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Ussumane Laito Wailesse

Historial do Surgimento da Estatística e Gráficos


(Licenciatura em Ensino de Matemática, 3º Ano)

Universidade Rovuma
Nampula
2022
Ussumane Laito Wailesse
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Historial do Surgimento da Estatística e Gráficos


(Licenciatura em Ensino de Matemática, 3º Ano)

Trabalho individual de Introdução à


Teoria de Probabilidade, a ser
apresentado ao Departamento de Ciências
Naturais, Matemática e Estatística, para
efeitos de avaliação, sob orientação do
docente da disciplina: dr. Nassone
Chitemelene Guambe

Universidade Rovuma
Nampula
2022
3

Índice

I. Introdução.....................................................................................................................................
1.1. Objectivos:.............................................................................................................................
1.1.2. Objectivo Geral:..............................................................................................................
1.1.3. Objectivos específicos:....................................................................................................
1.2. Metodologia...........................................................................................................................
II. Historial do Surgimento da Estatística.........................................................................................
2.1. Estatistica no tempo da segunda guerra mundial...................................................................
2.2. Conceitos basicos da Estatística............................................................................................
2.2.1 Porque Estudar Estatística................................................................................................
2.3. Variáveis................................................................................................................................
2.3.1. Variáveis qualitativa........................................................................................................
2.3.1.1. Variáveis nominais...................................................................................................
2.3.1.2. Variáveis ordinais.....................................................................................................
2.3.2 Variáveis quantitativas...................................................................................................
2.3.2.1.Variáveis contínuas.................................................................................................
2.3.2.2. Variáveis discretas..................................................................................................
2.4. Importância da estatística na análise da pesquisa quantitativa............................................
2.5. A fase de experimentação....................................................................................................
2.6. Estatística na Era Atual........................................................................................................
2.7. Gráficos estatísticos.............................................................................................................
2.7.1. O objetivo do gráfico....................................................................................................
2.7.2. Elementos básicos param todo tipo de gráfico..............................................................
2.7.2.1. Título......................................................................................................................
2.7.2.2. Legenda..................................................................................................................
2.7.2.3. Fonte de  pesquisa..................................................................................................
2.8. Tipos de gráficos existentes.................................................................................................
2.8.1. Gráfico de Barras..........................................................................................................
2.8.2. Gráfico de Área ou de Linhas.......................................................................................
2.8.3. Gráfico de Sectores.......................................................................................................
III. Conclusão.................................................................................................................................
IV. Referências Bibliográficas.......................................................................................................
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I. Introdução

No nosso quotidiano, é bastante frequente se depararmos com situações em que é evidente


que para uma melhor compreensão do surgimento da estatística, é necessário ter domínio
sobre o Historial do Surgimento da Estatística, Como estudantes de Introdução à Teoria de
Probabilidade, observa-se a pertinência das atenções a este assunto tratado neste trabalho.
Porem, ao falar do Historial do Surgimento da Estatística, Tipos de Gráfico e seus Elementos,
deve-se ter em conta, que estes são conteúdos muito importantes, em que estão definidas as
suas respectivas regras. Com este trabalho, pretende-se, fazer estudo sobre Historial do
Surgimento da Estatística, Tipos de Gráfico e seus Elementos. Eis que proporciona ampla
visão sobre os seus subtemas.

Para além da sua utilidade ao nível cívico a necessidade de saber estatística encontra-se
intimamente ligada ao exercício de profissões no domínio da engenharia, da economia, da
psicologia e da sociologia, sendo ainda uma ferramenta indispensável à investigação
científica.

Este trabalho, obedece a seguinte estrutura: introdução – faz-se breve contextualização,


descrevendo os objectivos traçados e a metodologia usada na sua concepção; O
desenvolvimento do trabalho – faz-se a descrição detalhada dos aspectos pertinentes ao
conteúdo/ título do trabalho; Considerações finais – faz-se a conclusão do trabalho,
destacando os pontos que respondem ao objectivo geral; No fim: apresenta-se as respectivas
referências bibliográficas.

1.1. Objectivos:

Os objectivos determinam o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de


pesquisa (KAUARK, 2010, P.52). A seguir apresenta o objectivo geral e os respectivos
objectivos específicos do trabalho.

1.1.2. Objectivo Geral:

 Fazer o estudo sobre o surgimento da estatística

1.1.3. Objectivos específicos:

 Descrever o surgimento da estatística


 Analisar os acontecimentos da evolução da estatística
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 Compreender as diversas operações possíveis com estatística

1.2. Metodologia

Para a concepção deste trabalho, de carácter qualitativo e quantitativo, usou-se a técnica de


consulta bibliográfica.

Consulta bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado


em livros, revistas, jornais, redes eletrónicas, isto é, material acessível ao público em geral
(LAKATOS & MARGON, 2003, P.188).

A consulta bibliográfica consistiu numa primeira fase na seleção de documentos, que fala
sobre Historial do surgimento da estatística, conceito de estatística básica, operações com
estatística aplicada exercícios sobre estatística. Fez-se uma leitura cuidadosa, extraindo-se o
básico para o seu desenvolvimento.
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II. Historial do Surgimento da Estatística

Embora nas antigas civilizações (chinesa, egípcia e romana) já se fizeram inquéritos


destinados a obter a informações sobre as populações e as riquezas económicas, permitindo
aos governantes fazer não só recrutamento militares mas também lançar impostos sobre as
próprias populações, só bastante mais tarde (seculo XVIII) a palavra “Estatística” foi usada
pelo professor Godofredo Achenwal (economista Alemão 1719-1772) da Universidade de
Gottingen que a definiu como “a ciência das coisas que pertencem ao Estado”. Pinto (1994)

No entanto, o estudo da Estatística, com fundamentação matemática, só se conseguiria com a


criação do cálculo das probabilidades e a sua aplicação aos fenómenos sociais. A estatística
deixa de ser, então, um amontoado de dados para se transformar num instrumento de análise,
d síntese e previsão das soluções nos casos mais diversos.

Com efeito, nos nossos dias, a sua utilização passou a ser imprescindível, quer a nível
nacional e internacional quer a nível de empresas, quer a nível individual, procurando estudar
situações e elaborar planos que permitem a tomada das decisões mais adequadas aos
problemas apresentados.

Neste período, o grande contributo foi Karl Pearson (1857-1936), pois foi o fundador do
departamento de Estatística Aplicada, sendo este o primeiro departamento dedicado a
Estatística do mundo, sua teoria sobre o coeficiente de correlação produto-momento de
Pearson foi a primeira medida de força de associação, fez um trabalho sobre a distribuição da
probabilidade que é a fundamentação para a teoria do modelo linear generalizado, criou ainda
um teste de significância chamado teste de chi-quadrado e por fim desenvolveu o coeficiente
de correlação a dois coeficientes de assimetria.

Outro contribuidor deste seculo foi Francis Galton (1822-1911), foi Antropólogo,
Meteorologista, Matemático e Estatístico Inglês. Criou o conceito de regressão em direção” à
média, foi o primeiro a aplicar métodos estatísticos para o estudo das diferenças e heranças
humanas de inteligência. Como era o pesquisador da mente humana, ele fundou a psicometria
(é a ciência que estuda a medição das faculdades mentais) e a psicologia diferencial.

2.1. Estatistica no tempo da segunda guerra mundial

Durante a segunda guerra mundial, com a sua formação na área de estatística,


especificamente em controle estatístico de qualidade, foi chamado
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para ajudar os Estados Unidos na melhoria dos seus materiais bélicos. Após a segunda guerra,
foi convidado pelo Japão para ajudar na reconstrução da indústria japonesa. A intenção era
mudar a percepção de que o Japão somente produzia imitações baratas para uma nação que
poderia produzir produtos inovativos e de qualidade. Segundo Deming, se os japoneses
seguissem as suas instruções, eles poderiam conseguir os seus objetivos em cinco anos.
Poucos acreditaram, mas decidiram aceitar o desafio e, para a surpresa do próprio Deming,
conseguiram sucesso em menos de quatro anos. Deming foi convidado a voltar ao Japão
várias vezes, sendo reverenciado de tal forma que, pelos seus esforços, foi agraciado, pelo
Imperador Hiroito, com a Ordem Segunda do Tesouro Sagrado. Os cientistas e engenheiros
japoneses criaram o Prêmio Deming, concedido a organizações que aplicavam os
instrumentos de controle estatístico de qualidade na melhoria contínua dos processos de
produção (PUCRS, 2010).

2.2. Conceitos basicos da Estatística

A palavra ESTATÍSTICA vem do STATUS (em latim significa Estado). Como é do


conhecimento geral, a leitura de um simples jornal ou revista implica, hoje em dia, entender a
linguagem dos gráficos e dos números.

Em todos os campos da actividade humana, a informação é essencial para as decisões dos


cidadãos, a vida das empresas, a sobrevivência dos estados.

Isto implica a profusão dos jornais, revistas, livros e relatórios exibindo tabelas, mapas,
gráficos etc. contendo variadíssima informação estatística sobre os mais variados fenómenos
características da actividade de um pais:

Segundo Crespo & Barbeta (2002 & 2004) Estatística é um método que nos auxilia a
interpretar e analisar grandes conjuntos de números. É, a ciência da análise de dados e é
considerada um ramo da matemática aplicada. Os dados podem ser recolhidos, organizados e
analisados podendo ser retiradas conclusões a partir dos mesmos. Por outras palavras, o termo
estatístico pode ser apresentado como um conjunto de instrumentos que podem ser utilizados
para recolher, classificar, apresentar e interpretar conjuntos de dados numéricos.

 Número de habitantes, de trabalhadores por profissão, de famílias com e sem casas,


de pequenas, media e grandes empresas, de importadores e exportadores.
 Distribuição de votos por região, reprovação e aprovação por nível e por disciplina,
o nível de infeção de HIV\SIDA por região, numero de professores e de escolas, etc.
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Qualquer cidadão tem de ser capaz de compreender, tirar ilações, criticar e escolher o que lhe
interessa, dessas informações que diariamente lhe chegam pelos meios de comunicação social.

2.2.1 Porque Estudar Estatística

O nome, estatística, é derivado da palavra latina "status". Originalmente essa palavra


significava "informações úteis ao Estado" (para fins de taxação, conhecimentos dos recursos
do país, da composição da população entre outros). Posteriormente, a palavra passou a
significar dados quantitativos que apresentavam tendência de flutuarem de uma forma mais
ou menos imprevisível, significado esse que permanece até hoje quando se falam em
estatísticas de, por exemplo, acidentes de trabalho, do número de nascimentos ou mortes, etc.
Lima (2003)

Mais recentemente, a palavra passou a significar a ciência que diz respeito à coleta,
organização e análise dos dados quantitativos de tal forma que seja possível efetuar
julgamentos racionais sobre os mesmos. A estatística tem também a função de auxiliar do
método científico, especialmente no panejamento experimental, na coleta de dados, na
interpretação analítica dos experimentos (análise dos dados experimentais) e na estimação dos
parâmetros da população. Em alguma fase de um trabalho nos deparamos com o problema de
analisar e entender um conjunto de dados relevantes ao nosso particular objetivo de estudo. É
necessário trabalhar os dados para transformá-los em informações, para compará-los com
outros resultados, ou ainda para julgar a adequação de alguma teoria ou hipótese. De modo
bem geral, podemos dizer que a essência da Ciência é a observação e que o seu objetivo
básico é a inferência. Além disso, o uso de técnicas computacionais pode parecer um
problema para o pesquisador ou estudante cujo treino e interesse não envolva a matemática,
entretanto, a estatística é uma realidade na literatura científica e especializada. Então,
julgamos razoável que o profissional das áreas de matemática adquira um mínimo de
conhecimento técnico sobre estatística. Outro resultado do estudo da estatística é a
familiarização com os termos técnicos da área, uma vez que a falta de conhecimento de certos
termos pode resultar na total incompreensão de um artigo científico, ou de uma exposição de
ideias e hipótese de pesquisadores e profissionais que possuem tal conhecimento.

Apesar de ser utilizada por outros pensadores, esses métodos utilizados pela estatística na
matemática surgiram pelas teorias da probabilidade entre correspondências de Pierre de
Fermat e Blaise Pascal em 1654 e com Christian Huygens em 1657, mais nada concreto foi
estabelecido até o ano de 1722 com a criação da teoria dos erros com a obra Opera
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Miscellanea de Roger Cotes, e desenvolvida e aprimorada no ano de 1774 por Pierre-Simon


Laplace.

Onde ele aplicava as regras de combinação e observação dos princípios da teoria da


probabilidade, utilizando os erros através de uma curva, outros pensadores contribuíram para
o aprimoramento na estatística ate os dias atuais sendo utilizada para coletar dados em várias
áreas, estabelecendo a margem de erros, e acertos.

A partir do século XX foram surgindo instrumentos para serem utilizados em outras áreas fora
da matemática, como agronomia, a saúde, controle de qualidade, nas indústrias químicas, e na
própria economia social, hoje a utilização da estática se expandiu de tal forma, que
dificilmente alguém não utilize a estatística no seu dia-a-dia.

2.3. Variáveis

A Estatística ocupa-se fundamentalmente das propriedades das populações cujas


características são passíveis de representação numérica, tais como resultado de medições e
contagens. Essas características da população são comumente chamadas de VARIÁVEIS. As
características ou variáveis podem ser divididas em dois tipos: qualitativas e quantitativas.

2.3.1. Variáveis qualitativa

Quando o resultado da observação é apresentado na forma de qualidade ou atributo.


Dividem-se em:

2.3.1.1. Variáveis nominais

Quando podem ser separadas por categorias chamadas de não mensuráveis. Exemplo: a cor
dos olhos, tipo de acomodação, marcas de carro, sexo, etc.

2.3.1.2. Variáveis ordinais

Quando os números podem agir como categorias ou ordenações. Como sugere o nome, elas
envolvem variáveis que representam algum elemento de ordem. Uma classificação em anos
pode ser um exemplo clássico. A classificação deste tipo de variáveis geralmente causa
confusão. Exemplo: Grau de satisfação da população moçambicana com relação ao trabalho
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de seu presidente (valores de 0 a 5, com 0 indicando totalmente insatisfeito e 5 totalmente


satisfeito).

2.3.2 Variáveis quantitativas

Quando o resultado da observação é um número, decorrente de um processo de mensuração


ou contagem. Dividem-se em:

2.3.2.1.Variáveis contínuas

São aquelas que podem assumir qualquer valor num certo intervalo (contínuo) da reta real.
Não é possível enumerar todos os possíveis valores. Essas variáveis, geralmente, provém de
medições.

Exemplo: a altura dos alunos é uma variável contínua, pois teoricamente, um aluno poderá
possuir altura igual a 1,80m, 1,81m, 1,811m, 1,812m… (medições: peso, estatura, etc.).

2.3.2.2. Variáveis discretas

São aquelas que podem assumir apenas valores inteiros em pontos da reta real. É possível
enumerar todos os possíveis valores da variável.
Exemplo: número de alunos de uma escola, número de mensagens em uma secretária
eletrônica, etc.
As variáveis podem ser resumidas da seguinte maneira:

Nominal (sexo, cor dos


Qualitativa olhos,…)

Variáveis Ordinal (classe social, grau de intuicao,…)

Quantitativa Continua (peso, altura…)

Discrete (numero de ffilhos, numero de


carros)

2.4. Importância da estatística na análise da pesquisa quantitativa

A Estatística e os Métodos Quantitativos proporcionam uma maior maleabilidade no estudo


dos problemas, a sua utilização proporciona uma maior facilidade, velocidade, confiabilidade
e abrangência de casos, quando se busca estudar uma determinada realidade na qual se insere
ou se pretende inserir uma política pública.
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O método quantitativo é conclusivo, e tem como objectivo quantificar um problema e


entender a dimensão dele. Em suma, esse tipo de pesquisa fornece informações numéricas
sobre o comportamento do consumidor. Quando o pesquisador opta por utilizar a pesquisa
quantitativa para a coleta e análise dos dados do seu estudo, ele automaticamente abdica de
dados subjectivos e passíveis de dupla interpretação, pois quando se fala em pesquisa
quantitativa estamos falando dados expressos através de medidas estatísticas.

Os Métodos Quantitativos têm importância nas pesquisas, pois consistem no


acompanhamento da realização de pesquisas, auxiliando os intervenientes a aplicar os
métodos e técnicas aprendidos na disciplina. O ensino de técnicas de pesquisa quantitativa
proporciona aos intervenientes a adquirir uma visão analítica e prática quanto ao estudo dos
problemas públicos, os quais envolvem vários atores e instituições, e buscar soluções para
eles utilizando-se de instrumentos que o auxiliem a tomar decisões de forma mais efetiva.

2.5. A fase de experimentação

Diferentemente das técnicas estatísticas utilizadas pela Escola Biométrica, as pesquisas


científicas de natureza experimental exigiam tratamento adequado às pequenas amostras, com
objetivo inferencial, conforme revelaram os trabalhos pioneiros de Gosset, que se tornou
conhecido pelo seu pseudônimo de Student. Esses trabalhos foram continuados no mais alto
nível teórico por R. A. Fisher, a figura mais representativa da Fase da Experimentação,
considerado o criador dos métodos modernos da Análise e Delineamento de Experimentos.

Ronald Aylmer Fisher (1890 – 1962) nasceu em Londres, no dia 17 de fevereiro de 1890, e
faleceu em Adelaide, na Austrália, a 29 de julho de 1962. Após terminar seus estudos
secundários em Harrow, que com Eton eram as mais famosas escolas públicas da Inglaterra
(que, na verdade, de públicas só têm o nome), matriculou-se, em 1909, no curso de
Matemática da Universidade de Cambridge, com uma bolsa de estudos para o Gonville and
Caius College. Em 1912, bacharelou-se, mas continuou por mais 1 ano estudando Mecânica
Estatística e Física Quântica com Sir James Jeans, e Teoria dos Erros, com F. M. J. Stratton,
ambos renomados astrônomos.

Durante sua vida profissional, iniciada em 1912, ainda como estudante universitário, e que se
estendeu por meio século, até sua morte, fez contribuições teóricas fundamentais à Estatística
e à análise e delineamento de experimentos que, por si, já garantiriam sua fama de um dos
maiores cientistas do século. Além dessas contribuições, Fisher foi também um eminente
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geneticista, exemplo raro da combinação de talento matemático e de cientista natural no mais


elevado sentido, o que bem revela a versatilidade de seu gênio.

2.6. Estatística na Era Atual

A era actual caracteriza-se pelo aumento gradativo de matematização da estatística e da


influência crescente do uso dos computadores. Na década de 40, a estatística teórica podia ser
compreendida por alguém com conhecimento razoavelmente, bom em Matemática. A
situação mudou muito, a ponto de a maioria dos estatísticos não conseguir, atualmente, ler os
artigos publicados, dado seu alto grau de sofisticação matemática, mesmo nas revistas
supostamente de caráter aplicado. Entretanto, deve ser dito que a Estatística não é
propriamente Matemática, nem mesmo matemática aplicada. Como lida com a coleta, a
análise e a interpretação de dados, inclui, naturalmente, muita conjetura sagaz, diferente do
rigor da demonstração matemática, para não mencionar o raciocínio indutivo envolvido na
inferência estatística. Evidentemente, saber Matemática é importante para um estatístico e
quanto mais melhor, pois a teoria estatística não envolve apenas conceitos, necessitando
também ser formalizada. Contudo, conhecer Matemática, embora necessário, não é suficiente
para formar um estatístico.

Segundo Cox (1997), os anos de 1925 a 1960 podem ser considerados a época áurea do
pensamento estatístico. Este período abrangeu a maior parte dos trabalhos sobre inferência de
Fisher, Neyman, Egon Pearson e Wald, além do desenvolvimento dos delineamentos
experimentais e levantamentos por amostragem, assim como as ideias fundamentais sobre
séries temporais e análise multidimensional, e as contribuições bayesianas objetivas de Sir
Harold Jeffreys (1891 – 1989) e as subjetivas de Bruno de Finetti (1906 – 1985) e L. J.
Savage. O controlo estatístico da qualidade e os ensaios clínicos casualizados também já
estavam firmemente estabelecidos. Embora tenham sido publicados importantes trabalhos
entre 1960 e 1985, esse período foi primariamente de consolidação das idéias anteriormente
desenvolvidas. No início deste período, a maioria dos estatísticos já tinha acesso aos
computadores eletrônicos, mas a obtenção dos resultados era ainda tarefa demorada. O
expressivo aumento subsequente dos recursos de computação e de sua disponibilidade
proporcionaram novos desenvolvimentos e facilitaram sobremodo a implementação dos
métodos correntes. Visto num prazo mais longo, houve uma verdadeira explosão do assunto,
como mostra a quantidade de trabalhos publicados, o surgimento de novas revistas e a
quantidade de profissionais comprometidos na área. Se os estatísticos como um todo
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continuarem envolvidos em importantes atividades científicas, tecnológicas e de negócios


públicos, se novas idéias forem encorajadas e, especialmente, se as alarmantes tendências de
fragmentação do assunto puderem ser evitadas, conforme declara Cox, são fortes as
perspetivas de um novo período de grandes inovações.

David Roxbee Cox (1924) é um dos mais prolíferos estatísticos da era atual, conforme mostra
o artigo A Conversation with Sir David Cox, de Nancy Reid (1994), co-autora de seu último
livro The Theory of the Design of Experiments (Cox & Reid, 2000). Uma versão não-
matemática desse assunto já havia saído intitulada Planning of Experiments (Cox, 1958c),
muito apreciada pelos estudiosos das ciências experimentais. Ele é autor e coautor de mais de
200 artigos e mais de 15 livros. Além dos mencionados, merecem ser citados: Cox & Miller
(1965), cujo assunto, como é sabido foi iniciado por Andrey Andreyvich Markov (1856 –
1922), nas chamadas cadeias de Markov; Cox (1970), Cox & Hinkley (1974) e Cox & Oakes
(1980), entre outros. Dos artigos publicados, salientam-se os de Cox (1958a; 1958b;1972),
para citar apenas os de maior repercussão.

Nas décadas de 40 e de 50, as máquinas de calcular manuais e elétricas tornaram-se comuns.


O cálculo da soma dos quadrados de uso corrente na nova era facilmente obtido, bem como a
soma de produtos que facilita, também, a análise de regressão. Entretanto, faltava qualquer
capacidade de programação, só trazida pelos computadores eletrônicos que acarretaram
grande economia de tempo e de mão de-obra. Imagine fazer a inversão de uma matriz de
ordem elevada ou o ajustamento de uma regressão múltipla com muitas variáveis, com uma
máquina de calcular. Atualmente, um estatístico que não usa o computador é como uma
espécie em extinção, cada vez mais raro de ser encontrado. Contudo, a realização de qualquer
operação com um computador requer a existência de um programa apropriado, como por
exemplo, o Statistical Analysis System – SAS) –, o Statistical Package for Social Siences –
SPSS –, o Genstat, poderoso programa orientado primariamente para a análise de dados de
experimentos planejados e para técnicas de análise multidimensional, e vários outros
conhecidos pelas respectivas siglas. Os computadores são providos por uma ou mais
linguagens, tais como a Fortran (Formula Translator), desenvolvida pela International
Business Machines Corporation – IBM –, apropriada para trabalhos de natureza científica, e a
Cobol (Common Business Oriented Language), mais usada no mundo dos negócios, por
exemplo. Maiores detalhes sobre computadores podem ser vistos nos artigos de Herman Otto
Hartley (1912 – 1980) em Hartley (1976), e de Nelder (1984), bem como no Capítulo 10,
Computer Programs for Survey Analysis da 4ª edição do livro de Yates (1981). Entre outros
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assuntos, Hartley trata da simulação de processos estocásticos pela geração de números


aleatórios, conhecida por métodos Monte Carlo, de importante impacto na construção de
modelos matemáticos. O leitor interessado nesse tema deve ler o livro de Meyer (1954).

Os “cérebros eletrônicos” – como foram chamados inicialmente os computadores – têm feito


verdadeiras maravilhas, a ponto dos entusiastas da Inteligência Artificial acreditarem que,
com o tempo, será possível duplicar qualquer atividade da mente humana, já que esta é
também uma máquina. Entretanto, outros argumentam que o processo criativo da mente
humana é de natureza diferente e jamais será reproduzido numa máquina.
O uso intensivo dos computadores afastou o estatístico do escrutínio inteligente dos dados,
com consequências maléficas, se não forem utilizados com sabedoria, pois como diz Yates
“os computadores são bons serventes, mas maus mestres”.
Atualmente os dados estatísticos são obtidos, classificados e armazenados em
meios magnéticos e disponibilizados em diversos sistemas de informações acessíveis a
pesquisadores/gestores, cidadãos e organizações da sociedade, que, por sua vez, podem
utilizá-los para o desenvolvimento de suas atividades. A expansão no processo de obtenção,
armazenamento e disseminação de informações estatísticas tem sido acompanhada pelo
rápido desenvolvimento de novas técnicas e metodologias de análise de dados estatísticos.
Praticamente todas as informações divulgadas pelos meios de comunicação provêm
de alguma forma de pesquisas e estudos estatísticos. O crescimento populacional, os índices
de inflação, emprego e desemprego, o custo da cesta básica, os índices de desenvolvimento
humano são alguns exemplos de pesquisas divulgadas pelos meios de comunicação e que
se utilizam dos métodos estatísticos.
Na área tecnológica, a corrida espacial criou diversos problemas relacionados ao
cálculo da posição de uma nave espacial, cujos cálculos dependem de teorias estatísticas mais
avançadas, considerando que estas informações, como sinais de satélite, são recebidas de
forma aleatória e incerta (ENCE, 2010).
Na engenharia agronômica a estatística tem sido utilizada de forma constante em
diferentes aplicações. A Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA) utiliza
métodos estatísticos visando ao aprimoramento de produtos agrícolas, para definir quais os
modos mais eficientes de produzir alimentos.
Na pesquisa científica, a estatística é empregada desde a definição do tipo de
experimento, na obtenção dos dados de forma eficiente, em testes de hipóteses, estimação

2.7. Gráficos estatísticos


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É uma representação de informações obtidas em pesquisas por meio de formas geométricas


para facilitar a leitura dos dados. Gráfico é uma representação geométrica de um conjunto de
dados usada para facilitar a compreensão das informações apresentadas nesse conjunto.
Gráficos ajudam a identificar padrões, verificar resultados e comparar medidas de forma ágil.
Além disso, eles podem ser usados de diversas formas e em diferentes áreas do conhecimento.
(Brasil Escola).

2.7.1. O objetivo do gráfico

O objetivo do gráfico é passar para o leitor uma visão clara do comportamento do fenômeno
em estudo, uma vez que os gráficos transmitem informação mais imediata do que uma tabela.
A representação gráfica de um fenômeno deve obedecer a certos requisitos fundamentais:
 Simplicidade: O gráfico deve ser destituído de detalhes de importância secundária;
 Clareza: o gráfico deve possibilitar uma correta interpretação dos valores
representativos do fenômeno em estudo;
 Veracidade: o gráfico deve ser a verdadeira expressão do fenômeno em estudo.

2.7.2. Elementos básicos param todo tipo de gráfico

São as partes que compõem o desenho gráfico. Um gráfico pode ter vários elementos, alguns
são exibidos por padrões, enquanto outros podem ser adicionados conforme necessário.
Também é possível remover os elementos de um gráfico que não deseja exibir.

2.7.2.1. Título

Presente na maioria dos gráficos, o título tem o objetivo de orientar o leitor e ajuda-lo a
interpretar o gráfico. Apresenta de forma clara e direta o que as informações presentes no
gráfico representam e, algumas vezes, a unidade de medida usada para essas informações ou
alguma transformação para ela;

2.7.2.2. Legenda

As legendas identificam os diferentes grupos de dados no gráfico é usada para identificar


as informações apresentadas no gráfico, separadas por cor ou por machurra;
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2.7.2.3. Fonte de  pesquisa

site, blog, página, pesquisa, jornal, revista ou qualquer outra fonte para a construção
do gráfico.

2.8. Tipos de gráficos existentes

Existe uma grande veracidade de tipos de gráficos, dentre os quais destacarei os de colunas ou
barras, pizza, área ou de linha e rede. Juntamente aos gráficos em barra, são os mais
utilizados. Indicam geralmente dado qualitativo sobre diferentes variáveis, lugares ou setores
e não dependem de proporções. Existe uma grande variedade de gráficos estatísticos com o
fim de responder as mais variadas situações. Eis alguns tipos de gráficos

2.8.1. Gráfico de Barras

São feitos por meio de retangulos para representar a quantidade relativa a cada informação.


Esses retângulos são alinhados por sua base, e sua altura varia de acordo com a variação da
grandeza que eles representam. Além disso, cada barra (retângulo) está relacionada a uma
informação, que pode ser um período, pessoa etc. É o mais adequado para variáveis discretas,
mas também pode ser utilizado para variáveis qualitativas ordinais, ou ainda, para variáveis
qualitativas nominais cujos nomes das categorias são pequenos.

 Exemplo:

Numero de Alunos da Escola Secundaria Paulo Cristiano Paulo, por


Serie
40

35

30
Setimo ano
25
Oitavo ano
Nono ano
20

15

10

0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: Autor (Excel)


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Esse gráfico também poderia ser apresentado por meio de barras horizontais. Note que a
legenda é feita para que cada cor represente uma turma da escola. O contexto do gráfico fica
evidente no título usado. Esse gráfico não possui fonte explícita porque foi criado apenas para
esse exemplo.

2.8.2. Gráfico de Área ou de Linhas

Um gráfico de área é um gráfico de linhas, onde a área entre a linha e o eixo é sombreada com
uma cor. Estes gráficos normalmente são utilizados para representar os totais acumulados ao
longo do tempo e são a forma convencional de exibir as linhas empilhadas os
gráficos de linhas mostram a trajetória da variação dos dados de acordo com a evolução da
grandeza que está no eixo horizontal do gráfico. Transformando o gráfico do exemplo anterior
em um gráfico de linhas, teremos:
40
Numero de alunos da escola secundaria cristiano Paulo Taimo,
35 por serie
30

25

20 Setimo ano
Oitavo ano
15 Nono ano

10

0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: autor (Excel)

2.8.3. Gráfico de Sectores

Os gráficos de setores também são chamados de gráficos de pizza. Para construí-los, basta


dividir um circulo em setores circulares – que se assemelham a fatias de pizza –
proporcionalmente a cada informação.
No exemplo anterior, seriam necessários três gráficos de pizza, um para cada série, pois cada
gráfico de pizza corresponde a uma das colunas usadas na tabela. Cada gráfico de pizza
também pode representar uma linha da tabela, mas no exemplo que estamos analisando,
optamos pelo contrário.
O grafico a seguir mostra apenas o número de alunos do sétimo ano dos anos de 2014 a 2018.
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Numero de alunos do 8ᵃ Classe ano da escola secundaria


Cristiano Paulo Taimo, por ano

2014
12%
2015
32% 2016
18% 2017
2018

15% 22%

Fonte: autor (Excel)


Os setores desse gráfico são obtidos por regra de três. Soma-se o número de alunos existentes
de 2014 a 2018. Esse total é igual ao ângulo central de todo o gráfico: 360°. Depois, basta
descobrir o ângulo central relativo ao número de alunos de cada ano e construir
o setor circular respectivos dentro do gráfico.
No nosso dia-a-dia os principais objetivos de um gráfico é possibilitar uma visualização mais
rápida, e de forma mais agradável e atrativa para à maioria das pessoas, de um conjunto de
dados ou valores. Sua importância está ligada à facilidade e rapidez com que podemos
interpretar as informações visuais.
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III. Conclusão

Com base no estudo feito, conclui-se a estatística surgiu quando governos se interessaram em


obter informações quantitativas e qualitativas sobre suas riquezas, tributos, populações e
moradias. No Egito antigo, por exemplo, faraós já ordenavam registros estatísticos de suas
colheitas, também acrescentar que a resolução de exercícios relacionados ao tema supra
citado, é alicerçado pelo domínio de algumas operações matemáticas básicas, como é o caso
das técnicas de resolução de problemas de estatística, no entanto, o estudo da estatística, com
fundamentação matemática, só se conseguiria com a criação do cálculo das probabilidades e a
sua aplicação aos fenómenos sociais, a estatística deixa de ser, então, um amontoado de dados
para se transformar num instrumento de analise, de síntese e previsão das soluções nos casos
mais diversos. Além disso, conclui-se que a resolução de exercícios sobre estatística as regras
de sua resolução deve ser vistas como um ponto de partida imprescindível.
Portanto, a resolução de exercícios sobre estatística, com efeito, nos nossos dias, a sua
utilização passou a ser imprescindível, quer a nível nacional e internacional quer a nível de
empresas, quer a nível individual, procurando situações e elaborar planos que permitem a
tomada das decisões mais adequadas aos problemas apresentados, é uma estratégia para o seu
entendimento, uma vez que proporciona ampla visão sobre os seus subtemas, para além de
proporcionar mais domínio no conteúdo.
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IV. Referências Bibliográficas

KAUARK, F. (2010). Metodologia da Pesquisa: um guião Pratico. Itabua: Via Litterarum.


LAKATOS, E. M. (2003). Metodologia do trabalho científico. (4ª ed). São Paulo: Editora
Atlas.
PINTO, H. S. & NEVES, I. C. (1994). Métodos quantitativos: edições ASA. Lisboa.
CRESPO, A. A. (2002). Estatística Fácil. 17ª Ed. Editora Saraiva. São Paulo.
BARBETA, P. A. (2004). Estatística Aplicada as Ciências Sociais. 5ª Ed. Da UFSC,
Bragança Portugal.
LIMA, Y & GOMES, F. X. (2003). Matemática 12º. Editorial o livro: Lisboa.
WILTON DE O. & BUSSAB P. A. M. (2010). Estatistica Basica: Editora: Saraiva 6. Ed. –
São Paulo.
FONSECA, Da, J. S. (2011). Curso de Estatística: editora: Atlas S.A. 6ª ed. São Paulo.
SILVA, L. P. M. (2022). O que é gráfico, matemática: editora Brasil Escola.
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e-grafico.htm#

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