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Autor:
Wesley Leite
08 de Janeiro de 2024
Índice
1) Teoria da Classificação
..............................................................................................................................................................................................3
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UNESP (Assistente de Suporte Acadêmico I - Área de atuação: Biblioteca) Conhecimentos Específicos - 2023 (Pós-Edital)
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TEORIA DA CLASSIFICAÇÃO
Classificação
Conforme Barbosa (1969)1, classificar é dividir em grupos ou classes, coisas, ideias ou seres que
apresentem entre si certo grau de semelhança. Sayers (1955)2 também possui uma ideia semelhante, ao
afirmar que na classificação, os objetos são reunidos conforme as suas semelhanças e separados de acordo
com as suas diferenças.
Piedade (1983) afirma que os sistemas de classificação oferecem dois tipos de vieses de assuntos:
Ainda segundo essa autora, o sistema de classificação utilizado nos serviços de recuperação de
informação possuem duas finalidades, que são as seguintes:
1
BARBOSA, Alice Príncipe. Teoria e prática dos sistemas de classificação bibliográfica. Rio de Janeiro:
Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, 1969.
2
SAYERS, William C.B. A manual of classification for librarians and bibliographers. 3rd ed. London:
Grafton, 1955.
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Vários são os critérios utilizados para definir as características da classificação de livros. Dentre estes
critérios, o melhor a ser utilizado pelas bibliotecas é o assunto. Por quê?
A classificação por assuntos permite que o usuário veja livros potencialmente úteis para sua
necessidade de informação ao navegar pelo acervo. Além disso, nesse tipo de classificação, os livros
possuem localização relativa na estante, visto que, novos livros podem ser inseridos sem que a classificação
seja alterada.
Já vimos como deve ser um bom sistema de classificação. Além de selecionar uma boa ferramenta, é
interessante saber como usá-la. Diante disso, é útil saber algumas regras gerais de classificação que, além de
ajudar na prática da classificação, são úteis para resolver questões de provas.
• o livro deve ser classificado primeiramente pelo assunto e só depois pela forma ou local. A exceção
fica na literatura, em que a forma tem preferência;
• o livro deve ser classificado pelo assunto principal, segundo a finalidade e a intenção do autor ao
escrevê-lo;
• se o livro tratar de vários assuntos e sobre as relações entre eles, deve-se determinar em que consiste
essa relação e fazer a classificação conforme as seguintes regras:
o se um assunto exerce influência sobre o outro, deve-se classificar pelo assunto que sofre a
influência;
o se dois ou mais assuntos forem subdivisões de um assunto maior, deve ser classificar pelo
assunto maior;
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o se dois assuntos distintos forem ligados por conjunção, deve-se classificar pelo assunto
mencionado primeiro, a não ser que o outro seja de maior interesse para a biblioteca ou seja
mais importante;
o se o livro tratar de dois assuntos, em que um seja a causa ou agente de outro assunto, o livro
deverá ser classificado com o assunto resultante derivado;
• se um livro tratar da história de um assunto, deve ser classificado pelo assunto, mesmo que este não
comporte subdivisão para a história;
• caso a obra trate de método de investigação de um assunto, deve ser classificada pelo assunto e não
pelo método empregado;
• se um livro tratar de assunto referente a um país, pessoa ou assunto, classificar como o assunto
tratado mais especificamente;
• caso possa ser classificado em várias classes ou assuntos, o livro deve ser classificado no que for mais
procurado, conforme o seu contexto;
• se o livro tratar da origem dos costumes, instituições ou crenças, deve-se classificar sob os costumes,
instituições ou crenças, e não sob as origens.
Notação
➢ simples ou pura: é constituída por apenas uma espécie de símbolo. Contém apenas números, ou
apenas letras;
➢ mista: constituída por mais de uma espécie de símbolo. Consiste de números e letras.
A soma da notação de assunto com a notação do autor forma o número de chamada. Conforme
Barbosa, número de chamada é o símbolo que localiza o livro na prateleira, que individualiza o livro na
coleção e pelo qual ele é requisitado e novamente devolvido ao seu lugar.
Classificações
Já que vimos a parte teórica da classificação, vamos estudar, em detalhes o esquema de classificação
cobrado no edital do seu concurso.
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• a notação passou a ser mista: além dos números, é composta de sinais gráficos e letras ou palavras;
• corte dos zeros finais;
• colocação de ponto após cada grupo de três algarismos;
• uso de sinais gráficos.
A CDU é uma classificação de caráter universal ou geral, pois cobre a totalidade do conhecimento
humano. Além disso, engloba todos os tipos de documentos, sejam escritos, vídeos, filmes, ilustrações,
mapas, dentre outros.
A estrutura da CDU permite que tanto os assuntos simples quanto os mais complexos sejam
representados em suas notações. Ademais, um mesmo assunto pode ser classificado conforme diferentes
pontos de vista, o que faz com que esta classificação seja denominada de "classificação por aspectos". Outra
vantagem da CDU é que ela é uma linguagem artificial que elimina muitas das ambiguidades ocorridas na
linguagem natural.
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➢ decimalidade: de forma arbitrária o conhecimento foi dividido em dez grandes classes, cada um por
sua vez novamente subdivisível em outras dez, e assim sucessivamente até atingir o nível de
detalhamento requerido ou satisfatório;
➢ universalidade: tem a pretensão de oferecer conceitos e símbolos para representar a totalidade do
conhecimento em determinada fase de sua evolução, com estrutura e previsão de espaço para
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Para quebrar as extensões dos números e facilitar sua leitura, o sistema adotou o emprego do ponto
decimal de três em três algarismos. Portanto o valor classificatório do ponto é apenas simbólico. Quando
houver quebra desse princípio, estaremos diante de uma notação de auxiliar especial (SANTOS, 2009).
A CDU é baseada em classes. Esta classificação é dividida em 10 classes, entretanto, a classe 4 está
vaga, pois foi cancelada em 1963, visando dar lugar a futuros desenvolvimentos ou atualizações.
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Na CDU, quanto maior a notação, mais restrito é o conceito. As classes mais genéricas ficam em um
nível mais elevado, enquanto que as classes mais restritas ficam em um grau mais baixo na hierarquia.
Diante disso, podemos notar as relações de coordenação, subordinação e superordenação.
➢ coordenação: são números que possuem a mesma extensão, um nível similar de generalidade. Por
exemplo, as classes 53 e 54 são coordenadas.
➢ superordenação: São as classes que possuem números menores em relação às subordinadas
hierarquicamente. Exemplo: A classe 5 é superordenada em relação às classes 53 e 54.
➢ subordinação: Classes que possuem números mais longos em relação às classes superordenadas
hierarquicamente. Exemplo: As classes 53 e 54 são subordinadas à classe 5.
As tabelas auxiliares são uma característica que torna a CDU uma classificação tão especial.
As tabelas auxiliares são sinais ou subdivisões usados para permitir a construção de números
compostos ou sínteses.
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Auxiliares comuns
Os sinais dos auxiliares comuns são a adição, a barra oblíqua, os dois pontos, os colchetes e os dois
pontos duplos. Os sinais auxiliares comuns indicam relação entre números da CDU, sejam principais ou
auxiliares. Porém, eles próprios não são números, não representam classes e nem podem ser subdivididos.
As subdivisões auxiliares comuns podem ser de dois grupos: auxiliares independentes e auxiliares
dependentes.
➢ Auxiliares independentes: estes auxiliares podem ser aplicados a qualquer número da CDU e
também podem ser utilizados em separado, formando um número de classificação completo do
documento. Estes auxiliares constam nas tabelas 1c até 1g. São os auxiliares de língua, forma, lugar,
raça e tempo.
➢ Auxiliares dependentes: estas tabelas sempre necessitam ser aplicadas a um número da CDU.
Para Sebastião de Souza, ou auxiliares comuns podem ser divididos em três grupos:
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Auxiliares especiais
Como dito acima, os auxiliares especiais estão arrolados em determinados lugares, e, por definição,
não possuem aplicabilidade tão abrangente. Ocorrem em diversos lugares das tabelas e expressam conceitos
que são recorrentes, mas numa faixa limitada de assuntos.
Os auxiliares especiais são sempre listados como sufixos de outros números, não podendo ser
usados independentemente.
Os auxiliares especiais também são conhecidos por analíticas. Os três tipos principais de analíticas
são os seguintes:
Coordenação ou adição +
O sinal + (de coordenação ou adição) liga dois ou mais números separados, (não consecutivos) da
CDU, para indicar um número composto para o qual não exista um número simples. Além disso, este sinal
separa divisões geográficas e cronológicas.
Quando o sinal de coordenação for empregado para unir números auxiliares com sinais biterminais
(parênteses ou aspas), o número composto resultante ficará dentro de um único conjunto de sinais.
Extensão consecutiva /
O sinal de extensão / (barra oblíqua) liga o primeiro e o último de uma série de números
consecutivos da CDU para indicar um assunto amplo ou uma série de conceitos. Caso o número que se
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segue à barra oblíqua tenha mais de três dígitos e comece com um grupo de dígitos em comum com o
número precedente, ele poderá ser abreviado pela omissão dos dígitos comuns a ambos, desde que o
primeiro item após a barra seja um ponto decimal.
Quando o sinal de extensão for empregado para unir números auxiliares com sinais biterminais
(parênteses ou aspas), o número composto resultante ficará dentro de um único conjunto de sinais.
Relação simples :
O sinal de relação : (dois pontos) indica uma relação entre dois ou mais assuntos por meio da
conexão de números da CDU. Ao contrário do sinal de adição e da barra oblíqua, o sinal de dois pontos
limita, ao invés de ampliar, os assuntos que liga.
A relação indicada pelos dois pontos é reversível. Ou seja, A:B e B:A possuem o mesmo significado.
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Uma vantagem dos dois pontos é servir como um meio para acomodar áreas novas de estudos ou
em desenvolvimento.
Quando o sinal de dois pontos for empregado para unir números auxiliares com sinais biterminais
(parênteses ou aspas), o número composto resultante ficará dentro de um único conjunto de sinais.
Subagrupamento [ ]
Os colchetes [...] são usados em subgrupamentos dentro de uma combinação complexa de números
da CDU, a fim de esclarecer a relação entre seus componentes. Outra forma de dizermos isso é a seguinte:
o sinal de subagrupamento [ ] (colchetes), é utilizado para identificar o assunto principal dentro de uma
combinação complexa de números da CDU, onde dois ou mais números são ligados pelo sinal de
coordenação (+), extensão (/) ou relação (:)
Ordenação ::
Conforme Souza (2012) os dois pontos duplos são indicadores de relação e fixam a ordem dos
números na composição notacional. Indicam irreversibilidade.
Conforme Mcllwaine (1998), em uma aplicação específica, os dois pontos duplos (::) podem ser
usados ao invés de dois pontos simples (:) para indicar que o conceito após :: é uma relação subordinada
àquela que a precede, e que a notação completa é tratada pelo sistema como uma unidade. Isso é
particularmente aplicável quando a CDU é usada em um sistema de informação computadorizada.
Os auxiliares comuns de língua indicam a língua ou forma linguística de um documento cujo assunto
é dado por um número principal da CDU. A Tabela Ic é a principal fonte para enumeração de línguas e serve
como referência para a subdivisão da classe 811- Línguas (como objetos de estudo), classe 821- Literaturas
de línguas específicas e Tabela If - Auxiliares comuns de grupos étnicos.
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• Traduções são classificadas em =03. A língua de origem é indicada por =03.1/.9 e a língua alvo,
diretamente por =1/=9
• Documentos multilíngues podem ser indicados por =00 ou pelos auxiliares das línguas específicas em
ordem numérica crescente. Exemplos:
• Origens, períodos e fases de desenvolvimento das línguas podem ser indicados por meio de
subdivisão de auxiliares especiais introduzidos pelo apóstrofo. Os símbolos '03, ‘05, '07 e '09 são
reservados para aplicações especiais, (em latim, grego, hebraico, egípcio).
Os auxiliares comuns de forma indicam o formato ou a apresentação dos documentos. Não são
usados para indicar o assunto de que tratam os documentos. As formas literárias poesia, peças de teatro,
ficção e etc. são classificadas em 82-1/-9.
Esse auxiliar não abrange somente países. Contempla um leque variado de formas
espaciais: fronteiras, pontos cardeais, unidades administrativas, territórios ou agrupamentos de Estados,
características fisiogeográficas da terra, o universo e lugares extraterrestres, etc.
Excepcionalmente, o auxiliar de lugar sozinho pode ser suficiente para classificar alguns tipos de
documentos em que o aspecto geográfico é o único que, provavelmente, será procurado (mapas).
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portanto, para distinguir grupos linguístico-culturais. Pode estar representado conjuntamente com o auxiliar
comum de tempo dentro do mesmo parêntese.
A base de indicação da data é o calendário cristão, mas sistemas não cristãos de contagem do
tempo também são previstos (em "68” e “69”), bem como outros conceitos de tempo (século, ano, mês,
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dia, horas, minutos e segundos; estações do ano; tempos denominados; feriados; duração do tempo; eras
pré-históricas, etc.).
Estes auxiliares indicam propriedades ou atributos gerais das entidades. Eles substituíram a tabela
auxiliar de Ponto de Vista, que foi cancelada (tabela 1i)
Os auxiliares -03 indicam os materiais ou elementos que constituem os objetos ou produtos. Estes
auxiliares são aplicáveis a números de todas as tabelas principais se o aspecto do material for secundário em
relação ao assunto, a não ser que seja indicada uma exceção recomendando a não aplicação.
Estes auxiliares são relacionados com processos de existência, de arranjo, de valor, de ordenação e
sequência, de número e grau; processos relacionados com o tempo, dimensão, tamanho, forma, com as
condições de superfície e com a mudança de forma; processos de estrutura, de posição e relacionados com
estados da matéria; operações e atividades em geral.
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Os auxiliares -05 são aplicáveis as tabelas principais, se o aspecto pessoal for secundário no assunto.
Também é aplicável caso a tabela principal de um determinado assunto não tenha subdivisão direta ou
auxiliar especial para o aspecto pessoal.
Pode ser uma notação que não pertença à CDU ou a indicação por extensão alfabética.
Símbolo * (asterisco)
O asterisco introduz uma notação que corresponde a um número não autorizado ou inexistente na
CDU. O asterisco pode vir em seguida a um número da CDU para introduzir uma palavra, símbolo ou número
de uma fonte diferente da CDU, que se acrescenta à sequência a fim de especificar um assunto. Em todas
estas codificações, o asterisco serve para assinalar a sua separação dos números da CDU.
Quando for recomendável utilizar o código que não pertença à CDU após o asterisco, deve-se
mencionar a fonte deste código numa nota explicativa. O asterisco pode também ser utilizado para designar
uma notação não autorizada, atribuída em âmbito local, que comumente se assemelha a um número da
CDU, para um conceito inexistente na CDU.
Souza ainda afirma que a tendência da CDU, a partir do número 21 de 1999 das Extensions and
Corrections to the UDC, é substituir o uso do asterisco pelo sinal de # (jogo da velha), quando se tratar de
caracteres alfabéticos.
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As subdivisões auxiliares especiais são as séries de traço de ponto e de apóstrofo (-1/-9, .01/.09 e
'0/'9 respectivamente). Elas são limitadas em seu alcance e cada série é empregada para indicar conceitos
que se repetem na parte das tabelas principais a qual a mesma se destina, ou em certas outras sessões onde
for especificamente indicado.
Diferentemente dos sinais e subdivisões auxiliares comuns, nas tabelas auxiliares especiais a mesma
notação pode ser usada com sentidos diferentes e em diferentes partes das tabelas principais. Vejamos os
três tipos de notação das subdivisões especiais:
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Estes auxiliares possuem funções principalmente analíticas ou diferenciadoras, servindo para indicar
elementos, componentes, propriedades e outros detalhes do assunto indicado pelo número principal ao qual
eles se aplicam.
São utilizadas de modo mais diversificado e muitas vezes são desenvolvidas de forma muito mais
detalhada que as séries -1/-9, proporcionando conjuntos e subconjuntos de conceitos que se repetem, tais
como aspectos relativos à estudos atividades, processos, operações, instalações e equipamentos. Conforme
Sebastião de Souza, estas analíticas são muito mais amplas do que as analíticas de traço ou de hifens (-1/-9).
São séries mais específicas que as anteriores, e tem, com frequência, função sintética ou integradora,
indicando assuntos compostos por meio de notação composta. Elas são, às vezes, apresentadas na íntegra,
mas outras vezes são derivadas dos números principais mediante divisão paralela.
Há duas formas de se realizar a ordenação das notações da CDU. Estamos falando da ordem de citação
e da ordem de arquivamento.
Utilizando conceitos e definições extraídos da própria CDU, de Souza (2012), Mcllwaine (1998), Silva
(2009) e Barbosa (1969), veremos com detalhes cada uma desta ordens.
Ordem de citação
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Ordem de arquivamento
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Como já dito na parte teórica geral, um bom sistema de classificação é aquele que permite sua
expansão ou atualização. Com a CDU, não é diferente. Há diversas formas de se expandir ou reformular as
tabelas. As principais são as seguintes:
• Expansão: Reformulação das tabelas pela criação de novas facetas ou novas subdivisões, além dos
limites impostos pelo sistema. Pode se dar por uma das três formas abaixo:
o por extensão: A criação de novas subdivisões é idealizada pelo indexador a partir de uma
notação básica.
o por extrapolação: Subdivisão que não é criada pelo indexador, mas sim retirada de um código
externo ao sistema de classificação.
o por intrapolação: A expansão se dá por indicações contidas no próprio sistema de
classificação. Pode ser indicada pelo símbolo ≅ (subdividir como), ou pelas analíticas de ponto
e de hifens (.01/.09 e -1/-9).
• Agrupamentos ou atrações: Consiste na reunião de diversos aspectos de um assunto em uma
notação mais breve e genérica;
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• Integração: Quando não há notações específicas, utiliza-se deste recurso, de forma lógica, para
ocupar números vagos dentro da tabela;
• Combinações: Ocorre na utilização de dois ou mais recursos de expansão: extensão + agrupamento,
agrupamento + interpolação, dentre outras.
Os recursos que iremos detalhar abaixo são o que tornam a CDU uma classificação tão especial.
Vejamos alguns dos principais recursos oferecidos:
• Intercalação:
o Para o uso do sinal de subdividir como (≅) devem ser observadas algumas regras:
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▪ O sinal ≅ aparece não só nas tabelas sistemáticas, mas também, nas tabelas
auxiliares.
▪ Às vezes o sinal ≅ possui correspondente nas tabelas sistemáticas e nas auxiliares,
podendo um número principal ser utilizado como auxiliar e vice-versa.
O recurso da divisão paralela está sendo gradualmente eliminado pelos editores desde que o
esquema da CDU começou a ser automatizado.
• Índice:
o O índice tem por finalidade proporcionar acesso às classes da CDU existentes nas tabelas. Não
pretende ser um sucedâneo das mesmas, e não deverá jamais ser utilizado por si só na
atividade de classificar.
o O índice tem como objetivo servir de instrumento a quem procura informação em bases de
dados ou em coleções classificadas segundo a CDU, e permite acesso rápido às classes através
de termos de indexação construídos.
o Ele não é um tesauro, e, conquanto as entradas tenham sido extraídas das descrições,
exemplos, etc., da CDU, a maioria delas precisou sofrer algum tipo de alteração para se
constituir em entradas úteis. Isso significa que termos retirados do índice não podem ser
utilizados na busca de descrições da CDU existentes numa base de dados, embora possam ser
empregados como base de um campo de palavras-chave.
o O índice da CDU vai até o terceiro nível de detalhamento.
o O índice está em ordem alfabética.
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• Remissivas:
o Trata-se de um recurso que encaminha e orienta o classificador para a formação e a
elaboração da notação usando partes das tabelas.
o É indicada pela seta. Significa “ver também”
• uso universal;
• multidimensional;
• tradução em português;
• grande divulgação através do IBICT;
• sempre atualizada;
• inclui instruções e exemplos de uso;
• permanente assistência do UDC Consortium;
• “considerada analítico-sintética”. É a primeira tentativa de uma classificação facetada.
• de uso relativamente difícil para aplicação em bibliotecas que tem acervo aberto porque causa
problema no ordenamento de livro por funcionários e usuários (para evitar tal problema deve ser
usada resumidamente);
• possui erros, falhas e projeto gráfico complicado;
• tem índice falho;
• propicia notações duplas ou tríplices – subjetividade;
• nas edições completas cada classe é publicada em volumes separadamente.
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Tabela de Cutter
A tabela de Cutter incide no segundo nível do número de chamada, sendo um critério secundário de
organização da informação. O que isso significa? O seu objetivo é ordenar, seja pelo autor ou pelo título, os
documentos que apresentem a mesma notação no critério primário (número de classificação).
A tabela de Cutter foi desenvolvida pelo bibliotecário Charles Ammi Cutter, em 1880, tendo como
base, sobrenomes da língua inglesa. Inicialmente, possuía dois dígitos, sendo posteriormente expandida para
três dígitos por Kate
F. Sanborn. A tabela de três dígitos de Cutter-Sanborn é a mais utilizada no Brasil, embora haja outras
duas variações, que são a tabela de dois dígitos e a tabela de três dígitos de Cutter. A tabela Cutter também
não deve ser confundida com a Classificação de Cutter, que é um sistema de classificação similar à CDD e à
CDU.
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➢ Se houver mais de uma obra do mesmo autor com o mesmo número de classificação, utiliza-
se, após o número de Cutter, a primeira letra do título (exceto artigos) para distingui-las.
Veja no exemplo abaixo:
➢ Na aplicação da regra anterior, se o título começar por número, transforma-se este número
em palavra.
➢ Se o título e o sobrenome iniciarem com a mesma letra, utiliza-se as duas primeiras letras
do título, excluindo os artigos, após o número de Cutter.
➢ Se os sobrenomes começam com algumas dessas variantes (Mc, M' e Mac), todos são
considerados como se começassem com MAC
➢ Se a obra for uma biografia, utiliza-se o número de Cutter para o biografado. Após o número,
==325db5==
Para livros cuja autoria seja indicada por uma sigla, coloca-se o número de Cutter do significado da primeira
letra da sigla.
Comentário:
Se a entrada da autoria for feita por sigla, o número de Cutter será o do significado da primeira letra da sigla.
Exemplo:
FID
• O número de Cutter é F293, pois é a notação para Federação
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Tabela PHA
A tabela PHA é de autoria da bibliotecária brasileira Heloísa Almeida Prado (1976). Foi idealizada nos
moldes das tabelas de Cutter e Cutter-Sanborn, sendo, portanto, também uma tabela para determinação de
notaçãode autores. O grande diferencial da PHA foi trazer notações de autores adaptadas à realidade
brasileira. O uso desta tabela é similar ao da de Cutter-Sanborn. As principais regras são as seguintes:
As demais regras para uso desta tabela são semelhantes às de Cutter- Sanborn.
Apesar de ser uma tabela com sobrenome adaptados à realidade brasileira, esta tabela não tem
grande popularidade, não sendo utilizada em muitas bibliotecas.
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O grande diferencial da PHA foi trazer notações de autores adaptadas à realidade brasileira. O uso desta
tabela é similar ao da de Cutter-Sanborn.
RESPOSTA: E..
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