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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO -


UEMASUL
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E LETRAS – CCHSL
LETRAS LÍNGUA PORTUGUESA, LÍNGUA INGLESA E LITERATURAS

JANINE DA SILVA VALENTIM NASCIMENTO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA


INGLESA - ENSINO FUNDAMENTAL

Imperatriz
2019
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA REGIÃO TOCANTINA DO MARANHÃO -


UEMASUL
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E LETRAS – CCHSL
LETRAS LÍNGUA PORTUGUESA, LÍNGUA INGLESA E LITERATURAS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM LÍNGUA


INGLESA - ENSINO FUNDAMENTAL

Relatório de Estágio em Língua Portuguesa


apresentado ao Centro de Ciências Humanas,
Sociais e Letras – CCHSL, da Universidade
Estadual da Região Tocantina do Maranhão -
UEMASUL, como requisito para aprovação na
disciplina de Estágio Curricular Supervisionado em
Língua Inglesa – Ensino Fundamental

Orientador

Supervisor

Estagiário

Imperatriz
2019
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................3

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................4

RELATO DAS EXPERIÊNCIAS DO CAMPO DE ESTÁGIO..........................6

CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................11

REFERÊNCIAS...............................................................................................12

APÊNDICES...............................................................................................................13

ANEXOS.....................................................................................................................14
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1. INTRODUÇÃO

Este relatório refere-se às experiências vivenciadas no estágio de observação e regência de


Língua Inglesa no Ensino Fundamental, do Curso de Letras, Português, Inglês e Literaturas,
da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão.

A importância desse período de acompanhamento das aulas de Língua Inglesa, justifica-se


devido à necessidade de aproximação e conhecimento da realidade escolar, e da
elaboração de diagnóstico dessa realidade como possibilidade para traçar o plano de ação
para docência, na tentativa de contribuir para a formação do discente como futuro professor.

Assim como a formação profissional do discente, o estágio supervisionado pode ser campo
de aplicação e estudo de práticas de abordagem que fazem a diferença no aprendizado da
língua estrangeira. As dificuldades encontradas no ensino público refletem no desempenho
do aluno quanto falante da língua inglesa. Esse trabalho tem como objetivo relatar essa
experiência no ensino público, utilizando uma abordagem fora da regularidade
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A construção da identidade de um professor tem grande relação com a prática


vivenciada em sala de aula por estágio supervisionado. Esta prática contribui de
forma essencial na didática do discente trazendo aprimoramento dos conhecimentos
teóricos aprendidos durante o curso, formando a identidade de docente através das
atividades e conhecimentos praticados em campo. O estágio proporciona para o
aluno estagiário, dentro do cotidiano da escola, experiência para a realidade e a vida
do professor na sociedade.

“O estágio como campo de conhecimento e eixo curricular central no curso


de formação de professores possibilita que sejam trabalhados aspectos
indispensáveis à construção da identidade, dos saberes e das posturas
específicas ao exercício profissional docente”. (PIMENTA E LIMA
p.65,2004)

O curso acadêmico garante uma qualidade teórico-científica, porém, o


exercício de lecionar, esse vem com a experiência, afinal, não há melhor didática
que a prática. As convicções e a certeza da profissão acabam por serem decididas,
muitas vezes, nesse momento. Uma formação específica do curso de forma que
abranja todas as vivências necessárias em sala de aula, capacita o discente para o
exercício de sua formação. Fazer uma integração entre as escolas e o curso é
importante para essa formação de identidade, visto que os desafios da sociedade
são formadores de identidade moral dos professores do contexto atual.

“Por isso é importante tornar a escola um espaço de trabalho e de


formação, o que implica gestão democrática e práticas curriculares
participativas, propiciando a constituição de redes de formação contínua
cujo primeiro nível é a formação inicial”. (PIMENTA E LIMA p.68,2004)

O Endipe – Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, tem sido de


grande relevância na troca de experiências pedagógicas em relação ao campo de
estágio, trazendo novas discussões e enriquecimento da formação de professores e
novas discussões que fazem do estágio supervisionado, uma etapa de extrema
importância.
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“[...] o Endipe vem propiciando a troca de experiência e o diálogo pedagógico


capaz de realimentar as propostas de trabalho necessárias e acompanhar as
discussões e invocações surgidas na educação e mais especificamente, no
tocante à formação de professores e na docência do ensino superior”.
(PIMENTA E LIMA p.69,2004).

Proporciona também um momento de entre os docentes de reconhecimento das


vivências e dificuldades uns nos outros.
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3. RELATO DAS EXPERIÊNCIAS DO CAMPO DE ESTÁGIO

O objetivo deste relatório é apresentar as experiências vividas durante toda a


disciplina de Estágio Curricular Supervisionado em Língua Portuguesa- Ensino
Fundamental, principalmente a vivência na prática do exercício como estagiário,
bem como o aprendizado adquirido durante a regência.

A primeira experiência referente ao estágio foi dentro da sala de aula da


universidade. Fora-nos proposto pela professora da disciplina, Maria do socorro
Gomes Macedo, que fosse feita uma micro aula com tema pré-determinado para
cada aluno, a ser apresentada a turma como uma espécie de simulação de
regência, o que foi de grande ajuda para mim, visto que nunca havia tido qualquer
experiência em sala de aula. Meu tema sorteado para a micro aula foi, Estrutura e
formação das palavras. Elaborei uma atividade para a turma responder em sala ao
final da aula preparada por mim, utilizando somente o quadro e pincel, passei o
conteúdo explicando com exemplos no quadro, entretanto, ao final da micro aula, a
professora fez seu comentário e então percebi que me equivoquei ao elaborar o
conteúdo, pois o meu tema era somente de estrutura das palavras, a formação das
palavras seria de outra colega de turma. A professora destacou o equivoco, porém,
elogiou o fato de ter ministrado dois assuntos de uma forma que a aula não ficasse
incoerente. Essa foi a primeira experiência com regência, partindo disso, a
professora nas aulas seguintes, deu as orientações junto da carta de apresentação
de estágio e então foi liberado o início da procura da escola campo.

De início tive problemas pessoais e de trabalho que me impediu de procurar


mais cedo uma escola campo, minha mãe começou a trabalhar e, portanto, não
poderia mais cuidar do meu filho de dois anos de idade enquanto eu faria o estágio.
Essa dificuldade me atrapalhou, pois comecei tarde meu estágio, mas consegui. A
procura da escola campo começou no final de outubro, em certo momento, ouvi de
uma coordenadora que só aceitavam estagiários por ser obrigatório, mas que se
pudesse não teria espaço para não atrapalhar. Nesse momento tive o primeiro
“choque”, pois não esperava ouvir aquilo de alguém que sabe da necessidade e
importância de uma vivência em sala de aula para a formação de um professor.
Resolvi seguir em frente, até que encontrei outra escola onde fui aceita.
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A Escola municipalizada Leôncio Pires Dourado surgiu de uma parceria de


mais de 40 anos entre a Prefeitura Municipal de Imperatriz e a Loja Maçônica União
e Fraternidade. Localizada na Rua Pernambuco, 63 do Bairro Juara. A Escola possui
dois banheiros, uma cantina pequena, onde os alunos somente recebem o lanche.
Não possui refeitório e o pátio é pequeno e descoberto, fazendo com que os alunos
façam suas refeições dentro da sala de aula e com a aula em andamento, pois o
lanche é no momento da aula, quando os alunos se retiram para buscar o lanche e
retornam pra assistir a aula e comer ao mesmo tempo, atrapalhando a professora.
Depois vem o recreio, com os alunos aglomerados num pátio pequeno e debaixo do
sol quente. A escola não possui computadores para os alunos nem mesmo para os
professores, somente dois na escola e são de uso da coordenação. A sala de aula é
muito quente, com uma janela grande aberta ao fundo e possui somente dois
ventiladores de parede, que não são suficientes.

Comecei minha primeira observação com a turma do 8° ano, a professora


Ana Amélia, foi muito atenciosa e me ajudou bastante dando várias dicas sobre
como lidar com os alunos. De início a professora sugeriu que eu não fizesse
observação, mas que já iniciasse na regência, pois segundo ela, a observação não
faria muita diferença. Consegui convence-la a me deixar observar dois dias pelo
menos, visto que nunca estive em sala de aula antes como professora. No total
foram quatro aulas de observação até me sentir preparada para inicia a regência.
Nesse período pude perceber que as aulas estavam monótonas e que praticamente,
nos dias de um horário só, não tinha aula, era somente correção de atividade do
livro, sendo que a professora simplesmente lia a resposta e os alunos copiavam, por
isso já nem faziam em casa, pois sabiam que a professora daria a resposta na
próxima aula. Algo que eu já não iria fazer. Precisava começar logo a regência, pois
os alunos estavam se preparando para a Feira de Ciências na semana seguinte e
me atrasaria ainda mais. A professora deixou que eu escolhesse o conteúdo e
elaborasse as atividades de minha preferência. As melhores turmas que pude dar
aulas foram as do 8° A, 8° B, e 8° C. Alunos comportados e interessados, claro que,
um ou outro atrapalhava bastante, no entanto, alunos comprometidos e inteligentes
também. Um aluno me chamou a atenção, Ludovik do 8° B, muito inteligente,
comportado e que era o líder da turma, com razão. Observando esse aluno, aquilo
me deu mais motivação em exercer minha futura profissão. Nas turmas do oitavo
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ano, não tive problemas em dar as aulas, e pude planejar aulas mais elaboradas. Foi
trabalhada com esses alunos, a interpretação de textos, como também, o conteúdo
sugerido pela professora, assunto da prova final, Aposto e Vocativo. Na última aula
sobre Aposto e Vocativo, foi feita uma dinâmica com apresentação de slides e
questionário no final da aula. A turma foi dividida em dois grupos de 11 alunos cada
e o grupo que mais acertasse as questões ganharia uma caixa de chocolates.
Ocorreu tudo bem e os alunos ficaram bem envolvidos com a dinâmica. Obtive o
resultado esperado com as turmas, pois conseguiram compreender de forma
simples o conteúdo. Com essa aula finalizei a regência do 8° ano.

A segunda turma foi o 7° ano. Formada por duas turmas, 7°C e 7°D, a
professora responsável era Arlene. Muito gentil, não fez nenhuma imposição ou
pressionou quanto à regência. Pedi que observasse somente as aulas do dia e
poderia começar com a regência na próxima aula, ela então me sugeriu somente um
conteúdo de prova e os demais eu poderia escolher. As turmas do 7° ano foram um
pouco mais difíceis. Os alunos de uma turma eram indisciplinados enquanto a outra,
mais interessada, porém, alguns alunos atrapalhavam muito. Foi trabalhado
primeiramente, com essas turmas, o conteúdo sugerido pela professora, Adjunto
Adnominal e Adjunto Adverbial. OS alunos do 7° C tiveram muito mais dificuldade de
compreender o conteúdo, isso era nítido. Percebi que a escola parecia separar
numa turma, os alunos com maior dificuldade e falta de interesse, enquanto que na
outra turma os alunos mais desenvolvidos, mesmo assim o conteúdo era ministrado
da mesma forma para as duas turmas, sem ação de melhoria nas dificuldades
encontradas. Devido às dificuldades encontradas, em relação a comportamento, as
aulas se limitaram na sala de aula mesmo somente a tentativa de oralidade e uso do
quadro para explicação. O conteúdo foi passado conforme percebi que seria
possível concluí-lo nos horários, entretanto, tiveram momentos que a aula precisou
se estender a outro dia, por conta do mau comportamento de alguns alunos.
Finalizei a regência do 7° ano, com atividade de interpretação e produção textual,
pois percebi que havia dificuldade de coerência e escrita em grande parte da turma.

Minha próxima experiência foi com o 6° ano. A regência mais difícil de todas.
Somente uma turma do 6° ano, a professora responsável era Maria Eliane. Muito
simpática e atenciosa, me ajudou a separar os conteúdos que os alunos precisavam
para as provas finais, sendo assim preparei minhas aulas e comecei a regência na
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aula seguinte, pois precisava correr contra o tempo para concluis o estágio a tempo.
Como mencionei logo acima, a regência mais difícil de todas as turmas, mais
desinteressada, Mais insubordinada e desrespeitosa. Algumas aulas foram
necessários, momentos de sermão sobre respeito na aula, visto que não me
respeitavam e faziam pouco caso. O conteúdo não foi passado conforme o plano de
aula, pois os alunos não colaboravam. Em alguns momentos precisei chamar a
atenção de um aluno específico que não fazia as atividades e ainda atrapalhava
muito todas as aulas, mas mesmo assim, falava palavrões direcionados a mim em
voz baixa, mas eu percebia. Percebi que com o passar do estágio, mais desanimada
eu ficava, pois a realidade vivida ali na regência mostrava o que poderia vir após a
graduação. Finalizei com muita dificuldade a regência no 6° ano, porém consegui
finalizar todo o conteúdo proposto pela professora.

Durante a regência do 6° ano, pretendia iniciar amo mesmo tempo do 9° ano,


devido serem quatro turmas. Poderia escolher entre as aulas que não colidissem
com as do 6° e então poderia terminar toda regência a tempo. Entretanto, ao
abordar a professora do 9° ano, a mesma não quis abrir mão das aulas por serem
revisão de conteúdo de provas, mesmo eu já tendo feito isso nas outras turmas,
percebi que a professora não confiava em deixar essa responsabilidade com
estagiário. Mesmo precisando com urgência concluir toda a regência, consegui
convence-la a me deixar observar as aulas e me coloquei a disposição para ajudar
no que precisasse. Não foi possível acompanhar as aulas, mesmo assim, pois toda
vez que ia para observar, praticamente não tinha aula por alguma programação da
escola em que os alunos fariam apresentações, por tanto, usavam os horários para
ensaio. Para dificultar ainda mais, a escola prolongou o feriado de 20 de novembro,
que inicialmente não estava no calendário acadêmico, para uma semana sem aula.
Quando retornaram as aulas pedi a professora Janaina que estava dando aulas para
duas turmas do 9° ano para acompanha-la, foi quando ela gentilmente ofereceu as
quatro aulas que eu poderia acompanhar a tempo, para que fizesse regência e
tivesse essa experiência no 9° ano.

A professora Janaina me passou os conteúdos, uso da crase e Pronomes


demonstrativos. O 9° ano foi muito tranquilo, por serem adolescentes mais focados e
um pouco mais maduros que os alunos do 6°, 7° e 8°, consegui passar os conteúdos
tranquilamente, obtendo a participação da turma sem dificuldades. Detodas as
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regências, as quatro aulas do 9° ano, foram as únicas em que a professora me


acompanhou na sala. Talvez por esse motivo, os alunos se comportaram e
respeitaram a aula. Finalizei os conteúdos sugeridos pela professora com aula
participativa e explicativa no quadro com auxílio do livro didático.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante praticamente todo o Estágio, não fui supervisionada pelas professoras


das turmas, tendo que me adaptar as dificuldades que surgiram durante a regência.
Isso mostra como o estágio muitas das vezes não ajuda na formação do docente
como deveria, pois é uma completa inexperiência sem nenhum apoio para contornar
as dificuldades que os alunos muitas vezes proporcionam. O objetivo do estágio
supervisionado é contribuir na formação de identidade do professor, como também,
proporcionar oportunidade de prática de metodologia que possa contribuir e facilitar
a aprendizagem do aluno, no entanto, a falta de recursos, ambiente desagradável,
além do desleixo dos professores quanto à essa oportunidade de melhoria de
ensino, tornam cada vez mais difícil a mudança no quadro da educação do país e
das novas gerações de professores.

Apesar de todas as adversidades, essa experiência nunca será esquecida,


pois me trouxe muito aprendizado e me fez enxergar na visão de uma professora e a
realidade vivida em sala de aula. Aprendi muito com os alunos e a forma como
podemos fazer parte de uma vida e influenciá-la e ser melhor a cada dia. Essa é a
motivação que se deve ter pra encarar essa jornada todos os dias.
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5. REFERÊNCIAS

PIMENTA, SelmaG. & LIMA, MARIA Socorro L. Estágio e Docência. São Paulo,
Cortez Editora 2004

BORTOLANZA, Ana Maria Esteves, FARIAS, Sandra Alves. O papel da leitura na


formação do professor. Poíesis Pedagógica – V.10, N.2 ago/dez.2012
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6. APÊNDICES
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7. ANEXOS
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