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Índice

Introdução..........................................................................................................................2

Biblioteconomia................................................................................................................3

Etimológia da palavra....................................................................................................3

Aspecto histórico...........................................................................................................3

Conceito de Biblioteconomia.........................................................................................4

Biblioteconomia e Ciência da Informação........................................................................5

Cincos leis da biblioteconomia..........................................................................................6

Os campos de Biblioteconomia e Ciência da Informação em Angola..............................7

Biblioteca Nacional de Angola......................................................................................8

Rede de mediatecas de Angola......................................................................................8

Arquivo Nacional de Angola.........................................................................................9

Conclusão........................................................................................................................10
Introdução
A Biblioteconomia é considerada uma das mais antigas disciplinas que se ocupa do
acesso à informação e de sua transmissão porque está intrinsecamente ligada ao
surgimento da biblioteca.

O presente trabalho tem como objetivo principal ajudar a compreender o conceito


básico de biblioteconomia e apresentar a trajetória história da biblioteconomia em
Angola. Decorrem muitos problemas do estudo da biblioteconomia, uma delas é a
tendência de assemelhar a biblioteconomia a ciência da informação, neste trabalho
iremos apresentar as diferenças entre estas duas áreas do estudo da informação.

As tecnologias, efetivamente, impulsionam as mudanças de qualquer natureza. O


cenário atual em que vivemos, com as mudanças sociais e culturais advindas das novas
tecnologias de informação e comunicação, reconfigura a máxima importância que a
biblioteconomia merece.

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Biblioteconomia

Etimológia da palavra
O significado etimológico da palavra Biblioteconomia é composto por três elementos
gregos: biblion (livro); théke (caixa); nomos (regra) aos quais se adicionou o sufixo ia.
Etimologicamente, portanto, “biblioteconomia é o conjunto de regras de acordo com as
quais os livros são organizados em espaços apropriados: estantes, salas, edifícios”
(Fonseca, 2007, p. 1).

Assim, partindo da etimologia da palavra, podemos dizer que a Biblioteconomia está


intrinsecamente ligada à biblioteca. É oportuno, portanto, seguir os avanços das
bibliotecas na organização e armazenamento de documentos para assinalarmos as raízes
da Biblioteconomia.

Aspecto histórico
A história da Biblioteconomia é muito antiga e comumente associada ao surgimento da
escrita, mas seu nascimento oficial acontece com a criação da Biblioteca de Alexandria,
em 288 a.C., que tinha a finalidade de reunir e classificar todos os conhecimentos
registrados em forma documental.

Outras bibliotecas também extremamente importantes para a história da profissão são as


bibliotecas da Idade Média, inseridas nos conventos e nos mosteiros, também
denominadas bibliotecas monásticas, onde o acesso era restrito apenas ao clero e
a nobreza, que criam que ao ter toda a fonte de conhecimento, teriam também o poder.

No Renascimento, surge um novo tipo de biblioteca, também conhecidas como


particulares. Essas são consideradas as precursoras das bibliotecas modernas, cuja uma
das características é a acessibilidade dos livros ao público.

Mais tarde, Johannes Gutenberg cria a Imprensa, que permite, a partir do século XVI, a
disseminação da informação e a laicização do conhecimento. Com isso, começam a
surgir as bibliotecas nacionais no século seguinte, além de ser publicado o primeiro
livro destinado a apoiar a organização das bibliotecas: Avis pour dresser une
bibliothéque (1627), de Gabriel Naudé. A Revolução Francesa também é de grande
destaque por permitir o surgimento de bibliotecas públicas, e também marcar a
publicação da primeira enciclopédia.

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Conceito de Biblioteconomia
Biblioteconomia é uma disciplina teórico e prático que trata da sistematização dos
conhecimentos relativos a organização e administração de bibliotecas, incluindo todos
os procedimentos que envolvem a manutenção e atividades dessas instituições.

A necessidade de organizar, conservar e divulgar os documentos, desde o início da


escrita até a época moderna, levou as bibliotecas a criarem uma série de procedimentos
e métodos que, apesar de possuírem caráter eminentemente técnico, visando à resolução
de problemas práticos, formaram um conjunto de técnicas e de questões envolvendo a
rotina dessas técnicas que, ao longo do tempo, se constituíram na base da futura
disciplina Biblioteconomia.

Esta combinação de diferentes técnicas e procedimentos faz da biblioteconomia uma


área interdisciplinar e multidisciplinar do conhecimento que estuda as práticas,
perspectivas e as aplicações de métodos de representação, e gestão da informação e do
conhecimento, em diferentes ambientes de informação, tias como bibliotecas, centros de
documentação, e centros de pesquisa.

Logo, o bibliotecário é o profissional responsável por gerir informações através de


técnicas de organização, classificação e catalogação. Ele atua como um administrador
de dados, processando e divulgando informações. Além de livros, o bibliotecário
organiza revistas, jornais, documentos, fotos, imagens, vídeos e materiais digitais. Ele
atua na conservação e preservação destes materiais para que resistam ao tempo e ao
uso . Também faz parte de seu trabalho orientar as pessoas na busca e seleção de
informações.

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Biblioteconomia e Ciência da Informação
A Biblioteconomia e a Ciência da Informação são áreas inter-relacionadas que lidam
com a gestão da informação, mas elas têm focos e abordagens diferentes. Os saberes
biblioteconômicos estão voltados para a reflexão sobre a aplicação das práticas e
normas à criação, organização e administração de documentos, e os saberes da Ciência
da Informação estão voltados para a possibilidade de construção de referenciais teóricos
e de conquista de status científico.

A bibliotecnomia foi uma das primeiras áreas a se ocupar da informação como objecto
disciplinar. Ela se concentra na organizaão, classificação, catalogação e gestão de
informações em ambientes como bibliotecas e centros de documentação. O objectivo
principal da biblioteconomia é facilitar o acesso à informação para os usuários.

Por outro lado,a ciência da Informação é um campo interdisciplinar que se preocupa


com a análise, coleta, classificaçõ, manipulação, armazenamento, recuperação e
disseminação da informação. Ela nasceu da bilbioteconomia e expandiu o obejcto de
estudo para além das bibliotecas, abrangendo todas as formas de informação. A Ciência
da Informação lida com a informação para a formação de pesquisadores, incentivando a
investigação técnico-científica.

No entanto a biblioteconomia se difere da ciência da informação em grau e em função,


uma vez que, a biblioteconomia se cincentra mais na gestão prática de informações em
ambiente específicos como bibliotecas, a ciência da informação tem um escopo mais
amplo e lida com a teoria e prática da informação em uma variedade de contextos.

Após o surgimento da Ciência da Informação, devido a preocupação comum com os


problemas de produção, comunicação e efetiva utilização da informação registrada, a
relação entre as duas áreas se intensificou a tal ponto que passaram a ser confundidas
como uma só.

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Cincos leis da biblioteconomia
As cincos leis da biblioteconomia foram concebidas por Shiyali Ramamrita Rangathan,
um importante bibliotecário e matemático indiano, em 1924 e publicadas pela primeira
vez em 1931. Elas são consideradas a base para todas aas atividades biblioteconômicas,
como a aquisição, administração de bibliotecas, recuperação de informação,
classificação de indexação, atendimentos usuários, etc. Que são:

1. Livros são para uso: Esta lei enfatiza que os livros e outros materiais de
informação são destinados a serem usados. Cada parte de uma biblioteca, desde
a disposição dos livros até as políticas de biblioteca, deve se projetada para
garantir o uso dos matérias da biblioteca.
2. A cada leitor seu livro: esta lei sugere que para cada membro da comunidade
haverá algum item na biblioteca que será de interesse ou utilidade para o
indivíduo.
3. A cada livro seu leitor: esta lei é o inverso da segunda lei, sugere que cada item
na biblioteca tem um indivíduo ou indivíduos na comunidade que se
beneficiariam de sua informação.
4. Poupe o tempo do leitor: esta lei sugere que todos os esforços devem ser feitos
para garantir que os usuários da biblioteca sejam capazes de encontrar a
informação que desejam rapidamente e eficientemente.
5. A biblioteca é um organismo em crescimento: esta lei sugere que à medida que
a comunidade muda e cresce, a biblioteca também deve adaptar-se para atender
às novas necessidades e interesses.

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Os campos de Biblioteconomia e Ciência da Informação em Angola
Apesar de haverem registros sobre a existência de bibliotecas em Angola a partir do
século XVIII, foi na primeira metade do século XIX, em cidades como Luanda,
Benguela e Novo Redondo, que houve a consolidação de considerável número de
bibliotecas particulares, muitas delas ligadas a igreja católica ou a maçonaria, com
destaque para as de Manoel Patrício Correia de Castro e Bernardino de Silva
Guimarães, que tinham seus acervos abertos e utilizados tanto pelos colonos
portugueses como pela população nativa.

Outro importante marco ocorreu em 1845, com a publicação do primeiro periódico no


país, o Boletín Oficial de Angola, que permitiu o conhecimento por parte da população
angolana dos livros produzidos no Brasil e Portugal, o que permitiu a troca e
intercambio de material entre os três países nas décadas seguintes, consolidando a
criação da Biblioteca Municipal de Luanda, em 1873 (PACHECO, 2000).

Somente em meados do século XX, com movimentos organizados e produzidos por


líderes políticos e intelectuais – como, por exemplo, a campanha “vamos conhecer
Angola” (1948), que estimulava projetos contra o analfabetismo e a favor da leitura de
livros de autores regionais –, que o governo português institucionalizou (esparsos)
cursos em bibliotecas no país durante os anos 1960 e criou a Biblioteca Nacional de
Angola em 1969.

O governo angolano, entre 1975e 1980, realizou considerável reorganização estrutural


tanto nas bibliotecas públicas como nos cursos e institutos em Biblioteconomia no país,
centralizados na então Universidade de Angola, renomeada em 1985 para Universidade
Agostinho Neto, em Luanda. Tanto o Arquivo quanto a Biblioteca Nacional entraram
em um longo período de reestruturação, tendo que substituir diversos profissionais que
migraram para Portugal, cargos parcialmente ocupados por cubanos e, nos anos 1980,
por angolanos que fariam cursos de especialização ou em Angola ou na URSS e Cuba.

Apesar do contato com profissionais e instituições ligados ao bloco comunista e da


utilização de metodologias de cunho marxista na organização de seus acervos, Angola
manteve-se aberta ao auxilio de organismos ocidentais, como, por exemplo, a
UNESCO, que a partir de 1979 iniciava um amplo projeto de reorganização das

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bibliotecas e centros de documentação do país em conjunto com diferentes ministérios
angolanos (SAUNDERS; SAUNDERS, 1994).

Em 1990, a Biblioteconomia angolana começava a substituir os laços existentes com o


bloco socialista para participar de projetos ligados a distribuição de livros, periódicos e
documentos entre diversos países africanos, muitos deles patrocinados ou
implementados por organismos norte-americanos.

Nos primeiros anos do século XXI, Angola faria tímidas iniciativas tentando se inserir
na “era da informação”. Fóruns promovidos pelo governo entre 2000 e 2005, reunindo
profissionais ligados à Comunicação, Biblioteconomia e Documentação, propuseram a
implementação de estratégias para as Tecnologias de Informação (TIC) angolanas no
período 2000/2010, além de resultar na publicação, em 2002, do Livro Branco sobre a
Política das Telecomunicações em Angola, e da instituição, em 2004, da Comissão
Nacional da Informação.

Biblioteca Nacional de Angola


A Biblioteca Nacional de Angola, localizada na capital Luanda, é a biblioteca
nacional da República de Angola. A Biblioteca Nacional de Angola foi fundada em
1969, ainda com o país sob domínio português, e é desde então responsável pelo
sistema do depósito legal em Angola, entre outras funções, como a de biblioteca
pública.

Em 2018 a Biblioteca foi frequentada por quase 70 mil utentes, um aumento de 65%
comparado com 2013. A publicação mais antiga é o Diário do Governo República, com
uma coleção de exemplares a partir do ano 1872.

Rede de mediatecas de Angola


As mediatecas são comummente definidas como bibliotecas informatizadas e
multimédia, que têm por objectivo fundamental proporcionar, a todos os possíveis
interessados, a consulta a uma vasta gama de serviços e suportes de informação, quer de
carácter técnico especializado, quer de carácter geral e cultural, facilitando o acesso à
informação e ao conhecimento necessários ao desenvolvimento socioeconómico e
contribuindo para a formação e aperfeiçoamento do capital humano, ao mesmo tempo
que alarga o acesso à cultura e à sua fruição pelos utilizadores, geralmente de uma
forma gratuita.

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Angola possui oito mediatecas fixas, em Benguela, Luanda, Lubango (Huíla), Huambo,
Saurimo (Lunda-Sul), Soyo (Zaire), Cunene e Bié, e seis móveis ou de proximidade, em
várias províncias. O acervo bibliográfico das mediatecas de Angola é composto por
73.200 exemplares no formato físico, além de milhões no formato digital.

Arquivo Nacional de Angola


Arquivo Nacional de Angola, foi criado ao abrigo da portaria nº 6, de 8 de Setembro de
1938, (B.O1938,1ªSérie), aquando da criação do Museu de Angola, incorporando nas
suas Instalações, sitas no extinto depósito de degredados (Fortaleza de São Miguel), a
Biblioteca e o Arquivo Histórico, este último dependente do Arquivo Histórico Colonial
sediado em Lisboa.Desde a sua fundação, os seus fundos estiveram sujeitos a
váriasmovimentações.

Iniciada a sua instalação nos serviços de Instrução, passando pela fortaleza de São
Miguel, em 1958, dizia-se que a título provisório, iria para a cave do edifício do então
Museu de Angola, hoje Museu Nacional de História Natural. Todas as mudanças,
naturalmente, terão causado perdas consideráveis. Em 1977, regista-se a transferência
do Arquivo para o edifício em que permanece hoje, sito na Rua Pedro Félix Machado nº
49 R/C, em Luanda.

O novo Arquivo Nacional de Angola está projectado para garantir a conservação e


longevidade de documentos, revistas, livros, mapas, peças de arte e outro material de
interesse histórico para o país.

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Conclusão
Vimos no transcorrer deste texto que a Biblioteconomia está diretamente ligada ao
surgimento das bibliotecas, por isso pode ser considerada como uma das disciplinas
mais antigas cujo propósito é sistematizar conhecimentos relativos à seleção, aquisição,
armazenamento, tratamento, disseminação, acesso e uso da informação.

O percurso histórico da Biblioteconomia mostra que os estudos desenvolvidos pelos


teóricos da área estavam voltados para os livros, no entanto no final do século XIX, o
contínuo desenvolvimento da ciência e da tecnologia provocou o advento de variados
tipos de documentos chamados não convencionais, dentre esses os periódicos, que
surgiram com uma característica diferenciada dos livros, que até então constituíam a
matéria prima da Biblioteconomia.

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