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RESUMO DO LIVRO

A BIBLIOTECA ESCOLAR: temas para uma prática pedagógica


Bernadete Campello
POR: ANGELA APARECIDA RIBEIRO – 13/04/2016
(Observação: este resumo foi feito apenas para estudo)
(não para apresentação como trabalho de disciplina, pois não esta dentro das normas).

CAP 1 –
Bernadete Campello

A COMPETÊNCIA INFORMACIONAL NA EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI caracterizada por


mudanças exige de jovens e crianças que venham a aprender a pensar de forma lógica e criativa,
a solucionar problemas, a usar informações e comunicar-se efetivamente.

As correntes pedagógicas construtivistas, segundo o qual o aluno aprende a partir de


experiências, construindo ele próprio seu conhecimento privilegia a aprendizagem baseada em:
1. Questionamentos
2. Estratégias didáticas

Isso exige que os indivíduos desenvolvam habilidades especificas para lidar com a informação.
Este conjunto de habilidades está sendo chamada de “competência informacional”, que é o
“conjunto de habilidades necessárias para:
1. Localizar;
2. Interpretar;
3. Analisar;
4. Sintetizar;
5. Avaliar e
6. Comunicar informação.
Esteja ela em fontes impressas ou eletrônicas”.

Nos Estados Unidos desde a década de 1970 já existem programas destinados a desenvolver
esta competência nos alunos desde as primeiras séries. A classe bibliotecária, em especial tem
procurado mostrar o papel da biblioteca escolar nestes programas.

Competência informacional combina com o ensino no qual o professor não atua como transmissor
de conhecimentos, e sim como orientador do aluno na busca de interesses. Na busca de soluções
exige-se o abandono da predominância de aulas expositivas em que o professor é o único
informante e o livro didático a única fonte de informação, sendo a biblioteca escolar, sem dúvida, o
espaço por excelência para promover experiências criativas de uso da informação. A escola não
pode mais se contentar em ser apenas transmissora de conhecimentos, tem que promover
oportunidades de aprendizagem que deem ao estudante condições de aprender a aprender.

CAP 2 – A BIBLIOTECA FAZ A DIFERENÇA


Maria Eugênia Albino Andrade

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos tem demonstrado que estudantes de escola que
mantêm bons programas de bibliotecas aprendem mais e obtêm melhores resultados em testes
padronizadas do que alunos de escolas com bibliotecas deficientes.

Os estudos provaram que aumento do tempo das crianças na escola, a diminuição do número de
alunos por classe, implantação de recursos de informática, avaliações mais frequentes e outros
recursos tiveram influência positiva. Entretanto, a influência da biblioteca apresentou-se de forma
clara e consistente, mostrando que um bom programa de biblioteca, que conta com:

1. Biblioteca com profissional especializado em tempo integral;


1
2. Equipe de apoio treinada;
3. Desenvolvimento de programas de ensino de uso da biblioteca e de outras fontes de
informação;
4. Planejamento de atividades em conjunto com corpo docente;
5. Cultiva relacionamentos com a biblioteca pública;
6. Fornecia treinamento para professores;
7. Mantém horário de funcionamento mais longo da biblioteca;
8. Participação do bibliotecário em reuniões pedagógicas;
9. Acervo atualizado, contendo diversos tipos de materiais informacionais;
10. Políticas de desenvolvimento de acervo que direcionam adequadamente seus acervos;
11. Tamanho de acervo;
12. Bibliotecário em horário integral na escola;
13. Acesso a internet com computadores conectados em rede e interligando os recursos da
biblioteca às salas de aula e aos laboratórios.

Resultou no melhor aproveitamento escolar dos estudantes, independentemente das


características sociais e econômicas.

CAP 3- BIBLIOTECA E PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS


Bernadete Campello

Os PCN entendem que é necessário para uma leitura eficiente, que se forme leitores competentes
e não leitores que leiam apenas esporadicamente e entendem que a biblioteca é um espaço apto
a influenciar o gosto pela leitura.

Segundo Campello o PCN exige que a escola crie oportunidades para uma aprendizagem mais
diversificada para crianças e jovens e descrevem portanto os diversos papeis da biblioteca
participante na formação de crianças e jovens. O PCN entende que a biblioteca é um espaço apto
que influência o gosto pela leitura, sendo lugar de aprendizagem permanente e que envolve
atividades mentais de problematização, oferecendo aos alunos oportunidades de construir ou
ampliar modelos para explicar um fenômeno, e a biblioteca fornece, através de um acervo rico e
bem formado, oportunidades para que os alunos reconstruam ou ampliem esses modelos.

A questão da cultura é outro ponto do PCN, ou seja a formação de um cidadão consciente


assimilando conceitos de espaço público, cidade, instituições, preservação, acervos culturais,
respeito e zelo para com o espaço coletivo e valores ligados aos cuidados com os livros e outros
materiais, numa perspectiva construtivista e questionadora. O PCN descreve a biblioteca tendo
um papel participante na construção destes conceitos que levam a necessidade de frequentar
(museus, galerias de arte, bibliotecas , arquivos).

CAP 4 – ESCOLA, BIBLIOTECA E LEITURA


Maria da Conceição Carvalho

Segundo Carvalho a leitura no processo educativo é inquestionável. Mas que tipo de leitores a
escola esta formando?

Leitores que são consumidores de cultura e não autônomos.

Para que o processo efetivo da leitura se instaure é necessário, que a biblioteca seja pensada
como espaço de criação e compartilhamento de experiências e de produção cultural. Três
elementos estruturam esse novo conceito de biblioteca como lugar de formação de leitores:

1. Uma coleção de livros e outros materiais, bem selecionada e atualizada;


2. Um ambiente físico concebido como espaço de comunicação e não apenas de
informação, que leve em conta a corporalidade da leitura da criança e do adolescente,
isto é, seus modos de ler;
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3. No processo de promoção da leitura, a figura do mediador.

O bibliotecário ou o professor mediadores deverão ser eles mesmo leitores críticos que no
momento da seleção e indicação de livros saibam diferenciar entre boa leitura em oposição a
encomendada com aparência moderna, mas que desprepara o leitor a aceitar textos mais
complexos.

“A escola que pretenda investir na leitura como ato verdadeiramente cultural não pode ignorar a
importância de uma biblioteca aberta, interativa, espaço livre para expressão genuína da criança e
do jovem. Lugar, insistimos, para se gestar e praticar a troca espontânea que a leitura crítica
proporciona, a leitura que inquieta, que faz pensar e reelaborar um autêntico processo de
comunicação, cujo resultado é, sem dúvida, dos mais compensadores para as pessoas
envolvidas, adultos e crianças, mediadores e leitores em formação.” (pg. 18-19)

CAP 5. - PESQUISA ESCOLAR


Vera Lúcia Furst Gonçalves Abreu

1. Pesquisa escolar é um tema contraditório.


2. É uma excelente estratégia de aprendizagem;
3. Permite maior participação do aluno no processo;
4. Leva ao aluno a construir seu próprio conhecimento
5. Aproxima o estudante da realidade
6. Permite o trabalho em grupo, ao mesmo tempo em que individualiza o ensino.

Porém ninguém está satisfeito com a pesquisa escolar.

1. professores reclamam do fato de que os alunos simplesmente copiam trechos de


enciclopédias;
2. bibliotecários queixam-se de não serem informados antecipadamente sobre os temas das
pesquisas solicitadas
3. bibliotecários mostram que os alunos chegam confusos na biblioteca e que professores
não orientam com clareza os objetos do trabalho
4. e que os pais vitimas do processo, muitas vezes fazem o trabalho escolar no lugar dos
filhos.

A internet não modificou esta situação, os alunos continuam copiando paginas inteiras sem sequer
as ler.

A pesquisadora Carol Kuhlthau destacou a complexidade deste processo e salientou que são
várias as fases desse método de ensino e que estes exigem orientações e intervenções diversas.

A pesquisa escolar deve possibilitar ao aluno escolher temas e fontes de informação


desenvolvendo nos alunos habilidades de escolha de temas e de fontes de informação e de como
utilizar estes recursos.

Os mediadores devem criam condições para que os alunos falem de seus trabalhos e aprendam a
trabalhar em grupo e que sejam capazes de interpretar as informações, esquematizar, resumir
e parafrasear.

É fundamental que alunos, professores e bibliotecários compreendam que a efetiva concretização


da pesquisa ocorre por etapas e não em um único bloco, traduzindo-se na modificação da forma
de pensar do estudante.

CAP 6 – A COLEÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR


Vera Lúcia Furst Gonçalves Abreu

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Ao longo de sua historia o conhecimento foi registrado em vários suportes. Atualmente observa-se
que a biblioteca reúne recursos informacionais na forma de texto, imagem, som e movimento,
existindo ainda a leitura hipertextual e interativa.

A biblioteca não é um amontoado de materiais sem nenhum proposito e para se constituir em um


recursos didático eficiente seu acervo tem de ser formado e desenvolvido com critério, levando em
conta o projeto pedagógico da escola e o contexto em que esta se insere.

Segundo o PCN a biblioteca “será um espaço de diversidade textual” e o ensino da língua


portuguesa proposto pelo PCN, prevê o uso intensivo de textos que circulam socialmente, em
seus suportes originais e “isso significa que crianças e jovens precisam experimentar contato
direto com as fontes de informação”, dando oportunidade deles compreenderem o uso da escrita
em diferentes circunstâncias, observado suas funções e características.

A aprendizagem da língua oral enfatizada no PCN exigirá o oferecimento de materiais diversos


tais como: audiovisuais (entrevistas gravadas, debates, textos dramáticos, canções, noticias, etc).

Gêneros privilegiados para a prática de da atividade de linguagem de alunos da 5º a 8º séries


segundo o PCN.

Fonte: Vera Lúcia Furst Gonçalves Abreu, p.26

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“A perspectiva questionadora proposta pelo PCN coloca a aprendizagem como uma construção
do aluno e reforça o uso da informação para ampliar ou reconstruir os conhecimentos.” (p. 26)

Sendo assim, a coleção da biblioteca “deve ser formada em função das propostas curriculares de
cada área”, tanto no formato impresso como eletrônico, oferecendo os materiais os mais diversos:
enciclopédias, atlas, revistas, dicionários.

A inclusão da arte como área curricular demandara a incorporação de objetos/produtos


específicos para cada modalidade. Nessa visão a autora diz que a biblioteca será uma
“mediateca”.

Embora as propostas do PCN devam influenciar o perfil da coleção, esta “deve ser composta a
partir das peculiaridades de cada escola” para que seja representativa, ou seja, tenha a “cara da
escola”. A coleção representativa dependera de um trabalho conjunto de professores e bibliotecas
na definição de suas políticas de desenvolvimento de acervo, criando uma coesão interna,
proporcionando oferecimento de um acervo rico, variado, atraente e de acordo com a proposta
pedagógica da escola.

CAP. 7 – INTERNET E PESQUISA ESCOLAR


Maria da Conceição Carvalho

A biblioteca escolar ainda não incorporou efetivamente a internet. Apenas 25% dos alunos
segundo pesquisa a utilizam no ambiente escolar, sendo pequena a influencia de professores e
bibliotecários na indicação de sites para pesquisa. A maioria das indicações de pesquisa, são
feitas por irmãos, colegas e amigos. Jornais, revistas e televisão são também fontes de indicação
de sites e que bibliotecários e professores quase nunca são lembrados no momento em que o
aluno precisa de auxilio ao que estão vendo na WEB. Outro ponto da pesquisa foi que os alunos
tem bastante independência para usar a rede. Na pesquisa ficou patente o uso de copias de
textos pelos alunos pratica já usual antes do uso da WEB

Os alunos tem uma visão positiva da internet. Gostam da rapidez e da facilidade para
encontrarem as informações e expressaram na pesquisa grande expectativa por uma
disponibilidade maior do uso da internet na biblioteca da escola.

Uma constatação importante da pesquisa foi a visão critica que os alunos tem da internet, não só
em relação ao conteúdo, à organização, ao custo, aos aspectos técnicos, ficando demonstrado
que os jovens tem um nível de percepção avançado com relação a rede, comparando-a a outros
meios de comunicação.

A pesquisa também detectou que a “pesquisa” normalmente se concentra em determinados sites


provavelmente pela influencia de colegas e amigos. Sore os sites mais visitados observou-se
grande número daqueles dedicados a musica, à televisão, aos esportes, ao lazer e ao
entretenimento.

A pesquisa demonstrou que são necessárias ações mais diretivas por partes das instituições
educativas, para tornar a internet um real espaço de formação. O comportamento “copia e cola”
evidenciado na pesquisa denota que passos preliminares precisam ser trilhado, isto é, “a escola
não pode descuidar do desenvolvimento de habilidades de ler, interpretar, resumir e
parafrasear, que são a base para a aprendizagem significativa”. (p. 31).

CAP 8 – A INTENET NA BIBLIOTECA ESCOLAR


Marcia Milton Vianna

A autora baseia o capitulo em uma pesquisa no Reino Unido, onde “os bibliotecário percebem
com clareza o seu papel com relação à internet e veem incorporando ao espaço tradicional da
biblioteca a informação virtual disponibilizada pela rede”. Faz também uma comparação entre o
que esta sendo desenvolvido em países desenvolvidos e como eles estão lidando com a questão
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da tecnologia na educação de crianças e jovens. Apresenta também informações sobre
investimentos pelo Reino Unido e Brasil, expondo o quão modesto são os investimentos no país
se comparados aos dos países desenvolvidos.

A autora compara as informações da internet versus a da biblioteca, onde compara informação


selecionada (da biblioteca) versus não selecionada (da internet), demostrado que a internet
disponibiliza tanto sites de qualidade como sem nenhuma qualidade.

Destaca que para alguns acessar a informação e navegar na WEB é fácil, mas “se querem
encontrar informações que possam utilizar, numa forma e num nível de compreensão adequados,
então a internet pode ser uma decepção.” Havendo a necessidade de algo mais além do que um
amontado caótico de informações, sendo necessário informações selecionadas criteriosamente
por profissionais preparados para ajuda-los a lidar com a nova situação, “não é de se estranhar
que uma das questões que mais vêm sendo discutidas pelos bibliotecários de países
desenvolvidos é a seleção do material oferecido aos estudantes, na internet”. (p. 34).

“O cerne da questão está no caso de paginas que exibem informações falsas, preconceituosas,
não confiáveis”, (p. 34), ficando patente o fato de que “as crianças e jovens não estão preparados
para reconhecer quando uma informação é incorreta ou tendenciosa.”

As alternativas apontadas para assegurar o acesso a informações confiáveis pela autora seriam:
1. o acesso supervisionado
2. ensinar a criança a usar a rede de forma consciente
3. a criação de Intranets nas escolas.

Sendo a Intranet “uma rede interna que possibilita que os alunos tenham acessos a sites
selecionados. O foco do problema se volta, então, para a seleção de tais sites, que pode ser feita
da mesma forma como se selecionam materiais para a coleção da biblioteca”. (p. 35)

Para a autora a tarefa mais árdua desse trabalho se relaciona a:


1. a atualização dos sites (acréscimos ou eliminação de sites);
2. estabelecimento de novos links;
3. manutenção da rede interna constantemente afinada com os programas escolares.

Para tanto a autora considera que a “seleção dos sites deve ser feita a partir dos critérios
estabelecidos para a coleção em geral, levando-se em consideração as peculiaridades do meio
eletrônico.” (p.36)

A autora cita como exemplo de estabelecimento de critérios o projeto “Ensinando geografia na


Web”, que partindo de critérios de avaliação descritos para livros da área, adaptou-os aos meio
eletrônico.

CAP. 9 – A ORGANIZAÇÃO DA COLEÇÃO

Marcia Milton Vianna

“Algumas bibliotecas escolares, por motivos práticos, optam por utilizar formas bem simplificadas
na organização de seus acervos”. (pg. 38). Um exemplo seria a utilização de cores para agrupar
materiais. Isto pode parecer prático, mas por outro lado impede que os alunos conheçam “formas
consolidadas de organização de bibliotecas”.

Como consequência disso são os comportamento apresentados por alunos que chegam a
universidade, onde se detecta que muitos deles desconhecem o funcionamento da biblioteca e
dos instrumentos que ela utiliza na elaboração de seus documentos para posterior recuperação. A
autora expressa no texto que muitos desses alunos por não estarem familiarizados com tais
instrumentos durante o período da educação básica, ficam inseguros quando precisam recorrer à

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biblioteca da faculdade no intuito de fazer pesquisas e elaborar trabalhos acadêmicos solicitados
pelos professores.

A autora lembra que a biblioteca é uma instituição milenar, cuja preocupação do homem devido a
explosão documental levou-o a ordenar o conhecimento e estabelecer várias formas de classifica-
lo, sendo que tais classificações serviram como inspiração para as classificações bibliográficas
que hoje são amplamente utilizadas.

“Na biblioteca, a principal função das classificações é organizar o conhecimento registrado em


livros e outros documentos facilitando sua localização”. (p. 39). A autora informa que os catálogos
são listas onde estão organizadas as bibliografias existentes na biblioteca e que os itens são
classificados segundo o assunto de maneira a facilitar a localização dos documentos. Cita como
instrumentos da biblioteca a CDD – Classificação Decimal de Dewey, que foi construída baseada
na classificação filosófica de Bacon, estando atualmente em sua 21ª edição, e que esta é utilizada
em vários países, tendo sido traduzida para diversos idiomas, e que ela divide o conhecimento
humanos em dez classes principais que se subdividem em classes secundárias que por sua vez,
vão se subdividindo em outras dez classes sucessivamente, formando um sistema decimal que
permite que se especifique, com maior detalhamento, os assuntos dos documentos.

A autora também expõe que paralelo à classificação dos documentos por assunto o que
possibilitou organiza-los que foi preciso definir padrões para representa-los, sendo criados para
isso “conjuntos de regras, os códigos de catalogação, que permitem a descrição precisa de todos
os tipos de documentos, de forma que cada um dos que fazer parte do acervo de uma biblioteca
possa ser identificado individualmente, e consequentemente, seja recuperado com precisão”.
(p.40)

Essas técnicas utilizadas fazem com que um leitor que tenha frequentado uma biblioteca cujo
acervo seja classificado e catalogado tenha familiaridade com qualquer outro tipo de organização.
A autora diz que se a biblioteca escolar for “organizada de acordo com um sistema que seja
utilizado pela maioria das bibliotecas, a criança terá mais segurança e estímulo para explorar os
acervos de outras bibliotecas”. (p.41). A autora explana que “os sistemas de classificação e os
códigos de catalogação, portanto, devem ser utilizado na organização de bibliotecas escolares,
acrescentando que algumas adaptações poderão ser necessárias”.

CAP. 10 – O ESPAÇO FISICO DA BIBLIOTECA


Paulo da Terra Caldeira

“Fileiras de estantes cheias de livros, revistas em mostruários, mesas e cadeiras espalhadas e


repletas de pessoas lendo e estudando, crianças debruçadas sobre volumes de enciclopédias,
fazendo suas pesquisas.” (p.43)

“Essa é, e ainda continuará a ser por um bom tempo, face visível de uma biblioteca.” (p.43)

O autor cita que apesar da ampla disseminação da informação na Web, estará continuara
existindo em sua forma conhecida, mas que a ampla disseminação da informação levara a
biblioteca a ter uma face virtual onde os leitores viram a acessar informação através de seus
computadores. Entretanto, “é certo que muitas pessoas vão querer a ler da maneira tradicional”.
“Portanto, as organizações que as mantêm terão de se preocupar com o espaço físico que elas
irão ocupar”. (p. 43)

O espaço físico destinado à biblioteca reflete o papel da biblioteca dentro da instituição que a
mantém. Se a biblioteca desempenha função educativa importante dentro da escola ela
proporcionara aos alunos “oportunidades de leitura intensa e autônoma, além de incentivar a
busca de informações para responder a questionamentos e solucionar problemas, então a
biblioteca será um espaço amplo, com instalações confortáveis.” A preocupação em oferecer um
ambiente acolhedor será previsto pela organização escolar, “de forma a reforçar o prazer de ler”.
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Espaços aconchegantes, atrativos (tapetes, almofadas, moveis coloridos, decoração alegre)
formam ambientes descontraídos que cercados de muitos livros bem selecionadas, de fácil
acesso e expostos de forma atraente contribuem para o comportamento positivo da criança em
relação a leitura.

O planejamento da biblioteca deve ser feito em função de seu acervo e do uso que se pretende
fazer dele. Além de salas para abrigar o acervo geral, a coleção de referência e de periódicos,
devem ser previstas salas para estudo individual e em grupo, locais para uso de equipamentos
tais como (computadores, gravadores, etc.), e lugar separado para a coleção infantil, além de sala
de projeções. Se não existe possibilidade de otimizar os espaços disponíveis poderão ser
utilizados espaços coletivos, onde os recursos serão compartilhados pela comunidade escolar,
onde a biblioteca efetivara a oportunidade para o exercício da cidadania e para a prática do zelo
patrimônio comum.

A escola que contém programas de atividades bem planejados e integrados junto a biblioteca e
projetos curriculares será um espaço “belo e alegre”. (p.45).

CAP. 11 – BIBLIOTECA ESCOLAR E ACERVO DE CLASSE

Paulo da Terra Caldeira

A proximidade do texto ao leitor exerce influência no gosto pela leitura. Pensado nisso o governo
de alguns Estados (exemplo Minas Gerais) e Municípios tem criados programas para dotar a sala
de aula de acervos de classe.

“É inquestionável a utilidade e a importância do acervo de classe para desenvolver o gosto pela


leitura. O que não pode ocorrer, entretanto, é a simples substituição da biblioteca por esse tipo de
acervo. Os dois têm objetivos diversos e atendem a necessidades de aprendizado diferente”. (p.
46-47).

Uma biblioteca escolar visa a atender à proposta pedagógica da escola através de seu acervo. Ela
é portanto ideal para reunir a diversidade textual e deve estar a serviço da expansão do
conhecimento letrado do aluno.

“A biblioteca não se confunde, portanto com o acervo de classe.” Este tem finalidade especifica e
deve continuar existindo a fim de facilitar a aprendizagem da língua, visto que são amplamente
utilizados por professores de língua portuguesa no desenvolvimento de atividades variadas de
ensino da língua escrita e oral.

CAP. 12 – BIBLIOTECA E EDUCAÇÃO INFANTIL


Maria Eugênia Albino Andrade

“Livros de pano e de plástico, livros-brinquedo, livros de imagens. Esses são produtos colocados
no mercado pela indústria editorial, que parece apostar na necessidade de se oferecer às
crianças, mesmo antes que saibam ler, oportunidade de contato com o livro. Embora claramente
voltada para o aspecto mercadológico, a estratégia dos editores combina com as práticas
pedagógicas atuais que tendem a considerar importante esta interação com a linguagem escrita e
com os objetos do mundo letrado.” (p. 49)

O autor questiona?

“Mas a questão que se coloca é a seguinte: as crianças pequenas na fase de educação infantil,
podem tirar proveito de uma biblioteca, ou seja, vale a pena investir em um programa de biblioteca
(espaço próprio e atividades planejadas) para crianças nessa faixa etária? “(p.49)

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“A resposta a essa questão pode ser encontrada no Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil, elaborado pela Secretaria de Educação Fundamental do Mec.” (p.49)

“O conjunto de orientações contidas nesse documento constituem diretrizes importantes para


educadores que trabalham com crianças de zero a seis anos. Incorporando modernas teorias
pedagógicas, o documento aponta formas de construção da identidade e da autonomia das
crianças pequenas, de sua aproximação com as diferentes linguagens, proporcionando suas
relações com os objeto do conhecimento”. (p. 49-50).

A educação infantil considerada a primeira etapa da educação básica expandiu-se devido a


fatores como:

1. intensificação da urbanização;
2. participação da mulher no mercado de trabalho;
3. mudanças na organização familiar e estrutura das famílias.

E a partir dessa demanda a Constituição Federal de 1988 incorporou a educação infantil como um
dever do Estado da Criança e do Adolescente. “A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
estabelecer de forma incisiva o vínculo entre o atendimento às crianças de zero a seis anos e a
educação”. (p. 50) – (LBD Lei 9.034/96)

“Assim tanto creches que atendem a crianças de zero a três anos quanto as pré-escolas, com
atendimento a crianças de quatro a seis anos, são consideradas instituições de educação infantil.”
(p. 50)

“O brincar é a forma particular de expressão da criança especialmente nessa faixa etária e o


documento do MEC reconhece e enfatiza esse aspecto. Outro princípio orientador citado no
Referencial é a necessidade de se criarem oportunidades para o acesso das crianças aos bens
socioculturais, ampliando o desenvolvimento de suas capacidades estéticas:” (p. 50)

1. de pensamento;
2. de expressão;
3. de comunicação ;
4. de integração social;
5. além de atitudes éticas.

O referencial estrutura-se em duas partes principais, a saber:

1 - PRIMEIRA – Formação Pessoal e Social

Estão contidas orientações que visam a construir a identidade e a autonomia das crianças, sendo
tratados temas como:

1. processos de fusão e diferenciação;


2. construção de vínculos;
3. a imitação;
4. o brincar;
5. a linguagem;
6. a apropriação da imagem corporal.

2 - SEGUNDA – Conhecimento de Mundo

São propostos uma série de conteúdos orientados para a construção das diferentes linguagens e
para as relações com os objetos do conhecimento. Os eixos propostos para o trabalho são:

1. Movimento;
2. Musica;
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3. Artes Visuais;
4. Linguagem oral e escrita;
5. Natureza e sociedade, e
6. Matemática.

É IMPORTANTE LEMBRAR: “que a construção de conhecimentos se processa de maneira global,


devendo haver estreita inter-relação entre os diferentes eixos sugeridos.” (p. 51)

“A aprendizagem das competências linguísticas básicas (falar, escutar, ler e escrever) é feita
com base no texto.” (p. 51)

“É fundamental que seja dada à criança oportunidade de ter contato com a diversidade textual e a
de gêneros, devendo os textos ser apresentados nos seus portadores originais. Isso permitirá
que desde o início de sua escolarização, a criança perceba a utilização que se faz da escrita
em diferentes circunstâncias, observando as condições nas quais é produzida, suas várias
funções e características.” (p. 51)

“Os textos literários têm um lugar especial, embora não exclusivo, nas atividades com a
linguagem. A leitura e a escuta de história permeiam todo o período de escolarização, desde os
primeiros anos, mesmo antes de a criança dominar o código linguístico, quando se busca construir
uma atitude de curiosidade pelo livro e de prazer pela leitura. Isso se consegue com a utilização
de textos bem selecionados, criativos, ricos e com ilustrações de qualidade. A familiaridade com a
diversidade de gêneros é muito enfatizada, devendo-se levar as crianças a conhecerem a
diversidade dentro de um mesmo gênero, por exemplo, trabalhando-se com o conjunto da obra de
determinado autor ou com as várias versões de um mesmo conto ou lenda.” (p. 51-52)

Outros materiais recomendados para atividades de linguagem são:

1. Almanaques;
2. “Causos” populares;
3. Contos;
4. Dicionários;
5. Enciclopédias;
6. Fábulas;
7. Jornais;
8. Lendas;
9. Livros de receitas culinárias;
10. Mitos;
11. Palavras cruzadas;
12. Relatos históricos;
13. Revistas;
14. E artefatos gráficos tais como:
a. Anúncios;
b. Bilhetes;
c. Cartas;
d. Cartazes;
e. Cartões;
f. Convite;
g. Folhetos;
h. Rótulos;
i. Slogans;
j. Textos de embalagens, etc.

“O eixo do trabalho denominado Natureza e Sociedade integra um conjunto de temas pertinentes


aos mundos social e natural, conforme mostrado no quadro abaixo:”

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Fonte: Maria Eugênia Albino Andrade, p. 52

“As atividades dos blocos Seres Vivos, Fenômenos da Natureza e Objetos e processos de
transformação podem ser trabalhados por meio:” (p.52)

1. “da observação direita (cultivo de plantas, observação de pequenos animais e de


fenômenos como chuva, seca, arco-íris, etc.).” (p. 52-53)

2. “ou de forma indireta, através de materiais audiovisuais (fotografias e filmes).” (p. 52)

“As crianças serão levadas a perceber as lacunas em seus conhecimentos e a preenche-las por
meio de diversas fontes de informação. Será necessária uma variedade de materiais na forma de
textos, mapas, filmes, depoimentos de pessoas, além das tradicionais enciclopédias e livros”. (p.
53)

“O bloco de conteúdo Organização dos grupos e seu modo de ser, viver e trabalhar procura
levar a criança a estabelecer novas formas de relação com a diversidade de costumes e de
expressões culturais. Ao lado das fontes de informação bibliográficas (livros, enciclopédias,
revistas, jornais), a imagem assume importância fundamental, na medida em que possibilita a
observação de detalhes com mais concretude. Assim, os recursos audiovisuais, tais como slides,
programas de TV, filmes, vídeos, desenhos e fotografias, irão permitir análises sobre como
viveram as pessoas de outras épocas e de outros grupos sociais.” (p. 53)

“A aprendizagem de temas geográficos, representados pelo bloco Os lugares e suas paisagens,


vai basear-se em diversos materiais como fotografias, cartões postais, textos informativos e
literários, músicas, documentários e filmes que façam referência a paisagens variadas. Devem ser
ainda utilizados mapas, globos, plantas de cidades que permitam criar familiaridade com as
características da linguagem da cartografia.” (p. 53)

“Noções de informática podem ser ensinadas desde cedo, com atividades que envolvem
contagem oral, noções de quantidade, de tempo e de espaço e possibilidades associativas de
objetos, desenvolvidas através de jogos e brincadeiras com crianças na faixa etária de zero a três
anos. Dos quatro aos seis, o conteúdo dessa área se organiza em três blocos:” (p. 54)

1. Números e sistemas de numeração;


2. Grandezas e medidas, e
3. Espaço e forma.

“Isso demanda uma variedade de jogos: dominós, baralhos, jogos com pistas, jogos espaciais e
outros que apoiem a aprendizagem da matemática.” (p. 54)

“A Arte se faz presenta nos conteúdos de música, artes visuais e movimento (dança).
Consideradas como importantes formas de expressão e comunicação humana, as artes criam um

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espaço prazeroso para a criança expressar sua sensibilidade. Baseada na articulação de três
aspectos:” (p. 54)

1. O fazer artístico;
2. A apreciação da obra de arte, e
3. A reflexão sobre os dois primeiros.

“A aprendizagem de artes não visa formar artistas, mas crianças sensíveis e conhecedoras da
linguagem da arte. Nesse sentido, serão necessários os livros, reproduções, revistas
especializadas, CD´s de canções e música diversas, vídeos de danças folclóricas e populares.” (p.
54)

“Assim, pode-se observar que os conteúdos propostos pelo Referencial Curricular para a
Educação Infantil demandam materiais que poderão ser organizados num espaço coletivo
denominado biblioteca. Esta pode constituir não apenas um local para compartilhamento dos
recursos, mas também, espaço de ação pedagógica, ao propiciar, quando a criança, por exemplo,
escolhe o que ler, escreve seu nome na ficha de empréstimo e toma conhecimento da
organização e do funcionamento de um espaço que ela vai utilizar ao longo de sua vida escolar.”
(p. 54-55)

“Concluindo, pode-se dizer que as crianças na fase de educação infantil poderão, sem dúvida,
beneficiar-se da biblioteca. As instituições que recebem crianças exclusivamente nessa faixa
etária devem esforçar-se para criar sua biblioteca, e aquelas que atendem faixas variadas e que já
contam com esse espaço devem planejar programas específicos de biblioteca adequados a
crianças pequenas. O contato precoce com esse recurso de aprendizagem vai certamente
constituir vantagem para os alunos que dele se beneficiarem.” (p. 55).

Observação:
Este capítulo foi copiado praticamente na integra (está maravilhoso) ficou impossível tirar
alguma coisa.

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