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(Trabalho de Matemática – 10ª Classe, Ta “D”)

OS DISCENTES: A DOCENTE

Nazário Alberto – N° 84 Prof. Adérito

Bela Valdemiro dos Santos Capete – N° 17

Jonito Pedro Sumaila – N° 71

Espinaldo Álvaro Sabão – N° 109

Diogo Rafael – N° 37

Nampula, Outubro de 2016

1
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
1. Breve historial da Estatística...................................................................................................4
1.1. O conceito estatística e a importância de estudar estatística................................................4
2. População e amostra...............................................................................................................5
2.1. População.............................................................................................................................5
2.2. Amostra................................................................................................................................5
2.2.1. Razões para a utilização da amostra.................................................................................6
3. Variáveis e sua classificação...................................................................................................7
3.1.Variáveis Quantitativas.........................................................................................................7
3.2. Variáveis Qualitativas (ou categóricas)...............................................................................7
4. Frequências absolutas e relativas............................................................................................8
4.1. Frequência absoluta.............................................................................................................8
4.2. Frequência relativa...............................................................................................................8
4.3. Frequências acumuladas......................................................................................................9
4.3.1. Frequência absoluta acumulada........................................................................................9

4.3.2. Frequência relativa acumulada.........................................................................................9

5. Medidas de tendência central (moda, mediana e valor médio).............................................12

5.1. Moda..................................................................................................................................12
5.2. Mediana..............................................................................................................................12
5.3. Média ou valor médio........................................................................................................13
5.3.1. Média Ponderada............................................................................................................13
6. Gráficos circular e barras......................................................................................................15
6.1. Gráfico circular..................................................................................................................15
6.1.1. Definição dos sectores circulares....................................................................................15
6.2. Gráfico de barras................................................................................................................17
6.2.1. Construção do gráfico de barras.....................................................................................17
Conclusão..................................................................................................................................18
Agradecimentos........................................................................................................................18
Bibliografia...............................................................................................................................19

2
Introdução
O presente trabalho da disciplina de Matemática tem como tema: Estatística. O mesmo
pretende desenvolver os seguintes conceitos:
i. Breve historial da estatística;
ii. População e amostra;
iii. Variáveis e sua classificação;
iv. Frequências absolutas e relativas;
v. Medidas de tendência central: moda, mediana e valor médio;
vi. Gráficos: circular e barras.
Desta forma, neste trabalho pretende-se apresentar os conceitos principais relacionados com
os métodos de recolha e apresentação de dados, bem como das medidas estatística próprias
para análise e interpretação dos dados recolhidos. Em suma, pretende-se desenvolver cada um
dos aspectos presentes na definição de Estatística.
Ao longo do trabalho encontram-se conceitos e exercícios resolvidos com vista a
consolidação dos conteúdos tratados.
Quanto à estrutura, o trabalho está organizado em índice, introdução, desenvolvimento e
conclusão. O mesmo resulta de uma consulta de livros que tratam do tema em
desenvolvimento e todos os livros estão devidamente mencionados na bibliografia deste
trabalho.

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1. Breve historial da Estatística
Embora nas antigas civilizações (chinesa, egípcia e romana) já se fizessem inquéritos
destinados a obter informações sobre as populações e as riquezas económicas, permitindo aos
governantes fazer não só recrutamentos militares mas também lançar impostos sobre as
próprias populações, só bastante mais tarde (século XVIII) a palavra “ Estatística” foi usada
pelo professor Godofredo Achenwal (economista alemão 1719 - 1772) da Universidade de
Gottingen que a definiu como “a ciência das coisas que pertencem ao Estado”.

No entanto, o estudo da Estatística, com fundamentação matemática, só se conseguiria com a


criação do Cálculo das Probabilidades e a sua aplicação aos fenómenos sociais. A estatística
deixa de ser, então, um amontoado de dados para se transformar num instrumento de análise,
de síntese e previsão das soluções nos casos mais diversos.
Com efeito, nos nossos dias, a sua utilização passou a ser imprescindível, quer a nível
nacional e internacional quer a nível de empresas, quer a nível individual, procurando estudar
situações e elaborar planos que permitem a tomada das decisões mais adequadas aos
problemas apresentados.

1.1. O conceito estatística e a importância de estudar estatística


A palavra ESTATÍSTICA vem do STATUS (Estados em Latim). Como é do conhecimento
geral, a leitura de um simples jornal ou revista implica, hoje em dia, entender a linguagem dos
gráficos e dos números.
Em todos os campos da actividade humana, a informação é essencial as decisões dos
cidadãos, à vida das empresas, à sobrevivência dos estados.

Isto implica a profusão dos jornais, revista, livros e relatórios exibindo tabelas, mapas,
gráficos, … contendo variadíssima informação Estatística sobre os mais variados fenómenos e
características da actividade de um país:
 Número de habitantes, de trabalhadores por profissão, de família com e sem casas, de
pequenas, médias e grandes empresas, de importadores e exportadores.
 Distribuição de voto por região, reprovação e aprovação por nível e por disciplina, o
nível de infecção de HIV/SIDA por região, número de professores e de escolas, etc.

Algumas definições de estatística:

4
a) é uma colecção de métodos para planejar experimentos, obter dados e organizá-los, resumi-
los, analisá-los, interpretá-los e deles extrair conclusões;
b) é a ciência dos dados que envolve a colecta, a classificação, o resumo, a organização, a
análise e a interpretação da informação numérica;
c) é um conjunto de métodos e processos quantitativos que serve para estudar e medir os
fenómenos colectivos;

2. População e amostra
2.1. População
É um conjunto ou grupo de indivíduos ou objectos que apresentam pelo menos uma
característica em comum.
Por exemplo: os utentes de um plano de saúde, os membros de uma equipa de futebol, os
funcionários de uma empresa, os eleitores de um município, estado ou país, os alunos de uma
escola, os associados de um sindicato, os integrantes de uma casa e várias situações que
envolvem um grupo geral de elementos. A população também pode ser relacionada a um
conjunto de objectos ou informações.

A população pode ser finita ou infinita.


População finita: nesses casos o número de elementos de um grupo não é muito grande, a
entrevista e a análise das informações devem abordar a todos do grupo. Por exemplo:
As condições das escolas particulares na cidade de Nampula. Se observarmos o grupo
chegaremos à conclusão de que o número de escolas particulares na cidade Nampula é finito.

População infinita: o número de elementos nesse caso é muito elevado, sendo considerado
infinito. Por exemplo:
 O conjunto das pessoas da cidade de Nampula.

Observação: Na prática, quando uma população é finita, com um número grande de


elementos, considera-se como população infinita.

2.2. Amostra
Considerando-se a impossibilidade, na maioria das vezes, do tratamento de todos os
elementos da população, retira-se uma parte da população (amostra).

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Todo o subconjunto não vazio e com menor número de elementos do que o conjunto definido
como população constitui, por definição, uma amostra dessa população.
Por exemplo: 30 pessoas da cidade de Nampula.

Num estudo estatístico é sempre melhor usar uma população em vez de uma amostra, mas tal
nem sempre é possível.

2.2.1. Razões para a utilização da amostra


Algumas das causas que levam ao uso de uma amostra são:
 A população ser infinita;
 Economia de dinheiro e tempo;
 Comodidade (diminuição do número de documentos);
 Testes destrutivos (no estudo destroem-se os elementos, por exemplo: qualidade dos
fósforos, de vinho, etc.).
É necessário ter muito cuidado na escolha da amostra. Se não for bem escolhida todo o estudo
pode conduzir a conclusões erradas.
Na escolha de uma amostra deve ter-se em conta a imparcialidade, a representatividade e o
tamanho.
As características da amostra devem aproximar-se tanto quanto possível da população.
No caso da população moçambicana, amostra deve conter por exemplo, indivíduos do norte,
centro, e sul, do litoral e do interior, das cidades e do campo, homens e mulheres, jovens e
adultos.

Exercício resolvido:
Pretendia-se fazer um estudo sobre o número de irmãos dos alunos da 10ª classe de uma
Escola Secundária.
Para isso, efectuou-se um inquérito ao qual responderam 60 alunos.
Indique: a) a população em estudo
b) a amostra escolhida;
Resposta:
População em estudo: todos os alunos da 10ª classe da escola.
Amostra escolhida: os 60 alunos que responderam ao inquérito.

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3. Variáveis e sua classificação
Uma variável é a característica de interesse que é medida em cada elemento da amostra ou
população. Os seus valores variam de elemento para elemento. As variáveis podem ter valores
numéricos ou não numéricos.

As variáveis podem ser classificadas da seguinte forma:

3.1.Variáveis Quantitativas
São as características que podem ser medidas em uma escala quantitativa, ou seja, apresentam
valores numéricos que fazem sentido. Podem ser contínuas ou discretas.
i. Variáveis discretas
São características mensuráveis que podem assumir apenas um número finito ou infinito
contável de valores e, assim, somente fazem sentido valores inteiros. Geralmente são o
resultado de contagens. Exemplos: número de filhos, número de bactérias por litro de leite,
número de cigarros fumados por dia.
ii. Variáveis contínuas
São características medidas que assumem valores em uma escala contínua (na recta real),
portanto, podem se apresentar na forma de números decimais ou fraccionários. Usualmente
devem ser medidas através de algum instrumento. Exemplos: peso (balança), altura (régua),
tempo (relógio), pressão arterial, idade.

3.2. Variáveis Qualitativas (ou categóricas)


São as características definidas por várias categorias ou qualidades. Podem ser nominais ou
ordinais, apresentando-se em várias modalidades.
i. Variáveis nominais:
Não existe ordenação dentre as categorias ou qualidades. Exemplos: sexo, cor dos olhos,
fumante/não fumante, doente/sadio.
ii. Variáveis ordinais:
Existe uma ordenação entre as categorias ou qualidades. Exemplos: escolaridade (1ª, 2ª, 3ª
classe), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), mês de observação (Janeiro,
Fevereiro,..., Dezembro).

Quadro resumo dos tipos de variáveis:

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Quantitativas Discretas
Contínuas
Variáveis Qualitativas ou Categóricas Nominais
Ordinais
Exemplo:
Pretendia-se fazer um estudo sobre o número de irmãos dos alunos da 10ª classe de uma
Escola Secundária. Para isso, efectuou-se um inquérito ao qual responderam 60 alunos.
Indique a variável em estudo e classifique-a.

Resposta
Variável em estudo: Número de irmãos de cada aluno da 10ª classe. Esta variável é
quantitativa discreta.

4. Frequências absolutas e relativas


Neste título, vamos aprender a organização dos dados numéricos, sob a forma de tabelas. A
seguir são apresentadas os procedimentos para a reprodução das distribuições de frequências.

4.1. Frequência absoluta


Frequência absoluta do valor xi é o número de vezes que o elemento xi aparece na amostra, ou

é o número de elementos pertencentes a uma classe. Representa-se por (


f i)
Exemplo: para as idades dos estudantes de uma turma: 21, 21, 21, 22, 22, 23, 23, 24, 25, 25,
25, 25, 26, 26, 26, 28, 30, 31, 31, 32, 33, 33, 33, 34, 34, 34, 35, 35, 36.

3 é a frequência absoluta do valor 21 ou f (21) = 3.


2 é a frequência absoluta do valor 35 ou f (35) = 2.
Observação: A soma de todas as frequências absolutas é igual a população.

4.2. Frequência relativa


A frequência relativa de um valor x i é o quociente entre a frequência absoluta desse valor e o
número total da população. A frequência relativa pode apresentar-se:
fi
f r=
a) Por um número abstracto, n , desta forma 0¿ fr ¿ 1

8
fi
fr= ⋅100 %
b) Ou em percentagem, N
No nosso exemplo (idade dos estudante de uma turma) podemos calcular a frequência
relativa, dos estudantes com 26 anos de idade.
3 3 . 100
fr ( 26 ) = =0 ,1 ou fr ( 26 ) = =10 %
30 30
Observação: A soma de todas frequências relativas é igual a unidade ou a 100%.

4.3. Frequências acumuladas


As frequências absolutas e relativas podem ser acumuladas.

4.3.1. Frequência absoluta acumulada

Frequência absoluta acumulada do valor xi,


f a é a soma de todas as frequências absolutas dos
valores menores ou iguais a Xi.

4.3.2. Frequência relativa acumulada

Frequência relativa acumulada do valor xi,


f ra é a soma de todas as frequências relativas dos
valores menores ou iguais a Xi.
A seguir, vamos compor as tabelas das frequências.

Exemplo 1:
Podemos construir uma tabela com todas as frequências absolutas e relativas, acumuladas.
Xi fi fr Fa Fra
7 0 0 0 0
8 7 0,14 7 0,14
9 8 0,16 15 0,3
10 9 0,18 24 0,48
11 10 0,2 34 0,68
12 8 0,16 42 0,84
13 4 0,08 46 0,92
14 4 0,08 50 1,00
Total 50 1

9
Através desta tabela podemos obter respostas rápidas das perguntas sobre as frequências
acumulas:
 A Frequência absoluta dos estudantes com notas inferiores a 11 é 24 (ou seja, 24
alunos têm uma classificação menor ou igual a 11 / 24 alunos têm uma classificação
não superior a 11);
 A frequência absoluta dos estudantes com notas maiores ou iguais a 12 é 16 (ou seja,
16 alunos têm uma classificação maior ou igual a 12);
 A frequência relativa dos estudantes com notas maiores ou iguais a 10 é 0,48 ou 48%.
 A Percentagem dos estudantes com notas maiores que 9 é de 70% (ou seja, 70% dos
alunos têm uma classificação não inferior a 9).
Exemplo 2:
Suponhamos o seguinte conjunto de dados:
14 12 13 11 12 13 16 14 14 15 17 14
11 13 14 15 13 12 14 13 14 13 15 16
12 12
Para montarmos uma distribuição de frequências desses dados verificamos quais são os
valores não repetidos que existem e em uma primeira coluna de uma tabela colocamos esses
valores e na segunda coluna colocamos o número de repetições (aparecimentos) de cada um
desses valores.

a) Para o exemplo acima, a distribuição de frequências absolutas será:


Variável Frequência
11 2
12 5
13 6
14 7
15 3
16 2
17 1

A frequência de uma observação é o número de repetições/aparecimentos dessa observação


no conjunto de observações. A distribuição de frequência é uma função formada por pares de

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valores sendo que o primeiro é o valor da observação (ou valor da variável) e o segundo é o
número de repetições desse valor.
b) Frequências Relativas e Acumuladas
Para o exemplo acima também podemos calcular a frequência relativa referente a cada valor
observado da variável. A frequência relativa é o valor da frequência absoluta dividido pelo
número total de observações.
Variável Frequência absoluta Frequência relativa
11 2 2/26 = 0,0769
12 5 5/26 = 0,1923
13 6 6/26 = 0,2308
14 7 7/26 = 0,2692
15 3 3/26 = 0,1154
16 2 2/26 = 0,0769
17 1 1/26 = 0,0385
TOTAL 26 1,0000
Podemos também calcular as frequências acumuladas. Nesse caso existem as frequências
absolutas acumuladas e as frequências relativas acumuladas. 1

Variável frequência frequência frequência Frequência


absoluta relativa absoluta relativa acumulada
acumulada
11 2 2/26 = 0,0769 2 2/26 = 0,0769
12 5 5/26 = 0,1923 7 7/26 = 0,2692
13 6 6/26 = 0,2308 13 13/26 = 0,5000
14 7 7/26 = 0,2692 20 20/26 = 0,7692
15 3 3/26 = 0,1154 23 23/26 = 0,8846
16 2 2/26 = 0,0769 25 25/26 = 0,9615
17 1 1/26 = 0,0385 26 26/26 = 1,0000
TOTAL 26 1,0000

1
Observe que os valores da última coluna (frequência relativa acumulada) podem ser calculados de duas
maneiras. Na primeira, tal como é feito na tabela a seguir, dividimos o valor da frequência absoluta acumulada
pelo total de observações. Na segunda maneira, acumulamos o valor da frequência relativa. Este último método
pode levar a acúmulos de erros, de forma que o último valor de frequência relativa acumulado se distancie
consideravelmente de 1.
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5. Medidas de tendência central (moda, mediana e valor médio)
Medida de tendência central é um valor único que tenta descrever as características de um
conjunto de dados, identificando uma posição central dentro do conjunto de dados.
As medidas de tendência central são muito importantes na interpretação dos dados
estatísticos. Neste trabalho, vamos falar da média, modas e mediana para dados não
agrupados em classes.

As Medidas de Tendência Central mais comuns: Moda; Mediana, e Média.

5.1. Moda
Chama-se Moda (ou valor modal) da distribuição de frequências ao valor da variável que

corresponde a maior frequência. Representa-se por


Mo.
Existem séries estatísticas com duas modas (bimodal), com três modas (trimodal), etc.
Também existem séries/distribuições em que não existe a moda (amodal ou plurimodal).
Exemplo: considerando os dados,
xi 1 2 3 4
fi 1 3 5 2
De dados não agrupados em classe a moda é o valor três (Mo=3) porque tem a maior
frequência absoluta.

5.2. Mediana
A mediana é a medida de posição que divide a série estatística em duas partes iguais, ou seja,

é o valor da variável estatística precedido por 50% das observações. Representa-se por
Me.
Para a sua determinação é necessário que os dados estejam ordenados.
a) Variáveis discretas ou dados simples
- Se Número de valores observados for ímpar.
Me = valor central depois da ordenação dos valores observados por ordem crescente.
- se o Número de dados observados for par
Me = média aritmética dos dois valores mais centrais depois da ordenação dos valores
observados por ordem crescente.
b) Para dados agrupados em classe/variáveis continuas

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N
−F ac−1
A mediana em classe é dada por: 2 , onde: li-é o limite inferior da classe
M e =Li + ∙h
fi
mediana. N/2-é a metade do tamanho amostral e indica a posição da classe mediana. Fac- 1 é a
frequência acumulada da classe anterior a mediana. Fi é a frequências absoluta da classe
mediana.

Exemplo:
a) A mediana do conjunto de números 2, 3, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 é Me = 5
b) Para o conjunto 2, 3, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, a mediana será:
x 5+ x 6 5+ 6
M e= = =5 , 5
2 2
c) Qual a mediana dos seguintes valores da tabela?

xi 1 3 6 8 12 15
fi 4 6 3 9 10 8

Para calcular a mediana começando por ordenar os dados para achar o valor do meio, será um
processo mais laborioso. Vamos recorrer a tabela de frequências acumuladas.

xi fi fa Como o número de dados é par, a mediana é a média dos dois dados


1 4 4 centrais, x20 e x21. Pela tabela vê-se que o 20º e 21º dado tem valor 8;
3 6 10 logo, Me = 8.
6 3 13 A mediana é o valor a que corresponde a primeira frequência acumulada,
8 9 22 n
12 10 32 maior do que 2 (metade do efectivo).
15 8 40

5.3. Média ou valor médio


Média aritmética ou valor médio de um conjunto de valores X 1, X2, X3,…,Xn, é a soma de
todos os valores de um grupo de dados dividida pelo número de dados.
x 1 + x 2 + x 3 +. ..+ x n
x=
n

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Exemplo:
A média aritmética simples de valores 3, 7, 8, 12, 15, é:

3+ 7+8+12+15 45
X= = =9
5 5

5.3.1. Média Ponderada


Se x é uma variável discreta que toma os valores x 1, x2, x3, …, xn com as frequências absolutas
f1, f2, f3, …fn respectivamente, a média aritmética será dada por
n

− f 1 x 1 + f 2 x 2 + f 3 x 3 +. ..+ f n x n − ∑ f i xi
X= X = i=1
N ou N

Neste caso, diz-se que X é a média ponderada pelas respectivas frequências.

Exemplo:
Determine a média na seguinte distribuição:
xi 1 2 3 4
fi 1 3 5 2

Uma maneira mais prática de calcular é compor a tabela seguinte:


xi fi Xi . fi
1 1 1
2 3 6
3 5 15
4 2 8
Total N=11 30

x=
∑ f i⋅x i =30 =2 ,72
N 11

6. Gráficos circular e barras

6.1. Gráfico circular


Um gráfico circular ou sectograma é representado através de um círculo dividido em sectores
circulares, sendo as suas áreas directamente proporcionais às frequências correspondentes. Ou
seja, a amplitude do ângulo ao centro de cada sector circular é directamente proporcional à
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frequência que representa. É a representação gráfica da frequência relativa (percentagem) de
cada categoria de uma variável. Este gráfico é utilizado para variáveis qualitativas nominais e
ordinais. É uma opção ao gráfico de barras quando se pretende dar ênfase à comparação das
percentagens de cada categoria.

6.1.1. Definição dos sectores circulares


Na construção de um gráfico circular, a questão central diz respeito à definição e sectores
circulares correspondentes às diferentes frequências. Para definir os sectores circulares
recorre-se a seguinte relação:
A amplitude de 360º faz-se corresponder à frequência total.
De seguida, calcula se as amplitudes correspondentes as diferentes frequências recorrendo se
a uma regra de três simples em que:

360º ---n
e que se lê «360º esta para n assim como… (por exemplo x esta para 2).
Ou, a amplitude do ângulo ao centro de cada sector circular obtém-se, em graus,
multiplicando a frequência relativa por 360º.

Exemplo: vamos calcular as amplitudes dos ângulos dos diferentes sectores para a variável
idade no universo dos alunos de uma turma.
x i (idade) fi fr f r⋅360 ° (amplitude do ângulo em graus)

13 2 0,09 32,4
14 7 0,30 108
15 9 0,39 140,4
16 3 0,13 46,8
17 2 0,09 32,4
Total 23 1 360º

Gráfico circular correspondente:

15
Idade dos alunos da turma
13% 9% 9%

13
30% 14
15
16
17

39%

Carac
terísticas:
 A área do gráfico equivale á totalidade de casos (100%);
 Cada “fatia” representa a percentagem de cada categoria.
Observação: O gráfico deve ter um título adequado.

6.2. Gráfico de barras


Nestes gráficos os dados são representados por meio de barras da mesma largura e com
alturas correspondentes às frequências.
Num gráfico de barras, a cada valor da variável em estudo corresponde uma barra de área
directamente proporcional à frequência correspondente. Sendo as bases das barras iguais,
então as alturas são directamente proporcionais às respectivas frequências.

6.2.1. Construção do gráfico de barras


Para traçar um gráfico de barras, marca-se sobre o eixo das abcissas (de um sistema de dois
eixos coordenados rectangulares) os valores da variável X i e, sobre o eixo das ordenadas, os
valores das frequências fi ou fa.
Por cada um dos pontos marcadores sobre o eixo das abcissas traçam-se segmentos de recta
de comprimento igual à frequência respectiva.

As barras devem estar separadas por espaços iguais.


Os gráficos devem ter um título adequado.
16
Exemplo para o caso dos dados referentes à idade dos alunos de uma turma, acima:

Idade dos alunos de uma turma


Idade dos alunos da turma A

3
2 2

13 14 15 16 17

Observação: Este tipo de diagrama é indicado para comparar dados qualitativos e


quantitativos de tipo discreto.

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Conclusão
Ao fazer este trabalho notamos que etimologicamente a Estatística foi definida como a
Ciência das coisas que pertencem ao Estado. Nos nossos dias, a sua utilização passou a ser
mais vasta e necessária em todos ramos da ciência e a nível de empresas, assim como a nível
individual, procurando estudar situações e elaborar planos que permitem a tomada das
decisões mais adequadas aos problemas apresentados. Existem medidas que permitem
descrever um conjunto de dados colhidos, dentre eles, destacamos: a média, a moda e a
mediana. De forma resumida, a média é obtida dividindo a soma de todos os valores
observados na amostra com a quantidade dos mesmos valores. A moda é o valor que aparece
mais vezes nos dados observados, ao passo que, a mediana é o valor que aparece no meio de
um conjunto ordenado de dados observados. Neste trabalho também construímos tabelas de
frequências. São quadros que caracterizam a forma como os dados estão distribuídos, ou mais
vulgarmente, informam como os dados observados na amostra estão “repetidos”.

Agradecimentos
Um agradecimento para o nosso professor desta disciplina, também o agradecimento recai à
todos aqueles que nos apoiaram para que o trabalho tornasse uma realidade. Os nossos
agradecimentos vão aos nossos pais, que nos deram o prazer e a responsabilidade; que nos
nasceram nesta maravilhosa África continente do futuro, com abraço, pela honestidade e
educação informal que contribuíram para a nossa personalidade individual; aos nossos irmãos
que custeiam os nossos estudos. Nossa eterna gratidão.

Muito obrigado!

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Bibliografia
CUAMBE, Vasco. M10: Matemática 10ª classe. 1ª Edição: Texto editores. Maputo. 2011.
NHEZE, Ismael Cassamo e JOÃO, Rafael. Matemática 9ª classe. 2ª Edição: Diname. s/d.
SANDE, Lazaro Domingos. Estatística: Manual de Tronco Comum. UCM-CED. Beira –
Sofala. s/d.
SAPATINHA, João Carlos e GUIBUNDANA, Dinis. Saber Matemática 9ª classe. 1ª Edição.
Pearson Moçambique, Lda. Maputo. 2013.

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