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Analise dos dados

Entendemos Biblioteca como um espaço reservado para a leitura e para


o conhecimento, pois a leitura serve como via de acesso a esse conhecimento,
pode-se afirmar que o espaço bibliotecário é sem dúvida o mais importante
para uma instituição de ensino, é importante que os que nela trabalham
entendam a biblioteca escolar como centro de referência de informações, que
está articulada aos diversos conhecimentos veiculados na escola. E para que o
papel da biblioteca na escola seja bem desempenhado é necessário que a
mesma se encontre bem organizada e com uma boa infraestrutura para que
possa proporcionar conforto e uma maior satisfação ao leitor.

A importância dada à leitura e à formação de leitores no espaço escolar


tem sido frequente, pelo menos nos discursos oficiais dos programas e
propostas voltadas para a educação, incluindo o Programa Nacional do Livro e
da Leitura (PNLL) do governo Federal e a Lei estadual 9.169 de 15 de janeiro
de 2009. Sendo assim, é necessário que possamos verificar se de fato o
contexto educacional, especificamente o espaço escolar tem sido contemplado
por ações que tenham em vista a formação de leitores.

Foi feita uma pesquisa de campo em que escolhemos para cerca de


18% das escolas municipais da cidade de Mossoró para coleta de dados, em
busca de conhecer a real situação em que nossas bibliotecas se encontram
nas determinadas instituições. Nossa pesquisa tem por objetivo verificar o que
tem sido feito em torno da formação do leitor na biblioteca escolar que deve ser
um espaço ativo, dinâmico, responsável pela busca e formação de leitores,
bem como um eixo cultural que propicie o fortalecimento da nossa cultura, e o
acesso ao conhecimento de culturas diversas, o que para Milanesi (1991)
representa um centro de cultura.

A coleta dos dados nos permite relatar bem como está a presente
situação de nossas bibliotecas no âmbito escolar. Quanto ao local oferecido a
biblioteca nas escolas, cerca de 80% das bibliotecas disponibilizam de um bom
espaço para á leitura, nesse espaço encontramos cadeiras e mesas para uma
melhor realização da prática. Em relação à organização do local, todas
possuem fichários para o registro do acervo existente, as mesmas adotaram a
utilização da prática de empréstimo de livros, essa estratégia serviu para
minimizar um pouco das deficiências apresentadas por algumas dessas
bibliotecas. Por outro lado em relação aos 20% restantes apresentam um
pequeno espaço, além de ser utilizado para outros fins que não dizem respeito
ao verdadeiro propósito de uma biblioteca.

Em relação ao horário de funcionamento nas bibliotecas, todas


disponibilizam de atendimento em todos os horários de aula. Também foi visto
que os auxiliares bibliotecários não apresentam formação na área, são apenas
readaptados a função, porém, tentam ao Maximo suprir essa deficiência. Os
livros estão distribuídos nas estantes e são organizados por assuntos e
disciplinas, esses livros são livros didáticos, enciclopédias, revistas, literatura
infanto-juvenil, literatura em geral e contos de fadas. A respeito da frequência
dos alunos na biblioteca, cerca de 80% apresenta bom resultado e mostra um
grande interesse dos alunos para a leitura, pois é mais frequente a visita dos
alunos sozinhos do que acompanhados pelos professores.

A análise da nossa pesquisa nos mostrou a realidade das bibliotecas das


escolas municipais na cidade de Mossoró-RN, nossa amostra foi feita com 5
escolas, todas foram visitadas e observadas para a coleta dos dados.

De acordo com a Lei estadual 9.169 de 15 de janeiro de 2009.

CAPÍTULO I
DA POLÍTICA ESTADUAL DE PROMO
ÇÃO DA LEITURA LITERÁRIA NAS
ESCOLAS PÚBLICAS
Art. 1º. Fica criada a Política Estadual de Promoção da Leitura Literária nas
Escolas Públicas do Estado do Rio Grande do Norte, que obedecerá ao
disposto nesta Lei.
Parágrafo único. A Política a que se refere este artigo tem por objetivo fazer
com que o Poder Público assegure a formação do leitor em todas as escolas
de educação básica, de modo que as crianças, os adolescentes, jovens e
adultos desenvolvam o prazer em ler textos literários, favorecendo o acesso ao
conhecimento e aos bens culturais da humanidade, conforme diretrizes a
serem observadas:
I - Garantir que todas as escolas públicas tenham o seu espaço de leitura bem
estruturado, seja biblioteca e/ou sala de leitura, ainda que optem por manter
um canto de leitura em cada sala de aula ou se utilizem de instrumento móvel
para a disponibilização de acervo;
IV - Oferecer as condições para que as escolas elaborem e implementem os
seus projetos de promoção da leitura literária, levando em conta a
democratização do acesso ao livro e à leitura por parte do público interno e,
quando possível, da comunidade do entorno da escola;
CAPÍTULO II
DOS ESPAÇOS DE LEITURA
Art. 4º. Para efeitos desta Lei, são considerados espaços de leitura:
I - Biblioteca: ambiente preparado para a realização de pesquisas, leitura
espontânea, empréstimos e atividades de mediação de leitura. O acervo é
composto de obras literárias e de referência (dicionários; enciclopédias;
manuais; gramáticas da língua portuguesa, mapas, atlas, entre outros);
Coordenadoria de Controle dos At
os Governamentais – CONTRAG/GAC
II - Sala de Leitura: ambiente preparado para a realização de atividades de
mediação de leitura, empréstimos e leitura espontânea. O acervo é composto,
majoritariamente, de obras literárias.
Parágrafo único. Os cantos de leitura por ventura adotados em salas de aula
ou a disponibilização de acervos em instrumentos móveis são opcionais e de
caráter complementar aos serviços prestados pela biblioteca e/ou sala de
leitura da escola, portanto, não substituem os espaços definidos nos incisos I e
II deste artigo 4º.
Art. 5º. Para cumprir o papel de formarleitores, os espaços de leitura
devem ser equipamentos que apresentem as seguintes características:
I - Espaço físico acolhedor, amplo, cuidado e bem arejado, organizado com
mobiliário apropriado para a exposição do acervo, para a leitura e para as
atividades de mediação de leitura e/ou pesquisa;
II - Acervo disposto de maneira atrativa e que facilite o manuseio, com
autonomia, por parte dos leitores;
III - Ambiente composto por diversos suportes midiáticos que favoreçam a
interlocução com os portadores de textos e estimulem à leitura e a pesquisa:
obras literárias, obras de referência, TV e DVD, aparelhos de som, computador
com internet, entre outros;
IV - O espaço de leitura deve ser aberto diariamente, no horário de
funcionamento da escola, e, para tanto, é necessário à presença sistemática de
educadores mediadores de leitura que desenvolvam uma programação de
atividades de leitura divulgada junto ao público, fazendo do espaço uma
referência para a comunidade.
Nossos dados mostra que infelizmente essa Lei não se aplica na realidade de
algumas bibliotecas visitadas. E que ainda tem que mudar muita coisa para
melhorar esse quadro.

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