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É bom saber que Biblioteca significa algo como “Caixa de livros”, da junção dos radicais
Biblio (Livro) e Thek (caixa). A Biblioteca atual pode ser chamada de Unidade de
Informação, Centro de Informação, Centro de Documentação, entre outras
denominações.
A Biblioteca Universitária, como o nome já indica, é aquela que serve aos propósitos
das universidades e instituições de ensino superior, estando também por isso ligada
ao tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Em universidades de grande porte, é comum
existir a Biblioteca Central e Bibliotecas Setoriais ligadas à ela, formando assim um
Sistema de Bibliotecas (SIBI).
É bastante simples. Uma parte é responsável pelos usuários, e a outra parte, pelo
acervo.
A biblioteca, como vimos acima, é divida em setores para atender ao usuário e para
atender ao acervo. As principais seções (setores) da biblioteca são:
4. Acervo:
Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o documento com
as técnicas da biblioteconomia para representação do documento (catalogação) e do
conteúdo (classificação e indexação).
4.2.1 Catalogação: a catalogação é o processo de descrição do documento para a
criação de um catálogo. Cada documento será catalogado a partir de um código de
catalogação – o código em vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o AACR2 – Regras
de Catalogação Anglo Americanas segunda edição, que está em edição revista e é
publicado aqui no Brasil pela FEBAB.
Note que todas as informações são voltadas para descrever o documento. Então você
sabe autor, título, número de páginas, ISBN, e de quais assuntos, de forma geral, trata,
entre outras informações.
O nome do autor sempre será colocado com o último nome na frente, p.ex.:
Mas caso o último nome indique parentesco, a entrada será pelo penúltimo nome
seguido do parentesco (sobrinho, neto, junior, filho, etc.). Exemplo: João dos Santos
Silva Sobrinho terá entrada por:
4.4.2 Classificação: Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro. E isso é
importante numa biblioteca, pois cada livro será classificado sob um único assunto,
ainda que composto por vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas adotam em geral
dois esquemas de classificação. A Classificação Decimal de Dewey e a Classificação
Decimal Universal. As duas tem muito em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá
mais liberdade ao classificador. Mas o mais importante, como não poderia deixar de
ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 10 classes principais, por isso
são chamadas de classificações decimais. E há apenas uma pequena diferença entre
elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como sempre foram, mas na CDU a
classe 4 está vaga enquanto que a 8 abriga além de literatura, linguística.
869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. Note que a raiz é a mesma, 869, mas o uso das
tabelas é diferente para cada caso.
869(81)
A481g
O número de chamada será colocado na etiqueta que fica na lombada do livro, e é o
que permite a identificação do livro na estante.
4.4.3 Indexação: Indexar vem do termo Index, que significa índice. Índice é ” Lista dos
elementos identificadores de um documento, (autor, assunto, titulo, etc.) dispostos em
determinada ordem para possibilitar seu acesso. ” (Marisa Bräscher Basílio Medeiros)
e podem ser também” Produto da indexação, como instrumento de pesquisa
autônomo ou complemento de outro. “Maria Alexandra Miranda Aparício. Aqui vale
dizer a diferença entre indexação e catalogação. A indexação representa o conteúdo, o
tema, a catalogação representa a parte física, ela descreve.
4.4.4 Preparação física do livro: Cada livro será devidamente etiquetado com o número
de chamada e carimbado, antes de ir para o acervo. Isso irá ajudar a identificar a
propriedade do livro em caso de extravio. Nas bibliotecas que possuem sistemas de
segurança, cada livro receberá um alarme.
Além dos carimbos e etiquetas, também podem ser colocados bolso e (não lembro
como chama) uma “folha de devolução”, onde é carimbada a data em que o livro deve
ser entregue. Tanto um quanto outro são mais comuns em sistemas não
automatizados.
Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classificação, no que se
chama de ordem relativa. Ou seja, a ordem do livro é relativa ao seu assunto. É preciso
atentar para a correta ordem de arquivamento do sistema decimal utilizado pela
biblioteca.
Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de localização fixa. Se diz fixa
pois cada livro tem o seu lugar garantido e preservado na estante. Tipo – Corredor X,
Estante 3, Prateleira 4, Posição 7 (este é apenas um exemplo ilustrativo). Quando o
livro é retirado do seu local, é colocado um objeto para guardar o seu lugar. Esse
objeto é chamado de “fantasma”. Outro ponto importante sobre localização fixa é que,
em geral, as bibliotecas que a utilizam trabalham com os acervos fechados ao público.
Apenas os funcionários é que tem acesso ao acervo. Faz sentido pois para um usuário
interessado em um assunto específico é muito mais difícil achar livros daquele
assunto, pois os livros estão agrupados pelo acaso e não pelo assunto.
Preservação do acervo são os cuidados tomados para que os livros tenham longa vida.
Evitar comida na biblioteca é um dos mais importantes. Outro ponto importante é
manusear os livros com cuidado. Retirar o livro da estante com a o polegar e o
indicador e não puxando pela lombada. Entre outros.
Em geral, ainda hoje, é possível encontrar nas bibliotecas três tipos de catálogo
externo. De nome de autor, de título e de assunto. O catálogo de autor também pode
ser chamado de catálogo onomástico. O de título, de catálogo didascálico. E o de
assunto, catálogo ideográfico.
Alfabeticamente
Como um todo, com todas as entradas (autor, título e assunto) em um único
catálogo, chamado de catálogo dicionário.
Com três catálogos diferentes, um para cada tipo de entrada.
Ou podem ser organizados sistematicamente, com as entradas organizadas pelo
número de classificação.
Serviços aos usuários são os serviços prestados pela bibliotecas às pessoas que usam
a biblioteca, os usuários. Os usuários são basicamente de 2 tipos: os reais, que
efetivamente usam a biblioteca e seus serviços; e os potenciais, que podem vir a usar
a biblioteca. Cabe a biblioteca atender as demandas tanto dos usuários reais quanto
dos potenciais. Para isso, ela oferece vários serviços, a saber.
É comum as bibliotecas oferecerem visitas guiadas, para uma ambientação inicial com
os novos alunos.
Nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados, o treinamento para o uso
do catálogo é essencial.
O serviço de referência tem por base a 4ª lei de Ranganathan, e aproveito para colocar
todas aqui:
Dennis Grogan, um dos principais autores sobre o tema, coloca 8 etapas para o
processo de referência, a saber:
OBS:
A reimpressão pura e simples de um livro NÃO requer outro ISBN;
Mudança na cor da capa, formato de letras e correção ortográfica do texto da obra,
NÃO requer outro ISBN.
As normas também estão disponiveis no Manual do Editor
“A Atribuição do ISBN não implica no depósito legal automático da obra. Depois de ter
o número do ISBN atribuído, um exemplar da obra publicada deve ser encaminhado
para o Depósito Legal da Biblioteca Nacional.”
Uma vez atribuído a uma publicação, um ISBN nunca poderá ser reutilizado para
identificar outra publicação.
Almanaque: publicação normalmente editada todos os anos/anualmente contendo
uma grande variedade de fatos de natureza heterogênea (efemeridade, anedotas,
informações sobre festividades e feriados, informações estatísticas e as vezes um
calendário em comum).
Ano de Publicação: indicação do ano, mês e dia, quando houver, quando a obra for
publicada.
Anuário: publicação em série que é editada anualmente, em geral tem caráter
estatístico, contém um resumo de atividades, informações diversassobre assuntos
técnicos.
Autor(es): pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou
artístico de uma publicação.
Autor(es) entidade(s): instituição(ões), organização(ões), empresa(s), comitê(s),
comissão(ões), evento(s), entre outros, responsável(eis) por publicações em que não se
dintingue autoria pessoal.
Co-Edição: edição entre duas ou mais editoras;
Copirraite (copyright): proteção legal que o autor ou responsável (pessoa física ou
jurídica) tem sobre a sua produção intelectual, científica, técnica, cultural ou artísitica.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação(CIP): conhecida como ficha
catalográfica.É o registro das informações que identificam a publicação na sua
situação atual, no verso da folha de rosto.
Edição: todos os exemplares produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem
à mesma edição de uma publicação todas as sua impressões, reimpressões, tiragens
etc, produzidas diretamente por outros métodos, sem modificações,
independentemente do período decorrido desde a primeira publicação.
Editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões) responsável(eis) pela produção
editorial de uma publicação.
Editoração: conjunto de atividades funcionais de um editor, isto é: a seleção,
programação, e comercialização dos originais.
Exemplar: cada unidade impressa de uma publicação;
Folha de Rosto: folha que contém os elementos essenciais à identificação da
publicação, assim como: autor, título, subtítulo, edição, local, editora e data.
Miolo: conjunto de folhas, reunidas quase sempre em cadernos, que formam o corpo
da publicação.
Organizador: pessoa física que reune em uma só obra, trabalho de outras pessoas.
Reedição: edição diferente da anterior, seja por modificações feitas no conteúdo, na
forma ou na apresentação da publicação ou seja por mudança de editor.
Cada reedição recebe um número de ordem: 2ª edição, 3ª edição etc.
Reimpressão: nova impressão da publicação, sem modificação no conteúdo ou na
forma de apresentação (exceto correções de erros de composição ou impressão), não
constituindo nova edição.
edição atualizada / edição revista: permanece o mesmo número de ISBN e também a
mesma edição. edição ampliada / edição aumentada: permanece o mesmo número de
ISBN e será a mesma edição.
anuário: publicação anual destinada ao relato de assuntos, em diversos campos da
atividade humana, no período de 12 meses ( é um periódico e recebe ISSN)
brochura: livro de papel mole
coletânea: conjunto selecionado de obras
capa dura: acoplagem de um papel fino, tecido, percaluz, couro sintético etc. em um
cartão de maior gramatura (acima de 1250g/m2)
Apresentação do ISBN
O ISBN deve ser escrito ou impresso, precedido pela sigla ISBN, a cada segmento
separado por hífen.
EX: ISBN 978-85-333-0946-5
Impressão do número do ISBN
No verso da folha de rosto
No pé da 4ª capa, do lado direito junto a lombada
Um ISBN é como o código postal de um livro. Tem 13 dígitos – antes de 2007 eram 10 –
que precedem a sigla ISBN e pode ler-se na parte inferior da contracapa, junto ao
código de barras, e na primeira página onde se referem todos os dados referentes aos
direitos de autor. Estes dígitos dividem-se em cinco grupos separados através de
espaços ou hífenes – o manual de ISBN recomenda o uso de hífens.
Os editores não são legalmente obrigados a ter um ISSN mas há muitas vantagens em
se ter um ISSN para suas publicações seriadas.
Como o sistema do ISSN é internacional e cada ISSN é único, um ISSN pode identificar
uma publicação seriada independentemente de seu idioma ou país de origem fazendo
a distinção entre publicações seriadas com o mesmo nome ou títulos semelhantes.
O ISSN é usado onde a informação sobre publicações seriadas necessita ser registrada
e comunicada com precisão (ordens de compra, pesquisas em base de dados, etc.).
O ISSN proporciona um método eficiente e econômico de comunicação entre editores,
fornecedores e compradores de publicações seriadas. Proporciona, também, um
ponto de acesso útil aos catálogos de editores, diretórios comerciais, inventários
automatizados, bibliografias, etc.
O ISSN é amplamente usado em bases de dados automatizadas na organização,
recuperação e transmissão de dados sobre publicações seriadas.
O ISSN é amplamente usado por bibliotecas para identificar, ordenar e processar
títulos de publicações seriadas.
Publicações que têm ISSN fazem parte dos registros de publicações seriadas mantido
pelo Centro Internacional do ISSN, em Paris.
Ficha Kardex é uma ficha de registro de periódicos. É usada para registrar cada
periódico e exemplar que entra na biblioteca. Periódicos são publicações seriadas (em
série). Possuem esse nome pois obedecem a uma periodicidade (período de tempo)
qualquer. Podem ser diários (como os jornais de grande circulação), semanais,
quinzenais, mensais, bimestrais, trimestrais, quadrimestrais, semestrais, anuais,
bianuais, e assim por diante. Curiosidade: periódicos de países com estações do ano
bem definidas costumam ser trimestrais e trazem a estação e não os meses.
O nome Kardex é o nome da empresa que fabricava as fichas e os arquivos para essas
fichas. A empresa ainda hoje existe e atua no mercado de armazenamento de
documentos. Apesar do controle de recebimento de periódicos ser feito em softwares
automatizados, ainda se usa o nome kardex.
Bibliografia