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APOSTILA AUXILIAR DE BIBLIOTECA

CONCEITOS DE BIBLIOTECONOMIA
 O desenvolvimento da escrita é uma consequência da necessidade de comunicação
humana.
 A origem da escrita, do papel e do alfabeto impulsionaram o desenvolvimento da
humanidade e a disseminação do conhecimento.
 Variados suportes informacionais foram utilizados através do tempo.
 As bibliotecas tiveram sua origem com a função de servirem como locais de
armazenamento da informação.
 O desenvolvimento tecnológico permitiu o desenvolvimento de suportes informacionais.
 A biblioteconomia apontou características muito técnicas, mas o questionamento filosófico
a ajudou a ter um caráter mais amplo e científico.
 O pensamento crítico científico possibilitou a evolução da humanidade nas suas mais
diversas áreas.
 O campo de atuação do bibliotecário não se restringe a bibliotecas, mas às mais diversas
instituições que trabalham com informação e documentação.
 As Cinco Leis de Ranganathan norteiam a prática bibliotecária.
 As características documentais que dever ser conhecidas e avaliados pelo bibliotecário.
 As atividades que podem ser desenvolvidas pelo profissional bibliotecário, tendo em vista
as orientações da CBO.
 A sociedade da informação está caracterizada a fim de compreender o papel do
bibliotecário nesse contexto.
 A competência informacional é uma característica do bibliotecário.
 Habilidades são necessárias ao bibliotecário para atuar na sociedade da informação.
 Existe uma legislação específica que regula a atividade profissional do bibliotecário.
 Há leis que, apesar de não serem reguladoras da profissão do bibliotecário,
complementam e fortalecem sua atividade.
 O código de ética bibliotecário existe para orientar a conduta profissional
 O IBICT e a Capes são instituições que trabalham com a ciência, tecnologia e a produção
científica nacional e internacional.
 A trajetória das bibliotecas teve seu início com as ordens religiosas, mas o ensino de
Biblioteconomia no Brasil começou com a criação da Biblioteca Nacional.
 A formação em Biblioteconomia no Brasil descende de duas vertentes: da escola francesa,
École Nacionale des Chartes, de orientação humanística e erudita e da escola americana,
Columbia University, de orientação tecnicista.
 Entre os marcos da Biblioteconomia brasileira encontram-se a criação da Federação
Brasileira de Associações de Bibliotecários (FEBAB), a regulamentação da profissão de
bibliotecário, a implantação do Currículo Mínimo de Biblioteconomia para o ensino da
profissão, o estabelecimento do Código de Ética Profissional e a criação das Diretrizes
curriculares para os cursos de Biblioteconomia.
 A biblioteca possui um papel importante dentro da nossa sociedade, tais como a função de
formadora de leitores, de mediadora da leitura e de ser um espaço do conhecimento que
incentiva o pensamento crítico e o pleno exercício da cidadania.
 As bibliotecas precisam ser inclusivas e ser espaços que supram as necessidades do
usuário de maneira ágil e eficaz, disponibilizando a informação, seja ela de maneira
convencional ou por meio da tecnologia, de modo que o conhecimento seja socializado
entre todos de maneira igualitária.
 A leitura pode contribuir de forma significativa na formação de um indivíduo crítico, visto
que o influencia a analisar a sociedade e o seu cotidiano buscando ampliar e diversificar
suas interpretações do mundo e da vida.

ESTRUTURA FÍSICA E ORGANIZACIONAL DE UMA BIBLIOTECA


Quando se trata de planejar o espaço, devem-se levar em conta três aspectos básicos:
área de armazenamento (local do acervo), área de atividade (espaço dos leitores e dos
bibliotecários) e área de circulação. O espaço da biblioteca deve ser suficiente para abrigar o
acervo, os leitores (uma classe inteira, quando a biblioteca funciona dentro de uma escola), outros
usuários e o local de atendimento.
É importante ter em mente que é dentro desse espaço que uma cultura leitora se constrói e
se fortalece. Portanto, um espaço acessível e amplo, bem distribuído, com fácil circulação,
ambientes confortáveis de leitura, bem iluminado e com banheiros disponíveis assegura a
permanência do leitor na biblioteca. Em localidades com pouca estrutura e opções de lazer, um
espaço assim organizado é um atrativo considerável para os membros da comunidade. Além de
um espaço agradável e convidativo a leituras e pesquisas, deve ser um espaço aconchegante,
propício ao compartilhamento de informações, trocas, aprendizagem e à leitura em todas as suas
formas e possibilidades.
Existem parâmetros nacionais que determinam a metragem adequada para cada ambiente
e para a disposição do espaço das bibliotecas e as condições técnicas de funcionamento,
considerando: temperatura, umidade e ventilação, pisos e paredes, iluminação, ruídos, segurança,
área de armazenamento, área de atividades, mobiliário e layout. Alguns dos itens podem variar de
uma biblioteca para outra, dependendo do local em que se insere, dos recursos financeiros
disponíveis, do número de usuários a serem atendidos, dos serviços prestados e das perspectivas
futuras. Os detalhes desses parâmetros podem ser consultados ao final deste post, a partir de um
link que disponibilizamos para uma publicação detalhada sobre o assunto. Mas, em linhas gerais,
podemos destacar as condições mínimas exigidas para o funcionamento desses espaços.
Vejamos.
Disponibilidade e organização do espaço da biblioteca:
 Área interna de pelo menos 50m² (podem existir variações de acordo com o tamanho do
acervo e público atendido);
 Espaço adequado para o desempenho dos funcionário (mínimo de 4m² por funcionário);
 Organização do espaço interno que abrigue espaços de leitura para adultos, jovens e
crianças;
 Facilidade de circulação entre as estantes;
 Espaço para acomodar todo o acervo no interior da biblioteca;
 Assentos e espaço suficiente para abrigar confortavelmente uma classe inteira e os
demais usuários.

Como organizar as estantes


A organização dos livros nas estantes pode ser feita de acordo com os critérios do arranjo
fixo ou conforme os critérios do arranjo relativo. Vamos estudar o segundo, pois é mais indicado
para as bibliotecas escolares.
O arranjo relativo consiste em colocar os livros de cima para baixo, da esquerda para a
direita, de acordo com o número de chamada. Ao atingirem a última prateleira inferior, os livros
continuam na estante imediatamente à direita.
Os livros devem ser colocados desde a borda das prateleiras, em posição vertical, com o
auxílio de bibliocantos para evitar que caiam ou entortem. Não podemos nos esquecer de deixar
sempre um terço de espaço livre em cada prateleira, para garantir maior preservação, permitir
remanejamento e o crescimento do acervo.

ORGANIZAÇÃO, CATALOGAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E REGISTRO DOS ACERVOS

1. Organização
A organização do acervo é que fará com que os livros fiquem em ordem e sejam
encontrados. Organizar também o espaço da biblioteca auxilia na funcionalidade do lugar.
Se não houver lógica na disposição dos livros, os alunos e toda a comunidade escolar
enfrentarão o mesmo problema quando se depararem com as informações na internet, onde
encontram dados aleatórios e desencontrados.
A lógica da organização de uma biblioteca escolar é a mesma usada em filtros de pesquisa
na internet. O primeiro passo é pensar em categoria, assunto, matéria e autoria. Assim, a primeira
das dicas de como organizar uma biblioteca escolar é conhecer a fundo o seu real objetivo dentro
das instituições de ensino.
A biblioteca escolar, quando bem projetada, atuando em parceria com os professores e
gestores pedagógicos, deve assumir o papel de centro vital de formação, informação e
aprendizagem.
É neste espaço que o educador tem a oportunidade de adquirir e ampliar os seus
conhecimentos, se apropriando do acervo para planejar e inovar em suas aulas. Nesse sentido, a
biblioteca não se restringe as atividades de leitura, podendo ser utilizada para criar outras formas
de aprendizagem entre os alunos.
Conhecendo as principais incumbências do local, podemos seguir para saber como
organizar uma biblioteca escolar, levando em conta a infraestrutura, o gerenciamento do acervo e
a decoração do espaço.
O segundo passo para saber como organizar uma biblioteca escolar é projetando a sua
infraestrutura para que seja possível atender a demanda de um grupo, e não apenas de um
indivíduo.
A função da biblioteca na vida escolar é a de informar, educar, desenvolver a criatividade,
disseminar a cultura, fomentar e incentivar à leitura. Partindo desses objetivos, os bibliotecários
devem orientar os alunos e visitantes sobre como buscar, de maneira rápida, livros e documentos
no local.
Para isso, a infraestrutura precisa ser projetada para facilitar a procura, com estantes bem
organizadas, corredores espaçosos e uma iluminação que permita circular com segurança pelo
ambiente. Também é fundamental que a infraestrutura da biblioteca seja pensada levando em
consideração as necessidades específicas de cada instituição de ensino.
O espaço físico precisa de uma atenção especial, pois as expectativas dos jovens alunos
são grandes, já que eles nasceram na “Era digital” e convivem diariamente com a inovação. Não é
necessário fazer uma transformação radical no local, mas investir em melhorias é fundamental.
A iluminação, por exemplo, é um ponto importante para deixar a biblioteca escolar mais
atraente. Valorizar a luz natural quando possível e utilizar luminárias que deixam o espaço
aconchegante e com uma boa iluminação para ler e buscar obras no acervo é uma dica simples,
mas que fará uma grande diferença.
Outra de nossas dicas de como organizar uma biblioteca escolar tornando o espaço mais
agradável está relacionada com a projeção da mobília.
O dia a dia do bibliotecário é repleto de tarefas, sendo que boa parte delas estão
relacionadas a como organizar uma biblioteca escolar. Há alguns anos, os bibliotecários
ganharam o auxílio das planilhas para gerenciar atividades como catalogação, controle de entrada
e saída de livros e organização das prateleiras.
Hoje, com os avanços tecnológicos, é possível fazer a gestão da biblioteca escolar com
softwares desenvolvidos especialmente para essa área. Boas plataformas ajudam o profissional a
encontrar as melhores formas de como organizar uma biblioteca escolar, pois disponibilizam nos
sistemas dados estatísticos importantes, como tamanho do acervo e circulações. Além disso, é
possível dinamizar a catalogação, pois o bibliotecário consegue importar os dados bibliográficos
da obra apenas digitando o seu ISBN.
Por fim, para que a organização do acervo da biblioteca realmente funcione, o colaborador
responsável pela biblioteca deve, ao final de cada dia ou duas vezes ao dia, percorrer os
corredores e prateleiras e recolher exemplares fora do lugar, reposicionando-os em suas
prateleiras respectivas. Os livros devolvidos também devem ser recolocados nas estantes pelo
funcionário.
Processo para disponibilização de um documento:
1. Seleção;
2. Aquisição
 permuta / compra / doação
3. Registro ou tombamento;
4. Catalogação
5. Classificação
6. Preparo para empréstimo
7. Ordenação na estante

2. Catalogação
A catalogação é uma atividade geralmente relacionada às bibliotecas e que consiste em
registrar um conjunto de informações sobre um determinado documento ou conjunto de
documentos. As informações registradas variam de acordo com o tipo de documento que está
sendo catalogado. Por exemplo, para um livro, os elementos que são comumente registrados são:
título, autor(es),tradutor(es), número da edição, editor, local e data de publicação, número de
páginas, ISBN e os assuntos abordados no livro. A catalogação é guiada por normas locais,
nacionais ou mesmo internacionais, devendo tais normas serem definidas de acordo com as
características de cada biblioteca ou agência catalogadora. A palavra "catalogação" pode referir-
se também ao produto da atividade de catalogação, por exemplo, "a catalogação de um livro", ou
seja, o conjunto de informações sobre o livro que foram registradas durante a catalogação. Neste
sentido, o termo "catalogação" se transforma em um sinônimo de registro bibliográfico.
Sob essa perspectiva, a catalogação gera um conjunto convencional de dados,
determinados a partir do exame de um documento de onde são extraídos os dados descritos de
acordo com regras fixas para se identificar e descrever este documento. A catalogação é
conhecida também como Catalogação Descritiva ou Representação Descritiva da Informação,
pois fornecerá uma descrição única e precisa do documento, servindo também para estabelecer
os pontos de acesso de autor e prover a informação bibliográfica adequada para identificar uma
obra, assim, segundo Mey, a catalogação compreende três partes: descrição bibliográfica, pontos
de acesso e dados de localização. A catalogação gera uma representação única de um
determinado item, para que não exista duplicidade para o usuário na hora de recuperar o item,
possibilita o agrupamento de itens de mesmo tema ou áreas parecidas e a sua localização no
acervo da biblioteca.
Embora o termo catalogação seja frequentemente utilizado com o sentido de classificação
(e vice-versa) e até com o sentido de determinação de assunto, as três operações são distintas. A
catalogação refere-se à descrição formal dos documentos e não à determinação de seu conteúdo
intelectual. Geralmente, a catalogação identifica o documento pela inclusão de elementos-chave
do documento. Por exemplo, o título principal (título expresso no documento), a indicação de
responsabilidade (autor ou autores expressos no documento), a indicação de publicação (local de
edição, nome do publicador e data de publicação), as características físicas como a tipologia
documental e a extensão (n.º de páginas ou volumes, dimensões, etc.), a indicação de série ou
coleção e outros dados formais e editoriais.
A principal fonte de informação para a catalogação de livros é a folha de rosto da
publicação, em que constam os principais elementos de identificação e de descrição da obra.

AACR2
Para a catalogação da obra são adotadas as regras do Código de Catalogação Anglo-
Americano (AACR2), segunda edição revisada (2002). Como produto da catalogação surge a
ficha catalográfica. O AACR2 padroniza, além da disposição dos elementos de cada documento, a
forma como cada informação deve ser escrita em sua respectiva área.
Os procedimentos do AACR2, das áreas de descrição bibliográfica propostas pelo ISBD
(Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada, conhecida amplamente por ISBD, é um padrão
desenvolvido pela International Federation of Library Associations and Institutions para a criação de
descrições bibliográficas. A ISBD especifica os elementos necessários para descrição de diversos tipos de
documentos, por exemplo, livros, mapas, partituras, gravações de áudio, etc, a ordem em que estes
elementos devem ser registrados e a pontuação utilizada entre os elementos.), são:
 Título
 Responsabilidade
 Edição
 Especificidade do material (tipo de publicação)
 Dados de publicação (local, editora, data)
 Descrição física
 Série
 Notas
 ISBN (é o Número Padrão Internacional de Livro. Foi criado no Reino Unido, em 1967, pela livraria
W H Smith. É um sistema internacional de identificação de livros e softwares que utiliza números
para classificá-los por título, autor, país, editora e edição. Foi transformado, em 1972, em norma
padrão internacional: a ISO 2108. A finalidade do sistema é a identificação numérica de um livro
segundo seu título, autor, país, ou código de idioma, e a editora, individualizando inclusive edições
diferentes)
Com os recursos tecnológicos à disposição das bibliotecas e a necessidade do
compartilhamento dos acervos, as bibliotecas, cada vez mais, participam de redes nacionais e
internacionais de catalogação cooperativa.
A catalogação digital surgiu a partir da necessidade em criar um registro catalográfico
legível, para ser acessado por meio de um computador. Assim, surgiu o formato bibliográfico,
denominado MARC, que é definido como registro catalográfico legível por computador.

MARC
MARC é a sigla para Machine Readable Cataloging - que quer dizer catalogação legível
por computador. Para que o mesmo possa processar os dados catalogados é necessário colocá-
los em forma legível.
O Formato MARC é muito utilizado no mundo todo. Existem formatos baseados no MARC
em vários países, como nos Estados Unidos, que é denominado de USMARC. A catalogação em
USMARC contém todas as informações de uma ficha catalográfica descrita segundo as regras do
AACR2. Utilizando USMARC o catalogador estará definindo, para uma identificação por
computador, todos os elementos que constam nas fichas catalográficas. pela máquina,
identificando os elementos de forma clara, para que leia e interprete os dados de um registro
catalográfico.
Por enquanto o MARC (Machine-Readable Cataloging) possui compatibilidade com o
AACR2 e com o RDA e continua sendo empregado pelas bibliotecas para formalizar a descrição.

RDA
A partir das novas tecnologias e da presença no ambiente digital, que vem ganhando cada
vez mais força, os objetivos de catalogação nas bibliotecas precisaram ser redefinidos, colocando
como foco a experiência do usuário no acesso aos registros bibliográficos. Pensando nos
conteúdos digitais, surgiu a necessidade de um novo padrão para descrição bibliográfica: a
catalogação em RDA (Resource Description and Access).
A norma não só substitui a AACR2, como permite que o usuário encontre, identifique,
selecione, obtenha e navegue pelos registros bibliográficos, alcançando a informação desejada de
modo fácil, ágil e prático.
Embora o código tenha sido publicado em 2010, a implantação da norma no Brasil ainda
está caminhando a passos lentos e geram muitas dúvidas sobre como a catalogação em RDA
funciona, o que muda nas bibliotecas e como as instituições podem se preparar para a transição
do AACR2 para o RDA.

Indexação e catalogação
Existem várias teorias e metodologias concernentes a indexação e catalogação de
assuntos, explorando a opinião de diversos autores, em épocas diferentes. Pode-se considerar a
indexação na catalogação e discutir as divergências entre os termos indexação e catalogação de
assunto, frisando que ambos os processos estão inseridos no tratamento documental.
A catalogação está ligada a produção de cabeçalhos ou de catálogos para bibliotecas, ou
afins. Alguns autores entendem, contudo que catalogação de assuntos e indexação são uma coisa
só, outros discordam, esses entendimentos estão ligados a história e evolução de cada uma
destas atividades. Não obstante, para aqueles que a diferenciam, podem defendê-las como
processos intelectuais que representam o documento por meio de assuntos.
3. Classificação
Nas bibliotecas, a classificação tem por objetivo reunir nas estantes as unidades
documentárias que tratam do mesmo assunto. A classificação de um documento é feita em
algumas etapas e, após todas estas etapas prontas, irá se obter o número de chamada, este que
é, de fato, o endereço de um documento na estante. As partes da classificação são:

1. Número de classificação
Os esquemas mais comuns e famosos são:

Classificação Decimal de Dewey (A CDD)


A Classificação Decimal de Dewey (CDD) foi criada, em 1876 ,por Melvil Dewey, um
bibliotecário norte-americano que teve o mérito de dividir o conhecimento humano em dez
classes, de 0 a 9. Além da tabela das classes principais de assuntos, o sistema possui, ainda,
tabelas auxiliares que possibilitam complementar os assuntos conforme a necessidade.
A grande vantagem da CDD encontra-se na escolha de números decimais para suas
categorias, ou seja, permite que o sistema seja, ao mesmo tempo, puramente numérico e
infinitamente hierárquico. Possui diversas tabelas auxiliares que ajudam a complementar o
número, sendo adicionadas nas casas das dezenas.
Classes principais da CDD
000 Generalidades
100 Filosofia
200 Religião
300 Ciências Sociais
400 Linguística
500 Ciências Puras
600 Ciências Aplicadas
700 Belas Artes e Recreação
800 Literatura
900 História, Geografia e Biografias

Classificação Decimal Universal (CDU)


A Classificação Decimal Universal foi criada por Paul Otlet e La Fontaine, em 1905, com
base na Classificação Decimal de Dewey. Estes inventores desenvolveram um projeto de
repertório bibliográfico universal, cujo objetivo era construir um sistema de classificação que
abrangesse todas as informações publicadas.
Trata-se de um sistema internacional que propõe a classificação de unidades
documentárias e que sugere dividir o conhecimento em dez classes principais, porém, com auxílio
de tabelas complementares, a classificação é mais livre a interpretação e contextualização.
Classes principais da CDU:
000 Generalidades. Informação. Organização.
100 Filosofia. Psicologia.
200 Religião
300 Ciências Sociais. Economia. Direito. Política. Assistência Social. Educação.
400 Classe vaga.
500 Matemática e Ciências Naturais.
600 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia.
700 Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos.
800 Linguagem. Linguística. Literatura.
900 História, Geografia e Biografias

2. Notação de autor
A notação de autor é um código que representa o autor da unidade documentária e
complementa o número de classificação para individualizar esta unidade nas estantes das
bibliotecas. Indica também, a posição que uma unidade documentária de determinado autor ocupa
dentro da classe pertencente. A mais usada é a TABELA DE CUTTER.
A TABELA DE CUTTER é uma tabela de códigos que indicam a autoria de uma obra
literária, elaborada por Charles Ammi Cutter em 1880 e é utilizada para classificar livros em
bibliotecas.
Este código correspondente à autoria do livro, formado por letras e números, aparecendo
na segunda linha dos endereços das obras nas bibliotecas.
Um modo prático de simbolizar a autoria é usando as três primeiras letras do sobrenome
do autor. Utiliza-se então uma tabela com números correspondentes aos sobrenomes dos autores.
O sobrenome é simbolizado pela sua inicial e pelos números a ele correspondentes. A estes
números segue-se, em letra minúscula, a primeira inicial do título:
 Inicial do sobrenome do autor;
 Número atribuído ao sobrenome na Tabela de Cutter;
 Inicial da primeira palavra do título.
4. Preparação de documentos físicos
Passo a passo para o preparo físico
 Passo 1: Conferir os dados da etiqueta impressa com o item;
 Passo 2: Colar etiqueta de código de barras e sobrepor com a fita etiqueta protetora;
 Passo 3: Carimbar com o Carimbo de identificação de cada biblioteca nas lombadas, folha
de rosto e páginas selecionadas;
 Passo 4: Inserir fitilho e carimbar no final do livro, para as bibliotecas que possuem
antifurto;
OBS: Inserir fitilho no meio do livro e carimbá-lo na última página. Lembrar de magnetizar o livro
antes de guardá-lo nas estantes.
 Passo 5: Acessar o sistema da biblioteca;
 Passo 6: Alterar situação do exemplar para “disponível no acervo”;
 Passo 7: Encaminhar o item para a guarda nas estantes.

4. Registro e identificação do acervo


Registro é o processo responsável por tornar os livros e documentos patrimônio da
biblioteca. Cada livro ou documento recebe um número sequencial de tombo/aquisição, para
assegurar a propriedade do exemplar.
O registro pode ser realizado manualmente em livro e em ficha ou, caso o acervo seja
informatizado, automaticamente por um software gestor de bibliotecas.
As informações básicas e maisi mportantes em um sistema de registro/tombamento são:
 Número sequencial e infinito do documento ou livro;
 Data de Registro;
 Autoria: pessoa ou instituição responsável
 pela obra. As pessoas devem ser descritas
 na ordem sobrenome, nome. Ex.: Silva, João;
 Título: registrar o título do documento ou
 livro. Caso seja muito extenso, pode ser abreviado;
 Local: descrever o local onde o documento ou livro foi editado ou publicado;
 Editora: nome da editora que publicou a obra;
 Ano: ano de publicação do documento;
 Volume/exemplar: anotar o volume/exemplar que está sendo registrado. Exemplo.: v.1, ex.
2. Na falta de volume, anotar somente o exemplar*;
 Preço: valor do documento;
 Aquisição: indicar as formas de aquisição: compra, doação, permuta;
 Fornecedor: indicar o nome do fornecedor ou doador do documento;
 Baixa: indicar a data em que foi dada a baixa do documento;
 Observações: registrar qualquer fato importante relacionado ao documento, por exemplo:
perdido, não devolvido, etc.
LEIS DE RANGANATHAN

As Cinco Leis da Biblioteconomia foram criadas em 1931, pelo indiano matemático e


bibliotecário Shiyali Ramamrita Ranganathan, mas continuam válidas e sendo aplicadas até hoje.

1. Os livros são para usar


O autor dá enfoque ao uso do livro. Se ele existe, a priori, é para ser usado. Como o
próprio Ranganathan (2009, p. 6) afirma, “A Primeira Lei da biblioteconomia se assemelha à de
qualquer outra ciência: incorpora um princípio fundamental.” Explicando melhor, o livro deve
circular, sair das estantes, chegar às mãos do leitor. A ideia de preservá-lo, mantê-lo em guarda
cai e entram em cena os fatores acessibilidade (em sentido genérico), usabilidade e
universalidade, ou seja, fazer com que a comunidade possa chegar até ele. Tudo isso para
atender às demandas informacionais de cada usuário. Mas como isso acontece? Para tanto, é
necessário:
 biblioteca instalada em local de fácil acesso;
 biblioteca com horário amplo de funcionamento;
 biblioteca com ambiência apropriada, amistosa, adequada à região (climatização,
iluminação, mobiliário, layoutização);
 biblioteca com bibliotecário e pessoal qualificado para atendimento com excelência.

2. A cada leitor seu livro


O autor dá realce ao usuário. Ranganathan (2009, p. 50) coloca que ela “surge no encalço
da Primeira Lei para que essa revolução avance mais.” Todas as facilidades devem convergir para
ele, é a democratização da informação, é o desmanche da elitização do livro. O autor acrescenta
que “os livros são para todos”. Se a biblioteca é pública, seu acervo deve ser voltado para um
público-alvo generalista, por outro lado se é uma biblioteca especializada, deve atender ao seu
público específico. E o que pode ser feito nesse sentido?
 estudo de usuário, para que seu acervo seja direcionado às suas necessidades;
 desenvolvimento de coleções, conforme estudo de usuário;
 instituição mantenedora comprometida com a aquisição do acervo adequado, além de
hardwares e softwares para facilitar o acesso.
 facilidade de acesso para o usuário buscar e encontrar o que precisa, ou seja, uma boa
classificação, catalogação e indexação.

3. A cada livro seu leitor


O autor dá destaque para os livros, porque deve haver um livro para cada leitor, ou seja,
com a aplicação desse enunciado, os diferentes títulos de um acervo contemplarão, fatalmente,
cada leitor. É como se cada livro chegasse às mãos de seu leitor conforme seu perfil. Eu mesma
na minha inocência de recém formada já me deparei com um livro que pensei jamais ser buscado
para leitura, qual a minha surpresa em vê-lo saindo nas mãos de um leitor, não muito depois
desse meu pensamento.
Para esse terceiro enunciado, Ranganathan (2009, p. 189) recomenda o livre acesso às
estantes, em consequência, aos livros, para que cada usuário encontre a sua leitura, passeando
pelas prateleiras em total liberdade. Ele ainda acrescenta, com a “oportunidade de ver e examinar
o acervo de livros com a mesma liberdade que temos em nossa própria biblioteca particular.” Além
disso, pontua ser indispensável um serviço de referência com equipe dotada de técnicas de
mediação, interpretação e entendimento das necessidades informacionais do usuário.

4. Poupe o tempo do leitor


Este enunciado “se preocupa com a situação que surge à proporção que são atendidos os
requisitos das três primeiras leis (Ranganathan, 2009, p. 211). Já que os livros são para serem
usados, porque cada leitor tem seu livro e vice-versa, resta se preocupar como e em quanto
tempo esses dois elementos se encontram para serem tratados. Portando, atende à questão do
uso do tempo, sem desperdiçá-lo. Eu, você ou qualquer pessoa, geralmente, tem urgência naquilo
que precisa e, em se tratando de informação, nem se fala.
Mediante essa premissa, a biblioteca tem a missão de colocar todos os recursos possíveis
para atender de pronto ao usuário, poupando seu tempo. Quais seriam esses recursos?
 sinalização de estantes de forma clara e objetiva;
 layout funcional;
 classificação que reúna em um mesmo local livros do mesmo assunto;
 serviço de empréstimo rápido;
 pessoal capaz de atender de forma rápida e eficaz.

5. A biblioteca é um organismo em crescimento


Completando com o quinto enunciado, Ranganathan corrobora com a ideia de que a
biblioteca enquanto instituição deve acompanhar as tendências da sociedade como um todo,
social, educacional, econômica e política, para evoluir de forma satisfatória. Para que isso ocorra
é imprescindível um bom planejamento e aqui entra um recurso bem comum à Administração, a
Análise SWOT, que engloba conhecer suas forças e fraquezas, para estar atenta às
oportunidades e mitigar as ameaças externas.
Ranganathan (2009, p. 241) reforça a questão do organismo vivo em crescimento:
“É um fato biológico indiscutível que somente o organismo que se desenvolve é o que
sobrevive. Um organismo que pare de se desenvolver acabará por se paralisar e perecer. A Quinta
Lei chama nossa atenção para o fato de a biblioteca, como instituição, possuir todos os atributos
de um organismo em crescimento.”

Em resumo, de forma bem sucinta, eu arriscaria uma única palavra para identificar cada lei
desse pensador indiano, conforme ilustração a seguir:

TRANSFERÊNCIA DE
MATERIAIS ENTRE
ACERVOS
A transferência é o deslocamento de uma obra ou coleção para outra biblioteca e pode
acontecer de duas formas:
1. A Biblioteca de origem do material observa que este pode ser mais útil para a comunidade
se estiver em outra Biblioteca e assim, o oferece para a outra unidade; ou
2. A Biblioteca, observa que um livro de outra unidade é muito requisitado pela sua
comunidade acadêmica e assim, entra em contato com a Biblioteca de origem do material,
solicitando a transferência do exemplar para a Biblioteca solicitante.
As Bibliotecas deverão analisar os aspectos referentes a quantidade de exemplares,
estatísticas de uso, localização das bibliotecas envolvidas e se o material pertence à bibliografia
básica ou complementar de alguma disciplina da biblioteca de origem.
Para a transferência de materiais bibliográficos devem ser adotadas as orientações:
1. O prcesso deve ser aberto no SEI pela Biblioteca de origem;
2. A Biblioteca deve utilizar o seguinte tipo de Processo especifico no programa
3. Iniciar o processo com um despacho solicitando a anuência da
4. Biblioteca recebedora sobre a transferência de material bibliográfico;
5. A Biblioteca recebedora acrescenta um despacho informando se concorda ou não
com a transferência do material e devolve o processo;
6. A Biblioteca de origem do material preenche no SEI o formulário de transferência de
material bibliográfico ou anexa como documento externo a listagem de material
bibliográfico a ser transferido;
O formulário deve ser assinado pelas chefias da Biblioteca de origem e Biblioteca recebedora,
mas se a Biblioteca optar por inserir a listagem de material bibliográfico a ser transferido como
documento externo (arquivo .xls ou .pdf) ambas as chefias devem dar ciência no documento;
7. A Biblioteca de origem do material altera no SophiA as informação do(s)
exemplar(es) que serão transferidos. Na aba Informações altera os dados
referentes a Biblioteca (altera para a Biblioteca recebedora) e acrescenta o motivo
de retenção Em trânsito, uma vez que este material será encaminhado por malote
para outra Biblioteca e acrescenta a data;
8. As demais informações do(s) exemplar(es) devem ser mantidas (número de
tombo/patrimônio, forma de aquisição, data de aquisição);
9. A Biblioteca de origem envia o material via malote para a Biblioteca recebedora;
10. A Biblioteca de origem envia o processo via SEI para a CFDA (Comissão de
Formação e Desenvolvimento do Acervo)
11. A CFDA emite a(s) nova(s) etiqueta(s) para o(s) exemplar(es) e encaminha para a
biblioteca recebedora;
12. A CFDA inclui despacho informando o envio da(s) etiqueta(s) e envia o processo
para a Biblioteca recebedora;
13. Assim que o(s) exemplar(es) chegar(em) na Biblioteca, esta deve substituir a(s)
etiqueta(s), verificar se o número de chamada deve ser alterado para atender aos
critérios de classificação da Biblioteca, alterar as informações do campo 949 e
retirar o motivo de retenção Em trânsito;
14. Após todos os ajustes, a Biblioteca recebedora deve incluir despacho informando
que o material já se encontra disponível na Biblioteca e, por isso, o processo será
encerrado.
15. Para facilitar a transferência de material entre as Bibliotecas, pode-se usar um
relatório de Transferência de Material Bibliográfico.
Rotinas e procedimentos de empréstimo e devolução;

O serviço de Empréstimo Domiciliar viabiliza ao usuário levar para a sua casa, por um
período determinado, livros e outros materiais que compõe os acervos das bibliotecas da UFPR.
As bibliotecas do SiBi mantêm um cadastro único de usuários(as), de modo que uma
pessoa cadastrada em uma biblioteca pode realizar empréstimos em todas as demais bibliotecas
do Sistema, presencialmente ou solicitando um Empréstimo entre Bibliotecas.

Materiais sem Empréstimo Domiciliar


 Obras Raras;
 Coleções Especiais;
 Outras obras definidas pelas bibliotecas, considerando a sua comunidade.

Outros tipos de Empréstimos


 Especial (por hora): empréstimo de materiais com circulação restrita, por um período de
até 4 horas.
 De férias: empréstimo de materiais concedido ao final do semestre letivo e devolvido no
início das aulas do próximo semestre.
 Estendido: empréstimo de materiais adquiridos via projetos e/ou outros recursos, por um
período diferenciado, ao docente ou servidor técnico-administrativo da UFPR.
 Entre Bibliotecas (EEB)

Devolução
Os materiais devem ser devolvidos na mesma biblioteca em que foram emprestados. A
devolução é de inteira responsabilidade da pessoa que emprestou o material, mas pode ser
realizada por outra pessoa.

BIBLIOTECAS DIGITAIS

Uma biblioteca digital é um acervo de livros disponibilizados virtualmente aos seus


usuários. Por apresentar esse formato online, as limitações físicas de uma biblioteca
convencional são suprimidas.
Por exemplo, em sua versão virtual a biblioteca não tem limitação de espaço físico para a
ampliação de acervo, permite o acesso simultâneo da mesma obra por diversos usuários e não
demanda deslocamentos, podendo ser acessada a qualquer momento ou local (desde que haja
internet).
Nessa situação não acontecem intercorrências e prejuízos, como perdas ou furtos de livros
ou mesmo filas de espera para acessar determinada obra mais disputada. Dentre as vantagens,
também podemos destacar que diversos processos são facilitados tanto para o usuário como para
a administração, por exemplo a busca de livros, manutenção e gestão.
Para trabalhar com o formato, é possível desde criar uma versão digital gratuita até
contratar serviços que oferecem plataformas completas com a disponibilização das obras
desejadas, infra estrutura tecnológica, mecanismos de gestão e manutenção constante,
atualização do acervo e atendimento especializado.
Como surgiram as bibliotecas digitais?
O surgimento das bibliotecas digitais está intimamente ligado ao avanço da tecnologia dos
computadores e ao uso cada vez maior da rede de internet. No entanto, embora pareça uma
ferramenta muitíssimo atual, ela já é utilizada há mais de 50 anos!
A primeira biblioteca digital do mundo tomou forma em 1971, com Michael Hart, que teve a
ideia de criar o Projeto Gutemberg, uma espécie de Biblioteca de Alexandria da era digital. O
objetivo do projeto é digitalizar, arquivar e distribuir obras cultuais por meio da digitalização. Em
2006, ela contava com mais de 20 mil livros.
No final do século XX, as bibliotecas digitais se popularizaram ainda mais, passando a ser
adotadas também por instituições de educação superior, como as universidades de Harvard e
Yale. Mas foi no século XXI que elas ganharam uma força ainda maior.
A criação e a popularização dos leitores digitais contribuiu muito para a expansão desse
mercado. Uma vez que mais pessoas tinham acesso a ferramentas de leitura que comportavam
textos digitais, tornou-se mais fácil disponibilizar esses recursos aos alunos das IES. Assim, elas
se tornaram ferramentas cada vez melhores e mais úteis.

A Biblioteca Digital Mundial


A Biblioteca Digital Mundial é uma realização da Biblioteca do Congresso dos Estados
Unidos com a UNESCO em parceria com outras 31 instituições do mundo todo. Ela foi lançada
em abril de 2009 com materiais sobre cada estado-membro da UNESCO. Hoje, todo o seu acervo
está disponível em inglês, espanhol, francês, chinês, árabe, russo e português.
Algumas das suas principais características são:
 Construir o acervo com metadados, ou seja, dados com informações bibliográficas
relativas à sua geografia, cronologia e temática
 Responder à pergunta “o que é este item e por que ele é importante?” de modo a facilitar a
pesquisa dos usuários
 Assegurar um desenvolvimento técnico com catalogação dos metadados, memórias de
tradução, design atrativo e melhoramento contínuo do site e suas ferramentas
 Contar com uma rede de colaboração para o acesso ao conteúdo, transferência de
tecnologia e participação de parceiros — vitais para o seu crescimento

Segundo o próprio site da biblioteca, tem sido realizado um trabalho junto a países em
desenvolvimento como a Rússia, Egito e o Brasil para melhorar as capacidades tecnológicas e
permitir que eles consigam digitalizar as obras com alta qualidade. É justamente nesses centros
que boa parte do acervo foi construída. O site brasileiro da Biblioteca Digital Mundial conta com
fotografias antigas, mapas e documentos históricos originais.

Qual é a diferença da biblioteca digital para a biblioteca virtual?


Embora tenham nomes muito parecidos, as bibliotecas digitais não são idênticas às
bibliotecas virtuais. Essa é uma confusão comum, mas sua diferença reside em uma característica
muito simples: enquanto as bibliotecas digitais existem também fisicamente, as bibliotecas virtuais
existem somente em computadores.
Assim, uma Biblioteca Digital é responsável pela digitalização de livros que podem ser
acessados também ao vivo, em um espaço real. A biblioteca virtual, por sua vez, pode servir
apenas como um espaço online que dá acesso a outras bibliotecas. Essas podem ou não ser
digitais, ou seja, podem ou não disponibilizar materiais digitalizados.
Por isso as bibliotecas digitais são tão importantes. Afinal, elas são uma ferramenta
facilitadora para os alunos, a instituição e os profissionais que nela atuam.
Quais são os objetivos de uma biblioteca digital?
A opção de ter uma biblioteca digital, em conjunto com a física ou não, pode ocorrer por
diversos motivos. Esse empreendimento traz diversas vantagens que serão vistas mais para
frente neste texto.
Dependendo da IES, ela terá seus motivos específicos para optar por contar com uma
biblioteca digital. Selecionamos agora os 6 principais objetivos de investir em uma biblioteca
digital. São eles:

1. Facilitar os empréstimos
Com uma biblioteca funcionando pela internet, dentro do computador — ou outro
dispositivo — do estudante, os empréstimos se tornam muito mais fáceis. Aqui, o aluno não
precisa se dirigir até o endereço da instituição para ter acesso ao seu uso de estudo.
Além disso, uma biblioteca digital não fecha! Os livros podem ser consultados em qualquer
hora de qualquer dia, e isso é extremamente valioso no ensino superior.

2. Possibilitar um acesso a todos


Um grande problema nas bibliotecas físicas é a espera por determinado título. Como os
livros físicos são limitados, muitas vezes um estudante precisa aguardar em uma fila de espera
pela devolução de alguma obra que necessite.
No modelo digital, várias pessoas podem pegar um mesmo livro ao mesmo tempo. Desse
jeito, todos os alunos de uma turma podem realmente ter acesso à bibliografia de seu curso, e
isso é fundamental, principalmente em épocas de provas e trabalhos.

3. Ter uma biblioteca viável para a EaD


Ao oferecer um curso na modalidade a distância, a IES precisa se adaptar para várias
necessidades. É impensável oferecer uma educação virtual e não trazer um material bibliográfico
no mesmo formato e apenas o físico.
Para um estudante da EaD, que tem um dia mais cheio e precisa contar com a liberdade e
flexibilidade do modelo, ir para o campus apenas para buscar um livro se tornaria extremamente
difícil. Além disso, em muitos casos, os estudantes nem mesmo moram na cidade de sua IES,
sendo, deste modo, imprescindível ter acesso à uma biblioteca digital.

4. Preservar e armazenar as obras


Um dos grandes problemas dos livros físicos é que eles se desgastam. Seja por efeito do
tempo ou por mau uso dos exemplares pelos usuários, as obras começam a se deteriorar e
muitas vezes se tornam inutilizáveis.
Um título digital não perderá nunca sua qualidade, se mantendo legível para todos mesmo
com o passar do tempo. Além disso, nas bibliotecas físicas, importantes obras podem também ser
perdidas. Assim, contar com uma biblioteca online garante que todo o acervo seja mantido e
preservado.

5. Facilitar as pesquisas dos títulos


O uso da internet tem se tornado cada dia mais fácil e intuitivo. Com a biblioteca digital, os
mecanismos de pesquisa tornam essa procura por determinado título em uma atividade de
segundos. Além de não precisar ficar procurando por um livro entre diversos corredores, e com a
chance de não encontrá-lo, o estudante poderá ter um acesso mais fácil aos títulos semelhantes.
6. Incentivar a leitura
Esse não é um objetivo apenas da biblioteca digital, mas sim de qualquer modelo. Ter
acesso a um acervo completo faz com que o estudante tenha mais interesse pela leitura, sem
nenhuma barreira financeira.
Ao ter o acesso aos livros ainda mais fácil, sem precisar gastar tempo com locomoção, e
nem ter horário certo para isso, o estudante terá ainda mais motivação para ler. Mais à frente,
ainda neste material, apresentaremos dicas para incentivar a leitura!

Como funciona uma biblioteca digital?


A popularização das bibliotecas digitais está chamando atenção em todo o país. Porém,
esse formato de acervo ainda não é tão conhecido no Brasil e, por isso, pode gerar dúvidas sobre
seu funcionamento. Tanto bibliotecários quanto outros profissionais de IES e até mesmo os alunos
podem estar se perguntando: como funcionam as bibliotecas digitais?
Apesar de ser uma dúvida comum, a resposta não é nenhum segredo: uma biblioteca
digital reúne títulos selecionados assim como uma biblioteca física. No entanto, ainda assim,
existem características específicas e alguém que está pouco habituado com esses espaços pode
ficar um pouco confuso. Por isso, vamos explicar melhor como usá-las.
É verdade que, nas bibliotecas digitais, os livros não ficam expostos em uma prateleira,
esperando que você passe por eles e decida qual levar para casa. Mas isso não é um problema.
Em geral, somos apresentados a uma página inicial que permite todo tipo de busca: por nome de
autor, gênero, ISBN, editora, palavra-chave… E, assim, podemos filtrar melhor o que queremos
encontrar.
Digamos, por exemplo, que queremos buscar alguns livros sobre educação. Podemos
colocar na barra de pesquisa a palavra “educação”, mesmo ela sendo bem ampla, e começar por
aí. Dessa maneira, a plataforma nos apresentará todos os materiais indexados com ela e nós
poderemos ler títulos e outras informações para decidir qual queremos pegar emprestado.
Em seguida, basta selecionar o livro e “adquiri-lo”. Como se trata de um acervo digital,
mais de uma pessoa pode ler o mesmo livro e, ainda realizar anotações na obra. Além disso, são
oferecidas funções de organização e gestão desse espaço, o que facilita o trabalho dos
bibliotecários.
A leitura é feita em um ambiente próprio e, porque a biblioteca pode ser acessada de
qualquer lugar, não está limitada ao computador. Celulares e tablets, mais fáceis de carregar e
manusear por aí, também servem como ambientes para leitura.

Como a biblioteca digital é acessada pelos alunos?


Com o aumento do nosso uso da internet, uma das maiores dificuldades é manter todos os
logins e senhas que temos para acessar os mais diversos serviços. Ao apostar em uma biblioteca
digital, a IES pode contar com seu acesso sem que o aluno precise criar um novo perfil para
utilizar o serviço.
Com a inserção de um simples botão na plataforma de aprendizagem da IES, o estudante
irá direto para o espaço da biblioteca, sem precisar realizar mais um login. Se a IES não contar
com esta plataforma, esse serviço poderia também ser inserido no portal do aluno de seu site
educacional, por exemplo.
Independente de estar linkado nos endereços online da IES ou não, esse acesso deve ser
facilitado. A plataforma que hospeda a biblioteca deve ter um visual interativo, que seja atrativo e
de uso intuitivo.
É também importante aprimorar o uso da biblioteca com diversas ferramentas disponíveis.
Hoje em dia, há recursos que:
 Facilitam as pesquisas, seja por nome do autor, da obra, da disciplina, etc;
 Permitem a marcação de trechos e adição de comentários sobre o conteúdo;
 Simplificam a realização de referências bibliográficas e
 Apresentam sumário interativo com linkagem para capítulos específicos.

Como gerir uma biblioteca digital?


Uma boa gestão de bibliotecas digitais engloba diferentes processos, como o controle de
inventário, aquisição de novas obras e assinatura de periódicos. É essa gerência que determina a
manutenção de um acervo de qualidade e atualizado.
Abaixo você encontra alguns passos que vão te ajudar na organização da biblioteca digital
da sua IES:
 Identificar obras: Localizar as fontes, autorias e os temas das obras é fundamental para
que o bibliotecário possa garantir a confiabilidade do acervo.
 Organizar obras: os filtros para subdividir as obras catalogadas devem considerar os
autores, temas e identificações ideológicas.
 Pesquisar e adquirir novas obras: o bibliotecário é responsável pela atualização do
acervo digital. Isso pode ser feito pela própria plataforma.
 Atender aos alunos: mesmo se tratando de uma plataforma online, o atendimento aos
alunos é uma etapa essencial para o bom funcionamento da biblioteca. A presença de um
espaço de perguntas frequentes e a disponibilidade de atendimento por chat, e-mail ou até
telefone são recomendadas.
 Gerar relatórios: os relatórios são essenciais para uma boa avaliação da sua biblioteca e
também para atender os requisitos do MEC.

Como organizar a biblioteca digital?


Para organizar uma biblioteca tradicional, é preciso levar em consideração os problemas e
estratégias de seleção e aquisição de materiais. Por outro lado, para organizar uma biblioteca
digital, além dessas questões, precisa-se considerar também qualquer empecilho que possa ser
causado pelo caráter digital dos conteúdos trabalhados.
Um exemplo muito simples é a interação entre os materiais digitais e os materiais físicos,
nos casos em que a IES conta com os dois formatos de bibliotecas. É preciso pensar em
estratégias para garantir a comunicação entre os dois acervos e para informar ao aluno que
alguns conteúdos só estarão disponíveis para consulta presencial.
Além disso, uma biblioteca digital pode contar com diferentes formatos de texto em um
único banco de dados. Livros, imagens e sons, por exemplo, já exemplificam a vastidão de
informações que devem ser consideradas antes de estabelecer um sistema de organização
eficiente.
Por isso, para organizar uma biblioteca digital, é preciso considerar dois pontos
específicos: metadados e busca por expressões.

1. Metadados
Os metadados são um conjunto de elementos em que cada um deles descreve uma
informação de um material. Assim, pode-se ter maior clareza sobre o uso daquele conteúdo, sobre
sua aplicação e sobre os seus detalhes estruturais.
A utilização de metadados é recomendada nas bibliotecas digitais porque facilita a
descoberta de usos e recursos de cada documento armazenado. Isso favorece tanto a busca de
conteúdos específicos feita pelos estudantes quanto a organização de materiais de conteúdos
similares em grupos pré-estabelecidos.

2. Busca por expressões


Ao contrário das bibliotecas tradicionais, nas quais os estudantes buscam pelo título de um
livro específico ou têm auxílio direto para pesquisa, as bibliotecas digitais permitem buscas mais
personalizadas e específicas. Em alguns casos, os estudantes pesquisam uma expressão-chave
para o tema de seu interesse, de modo que a biblioteca é capaz de selecionar conteúdos que a
contenham.
Esse tipo de busca, porém, exige maior atenção, graças à variedade de formas em que
podem ser escritas. Por exemplo: um aluno de um curso da saúde pode pesquisar “efeito de
psicotrópicos em adolescentes”, “efeitos de drogas em adolescentes”, “drogas adolescentes
efeito”, etc. E todas essas buscas deveriam retornar os mesmos resultados.
Diante dessa dificuldade, é preciso pensar em estratégias de organização de conteúdos
que entreguem aos estudantes os conteúdos que eles desejam alcançar. Principalmente quando
falamos de bibliotecas digitais que guardam também dissertações e teses, uma busca por
expressões mais eficaz é um importante diferencial.

Quais são as vantagens de uma biblioteca digital?


Já vimos que as bibliotecas online podem ser de grande ajuda no incentivo à leitura. No
entanto, essa não é a única vantagem desse tipo de plataforma. As bibliotecas virtuais trazem
vantagens tanto para os estudantes, quanto para a instituição de educação superior. Confira
alguns:
1. Melhor avaliação do MEC
Para obter nota 5 no MEC, as IES devem seguir algumas normas obrigatórias
estabelecidas pelo Inep. E entre elas está o tombamento e informatização do acervo físico
bibliográfico da Instituição de Educação Superior. Com a biblioteca digital isso é possível!

2. Acesso remoto e simultâneo


As bibliotecas digitais oferecem maior praticidade aos alunos. Com elas, os estudantes
podem acessar as obras do acervo de qualquer lugar e sempre que necessário. Basta apenas
estar conectado à internet. Além disso, mais de um estudante pode acessar a mesma obra ao
mesmo tempo, o que faz com que não seja necessário esperar para consultar um material
importante.

3. Redução de custos
Mais uma vantagem para IES diz respeito aos custos administrativos. Com a biblioteca virtual, a
IES economiza nas reparações e nas manutenções de obras, além de não se preocupar com
desvio ou danos a livros e periódicos. As demandas de aquisição e atualização também ficam
otimizadas, visto que a gerência da biblioteca virtual ocorre principalmente na plataforma
contratada e é ela que atualiza o acervo.

4. Gestão otimizada
Etapas de organização, identificação, reparação das obras e atendimento aos alunos são
facilitadas nas bibliotecas digitais se comparadas às físicas. Até mesmo a geração de relatórios e
análise de dados são mais otimizados na versão online das bibliotecas. E os estudantes também
se beneficiam dessa vantagem. Afinal, a indicação de obras e a identificação de seu perfil de
leitura também são facilitadas e automatizadas.
5. Conteúdos atuais
As bibliotecas digitais também oferecem às IES maior facilidade de ampliação do acervo, o
que faz com que os alunos e professores tenham acesso a conteúdos atuais. Para alguns cursos,
como o curso de Direito, a possibilidade de contar com materiais atualizados é fundamental, uma
vez que as mudanças nas leis interferem na atuação desses estudantes. Vale pontuar, também,
que é mais econômico atualizar o acervo com a biblioteca digital, já que a instituição de educação
superior não precisa arcar com os custos de vários exemplares.

6. Preservação de materiais
Um dos maiores riscos vivenciados pelas bibliotecas físicas é o dano aos materiais de
consulta. Livros riscados, com páginas soltas ou rasgados atrapalham os estudos de outros
estudantes e, infelizmente, são muito comuns. Com a biblioteca digital, porém, a preservação
desses materiais pode acontecer. Afinal, os alunos fazem marcações em seus próprios aparelhos,
deixando o texto intacto. E, por serem digitais, os materiais não estão expostos à ação do tempo
ou das condições de armazenamento.

7. Interface intuitiva
Para o estudante do futuro, a navegação em ambientes online não é apenas natural — é
parte inseparável do processo de aprendizagem. Em uma biblioteca física, pode acontecer de o
estudante ficar perdido com a disposição dos livros e os sistemas de organização. Mas, em uma
biblioteca digital, essa navegação é facilitada. Assim, os estudantes conseguem navegar pelo
catálogo sem enfrentar problemas, e também têm mais chances de encontrar materiais úteis para
os seus estudos através de mecanismos de buscas por expressões.

8. Transformação tecnológica
Para as IES preocupadas em criar um espaço educacional que utiliza a tecnologia como
parte do ensino, como nas metodologias ativas, as bibliotecas digitais oferecem uma grande
oportunidade de avanço. Afinal, elas são eficazes em integrar a educação e a tecnologia,
estimular a leitura digital e criar o hábito do estudo mesmo nos ambientes online. As bibliotecas
digitais também contribuem para que os estudantes percebam a IES como um espaço mais
moderno, o que aumenta o valor da instituição.

9. Conteúdos raros e em outros idiomas


Uma das grandes vantagens das bibliotecas digitais é que elas possibilitam a criação de
um acervo com materiais raros ou importados sem grandes custos. Isso amplia o acesso dos
estudantes à informação, o que é fundamental sobretudo nas áreas em que as pesquisas e
novidades são mais frequentes — como a área da saúde.
Uma vantagem ainda maior das plataformas de bibliotecas digitais pode ser, ainda, a
tradução simultânea desses conteúdos, com ajuda do Google Tradutor, por exemplo. Dessa
maneira, o acesso é ainda mais ampliado para os alunos.
Além disso, as bibliotecas digitais permitem preservar e manter vivos os materiais
considerados raros, sejam eles edições especiais ou livros já descontinuados. Com isso, os
alunos também podem encontrar com mais facilidade os materiais que desejam.

10. Diversidade de recursos


Por estar em uma plataforma digital, as bibliotecas digitais oferecem aos estudantes e
professores diferentes recursos. Um deles, por exemplo, é a possibilidade de anotar e grifar
trechos específicos, que podem ficar armazenados em um documento de acesso recorrente.
Assim, mesmo depois que o livro é devolvido ao acervo, o estudante não perde o acesso às suas
anotações e pode continuar a consultá-las, caso queira.
Outra vantagem é a integração com outros formatos, como o áudio, a partir de ferramentas
que auxiliam na acessibilidade ao conteúdo. Essa vantagem promove:
 A ampliação do acesso aos livros, aumentando a acessibilidade;
 A criação de planos de aula e atividades mais dinâmicas;
 A possibilidade de que alunos e professores “ouçam” um livro enquanto realizam outras
atividades;
 A criação facilitada de mapas mentais e/ou o trabalho com recursos visuais, para alunos
que aprendem melhor dessa maneira

FORMAS ADEQUADAS DE MANIPULAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE


DOCUMENTOS

 Tenha as mãos limpas ao manusear livros.


 Nunca retire um livro da estante puxando-o pela parte superior da lombada. O correto é
empurrar os volumes laterais e retirar o desejado pelo meio da lombada.
 Nunca umedeça os dedos com saliva ou qualquer outro líquido para virar as páginas de
um livro. O ideal é virar a página pela parte superior da folha.
 Nunca apoie os cotovelos sobre os livros durante a leitura, nem coloque objetos sobre
livros abertos. Esse procedimento acarreta uma pressão nas costuras dos cadernos e nas
lombadas, danificando a encadernação.
 Nunca apoie os livros em superfícies sujas e irregulares.
 Nunca fume quando estiver manuseando um livro. A fumaça do cigarro e as cinzas
provocam manchas e o amarelamento das páginas, além de impregnar o material com um
odor desagradável.
 Nunca coloque obras dentro de outras obras.
 Nunca risque os livros, nem mesmo a lápis. As suas anotações e os seus grifos podem
não ter importância para outros leitores e prejudicam a leitura alheia devido à poluição
visual que provocam.
 Nunca retire páginas dos volumes. Ao rasgar ou arrancar folhas você estará mutilando
informações que podem ser únicas e insubstituíveis, além de estar danificando um
patrimônio público, que é de uso de todos.
 Evite comer e beber ao manusear livros e mantenha as obras longe de alimentos. Essas
substâncias causam danos irreversíveis aos materiais.
 Proteja os livros da chuva acondicionando-os em sacolas plásticas.
 Nunca deixe os livros expostos ao sol, pois os raios solares e o calor descolorem os
pigmentos e oxidam o papel.
 Nunca dobre as folhas nem utilize papéis autocolantes e objetos metálicos como clipes,
grampos e alfinetes para marcar páginas. Prefira marcadores convencionais.
 Se for fazer cópias de páginas, solicite cuidado ao operador da copiadora.

PREVENÇÃO DE DETERIORAÇÃO
Conservar os livros da biblioteca escolar é uma das grandes preocupações de todo gestor.
Isso porque o acervo existe para apoiar, incrementar e fortalecer o projeto pedagógico das
escolas. Além de valorizar a leitura e proporcionar condições para que os usuários interessados
possam fazer uso das obras.
Fatores que geram desgaste nas obras
Os livros são itens que possuem uma certa fragilidade. Isso acontece porque seu material
principal, o papel, é sensível a agentes deteriorantes como umidade, pragas, calor e
luminosidade. Sem contar, os processos químicos, como a acidez.
Os três principais fatores que colocam em risco a integridade de um livro são:
1. Fatores físicos
Para conservar os livros da biblioteca é importante se atentar à umidade e a temperatura.
Aliás, as variações climáticas podem causar movimentos de contração e alongamento das fibras
do papel, favorecendo a proliferação de agentes biológicos, que trataremos a seguir.
Além disso, outro fator físico a se considerar é a iluminação. Afinal, se inadequada, pode
causar desbotamento ou escurecimento do papel e das tintas, bem como acelerar a degradação
das fibras do papel.
2. Fatores biológicos
Os fatores biológicos dificultam a tarefa de conservar os livros da biblioteca e podem
causar danos irreparáveis. São eles: insetos, microorganismos, roedores e, infelizmente, o próprio
ser humano.
3. Fatores químicos
Como fatores químicos temos a poluição atmosférica ambiental, que causa danificações por
possuir gases que atacam a celulose do papel. Além disso, a acidez também causa a degradação
do papel – podendo ser causada por fatores externos ou internos.
Papel dos responsáveis por conservar os livros da Biblioteca
Como dito no tópico anterior, existem diversos fatores que causam a deterioração dos
livros. Sendo assim, é necessário buscar formas de lidar com esses agentes. Mas implementar
alguns cuidados básicos previne o surgimento de vários desses agentes citados no tópico anterior.
Vale ressaltar que essa rotina de conservação faz parte das muitas tarefas do gestor de
bibliotecas.Por isso, é fundamental contar com um bom software para gerenciamento desses
espaços. Ele vai otimizar o tempo dos profissionais para que possam se dedicar a tarefas que não
podem adiadas, como cuidar bem do acervo.

Cuidados cotidianos com os livros


1) Manter a higienização é um dos cuidados para conservar os livros da biblioteca :
A higiene dos locais de armazenamento dos livros é importante para manter o acervo em boas
condições. Assim, as estantes, armários, os próprios livros e todo o ambiente devem estar sempre
arejados. E quem ama tanto os livros, sabe que a limpeza periódica deve ser executada com
produtos e utensílios adequados, evitando danos.
2) Livre-se da umidade : A umidade é uma grande inimiga dos livros. Ela pode facilitar a
proliferação de fungos e outros agentes biológicos que irão deteriorar o papel. Por isso, é
importante conservar as obras da biblioteca em locais frescos, secos e arejados. Se necessário,
instalar desumidificadores e dispositivos que evitem a proliferação de fungos no ambiente da
biblioteca.
3) Deixe o livro respirar: Um costume positivo que deve ser realizado periodicamente e
contribui para conservar os livros da biblioteca é retirá-los da estante e folheá-los. Essa atitude
simples é importante para deixar o ar passar pelas páginas antes de devolvê-los à estante.
4) Cuidar das estantes é uma boa prática para conservar os livros da biblioteca: As
melhores estantes para expor os livros são feitas de metal. Elas evitam infestações de insetos e
são mais resistentes aos produtos químicos usados na limpeza. Porém, se na sua escola elas
forem de madeira, o jeito é intensificar a limpeza e inspeção. Afinal, a limpeza mensal dessas
estantes contribui para conservar os livros da biblioteca.
Preservar o acervo de bibliotecas é um trabalho árduo, uma vez que os livros entram e
saem continuamente do espaço. Assim, toda pessoa que pega um livro emprestado deve ter
consciência de suas responsabilidades perante aquele item que não lhe pertence. E que, após
sua devolução, será útil para muitos outros usuários.

GESTÃO DE ARQUIVOS FÍSICOS E DIGITAIS

 Qual a diferença de arquivo e biblioteca?


Para Vleeschauwer, os arquivos seriam o destino lógico de todos os registros da informação - ou
documentos - considerados de ação, ou de decisão, ficando para as bibliotecas os registros da
informação relativos ao pensamento, isto é, à produção intelectual.

 O que diferencia um arquivo de uma biblioteca?


Aferimos que a biblioteca na qual trabalha a bibliotecária pertence à modalidade de Bibliotecas
Universitárias; já o arquivo pertence a um setor (secretaria jurídica) de uma organização,
oferecendo gestão de documentos de cunho jurídico.

 O que é o conceito de arquivo?


Conforme o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2005) arquivo é um conjunto de
documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou
família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do suporte.

 Qual é a função de um arquivo?


Arquivar os documentos, visando a preservação da informação; Conservar e assegurar a
integridade dos documentos, evitando danos que possam ocasionar a sua perda; Executar as
funções específicas conforme a organização e administração da instituição.

 Qual a diferença entre documento e arquivo?


Documento é a unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato.
Documento de arquivo é o documento produzido ou recebido, no curso de uma atividade prática,
como instrumento ou resultado da tal atividade e retido para ação ou referência.

 Quais são os quatro tipos de arquivo?


Arquivo central.
Arquivo corrente.
Arquivo intermediário.
Arquivo permanente.

 O que é um arquivo digital?


Arquivo digital é um documento, imagem, som ou vídeo armazenado em discos rígidos ou
memórias de servidores, computadores ou celulares. Esses registros, ao invés de possuírem
alguma forma física, existem em formato digital, ou seja, são gravados em bits e bytes em
sistemas de armazenamento.

 Quais são os tipos de bibliotecas que existem?


As bibliotecas podem ser classificadas em seis tipos: nacionais, universitárias, públicas, escolares,
especiais e especializadas. Essa divisão se dá de acordo com as funções que cada tipologia
desempenha, o tipo de leitor para o qual direcionam seus serviços e o nível de especialização de
seu acervo

 O que é um arquivo bibliográfico?


Item bibliográfico é cada unidade que compõe as coleções das bibliotecas: são os livros,
periódicos, mapas, CDs, DVDs, artigos, TCCs, teses, dissertações, ou seja, todas as peças
existentes no acervo da UFF. Registros bibliográficos são os dados que descrevem um item
bibliográfico.

 O que é um arquivo físico?


O arquivo físico é nada mais do que um papel com informações sobre algum assunto, seja
contrato, dados pessoais, currículo, entre outros. Ou seja, ele serve para armazenar informações
específicas sobre algum assunto, independente de qual seja.

 Qual a diferença entre arquivo físico e digital?


Os documentos digitais muitas vezes podem ser acessados de qualquer lugar se houver acesso à
internet. Por outro lado, os físicos, para consulta, podem pressupor o deslocamento físico de
quem o pretende manusear para efetivá-la. Entretanto, documentos físicos também podem ser
digitalizados.

ORGANIZAÇÃO DE DOCUMENTOS
Pessoas e empresas possuem documentos importantes que geram a necessidade de serem
guardados. Porém, devido à importância que possuem apenas guardá-los não é o suficiente.
Precisam ser arquivados de maneira segura e organizada, para que sejam localizados com
facilidade e agilidade, quando algo ou alguma ocasião exigir. É de grande benefício quando existe
a organização de documentos, pois, há controle e monitoramento mais precisos da
documentação.
A demanda documental é simplificada quando tudo está em ordem. Assim, evitamos
aquela bagunça de várias caixas, vários documentos misturados e perdidos, onde não se
encontra o que precisa, simplesmente porque não houve a gestão de documentos. Quantas vezes
isso já aconteceu com você?
Acaba sendo um tempo precioso desperdiçado, o clima organizacional vai se tornando
pesado, outras pessoas acabam deixando suas responsabilidades para se envolverem na tarefa,
na busca de um papel, em um arquivo físico, que praticamente foi jogado no meio de milhares,
onde ninguém, nem mesmo a pessoa que o arquivou, faz a mínima ideia de onde ele esteja
guardado.
Se seus documentos físicos e digitais, forem organizados de maneira adequada e correta,
haverá um padrão no seu acervo, os documentos serão identificados rapidamente, não haverá
dificuldades para localizá-los, será gerada uma economia de tempo, tanto de encontrar o que
precisa, quanto de ter que agilizar todo o processo em relação aos dados do documento, os riscos
de ter que descumprir prazos solicitados – serão mínimos, perdas e extravios serão evitados e
você terá um ambiente organizado, produtivo e muito agradável.
Diferença dos tipos de documentos
Existem documentos físicos e digitais, para ambos há a importância da organização.
Os documentos físicos são guardados e organizados em caixas e pastas com identificação
e os digitais são armazenados na memória de computadores, separados por pastas e subpastas.
Os arquivos físicos ocupam muito mais espaço nos acervos e se bem cuidados podem
durar muitos anos. Os digitais são mais simples de organizar e são mais frágeis, sua conservação
depende de softwares e de hardwares.
A organização dos documentos permite:
 Captura fácil e ágil;
 Conservação;
 Segurança;
 Ordem;
 Pesquisa correta e prática.
Quando o volume de documentos é pequeno, a ordem é mais fácil de ser mantida.
Conforme o número de arquivos cresce e a quantidade de dados é alimentada, o processo ser
torna mais complexo, onde se pode começar a surgir os problemas.
Nesse momento você começa a considerar as técnicas de armazenamento e reconhece a
sua importância, por tantos benefícios que ela traz e por tantos transtornos que evita. Muito
interessante, concorda?
Há um recurso chamado indexação, que é uma forma muito eficiente de organizar e
encontrar um documento. Indexar é representar um documento com palavras referentes ao seu
assunto, o documento é analisado e termos são extraídos para a sua identificação no momento da
sua busca. Ou seja, a atividade de indexar arquiva um documento com o objetivo de facilitar sua
localização posteriormente.

ADMINISTRAÇÃO

Toda organização precisa de uma boa comunicação. Ambiguidades e distorções


prejudicam a compreensão daquilo que está sendo comunicado, o que afeta o alcance dos
objetivos da organização, prejudicando a eficiência. Um dos fatores críticos de sucesso em uma
organização é uma comunicação clara e eficaz.
Cabe relembrar, ainda, que comunicação é uma interação entre duas ou mais parte. Assim,
é fundamental que o emissor adote os meios necessários para se fazer entender. Deve haver a
preocupação não apenas com o que está sendo comunicado, mas, principalmente, com o que
está sendo compreendido pelo destinatário da mensagem.
Nesse sentido, a comunicação organizacional engloba a comunicação interna e a externa,
pois deve se ocupar tanto de comunicar a missão, visão, os objetivos e metas organizacionais aos
colaboradores, quanto projetar a empresa externamente, alcançando seu público-alvo.
Assim, a comunicação organizacional, mediante o uso dos canais corretos e tipo de
linguagem adequada, deve buscar estratégias para uma comunicação efetiva e eficaz, eliminando
possíveis barreiras existentes, tanto interna, quanto externamente.
Detalharemos, nos próximos tópicos, os conceitos mais cobrados de comunicação
organizacional para concursos.
Conceitos iniciais
A comunicação organizacional para concursos pode ser subdividida de algumas formas,
conforme veremos a seguir. Primeiramente, temos a comunicação formal. Esta ocorre utilizando
os meios formais da organização, respeitando os trâmites necessários. É uma forma mais lenta de
comunicação.
Em contraponto, a comunicação informal ocorre de maneira espontânea entre os
colaboradores, sem utilizar os meios formais da organização. Trata-se de uma forma de
comunicação que ocorre de maneira mais dinâmica.
Avançando, temos a comunicação interna, que é aquela realizada no interior da
organização. Não confunda com a comunicação informal (abordada anteriormente), que é a feita
de forma independente dos canais oficiais da empresa.
A comunicação interna é vital para a comunicação integrada na organização, conceito que
significa a integração de todos os canais e métodos de comunicação da empresa. Possibilita a
participação de todos os colaboradores, favorecendo o diálogo e troca de informação.
Além disso, a comunicação interna permite a interação entre os gestores e os demais
níveis organizacionais, estimulando a troca de ideias e de informação entre estes níveis e
estimulando, ainda, a troca de percepções e sugestões entre eles.
A comunicação interna deve informar e permitir a participação de todos os colaboradores.
As políticas da organização e suas estratégias devem ser claras ao público interno, para que
entendam o que a organização permite e o que espera em termos de objetivos e metas, além dos
comportamentos esperados por parte dos colaboradores.
Já a comunicação externa é aquela que dialoga com sujeitos externos à organização.
Em todos os casos, a qualidade e o conteúdo caminham juntos, sendo necessário
transmitir as informações com a velocidade desejada, sem omissões, repassando aquilo que seja
relevante. Já a linguagem deve ser clara o bastante para que todos compreendam a informação.

Elementos da comunicação organizacional


Conforme dito anteriormente, a comunicação deve envolver duas ou mais partes, e deve haver
uma mensagem a ser comunicada. Assim, para que ocorra de fato uma comunicação, são
necessários alguns elementos, os quais serão vistos a seguir:
 Emissor - é aquele que inicia o processo de comunicação, emitindo a mensagem.
Também chamado de “Fonte”.
 Transmissor ou Codificação – meio que codifica a mensagem, transforma a ideia em
uma mensagem.
 Mensagem – aquilo que de fato está sendo comunicado.
 Canal ou Meio – por onde a mensagem será enviada.
 Receptor – parte que recebe a mensagem.
 Ruído – barreiras ou distorções de comunicação que modificam o sentido da mensagem.
 Retroação ou Feedback – é o retorno do receptor ao emissor. De vital importância, pois
aqui será aferido o sucesso ou não da comunicação.

Veja esta questão da FGV (COMPESA) sobre os elementos da comunicação:


“Assinale a opção que indica os seis elementos fundamentais do processo de comunicação.
A – Destinatário, transmissor, meio, receptor, destino e ruído.
B – Pessoa, remetente, canal, receptor, destino e barreiras.
C – Fonte, transmissor, canal, receptor, destino e ruído.
D – Pessoa, remetente, meio, transmissor, receptor e ruído.
E – Fonte, transmissor, meio, ambiente, receptor e barreiras.”
Diante do que vimos neste tópico de comunicação organizacional para concursos, a
resposta só pode ser a letra C.

Fluxos de comunicação organizacional


Os fluxos de comunicação mais comumente cobrados nas provas de comunicação
organizacional para concursos são:
 Descendente: dos chefes para os subordinados, geralmente utilizada para orientações,
fornecimento de diretrizes ou normas e feedback sobre resultados;
 Ascendente: dos subordinados para os chefes, geralmente para feedbacks sobre o
trabalho, sugestões, e, no caso de empresas em que a comunicação é mais livre,
reclamações;
 Horizontal ou lateral: ocorre entre pessoas do mesmo nível hierárquico;
 Diagonal: ocorre entre uma chefia funcional e subordinados de outro departamento
funcional.

Veja um exemplo de cobrança em prova deste tópico, na prova do CFO-DF, banca Quadrix:
“O fluxo de comunicação ascendente é utilizado normalmente pelos subordinados, que
informam aos superiores sobre andamento e problemas do trabalho.”
Afirmativa Correta! Como visto anteriormente, a comunicação ascendente consiste em uma
comunicação “bottom-up”, ou seja, de baixo para o topo. Utilizada pelos colaboradores para se
comunicarem com os superiores.

Barreiras
Para a comunicação ser eficaz, ela deve vencer algumas barreiras que podem se
apresentar durante o processo. As barreiras são comumente classificadas em físicas, semânticas,
psicológicas, dentre outras.
Dentre as mais cobradas em concurso, temos a “filtragem”, que ocorre quando o emissor
manipula a mensagem de maneira que ela não chegue de forma demasiadamente negativa ao
receptor. É, em outras palavras, a “maquiagem” da mensagem.
Dessa forma, quanto mais simples e diretas forem as mensagens, menor a chance de
ocorrer a filtragem na comunicação.

Perceba esta questão da FCC (AL-AP / 2020) sobre o assunto:


“Algumas barreiras podem dificultar, ou até mesmo distorcer, a comunicação eficaz.
“Quando um gestor diz ao seu superior exatamente aquilo que acredita que o chefe quer
ouvir […]”, ele está impondo uma barreira à comunicação conhecida como
A) Filtragem.
B) Percepção seletiva.
C) Sobrecarga.
D) Propagação exclusiva.
E) Difamação.”
Perceba que a questão traz justamente um caso de filtragem. O gestor manipulou
previamente a informação que chegaria ao seu superior, filtrando aquilo que ele entendia não ser
adequado que chegasse ao chefe. Assim, a resposta é a letra A) Filtragem.

Comportamentos na comunicação organizacional


Como a comunicação envolve uma interação entre partes, é comum que estas tenham
comportamentos distintos ao se envolverem na comunicação.
O primeiro comportamento é o passivo. O passivo pode até discordar do que está sendo
dito, mas sempre releva, evita divergir. Ele não apresenta sua própria opinião. Já a atitude
receptiva está relacionada à disposição em receber e aceitar a mensagem, sem distorções no seu
conteúdo e com alta concentração nela.
Caminhando, o comportamento agressivo é aquele que muitas vezes nem mesmo permite
que a outra parte conclua seu raciocínio. Este comportamento é caracterizado por impulsividade,
ironia, arrogância e ataque aos outros. Está sempre tenso e preparado para o ataque, podendo
até mesmo falar alto, criticar e interromper os outros. Não há, por parte do agressivo, disposição
em receber a mensagem.
Por fim, o modo assertivo está calcado na segurança com que o receptor age ao receber a
mensagem. Encontra-se sempre firme ao apresentar suas convicções, com educação, mas com
firmeza e tom de voz adequados. Não desrespeita os outros, mas também não abre mão de seus
valores. Não age de modo enfático nem muito menos transmite ansiedade.

Conclusão
Chegamos ao fim do nosso resumo sobre comunicação organizacional para concursos.
Utilize este Guia com a finalidade de reforçar os conceitos teóricos e revisar os estudos. Este
resumo não substitui as aulas teóricas e a resolução de muitas questões sobre o tema.

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