa, ao invés do ter cle aceitar um
trole de autoridade, controle do circulagio, empréstimos entre bibliotecas, infor-
conjunto padronizado de opeoes.
magio gerencial, cat:-ilogos em linha de acesso pfiblico e informagéo comunitéria.
As interfaces de catalogos em linha de acesso piiblico precisariio ser proje-
0 empréstimo por auto-atendimento é uma opgfio nova interessante. A geréncia
tadas para diferentes tipos de usuarios. Um dos primeiros exemplos é o Kids
364 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS MERCADO DE SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS 355

dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas é influenciada por varios fatores, Electronic public informationlone-stop shops/kiosks. Vine, n. I02, I996.
que incluem: o ambiente, os recursos e usuérios da biblioteca, 0 papel do gerente Fisher, S.; Rowley, J. Management information and library management systems: an
overview. The electronic library, v. I2, n. 2, p. l09—l I7, I994.
do sistema, localizagoes mfiltiplas, atualizagoes e desenvolvimento dos sistemas,
Fletcher, M. The CATRIONA project: feasibility study and outcomes. Program, v. 30, n.
bem como a necessidade de promover a capacitagao e o treinamento do pessoal
‘Z, p. 99—I07, 1996.
e dos usuarios; Um futuro para os sistemas de gerenciamento de bibliotecas é Furness, K.L._; Graham, M.E. The use of information technology in special libraries in
que, por intermédio dos catalogos em linha de acesso piiblico, poderao suportar the UK. Program, v. 30, n. I. p. 23-37, I996.
o acesso a uma ampla gama de recursos de informagito e documentos por meio Griffiths. J.-M.; Kertis, K. Automated system marketplace. Libroryjournal, v. II9, n.
da Internet. isso exigira que se dé atengao a: metainformagoes, registro perso- 6. I994.
nalizado, trabalho em grupo e seguranca e cobranga. Estamos testemunhando 0 Grosch, A.N. Library information technologies and networks. New York: Marcel
nascimento do ‘cibertecairiofl mas sua chegada it idade adulta dependera de seu Dekker, I995.
desenvolvimento profissionai, apropriado e permanente. Harbour, R.T. Managing library automation. London: Aslib, E994.
Heseltine, R. Library automation. ln]'0rmation UK oulloo/ts 9. I994.
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ciamento de bibliotecas. i; Russell, R. Libsy.r.ulr.' a directory oflibrary system: in the United Kingdom.
2 Como um sistema de gerenciamento de biblioteca pode melhorar o London: LITC, South Bank University, I995.
Mandclbaum, LB. Smallprcyeci auiomoiionfor library and inforntation centers. West-
servico prestado aos clientes?
port; London: Meckler, I992.
3 Analise a aplicabilidade e conseqtiéncias cia questao do auto-atendi- Matthews, J. Moving to the next generation: Aston University’s selection and imple-
mento em bibliotecas. mentation ofGalaxy 2000. Vine, n. I01, p. 42-49. I995.
4 Descreva as caracteristicas de um catalogo em linha de acesso publi- Muirhead, G. The systems librarian. London: Library Association Publishing, 1994.
co do futuro. Murray. l.R. Assessing the effect ofnew generation library management systems. Pro-
5 Identifique as questoes que precisam ser solucionadas para que haja gram, v. 31, n. I-4, p. 3I3—3Z7, I997.
uma geréncia eficaz do sistema de gerenciamento de biblioteca. Rowley, I .1 Fisher, S.M. /r0t)K.\‘HI=‘i.t-‘.- a guide for librarians and systems managers.
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FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 367

documentos, e mostra que ele pode abarcar autores, editorm, agéncias de

15 assinaturas, serviqos de fomecirnento de documentos, fornecedores de livros e


bibliotecéirios. Sendo a informagio produzida em inurneros formatos, e envol-
vendo diferentes organizagfies, n50 é de surpreender que existam tantas opefies
para 0 fomecimento de documentos. Muitas dessas organizaqées atuam tanto no
Fornecimento de documentos fomecimento de documentos eletrénicos quanto de documentos impressos.
Bibliotecérios, editoras e outros servigos de fomecirnento de documentos
precisam enfrentar as complexidades dessa atividade num ambiente hibrido em
I

OBJETIVOS
! que 0 fomecimento convencional convive com 0 fornecimento eletrénico de
documentos. Vale a pena citar, como um saudével lembrete da inféncia relativa
O fornecimento de documentos sempre esteve no cerne dos servieos oferecides por em que ainda se ericontram os documentos eletrénicos, que o Document Supply
bibliotecas, editoras e outros membros da industria da informaqéo. Esse servi<;0 tem de Centre da British Library, servigo nacional de fornecimento cle documentos do
abarcar tanto os impressos quanto cs elelrfinicos. Embora os mecanismos de forne- Reino Unido, atende a 95% dos pedidos de empréstimo que recebe com o envio
cimento de documentos impressos estejam consolidados, tornaram-se mais eficientes dc uma cépia ou exemplar impressa do documento.
com a introdugéo das solicilagées eletrénicas. Houve nos ultimos anos progressos répi- O outro desafio que permeia quaiquer anélise sobre 0 fomecimento de docu-
dos no fomecimento de documentos eletrénicos, principalmente no que concerne aos
I
mentos eletrénicos esté no fato dc que o conceito de ‘documento’ tem origem
periédicos eletrénicos. Ao término deste capitulo voce teré compreendido as funpfies I
num contexto onde predomina 0 texto impresso. Um livro ou um fasciculo de
dos seguintes agentes do fornecimento de documentos: periédico constituem claramente uma unidade identificéivel, mas como definir
os limites dos documentos eletrénicos? Pode-se ter uma idéia disso ao se refletir
- redes e consércios de bibliotecas sobre 0 conteudo dos capitulos ameriores. Serviqos de buscas em linha, ceder-
- fornecimento de documentos em cederrom rons e gerenciamento de documentos e sistemas de editoragfio, tudo tem a ver
' servigos comerciais de fornecimento de documentos com informagfio e, logicamente, com 0 fornecimento dc documentos. Uma defi-
~ fornecedores de bibliotecas, agéncias de assinaturas e intercémbio eletrdnico de nigfio extremada de documento enquadraria 0 resumo como documento, embora
dados normalmente ele seja visto como succdfineo do documento, e com base nele 0
- fornecedores e editoras de periédicos eletrdnicos. usuzirio optaria por acessar outros recursos. Por outro lado, quando se fornecern
bases de dados de texto integral por intermédio desses suportes, 0 que ocorre é
15.1 lntrodugio certamente 0 fornecimento de documentos. .
O fornecimento de documentos e especificamente de periédicos eietrénicos
O fomecimento dc documentos é elemento essencial no acesso 51 infonnagfio. suscitou grande atengéio nos ultimos anos. O trabalho nessa érea concentrou-se
Envolve a integragfio da descoberta do documento, a localizaeéio de um fornece- em bibliotecas universitérias e especializadas importantes, e, em certa medida,
dor, a solicitagiio e a entrega. O fornecimento de documentos eletrfinicos pode tem sido visto como uma solugfio possivel para se conseguir manter acesso ade-
ser definido mais estritamente em termos da entrega de documentos em forma- quado aos periédicos para os pesquisadores e estudantes, em época de cortes nos
to digitalizado, ou cie modo mais lato inciuindo qualquer dessas etapas em for- gastos publicos e aumento de preqo das assinaturas. Muitos desses projetos s50
mato eletrfinico. Tanto 0 fornecimento de documentos impressos quanto de 2' ainda experimentais, mas alguns sfio tfio importantes que é provzivel que acabem
eletrfmicos é importante e constitui aspectos deste capitulo. Na realidade, mui- evoluindo para empreendimentos comerciais, desde que sejam resolvidas ques-
tas das agéncias envolvidas no fornecirnento eletrénico de documentos sic t6es relativas é cobranga e geréncia de grandes consércios.
atores importantes no fornecirnento de documentos impressos. importante
também é que a linha diviséria entre fomecimento de documentos impressos e 15.2 Opgées de sistemas de fornecimenlo de documentos
fomecimento de documentos eletrénicos em geral nio esté claramente definida.
O fomecimento de dodumentos é uni processo complexo que cobre tempo e A tabela 15.! mostra uma variedade de op<;6es de canais de Tomecimento de
distincia entre cliente e fomecedor. Assume muitas for-mas, pode abranger documentos. Esses canais podem ser ciassificados com base nos agentes envol-
documentos numa variedade dc formatos e implica vérios intermediérios. A ta- vidos ou em outros critérios, inclusive:
bela 15.1 resume alguns dos diferentes caminhos que levam ao fornecimento de
368 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 369

I Se 0 documento é fomecido direramente para o usuario final em seu gabine- 2 Fornecedores de cederrons com bases de dados de texto integral e multimi-
te ou para a biblioteca que serve de intermediaria. dia, como cadastros e enciclopédias.
2 O formato do documento. Os problemas serao diferentes se forem livros, 3 Servigzos de fornecimento de documentos, inclusive serviqos comerciais e a
periédicos, artigos cle periédicos e obras de referéncia, como cadastros. British Library, podem oferecer acesso a documentos anuriciados nas bases
3 O suporte em que, ou pelo qual, 0 documento é distribuido. Pode incluir ce- de dados disponiveis nos servigos de buscas em linha ou outras fontes. O
derrom, fax ou em linha/Rede. O fornecimento em formato impresso pode destaque é para artigos dc periodicos, trabalhos apresentados em eventos e
também ser conseqiiéncia de um pedido ou encomenda submetido por via relatorios de pesquisas, mas também inclui livros.
eletrfinica. 4 Fomecedores de materials para bibliotecas e agéncias de assinaturas ofere-
4 A natureza do contrato do fornecimento. O fomecimento pode ser conside- cem encomenda eletrénica tanto de documentos impressos quanto e1etr6ni-
rado como equivalerile a compra (como quando um livro é comprado por cos. Em geral, ha uma linha divisoria entre agéncias de assinaturas de publi-
um usuario), ou empréstimo (como quando um livro é retirado por emprés- caqoes seriadas e fomecedores de livros no que concerne aos documentos
timo de uma biblioteca pelo usuario ou por intermédio de uma rede cle em- abrangidos e, portanto, com relaeio a natureza dos servigos oferecides.
l
préstimo interbibliotecério). Muitos contratos de fornecimento de documen- l 5 Fomecedores de periodicos eletronicos, inclusive varias editoras. Os perio-
tos eletronicos sao Iiceneas de uso, respeitadas determlnadas coridiebes. O dicos podem ser fornecidos em cederrom ou para acesso em linha. O acesso
direito de autor e a licengza de uso sao questoes capitals em qualquer sistema pode ser tanto para o periodico no todo, dojeito como foi publicado, ou
de fornecimento de documentos eletrénicosr tendo como base o amigo, a pedido.

Tabela 15.1 Agentes atuantes no fornecimento de documentos 15.3 Redes e consércios de bibliotecas
Os biblioteczirios participam ha muitos anos de empreendimentos cooperatives,
Criagéo do Notificagio sobre a existéncia Fornecimento
documento do documento do documento ou redes e consorcios. Os primeiros objetivos dessas redes diziam respeito a0
intercambio de registros catalograficos e ao fornecimento de documentos im-
Autor Biblioteca Biblioteca pressos ou empréstimo interbibliotecario. Essas funefies continuam sendo im-
Editor Editora Consorcio de bibliotecas portantes, mas sao agora facilitadas pelo inlercfimbio de registros eletronicos e
Editora Agéncia de assinatu ras Agéncia de assinaturas manutengio de registros. Em geral, 0 fomecimento de documentos impressos
Servigo cle notificagéo corrente Editora _ tem sido complementado pelo de documentos eletronicos.
Produtor de base de dados Servigo de notificagfio Grupos de bibliotecas mantém catalogos coletivos ha muitos anos. Os pri-
bibliogréficos corrente meiros catélogos coletivos eram enormes catalogos em fichas, cuja criagao era
Servigo de buscas em linha Servigo comercial de forne- um ato de devoofio, além de sua atualizaefio ser muito trabalhosa. Do mesmo
cimento de documentos
modo, mecanismos de empréstimos entre bibliotecas jzi existiam muito tempo
antes dos atuais sistemas informatizados e redes de dados. No entanto, com esses
. . - - - . - . . . . . . . . . . . . . . . - . . - - - - . - . . . . . - . 000140114 r
mecanismos o empréstimo entre bibliotecas era amiilde um processo moroso.
Reflexio Quais os canals de fornecimento de documentos que voce
Em geral, considera-se a cooperaeao um meio de compartilhar recursos ou con-
jai usou! Quais os critérios que determinam o canal ao qual ter os gastos com a catalogagfio. Nos ultimos anos, as redes de bibliotecas se
1
voté iré recorrer?
tornaram cada vez mais dependentes das redes de telecomunicagiies e dos com-
putadores. Os primeiros empreendimeritos do natureza cooperativa baseados em
Identificamos aqui cinco categorias diferentes de servigzos de fornecimento de computadores, ainda que fossem ambiciosos para sua época, hoje em dia seriam
documentos:
descritos como rudimentares. Sistemas de processamento em lotes, corn excesso
1 Redes e consorcios de bibliotecas. que em geral criam bases de dados de ca- de papel, pouca conectividade entre os processadores, e limitado acesso em
télogos coletivos como meio de acessar e compartilhar os recursos de um linha antecederam os sistemas muito mais eficientes que hoje facilmente nos
grupo de bibliotecas. Quaisquer tipos de documentos podem ser compani- passam despercebidos. Os sistemas tiveram uma importante evolugao desde fins
lhados, porém maior destaque é dado aos livros impressos. Em principio, da década de 1960 e inicio da década de 1970. No entanto, permanecem cons-
documentos breves podem ser digitalizados e fomecidos por via elelronica. tantes os objetivos cemrais da fonnagfio de redes, que sao:
370 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BJBLIOTECAS FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 371

- mostrar 0 conteudo de um grande numero de bibliotecas ou de um grande of Congress, que deu sua primeira contribuicao ao estabelecimento de redes a0
numero de publicacoes, principalmente por meio do acesso a bases de dados atuar como servigo de catalogacao centralizada e distribuir flchas catalografi-
catalograficos, com emprego de interfaces cle catalogos em linha de acesso cas impressas, a partir de 1901. As experiéncias com sistemas informatizados,
publico que tiveram inicio na década de I 960 com 0 projeto MARC, Ievaram a criacao do
- fazer com que os recursos mostrados nessas bases do dados catalograficos se MARC Distribution Service. A base de dados LCMARC é essencial aos servicos de
tornem disponiveis para bibliotecas e usuarios, onde e quando sej am neces- catalogacao da Library ofCongress. Baseia-se na catalogacfio de suas coleqoes,
sarios feita pela Library ofCongress, com registros adicionais fornecidos por bibliote-
- compartilhar custos e esforcos despendidos na criacao de bases de dados cas cooperantes. A base de dados é acessada em linha por meio de diversos ser-
catalograflcos, por meio do intercambio de registros e atividades correlatas. vicos de consulta. A Library of Congress também tem desempenhado impor-
tante papel na coordenacao de redes, e participou de varios projetos que de-
As redes também podem desempenhar funcoes de apoio, tais como: monstram seu compromisso com a cooperacao. Dois projetos importantes a
ressaltar sao o CONSER e o Linked Systems Project. O CONSER (Cooperative
- distribuigao e publicacao de periodicos eletronicos e outros documentos ele-
I Online Serials) era um esforgo cooperativo a fim de montar uma base de dados
tronicos
informatizada de informacoes sobre catalogacao do publicagoes seriadas. O
- acesso do usuario final a outras bases de dados, como as que se acham dispo-
Linked Systems Project (LSP), iniciado em 1980, visava a estabelecer uma rede
niveis nos servigos de buscas em linha e em cederrons
nacional de servicos e utilitarios interligados por interface comum.
' servicos de valor agregado. tais como correio eletrfinico, services dc cadas-
Outra instituicao em matéria de redes nos EUA, cuja contribuicao foi muito
tros e transferéncia de arquivos
importante, é o OCLC, fundado em 1967 por um grupo de bibliotecas univer-
- intercfimbio de registros bibliograficos e de autoridade, em geral no formato
sitarias do estado dc Ohio, c tem desempenhado importante papel, tanto nos EUA
MARC.
quanto em outros paises, em matéria de fomecimento de registros, pesquisa e
No comeco, estabeleciam-se redes com objetivos limitados e bem-definidos. A compartilhamento do experiéncia. Atualmente, mais de 37 mil bibliotecas cle 74
medida que 0 uso das redes se torria mais difundido e que se conta corn uma paises utilizam seus servig:os.' Sua base de dados é a maior base de registros
infra-estrutura que torna mais comum a transferéncia de dados, consorcios e catalograficos do mundo. Varios servicos estao relacionados com essa base, e
participantes de consorcios ligam-se a outros consércios ou mernbros de con- sao mencionados resumidamente na figura 15.1.
sorcios. O usuario pode escolher mais de um caminho no labirinto de redes, a fim
de localizar determinado documento. As barreiras existentes ja sao menos Catilogo coletivo em linha do OCLC _
determinadas pelas llmitacoes fisicas das redes do que pelos mecanismos de Catalogagao PRISM: inclui fornecimento de registros, controle de autori-
obtencao de Iicencas e acesso. Sao poucas as restricoes impostas pela tecno- dade, formato de exportagao, programa Passport, catalogagao em ceder- 1
Iogia, porém a politica e a economia estao comeeando a definir as fronteiras. rom, Promptcat (fornecimento de cépias de registros catalogréficos de
As principais instituigoes atuantes nas redes de bibliotecas elassificam-se em livros), e rromptselect (servigo de aquisigao ligado ao rmsm e rirstsearch)
duas categorias principais: Cornpartilhamento de recursos: inclui PRISM ILL (empréstimos entre biblio- 1
1 Grandes bibliotecas nacionais ou servicos dc catalogagao centrallzada que tecas baseados no catzilogo coletivo em linha do OCLC) e acesso acentros de
criam grandes bases de dados bibliograficos e em alguns casos estao na li- fornecimento de documentos
deranca do fornecimento de documentos. Servi§0S de referéncia: inclui Firstsearch e EPIC (servigo de buscas em linha
2 Cooperativas estabelecidas por grupos de bibliotecas que acham que elas e para profissionais especializados em pesquisas bibliogreificas)
seus usuérios tém a ganhar com 0 compartilhamento dos recursos, como 0 Fornecimento de documentos: inclui conexoes diretas a partir das bases de
decorrente dos empréstimos entre bibliotecas, e sua participacao na criacao dados no rirstsearch e PRISM Ill.
de uma base cle dados de catalogocoletivo.
Figura 15.1 _ Servigos proporcionados pelo OCLC
Os EUA ocuparn posicao internacional importante no que range a redes de bi-
bliotecas, e, portanto, examinaremos primeiramente suas realizacoes. Entre os
pioneiros nos EUA, e responsavel pormuito do sucesso das redes, esta a Library ' Dados de abril de 2002. (N."r.)
372 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS
FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 3 73

Outras redes dos EUA e Canada sao:


Da mesma forma que nos EUA, as primeiras atividades de interligacao por
- WLN, antes conhecida como Western Library Network, e, em suas origens, redes no Reino Unido estiveram associadas ao servico de catalogacao centrali-
como Washington Library Network zada. A British National‘ Bibliography (BNB), que é atualmente da response-
- RLG, ou Research Libraries Group bilidade da Bibliographic Services Division da British Library, foi criada em
' U_TL/is International, anteriormente denominada University of Toronto i950. Inicialmente, era um produto impresso que relacionava 0s livros recebi-
Library Automation System, que é importante iniciativa canadense. dos como deposito legal. A partir de 1991, a secao classificada principal con-
tem duas partes: uma lista de titulos a serem publicados e uma lista de titulos
Lima iniciativa recente importante da RLG foi o programs Ariel, que é uma recebidos recentemente como deposito legal. Em 1969 foi laneado um servico
implementacao do FTP para fomecirnento de documentos. Trata-se de um sis- de distribuicao MARC, inicialmente baseado em versoes legiveis por compu-
tema de escaneamento e transmissao. O programa reside num microcompu-
l
I
l
tador dos registros da BN8, denominado base de dados BNBMARC. Atualmente,
tador que roda com o protocolo de rede TCP/IP e interface grafica Windows. os registros BLMARC sao empregados para a catalogacao local e objetivos afins.
Controla um escaner e impressora ligados no local e pode reconhecer e receber A base de dados BLMARC inclui hoje em dia muitos outros registros gerados por
documentos escaneados via FTP. Os registros para empréstimo entre bibliotecas outras secoes da British Library. BLAISE, o British Library Automated Informa-
e soltcitacao de documentos nao sao processades por esse sistema, precisando tion Service, constitui um caminho importante pelo qual sao acessados os
ser gerenciados separadamente. O Ariel tem sido muito utilizado entre biblio- registros BLMARC. Junto corn essas realizacoes, o Document Supply Centre da
tecas participantes de consorcios. No Reino Unido foi adotado no projeto British Library firmou-se como um dos principais agentes de fomecimento de
LAMDA, com quatro bibliotecas do M25 Consortium e cinco do consorcio CALIM. documentos. Ele fomece quatro rnilhoes de documentos por ano. Os pedidos sao
A versao 2 do programa, liberada em I997, inclui a opcao de transmitir docu- encarninhados eletronicamente por intermédio do sistema ART, que é um sistema
mentos como anexos MIME de correio eletronico na Internet (Multimedia Inter- proprietario do Document Supply Centre, embora esteja aumentando o niltmero
net Mail Extension).' Isso,junto com outros recursos, foi um dos elementos do de pedidos enviados por correio eletronico. Os pedidos recebidos por qualquer
projeto JEDDS. Os trabalhos desenvolvidos pelo JEDDS alimentaram o EDDIS um desses caminhos sao armazenados no Automated Request Processing, que os
[Electronic Document Delivery — The integrated Solution]. encaminha para a area pertinente onde os documentos solicitados estao armaze-
. O EDDIS é um projeto que vem procurando integrartodo 0 processo de acesso nados. Os periodicos sao entao retirados das estantes para serem copiados,
a informacao, desde seu descobrimento até seu fomecimento. Este projeto estara escaneados ou escolhidos no ADONIS (mais informacfies a seguir). Embora 94%
concluido em 1998 e a expectativa é de que dele resulte um sistema operacional dos documentos sejam fornecidos na forma dc fotocopia, a tecnologia do fax
em que os usuarios se conectem a um servidor local que gerencie o acesso a bases esta sendo mais desenvolvida. O Digital Library Programme da British Library
do dados e fornecedores remotos. Esses sistemas remotos poderiam ser outros deu prioridade a notificagao corrente de artigos e 2': melhoria dos pedidos e fome-
sistemas EDDIS ou qualquer outro compativel corn 0 EDDlS no sentido de estar cimento a partir de um repositorio digital.
implementando os mesrnos padroes. O EDDlS destina-se a ser um servico para o Inside Science Plus e lnside_S0cial Sciences and Humanities Plus oferecem
usuario final, que integra 0 descobrimento do documento, sua localizacao, corijuntamente acesso aos sumarios dc 20 mil periodicos, sendo possivel a en-
solicitacao e recebimento por intermédio de uma interface Web. Além disso, comenda eletronica de qualquer artigo recuperado da base de dados. As opcoes
permitira ao bibliotecario controlar as atividades do usuario final de modo de entrega incluem transmissao por fax num prazo de duas horas, mensageiro
transparente, configurando o sistema segundo as decisoes de politica cornercial especial e correio.
da biblioteca e oferecendo niveis variados de mediacao como parte do servico. O Document Supply Centre também contribuiu para o projeto EDXL (Elec-
O catalogo em linha de acesso publico local pemtanecera extemo ao servidor, tronic Document lnterchange between Libraries), com parceiros na Franca,
junto com catalogos semelhantes e outras bases de dados remotas. O sistema Paises Baixos e Alemanha, que estudam um mecanismo para 0 rapido inter-
podera proporcionar acesso a livros e artigos de periodicos em forma impressa cambio de documentos eletronicos entre bibliotecas. Este projeto levou ao
e digitalizada. Esses projetos demonstraram que é possivel o fomecimento EDDlS e um service X400 experimental para a utilizaciio do correio eletronico no
eletronico de documentos, mas sua implementacao depende da aceitacao de fomecimento de documentos. O EDIL identificou o mecanismo disponivel para
padroes e de uma massa critica de usuzlrios. o fornecimento eletrénico de documentos e fortaleceu a opiniao crescente de que
os padroes da Intemet e 0 correio eletronico sao os métodos mais aproprlados
l Foi' liberada
~ - 3.0, com novos recursos, como a transmissao
a versao . .
dc imagens ,
colondas. (N.T.) para 0 fomecimento eletronico de documentos.
l
374 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 375

0 BLAISE, British Library Automated Information Service, proporciona l provisao de servicos bibliotecarios e de informacao pela rede. Seus partici-
acesso a mais de 22 bases de dados que contém mais de 17,5 milhdes de re- pantes cortespondem a mais de 50% das bibliotecas piiblicas do Reino Unido.
gistros bibliograficos. Como um servico de buscas em linha, pode ser acessado Exemplos de iniciativas do EARL sao a EARLWeb, uma rede de recursos de
por meio de uma linguagem de comandos ou uma interface grafica na Rede. A informacao em bibliotecas publicas, e um mecanismo consorciado de aquisicao
existéncia de um vinculc direto com o Document Supply Centre significa que os do servico Firstsearch do OCLC. _
l
clientes podem apresentar com muita facilidade suas encomendas de docu- O intercambio de experiéncias e os planos de ampliacao das redes no Reino
mentos. A figura 15.2 mostra os arquivos bibliograficos que se acham dispo- Unido também foram estimulados por varios outros gmpos, instituicoes e ativi-
niveis no BLAISE. Neles podem ser feitas buscas por assuntos, verificacao dades. O CURL (Consortium of University Research Libraries), por exemplo,
bibliografica, aquisicao, compilacao de listas de livros ou obtencao de registros. conseguiu criar uma importante base de dados catalograficos informatizada, que
BLAISE também oferece acesso a vfirias bases de dados especializadas, além dos | abrange os registros catalograficos das sete maiores bibliotecas universitarias do
catalogos das colecoes da British Library. Reino Unido. Os registros estao disponiveis para catalogacao compartilhada e
sao distribuidos em fita, utilizando sessoes de transferéncia e captura de arqui-
Reflexao Resuma a contribuigao que a British Library trouxe para o vos. A base de dados esta disponivel para outras bibliotecas por intermédio da
fornecimento de documentos. Como isso se compara com i JANET e da interface COPAC de desenvolvimento mais recente.
0 papel desempenhado pela Library of Congress nos EUA? JANET (Joint Academic Network) nao é uma rede de bibliotecas, mas uma
rede de telecomunicacoes que permite a comunicacao entre usuarios de recur-
sos de infomatica de mais de cem universidades, estabelecimentos de pesquisa
British National Bibliography 1950- e outras instituicoes. A JANET tem sido amplamente utilizada por bibliotecas
Library of Congress 1968- para o acesso reciproco a catalogos em linha de acesso ptiblico, bem como para
British Books in Print 1965- transferéncia de arquivos e correio eletronico. Conta com gateways para outras
Tbe Stationery Office 1976-
redes, como a EARN (European Academic Research Network), Internet e redes
ISSN UK Centre for Serials, 1974-
ptibiicas de dados.
l BIDS é um servico oferecido pelo UK Office for Library Networking, criado
Figura 15.2 Arquivos bibliogréficos do Br/1:55
em I989 com recursos financeiros da British Library, com sede na University of
Bath. Tem como fiincéio suportar o desenvolvimento dc atividades de interli-
Também ha varias redes de bibliotecas rto Reino Unido. Duas organizacoes que
gacao por redes entre bibliotecas do Reino Unido, ao representar as necessi-
ja existem ha bastante tempo sao o BLCMP e LASER.
dades das bibliotecas junto a industria de informatica e telecomunicaqoes, e
O BLCMP, antes conhecido como Birmingham Libraries Cooperative Me-
promover o uso eficaz das infra-estruturas de redes, existentes e em desenvol-
chanization Project, é um empreendimento cooperativo que abrange uma série
vimento, no Reino Unido e outros paises. O BIDS tem desempenhado importante
de servicos que sao usados por um grande ntimero de bibliotecas. O BLCMP
papel ao tornar disponiveis bases de dados eletronicas por um preco competitivo
mantém extensas bases de dados MARC, que incluem registros de livros, pecas
para a comunidade académica do Reino Unido. As bases dc dados mais
audiovisuais, partituras musicals e publicacoes seriadas. Existe um extenso
arquivo de autoridade. TALIS é o sistema de gerenciamento de bibliotecas do
importantes sao: BIDS ISI Service, BIDS EMBASE Service, BIDS COMPENDEX
service, BIDS uncoverservice e BIDS Inside Infonnation Service. O BIDS teve um
BLCMP (ver capitulo I4).
papel excepcional ao ser um dos primeiros servicos nacionais a oferecer, no
O LASER, que significa London and South Eastern Region, surgiu dando
local deatendimento do usuario, acesso gratuito a bases dc dados.
destaque aos empréstimos entre bibliotecas e ao compartilbamento de recursos,
Outros consorcios se formaram para desenvolver projetos relativos a
e nao a catalogacao. No entanto, a fim de alcancar seus obj etivos, desenvolveu
periodicos eletronicos. Entre eles citam-se:
um grande catalogo coletivo e posteriormente uma base de dados bibliogra-
A UK Pilot Site License Initiative, fomentada pelo Joint Information Sys-
ficos. Este é o coracao do servico v3.0nllne do LASER, que proporciona acesso
tems Committee (JISC) dos Higher Education Funding Councils. As editoras
a essa base de dados e a um sistema eletronlco de empréstimo entre bibliotecas.
tornam seus periodicos disponiveis, por meio de servidores proprios, a todas as
Um avanco recente e importante do LASER foi o EARL (Electronic Access to
universidades e faculdades do Reino Unido. O acesso aos servidores é propor-
Resources in Libraries). O consorcio EARL de bibliotecas ptiblicas do Reino
cionado pelo servico .lournalsOnLine, hospedado pelo BIDS. JournalsOnLine
Unido foi criado em 1995 para desenvolver a funcao das bibliotecas pubiicas na
376 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 377
oferece acesso pela Rede a um fomwlario de busca em que o usuario seleciona I serao entao negociadas caso a caso. O sistema pode ser acessado por meio de
a editora e coloca sua estratégia de busca. Esta é feita num arquivo de cabe<,:a- programa-cliente que roda em mflltiplas plataformas ou com navegadores da
[hos no BIDS, que é compilado com dados -fomecidos pelas editoras. A0 desce- Rede. Isso devera facilitar a integraqao de informagoes dos sistemas nos siste-
brir documentos que lhe sejam fiteis, 0 usuario tem a opoao dc solicita—los e mas de gerenciarnento de periodicos adotados pelas bibliotecas assinantes.
recebé-los em linha. As editoras amazenam seus periodicos eletronicos em
formato de documentos portaveis (PDF), que preserva a aparéncia do produto I
15.5 Servigos comerciais de fornecimento de documentos
impresso ao ser exibido na area de trabalho do computador. Este projeto sera
encerrado em I 998. Se continuar como um mecanismo auto-sustentavel, [era um I-Ioje quase nio se nota a linha divisoria que havia entre a busca em bases do
grande impacto nos servigosnde fomecimento de documentos, dos quais o mais dados feita por interrnédio dos servigos de buscas em linha e a obtengao dos
notével é o da British Library. documentos e que eomeeou a se apagar quando os principais servigos de acesso
r
em linha passaram a colocar em suas bases registros com textos cornpletos.
15.4 Fornecimento de documentos em cederrom Muitos dos novos servioos comerciais de fornecirnento de documentos estao
direcionados para os usuérios finais. Em sua maioria envolvem parcerias ou
O capitulo 10 define o cederrom como um suporte para 0 fornecimento de infor- alianeas estratégicas entre fomecedores de documentos e servieos em linha.
magao. As bases de dados que poderiam ser fornecidas em cederrom incluem i Muitas vezes baseiam-se numa combinagfio de tecnologias ou em tecnologias
tanto bases-bibliograficas quanto de fontes. Normalmente, certos documentos, altemativas, como fax, Intemet, ou um sistema dedicado de quadro eletronico de
como cadastros, enciclopédias, dicionarios, coleooes de relatorios anuais, cole- avisos. Embora nenhum desses mecanismos seja tao aperfeiqoado quanto Q
eoesvde obras literarias, podem ser gravados em cederrom e fornecidos direta- fornecimento eletronieo de documentos completos, a maioria aceita pedidos de
me__nte ao consumidor ou ao mercado das bibliotecas. Quando a biblioteca ad- documentos como parte integrante do processo de busca, e a experiéncia con-
I
qiiire um documento em cederrom pode fomecer acesso a ele por meio de uma siste em buscar e recuperar. _
rede, desde que para isso negocie a respectiva licenqa de uso em rede. As infor- O FirstSearch do OCLC, por exemplo, é um serviqo de buscas em-_lin.ha am-
maeoes sobre esses eaminhos para fomecimento de documentos ja foram vistas plamente iisado pela comunidade académica. Proporciona acesso a uma ampla
no capitulo 10. Neste contexto, porém, é valido lembrar o sistema ADONES. variedade de bases de dados de escopo geral, com uma interface de menus facil
0 ADONIS é um sistema de fornecimento de amigos baseado em cederrons. ! de usar, com controle dc custos por meio da definigfio de pregos sobre 0 uso
Os artigos sao publicados em 680 titulos de periodicos de mais de 70 editoras da final. O fornecimento de documentos no caso de artigos identificados durante
area biomédica. Pode ser visto como uma alternativa ao empréstimo entre bi- acesso as bases de dados bibliograficos do Firstsearch do OCLC pode ser feito de
bliotecas no contexto de uma grande biblioteca de pesquisa. Os documentos no varias formas:
ADONIS sao gravados como imagens, 0 que signiflca que é impossivel fazer
i
buscas no texto do anigo. Apenas os itens incluidos no indice tém validada como ' texto integral em linha no padrao ASCll'
termos de busca. Mais recentemente foram incluidos arquivos SGML que in- - imagens de documentos impressos, enviadas por fax, havendo a opqio de
cluem sumarios, buscas bibliograficas e no texto, pelo menos dos resumos. Esse uma hora de demora
indice é pesquisavel por meio de buscas booleanas, buscas comparativas e de * imagens de documentos eletronicos integrantes de um conjunto de 1 000
proximidade e com a utilizaeio de curingas. A impressao de um artigo gera a 4 periodicos de interesse geral, da area de safide e também de negocios, que
cobranea de direitos de copia por parte das editoras (Publishers Copyrights estfio disponiveis para visualizaeao na tela e irnpressao na impressora liga-
Charges (PCC)). Essa cobranea é fixada por cada editora. As atiializaooes dos da ao terminal ou microcomputador por interrnédio da Rede
cederrons sao liberadas logo apos 0 processamento dos fasciculos dos periodi- - documentos da Internet: é possivel loealizar em registros da base de dados
cos pelo ADONIS e que sao recebidos numa media dc l00—l20 por semana. NetFirst do OCLC endereeos URL de recursos na lntemet; hipervinculos na
i Rede pemiitem a ligaeao imediata com os documentos em destaque
Na versao mais recente, as editoras apresentarao e armazenarao os docu-
mentos em formato PDF, com o que a qualidade das imagens seré melhorada. O - PRISM ILL — vinculos com 5 500 bibliotecas no mundo inteiro para pedidos
programa-cliente perrnitira aos leitores preparar e annazenar perfis de notifi- de empréstimo interbibliotecario.
caeao corrente, contendo uma lista de titulos, e recuperar os sum:-irios dos titulos
escolhidos, sempre que ocorrer uma atualizagfio. Os assinantes podem sele- A lista 15.1 relaciona 0s centros de forneeimento de documentos acessiveis por
cionar om m'1c|eo basico de periodicos a serem assinados e as licenrgas de uso meio dos servioos de buscas em linha do OCLC.
378 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 379

I fornecedor de livros e as agéncias de assinaturas. E logico que os fornecedores


LISTA 15.1 de livros também precisam manter registros atualizados das publicagoes recen-
Centros de fornecimento de documentos utilizados pelo OCLC tes, de modo que possam mostrar 0 estoque que tem a venda. Por exemplo,
Whitaker ’s Books in Print e British Books in Print vem ha anos sendo utilizados
Document Supply Centre da British Library . pelas bibliotecas como ferramentas de desenvolvimento de colegoes. Atual-
I
Centre for Research Libraries do Canadian Institute for Scientific and Technical mente estao disponiveis em cederrom, com a denominaefio de Bookbank, sendo
Information
mais facil consultar e importar registros.
Danish Loan Centre
Dynamic Information Corp. Nos éltimos anos, muitos fomecedores de livros instalaram sistemas eletr6-
fluc Document Reproduction Service nicos de recebimento de encomendas. Tais sistemas permitem a biblioteca
r consultar em linha uma base de dados de um fomecedor para fins de seleeao.
Facts Online
The Information Store Alguns sistemas permitem entfio aos bibliotecarios importar registros para sua
Information on Demand propria base de dados, a fim de formar a base de seus registros de aquisioao.
‘The Genuine Article’ do ISI Um esquema que existe ha mais tempo é 0 da Catalogaoao na Publicaeao
National Agricultural Library (CIP), que é a catalogaeao de documentos antes de sua publicaeao, de modo que
4
National Library of Canada os dados catalograficos sejam impressos no proprio documento. Esses dados sao
National Technical Information Service
usados também em outras bases, como as do comércio Iivreiro, que os bi-
National Translation Centre '
University Microfiims International bliotecarios e demais interessados podem consultar durante o processo de de-
senvolvimento de colegoes. Nos EUA, a CIP é coordenada pela Library of Con-V
I
Outro exemplo de servigo comercial ligado a um servigo de buscas é 0 gress, e, no Reino Unido, pela British Library. Esta, a partir de 1992, parou de;-Z
KRSourceOne, servieo de fornecimento de documentos oferecido como parte da produzir os registros para a CIP, que sao agora feitos pela editora Whitaker. _
série de produtos do DIALOG. Os documentos podem ser encomendados por Na aquisigao eletronica de documentos, é possivel estabelecer vinculos entre__
interméclio do DLALORDER, no DIALOG, ou por correio eletr6nico,telefor1e,fax ou autor e livreiro por intermédio da editora, do distribuidor ou da biblioteca. O_
pela Rede. Os documentos sao transmitidos por fax, Internet e correio ele- autor aciona o processo ao preparar um manuscrito num processador de textos."
tronico, correio ou correio expresso. O servigo de notificagao corrente UnCover Quando a editora recebe esse manuscrito, as informaooes respectivas dad
Reveal permite aos usuérios receber sumarios de periodicos especificos dire- entradahna base de dados bibliograficos da editora num formato-padrfio. Esta
tamente em sua caixa do correio eletronico. Alternativamente, os documentos informaeao é em seguida transmitida por via eletronica para as agéncias biblio-
podem ser fornecidos automaticamente com base num perfil para o DIALOG Alert graficas em formato MARC, para transmissao subseqiiente a bibliotecas, forne-
(servigo de notificaoao). A fim de oferecer esse servigo o SourceOne conta com cedores de material para bibliotecas e livreiros. A editora usa esses dados para
um acervo representativo de patentes e artigos de economia, bem como uma gerar catalogos, prospectus e aniincios, além de passar as informaeoes para o
ampla c0le:;5o farmacologicafbiomédica e informatica/engenharia. Além disso, sistema de distribuiefio da empresa. Esses dados sao utilizados pelo distribuidor
numerosas bibliotecas (principalmente bibliotecas universitérias dos EUA) sao como base dos registros de estoque. O Iivreiro identifica no cederrom os titulos
usadas como fontes de materiais. * de que precisa, faz a encomenda, e ao mesmo tempo verifica a disponibilidade
no computador do distribuidor ou da editora. Quando a encomenda e’ recebida
UnCover é um servieo gérneo do KRSource0ne. Os aspectos de notificaoao
corrente desse servieo ja foram assinalados no capitulo 12. O fomecimento de
pelo fomecedor, é gerada uma ordem de coleta, recibo da encomenda e nota de
documentos decone de uma base de dados de periodicos que indexa 17 000 fomecimento eletronico. Quando o livro chega a livraria, o Iivreiro usa uma lei-
titulos multidisciplinares. E possivel fazer buscas nessa base de dados por meio
torade codigo de barras para cotejar a entrega com a encomenda feita e dé
l
de uma interface da Rede por assunto, nome do autor ou titulo de periodico.
entrada ao livro no sistema de controle de estoque da propria loja. A0 vender 0
livro, 0 sistema eietronico de ponto de venda atualiza o sistema de controle de
15.6 Fornecedores de materiais de biblioteca, agéncias de assinaturas estoque, e gera, se for preciso, uma nova encomenda.
e intercambio eletronico de dados Nem todas essas etapas sao interessam as bibliotecas, mas é claro que elas
l
tem interface com fornecedores ‘ou distribuidores e colocarn a disposiefio do
Foi importante a evolugao, nos Liltimos anos, da relaeao entre a biblioteca, o pdblico os itens que deles recebem, registrando transagoes por meio de seu
sistema de controle de circulaeao.
380 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 38l

Um dos desafios é integrar 0 intercambio eletronico de dados com os siste- i Ambos os tipos de periodicos sao analisados nesta secao. _
mas de gerenciamento de bibliotecas, especificamente com as funcoes de aqui- O projeto BLEND (1980-1935) identificou os fatores necessaries para o éxito
sigao. O projeto europeu EDILIBE (Electronic Data Interchange for Libraries and dos periodicos eletronicos. Alguns deles continuam sem soiucao e embora mui-
Booksellers) realizou estudos recentemente sobre essas questoes. tos periodicos exclusivamente eletrénicos hajam sido lanoados, apenas uns
Muitas agéncias de assinaturas de publicagoes seriadas, como Swets, EBSCO poucos foram bem-sucedidos. O projeto BLEND conseguiu com one fossem
I
e Blackwell, desenvolveram uma variedade de outros services, que tém origem idepositadosi amigos em quatro tipos de periodico: um periodico sujeitoa ava-
em bases de dados de periodicos e ligagoes com editoras e bibliotecas, que foram Iiacfio pelos pares um periodico no estilo de poster, um pBl'i0dl<I0 dfi T¢Vl55° dfl
9

necessérias para os servicos de assinaturas de publicacoes seriaclas. E impor- literatura sobre programas de computador e um pcrifidifio b1l:l°g"*fl:°- 8 Ftlm‘
tante assinalar, porém, que um componente de seus services refere-se ao geren- jeto Quartet projetou e executou um periodico eletronico em A‘l‘]J6‘l'16X o. u ros
ciamento de assinaturas de publicacoes seriadas impressas. A maioria dos I rojetos incluem ADONIS e ELVYN O ELVYN fornecia um periodico totalmente
agentes, como a Swets, emite documentos como faturas, listas de controle, listas novo pela Internet para acesso imediato pelo usuario por intermedio dc I'6d¢S
de despachos e relatorios de analise financeira em formato legivel por com- instaladas em campi universitarios. Varios periodicos foram criados mais re-
putador, e o intercambio eletronico de dados é uma caracteristica essencial das cemememe na Rede, seja com o financiamento de diversas fontes em apoio a sga
transacoes com editoras e também com bibliotecas. Esses dados podem ser for- .
I criacao S6121 como empreendimentos sem fins lucrativos. Cada um deles po e
I _ _ A 1

necidos em disquetes, fitas magnéticas ou por correio eletrénico ou FTP da ser visto como uma experiéncia. A fisncao dos periodicos eletronicos tornar-se-
Internet ou em formatos compativeis corn os sistemas de gerenciamento de é mais evidente a medida que for identificado um nfirnero maior de casos de
bibliotecas. Além disso, servicos como o Dataswets, que dao acesso eletronico periodicos eletronicos bem-sucedidos e conceituados. ’ . _
a base dc dados de assinaturas, permitem aos usuarios procurar inforrnaeoes Grande parte do interesse atua] por periédicos eletronicos foi alimentada 16

bibliograficas e precos, bem como obter informacoes sobre as assinaturas. Os I pela necessidade comercial das editoras de perioclicos de selrnanterem em dt :-
usuarios podem verificar dados da fatura, processar encomendas e reclamacoes COITI O5 pFOgl'€SSOS mais TCCODTBS. ISSO PIOVOCOU VHI'lfiS BXPBFIBHCIQS C0111 8. dlgl-‘
e visualizar respostas a suas reclamacoes. talizaefio de periédicos impressos nos Eiltimos anos. Algumas dessas experien- *3?"-,
As agéncias de assinaturas diversificaram grandemente suas atividades. A cias referem-se ao fomecimento de artigos a pedido, enquanto outras tratam.0 ;__.>
EBSCO é um bom exemplo dessa diversificacao, oferecendo quatro servicos: i pgrifidicfl como uma unidade. Os primeiros projetos de periodicos eletronioos ‘. <
ill

. - ' C -
foram conduzidos por editoras, no entanto, mais recententente, houve utrn re aos I ..
- EBSCO Subscription Services. que gerencia assinaturas de publicacoes seri- nhecimento da necessidade de um trabalho em colaboraca0, 6 Q5 I°l’°__l@ °5 T“
adas .
bem — sucedidos sao aqueles que 1 como acontece com o Pilot Site License Ini-
' EBSCO Publishing, que publica bases de dados eletronicas com indices, re- tiative do Reino Unido mediado pelo BIDS, envolvem importantes bibliotecas
sumos e texto completo, tanto em linha quanto em cederrom I
universitarias e mecanismos de licenciamento com as BdIIOl'BS.. I n
- EBSCOdoc, que é um servico de fornecimento de documentos que trabalha A Academic Press Iancou o APPEAL, pl’0_|€iO de desenvolvirgento cpm rtlas
com artigos impressos (0 ALERT do EBSCOdoc é 0 servico associado de noti- _ - - ' ‘ o
anos de duracao no qual as bibliotecas ou um consorcio delas po ern_op ar pe
flcacao corrente) _ V I
acesso a um ou varios titulos de periodicos publicados pela Academic Press. O
' EBSCOhost, que e um sistema em linha de c|iente—servidor que oferece busca APPEAL pennite visualizacao sem limiter buscas, 661152153 5mP°"a95° e "“P‘°5'
e recuperagao de resumos e artigos com texto completo em multiplas bases sao com a finalidade de atender a necessidades de pesquisa pessoal ou assuntos
de dados. memos da 0fUa|1iZaQ§O e para empréstimo entre as bibliotecas do consorcio. O
D . I

acesso 2‘: base de dados IDEAL, formacla por sumarios de periodi¢05, pode 5?‘
15.7 Editoras e fornecedores de periédicos eletronicos feiro com qualquer navegador comum da Rede. Usuarios autorizados em
-:1 _ - __ locals
. .
Os periodicos eletronicos assumern dois formatos diferentes: que estejam dentro de redes licenciadas de bibliotecas do PY°l‘3l° Poderao exlbm
- periodicos publicados em formato impressa e disponiveis também em for- imprimir e importar amigos completos no formato Acrobat da Adobe. ~
mato digital ' O LINK é um servieo de periodicos eletronicos da Springer, ‘que PIOPOICIOM1
' periodicos exclusivamente eletronicos, que nao precisam necessariamente acesso a algumas centenas de periodicos dessa editora, na maior parte versoes
. - 4- - - ' ' ' en e
de uma editora, e que podem ser administrados por um editor responsavel e eletronicas de periodicos impressos, embora tambem haia um numero cresc
uma comunidade de especialistas. de periodicos que so existem em formato eletronico. lncluem-se tambem livros.
As vantagens desse esquema sao:

~ - ~,.
. 1 A
- x _ i .. . ipylw -a I- ‘ :5». - - »- s I‘-q--,; .;., -éir
382 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS L41 O0 M-I

- qualidade comprovada, em virtude do sistema dc avaliacao editorial e pelos e de provas publicacao (inclusive marketing e distribuicao), e arquivamen-
pares ' to e indexacao. _
- publicaqao rapida — a Springer tem como objetivo tomar disponivel a versao 3 Os autores devem submeter trabalhos novos que nao dupliquem deimodo
eletronica antes da versao impressa e possivelmente tao logo a versao final marcante textos apresentados anteriormente e devem estabelecer a l1gfl‘¥a°
seja aprovada pelo autor que existe entre suas contribuicoes e outras que lhes sejam afins; - tl
- buscas avancadas ou simples — busca os resuitados na exibicao de uma lista 4 Mediante esse processo, periodicos e autores conquistam r@P"Ya<;i1° e Pres 1'
dc ocorréncias, dispostos por ordem cle reievancia gio, e as editoras acumulflm |l1<Ir05-
- suplementos multimidia, inclusive imagens coloridas, som, video, conjun-
- ~ para as revistas
A transicao - ~ - apresenta desafios em varas
eletronicas 1 areas cia‘
tos de dados e programas de computador.
producao de periodicos:
Os servieos basicos do LINK, como buscas, metainformacfio, sumarios e resu-
mos, sao gratuitos. O acesso ao acervo de periodicos é feito mediante assina- l As editoras precisam desenvoiver novas aptidoes em material rnultirnidia,
tura, embora seja inicialmente gratis para quem ja é assinante da versao im- bem como facilitar a interacao entre os cientistas.
-
2 A5 editoras < - adquirir
precisarao - - um conhecimento
' ' mais
muito ' pro fimdo so-
pressa. A maioria dos artigos encontra-se disponivei em diferentes formatos de
arquivos. O tipo de formato difere de um periodico para outro. O fomtato mais bra as oportunidades cle direito autoral e licenciamento, flspelilfllmfime em
utilizado é o de documento portavel (.PDF). N0 formato PDF os artigos no moni- relacao ao cenério internacional. _ _ ._
tor aparecem exatamente como na versfio impressa. Outros formatos de apre- 3 O processo de avaliagao pelos pares precisa ser reavalifldo, 3 llm d§_‘=‘l"l_f' "§5'
sentacao sao 0 Postscript, TeX e HTML. O usuario pode escolher facilmente o page para metodologias de avaliar;5o_e autenticacao de material
formato de arquivo. 4 O pessoal académico, particularmente os autores, precisa reriu_n_c1ar as
Varias editoras de periodicos estao tomando seus titulos disponiveis em tradicoes de publicacao de resultados do Pe5ql11Si1S relativas aos~E§l'l°dlC°5.
. ~ - - " ‘ stabiiidade no‘ I1’-Z-'>'<
formato impresso e eietronico, ainda que se mostrem preocupadas com uma impressos, que estao mtimamente vinculadas a conquista de e _,,§.‘_'
eventual e significativa mudanca rumo aos periodicos eletronicos em detri- cargo, promociio e obtencao de financiamento para pesquisas. ": -
mento dos periodicos impressos, pois nao tém como prever qual o efeito que isso 5 A5 ingiituigoes precisam convencer-se cle que os periodicos eletroriicos tern.
tera sobre suas receitas. As estratégias de precos ideals, tanto em termos de boa relaciio custo—eficacia e podem ser colocados em redes para.c_|ue SC_]3EI1 Ur”i,
. - - - ' ' ' i " .n0
questoes basicas - se os periodicos serao fornecidos por meio de assinatura ou acessados por multiplos usuarios a um preco aC6tlfl\'@l~ Em Panggu an
se o pagamento sera feito cada vez que forem usados — quanto em termos de presente momento, os periodicos eletronicos em geral ainda se encontram
niveis de precos, nfio sao obvias. A Intemet proporciona uma oportunidade -
em fase experimental, - '
e as bibliotecas '
continuem rnanten d0 a assinatura da
inigualavel para a publicacao feita pelos proprios autores (auto-edicao) e para o vergfio impressa com 0 objetivo de preservacao.
intercambio de informacoes dentro das comunidades cientificas, académicas e
profissionais que poderiam evitar por compieto os intermediarios tradicioriais, Ainda existe espaco para desenvolvimentos tecnologicosi
como os editores e os bibliotecarios. Para que as editoras sobrevivam nesse . . - - ' ‘a narrativa.
l O texto impresso ainda e 0 melhor meio para a leitura de matéfl
ambiente, é importante reconhecer a contribuicao deias para a disserninacao e A maior parte dos trabalhos cientificos é produzida predominantemente na
agregacao de valor ao conhecimento e a pesquisa, separando isto do artefato forma de textos, que sao de leitura dificil na tela dos computladorelludade
impresso que, tradicionalmente, tem sido considerado como o principal pro-
2 As ilustrflfides coloridas imPI°55§5 em_l3'aP@l aixesemam me or q '
duto das editoras.
3 Simbolos matematicos e sinais diacriticos ficam melhor em PaPel- _ I
Nesse contexto, talvez seja possivel encarar o trabalho de publicacao como 4 Os documentos -impressos sao
~ portateis
i ' e nao~ exigem
' '
equipamefl t0 es P ecia
sendo a preparagao e acondicionamento de inforrriacoes num formato que seja de leitura. ‘_ _ _ ,
facilmente acessivel para o usuario: 5 ()5 periédieos impressos em papel possuem uma certa irnutabilidade que
. . _ ' a ao, cita-
l Um periodico e’ criado como um produto ou marca. O alcance do periodico, facilita a estruturacao dos conhecimentos "0 ‘Illa Fang? 3 f¢¢"P9T ‘P
sua autoridade e conteudo dependem do conselho editorial. rio, arquivamento e, em ultima instancia, a proprlfl Cleflcli
2 Um artigo de periodico passa por diversos processos: preparaoao e encami- -r ' eletronicos
Os desafios colocados pelos periodicos * ‘ para todos o s planici P antes
_
nhamenio, avaliacao pelos pares, preparacao editorial, correcao do original . - - — ' ' " hecimento sao
e interessados envolvidos na va1idfl93° 6 d'55¢m1"'a93° d° °°“

\-Q‘
384 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 385

lmpoflafllfis em termos dc suas futuras fun<;6es, mas sao também essenciais para - service de alerta e fornecimento de texto completo de artigos eletrfiriicos di-
a forma c °_m° a 5°°’Bdade
' '
da1"f°l'ma¢5o - - I e cornpreendera. sua base
admimstrara retamente para 0 microcomputador do usuario.
de conhecimento. V
Além
_ d ' ~ ~ -
_ _e tudo» a Uansllifio 110$ perlodicos ~
impressos . .
para os eletronicos Service comparavel é 0 Electronic Media Service da Microinfo, que fornece e
51156118 vflrlas questfies criticas > que sao assim resumidas por Barnes (1997) : gerencia acesso aos services de vzirias editoras. Oferece acesso a publicacfies em
diferentes meios eletrénicos, inclusive cederrom. A Microinfo oferece geren-
1 A versfio eletronica dos periédicos custara mais ou menos do que a versflo ciarriento avancado de assinaturas, noticias sobre meios eletrfinicos, cadastro de
em papel? meios eletrénicos e negociacéo sobre licencas dc redes.
Quais serao as condicoes de licenciamento e quem as negociara?
cm“ (Illa "'Bl°°1dad° fflfel 8 liI'8fl$i¢50 para os periédicos eletrénicos? Reflexio Em queinedida 0 Elactronic l\lavigator da Blackwell atende‘
Deverei cancelar a assinarura da versfio impressa? as preocupagfmes que rondam as bibliotecas quanto a subs-
U‘!-(L :-I Q Q ua's| s ervicos
' deperiodicos
'' " eletromcos
~ - estarao em condicoes
. - de me ofere- tituigéo dos periédicos impressos por periédicos eletr6ni-
6 gel;-‘ma @3553 "RICH d6 titulos que sejam relevantes para meus usuarios? cos?
er P re C150 conectar - me a varios
' - servicos- -
dlferentes -- - eletror11-
dc periodicos - .
cos’? 15.8 O futuro do fornecimento de documentos
7 tes Terei
e cond'lcoes ' de selecionar
' -- '
os periodicos ~ que €5lZ€j21m
que dBSCjO - p1'e5en-
m m eu acervo ou eles serao vendidos - em forma de pacotes pela edimra- Os documentos continuarao a ser fomecidos numa variedade dc diferentes
ou 0 vendedor? formatos, sejam eletrénicos ou impressos, ainda por muitos anos que virao.
8 Como I 0 pBl'lOdlC?6lli'[I'0l'1lCD
'' ' " ' seré -lntegrado com meu catalogo- local e outros Formatos diferentes prestam-se a finalidades diferentes. N0 entanto, pode ha-
ver uma mudanea entre 0 volume da demanda por documentos em diferentes
5ef"|"i°5 dc Tel-erellfila, como bases de dados bibliograflcos, services de su-
marios e de fornecimento de documentos? formatos e uma avaliacfio cacla vez mais complexa da funcao dos docurnentos
eletrfinicos. lvualrnente,
D podera haver mudancas nos meios' d e acesso aos'docu-
O Ellea t roll“
‘ “uma! Navlgator
' -
da Blackwell e outros services - - procuram
iguais memos e nas instiruicfies envolvidas na oferta desse acesso. Este capitulo iden- 1-.'-r
r‘f5°""°“' 3 gumflfi d¢SSf1S questoes ao oferecer um fmico ponto dc acesso, refe- tificou uma série de servicos diferentes, muitos dos quais sao novos, sendo que
T§"°1a, eontrole e gesliao financeira de todas as assinaturas de periédicos eletr6- alfluns
Q ainda estao passando por uma avaliagao inicial, tanto técnica quanto de
mcos feitas pela biblioteca. Esse serviqo inclui‘ mercado. A situaqao é extremamente volatil. Pior, a natureza e funcao dos docu-
mentos no acesso a infomiacao e os camirihos de acesso a eles sao fundamentais
~ gerenciamento de assinaturas dc periodicos eletronicos, inclusive aquisicao para muitos dos servicos e sistemas descritos antes neste texto. Deve-se antaci-
cergraliaada, faturamento consolidado e um ponto central para reclamacées par que havera evolucao ao invés dc revolucélo, mas, para alguns ou possivel-
e a dmm t ' (liflmbem
I lijralliao ' lida
' corn a questao ~ da multiplicidade
- - - de precos e mente para muitos, as limitacoes de recursos imporao llmIl€S ao desenvol-
mo e os e iceacramento oferecides por diferentes editoras) vimento apropriado para acompanhar as oportunidades tecnolégicas e de mer-
» relatorlos g€I‘lBl'1C18lS exaustivos q_ue"facilitam 0 acompanhamento do uso
cado. Para esses a evolucao poderé ser tao rapida que lhes parecera uma revo-
- um darqll"/0 6 filromco
gas " ' (a Blackwell esta- negociando
- -
com editoras e empre- lucao. Algumas das forcas atuantes nessa evolucao. que poderao ter impacto
e armazenamento de arquivos
- eletronicos
- ~ a preservacao
~ desses arqui-
. direto no fornecimento dc documentos, incluem:
vos dc modo permanente)
' tanto Q f'°_¢55° P01’ fi55lfl&tura quanto 0 acesso page quando se usam artigos 1 Aumento das informacfies disponiveis. Sem considerar as novas informa-
de pBl'I0(llCOS eletrénicos que as bibliotecas nfio recebam por assinatura coes que se tomam disponiveis diariamente nos sitios da Rede, os Eiitimos
' C0
um ii “'90
' Pfinlo dfl acesso e autenticacao
- - para todos os periodicos
-- - _ .
eletron1- anos testemunharam notavel aumento da quantidade dc titulos de periodicos
s, em mu tiplos servidores, inclusive geslao simplificada de senhas e do numero cle artigos publicados por cada periédico. lsso, por sua vez, levou
_ acesso ' a aumentos de precos que impuseram desafios as bibliotecas, que lidam
' uma umca
' ' inrerface
' que suporta consultas e buscas (que aceita
- todos os pro- com recursos limitados para 0 pagamento de assinaturas. Tornaram-se cada
Slamas dc Vl5"a|lZa9a° adotfidos pelos periédicos, inclusive HTML PDF e vez mais populares as politicas dc aquisicao cooperativa envolvcndo grupos
RealPage) ’ de bibliotecas, mas 0 futuro a longo prazo desses mecanismos vira a suscitar
interessantes dilemas.
386 SISTEMAS DE OERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 337

O reconhecimento da natureza internacional do fornecimento de docu- tras bibliotecas, mas 0 processo como um. todo
_ ainda apresenta muitas lacu-
mentos teré maior impacto. Todas as entidades mencionadas neste capitulo nas. O acesso integrado irnplica que as bibliotecas atuem 001110 um 811190,
atuam como organizagzfies internacionais. A medida que aumenta a quanti- em que tanto os catalogos em lnha
1 de acesso pfiblico quanto 0 fomecimento
dade de pafses a que os servicos sao fomecidos, também a complexidade das C16 dOCLlII'1Bl'llOS SC IT1OSH'€ITl lI1CO1'lSLll€l.S pflffl O USUEFEO. ES[€ D30 PIECISB. pen-
operacées através de fronteiras culturais, llnguas, sistemasjuridicos e moc- sar sobre 0 local onde se encontra o documento-
das tomar-se-a uma realidade economica mais importante para urn numero 8 Grande parte do debate sobre documentos eletrénicos tem se C0nC¢nIrfl<l0
maior de atores do comércio de fomecimento de documentos. ., - - ' ' icin-
nos pertod1cos.O fornecimento de certas categorias de l1vros_.C0m0 BHC
Os avaneos tecnologicos que acomodem a recuperacao e fornecimento de , . - - - - -- ' ' d ses
pedias, dicionarios e cadastros,Jfl m1%1'°" Para ° °Bdf"°m' Mums as
documentos em formato de imagem, como arquivos .PDF, ao contrario do rodutos atraem um mercado consurrudor, e as questoes de preeo e acesso,
emprego de arquivos ASCII como intermediaries e como base para busca e Pque sao
~ importantes
~ nesse mercado, determmar' 50 0 futuro modo de forneci-
recuperaeao, constituirao mudancas importantes. ‘ mento desses documentos. As bib l'I0 te cas precisarfio contar com acesso ele-
A mudanca de politicas baseadas no acervo para politicas baseadas no tronico apropriado a esses documentos, sirnultaneamente, por exemplo,
acesso tern sido incentivada em certa medida pelas mudanqas na economia com 0 acesso a bases de dados bibliogrzificos e periodicos eletronicos.
da aquisicao cle periodicos. lsso causou maior demanda por canais de acesso 9 Os servigos de notificacao - corrente Ja' consntuem
' ca racteristica de muitas
a informacao, inclusive servicos cle fomecimento de documentos eletr6ni- editoras de periodicos eletronicos e agéncias de assinaturas. Esses serviqos
cos, periodicos eletrénicos e outros servicos, que tém como base a Internet, tendem a ser vistos cada vez mais como servicos de valor agrfigfldo que 55°
que foram descritos neste capitulo. oferecidos gratuita mente a fim de estimular 0 acesso a bases de dados ou co-
Ainda permanecem sem resposta questoes fundamentais relativas as fun- lecfies especificas. S50 uma vitrina ou oportunidade de negoc1osd.__Os Servi-
cfies dos autores, particularmente os autores académicos, e das editoras. cos oferecides "
pelas agencias '
de assmaturas “ bIa st an te fortes, pOlS cobrem
sao
, . - ‘ ms.
Por exemplo, se os autores académicos puderem obter reconhecimento com uma variedade de editoras. Mas possivelmente ha necessidade de urn me
a circulaeao de seus trabalhos num ‘colégio invisivel’, sem que deles se faca servico que examine 0 contefld 0 de vérios desses servigos e ofereca um ser-
uma publicacao formal, poderao deixar de submeter seus artigos as editoras. - de notificacao
vigo - ~ corrente mais- integrado
- ' ' indig/_1d:a1
para usuarios ' ‘ ' 's. Tal-
Estas preocupam-se corn seu papel no futuro, e atualmente participam de vez possa basear-se em assuntos, oferecenclo, por exemplo, per IS B DSI I1 HS
varias experiéncias com periodicos eletronicos e outras formas de agregar areas de bioquimica ou psicologia.
valor as informacoes ou documentos criados pelos autores. Existe ai papel 10 Finalmente,all1ures neste livro mencitm ou-se ocasionalmente a necessida-
.. - ' d0_
importante e util a ser desempenhado pelas editoras, que, porém, poderao 5 de fevef 1103321 COlTlpI'€Cl'lSflO d0 QUE SC]?! Um dOCLl[l'1€I]lO. 0 que 9 um

ser desafiadas em alguns aspectos dessa funcao por agentes acostumados a cumento eletrfinico?
trabalhar com certo numero de ediroras, como as agéncias de assinaturas de
publicaeoes seriadas, e cujos pontos fortes estao num acervo mais diversifi-
cado cle documentos do que simplesmente periodicos. nieiflavaa Em qual sentido 0 presente livro é um documento e n50
Cada rede ou consorcio é exclusivo, oferecendo servicos diferentes as bi- uma colegéo de documentos independentes identificados
bliotecas participantes que tém requisitos e clientelas diferentes. Portanto, pelos capitulos separadfls?
fica clificil identificar as provaveis tendéncias que as redes terao no futuro.
Ha diversos utilitarios nacionais e internacionais que oferecem diferentes
servigos, alguns dos quais apresentam duplicidade naquilo que oferecem e Conectividade
nos mercados onde sao oferecides. Alguns desses utilitarios sao interdepen- x ‘l

dentes e dependem de produtos de outras redes ou agéncias de catalogacao Concentragio no cliente ;, Complexidade
centralizada. O potencial das redes é grande. A natureza, funcao e evolucao Cooperagao Com peligio
das redes e consorcios nao serao lirnitadas por fatores tecnologicos, mas,
antes, por questoes sociais e politicas. Controle
Acesso integrado e mais amplo entre as bibliotecas. Os usuarios de uma
biblioteca ja podem acessar os catalogos em linha de acesso publico de ou- Figura 15.3 Os seis cés
388 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS FORNECIMENTO DE UOCUMENTOS 389
Como concluséio
mente corn relacéo aos periodicos eletronicos. Ha diversos agentes atuantes no
Os canais e caminhos descritos neste capitulo para 0 fomecimento de docu- fornecimento de documentos, que incluem:
mentos abrangem tanto documentos eletronicos quanto impressos. O fomeci-
rnento de documentos encontra-se no coracao da biblioteca hfbrida ou, na ' redes e consorcios de bibliotecas, inclusive bibliotecas nacionais e servigos
biblioteca sem paredes, o gerenciamento hibrido de inforrnacéto nos niveis indi- cle fornecimento de documentos, que tém como foco central 0 compartilha-
vidual, sistémico, organizacional e social. Os desafios para 0 gerenciamento da mento de recursos e a criagzio de bases de dados bibliogrzificos e catalografi-
informacao nesse ambiente sao resumidos na tigura 15.3. A cos, de modo compartilhado, embora tam bém oferegam uma variedade de
Existe tensao entre conectividade e controle. A conectividade propicia aces- outros servigos de valor agregado, como sistemas de gerenciamento de biblio-
so mais amplo a inforrnacao, mas esse acesso ampliado deve ser acompanhado tecas e servicos de buscas em linha
de decisoes sobre quem e como as pessoas podem acessar informacoes ou docu- ' fornecimento de documentos em cederrom, o que é especialmente adequado
mentos especificos. lsso implica atencao as estruturas de Seguranca, pennissao no contexto de livros, enciclopédias e outros documentos extensos
e precos. ' servigos comerciais de fornecimento de documentos, que muitas vezes fun-
O impulso no sentido da concentracao no cliente e as oportunidades que a cionam por meio de aliangas com sewigos de buscas em linha e se valem dos
tecnologia oferece para produtos mais amigaveis para o usuario, que sao asses- recursos de vérias bibliotecas
taclos para atender a requisitos de um grupo especifico, vé-se permanentemente ' fornecedores de materiais para bibliotecas eagéncias de assinaturas de publi-
desafiado pela complexidade inerente ao mercado da informacao. Alguns pro- cagfies seriadas, que tém utilizado redes e intercam bio eletronico de docu-
dutos tornaram-se mais amigaveis para 0 usuario gracas a melhores interfaces, mentos para melhorar 0 processo de encomenda de documentos e processos
suporte apropriado e estruturas de precos simplificadas. Certos produtos po- afins, tais como notificagio sobre langamentos, faturamento e processamento
dem ser amigéveis para o usuario, mas a pletora cada vez maior de produtos de livros \

numa variedade de formatos eletronicos, além do formato impresso, todos com - fornecedores e distribuidores de periodicus eletronicos; existe atualmente
cltferentes vias de acesso e estratégias de precos, devem resultar em complexi- um numero limitado de periodicos eletronicos, mas um interesse considera-
dade no acesso a inforrnacao. vel na digitalizagao de period icos antes distribuidos em formato impresso.
, As organizacoes que estao envolvidas na criacao de produtos e servicos de
znformacao em geral precisam resolver a tensao entre cooperacao e competicao. QUESITOS DE R£v|s,&o
Podem ser persuadidas a cooperar como resultado de iniciativas govemamen-
tais, e cle fato a cooperacao e aliancas estratégicas podem ter sentido comercial 1 Explique a diferenca entre fornecimento de documentos impressos e
em relacao a parcerias verticals ou, por exemplo, o intercambio de registros fomecimento de documentos eletronicos.
bibliograficos. Por outro lado, essas organizacfies devem competir entre si no 2 Relacione os critérios que podem diferencar entre diversos tipos de
mercado, naquilo que tange ao fomecimento de documentos e outros servicos de ' servico de fornecimento de documentos.
mformacao para os usuarios. As tensoes que isso gera podem ser muito dificeis 3 Explique, do ponto de vista do fornecimento de documentos, a fun-
de administrar num arnbiente sujeito a rapidas mudancas, onde a inovacfio cao das bibliotecas nacionais e dos servicos de fomecimento de do-
tecnologica pode eliminar a necessidade de certas funcfies na cadeia de abaste- cumentos.
cimento, ou fimdir algumas dessas funcoes numa nova funcao. 4 Descreva algumas das caracteristicas que voce esperaria encontrar
num servico dc encornenda eletronica de documentos baseado no in-
RESUMO tercambio elelronico de dados que estivesse disponivel num fornece-
dor de livros para bibliotecas.
0 fornecimento de documentos sempre esteve no cerne dos servigos oferecidos S Analise a funcao dos servicos comerciais de fornecimento de docu-
a seus usuairios por bibliotecas, editores e outros agentes da indtistria da infor- rnentos.
magéo. O fornecimento de documentos precisa incluirtanto documentos impres- 6 Analise as questoes fundamentais enfrentadas pelas bibliotecas no
sos quanto eletronicos. Em hora os mecanismos de fornecimento de documentos que concerne a transicao dos periodicos impressos em papel para os
impressos estejam bem-consolidados, eles se tornaram mais eficientes gracas a periodicos eletronicos. .
introdugéo dos pedidos feitos por meio eletronico. Houve rapido desenvolvi-
mento do lornecimento eletronico de documentos nos tiltimos anos, principal-

H-re 7/;m,
390 SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS
FORNECIMENTO DE DOCUMENTOS 391

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_.
Induce
, I

Nota. Todos os conceitos importantes sao indexados, mas a Endexagfio dc nomes pré-
prios so ocorre quando se trata dc estudos dc casos, figuras ou outros elementos de
destaque. Quando os nomes dc services dc buscas em linha, bases dc dados etc. $50
citados apenas a titulo de exemplo, sua ocorréncia no texto 1150 é citada no indice.
ADONIS 376, 331 relacionais 127
agéncias dc assinaturas 378-380, 386, 387 g,q515p|_u5 233-287
alavancas de comando 37 biblioteca
alerta, servicos dc 300-309 digital 4
American Standard Code for Information eleuénica 3-21
Interchange 72-73 mulflmidia 4-5
analise e projeto dc sistemas 131-134 virtual 4, 20-21
APPEAL 38! . BIDS 375
aquisicio, sistemas de 318-320, 330-331 B;_A|5E 374
ar-condicionado 143 (nota) BLCMP 348-352, 374
ARPANET 187-188 BLEND 381
arquiteiura ampliada dc cederrom 31 BNBMARC 373
arquiteturas de redes 6|-63 botfies e caixas dc confirmacfio 98-99
arquivamento e conscrvacio 18 British Library 373
aIquiv0S 107 Automated information Service 374
de autoridade 124 Document Supply Centre 373
dc imagens 73 British National Bibliography 373
invertidos 123-124 buscas
ASCII 72-73 buscas dc amplitude 178
auto-atendirnento 346-348 em linha 210-237
avaliacfio dc sistemas 140-141 cm mfllljiplos arquivos 179-180
no contexto 177-178
bases dc dados 106-128 pelo usuério final 215-216
avaliacfio 224-226 _ _ por intermediaries 215-216
bibliogrz-ificos 110, 111, 113 por proximidade 177-178
buscas em linha 216-224
catalogréficos 110 cabo .
dc fontes 110, 114 coaxial 59-60
definicfio 125 dc cobre 59
de referéncias I09-119 dc flbra éptica 60
dc texto integral I10 CAIRS 281-282
em cederrom Z44-249 caixas
em rede 126 de conexio de cederrons 31, 241
estruturas I28 dc confirmacfio e botfies 98-99
externas 163-164, 166 de diélogo 98
hierérquicas 126 _ calefacfio e ventilacfio 143
Iocais 163-164, I66 Cambridgeshire Libraries and
multimidia 110. 123 Information Services 206-208
orientadas a objelosz eslruturas 123 ‘ campos 107-109
referenciais 110 canoes magnéticos 37

\
394 A BIBLIOTECA ELETRONICA l'ND1CE 395

CA8 307 comunicacao dc dados 54, 59-64 direito autoral 17 de sistemas 136-137
catalogacfio comutacfio discos estacfio de trabalho, projeto 26, 141-143
na publicacao 379 de circuitos 58 compactos apagaveis 32 estilos dc clialogo 93-103
sistemas de 320-322, 331 de mensagens 58 compactos interativos 31 estratégias dc buscas 180-181
catalogos ern linha dc acesso publico de pac0teS 58-59 - magnéticos 30, 37-38 estrela: ciclo de vida 149-150
322-324 de redes 57-58 opticos 30-31 estrutura
ccr 120 digital 59 épticos apenas de leitura 31-32 da informacio 71-73
CD ver cede concentradores dc redes 56 opticos gravziveis 32 de bases dc dados 128
CD-E 32 configuracfio do computador 25-26 dispositivos L
Extended Binary Coded Decimal
CD-erasable 32 CONSER 371 de armazenamento 28-32 T
Interchange Code 72-73
CD-I 31 conservacao dos documentos 18 de captura de dados 32-38 1
CD-R 32 conscircios de bibliotecas 369-376 dc entrada de dados 32-38 fax 67
CD-recordable 32 Consortium of University Research de saida 38-42 FDM 56
CD-ROM ver cederrom Libraries 375 Document Supply Center ver British ferramentas de busca na Internet ver
cede 31 consultas conjugadas 179-180, 283 Library . ' mecanismos de busca
apagavel 32 consultores 144-145 documentacao fibra éptica 60
de video 32 controle bibliogréfico 18 de programas 90 fios trancados de cobre 59
gravavel 32 correio eletrénico 68 de sistemas 155 F1rstSearch do octc 235-237, 371
cederrom 3 1, 32, 239-261 crachés magnéticos 37 dtiplex completo 54-55 fita rnagnética 29-30, 37-38
bases de dados 244-248 criacao de documentos 275-276 DVD 32 fluxo de trabalho 275
eclitoras 243-244 cum. 375 DVI 3| Forrnat0Comum de Comunicacao 120
saida em 278 DYNJX 354 fonnatos
versus Internet 242 dados de registro 116-121
légicos e fisicos 125-126 EARL 374-375 MARC 117-119
XA 31
Ceefax 67 protecao 17 EBCDIC 72-73 fonecedores de materiais dc biblioteca
chaves de busca 109 transmissao 54-64 EDI ver intercémbio El61l'01'1lCO de dados 378-380
‘cibertecarios’ 364 De Montfort University 19-21 EDIL 373 fornecimento de documentos 366-391
ciclo de vida dos sistemas I31, 149, 150 definicfio dc objetivos 134-135 EDDlS 372, 373 funcfies
CIP 379 desenvolvedor de sistemas 144 editoras de cederrons 243-244 dc computadores 48-49
circulacfio, sistemas de 324-328, 332 desenvolvimento dc sistemas 131-134 l Electronic Access to Resources in dc servicos de buscas em linha 211-
classificacio por ordem de relevancia devedé 32 l Libraries 374-375 ‘ 212
de sistemas de gerenciamento de
173-174, 195 diagrarnas Electronic Journal Navigator 384
cliente—5ervidor 45 dc fluxos de dados 147 ELVYN 381 bibliotecas 339-344
clubes de usuarios 91 de relacoes entre entidades 147 e-mail 63 de sistemas de recuperacao de
codigos hierérquicos 147 empresa em rede 17 informacao 166-167
DIALOG 217, 218, 228, 229 1 empréstimo entre bibliotecas 334-335 do mercado 13-I5
ASCII 72-73
cle barras 35 dialogo 93-103 l entrada de dados dos participant:-:5 e interessados
cle méquina 75 baseado ria voz 100 por teiefone 38 3, 14-15, 368
de montagem 75 -caixas de 98 por voz 36-37
EBCDIC 72 componentes do 93-103 remota 44 GEAC 354-356
COM 39-40 em linguagem natural 99-100 EPROM 28 gerenciamento
cornissio de B erenciamento do Pr0'eto . estilos de 93-103 equipamento 24-46 de bibliotecas 315-365
J ,
143-144 por meio de perguntas e respostas 96 ergonomia 141-143 de sistemas de inforrnacao 130-158
componentes do dialogo 93-103 por meio do preenchimento de escfineres de imagens 36 globalizacfio 16
computador (equipamento) 24-46 formulario 97, 194 esferas de rastreamento 37 graficos hierzirquicos 147
configuracao 25-26 dicionérios cle dados 147 especificacfio grava uma vez lé muitas vezes 32 13' 1;:-}
de grande porte 48-50 Digital Video Interactive 31 de requisitos operacionais 136-137 grupos de usuzirios 91 4.»-~
396 ABIBUOTECA ELETRONICA INDICE 397
Guts ver interfaces gréficas publicacfio na 265-266, 277 MARC 108,117-119,121 navegadores da Rede 192-193
intranets 201-203, 277 mecanismos dc buscas 191-196 normas
hardware ver cquiparncnto 11=ss 59 meios dc transmissfio 59-61 de protocolo 61-63
Heritage 1v 352-354 1S1 112-113, 299-300 meméria de redes 61-63
hipertexto 192 apenas de leitura 27 notebook 51
hipervinculos 180, 192 janeias 98 de acesso aleatério 27 notificacfio corrente 300-309
historicos da vida das cntidades 147 JANET 375 principal 27 nfimeros de registro
hospedeiros em linha 21$-"238 Joint Academic Network 375 programével apenas de leitura 27-28 dc documentos 327-328
HTML 192 ,r'oys!1'c/er 37 programével, apagéve1,apenas de de usuérios 327-328
HTFP 192 iukebwres 241 leitura 28
hyperlinks ver hipervinculos mercado objetivos
laptop 51 de informacio 13-15 definicfio 134-135
icones 97. 99 LASER 374-375 dc sistemas de gcrenciamento de projeto de sistemas 133-136
iluminacfio 142 lcitoras bibliotecas 338 objetos 73
implemcntacfio I38-140 de cédigos de barras 35 Merck, Sharp and Dohrne 289-291 OCLC 235-237, 371
impressoras 39-40 épticas de marcas 35 mesas gréficas 37 OCR 34-35
indexacfio dc citacfies 299-300 Library and Information Commission 12- rnetadados 121-122, 193 OMR 35
indices 13 metainformacoes 360 OPACS ver catélogos em linha de acesso
arficuiados de assuntos 296-297 Library ofCongress 370-371 metodologias pfltblico
baseados em manipulacfio de seqiién- linguagem dc rnarcacfio de hipertexto 192 de projeto de interfaces multirnidia Open Systems Interconnection (051)61-
cias 296 linguagens de buscas 168-171, 227 151-152 62
impressos 292-300 linguagens de comandos 93-94, 228-230 dc sistemas 145-155 Oxford University 235-237
KWIC, KWOC, KW1'!' e KWAC 293-295 linguagens dc indexaqio 168-169, 227 de informagfio 145-155
PRECIS 297-299 controladas 169-170 estruturadas I47-149 pacotes dc
rotados dc assuntos 299-300 livres 170-171 hoiisticas 149-I50 apresentacio audiovisual 86-87
SLIC 299 nqturais 170 orientadas a objetos 150-151 de programas 82-91
informacfio linguagens dc programacfio 74-79 MICR 34 padroes 17-18
comunitéria 345-346 dc alto nivel 76-77 microcomputadores 50-51, 52 de emprego 16-17
estratégica 152-153 dc quarta geracfio 77-73 portéteis 51 palmtop 51
infommcfies gerenciais 333-334 dc terceira geracfio 76-77 microprocessadores RISC 28 participames e interessados 3, 14-15, 368
INSIGHT 268 orientadas a objetos 78-79 rnicroondas 60 periodicos eletrénicos 375-376, 380-385
Institute for Scientific Information LINK 381-382 MIMD 50 Personal Library Software 267, 263, 269,
112-113, 299-300 links ver vinculos minicomputadores 50, 52 304
integracio em escaia muito grande 27 lista de palavras proibidas 273, 293 modelo de dados 125 planejarnenio estratégico de sistemas de
intercéinbio eletrfinico dc dados 68, 380 listas enlaeadas unidirecionais 122-123 modems 57 informacfio 152-154
interconexio de sistemas abertos 61-62 légica dc buscas 171-175 modos . FLS 267, 268, 269, 304
interfaces 92-I03. 167-168, 228-230, booleana 171-175 de processamento 42-45 pobres em informacio, ricos em informa-
232-233, 286 . de maior coincidéncia 173-175, 194 de sincronizacio 55-56 céo 17
baseadas em menus 94-96 de transmissfio 56 ponderacfio das buscas 173-174
coloridas 101, I02, 103 monitores 40 pré-armazenamento temporério de
dc cederrons 250-251 manches 37 mouse 37 provisfio [pr-e-caching] 241-242
grzificas 97-99 , Manchester Metropoiitan University mudanga 140 PRECIS 297-299
multimidia 100-101 256-261 multiplexacfio 56 Prestel 67
intermediétrios 215-216 rnanipulacfio direta e interface 97 por diviséo de freqfléncia 56 processador 27
Internet 187-209 manipulaeio do seqiiénciaz indices por divisfio de tempo 56 processadores paralelos 50
cederrom versus Internet 242 impressos 298 multiprograrnacfio 44 pr0ceSSament0
estrutura 204-205 manulencéo dc sistemas 155-156 muititarefa 44 distribuido 44-45

"\ £-
1'ND1CE 399
398 A BIBLIOTECA ELETRCNICA

sen/icos (C0n.1imm;‘50) tempo compartilhado 44


P1°°°553me111° (¢°1’111"1“1¢501 recuperaqio da informacéo 161-186 para os clientes 344-345 terceirizacao 144
CITI 1111116 43-44 rggurggg
SIMD 50 tesauro 180, 276
en-1 lotes 42-43 de buscas 175-180, 230, 275-277 topologias de redes 63-65
sistemas 47-70
9111191111911 1°31 43-44 de recuperacfio 136-137, 275-277 c1iente—servidor 45 transferéncia eletrénica de fundos 66
19111919 44 Rede Mundial (WWW) 187-209 r de aquisicio 318-320, 330-331 transmissfio
projeto da estacfio de trabalho 141-143 da Egpgfa 204 assincrona 55-56
de catalogacfio 320-322, 331
programacio 79-82 rede; completa e semidfiplex 54-55
de computador 47-70
Pmgramas 82-92 arquiteturas 61-63 de comunicaeio de dados 59-63 - .. de dados 54-61
administrativos 85-88, 276 cgderrgng 241-242 ‘ fac-simiiar 67
de controle de circulaeio 324-328, 332
aplicativos 83-84, 88 de bibliotecas 369-376 sincrona 56
dc controle de publicacfies seriadas
de base dc dados 87 de Ionga distfincia 66
330-333 truncamento 177
11¢ 1101111-lr1i¢fi1;io 87-88 de telecomunicacoes 59-61 de empréstimos entre bibliotecas 334-
de editoraefio eletronica 86 dc valgr agrcgadg 66 UK Office for Library Networking 375
335
de planilha eletrfinica 86 em 31161 63_ 64 UK Pilot Site License Initiative 375-376
de gerenciamento de base de dados
de processamento de textos 85 gm ban; 63, 64 i
125 UNICORN 356-357
1’-59911111 33-92 em estrela 63, 64 de gerenciamento de documentos 264- unidade aritmética e légica 2
pacotes 82-92 equipamento 51-68 unidade central do computador 28
291
111111151105 33 redes Iocais 65 de gerenciamento de textos 264-291 unidade de controle 28 A.
projeto dc interface mulgipomos 64 11 Uniform Resource Locator (URL) 192
de informacfies gerenciais 333-334
homem—:naquina 92-103, 184, 286 norma; 61-63
de pubficacao de documentos 264-291 usabilidade 181-182 .-
multimidia topologias 63-65 Usiwmc aos, 117 .-
desenvolvimento 131-134
m=t<>d<>l<>gias 151-I52 registro dc usuérios 360-361 operacionais 82-83 usuarios experientes 182 {ft-I
projeto de sistemas de informacio 130- 1-¢gi511-65 usuérios I81-183
prontos para usar 50
153 bibliograficos 107-109, 115, 116-119 sitios da Rede 192, 200-201 clubes 91
PROM 27-28 hibridos I93 educacfio e capacitacfio 358
sociedade da informaefio 16-18
propriedade inteiectual 17 MARC 117-1 19 finais 215-216
software ver programas
P1019950 <16 11111105 17 representacfio dos dados 72-73 solucoes integradas de inforrnaeao 218- novatos 182
protocolo requisitos, especificacfio 136-137 nfimeros de registro 327-328
222
11¢ 1195511 9 Fem-1P¢1'3<250 53. 103 ricos em informacfio, pobres em informa- SSADM 147-149 suporte 156-157
de empréstimo entre bibliotecas 63 656 17
stakeholders ver participantes e interes-
de transfcréncia de hipertexto 192 R151; 23 ventilacéo e calefacfio 143
sados
normas 61-63 ROM 27.23
SR 63, 103 ruido 142-143 11 STN International 113
subcampos 109
videoconferéncias 68
videotexto 67
X25 62 vinculos 192
supercomputadores 49-50
Z3950 63, 103 saida VLS1 27
suporte aos usuérios 156-157
prowtipagem 149-150 de computador em microforma 39-40 voz
PS5 59 _ de voz 40-41 taxa de bauds S4 entrada dc dados 36-37
P1-11911'33§‘-5° 1'131F11¢1'1'1@1255, 277 satélites de comunicaeéo 60 TDM 56 - saida de dados 40-41
scanners ver escéneres
1 teclado 33-34
qualidade das bases 180-181, 276-277 Sggurarlqa 17, 155, 204, 274-275 Websites ver sitios da Rede
1 teclas de funcoes 96
Questel-Orbit 114 semidflplex 54-55 telas 40 World Wide Web (WWW) ver Rede
quiosques multirnidia 41 5grvi¢()§ 1 Mundial
sensiveis ao toque 37
dc buscas em linha 210-237 1 telcconferéncias 68 WORM 32
RAM 27-28 de notificacio corrente 300-309 telclexto 67 www ver Rede Mundial
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