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Teatro Medieval

Daniela Diana
 
Professora licenciada em Letras
O teatro medieval é aquele que foi produzido na era medieval (século V ao
XV). Durante esse período, o teatro medieval pode ser classificado em duas
vertentes:
 o teatro sacro, relacionado aos temas religiosos;
 o teatro profano, tal qual as farsas e os jograis, com os temas de caráter
popular, cômico e moralizante.

Após a queda do Império Romano, a Igreja Católica controlava a vida dos


cidadãos e o teatro foi considerado uma arte profana e satírica e, por esse
motivo, foi banido pela Igreja até o século XII, quando ele começa a ressurgir
na Europa.

Origem do teatro medieval

Representação de Teatro
Medieval
O teatro medieval tem início a partir do século XII e permaneceu até o século
XV, com a chegada do período renascentista.

Sua origem está relacionada com as celebrações realizadas a favor das


festividades religiosas seja a páscoa, o natal, dentre outros.
Eram originalmente textos encenados pelos membros clericais após as missas
ou procissões e tinham como temas as passagens bíblicas, os milagres, os
mistérios, os sermões, os autos sacramentais, as biografias de santos e os
dramas litúrgicos. Muitos deles eram apresentados em latim.

Essa característica está intimamente relacionada com o contexto histórico de


dominação da Igreja Católica e do aspecto filosófico do medievo, donde o
teocentrismo era o conceito chave, ou seja, Deus era o centro do mundo, ele
que regia todo o universo.

Mais tarde que o teatro medieval foi se adaptando às mudanças e incluindo


temas mais abrangentes, ou seja, com apresentações sobre a vida e os
costumes dos seres humanos, os quais ofereciam um caráter didático e
moralizante.

Diferentemente de sua origem, em que as breves encenações eram realizadas


dentro das igrejas, o teatro medieval passou a ser desenvolvido nos ambientes
públicos, por exemplo nas praças. Os personagens passaram a ser pessoas
comuns e não somente membros do clero.

Além disso, inicialmente as peças eram breves e somente apresentavam


passagens religiosas; já com o passar do tempo, o teatro medieval foi se
aperfeiçoando e as encenações podiam ser apresentadas durante dias.

Saiba mais sobre o contexto histórico no artigo: Idade Média.

Principais Características: Resumo


Embora a era medieval seja um longo período da história (século V ao século
XV) que foi aos poucos se modificando, as principais características do teatro
medieval foram:

 Tradição oral
 Caráter popular
 Espaço cênico: igrejas e praças
 Temas sagrados e profanos
 Usos de máscaras
 Personagens alegóricos
 União da dança, música e teatro
Exemplo de Teatro Medieval
Ainda que muitos textos medievais sejam orais e, portanto, foram perdidos com
o passar do tempo, algumas peças desse período sobreviveram.

Assim, para compreender melhor a linguagem do teatro medieval, segue


abaixo um trecho da peça popular escrita por volta do século XIII pelo
dramaturgo francês Rutebeuf intitulada “O pregão das Ervas” (em francês
“Le Dit de l'Herberie”)

Parte I
“Respeitáveis senhores, que me dais ouvidos
Grandes e pequenos, jovens ou vividos
Vós fostes pela sorte favorecidos
Pois ireis, agora, a verdade encontrar
Sabendo que este médico não vos pode enganar
Uma vez que por vós mesmos podeis comprovar
O poder destas ervas antes do fim
Vamos fazendo a roda em torno de mim
Sem ruído, em silêncio, é bem assim...
Eu, aqui, sou é pesquisador
E tenho servido a muito imperador
Até mesmo lá do Cairo, o senhor
Muito poderoso, ele faz questão
de me contratar todo verão
Pagando para mim um salariozão.”

História do teatro
Laura Aidar
 
Arte-educadora e artista visual

A história do teatro teve início na Grécia Antiga, em torno do século VI a.C.


Nessa época, eram realizados rituais em louvor ao deus mitológico Dionísio,
divindade relacionada à fertilidade, vinho e diversão.
Assim, o teatro surge nesse contexto e em consequência dessas festas.

O teatro na pré-história
Apesar de ser um consenso que o teatro ocidental teve origem na Grécia
Antiga, é importante frisar que essa manifestação já era presente na
humanidade desde tempos remotos, mesmo que de forma rudimentar.

Na pré-história, os seres humanos possuíam maneiras distintas de


comunicação, e a imitação era uma delas.
Muito provavelmente, os homens das cavernas desenvolveram gestos que se
assemelhavam aos animais. Além disso, encenavam caçadas para contar aos
seus pares como as situações ocorreram.

Assim como a dança, a música e o desenho, a linguagem teatral também teve


sua importância na época pré-histórica.

O teatro na Grécia Antiga


As celebrações ao Deus Dionísio duravam vários dias e ocorriam na época da
colheita, como forma de agradecimento pelo alimento e pelo vinho.

A participação dos cidadãos era intensa e havia uma espécie de procissão, que
levava o nome de "ditirambo". Depois surgiu o "coro", um conjunto de pessoas
que cantava e dançava homenageando Dionísio.
Até que aparece Téspis, uma figura de grande importância para o surgimento
do teatro ocidental. Segundo consta, esse homem participava de um desses
rituais quando, em dado momento, resolveu vestir uma máscara e dizer que ele
era o próprio deus Dionísio, iniciando assim um diálogo com o "coro".
A ousadia de tal atitude fez com que Téspis fosse reconhecido como o "criador
do teatro" e primeiro ator e produtor teatral.

Mais tarde, essa linguagem artística foi evoluindo e influenciou fortemente o


teatro romano e outras culturas.

Do ponto de vista arquitetônico, a estrutura dos primeiros teatros era parecida.


As apresentações eram feitas ao ar livre, em construções de formato
semicirculares.

Havia um espaço para as representações, chamado de orquestra. O lugar para


acomodar o público era a arquibancada, construída em encostas montanhosas,
o que facilitava a acústica.

Já o palco era o local onde os atores se preparavam para a apresentação e


guardavam os figurinos e objetos cenográficos.

Teatro de Epidauro, datado do séc IV a.C., na Grécia. Ele acomodava cerca de 14 mil pessoas

Para complementar seus estudos, leia: Teatro Grego.

O teatro na Roma Antiga


O teatro romano teve enorme influência do teatro grego, assim como outras
manifestações culturais desse povo. A cultura etrusca também foi um fator
relevante para o desenvolvimento da arte teatral romana.
Entretanto, os romanos trouxeram algumas modificações nessa linguagem. A
mais significativa delas é no que se refere à estrutura arquitetônica, que antes
era feita em encostas de morros pelos gregos e depois passou a incorporar
arcos e abóbodas pelos romanos.

Os temas e objetivos do teatro romano também se modificaram um pouco, com


a valorização de mais entretenimento (como lutas de gladiadores e animais) e
menos assuntos religiosos.

O teatro Medieval
Depois que o Império Romano declinou, teve início a Idade Média, que
compreende os séculos V ao XV.

Na época medieval, durante muitos anos, a linguagem teatral foi banida na


Europa. Isso porque era considerada pela Igreja Católica como uma atividade
pecaminosa, ressurgindo apenas no século XII.

Assim, a finalidade do teatro medieval era a divulgação dos preceitos religiosos


e histórias bíblicas, sendo encenado por membros do clero.

Para se aprofundar mais, leia: Teatro Medieval.

Surgimento do teatro no Brasil


No Brasil, a origem do teatro está relacionada à chegada dos jesuítas no
século XVI e seu empenho em catequizar a população, tanto os índios quanto
os colonos.

Dessa forma, os padres se utilizavam dessa expressão para transmitir


ensinamentos da igreja católica.

Uma das pessoas mais notáveis nesse contexto foi o padre Anchieta, que
dedicou-se fortemente ao chamado teatro de catequese.
Leia mais sobre o assunto: História do teatro no Brasil

O teatro na atualidade
Hoje em dia, essa maneira de se expressar artisticamente possui
características bastante diferentes daquelas que a definiam nos primórdios.
Cena de teatro em uma casa de espetáculos. Na imagem, encenação de Morte e Vida Severina,
de João Cabral de Melo Neto

A manifestação evoluiu ao longo da história, passando a ser apresentada


também em locais fechados, o que acabou por restringir e elitizar seu público.

As formas de atuação se transformaram e o objetivo dos espetáculos também,


sendo possível encontrar várias vertentes teatrais atualmente.

Linguagem Teatral
Daniela Diana
 
Professora licenciada em Letras
A linguagem teatral é aquela utilizada nos textos teatrais (ou dramáticos), os
quais são escritos para serem representados. Os gêneros teatrais mais
conhecidos são a comédia, a tragédia e a tragicomédia.
A dramaturgia é o nome utilizado para as representações teatrais e os
dramaturgos são aqueles que escrevem os textos para serem encenados por
atores.

Os textos teatrais são geralmente dividido em atos e cenas, apresentam


diálogos e ausência de narrador.
Máscaras da Tragédia e
Comédia
Elementos da Linguagem Teatral
Em cada encenação teatral podemos considerar alguns elementos essenciais,
a saber:

 Tempo: é classificado de três maneiras segundo a função que exercem:


tempo real, em que decorre a narrativa; tempo dramático, tempo em
que acontecem os fatos da narrativa; e tempo da escrita, ou seja,
quando a obra foi produzida. Nesse sentido, a obra teatral pode ter sido
escrita no século XX (tempo da escrita), mas abordar fatos do século
XVII (tempo dramático).
 Espaço: corresponde ao local ou locais em que decorrem os fatos.
Nesse caso, podemos considerar o espaço real (cênico) e o espaço
psicológico. Assim, o real seria o espaço físico que se desenvolvem os
fatos, por exemplo, uma igreja, uma casa noturna, uma praça. Já o
espaço psicológico refere-se aos pensamentos dos personagens que
envolvem a trama.
 Personagens: são as pessoas que envolvem a história, podendo ser
protagonistas (principais) ou coadjuvantes (secundárias). Além disso,
há os figurantes, que possuem um papel terciário, ou seja, somente
aparecem para preencher uma lacuna no espaço, por exemplo, as
pessoas que estão sentadas num restaurante, porém não participam da
encenação.
 Plateia: quando ocorrem as dramatizações teatrais há sempre uma
plateia, ou seja, o público que assiste à peça. Observe que os
interlocutores são um dos elementos fundamentais da linguagem
teatral.
 Cenário: o cenário corresponde ao conjunto de elementos que
transformam o espaço que acontecerá a representação, por exemplo, a
cozinha de uma casa, a rua, a igreja. As pessoas especialistas em
cenografia, são os cenógrafos.
 Figurino: são as vestimentas utilizadas pelas personagens em
determinadas cenas. Os figurinistas são especialistas em compor os
figurinos dos artistas envolvidos. Por isso, os figuristas estudam a
história da trama, os quais possuem muitos conhecimentos históricos e
culturais. Isso porque eles precisam conhecer os elementos da moda
no tempo da peça, por exemplo, numa peça em que o tempo dramático
é o século XIX.
 Iluminação: como parte do cenário, tem-se a iluminação cênica. É um
elemento essencial realizados pelos produtores (iluminadores)
responsáveis por projetaram as luzes nos espaços e nas personagens,
além de criarem efeitos de luz, desde contrastes de luz e sombra.
 Sonoplastia: além da iluminação, as encenações teatrais envolvem a
sonoplastia, ou seja, o uso de sons, seja uma música, um ruído, as
falas, dentre outros. O sonorizador é a pessoa responsável pela
sonoplastia cênica.

Texto Teatral
Daniela Diana
 
Professora licenciada em Letras

O Texto Teatral ou Dramático são aqueles produzidos para serem


representados (encenados) e podem ser escritos em poesia ou prosa.
São, portanto, peças de teatro escritas por dramaturgos e dirigidos por
produtores teatrais e, em sua maioria, são pertencentes ao gênero narrativo.

Ou seja, o texto teatral apresenta enredo, personagens, tempo, espaço e pode


estar dividida em “Atos”, que representam os diversos momentos da ação, por
exemplo, a mudança de cenário e/ou de personagens.

De tal modo, o texto teatral possui características peculiares e se distancia de


outros tipos de texto pela principal função que lhe é atribuída: a encenação.

Dessa forma, ele apresenta diálogo entre as personagens e algumas


observações no corpo do texto, tal qual o espaço, cena, ato, personagens,
rubricas (de interpretação, de movimento).

Já que os textos teatrais são produzidos para serem representados e não


contados, geralmente não existe um narrador, fator que o difere dos textos
narrativos.

O teatro é uma modalidade artística que surgiu na antiguidade. Na Grécia


antiga, eles possuíam uma importante função social, donde os espectadores
esperavam pelo momento da apresentação, que poderia durar um dia todo.

Características do Texto Teatral


 Textos encenados
 Gênero narrativo
 Diálogo entre personagens
 Discurso direto
 Atores, plateia e palco
 Cenário, figurino e sonoplastia
 Linguagem corporal e gestual
 Ausência de narrador
Linguagem Teatral
A linguagem teatral é expressiva, dinâmica, dialógica, corporal e gestual. Para
prender a atenção do espectador os textos teatrais sempre apresentam um
conflito, ou seja, um momento de tensão que será resolvido no decorrer dos
fatos.

Observe que em grande parte a linguagem teatral é dialógica, no entanto,


quando encenada por somente um personagem é chamado de monólogo,
donde expressa pensamentos e sentimentos da pessoa que está atuando.

Leia também: O que é Monólogo

Elementos da Linguagem Teatral


Os principais elementos que constituem os textos teatrais são:

 Tempo: o tempo teatral é classificado em "tempo real" (que indica o da


representação), "tempo dramático" (quando acontece os fatos narrados) e o
"tempo da escrita" (indica quando foi produzida a obra).
 Espaço: o chamado “espaço cênico” determina o local em que será
apresentado a história. Já o “espaço dramático” corresponde ao local em que
serão desenvolvidas as ações dos personagens.
 Personagens: segundo a importância, os personagens dos textos teatrais são
classificados em: personagens principais (protagonistas), personagens
secundários e figurantes.

Estrutura dos Textos Teatrais


Os textos teatrais são constituídos por dois textos:

 Texto Principal: que apresenta a fala das personagens (monólogo, diálogo,


apartes).
 Texto Secundário: que inclui o cenário, figurino e rubricas.

Quando produzidos, são divididos de maneira linear em:

 Introdução (ou apresentação): foco na apresentação das personagens,


espaço, tempo e do tema.
 Complicação (ou conflito): determina as peripécias da peça teatral.
 Clímax: momento de maior tensão do drama.
 Desfecho: desenlace da ação dramática.

Gêneros Teatrais
Os gêneros teatrais mais conhecidos são:

 Tragédia
 Comédia
 Tragicomédia

Saiba mais sobre o Gênero Dramático.


Exemplo
Segue abaixo um trecho do texto teatral intitulado “Álbum de Família”, escrito
por Nelson Rodrigues, em 1945:

Cena 1

(Palco menor: cena mostra ângulo de um dormitório de colégio. Glória e Teresa entram
rindo muito, como se brincassem de esconde-esconde. Ambas em finíssimas camisolas,
muito transparentes. São meninas que aparentam 15 anos. Há entre as duas um ambiente
de sonho. Quando a música termina, Teresa fala)

TERESA – Você jura?

GLÓRIA – Juro.

TERESA – Por Deus?

GLÓRIA – Claro!

(Nota importante: o sentimento de Teresa é mais ativo; Glória resiste mais ao êxtase)

TERESA – Então, quero ver. Mas, depressa, que a irmã pode vir.

GLÓRIA (erguendo a cabeça) – Juro que...

TERESA (retificando) – Juro por Deus...

GLÓRIA – Juro por Deus...

TERESA – ... que não me casarei nunca...

GLÓRIA – ... que não me casarei nunca...

TERESA – ... que serei fiel a você até à morte.

GLÓRIA – ... que serei fiel a você até à morte.

TERESA – E que nem namora.

GLÓRIA – E que nem namoro.

(As duas se olham. Teresa coloca o véu branco na cabeça de Glória; em seguida coloca
outro véu sobre a sua própria cabeça. Abraçam-se.)

TERESA (apaixonada) – Também juro por Deus que não me casarei nunca, que só
amarei você, e que nenhum homem me beijará.

GLÓRIA (menos trágica) – Só quero ver.


TERESA (trêmula) – Segura minha mão assim. (olhando-a profundamente) Se você
morrer um dia, nem sei!

GLÓRIA – Não fala bobagem!

TERESA – Mas não quero que você morra, nunca! Só depois de mim. (com uma nova
expressão, embelezada) Ou então, ao mesmo tempo, juntas. Eu e você enterradas no
mesmo caixão.

GLÓRIA – Você gostaria?

TERESA (no seu transporte) – Seria tão bom, mas tão bom!

GLÓRIA (prática) – Mas no mesmo caixão não dá – nem deixam!

TERESA (sempre apaixonada) – Me beija!

(Glória beija na face, com certa frivolidade.)

TERESA – Na boca!

(Beijam-se na boca)

TERESA (agradecida) – Nunca nos beijamos na boca – é a primeira vez.

(Riem. Beijam-se novamente. Música de transição: Glória de Vivaldi em tom menor)

(Apaga-se a pequena cena do dormitório.)

Curiosidade: Você Sabia?


Os "Autos" e as "Farsas" fazem parte dos textos teatrais. Os Autos são textos
mais curtos de caráter cômico, enquanto as Farsas são mais satíricas, com
crítica a diversos aspectos da sociedade.

Texto Narrativo
Daniela Diana
 
Professora licenciada em Letras
Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as ações de personagens num
determinado tempo e espaço.
Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns fatos
e acontecimentos.

Alguns exemplos de textos narrativos são: romance, novela, conto, crônica e


fábula.
Estrutura da Narrativa
 Apresentação: também chamada de introdução, nessa parte inicial o
autor do texto apresenta os personagens, o local e o tempo em que se
desenvolverá a trama.
 Desenvolvimento: aqui grande parte da história é desenvolvida com
foco nas ações dos personagens.
 Clímax: parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o
momento mais emocionante da narrativa.
 Desfecho: também chamada de conclusão, ele é determinado pela
parte final da narrativa, onde a partir dos acontecimentos, os conflitos
vão sendo desenvolvidos.
Elementos da Narrativa
 Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador
observador, narrador personagem e narrador onisciente.
 Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se
desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear e enredo não
linear.
 Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo
classificados em: personagens principais (protagonista e antagonista) e
personagens secundários (adjuvante ou coadjuvante).
 Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da
narrativa, por exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo
pode ser cronológico ou psicológico.
 Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num
ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.

Leia mais sobre os Elementos da Narrativa.

Tipos de Narrador
Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz
textual" da narração, sendo classifcados em:

 Narrador Personagem - a história é narrada em 1ª pessoa onde o


narrador é um personagem e participa das ações.
 Narrador Observador - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador
conhece os fatos porém, não participa da ação.
 Narrador Onisciente - esse narrador conhece todos os personagens e a
trama. Nesse caso, a história é narrada em 3ª pessoa. No entanto,
quando apresenta fluxo de pensamentos dos personagens, ela é
narrada em 1ª pessoa.
Tipos de Discurso Narrativo
 Discurso Direto - no discurso direto, a própria personagem fala.
 Discurso Indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da
personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que
não aparece a fala da personagem.
 Discurso Indireto Livre - no discurso indireto livre há intervenções do
narrador e das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso
direto com o indireto

Para saber mais sobre esse tema leia também: Discurso Direto, Discurso
Indireto e Indireto Livre

Gêneros Textuais
Daniela Diana
 
Professora licenciada em Letras
 Atualizado em 21 janeiro 2021

Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns


que os textos apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo.
Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os
interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso.

São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do


restaurante, bilhete ou lista de supermercado.

É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual


pode conter mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma
receita de bolo apresenta a lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e
o modo de preparo (texto injuntivo).

Tipos de Gêneros Textuais


Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros
gêneros textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras
palavras, gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos
tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e
injuntivo.

Texto Narrativo
Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço.
A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax
e desfecho.

Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos:

 Romance
 Novela
 Crônica
 Contos de Fada
 Fábula
 Lendas
Texto Descritivo
Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto,
lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais
descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do
locutor (emissor).

São exemplos de gêneros textuais descritivos:

 Diário
 Relatos (viagens, históricos, etc.)
 Biografia e autobiografia
 Notícia
 Currículo
 Lista de compras
 Cardápio
 Anúncios de classificados
Texto Dissertativo-Argumentativo
Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou
assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto
de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é
dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova
tese (conclusão).

Tipos de Textos
Daniela Diana
 
Professora licenciada em Letras
 Atualizado em 21 janeiro 2021

Os tipos de textos são classificados de acordo com sua estrutura, objetivo e


finalidade.
De acordo com a tipologia textual, eles são classificados em 5 tipos: texto
narrativo, texto descritivo, texto dissertativo, texto expositivo e texto injuntivo.
1. Texto Narrativo
A marca fundamental do texto narrativo é a existência de um enredo, no qual
são desenvolvidas as ações das personagens, marcadas pelo tempo e pelo
espaço.

Assim, a narração engloba o que chamamos de 5 elementos da narrativa:


1. Enredo: designa a história da narrativa. Dependendo de como a trama é
contada, ele é classificado em dois tipos: enredo linear (sequência
cronológica) e enredo não linear (não possui uma sequência cronológica).
2. Narrador: também chamado de foco narrativo, representa a "voz do texto", ou
seja, determina quem está contando a história. Os tipos de narrador são:
narrador observador (não faz parte da história, sendo somente um
observador), narrador personagem (faz parte da história) e narrador onisciente
(conhece todos os detalhes da narração).
3. Personagens: são aqueles que fazem parte da história e podem ser:
personagens principais (protagonista e antagonista) ou personagens
secundárias (adjuvante ou coadjuvante).
4. Tempo: marca o momento em que a trama está sendo desenvolvida. Ele é
dividido em dois tipos: tempo cronológico e tempo psicológico.
5. Espaço: representa o local (ou locais) onde se desenvolve a história e que
pode ser: físico, psicológico ou social.
Estrutura dos textos narrativos
Os textos narrativos possui uma estrutura básica: apresentação,
desenvolvimento, clímax e desfecho.

 Apresentação: trata-se da introdução do texto, onde são apresentadas


algumas de suas principais características como o tempo, o espaço e as
personagem que fazem parte da trama.
 Desenvolvimento: designa a maior parte do texto, onde são desenvolvidas as
ações das personagens numa sequência de acontecimentos.
 Clímax: representa a parte mais emocionante, surpreendente e tensa da
narrativa.
 Desfecho: é a parte final da trama, determinada pelo arremate de toda a
história. Nela, é revelada o destino das personagens.
Alguns exemplos de textos narrativos
 Conto
 Fábula
 Romance
 Novela
 Crônica
Exemplo de texto narrativo
Para entender melhor esse tipo de texto, segue abaixo um exemplo de uma
fábula do escritor grego Esopo:

A Rã e o Boi
Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal inveja do tamanho dele
que começou a inflar para ficar maior.

Então, outra rã chegou e perguntou se o boi era o maior dos dois.

A primeira respondeu que não – e se esforçou para inflar mais.

Depois, repetiu a pergunta:

– Quem é maior agora?

A outra rã respondeu:

– O boi.

A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que arrebentou.

Moral da história: Quem tenta parecer maior do que é se arrebenta.

Saiba tudo sobre esse tipo de texto:


 Narração
 Texto narrativo
 Foco narrativo
 Elementos da narrativa

2. Texto Descritivo
O texto descritivo é um tipo de texto que apresenta a descrição de algo, seja de
uma pessoa, um objeto, um local, etc. Assim, ele expõe apreciações,
impressões e observações de algo indicando os aspectos, as características,
os detalhes singulares e os pormenores.

Alguns recursos linguísticos relevantes na estruturação dos textos descritivos


são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas e comparações.

Estrutura dos textos descritivos


De forma geral, os textos descritivos seguem a estrutura básica:

 Introdução: apresentação sobre o que (ou quem) será descrito.


 desenvolvimento: realização da descrição (objetiva ou subjetiva) de algo.
 conclusão: término da descrição.
Tipos de textos descritivos
A descrição é classificada de 2 formas:

1. Descrição objetiva: descrição realista ou denotativa sobre algo sem que haja
algum juízo de valor.
2. Descrição subjetiva: descrição que envolve as impressões pessoais do autor
e, por isso, apresenta o sentido conotativo da linguagem.
Alguns exemplos de textos descritivos
 Diário
 Relatos
 Biografia
 Notícia
 Cardápio
Exemplo de texto descritivo
A Carta de Pero Vaz de Caminha é um relato de viagem, sendo, portanto, um
exemplo de descrição:

"Também andavam, entre eles, quatro ou cinco mulheres moças, nuas como
eles, que não pareciam mal. Entre elas andava uma com uma coxa, do joelho
até o quadril, e a nádega, toda tinta daquela tintura preta; e o resto, tudo da
sua própria cor. Outra trazia ambos os joelhos, com as curvas assim tintas, e
também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas e com tanta inocência
descobertas, que nisso não havia nenhuma vergonha. Também andava aí
outra mulher moça com um menino ou menina ao colo, atado com um pano
(não sei de quê) aos peitos, de modo que apenas as perninhas lhe apareciam.
Mas as pernas da mãe e o resto não traziam pano algum."

Entenda tudo sobre as características desse tipo textual:


 Descrição
 Texto descritivo
 Descrição objetiva e subjetiva
 Descrição: o que é, características, tipos e como fazer
 Como fazer um bom texto descritivo
3. Texto Dissertativo
O texto dissertativo busca defender uma ideia e, logo, é baseado na
argumentação e no desenvolvimento de um tema. Geralmente, os textos
dissertativos-argumentativos, além de serem opinativos, buscam persuadir o
leitor.

Estrutura dos textos dissertativos


A estrutura dos textos dissertativos é dividida em três partes fundamentais:

1. Introdução: também chamada de tese, essa é uma pequena parte do texto


que apresenta a ideia, o tema ou assunto principal que será dissertado.
2. Desenvolvimento: também chamada de antítese (ou anti tese), é a maior
parte do texto em que é apresentado os argumentos contra e a favor sobre o
tema.
3. Conclusão: também chamada de nova tese, essa parte sugere uma nova
ideia, que pode ser uma solução sobre o tema exposto.
Tipos de textos dissertativos
Os textos dissertativos são classificados de duas maneiras:

1. Dissertativo-expositivo: foco na exposição de alguma ideia, fato, tema ou


assunto. Nesse caso, não há a intenção de persuadir o leitor.
2. Dissertativo-argumentativo: a persuasão é o principal ponto dessa categoria
de textos dissertativos. Assim, o uso de argumentações e contra
argumentações são fundamentais.
Alguns exemplos de textos dissertativos
 Resenha
 Artigo
 Ensaio
 Monografia
 Editorial
Exemplo de texto dissertativo
O exemplo abaixo é um editorial da seção Tecnologia do jornal Correio
braziliense.

App criado por publicitário "paga" para usuário assistir a propagandas


No app Curió, os usuários assistem a conteúdos publicitários de forma
voluntária e ganham pontos para trocar por brindes

Há dois anos, o aplicativo Curió veicula publicidade de uma forma diferente e


inovadora. O empresário e criador do app, Jean Silva, 33 anos, observou que
os meios tradicionais de divulgação publicitária não surtem o efeito desejado,
porque o consumidor passou a ignorar as propagandas difundidas em
quantidades exageradas nas redes sociais.

"A nossa aposta é pagar pelo tempo do espectador. O usuário assistirá à


propaganda de maneira voluntária e ganhará moedas (curiós) para trocar por
prêmios na plataforma", explica Silva.

O nome Curió teve inspiração tanto no pássaro brasileiro quanto na curiosidade


inerente a todo ser humano. "O que nos motiva é poder fazer parte da vida de
cada "curioso" que já abriu um sorriso e se emocionou no fim daquele filme e
se sentiu valorizado por interagir com os nossos anunciantes."
Pesquisas e vale-compras
Além de assistir às propagandas para ganhar os curiós, o consumidor também
pontua quando responde a pesquisas e adquire um vale-compra pelo app. De
acordo com Jean Silva, nas plataformas digitais, os valores para veicular uma
propaganda ficaram muito mais baixos, e o tempo de exposição, maior. Logo,
quando o usuário ignora, mais propagandas são colocadas e, assim, se
constrói um ciclo sem tanta lucratividade.

Em uma pesquisa realizada pelos desenvolvedores do Curió, o resultado de


efetividade das peças publicitárias é 10 vezes maior no app, em relação ao
Instagram e YouTube.

(Ana Clara Avendaño, Correio Braziliense 26/05/2020)

Entenda mais sobre esse tipo de texto:


 Texto dissertativo
 Texto dissertativo-argumentativo
 Como fazer uma redação dissertativa
 Como fazer um bom texto dissertativo-argumentativo

4. Texto Expositivo
O texto expositivo pretende apresentar um tema a partir de recursos como a
conceituação, a definição, a descrição, a comparação, a informação e
enumeração. Dessa forma, o objetivo central do emissor é explanar, discutir e
explicar sobre um determinado assunto.

Tipos de textos expositivos


Os textos expositivos são classificados em dois tipos:

1. Texto informativo-expositivo: tem como objetivo a transmissão de


informações, sem que haja juízo de valor.
2. Texto expositivo-argumentativo: foca na exposição de tema com defesa de
opinião.
Alguns exemplos de textos expositivos
 Seminários
 Entrevistas
 Palestras
 Enciclopédia
 Verbete de dicionário
Exemplo de texto expositivo
Para entender melhor sobre esse tipo de texto, confira abaixo o verbete do
dicionário online de português (Dicio) sobre a palavra disruptivo.

Significado de Disruptivo
adjetivo
Que provoca ou pode causar disrupção; que acaba por interromper o
seguimento normal de um processo; interruptivo, suspensivo.
Que tem capacidade para romper ou alterar; que rompe.
[Eletricidade] Que causa a restauração súbita de uma corrente elétrica,
provocando faíscas e gastando a energia que estava acumulada.

[Hidráulica] Que provoca uma alteração ao redor daquilo que obstrui o


escoamento de fluidos.
expressão

Tecnologia Disruptiva. Designação atribuída a uma inovação tecnológica


(produto ou serviço) capaz de derrubar uma tecnologia já preestabelecida no
mercado.

Etimologia (origem da palavra disruptivo). Do francês distuptif.

Saiba mais sobre esse tema:

 Texto expositivo
 Texto informativo
 Texto didático

5. Texto Injuntivo
O texto Injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a
realização de algo.

Assim, um dos recursos linguísticos marcantes desse tipo de texto é a


utilização dos verbos no imperativo, de modo a indicar uma "ordem".

Exemplos de textos injuntivos


 Regulamento
 Propaganda
 Receita culinária
 Bula de remédio
 Manual de instruções
Exemplo de texto injuntivo
Segue abaixo parte do manual de instruções do Jogo da Vida, um dos
Brinquedos Estrela:

Dia do Juízo
Todos são obrigados a parar no Dia do Juízo para ganhar $48.000 por cada
filho, pagar todas as notas promissórias – caso tiver – e decidir se vai tentar
ser:

1) Milionário: quem achar que tem dinheiro suficiente para ganhar o jogo.

2) Magnata: é a escolha para quem acha que não tenho dinheiro suficiente e
resolve arriscar tudo! O competidor declara sua decisão a todos, escolhe um
número e gira a roleta. Se cair o número escolhido, ele será o vencedor. Do
contrário, o banqueiro recolhe seu dinheiro e ele vai à falência.

Caso ninguém se torne magnata, a rodada termina quando o último jogador for
à falência ou ficar milionário. Então, todos devem contar seu dinheiro. O
jogador que tiver mais dinheiro ganha o Jogo da Vida.

Entenda tudo sobre o texto injuntivo.

Os tipos textuais e os gêneros textuais


Os tipos de textos reúnem 5 tipos (narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo
e injuntivo) sendo caracterizados por conterem um objetivo e uma estrutura
geralmente fixa.

Já os gêneros textuais são estruturas que surgem dos tipos de textos. Eles são
classificados de acordo com suas características relacionadas com a
linguagem utilizada bem como seu conteúdo.

Assim, além dos citados acima, existem muitos tipos de gêneros textuais, por
exemplo:

 Gêneros textuais narrativos: lendas e contos de fada.


 Gêneros textuais descritivos: currículo e anúncio de classificados.
 Gêneros textuais dissertativos: dissertação de mestrado e tese de
doutorado.
 Gêneros textuais expositivos: conferências e colóquios.
 Gêneros textuais injuntivos: carta aberta e texto prescritivo.

Tipos de Arte
Laura Aidar
 
Arte-educadora e artista visual

A arte é um tipo de comunicação que acompanha a humanidade desde os


primórdios. Já na época das cavernas os seres humanos se comunicavam por
meio dela, a chamada arte rupestre.

Atualmente, há 11 tipos de arte: música, dança, pintura, escultura, teatro,


literatura, cinema, fotografia, história em quadrinhos (HQ), jogos eletrônicos e
arte digital.
Vejamos então todos eles e como se apresentam.

1ª arte – Música
Esse tipo de arte tem o poder de despertar sentimentos variados, favorecendo
o equilíbrio mental e o bem-estar.

A música está presente em nosso dia a dia a partir do momento em que


nascemos. Desde as canções de ninar que cantarolavam para nós, até os
ritmos dançantes que ouvimos em uma festa, por exemplo.

Pode-se dizer que a linguagem musical é formada por diversos sons que se
apresentam em espaços de tempo pré-determinados, formando assim - ritmo,
harmonia e melodia.

O ritmo é dado pela marcação de tempo entre um som e outro. A harmonia


trata-se da combinação dos elementos musicais simultâneos.

Já a melodia, refere-se à sequência de sons que se apresentam na música,


sendo percebida em nossa mente como uma unidade. Por isso que
conseguimos assobiar uma canção, por exemplo, mesmo que não saibamos
tocar um instrumento.

No Brasil, temos como exemplo de grandes nomes da música os artistas


Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elis Regina, Tom Jobim, entre outros.

Saiba mais sobre o tema:

 MPB
 História da Música
 Notas Musicais
 Músicas Folclóricas
 Músicas da Ditadura Militar
2ª arte – Dança

A dança é a arte do movimento corporal. Usando o corpo como instrumento, as


pessoas podem exteriorizar seus sentimentos fazendo gestos cadenciados por
um ritmo.

É uma das formas mais antigas de manifestação artística, tendo origem ainda
na pré-história. As pessoas dançavam em rituais de celebração,
agradecimento, cerimônias fúnebres e para pedir proteção. Ou seja, a dança
tinha um caráter sagrado.

Geralmente esse tipo de arte vem acompanhado da música, sendo quase


sempre inseparáveis, entretanto é possível também expressar-se nessa
linguagem sem que haja som.

É uma maneira muito saudável de expressão, pois além de favorecer a


criatividade, também auxilia na vitalidade corporal e psicológica, trazendo
inúmeros benefícios.

Como exemplos de grandes dançarinos brasileiros, temos: Ana Botafogo,


Carlinhos de Jesus e Ivaldo Bertazo.

Segundo Isadora Duncan, importante coreógrafa e bailarina norte-americana:

"Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!"

Para saber mais sobre o assunto:

 História da Dança no Brasil


 Danças Africanas
 Danças Folclóricas
3ª arte – Pintura

Podemos definir a pintura como a técnica de depositar pigmentos coloridos -


que podem ser pastosos, líquidos ou em pó - sobre uma superfície, gerando
imagens figurativas ou abstratas.

Essa é uma atividade que permite às pessoas se comunicar e demonstrar


sentimentos por meio de formas, cores e texturas.

A história da pintura remonta o período pré-histórico, quando os seres


humanos usavam as cavernas como suporte para seus desenhos. Esse tipo de
arte era feito com pigmentos extraídos de óxidos minerais, ossos carbonizados,
vegetais, carvão, sangue e gorduras de animais.

É uma manifestação artística que possibilita aos homens conhecer melhor o


seu passado, costumes e crenças, pois pode revelar muito sobre a cultura de
determinada época e lugar.

Além disso, é considerada uma das formas de arte mais tradicionais e boa
parte das grandes obras da humanidade são pinturas com tinta a óleo.

Aqui no Brasil, a pintura por muito tempo seguiu as tendências europeias e


alguns pintores responsáveis por uma maior valorização de temas
genuinamente brasileiros são: Tarsila do Amaral, Portinari, Di Cavalcanti,
Caribé, entre outros.

Aprenda mais sobre o assunto com a leitura dos textos:

 O que é Pintura?
 Pintura Moderna
 Pintura Contemporânea
4ª arte – Escultura

Escultura Pietá de Michelangelo (1499)


Compreende-se escultura como a arte de modelar ou desgastar matérias
brutas (como a argila, mármore, madeira e pedra) e convertê-las em objetos
com significados, expressando ideias e sentimentos.

Usando formas, espaços e volumes, o artista cria obras tridimensionais, ou


seja, que têm altura, largura e profundidade.

Assim como as outras formas de artes que vimos até agora, a escultura
também é muito antiga e começou a ser feita ainda nas sociedades primitivas.

É curioso que nesses primeiros trabalhos em escultura, não existiam


representações de figuras masculinas. Prevaleciam as formas femininas com
ventres e seios volumosos. Um exemplo é a estatueta da Vênus de Willendorf,
encontrada na Áustria e esculpida há mais de 25 mil anos.

Alguns importantes escultores brasileiros, sem dúvida, são: Aleijadinho (1730-


1814) e Victor Brecheret (1894-1955).

Veja também:

 História da Escultura
 Evolução da Escultura Grega
 Escultura Grega
 Escultura Romana
 Escultura Barroca
 Pietà de Michelangelo
 Origami: definição, origem e significados
5ª arte – Teatro

O teatro é a linguagem artística em que as pessoas, no caso os atores e


atrizes, representam uma história para um público.

A manifestação teatral mais parecida com a que conhecemos hoje no Ocidente


surgiu na Grécia Antiga, no século VI a.C.

Nessa época, o teatro mesclava temas sagrados e profanos e era feito em


homenagem ao deus Dionísio, considerado o deus do vinho, das festas e da
fertilidade. Nessas encenações, não era permitida a participação de mulheres,
sendo apenas homens a desempenhar os papéis.

Os gêneros teatrais que haviam na Grécia Antiga eram somente a comédia e a


tragédia. Com o tempo, o teatro foi se transformando e avançou também por
outros territórios.

Hoje existem muitas maneiras e estilos de se fazer teatro, entre eles: musical,
ópera, fantoches, teatro de sombras, drama, comédia, teatro de rua, teatro de
palco, entre outros.

No Brasil, podemos citar Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Bibi Ferreira e


Raul Cortez como alguns nomes de destaque nessa arte.

Conheça mais sobre o assunto:

 Teatro Grego
 Teatro Medieval
 Teatro Realista
 Teatro Vicentino
 Teatro Renascentista
 História do Teatro no Brasil
 Performance na Arte
6ª arte – Literatura

Na literatura, a escrita é a ferramenta utilizada para se expressar.

A invenção da escrita foi um dos acontecimentos mais importantes para a


humanidade. Ela figurou um marco e delimita o fim da chamada “pré-história” e
o início da “história”.

Com o passar do tempo e sua evolução, ela passou a ser não só um meio de
comunicação simples e direta, mas também uma ferramenta para transmissão
de ideias, sentimentos, reflexões, pensamentos e para narrar histórias.

O desenvolvimento da literatura aconteceu gradualmente e cada época e lugar


possui características literárias distintas. Entretanto, podemos dizer que a
literatura sempre representou uma importante fonte de conhecimento histórico
acerca das sociedades.

São muitas as maneiras de escrever e tipos de textos literários, por exemplo:


prosa, ficção, romance, poesia e cordel.

Alguns nomes importantes no cenário literário nacional são: Carlos Drummond


de Andrade, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector.

Veja também:

 O que é Literatura?
 Literatura Brasileira
 Literatura Brasileira Contemporânea
 Literatura de Cordel
 Literatura Medieval
 História da Escrita
7ª arte – Cinema

O cinema é um tipo de arte que surgiu após a invenção da fotografia, como


desdobramento dela. Utilizando várias imagens - fotografias - que são
projetadas muito rapidamente em uma tela, o olho humano enxerga essa
sequência de fotos como um filme, ou seja, com movimento.

Dessa forma é possível contar histórias, transmitindo assim sensações e


aguçando sentimentos como alegria, medo, tristeza e amor.

A origem dessa linguagem artística se deu no final do século XIX. Na época,


muitas pessoas estavam buscando maneiras de criar algo semelhante ao
cinema.

Mas foram os irmãos Auguste e Louis Lumière que fizeram a primeira projeção
cinematográfica ao público, em 1895, na França.

O filme exibido tinha 40 segundos de duração e intitulou-se "A chegada do


trem à estação de La Ciotat" ou "A saída dos operários da fábrica". O público
ficou bastante surpreso e intrigado. Conta-se que algumas pessoas inclusive
correram assustadas para o fundo da sala de projeção, com medo da
movimentação do trem.

A partir de então, essa técnica foi muito aprimorada e hoje podemos apreciar e
nos divertir com filmes em 3D, que dão a ilusão de estarmos de fato dentro da
história contada.
Podemos citar como diretores notáveis do cinema brasileiro os nomes: Walter
Salles, Fernando Meirelles, Hector Babenco, e outros.

Para ler mais sobre a origem do cinema:

 História do Cinema
 História do Cinema Brasileiro
8ª arte – Fotografia

A palavra fotografia tem origem grega e significa escrever com a luz, sendo que
foto quer dizer luz e grafia exprime a noção de escrita. É uma arte que se utiliza
de máquinas para captar imagens por meio de reações obtidas através da
iluminação.

O ano de 1826 é considerado um marco na história da fotografia, quando o


francês Joseph Niépce conseguiu fixar a primeira representação fotográfica em
uma placa de estanho. Niépce posicionou seu invento – uma câmera escura –
em frente a uma janela e deixou a luz solar entrar no interior da máquina por 8
horas. O resultado foi uma imagem um tanto quanto borrada do telhado da
casa vizinha.

A partir de então, a fotografia sofreu muitos avanços. Atualmente, com o


progresso tecnológico e as redes sociais, essa linguagem vem ganhando cada
vez mais espaço em nossas vidas e despertando o interesse das pessoas.

No início de sua invenção, a fotografia não era considerada arte propriamente.


Entretanto, com o passar do tempo foi possível compreender que essa
linguagem também possui características e potencialidades criativas.
Fotografar é como fazer um “recorte” do mundo, optar por exibir um ponto de
vista, um determinado olhar. Contudo, também possibilita a criação de “novas
realidades”, fazendo uso de cenários, figurinos e poses, explorando ao máximo
toda a capacidade imaginativa do ser humano.

Um dos fotógrafos brasileiros mais importantes e reconhecidos mundialmente é


Sebastião Salgado. Outros nomes importantes no cenário nacional, são:
German Lorca, Claudia Andujar e Maureen Bissiliat.

Veja também: História da Fotografia


9ª arte – História em quadrinhos

A história em quadrinhos, ou HQ, é definida por uma sequência de desenhos


feitos em quadros que juntos contam uma história. Normalmente se utiliza de
balões e textos escritos dentro deles a fim de contar o que as personagens
estão conversando ou pensando.
Essa maneira de narrar histórias surgiu entre 1894 e 1895. Seu inventor foi o
americano Richard Outcault, que publicou em jornais o que foi considerada a
primeira história em quadrinhos.

Yellow Kid (Menino Amarelo), era uma tirinha que trazia como personagem
uma criança de origem humilde, que vivia nos guetos americanos, falava gírias
e vestia uma camisola amarela. Essa HQ tinha como propósito criticar a
sociedade de consumo e trazer à tona assuntos como a questão racial.

Atualmente, as HQs estão presentes em todo o mundo e representam um


importante meio de comunicação de massa.

Os suportes escolhidos pela maioria dos desenhistas de quadrinhos - também


chamados cartunistas - são os livros, gibis ou tiras publicadas em jornais e
revistas.

No Brasil, a HQ que mais se destaca é Turma da Mônica, criada por Maurício


de Souza, em 1959.

Leia mais sobre o assunto nos textos:

 Gênero Textual Cartum


 Gênero Textual Charge
 Linguagem Verbal e Não-verbal
 O que são Artes Visuais?
 Pop Art
10ª arte - Jogos eletrônicos (games)
Os jogos eletrônicos - ou games - são programas nos quais as pessoas
interagem com objetos virtualmente, tendo que ultrapassar desafios, cumprindo
metas e se divertindo.

Foram apresentados ao público na década 1970, fruto de experimentações de


acadêmicos em torno de pesquisas na área da ciência da computação.

A partir do lançamento do Atari, em 1977 nos EUA, o universo dos games


ganhou impulso. Com o Atari, era possível entreter-se com diferentes jogos
utilizando o mesmo console, ou seja, a mesma máquina – ou videogame.

Por conta da evolução tecnológica, esse tipo de arte está sendo


constantemente aprimorado, sendo uma das formas mais populares de
diversão e entretenimento em todo o mundo.

Alguns jogos brasileiros que vêm fazendo sucesso são Celeste, Horizon Chase
e Until Dead.

Veja também: Jogos de conhecimentos gerais (com Quiz)


11ª arte – Arte digital

Have a Seat (2010), obra digital da artista sueca Carulmare


Toda a forma realizada por meio de computadores pode ser chamada de arte
digital.
Trata-se de um tipo de arte que evoluiu concomitante ao desenvolvimento
tecnológico. Ela teve seu crescimento na década de 1980 e foi impulsionada
pela música do francês Pierre Henry, considerado o precursor da música
eletrônica.

Hoje em dia, essa forma de expressão - também chamada de ciberarte -


engloba muitas linguagens além da música, como o vídeo, fotografia, desenho,
cinema e até mesmo a literatura.

É uma arte relativamente nova que está se expandindo bastante. Os suportes


escolhidos normalmente são as telas de computadores, smartphones, tablets,
televisores, projeções e impressões gráficas.

Como exemplo, temos as ilustrações digitais, vídeo mappings, gifs e


animações.

Alguns artistas brasileiros que utilizam essa linguagem são Guto Lacaz e
Eduardo Kak.

O que é arte?

Performance "O que é arte? Pra que serve?" do artista pernambucano Paulo Bruscky
(1978)
A arte tem o poder de aguçar nossa sensibilidade trazendo à tona diversos
sentimentos e emoções, e alguns até conflitantes.

Palavra que tem origem no latim (ars), arte significa habilidade e pode ser
compreendida como a capacidade humana de manifestação cultural.
Como pudemos ver, são diversas as maneiras que as pessoas encontraram
para se expressar artisticamente, cada uma com suas particularidades e
linguagens.

Veja também: O que é Arte?


E os 7 tipos de arte?
Em 1911, o crítico de cinema Ricciotto Canudo criou o que ele chamou
de Manifesto das sete artes e estética da sétima arte, que foi publicado em
1923. Nesse manifesto, ele classificou a arte em sete tipos.

 música
 dança
 pintura
 escultura
 teatro
 literatura
 cinema

Com o passar do tempo e as mudanças tecnológicas e sociais, outras


manifestações artísticas foram incluídas nessa classificação.

 fotografia
 história em quadrinhos (HQ)
 jogos eletrônicos (games)
 arte digital
Se você está pensando em seguir carreira em alguma áreas de artes,
leia Cursos para quem gosta de artes.

Gêneros Literários
Daniela Diana
 
Professora licenciada em Letras
 Atualizado em 9 fevereiro 2021

Os gêneros literários são categorias que organizam todos os tipos de textos


literários pelas semelhanças formais, estruturais e temáticas que eles
possuem.
Os gêneros literários são classificados em três tipos:

 Gênero lírico: inclui os textos poéticos de caráter sentimental revelando as


emoções do poeta, por exemplo, os sonetos.
 Gênero narrativo (anteriormente chamado de épico): narra uma história com
personagens, situados em um tempo e um espaço, por exemplo, um romance.
 Gênero dramático: reúne textos teatrais para serem encenados, por exemplo,
uma comédia.
Gênero Lírico
O gênero lírico é um gênero literário escrito em versos que tem como foco
mostrar as emoções, sensações, sentimentos e impressões pessoais do poeta.

Os textos líricos são marcados pela subjetividade, onde o poeta expressa sua
opinião, por isso, eles são escritos na primeira pessoa (eu).

O gênero lírico recebe esse nome, pois faz referência ao instrumento musical,
a lira, que acompanhava a declamação de poesias na antiguidade.

Alguns subgêneros de textos líricos são:

 Soneto - poema de forma fixa, formado por catorze versos (dois quartetos e
dois tercetos).
 Poesia - texto poético formado por versos que se agrupam em estrofes.
 Ode - poema de exaltação composta para ser declamada ou cantada.
 Haicai - poema de forma fixa de origem japonesa, formado por três versos.
 Hino - poema que homenageia alguém ou venera algo.
 Sátira - poema que ridiculariza pessoas ou costumes.
Exemplo de texto do gênero lírico
O Soneto da fidelidade, de Vinicius de Moraes, é um poema de forma fixa
composto por catorze versos (dois quartetos e dois tercetos). Nele, o autor
expõe seus sentimentos relacionados com o amor e a fidelidade.

De tudo, ao meu amor serei atento


Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Gênero Narrativo
O gênero narrativo é um gênero literário moderno em prosa, que tem como
intuito narrar uma história. Para um texto ser considerado narrativo, ele precisa
conter esses elementos:

 Enredo - história que narra uma sucessão dos acontecimentos.


 Narrador - aquele que narra a história.
 Personagens - pessoas que estão presentes na história.
 Tempo - o período em que acontece a história.
 Espaço - local onde se passa a história.
Em sua origem, o gênero narrativo era chamado de “gênero épico”, pois incluía
as narrativas histórico-literárias de grandes acontecimentos, chamadas de
epopeias.

Alguns subgêneros de textos narrativos são:

 Epopeia - narrativa longa sobre fatos grandiosos de um herói ou de um povo.


 Romance - narrativa extensa escrita em prosa que revela ações de
personagens dentro de uma história.
 Novela - escrita em prosa, é uma narrativa longa, porém mais breve e mais
dinâmica que o romance.
 Conto - escrito em prosa, é uma narrativa mais objetiva e curta que a novela e
o romance.
 Crônica - narrativa breve que focam em acontecimentos do cotidiano.
 Fábula - narrativa fantasiosa que procura ensinar sobre algo.
Exemplo de texto do gênero narrativo
A Rã e o Boi, fábula de Esopo, traz o seguinte ensinamento: "quem tenta
parecer maior do que é se arrebenta".

Uma rã estava no prado olhando um boi e sentiu tal inveja do tamanho dele que
começou a inflar para ficar maior.
Então, outra rã chegou e perguntou se o boi era o maior dos dois.
A primeira respondeu que não – e se esforçou para inflar mais.
Depois, repetiu a pergunta:
– Quem é maior agora?
A outra rã respondeu:
– O boi.
A rã ficou furiosa e tentou ficar maior inflando mais e mais, até que arrebentou.
Gênero Dramático
O gênero dramático é um gênero literário teatral que reúne os textos escritos,
em prosa ou em verso. Os textos dramáticos são utilizados para apresentar
para uma plateia (espectadores).

Uma característica muito importante dos textos teatrais é a presença de


diálogos entre as personagens. Eles são geralmente divididos em atos, quando
as ações ocorrem num mesmo espaço, e cenas, quando há mudança de local
e personagens.

Alguns subgêneros dos textos dramáticos são:

 Tragédia - texto teatral trágico com tensão permanente e final infeliz.


 Comédia - texto teatral humorado que satiriza diversos aspectos da sociedade.
 Tragicomédia - texto teatral que reúne aspectos trágicos e cômicos.
 Farsa - texto teatral curto e cômico, formados por um ato.
 Auto - texto teatral de abordagem mais religiosa e moralista.
Exemplo de texto do Gênero dramático
O trecho de Romeu e Julieta, de William Shakespeare, aponta o local onde
acontece o diálogo entre dois personagens.

ATO PRIMEIRO - CENA I

Verona. Uma praça pública.


Entram Sansão e Gregório da casa dos Capuletos, com espadas e broquéis (Escudos
redondos e pequenos.).

SANSÃO – Palavra, Gregório, não carregaremos desaforos!


GREGÓRIO – Não, porque então nos tomariam por carregadores.
SANSÃO – Quero dizer que, se nos zangarmos, puxaremos a espada.
GREGÓRIO – Sim, porém procura, enquanto viveres, puxares teu pescoço para fora do
nó da forca.
SANSÃO – Bato logo, quando bolem comigo.
GREGÓRIO – Mas não bolem tão depressa que sejas levado a bater.
SANSÃO – Um cão da família dos Montecchios bole-me com os nervos.

Saiba mais sobre a origem e as categorias do gênero dramático:

 Teatro Grego
 Comédia Grega
 Tragédia Grega

Como surgiram os gêneros literários?


A classificação dos gêneros literários foi proposta na antiguidade clássica pelo
filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) em sua obra Poética. Segundo
ele:

 O gênero lírico representava a “palavra cantada”, pois, antigamente, os textos


literários eram recitados e acompanhados por instrumentos musicais.
 O gênero épico significava a “palavra narrada”, pois retratava os
acontecimentos grandiosos de um herói em poemas extensos chamados de
epopeias. Com o tempo, esse gênero se expandiu e atualmente ele é
chamado de “narrativo”.
 O gênero dramático que simbolizava a “palavra representada” e reunia textos
escritos para uma peça teatral.

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