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PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Edital 2022

Identificação

Nome do Residente: Ana Paula Sousa da Rocha


CPF: 782.062.862-68
Nome e sigla da IES: Universidade Do Estado Do Pará (UEPA)
Curso de Licenciatura: Letras Libras
Séries/Anos e Etapa da educação Básica nas quais desenvolveu atividades: 1°, 2° e 3°anos
Escola(s)-Campo onde desenvolveu as atividades: EEEM Albanizia de Oliveira Lima
Nome do Docente Orientador: Sueli Pinheiro da Silva/ Suzanny Pinto Silva
Nome do Preceptor: Sueanne do Socorro Freitas da Silva
Relato de Experiência

Resumo: O relato aqui apresentado mostra como se dar em prática o projeto de


Residência pedagógica (PRP) que foi realizado na instituição “Estadual de Ensino
Médio Albaniza de Oliveira Lima”, no município de Belém, no Estado do Pará com os
discentes de Letras Língua Portuguesa e Letras Libras da Universidade do Estado do
Pará (UEPA). A metodologia utilizada foi bibliográfica; encontros no qual ajudou com
as divergências que a princípio existiam. O objetivo nele é relatar à experiência de
discentes de Letras Libras da UEPA como residentes evidenciando o que é ser professor
na rede pública de ensino e como é estreito o caminho para a inclusão.

Palavras-chaves: Residência pedagógica. Experiência. Letras Libras

INTRODUÇÃO

O objetivo do relato é descrever as experiências vividas durante o período do


programa de residência pedagógica, desde os encontros realizados na Universidade
Estadual do Pará (UEPA) até as atividades desenvolvidas na Escola Estadual de Ensino
Médio Albanízia de Oliveira Lima. O relato tem como finalidade relatar os fatos
vivenciados até o momento.

Contextualização

O projeto Residência Pedagógica é uma iniciativa do Ministério da Educação


(MEC) que visa aperfeiçoar a formação de professores por meio da vivência em sala de
aula supervisionada por um professor orientador. O programa prevê a integração entre a
teoria e a prática e tem como objetivo melhorar a qualidade do ensino na educação
básica.
O programa iniciou na Universidade do Estado do Pará (UEPA) em Novembro
de 2022, a aula inaugural ocorreu em 07/12/22, e no mesmo mês, as reuniões de
planejamento e formação tiveram início, o projeto também prevê a realização de
atividades formativas para os orientadores e tutores das instituições de ensino superior
(IES) envolvidas no programa. E foi o que ocorreu nos meses de Janeiro e Fevereiro
onde foi produzido resenhas sobre a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e o
novo Ensino Médio.
No mês de Fevereiro fomos divididos para duas preceptoras da Escola
Estadual de ensino médio Albanízia de Oliveira Lima, localizada na Av. Almirante
Barroso, 3107- Belém (PA), e assim teve início às atividades no lócus de nossa
formação.

Discussão

Após o processo de inscrição e seleção, os educadores participantes do


programa foram devidamente apresentados aos residentes bolsistas e voluntários, onde
tiveram seus primeiros encontros dentro da universidade. Em seguida, as atividades
foram iniciadas por meio de reuniões, conversas e esclarecimentos, com o objetivo de
elucidar todas as dúvidas da melhor maneira possível, essas atividades ocorreram no
período do mês de Dezembro de 2022 e Janeiro de 2023.
Neste período foi confeccionado atividades propostas pelas nossas
coordenadoras Sueli Pinheiro e Suzany Pinto que foram essenciais para o processo e
também discussões acerca da BNCC, onde explanamos questões como “Campos de
atuação”, “Fundamentos Pedagógicos”, “Currículo e itinerários formativos”,
“Competências e habilidades” e “A educação especial na BNCC” são tópicos
importantes abordados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O estudo desses
tópicos é crucial para entender o que é a BNCC e como ela é aplicada na prática. No
entanto, é importante notar que a BNCC não abrange todos os aspectos da educação,
como é o caso da educação especial, que é mencionada apenas de forma limitada no
documento.
Em Fevereiro de 2023, no dia 14 teve o início das atividades na Escola
Albanizia, tendo como preceptoras as Professoras Fátima Paes e Sueanne Freitas. Onde
houve uma divisão dos residentes. O acompanhamento foi com a professora Sueanne
Freitas nas turmas de 1 e 2 anos da escola. No primeiro momento junto com a
professora focamos na observação dos estudantes e ambiente escolar, depois foi
apresentada a carga horária disciplina calendário e livro didático e logo mais a
preceptora ministrou a disciplina de língua portuguesa, onde teve uma conversa sobre o
Novo Ensino Médio e as 5 competências e o ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio).
Esse conversa foi produtiva, pois ao ouvir os alunos percebe-se que nem todos
querem seguir a vida acadêmica em uma universidade, muitos falam em concursos
públicos, outros forças armadas, são alunos com uma faixa etária média de 15 a 18 anos
que não tem essa ânsia sobre “passar no vestibular”, mas sabem que a educação é a
principal porta para alcançar seus objetivos. Dando continuidade ao semestre letivo, a
professora/preceptora Sueanne Freitas ministrou aula de Literatura em suas turmas de 2°
ano, onde pudemos abordar assuntos como o Romantismo e sua importância na
contribuição de uma identidade cultural própria do nosso país. Falamos de alguns
autores como Gonçalves Dias e sua obra Canção do Exílio, alguns conheciam, porém a
grande maioria não, mas gostaram e se surpreenderam por ele ser maranhense e pela
história sobre a confecção da obra. Ainda em fevereiro houve uma oficina explicando o
uso dos porquês, mas/mais, a onde/onde, de encontro/ao encontro, afim/a fim, e em outro
momento teve a correção da oficina, tirando dúvidas dos alunos.
Em Março de 2023, precisamente no dia 1, houve o Estudo e Desenvolvimento
do pré-projeto anual da professora Sueanne, sobre o relógio inglês e os casarões
portugueses. E assim seguimos com as atividades dentro de sala, acompanhado da
professora/preceptora ministrando aulas sobre funções da linguagem, literatura e a
estrutura da redação do Enem em suas turmas de 2° ano. No dia 10 de Março houve
uma formação com as coordenadoras Sueli, Suzanny e convidados Profª. Drª. Débora
Ferreira, Profª. Drª. Erika Castro e Profª. Ma. Neilce Santos, onde teve uma roda de
conversa, sobre os multiletramentos. multimodalidade e gêneros discursivos em práticas
de ensino de línguas e o novo ensino médio, momento ímpar durante nossas vivências
no projeto Residência pedagógica, pois pudemos contribuir com colocações e ideias e
tivemos a chance de ouvir todos que fazem parte do projeto.
O mês de Março seguiu com atividades de funções da linguagem, atividades
sobre linguagem verbal e não verbal onde foi abordado sobre a língua de sinais ser uma
linguagem não verbal, o romantismo no Brasil, e também com a professora encarregada
de mais uma turma do 1 ano.
No mês de Abril, após uns acontecimentos em escolas do Estado do Pará,
houve uma oficina de saúde mental ministrada pelos residentes e formação para os
professores da rede pública de ensino, sobre “Cultura de paz e convivência escolar”.
Após o retorno para a escola, no dia 13 de Abril, onde haveria alguns alunos que iriam
prestar concurso para defensoria pública do estado foi solicitado aos discentes algumas
intervenções como por exemplo oficina de redação e leis para esses educandos.
Em Maio, auxiliamos com a correção de atividade na biblioteca, contribuímos
com a reescrita de redação elaborada pelos alunos da escola Albanizia de Oliveira Lima.
Isso no âmbito escolar, pois os discentes de Letras-Libras, elaboramos o projeto em
forma de artigo detalhando a oficina dos residentes de letras libras para ofertar aos alunos da
escola. Neste mesmo mês houve a formação da mesa dialogada “A educação na
perspectiva de Bell Hooks” que ocorreu nas dependências da Uepa.
Junho, teve formação, palestra tema “De criança a cria” no YouTube, e junto com os
residentes de Letras-Portugues, auxiliamos com a correção e aulas sobre a estrutura da redação
do Enem. Ainda neste mês os residentes de Letras-Libras confeccionamos fotos para produção
do sinalário (glossários em (LIBRAS) Língua Brasileira de Sinais) sobre os aspectos da
cidade de Belém, com o intuito de adentrar mesmo que singelamente o projeto macro da
escola intitulado “ O VER-O-PESO”, nele trazemos um pouco de Belém em língua de sinais.
Após as férias de Julho, houve a necessidade dos residentes de Libras botarem em
prática o projeto intitulado “Mãos que falam: promovendo a interculturalidade através da
língua de sinais", e foi neste período onde com algumas reuniões conseguimos um
espaço para nossas atividades, após muita labuta conseguimos duas turma do 3°ano para
pôr em prática a elaboração das oficinas. E também neste período que percebemos como
é o “ser Professor”, pois observamos de perto os empecilhos e obstáculos que esse
profissional encontra no seu ambiente de trabalho e o quanto eles são resilientes, como
o professor consegue transformar-se e adaptar-se aos obstáculos que são postos em seus
caminhos e assim como esse professores nos adaptamos as pedras que existiam em
nossos caminhos e conseguimos tirar proveito desses fatos.
O segundo semestre de 2023 ficou marcado com a realização das oficinas de
Libras não apenas para os alunos da escolas Albanizia de Oliveira Lima, mas também
para os servidores de serviços gerais da própria escola e é isso que quero levar, não
apenas as limitações que passamos, aprendemos muito com elas, entretanto querp
explanar o quanto foi gratificante poder abordar um tema tão existente em nossa
sociedade que muitos querem mascarar, a inclusão. E é isso que quero levar, a
oportunidade que a escola me deu em poder ensinar uma nova cultura, que se faz tão
necessário para nós como cidadãos e que ansiamos por uma sociedade mais justa e com
equidade.
Agradecer aos alunos que ouviram, aprenderam e compartilharam conosco
pensamentos, colocações e aprendizagem, abordando o próprio ambiente escolar deles,
mencionado o quanto a escola precisa de uma reforma em sua estrutura onde possa
abranger a diversidade de seus estudantes. Ela precisa de adequação das instalações;
pois a escola é composta de dois andares, e não possui nenhuma rampa ou elevadores
que deem acesso, sendo a maior parte das salas de aula esta localizadas no segundo
andar e isso impossibilitaria qualquer alunos cadeirante ter acesso a estas salas de aula.
Agradecer o interesse dos alunos a Libras, o quanto eles se esforçaram para aprender os
sinais, lembrar dos sinais parecidos, das atividades que sempre eram feitas e a
participação sempre voluntária.
Por fim, percebemos o quanto a educação é libertadora, por estimular não
apenas os estudantes da escola Albaniza, mas a nós também que ainda somos

estudantes, conseguimos nos adaptar às necessidades e as circunstâncias que passamos.

RESULTADOS

Apesar das dificuldades da implantação da oficina de Libras na escola, o


projeto RP me proporcionou a ver essas dificuldades e senti-las e tentar se adaptar a
estes empecilhos o que foi gratificante e resiliente.
Conseguimos elaborar o sinalário de alguns pontos turísticos de Belém (Pa),
como meio de interagir com o projeto macro da escola, elaboramos a sinalização do
ambiente escolar, tornando a escola mais inclusiva (mesmo não possuindo alunos,
servidor ou professor surdo) logo que não precisa ter deficiente para ter um ambiente
propício para eles. E por fim, conseguimos efetivar nossas oficinas, tanto para os
alunos, como para os servidores e isso foi um dos maiores prazeres que vivenciamos.
Mesmo com os pontos negativos que essa experiência do Residência
pedagógica gera, consegui ver pontos positivos, pois é isso que como uma futura
profissional da educação irei passar no locus onde irei e quero atuar, ele também me dá
uma formação prática, uma oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos
teóricos adquiridos na minha formação acadêmica. Isso me ajuda a desenvolver
habilidades essenciais para a inclusão de alunos com deficiência ou necessidades
educacionais especiais.

CONCLUSÃO

A residência pedagógica é importante porque ela promove a articulação entre


teoria e prática, possibilitando que os estudantes universitários desenvolvam habilidades
e competências para atuar em escolas de educação básica de forma mais eficiente e
consciente. Além disso, essa oportunidade de imersão no ambiente escolar permite que
os futuros professores conheçam a realidade do cotidiano escolar e possam contribuir
para o seu aprimoramento. Assim, a residência pedagógica é um instrumento
fundamental para a formação de professores cada vez mais preparados e comprometidos
com a educação de qualidade.

REFERÊNCIAS

FUNDAÇÃO CAPES. Programa de Residência Pedagógica. Disponível em:


https://uab.capes.gov.br/educacao-basica/programa-residencia-pedagogica. Acesso em:
09 fev. 2023.

Autorização de uso pela CAPES

Eu, Ana Paula Sousa Da Rocha, autorizo a utilização pela Capes do presente relato de
experiência, na qualidade de bolsista residente, sob responsabilidade do(a) Docente(a)
Orientador(a) _Sueli Pinheiro da Silva/ Suzanny Pinto Silva vinculado ao Programa
de Residência Pedagógica da Universidade Do Estado Do Pará (UEPA). Meu relato
escrito poderá ser incluído nos bancos de dados e nas plataformas de gestão da Capes,
podendo, eventualmente, ser reproduzido, publicado ou exibido por meio dos canais de
divulgação e informação sob responsabilidade desse órgão.

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Residente
(Nome e Assinatura)

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