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Avelina Chambule

A Poesia como Estratégia de ensino-aprendizagem da escrita na 4ª classe: caso Escola


Primária do 1º e 2º Graus 7 de Abril.

Curso de Licenciatura em Ensino Básico.

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2021
Avelina Chambule

A Poesia como Estratégia de ensino-aprendizagem da escrita na 4ª classe: caso Escola


Primária do 1º e 2º Graus 7 de Abril.

Projecto de Intervenção Pedagógica a ser


apresentado à Faculdade de Educação e
Psicologia, para a obtenção do grau
académico de Licenciatura em Ensino Básico

Supervisor: Mestre Orlando Bahule.

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2021
Índic
e
Declaração de Honra..........................................................................................................i
Dedicatória........................................................................................................................ii
Agradecimentos................................................................................................................iii
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................1
1.1. Introdução...................................................................................................................1
1.2. Problema.....................................................................................................................2
1.3. Justificativa.................................................................................................................3
1.4. Objectivos...................................................................................................................4
1.4.1. Geral........................................................................................................................4
1.4.2. Específicos...............................................................................................................4
1.5. Descrição do local da implementação do projecto.....................................................4
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA...............................................................5
2.1. Introdução...................................................................................................................5
2.2. Conceitos Básicos...................................................................................................5
2.2.1 Poesia........................................................................................................................5
2.2.2. Funções da Poesia....................................................................................................5
2.2.3. A poesia na sala de aulas....................................................................................6
2.3. Estratégias metodológicas de ensino da poesia na sala de aula..............................8
2.3.1. A música no ensino da poesia.................................................................................8
2.3.2. O uso das ilustrações (imagens) no ensino da poesia............................................10
2.3.3. Feira de Leitura e Escrita..................................................................................11
Importância de uma Feira de Leitura e Escrita................................................................12
CAPÍTULO III: METODOLOGIA.................................................................................13
3.1. Público alvo de intervenção......................................................................................13
CAPÍTULO IV: PLANO DE INTERVENÇÃO.............................................................14
4.1. Plano de Intervenção Pedagógica.............................................................................14
4.2. Grelha de Avaliação da produção do texto poético..................................................17
4.3. Cronograma das Acções...........................................................................................18
CAPÍTULO V: RESULTADOS ESPERADOS.............................................................19
5.1. Resultados.............................................................................................................19
Bibliografia......................................................................................................................20
i

Declaração de Honra

Declaro por minha honra, que este Projecto de Intervenção Pedagógica, nunca foi
apresentado na sua essência para a obtenção de qualquer grau acadêmico ou num outro
âmbito e que constitui o resultado do meu labor individual, estando indicadas no
trabalho as referências por mim usadas.

Maputo, aos ___ de _____________ de _______

A Estudante

________________________________

(Avelina Chambule)
ii

Dedicatória

Com este Projecto de Intervenção Pedagógica, tenho a honra de dedicar ao meu marido
André Silvestre Sueia (em memória), que me encorajou a ingressar na Faculdade de
Educação e Psicologia.

Dedico também aos meus familiares, em especial aos meus pais (José Chambule e
Clementina Miguel Mazivila), e aos meus filhos (André Sueia Junior, Áyres André
Sueia e Andressa André Sueia).

De igual modo, dedico este Projecto de Intervenção Pedagógica a todos professores do


Ensino Primário, que tem contribuído significativamente no desenvolvimento das
habilidades de leitura e escrita nos alunos das classes iniciais.
iii

Agradecimentos

Em primeiro lugar, agradecer a Deus pela proteção e vida, em sua infinita graça ter me
dado forças de tal maneira que este Projecto de Intervenção Pedagógica fosse realizado
e coroado de êxito.

Ao meu supervisor Mestre Orlando Bahule, pela sábia orientação e paciência


imensurável na construção do Presente Projecto de Intervenção Pedagógica.

Aos docentes da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Pedagógica de


Maputo, pela dedicação e conhecimento partilhado ao longo dos anos académicos.

A todos colegas da turma, do curso de Licenciatura em Ensino Básico, pelo suporte


durante os anos na academia.

A todos que contribuíram directa ou indirectamente para a minha formação e,


particularmente para a realização deste trabalho, o meu muito obrigada.
iv
1

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Introdução

O presente Projecto de Intervenção Pedagógica intitulado “A Poesia como estratégia de


ensino-aprendizagem da escrita na 4ª classe: caso Escola Primária do 1º e 2º Graus 7 de
Abril”, surge no âmbito da conclusão do curso de Licenciatura em Ensino Básico, sendo
um requisito fundamental para a obtenção do grau de licenciatura.

Conscientes de que levar o aluno a produzir textos é muito mais do que, simplesmente,
fazer com que ele preencha determinado número de linhas e, entendendo que o modo
como se concebe tanto o texto quanto a escrita está estreitamente relacionado à
configuração política, social e cultural da sociedade, espaço em que os textos circulam,
acreditamos que para o tratamento da escrita não basta apenas fazermos uma descrição
de uma realidade e apontarmos os aspectos que, sob nossa óptica, apresentam-se como
problemáticos.

Mais do que isso, é preciso contribuir para que o processo de ensino-aprendizagem da


escrita em ambiente escolar seja repensado e, talvez, transformado de modo a fazer com
que o aluno perceba que é por meio da produção de textos escritos que ele se faz
relevante na sociedade em que vive e que, portanto, esses textos são instrumentos
poderosos o suficiente para fazer com que haja mudanças em sua condição de vida.
(BARBEIRO, 2005).

De acordo com esse raciocínio, pretendemos desenvolver as habilidades de produção de


textos nos alunos da 4ª classe, na Escola Primária do 1º e 2º Graus 7 de Abril. Neste
cenário, é esperado e desejável que o aluno seja devidamente preparado para produzir
textos que satisfaçam suas necessidades e vontades como usuário da Língua Portuguesa.

Assim, este Projecto de Intervenção Pedagógica, apresenta na sua estrutura os seguintes


elementos: no primeiro capítulo temos a própria introdução do trabalho, que abarca o
problema, a Justificativa, os objectivos geral e específicos. No segundo capítulo, temos
a revisão da literatura, onde apresentamos a discussão de conceitos básico, as funções
da poesia, a poesia na sala de aulas, as estratégias metrológicas de ensino-aprendizagem
da poesia, as actividades de uma Feira de Leitura e Escrita. No terceiro capítulo,
descrevemos a metodologia e o público alvo. No quarto capítulo apresentamos o nosso
2

Projecto de Intervenção Pedagógica, as Estratégias de Implementação e o Cronograma.


No quinto e último capítulo apresentamos os resultados esperados, a bibliografia e
apêndices.

1.2. Problema

No processo de ensino-aprendizagem da língua Portuguesa em Moçambique, a poesia


para a criança e mesmo para o adulto é como uma manifestação de sentimentos e
palavras que rimam e ao mesmo tempo conduz o homem ao desenvolvimento do seu
intelecto, da personalidade, satisfazendo suas necessidades e aumentando sua
capacidade crítica. Este gênero textual tem simultaneamente o poder de estimular o
imaginário (GEBARA, 2001).

No entanto, nas escolas moçambicanas e em especial na Escola Primária do 1º e 2º


Graus 7 de Abril, verifica-se que a produção de poemas e as atividades relativas a este
tipo de textos parecem ter sido esquecidas no âmbito da sala de aula. Na escola em
referência, o estudo do gênero textual poesia quase sempre se dá de forma arbitrária. De
acordo com CARDOSO, et al (s.d), os livros tratam o poema apenas como ponto de
interpretação de dados referenciais sem expor a expressividade dos comportamentos
textuais. Ou seja, em sala de aula o poema serve apenas para memorização da
representação gráfica de fonemas e ensinamentos de atitudes valorizadas pela escola,
voltado somente para o ensino da literatura.

De igual modo, constatamos que a aprendizagem da escrita está voltada para a


associação das letras com a diversidade de símbolos que o aluno deve reconhecer e com
a maneira pela qual está sendo trabalhada em sala de aula, que se prende no acto de
copiar textos do manual e copiar o que o professor escreve no quadro, tornando o
processo de ensino-aprendizagem da escrita como um acto mecânico que consiste em
transcrever o que se vê sem estimular a criatividade de produção de textos.

Pela necessidade de estimular a criatividade dos alunos e perspectivar a emergência /


surgimento de futuros escritores na nossa sociedade surge a necessidade de inovar as
estratégias que possibilitam o desenvolvimento das habilidades de produção de textos
por parte dos alunos da 4ª classe.
3

Diante desta problemática, levanta-se a seguinte questão: Até que ponto o uso da poesia
como estratégia inovadora de ensino-aprendizagem da escrita, pode desenvolver as
habilidades de produção de textos nos alunos da 4ª classe?

1.3. Justificativa

As motivações da escolha do tema (A Poesia como estratégia de ensino-aprendizagem


da escrita na 4ª classe: caso Escola Primária do 1º e 2º Graus 7 de Abril), surgem a
partir das vivências como professora do ensino primário, como também, do processo de
observação de aulas de ensino-aprendizagem da língua Portuguesa, durante o Estágio
Pedagógica do Ensino Básico, que decorreu no primeiro semestre do 5º ano, do curso de
Licenciatura em Ensino Básico, ministrado na Universidade Pedagógica de Maputo.

Durante o estágio pedagógica do ensino básico, observamos aulas de Língua


Portuguesa, onde a tarefa dos alunos limita-se na cópia de textos ou de outros conteúdos
providenciados pelo professor. Nesta perspectiva, precisamos então procurar
alternativas que aumentem a motivação para a aprendizagem, desenvolvam a
autoconfiança, a concentração, o raciocínio lógico e a imaginação.

O presente Projecto de Intervenção Pedagógica vai permitir incorporar a vida quotidiana


da criança, através da prática de produção de textos, tornando a escrita uma actividade
criativa e lúdica, o que pode levar o aluno a gostar de ler e escrever.

Em outros moldes, este projecto de intervenção abre o caminho para uma reflexão em
torno da necessidade de introduzir métodos inovadores no processo de ensino e
aprendizagem da língua Portuguesa, servindo, assim, como suporte para os professores
e alunos usar a poesia como estratégia de desenvolvimento das habilidades de escrita e
criação de hábitos e gosto da escrita.

Por um lado, esta Intervenção Pedagógica torna-se uma prova de que é possível ensinar
e desenvolver as habilidades de escrita de forma prazerosa e em constante motivação
por parte dos alunos, possibilitando a aquisição de competências e habilidades previstas
no programa de ensino Básico. Por outro lado, este Projecto de Intervenção vai permitir
ao aluno, construir o seu conhecimento a partir da prática constante de produção de
textos.
4

Para a autora, como professora do ensino primário, este estudo vai lhe armar de
competências de índole didáctico pedagógica, que lhe permitem usar a Poesia em
qualquer situação de aprendizagem (dentro e fora da sala de aulas), especialmente na
disciplina de Língua Portuguesa.

1.4. Objectivos

Constituem objectivos deste Projecto de Intervenção Pedagógica os seguintes:

1.4.1. Geral

 Desenvolver as habilidades de produção de textos nos alunos da 4ª classe.

1.4.2. Específicos

 Usar a poesia como estratégia de ensino-aprendizagem da escrita na 4ª classe, na


Escola Primária do 1º e 2º Graus 7 de Abril;
 Descrever as actividades de uma oficina de escrita criativa, na Escola Primária
do 1º e 2º Graus 7 de Abril;
 Monitorar a implementação de uma oficina de escrita criativa na Escola Primária
do 1º e 2º Graus 7 de Abril.

1.5. Descrição do local da implementação do projecto

Este Projecto de Intervenção, vai ser implementado no Distrito de Manhiça, envolvendo


os alunos da 4ª Classe na Escola Primária do 1º e 2º Graus 7 de Abril. O Distrito de
Manhiça dista cerca de 75Km da Cidade Capital do País (Maputo), ao longo da EN1.
Tem uma superfície de 2.380Km² e localiza-se no extremo Norte da Província de
Maputo. Este distrito tem como limites a Norte e Nordeste com o Distrito de Bilene-
Macia da Província de Gaza, a Sul do Distrito de Marracuene, sendo este o oceano
Índico e Oeste com o distrito de Moamba e Magude. A Escola Primária do 1º e 2º Graus
7 de Abril, localiza-se no Posto Administrativo de Manhiça-Sede, e conta com um
pouco mais de 1500 alunos, onde 192 alunos encontram-se a frequentar a 4ª Classe.
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CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Introdução

Neste capítulo, a nossa revisão da literatura vai abordar a teoria que efectivamente
servirá de suporte para a implementação do nosso Projeto de Intervenção Pedagógica.
Assim, são convocadas obras de COSTA (1992), PINHEIRO (2007), SIMÃO (2013),
ASSUNÇÃO (2018) & MIAMBO (2019), porque servem de base na sustentação do
trabalho, com intuito de dar mais sustentabilidade ao tema em questão, trazendo a
definição de conceitos básicos, abordagens em torno das funções da poesia, da Poesia
na sala de aulas e estratégias metodológicas de ensino-aprendizagem da poesia

2.2. Conceitos Básicos

2.2.1 Poesia

De acordo com COSTA (1992:34), Poesia é um texto poético, geralmente em verso,


que faz parte do gênero literário denominado "lírico". Ela combina palavras,
significados e qualidades estéticas. Nela, prevalece a estética da língua sobre o
conteúdo, de forma que utiliza de diferentes dispositivos fonéticos, sintáticos e
semânticos.

Na tentativa de dar uma noção do que seja poesia, TEZZA (2003) citado por
ASSUNÇÃO (2018:45), refere que Poesia é como uma alternativa ao mundo da razão,
diferenciando-se da prosa.

A poesia é assim entendida como algo não racional, uma recusa à coerência absoluta,
em que sua essência permite dizer o indizível, visto que como linguagem primitiva a
poesia antecede a razão.

2.2.2. Funções da Poesia

A poesia está repleta de grande simbolismo e funções associadas a cada área distinta do
meio que a envolve. Assim, segundo COSTA (1992:42), existem várias funções
associadas à poesia, que se inicia, entre outras possibilidades, com as rimas infantis, que
são: função sociológica, psicológica, psicolinguística e lúdica.

 Função sociológica- onde as crianças atribuem a fatores sociais a identidade de


pertença a um grupo como se de uma herança se tratasse, as crianças através do
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contacto com o mundo poético, seja lengalengas ou canções, atribuem um


significado ao grupo por meio de tradições ou de um padrão genérico (COSTA
1992:42).

 Função psicológica – a poesia proporciona à criança um poder de rutura e de


evasão do mundo dos adultos. A ironia, os palavrões e o nonsense presentes em
certas rimas servem para aliviar tensões através do riso e da desculpa para o uso
de palavras que, em contextos normais, não são bem aceites (COSTA 1992:42).

 Função psicolinguística – aqui a componente fonológica está presente na


aquisição da linguagem e o que faz com que a mesma seja mais proeminente que
a semântica ou a sociolinguística, por meio de jogos de linguagem, trava-
línguas, lengalengas que desempenham um papel fundamental na aquisição da
linguagem nos 6 ou 7 anos de idade (COSTA 1992:43).

 Função lúdica – neste contexto, tal como o nome indica, a criança tem como
objetivo primordial brincar e divertir-se por meio de jogos lúdicos como a roda
ou canções coreografadas. Aqui, a principal finalidade é a criança dar visão
daquilo que ela representa e dar asas à criatividade nas brincadeiras corriqueiras
envolvendo os momentos de poesia (COSTA 1992:43).

2.2.3. A poesia na sala de aulas

Sabemos que o gênero poesia é pouco explorado em sala de aula do ensino primário.
Conforme as palavras de PINHEIRO (2007:13), a ausência da poesia na sala de aula é
uma constante, pois existem muitas dificuldades em levar a poesia para sala de aula, já
que muitos professores não têm claras as funções sociais desse tipo de texto, ou seja, o
desconhecimento dos professores acerca de textos que refletem sobre o gênero poesia e
o ensino é assustador.

Neste contexto, PINHEIRO (2007:15), adverte que o professor deve propiciar


estratégias de ensino que contribuam para que o jovem possa ter uma vivência da
poesia. As oficinas que apresentamos neste trabalho buscam esse objetivo, ou seja, tem
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a pretensão de aproximar o aluno do seu objeto de estudo (a poesia) de forma prazerosa,


através da música e outros recursos, resgatando o poder da alegria no acto de aprender.

De todos os gêneros literários, provavelmente, é a poesia o menos prestigiado no fazer


pedagógico da sala de aula. No entanto, esse tipo de produção merece uma maior
atenção dos professores e pesquisadores pela relevância poética (PINHEIRO, 2007:17).

Para o mesmo autor, o trabalho com a poesia deve conduzir as crianças ao mundo da
fantasia, desenvolvendo o hábito de leitura. Para tanto, é necessário que o professor
também tenha uma experiência significativa no que diz respeito à leitura de textos
poéticos, já que esse tipo de texto carece de mais cuidado que o texto em prosa.

Dessa forma, é interessante que o professor crie um ambiente adequado, que favoreça o
interesse e o gosto pela poesia. Conforme as palavras de PINHEIRO (2007:24): ”ir ao
pátio da escola para ler uma pequena antologia, pôr uma música de fundo enquanto se
lê, são procedimentos que ajudam na conquista do leitor.”

São portanto, condições que, se dispensadas, poderão debilitar uma experiência que
poderia ser mais rica, mais significativa. Improvisar um mural (oficina de escrita
criativa) onde os alunos, durante uma semana, um mês, ou o ano todo colocam os versos
de que mais gostam: incentivá-los a recitarem livremente poemas que conhecem são
procedimentos que vão criando um ambiente (físico e psicológico) em que a poesia
começa a ser vivenciada, em que o prazer de lê-la passa a tomar forma (PINHEIRO,
2007:28).

Portanto, são pequenas atitudes que mudam a forma das crianças enxergarem a poesia
na escola, buscando o envolvimento e o desenvolvimento da criatividade dos alunos. É
de suma importância trabalhar a poesia na sala de aula, mas essa prática não deve ser de
qualquer forma. Devemos saber o poema adequado para ser trabalhado em determinada
turma, e não podemos cair no moralismo, ou seja, o poema não deve servir de pretexto
moralizante, mas que dê prazer, ampliando a consciência e a sensibilidade dos alunos
(PINHEIRO, 2007:30).
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2.3. Estratégias metodológicas de ensino da poesia na sala de aula

Para o ensino da poesia, várias são as sugestões metodológicas apresentadas por


diversos autores e/ou pesquisadores. No entanto, para o presente Projecto de
Intervenção Pedagógica, escolhemos duas estratégias metodológicas que são basilares
na execução do projecto, que são: o uso da música e das ilustrações (imagens) no
ensino-aprendizagem da Poesia na Escola Primária.

2.3.1. A música no ensino da poesia

Para SOUZA (2007:45), a poesia tem origem na música e por isso não há poema sem
ritmo. O ritmo, no texto poético, tem ligação com a oralidade. Ele facilita a
memorização e está estreitamente ligado à métrica, à rima e ao sentido do texto. Numa
primeira aproximação, podemos dizer que o ritmo é a alternância entre sílabas fortes e
fracas num poema, mas não se limita a isso. Ele está presente na repetição de fonemas,
palavras, frases. O ritmo é uma espécie de agente de sedução utilizado pelo poeta para
agir sobre o leitor.

SOUZA (2007:51), afirma que muitas vezes, a escola faz da escrita um fim e não um
meio, quando ela é apenas um dos instrumentos de fixação da palavra falada. Tal
postura afasta, exclui e ignora o que há de oralidade nos discursos dos aprendizes da
escrita.

Diante desse fato, SOUZA (2007:58), adverte que é preciso atentar para as formas de
ensino de poesia na escola, pois o tempo, ainda que trouxesse algumas mudanças na
forma de se trabalhar o poético, não conseguiu separar seus elementos fundamentais de
constituição como a voz, a sonoridade e a corporalidade.

ASSUNÇÃO (2018:97), afirma que, como parte de nossa manifestação cultural, a


música é uma arte que assume um importante papel na educação podendo estimular o
desenvolvimento do estudante em vários aspectos individuais e sociais. Assim, o
contacto com a música na sala de aula pode trazer muitos ganhos como estimular a
criatividade, despertar o senso crítico do aluno, ampliar sua bagagem cultural, melhorar
a leitura por meio da audição e o desenvolvimento das habilidades de compreensão
leitora, além de muitos outros benefícios. Desse modo, quando poesia e música se
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juntam na sala de aula, agem como elementos de trans(formação) contribuindo para a


formação integral do aluno.

Assim, o mesmo autor, considera que há uma ligação muito grande entre poesia e
música devido aos recursos fônicos da linguagem verbal que sempre fizeram parte da
poesia, faz-se necessário traçar um ligeiro panorama estabelecendo ligação entre essas
duas artes.

A música por si mesma ganha destaque em relação à poesia em nossa sociedade devido
à sua força sensorial, auditiva, primeiro passo para o entendimento do texto escrito.
Nesse sentido, é que apostamos nessa arte como ponte para o poético (ASSUNÇÃO,
2018:98).

Para ASSUNÇÃO (2018:99), a leitura em voz alta substituiu de certa maneira a música,
que acompanhava a poesia na Antiguidade. Dessa forma, percebemos que ao longo dos
anos, embora a música tenha se afastado da poesia, a sonoridade, ainda que pela voz ou
pelo ritmo, sempre esteve ligada a ela.

A poesia é, pois, som e sentido, elementos de estreita relação, inseparáveis nesse


gênero. Assim, podemos dizer que a leitura em voz alta contribui muito para a
compreensão do sentido do texto poético.

Para ASSUNÇÃO (2018:100), a escrita é um meio de fixação da palavra falada e não


um fim, não devendo, pois, ignorar a oralidade. A escola, então, também é responsável
não só por iniciar os aprendizes no universo letrado, mas também por inseri-los nas
demais instituições que utilizam a escrita.

De acordo com ASSUNÇÃO (2018:101), a música, a prática da música e a educação


musical melhoram sensivelmente os valores da inteligência das crianças. Isso vale tanto
para crianças inicialmente com valores de Q.I abaixo da média quanto para aquelas com
valores acima da média. Para ambas as provas de inteligência, a música e a prática da
música oferecem bem evidentemente potenciais para incrementar de modo sistemático
os resultados cognitivos.

É necessário compreender a poesia como irmã da música. Ela supõe ritmo, jogo de
palavras, som, voz, sentido, palavra e corpo, condensação dos dizeres, como algo que
aguça as emoções, que devem ser partilhadas coletiva e alegremente. Pode-se dizer que
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a música e a poesia são ótimos instrumentos para propiciar mais alegria na escola, tão
militarizada, tão policiada nos séculos anteriores (ASSUNÇÃO, 2018:104).

Portanto, é preciso que a escola seja um ambiente alegre. Buscar essa alegria pode ser o
caminho para um ensino mais produtivo e eficaz. De igual modo, a sensação de
aborrecimento possa ser quebrada na escola a partir da alegria que os textos literários
podem proporcionar através da música.

2.3.2. O uso das ilustrações (imagens) no ensino da poesia

PINHEIRO (2002), aponta algumas condições indispensáveis para o trabalho com a


poesia na sala de aula, principalmente quando se trata da escola pública. Uma delas é
que o professor “tenha uma experiência significativa de leitura” e que seja capaz de se
emocionar com o que lê.

Um professor que não é capaz de se emocionar com uma imagem, com uma descrição,
com o ritmo de um determinado poema, dificilmente revelará na prática, que a poesia
vale a pena, que a experiência simbólica condensada naquelas palavras que são
essências em sua vida (PINHEIRO, 2002:24).

Outras condições apontadas pelo mesmo autor é que o professor deve buscar o que
interessa ao aluno. A partir daí, é possível oferecer poemas que chamem a atenção dos
alunos.

Numa perspectiva de associação entre palavra e imagens, a ilustração ganha certo


caráter de efeito estético que introduz elementos de percepção, compreensão e
descoberta que contém agrupamentos de sentidos que estimulam a reflexão e
proporcionam uma aprendizagem mais ampla, pois trabalha o universo imaginário que
cada indivíduo possui e contribui da mesma forma para todos os fatores que cercam a
vida em sociedade (SIMÃO, 2013:27).

SIMÃO (2013:25), afirma que é nessa perspectiva que se entende a atribuição de


extrema importância das imagens enquanto leitura ou suporte a mesma na literatura
infantil que possibilita de forma mais dinâmica o desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagem, as ilustrações se apresentam enquanto auxiliares e desenvolvem
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processos de interpretação que ajudará no crescimento e na transformação da criança e


do seu mundo.

Assim, é evidente que a partir da imagem é possível estimular o imaginário do aluno e


inseri-lo na actividade de produção de textos poéticos.

2.3.3. Feira de Leitura e Escrita

De acordo com MIAMBO (2019:22), uma feira de leitura e escrita é o momento de


realização de várias actividades de promoção de leitura e escrita, tais como concursos
literários, exposição de material existente e produzido a nível da escola, da comunidade,
clubes de leitura ou de outras entidades, em articulação com os(as) promotores(as) de
leitura e escrita e outros parceiros.

Neste âmbito, a realização da feira de leitura e escrita congrega actividades que possam
estabelecer uma ligação entre o indivíduo e o meio sociocultural, de forma a dinamizar
a leitura e escrita na escola, família, comunidade, etc. (MIAMBO, 2019:22).

Assim, para a materialização deste projecto de intervenção pedagógica, selecionamos


várias actividades a serem desenvolvidas na feira de escrita criativa, nomeadamente:

 Produção de textos poéticos a partir do seguinte tema: A pandemia da Covid-19


em Moçambique;
 Exposição da colectânea de textos poéticos produzidos pelos alunos;
 Interpretação de textos poéticos;
 Desenho livre;
 Produção de textos poéticos a partir das imagens desenhadas pelos alunos;
 Declamação de poemas;
 Concurso de escrita criativa.

Considerando que a escrita tem por objectivo levar os alunos a redigirem textos de
natureza diversa, com coerência, boa caligrafia e respeitando as regras de pontuação e
acentuação adequadas, a actividade na feira de escrita criativa engloba as seguintes
fases: Preparação, produção e revisão do texto (MIAMBO, 2019:25).
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Ao longo deste percurso, os alunos deverão ser levados a reflectir sobre o que vão
escrever, a escrever sobre um determinado tema, a exercitar modelos de escrita e a rever
o texto escrito.

Importância de uma Feira de Leitura e Escrita

Concordamos com MIAMBO (2019:22), ao afirmar que a importância de uma feira de


leitura e escrita reside na dinamização de um conjunto de actividades que contribuem
para:

 O desenvolvimento da linguagem nos alunos, que impulsiona a compreensão do


mundo que os rodeia;
 O estímulo dos alunos para exprimirem suas ideias e desabrochar as
competências de escrita;
 O envolvimento dos pais e da comunidade na aprendizagem dos alunos, de
modo a dar seguimento às actividades no seio familiar;
 O estímulo da criatividade e do espírito de competitividade entre os alunos.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA

Este projecto de intervenção pedagógica, quanto aos objectivos é de carácter


Exploratória. Pois, GIL (1999:116) considera que a pesquisa exploratória tem como
objectivo principal desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em
vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
posteriores.

Do ponto de vista dos seus procedimentos, socorrer-se-á à pesquisa bibliográfica e


observação participante. Segundo VERGARA (2000:38), a pesquisa bibliográfica é
desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído, principalmente, de livros e
artigos científicos e é importante para o levantamento de informações básicas sobre os
aspectos directa e indirectamente ligados à nossa temática.

A observação participante além de proporcionar uma associação entre as teorias e as


práticas, possibilita ao pesquisador intervir na situação da organização. De acordo com
VERGARA (2000:42), a pesquisa-ação pode ser definida como um tipo de pesquisa
social concebida e realizada para a resolução de um problema, onde o pesquisador é
envolvido no problema trabalha de modo cooperativo ou participativo.

Quanto à sua abordagem é de natureza qualitativa, pois, de acordo com OLIVEIRA


(2011:24), a abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu
significado, tendo como base a percepção do fenómeno dentro do seu contexto.

3.1. Público alvo de intervenção

O presente Projecto de Intervenção Pedagógica, destina-se aos alunos da 4ª classe, da


Escola Primária do 1º e 2º Graus 7 de Abril. Os motivos que ditaram a escolha deste
grupo alvo, estão alicerçados no facto de a 4ª classe ser o princípio do 2º ciclo do ensino
primário e considerando que reúne os pré-requisitos para o desenvolvimento das
habilidades de escrita (produção de textos). Daí que, numa fase piloto vão participar
desta intervenção duzentos (200) alunos da 4ª classe, pois, apostamos em envolver só e
somente os alunos do primeiro turno, uma vez que noutros turnos não tem havido
espaço no recinto escolar visto que há muitas turmas / classes ao ar livre e isso,
intrinsecamente iria condicionar o uso do pátio e/ou salas de aula no momento da
exposição de cartazes durante a execução do projecto. Assim, só foram contemplados
alunos da 4ª classe do primeiro turno.
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3.2. Orçamento
Nº Descrição de bens e serviços. Unidade Preço Unitário Total

01 Transporte 01 3.000,00Mt 3.000,00Mt

02 Alimentação 01 6.000,00Mt 3.000,00Mt

03 Resma de papel A4. 02 350,00Mt 700,00Mt

04 Impressão 50 2,00Mt 100,00Mt

05 Cópias 250 1,50Mt 375,00Mt

06 Bloco de notas 01 50,00Mt 50,00Mt

07 Lápis de cor 01 caixinha 200,00Mt 200,00Mt

08 Resma de papel gigante 01 400,00Mt 400,00Mt

09 Tesoura 01 50,00Mt 50,00Mt

10 Caixa de papelão 04 50,00Mt 200,00Mt

11 Cola de papel 01 200,00Mt 200,00Mt

12 Fita cola 01 100,00Mt 100,00Mt

13 Bostique 01 120,00Mt 120,00Mt

14 Caderno capa preta 01 100,00Mt 100,00Mt

15 Canetas 02 12,00Mt 24,00Mt

15 Subtotal ------------ ------------- 11.619,00Mt

Tabela 2: Orçamento.
15

CAPÍTULO IV: PLANO DE INTERVENÇÃO

4.1. Plano de Intervenção Pedagógica

A realização deste Projecto de Intervenção Pedagógica obedecerá (04) quatro


fases/etapas, nomeadamente:

1) Apresentação do projecto à direcção da Escola Primária Completa 7 de Abril;


2) Intervenção na sala de aulas da 4ª classe da modalidade monolingue;
3) Realização das actividades na oficina de escrita criativa;
4) Monitoria e avaliação das actividades de escrita criativa.

Na fase que se segue, iremos descrever detalhadamente as actividades a serem


desenvolvidas no terreno, em cada fase/etapa do nosso Projecto de Intervenção
Pedagógica, de modo a proporcionar o alcance dos objectivos previamente traçados.
Assim, teremos:

1ª Fase: Apresentação do projecto à direcção da Escola Primária Completa 7 de


Abril.

O presente Projecto de Intervenção Pedagógica será apresentado à Direcção da Escola


selecionada (Escola Primária do 1º e 2º Graus 7 de Abril), e essa apresentação, vai
consistir na explanação do desdobramento das acções a serem desenvolvidas na sala de
aulas com os alunos da 4ª classe. Nesta apresentação é importante que a direcção da
Escola aceite de bom grado que a nossa Intervenção Pedagógica tenha lugar na
instituição da sua tutela, reconhecendo a necessidade de levar o processo de ensino-
aprendizagem a bom porto e com resultados animadores a partir do envolvimento dos
alunos nas actividades de desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.

De igual modo, neste contexto, far-se-á a socialização de forma mais abrangente, onde
farão parte a Direcção da Escola (Diretor da Escola e Diretor Adjunto Pedagógico),
coordenadores dos ciclos e todos os professores da Escola em referência. Neste
processo (socialização), vai se apresentar os fundamentos metodológicos da Poesia
como estratégia de ensino-aprendizagem da Escrita.
16

Este exercício vai permitir aos professores terem noção das actividades a serem
realizadas posteriormente na sala de aulas com os seus alunos, e encorajá-los para que
participem de forma activa neste Projecto de Intervenção Pedagógica.

2ª Fase: Intervenção na sala de aulas da 4ª classe.

Nesta etapa, a nossa intervenção vai incidir no uso da poesia como estratégia de ensino-
aprendizagem da Escrita. Neste âmbito, a proponente (autora do projecto) vai
demonstrar na sala de aulas, o uso da música e das ilustrações (imagens) no ensino da
poesia.

Para começar, havemos de apresentar algumas ilustrações (imagens) previamente


seleccionadas, através das quais, os alunos vão construir um texto escrito que descreve o
imaginário ilustrado pelas imagens. Lembrando que o nosso objectivo fundamental é
desenvolver as habilidades de produção de textos nos alunos da 4ª classe, esta
actividade vai estimular o imaginário do aluno e inseri-lo na actividade de produção de
textos poéticos.

A imagem é muito rica e vai servir para exploração de diferentes vocábulos. Em


primeiro lugar, aos pares, os alunos deverão comentar sobre o que cada um vê na
imagem. Esta actividade irá apoiar os alunos inibidos e permitirá a partilha e
desenvolvimento do vocabulário entre os alunos. De seguida, a turma é orientada para
fazer uma descrição livre da imagem. Depois, com o apoio do professor (proponente),
faz-se a descrição orientada da imagem, levando os alunos a dizerem o que observam
(nomes dos animais, cores, quantidades, tamanho, distância, o traje de alguns animais e
ou acontecimento representado). A partir desta descrição, os alunos vão construir um
texto poético explorando os vocábulos que a imagem dispõe.

Depois da produção de textos poéticos, antes da leitura dos mesmos, o professor


(proponente) deverá explicar os alunos que o poema deve ser declamado e
acompanhado de gestos, por exemplo, ao dizer “Pátria Amada”, colocarão as duas mãos
cruzadas no peito, em forma de abraço.

Em seguida, através da música havemos de desenvolver as habilidades de declamação


da poesia e treinamento da leitura em voz alta. Conforme afirma ASSUNÇÃO
17

(2018:98), o contacto com a música na sala de aula pode trazer muitos ganhos como
estimular a criatividade, despertar o senso crítico do aluno, ampliar sua bagagem
cultural, melhorar a leitura por meio da audição. Assim, em cada Poema, os alunos
juntamente com o professor (proponente) poderão encontrar uma melodia para
transformar o poema em uma canção.

É importante ressaltar os aspectos estruturais do texto poético, pois, este é diferente do


texto em prosa, visto que na sua construção apresenta versos que formam estrofes.
Assim, é nossa tarefa abordar as características do texto poético nesta fase da nossa
Intervenção Pedagógica.

3ª Fase: Realização das actividades na oficina de escrita criativa.

A materialização das actividades a serem desenvolvidas na feira de escrita criativa, vai


obedecer às seguintes fases:

 Preparação – fase em que se criam as condições necessárias para a


materialização da actividade. Exemplo do material necessário: lápis, lápis de
cor, borracha, afiador, aguarelas, folhas A4, cartolinas e outros materiais;
 Inscrição/registo dos concorrentes;
 Selecção dos textos;
 Elaboração de uma ficha com um guião de correção;
 Identificação dos membros de Júri (professores da 4ª classe e o proponente);
 Definição da premiação (é opcional, pois dependerá das condições financeiras).

4ª Fase: Monitoria e avaliação das actividades de escrita criativa.

No desenvolvimento da feira de escrita criativa, para facilitar o controlo e flexibilizar a


avaliação dos trabalhos, o Júri deverá avaliar:

 Ajuste ao tema – neste caso, deve-se verificar se o aluno respeitou o tema


sugerido;
 Qualidade e clareza das ideias;
 Coordenação e encadeamento de ideias;
18

 Correcção linguística e o uso correcto de conectores – apresenta erros de


concordância, como por exemplo, de sujeito e predicado, de singular e plural, de
feminino e masculino, utilizou correctamente a pontuação e os sinais de
pontuação;
 Originalidade – se o texto é ou não criativo e da sua autoria;
 Apresentação do trabalho – se apresenta borrões, mistura maiúsculas e
minúsculas nas palavras ou letra de imprensa e cursiva ou não; deixou a margem
necessária e os espaços depois dos parágrafos.

4.2. Grelha de Avaliação da produção do texto poético


N Parâmetros Pontuação
º

01 Ajuste ao tema 4,0

02 Qualidade e clareza das ideias 3,0

03 Coordenação e encadeamento de ideias 4,0

04 Ortografia e uso de conectores 3,0

05 Pontuação 1,5

06 Originalidade 3,0

07 Apresentação do trabalho 1,5

Total 20,0valores

No desenvolvimento da actividade de escrita criativa, em que decorre a feira de


produção de textos poéticos, deve-se assegurar que todos os concorrentes tenham o
material que necessitam para a execução plena da actividade.
19

4.3. Cronograma das Acções


Nº Acções Fevereiro Março Abril Maio Junho

Apresentação do Projeto à
direcção da Escola.
01

Planificação e leccionação de
aulas de Língua Portuguesa (4ª
classe) onde se evidencia as
02 características do texto poético, a

leitura e escrita do texto poético


(intervenção na sala de aula).

Organização das actividades da


oficina de escrita. Preparação da
03
feira de escrita criativa (produção
de textos poéticos).

04 Realização da feira de escrita


criativa (realização do concurso
de produção de textos poéticos).

05 Monitoria das actividades


desenvolvidas na oficina de
escrita criativa.

Avaliação do Projecto e Produção


do Artigo Final.
06

Fonte: elaborado pela autora.


20

CAPÍTULO V: RESULTADOS ESPERADOS


5.1. Resultados

Com a realização de todas as actividades previstas e simultaneamente descritas no


capítulo anteriores, esperamos como resultados, os seguintes:

 Que os alunos da 4ª classe da escola em referência, tenham adquirido as


habilidades de produção de textos poéticos;
 Que os alunos participem activamente nas actividades da feira de escrita criativa,
onde vão construir textos poéticos e desta forma, terão adquirido competência
que lhes permitem expressar os seus sentimentos, emoções e imaginação através
da escrita, dentro e fora da sala de aulas;
 De igual modo, esperamos que os professores desta escola, a partir da
observação directa ou indireta das actividades por nós realizadas na feira de
escrita criativa, poderão ganhar iniciativa própria de usar a poesia como
estratégia de ensino-aprendizagem da escrita nas demais classes ou ciclos de
aprendizagem.
21

Bibliografia

ASSUNÇÃO, Elaine A. Poesia e Música como Aprimoramento da Leitura no Ensino


Fundamental. Belo Horizonte. 2018.

BARBEIRO, L. Ensino da escrita e comunidade de aprendizagem. Actas do II


Encontro de Reflexão sobre o Ensino da Escrita. Universidade do Minho: Braga, 2005.

CARDOSO, et al. A Influência da Poesia no despertar do gosto pela leitura e escrita.


Escola Superior de Educação Jean Piaget. S.d.

COSTA. M. Um continente poético esquecido – As rimas infantis. Porto: Porto Editora.


1992.

CUNHA, M. Literatura Infantil: teoria e prática. 5ª ed. São Paulo. Ática. 1986.

GEBARA, Ana E. O poema, um texto marginalizado. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.

GIL, António C., Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MIAMBO, et al. Manual de Apoio ao Promotor de Leitura e Escrita. Direcção


Nacional do Ensino Primário. Maputo: MINEDH, 2019.

OLIVEIRA, Maxwell F., Metodologia científica: um manual para a realização de


pesquisas em Administração. Catalão: Universidade Federal de Goiás, 2011.

PINHEIRO, José H. Poesia na sala de aula. 2ª ed. João Pessoa: Editora Ideia, 2002.

PINHEIRO, José H. Poesia na sala de aula. Campina Grande: Bagagem. 2007.

SOUZA, Gláucia R. Uma viagem através da poesia: vivências em sala de aula. Porto
Alegre: Tese de Doutoramento – UFRGS. 2007.

SIMÃO, Erijane. As Ilustrações nos Livros de Literatura Infantil: Uma análise da


Menina do Laço de Fita de Ana Maria Machado. João Pessoa. 2013.

VERGARA, Sylvia C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3ªed. Rio de


Janeiro: Atlas, 2000.

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