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UNESP

Faculdade de Filosofia e Ciências


Departamento de Biblioteconomia e Documentação

CATALOGAÇÃO NA FONTE

Cristiane L. Sampieri
Diana do Espirito Santo
Emanuela Fernandes
Elândio Ferreira

Docente: Plácida L. V. A. da C. Santos


Disciplina: Catalogação Automatizada

Marília
1998

Sumário
Apresentação
Resumo
1. Introdução
2. Catalogação-na-Fonte
2.1. Definição
2.2. Objetivos
2.3. Vantagens
2.4. Metodologia
3. Histórico
3.1. Co-edições
3.2. Austrália
3.3. EUA
3.4. Ex-URSS
3.5. Alemanha
3.6. Canadá
3.7. China
3.8. Brasil
3.8.1. Fatores motivadores
3.8.2. Objetivos
3.8.3. Vantagens para os bibliotecários
4. Catalogação hoje
5. Conclusão
6. Referências Bibliográficas
Apresentação

Este trabalho tem a pretenção de definir Catalogação-na-Fonte (CIP) abordando seus objetivos,
vantagens e soluções para prblemas encontrados, metodologia e seu histórico na Austrália, ex-URSS,
Alemanha, EUA, China e principalmente uma descrição detalhada da CIP no Brasil.

Resumo
O objeto de estudo deste trabalho é a Catalogação-na-Fonte, uma das ramificações da
catalogação.Este trabalho busca averiguar a importância do sistema de Catalogação-na-Fonte para a
rápida divulgação das publicações e como auxïlio às bibliotecas, reduzindo o custo do processamento
dos livros e acelerando sua circulação entre os usuários, bem como o sucesso extraordinário alcançado
pelo programa norte-americano, que estimulou outros países a desenvolver atividade semelhante. O
trabalho é composto por um breve histórico da Catalogação-na- Fonte na Austrália, ex-URSS,
Alemanha, EUA, China e um histórico mais completo do Brasil dando-nos uma visão geral da CIP.

1. Introdução

O objetivo principal desse trabalho é definir Catalogação-na-Fonte e, para melhor entendimento,


definiremos a catalogação de forma geral.
“Catalogação é o estudo, preparação e organização de mensagens codificadas, com base em
ítens existentes ou passíveis de inclusão em um ou vários acervos, de forma permitir interseção entre as
mensagens contidas nos ítens e as mensagens internas dos usuários.”, Mey (1995, p.5).
A Catalogação-na-Fonte vem sendo definida, por vários autores, como ficha catalogárica
impressa na própria publicação. Mas quem nos apresenta os melhores comentários sobre o assunto é
Regina Carneiro (19--) apud Ferreira (1979):
“ Consiste na catalogação de cada obra em via de
publicação, através das provas, e na impressão das
informações na própria obra”.
A Catalogação-na-Fonte está vinculada a duas categorias diversas de profissionais: bibliotecários
e editores, propiciando uma colaboração que a muito tempo se fazia necessária com vantagens para
ambas as partes.
Pretendia-se que além de inventariar as bibliografias nacionais, a CIP serviria também, de
instrumento normalizador de entradas de autoria para as publicações.
Os recentes programas elaborados pela UNESCO e pela FIAB tem como objetivo final o
controle bibliográfico, em âmbito universal. Para atingí-lo ficou evidenciado que o meio mais eficiente
seria a catalogação da produção bibliográfica no seu próprio país de origem e sua permuta através de
fichas impressas, bibliografias impressas, fitas magnéticas, cd-rom e atualmente via redes on-line.
Como nem todas as cooperativas existentes cobrem toda a produção nacional e nem todos os
países possuem bibliografias nacionais atualizadas, algumas entidades consideram a CIP como um
processo mais rápido de difusão bibliográfica, além das fronteiras nacionais.
Auxiliada pela UNESCO, a comissão de catalogação da FIAB está realizando um levantamento
sobre o assunto, a fim de verificar as condições em que estão funcionando as centrais existentes e como
poderão ser iniciados programas semelhantes em países de diferentes níveis de desenvolvimento.
2. Catalogação-na-Fonte

2.1. Definição

Catalogação-na-Fonte é aquela em que a ficha catalográfica, elaborada antes mesmo de sua


publicação, acompanha o respectivo livro impressa no verso da página de rosto, ou seja, significa a ficha
catalográfica impressa na própria publicação. Esta ficha impressa no verso da página de rosto ou no final
da publicação é como se fosse seu cartão de apresentação informando suas características extrínsecas e
intrínsecas. A ficha catalográfica contém as seguintes informações:
- os responsáveis intelectuais (autor, compilador, tradutor, etc);
- o título;
- número da edição;
- local da publicação;
- editora publicadora;
- ano em que a publicação foi impressa e divulgada;
- características físicas ou bibliograficas (página, volume, ilustrações, etc);
- cabeçalho e/ou palavras-chaves de assunto que expressam seu conteúdo;
- código(s) ou número(s) de classificação bibliográfica.
Os elementos que compõem as fichas catalográficas e estas acumuladas e organizadas
sistematicamente constituem uma massa de dados bibliográficos que formam os tradicionais catálogos e
bibliografias. Em resumo, ficha catalográfica é a “mensagem” codificada conforme normas nacionais e
internacionais estabelecidas para facilitar a transferência de informação bibliográficas.

2.2. Objetivos

- Ativar a divulgação da publicação antes de impressa.


- Facilitar sua encomenda e acelerar sua aquisição.
- Uniformizar os catálogos das bibliotecas.
- Promover a interiorização de bibliotecas onde há carência de mão-de-obra qualificada.
- Proporcionar a tranferência de informações bibliográficas em nível nacional e internacional.
2.3. Vantagens

Desde que seguindo as normas pré-estabelecidas e adotadas nacionalmente, suas vantagens são
muitas, destacando-se:
- redução do custo da catalogação;
- economia na verba destinada ao contrato de catalogadores, auxilia as bibliotecas no seu processamento
técnico reduzindo suas despesas com a catalogação. Os editores podem se beneficiar com a
transferência dessa economia para a aquisição de novas publicações;
- redução, quase que total, do mínimo de obras catalogadas nas bibliotecas (a ficha impressa no livro
auxilia o bibliotecário a fazer apenas as alterações necessárias);
- solução do problema constante de haver sempre um número maior de livros a catalogar do que
catalogadores;
- facilidade na citação bibliográfica, na encomenda de fichas às centrais de catalogação e na organização
de pequenas bibliotecas sem catalogadores;
- contribui para a universalização dos catálogos e listas bibliográficas para qualquer finalidade. Melhoria
na qualidade das catalogações, uniformizando: entradas, parte descritiva, cabeçalhos de assunto e
números de classificação (este de maneira restrita, pois nem todas as bibliotecas adotam o mesmo
sistema);
- facilita o intercâmbio entre editores, bibliotecários e usuários em geral, principalmente à
comercialização de livros;
- permite às editoras a organização de seus próprios arquivos, catálogos comerciais e material
promocional dentro de padrões uniformes ;
- para os livreiros apresenta a vantagem de permitir a apreensão do conteúdo dos livros, facilitando seu
agrupamento por assunto e favorecendo sua veinculação.

Segundo Regina Carneiro (19--), apud Ferreira (1978):


“A Catalogação-na-Fonte serve como solução para os
seguintes problemas:
- o número cada vez maior de publicações ultrapassa a
capacidade dos catalogadores de torná-las acessíveis
através do catálogo, se não com grande atraso;
- o custo elevado da catalogação para os orçamentos
geralmente insuficientes, das bibliotecas;
- a duplicação irracional de esforços humanos visando
uma mesma finalidade: a catalogação de determinada
publicação;
- o número quase insatisfatório de bibliotecários para
atender às múltiplas tarefas das bibliotecas, absorvidos
em grande parte por esse serviço técnico.”
A essas soluções podemos acrescentar as seguintes:
- possibilidade de uniformizar a entrada catalográfica no País;
- garantir uma qualidade mínima na organização dos fichários e do acervo bibliográfico das bibliotecas
do interior do País, para as quais ainda não existem bibliotecários em número suficiente;
- oferecer às diversas bibliotecas do País a classificação e o emprego dos cabeçalhos exatos do
documento catalogado. A Catalogação-na-Fonte tem condições de identificar de maneira exata, junto
com o autor do livro, os descritores ou cabeçalho de assunto e até mesmo uma melhor classificação que
o identifique;
- liberar o bibliotecário para os serviços de documentação bibliográficas e assintência ao usuário;

2.4. Metodologia

Quando o livro ainda está em processo de edição a editora envia a sua última prova
(boneca) à central encarregada pela execução da Catalogação-na-Fonte, acompanhada de um formulário
enviados para central o qual foi prenchidoo pela editora.
O editor informa sobre os elementos essenciais extrínsecos e o autor, produtor ou
compilador sobre o conteúdo, fornece as palavras chaves que o representem. O catalogador elabora a
ficha de acordo com as normas e códigos e a envia, juntamente com a devolução da “boneca”, num
prazo máximo de sete dias, a fim de que seja impressa no verso da página de rosto. Cópias dessas fichas
serão enviadas, pela central, por solicitação, às bibliotecas públicas mais representativas, e cópias
selecionadas às bibliotecas especializadas, de acordo com o(s) assunto(s) de seu interesse, para informar
o que está para ser lançado no mercado livreiro do país e facilitar as encomendas as editoras e/ou
livrarias.
3. Histórico

A partir de 1850, as tentativas de se colocar a informação bibliográfica no livro foram feitas


apenas com o intuito de divulgar seus dados na época de sua comercialização. Foi Ranganathan
(bibliotecário indiano) que pela primeira vez idealizou as vantagens de se ter dados catalográficos
impressos no próprio livro. Quase um século depois, em 1948, numa reunião realizada na LC (Library of
Congress) foi convidado a falar sobre biblioteconomia na Índia. O problema comum a todas as
bibliotecas - da redução do tempo de publicação de uma obra e a disponibilidade imediata de seu
conteúdo pelo usuário - tinha sido muito mensionado e discutido. Ranganathan sugeriu que a LC
experimentasse sua idéia, onde os editores foram motivados a enviar à Biblioteca Nacional Central as
provas finais dos livros por eles publicados para que fossem catalogados e classificados. No verso da
página de rosto sairiam impressas as indicações de autoria e título e o número de chamada. Esse
processo foi denominado pré-natal, que ainda não correspondia a Catalogação-na-Fonte que seria
adotada. No entanto auxiliaria as bibliotecas na determinação de autoria e de assunto dos livros, o que
diminuiria em muito a disponibilitação do livro ao leitor. Dez anos mais tarde a LC colocaria em prática
a idealização de Ranganathan.
Atualmente a Catalogação-na-Fonte é realidade em alguns países como se constatou na reunião
realizada em setembro de 1976 em Washingthon na sede da LC. Nessa reunião foram discutidos
problemas comuns e planos futuros relativos aos diversos problemas nacionais, buscou-se também
definir a responsabilidade para registro de obras publicadas por editoras internacionais que inclui na
imprenta a localização da sedes em mais de um país. Entre suas resoluções, destaca-se a indicação
obrigatória da sigla CIP (Cataloging in Publication), antes da indicação da entidade responsável pela
ficha catalográfica impressa na obra.

3.1. Co-edições

Como referência a co-edições em países diferentes, bem como editoras que possuam filiais em
outro país, foi estabelecido um acordo entre Austrália, Brasil e EUA com a finalidade de definir qual país
ficaria com a responsabilidade do Catalogação-na-Fonte.

3.2. Austrália

Na Austrália a Catalogação-na-Fonte surgiu entre 1945 e 1950 com o acordo entre a


Biblioteca Nacional e uma Editora, onde a biblioteca se encarregaria de preparar a entrada catalográfica
e a firma se responsabilizaria da impressão e distribuição das fichas a qualquer biblioteca interressada.
Foi uma tentativa frustrada devido a demora do recebimento da editora das provas topograficas, a má
qualidade das fichas e o interesse de crescente pelo serviço. Mais tarde depois de várias tentativas
frustradas, em 1974 a Biblioteca Nacional da Austrália retomou o programa para todas as publicações
australianas, depois de um teste feito com trinta editoras. Em maio de 1976, 94 editoras cooperativas
cooperavam com este programa.

3.3. EUA

Partiu LC a iniciativa de Catalogação-na-Fonte, que deu-se entre 1958 e 1959 com o


projeto piloto que recebeu o nome: Cataloging in Source (CIS). O projeto teve tampouca duração e
fracassou devido a fatores técnicos financeiros.
Apesar desse projeto ter fracassado, um inquérito posterior constatou que a maioria dos
bibliotecários e editores consultados manifestaram-se a favor da continuação do projeto em carater
permanente.
Depois de vários estudos e discussões finalmente em junho de 1971 a LC anunciou que
tinha recebido um auxilio de entidades patrocinadoras para iniciar um período experimental de dois anos
a Catalogação-na-Fonte.
De início, contou-se com a colaboração de 26 editoras, atualmente cooperam no programa mais
de mil editoras, inclusive orgãos oficiais e de universidades.

3.4. Ex-URSS

A Catalogação-na-Fonte é amplamente divuldada desde 1959, data da primeira regulamentação


sobre o assunto. Denominada “pré-publicação da catalogação”, aplica-se a qualquer tipo de material
bibliográfico.

3.5. Alemanha

No início de 1974, impressionada com o progresso da CIP na LC, Deutsche Bibliotek (Biblioteca
da Alemanha), iniciou um projeto piloto contando com a colaboração de uma editora.
Mais tarde, os resultados positivos contribuiram para que fosse estabelecida a Catalogação-na-
Fonte com assistência financeira.
Durante o primeiro estágio do projeto participavam 26 editoras, atualmente participam mais ou
menos 400 editoras.

3.6. Canadá

A Catalogação-na-Fonte tornou-se operacional em janeiro de 1976, através de um projeto pitolo


(1975-1977).
A Biblioteca Nacional do Canadá ao contrário dos demais países, não se encarregou de todo o
programa apenas coordenou as atividades de duas universidades (York University e University of
British).
Devido a grande extensão territorial e a população esparsa foi adotado o modelo de
Catalogação-na Fonte descentralizado e cooperativo (como no Brasil).
A colaboração dos editores é voluntária e o projeto conta com cerca de 300 editoras.

3.7. China

O programa de Catalogação-na-Fonte na China representa a cooperação entre a PPA


(Information Anter of the Press and Publication Administration) e a ALCP (Archives Library of Chinese
Publications) e a imprementação da norma nacional chinesa, por volta de 1970.
Atualmente, após os 16 anos de ótimo progresso a CIP apresenta muitos problemas: a estimativa
é de que 50% dos editores não tem envolvimento no programa e no controle de qualidade,
acompanhado pela falta de mulheres interessadas na área e suporte financeiro. Apesar disso a CIP teve
um tremendo impacto no desenvolvimento da biblioteca chinesa, serviços de informação e o serviço das
editoras.

3.8. Brasil

Por volta de 1954 o Brasil era o único país da América Latina envolvido com um programa de
Catalogação-na-Fonte. Que foi iniciado em 1940 por Lydia de Queiroz que incluia a ficha nas
publicações editadas pela DASP, onde exercia então as funções de diretora da biblioteca.
Entretanto, coube a Regina Carneiro, o mérito de obter a aprovação plena da Assembléia do III
Encontro de Editores e Livreiros em agosto de 1970, de um projeto propondo a publicação de
informações catalográficas nas obras impressas pelas editoras comerciais do Brasil, a criação de centros
regionais e estaduais para a realização do serviço e a participação.
Foram criadas duas centrais de Catalogação-na-Fonte no Brasil: na Câmara Brasileira do Livro
(CBL) em São Paulo e no Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) no Rio de Janeiro, que
iniciaram suas atividades, respectivamente, em julho e novembro de 1971, no mesmo ano que a CIP se
iniciava nos EUA.
A CBL e o SNEL trabalham em estreita colaboração, seguindo a mesma metodologia, decidida
atravéz de reuniões periódicas e permanentes trocas de informações e, contam com a colaboração
integral do Instituto Nacional do Livro e da Editora da Universidade de São Paulo (USP).
A importância dessa atividade foi reconhecida por algumas autoridades, como o deputado Faria
Lima, autor de dois projetos de lei: o primeiro de número 1168/1973 e o segundo de número 450/1975,
obrigando a inclusão da ficha catalográfica em todo o País.

3.8.1 Os fatores motivadores

Os fatores motivadores da CIP no Brasil foram:


- inexistência de bibliografias gerais, correntes e atualizadas;
- inexistência de catálogos de pré-publicações;
- ausência de programa de “Livros com ficha”;
- estímulo despertado pela CIP da LC (1971).
3.8.2. Objetivos:

Os objetivos mais relevantes foram:


- contribuir para a uniformização da catalogação em âmbito nacional;
- facilitar a recuperação e o intercâmbio de informações no País;
- crias condições para a integração do Brasil no sistema internacional de controle de informações
bibliográficas;
- facilitar o serviço das bibliotecas do interior do Brasil, carentes de mão-de-obra especializada, de
recursos financeiros e de material.

3.8.3. Vantagens para os bibliotecários


- Diminui o custo da catalogação realizada individualmente em cada biblioteca;
- evita que a catalogação de uma mesma publicação seja feita várias vezes;
- torna o material bibliográfico rapidamente acessível aos usuários;
- facilita o processamento através dos dados e informações fornecidas pelas próprias editoras;
- contribui para a uniformização dos catálogos de bibliotecas;
- facilita o registro, controle, recuperação e disseminação dos projetos de catalogação legíveis por
máquina.
As fichas catalográficas brasileiras são mais detalhadas do que as de outros países, com o
objetivo de atender tanto quanto possível às necessidades de vários tipos de bibliotecas.

4. Catalogação hoje

O objetivo inicial da Catalogação-na-Fonte evoluiu rapidamente, tornando-se o elemento


essencial na alimentação dos sistemas bibliográficos nacionais, visando principalmente à rápida
divulgação das novas publicações. A ênfase dos programas residem atualmente no fato de que um
registro bibliográfico legível por computador é preparado antes da publicação, de maneira que os dados
impressos nos livros passaram a serem encarados como subprodutos da catalogação na publicação.
Observamos que apesar dos bons resultados obtidos no programa de Catalogação-na-Fonte no
Brasil, muito nos falta para atingir o progresso da CIP internacional. Mencionamos entre os principais:
- conseguir a participação de maior número de editoras e trabalhar no sentido de abranger sua produção
global, não apenas parte dos livros ou somente co-edições;
- acelerar a divulgação dos registros dos livros catalogados, para suprir de certa forma a ausência de
publicações correntes nacionais;
- divulgar o programa de Catalogação-na-Fonte facilitando o trabalho com as editoras e a utilização dos
dados pelas bibliotecas;
- a extensão da CIP a outros tipos de publicações, como publicações oficiais, seriadas e materiais
audiovisuais, iniciada em carater experimental ou em estudo em alguns programas CIP está, no
momento, fora dos objetivos dos centros brasileiros.
5. Conclusão

A Catalogação-na-Fonte é muito segura e fiel porque a ficha impressa na própria publicação é


elaborada pelo catalogador com a colaboração do autor e do editor, e eficaz porque permite que as
bibliotecas copiem e desdobrem as fichas tantas vezes forem necessárias.
Os dados de CIP nos livros permitem colocá-los em circulação imediatamente, sem ter que
aguardar semanas e até mesmo meses pelas fichas impressas. A divulgação rapidíssima, feita através de
publicações bibliográficas semanais, mensais e acumuladas facilita a aquisição dos livros não só pelas
bibliotecas como por todos os interessados.
A Catalogação-na-Fonte vem se desenvolvento com mais dificuldades devido aos problemas
técnicos e a falta de colaboração dos editores. Muitos problemas de Catalogação-na-Fonte, são
problemas que decorrem dos baixos padrões da indústria editorial. Uma posição razoável a ser adotada
internacionalmente seria o estabelecimento e a adoção de fato de normas de apresentação de livros e de
outros suportes da informação. Tais normas deveriam ser estabelecidas e obedecidas, com o objetivo de
facilitar a bibliografia e a identificação de autoria.
Quando a Catalogação-na-Fonte for mais difundida e cobrir maciçamente a produção
bibliográfica nacional, a centrais de catalogação de distribuição de fichas terão que fazer algumas
adapatações e traduzir para a lingua de seu país os termos-chave ou cabeçalhos de assunto das fichas
impressas dos documentos estrangeiros.
É preciso obter o controle da produção editorial brasileira para o progresso do conhecimento
através de um processo ordenado de comunicação. Mas para que isto aconteça, é necessário que sejam
observados certos requisitos como:
1. normalizar a apresentação das publicações;
2. efetivar o depósito legal;
E principalmente:
3. estabelecer um controle editorial através do ISBN e a Catalogação-na-Fonte.

6. Referências Bibliográficas

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